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Prévia do material em texto

1 
 
 
 
 
 
 
 
Banco do Brasil 
Escriturário 
 
A Redação deve ser estruturada na forma de texto em prosa do tipo dissertativo-
argumentativo.A Redação será avaliada conforme os critérios a seguir: a) adequação ao tema 
proposto; b) adequação ao tipo de texto solicitado; c) emprego apropriado de mecanismos de 
coesão (referenciação, sequenciação e demarcação das partes do texto); d) capacidade de 
selecionar, organizar e relacionar de forma coerente argumentos pertinentes ao tema proposto; 
e) pleno domínio da modalidade escrita da norma-padrão (adequação vocabular, ortografia, 
morfologia, sintaxe de concordância, de regência e de colocação). ......................................... 1 
 
 
 
 
 
 
Olá Concurseiro, tudo bem? 
 
Sabemos que estudar para concurso público não é tarefa fácil, mas acreditamos na sua 
dedicação e por isso elaboramos nossa apostila com todo cuidado e nos exatos termos do 
edital, para que você não estude assuntos desnecessários e nem perca tempo buscando 
conteúdos faltantes. Somando sua dedicação aos nossos cuidados, esperamos que você 
tenha uma ótima experiência de estudo e que consiga a tão almejada aprovação. 
 
Pensando em auxiliar seus estudos e aprimorar nosso material, disponibilizamos o e-mail 
professores@maxieduca.com.br para que possa mandar suas dúvidas, sugestões ou 
questionamentos sobre o conteúdo da apostila. Todos e-mails que chegam até nós, passam 
por uma triagem e são direcionados aos tutores da matéria em questão. Para o maior 
aproveitamento do Sistema de Atendimento ao Concurseiro (SAC) liste os seguintes itens: 
 
01. Apostila (concurso e cargo); 
02. Disciplina (matéria); 
03. Número da página onde se encontra a dúvida; e 
04. Qual a dúvida. 
 
Caso existam dúvidas em disciplinas diferentes, por favor, encaminhar em e-mails separados, 
pois facilita e agiliza o processo de envio para o tutor responsável, lembrando que teremos até 
três dias úteis para respondê-lo (a). 
 
Não esqueça de mandar um feedback e nos contar quando for aprovado! 
 
Bons estudos e conte sempre conosco! 
 
1679181 E-book gerado especialmente para LAIS VON ATZINGEN DOS REIS
 
1 
 
 
 
Estética 
 
A apresentação do texto é tão importante quanto à adequação e ao asseio de uma roupa. A 
preocupação estética na hora de produzir um texto deve receber uma atenção especial pois é responsável 
pela primeira impressão que o leitor tem do texto. Muitas vezes ela pode ser a responsável pela perda de 
alguns pontos que farão toda a diferença na sua aprovação. 
Deve-se enfatizar que a estética se aplica a todos os tipos de texto. Alguns autores abordam a letra 
como a expressão da personalidade do concursando ou aluno. Contudo, por vezes, as bancas 
examinadoras punem o uso de letras de imprensa, sobretudo quando utilizadas em caixa-alta (maiúscula). 
Assim, seguem-se algumas sugestões para não perder pontos referentes à apresentação textual, aqui 
denominada "estética". Como critério de correção, será utilizada a perda da pontuação total do quesito 
sempre que houver uma incidência de erro entendida como o descumprimento das sugestões de cada 
um dos quesitos. 
 
Legibilidade 
 
A letra não precisa ser bonita ou enfeitada. Ela deve ser correta e legível! Exemplos: 
- i e j com pingo; 
- c com cedilha correto = ç; 
- til sobre a primeira vogal do ditongo nasal acentuado, e não ao centro das duas ou sobre a segunda 
= ão; 
- n e m corretos e não com aparência de u; 
- não pular linhas; 
- letras menores com metade do tamanho das maiores. 
 
Caso você tenha muita dificuldade, pense na possibilidade de adquirir um caderno de caligrafia e 
reaprenda a escrever as letras corretamente, de acordo com os exemplos acima. Caso opte pelas letras 
de imprensa (letra de forma), não se esqueça de mesclar maiúsculas com minúsculas, de modo 
gramaticalmente correto. 
 
Margens 
 
Um texto precisa estar alinhado tanto à margem esquerda como à direita, sem a utilização abusiva de 
separações silábicas. 
Sugestões: 
- não deixe espaço superior a 0,3cm entre o texto e a margem estabelecida; 
- separe no máximo cinco palavras em todo o texto, de forma correta. Consideram-se separações 
incorretas: isolar vogais, dissílabas, palavras que comecem por h; 
- separe apenas palavras que sejam pelo menos trissílabas, que comecem por consoante que não 
seja h; 
- separe substantivos compostos com hífen com traço lateral, e as demais palavras com traço abaixo 
da última letra; 
- nunca ultrapasse a margem. 
 
