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TRATAMENTO CIRUGICO DAS DESORDENS TEMPOROMANDIBULARES ATM: Articulação bilateral que permite os movimentos da mandíbula durante a fala, deglutição, mastigação. O paciente pode apresentar distúrbios associados a uma ou ambas articulações Inervação da ATM: nervo mandibular que é ramo do trigêmeo e a irrigação é feita por ramos da artéria carótida externa Disco articular: é uma estrutura fibrocartilaginosa que se localiza entre o osso temporal e a cabeça da mandíbula. A sua superfície superior ela é côncava convexa no sentido antero posterior, e a sua superfície inferior é côncava. O disco divide a cavidade articular da ATM em dois compartimentos ou cavidades sinoviais, denominados compartimentos superior ou supra discal e inferior ou infra discal. O disco se insere nos polos lateral e medial da cabeça da mandíbula e ele não se fixa ao osso temporal anteriormente, a não ser de maneira indireta através da capsula articular. Posteriormente o disco é dividido em duas regiões: a parte superior (mais elástica) se insere no processo retro articular, a parte inferior (+ colágena) A membrana sinovial que reveste internamente a capsula articular produz o liquido sinovial que é o líquido viscoso que tem por objetivo lubrificar os compartimentos superiores e inferiores FATORES ETIOLÓGICOS QUE PODEM DESENVOLVER A DISFUNÇÃO TEMPORO MANDIBULAR Fatores oclusais / oclusão (atualmente não é mais um fator etiológico); Trauma; Stress emocional; Parafunção; Tendo isso o paciente pode ter ou não uma DTM. A adaptação do indivíduo de acordo com fatores genético, biológicos e hormonais, eles respondem para que o indivíduo tenha ou não a DTM As DTM podem estar ligadas a outros fatores como: disfunção miofacial, disfunção muscular, podem diminuir a acuidade auditiva ou causar zumbido, pode causar alguns fatores intrínsecos dentro da ATM (ex: alteração de posição do disco articular), entre outros problemas como problemas dentários. Se disco articular está fora de sua posição original e o paciente fecha a boca e ele não volta para sua posição original, eu falo que está com deslocamento do disco SEM redução. Se o disco voltasse para a posição original durante o fechamento de boca seria um deslocamento anterior do disco COM redução. Essa imagem mostra o deslocamento do côndilo através da movimentação de abertura e fechamento da boca. A = Paciente de boca fechada B = Paciente em processo de abertura C = Paciente com a boca aberta Na primeira imagem o disco articular está localizado entre a fossa e a cabeça da mandíbula (posição normal / funcionalmente estável), já na figura intermediária o disco está anterior a superfície articular da cabeça da mandíbula e a medida que o paciente abre a boca esse disco fica posicionado sob a cabeça da mandíbula, ou seja, ele sofre uma redução / volta para a posição normal, já a imagem mais inferior o disco está posicionado anteriormente só que quando o paciente vai abrir a boca ele não consegue capturar o disco, ou seja, o disco ele não reduz / não volta a posição original, não voltando a posição original esse paciente ele vai ter uma dificuldade na abertura bucal, ou seja, paciente que tem dificuldade de abrir a boca uma das hipóteses de diagnóstico é o deslocamento anterior do disco sem redução. Pacientes assim temos que fazer uma anamnese criteriosa colocando a escala de dor do paciente e vendo se é uma pessoa ansiosa, no exame físico temos que avaliar a bilateridade do rosto, se tem dor, em qual região se é articular ou muscular... O paciente pode ter dor na região orbitária que é oriunda de uma disfunção miofacial do musculo occiptofrontal ou esternocleidomastóideo. A abertura bucal do paciente também é muito importante (45mm é o ideal), a lateralidade tem (10mm) e a projeção da mandíbula tem (10mm) A gente busca um paciente que não tem desvio (a abertura sofre movimentação mais volta para o mesmo local) ou deflexão (em abertura tem a lateralização da mandíbula, mais não volta para o mesmo local / linha média. Está é um problema pior que o desvio). Podemos analisar a ATM nas radiografias panorâmicas dos maxilares (fornece uma visão ampla do complexo maxilo mandibular, só que não tem uma acuidade muito precisa ou seja não mostra muitos detalhes), tomografia (mostra mais detalhes), ressonância magnética, radiografias transcranianas e artografia da ATM OBS: tanto na panorâmica quanto na tomografia, não é possível visualizar o disco articular. O disco é analisado na ressonância magnética. Tratamento cirúrgico só é feito em casos mais complexos porque a ATM é uma região nobre onde tem muitos vasos próximos, como: a artéria maxilar, e tem alguns ramos do nervo facial. Por esse motivo a cirurgia só é realizada se realmente for necessário. CIRURGIAS DA ATM: Artrocentese;(técnica minimamente invasiva, que consiste na inserção de uma agulha, no espaço superior da articulação para que se promova a lavagem desse espaço articular. O objetivo dessa lavagem é a remoção de aderências, melhorando a movimentação e a saúde da ATM. O ponto de punção da agulha: é feita uma medição na linha de houmun hansey, que é a linha formada do canto lateral do olho até o trágus (continuação do ponto de punção: 1 medição: vai do trágus em 10 mm (estrela laranja) aí abaixa 2 mm e faz a 1 marcação. A marcação 2 (feita em 20 mm na frente do tragus) desce 5 mm fazendo assim a 2 marcação (estrela amarela), na marcação mais posterior (estrela verde) insere-se uma agulha e insere outra agulha a estrela amarela, de forma que quando irrigamos na agulha posterior, esse líquido vai passar no compartimento superior e vai sair pela agulha anterior. Artroscopia; (técnica que envolve a colocação de uma cânula no espaço articular superior, então o artroscópio como fonte de luz, é inserido através da cânula para visualizar essa articulação de maneira direta. Indicações para essa técnica: hipomobilidade, deslocamento anterior do disco, hipermobilidade. Foi desenvolvida primeiro do que a artrocentese. Eminectomia (técnica para remover a parte inferior da eminecia usada em casos de luxações escedivantes da ATM, o acesso dessa cirurgia é pré auricular através da cartilagem tragal quando a cabeça da mandíbula esta anterior a eminencia articular o paciente não consegue voltar para a posição correta, aí tem que fazer a manobra de redução que é quando tem que jogar a mandíbula para baixo e para posterior Reposicionamento do disco; técnica chamada discopexia, onde é removida a parte posterior do disco e esse disco é tracionado para posterior e ele é fixado através de uma ancora, essa tecnica é usada quando tem deslocamento do disco anterior sem a redução Remoção do disco articular; Condilectomia para o tratamento das desordens; Artroplastia para anquilose; Reconstrução total da ATM Prótese de côndilo (usada quando tem uma destruição das estruturas articulares avançadas. A mesma pode ser de titânio ou de enxertos ósseos utilizando a costela para a manutenção da ATM, mas esses enxertos podem levar a anquilose (quando não abre a boca porque tem uma massa óssea entra a articulação) ou podem dar alterações degenerativas do enxerto em alguns casos causando crescimento excessivo e assimetria facial. Outra possibilidade de tratamento quando se tem a remoção da cabeça da mandíbula é (distração osteogênica) é a utilização de um distrator onde o mesmo é inserido e ativado produzindo 1 mm de movimento ósseo por dia .
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