Parágrafos 
 
Pontinha de unha ou um dedo nunca foram nem nunca serão medidas padrão de um parágrafo. 
Algumas sugestões para elaborar um parágrafo esteticamente ideal: 
- faça recuo de 2 a 4 cm; 
A Redação deve ser estruturada na forma de texto em prosa do tipo dissertativo-
argumentativo.A Redação será avaliada conforme os critérios a seguir: a) 
adequação ao tema proposto; b) adequação ao tipo de texto solicitado; c) 
emprego apropriado de mecanismos de coesão (referenciação, sequenciação e 
demarcação das partes do texto); d) capacidade de selecionar, organizar e 
relacionar de forma coerente argumentos pertinentes ao tema proposto; e) pleno 
domínio da modalidade escrita da norma-padrão (adequação vocabular, 
ortografia, morfologia, sintaxe de concordância, de regência e de colocação). 
 
1679181 E-book gerado especialmente para LAIS VON ATZINGEN DOS REIS
 
2 
 
- não marque o início dos parágrafos; 
- não deixe uma diferença superior a 0,3cm entre o recuo de um parágrafo e outro, pois isso passa ao 
leitor a sensação de estarem desalinhados; 
- escreva pelo menos duas frases em cada parágrafo; 
- utilize no máximo 60 palavras por frase. 
Fusão de letras 
 
Escolha uma letra, cursiva ou de imprensa (letra de forma), e não misture as duas formas. Este item 
também contempla a utilização incorreta de letras maiúsculas ou minúsculas. Nunca escreva o texto todo 
em caixa alta. 
Alguns concursos optam pela análise grafológica, que analisa a personalidade com base na letra 
cursiva. Por isso, a letra cursiva lhe dá maior segurança, já que há bancas de correção que eliminam 
candidatos que utilizam letra de imprensa (letra de forma). 
 
Rasuras 
 
Definitivamente, as rasuras prejudicam a estética do texto e, a depender da forma como se 
evidenciarem, podem levar à reprovação do candidato. Considera-se rasura a utilização de corretivo ou 
o rabisco de palavras. 
- use um traço retilíneo cortando toda a palavra; tal anulação pode acontecer em até cinco palavras 
em todo o texto; 
- não coloque a palavra anulada entre parênteses. 
 
Gramática 
 
Este critério contempla a mensuração de conhecimentos gramaticais aplicados à produção textual. 
Apresenta-se aqui apenas a explicação do que faz perder pontos gramaticais em uma redação. 
- Ortografia: avalia o emprego da grafia correta das palavras, como o uso de ç, ss, sc, x, ch... 
- Acentuação: avalia a utilização correta de acentos, como o uso de acento agudo (´), acento 
circunflexo (^), til (~) e acento grave indicativo de crase (`). Lembre-se: crase não é acento, mas a fusão 
de duas vogais iguais; o til é sinal de nasalização; 
- Pontuação: avalia-se a utilização correta da pontuação, como o uso de ponto final (.), vírgula (,), 
ponto-e-vírgula (;), dois-pontos (:), ponto de interrogação (?), ponto de exclamação (!) e reticências (...). 
- Conectores e Colocação Pronominal: este ponto considera a utilização correta dos conectores 
para uma boa construção textual, bem como os fatores de próclise, ênclise e mesóclise, como o uso de 
"eu te amo", "amo-te", "amar-te-ei", entre outros. 
- Concordância ou Regência: avaliam a concordância e a regência, verbais ou nominais. 
 
Conteúdo 
 
- Adequação ao tema; 
- Domínio do conteúdo; 
- Pertinência dos argumentos: progressão lógica da argumentação; 
- Pertinência dos argumentos: consistência da argumentação; 
- Originalidade. 
 
Os pontos dispensados ao conteúdo estão diretamente relacionados a seu domínio. Por isso, a leitura 
de jornais e revistas informativase uma visão política, econômica e cultural, por exemplo, são 
fundamentais para a elaboração de textos convincentes. 
 
Tipos de Desenvolvimento 
 
Alguns autores, porém, sugerem a organização dos conteúdos em tipos de desenvolvimento. Por 
exemplo, Belline1 divide-os em dez categorias: 
 
Causa e Consequência: Esta categoria é a organizadora de seu texto e deve ser utilizada na 
montagem de sua estrutura. Atente para a enumeração dos argumentos de acordo com as tabelas: 
 
1 BELLINE. Ana Helena Cizotto. A Dissertação. Ática, 1988. 
1679181 E-book gerado especialmente para LAIS VON ATZINGEN DOS REIS
 
3 
 
1º argumento: causa / causa / causa / consequência. 
2º argumento: causa / causa / consequência / consequência. 
3º argumento: causa / consequência / consequência / consequência 
 
Oposição: Serve também como organizadora do texto e deve ser utilizada durante a montagem da 
estrutura. Para a enumeração dos argumentos, recomenda-se tomar por base o seguinte esquema: 
1º argumento: Favorável / Contrário. 
2º argumento: Contrário / Favorável. 
3º argumento: Contrário / Favorável. 
 
Como é possível observar, só há duas possibilidades de organizar o texto por oposição e ambas 
exigem três argumentos. Com apenas dois argumentos por oposição, automaticamente haveria um 
favorável e outro contrário ao tema e, portanto, uma argumentação morna, que tanto afirma como nega, 
sem posicionamento, elemento central da dissertação. 
Vale lembrar que é necessário manter coerência na enumeração dos argumentos: deve-se colocar 
primeiramente o que for minoria e deixar os outros dois (maioria) como segundo e terceiro argumentos, 
isso facilita, inclusive, na constituição de uma ponte com a conclusão. 
 
Tempo: é o tipo de desenvolvimento, e a categoria, que objetiva situar o leitor temporalmente. Para 
tanto, a utilização de advérbios de tempo se faz obrigatória. É recomendável utilizar, no mínimo, três 
advérbios temporais: "No século passado", “Em 1945”, "No dia da posse", "Às duas da tarde" etc. 
 
Espaço: situa o leitor espacialmente e, para tanto, a utilização de advérbios de lugar também é 
obrigatória. Recomenda-se o uso de, no mínimo, três advérbios espaciais: "No Brasil", "Na América 
Latina", "No mundo", "No prédio do ministério", "Na Praça dos Três Poderes", "Na escola" etc. 
 
Tempo e espaço: o objetivo é situar o leitor temporal e espacialmente. Nesse sentido, é obrigatória a 
utilização de advérbios de tempo e lugar. Sugere-se, no mínimo, o uso de quatro advérbios temporais e 
espaciais: "A partir de 2000, no Brasil", "No último semestre, em São Paulo", "Neste século, a América 
Central", "Hoje, na Praça da Sé", "Ontem, no Maracanã" etc. 
 
Definição: tem por objetivo explicar determinado argumento, para comprovar a tese diante do tema. 
Recomenda-se o uso de, no mínimo, três verbos que indiquem definição: "entende-se por", "define-se 
por", "quer dizer", "enfatiza-se", "denota". 
 
Semelhança: desenvolvimento que tem por objetivo comparar para comprovar. Devem-se utilizar, no 
mínimo, três comparações: "tão... como", “tanto quanto”, "tal qual", "assim como" etc. 
 
Exemplos/citações/dados estatísticos: nessa categoria, a finalidade é exemplificar, mencionar 
autores e citações ou dados estatísticos. Use, no mínimo, dois exemplos ou citações. 
 
Enumeração: desenvolvimento com vistas a enumerar fatos ou situações em um mesmo argumento. 
Devem-se fazer pelo menos três enumerações. 
 
Perguntas: desenvolvimento que utiliza perguntas retóricas como argumentação e posicionamento, e 
deve conter, no mínimo, quatro delas. 
 
Estilística 
 
Subjetividade 
Recomenda-se não utilizar a primeira pessoa nem do singular, nem do plural: se isso for feito, além de 
pontuação na prova, o candidato perderá pontos no quesito "gênero textual". A dissertação é um texto 
denotativo; logo, não devem ser empregadas marcas de pessoalidade, próprias apenas de textos 
literários. 
 
Incoerência ou Repetição 
É aconselhável não repetir palavras das seguintes classes gramaticais: substantivo, adjetivo, verbo, 
advérbio, interjeição. Lembre-se de que é possível utilizar o mesmo radical com vários afixos sinônimos, 
1679181 E-book gerado especialmente para LAIS VON ATZINGEN DOS REIS
 
4 
 
pois o que é proibido especificamente é a repetição da flexão. Analise as ideias na argumentação, com a 
finalidade de deixar o texto coerente. 
 
Pouca Objetividade 
Evite verbos de ligação, entre eles, "ser", "estar", "ficar", "permanecer", "parecer", porque apenas ligam 
palavras. Após terminar o rascunho, revise a dissertação e substitua os verbos repetidos ou de ligação. 
Veja algumas sugestões: 
Afirmação: consistir, constituir, significar, denotar, mostrar, traduzir-se por, expressar, representar, 
evidenciar... 
Causalidade: causar, motivar, originar, ocasionar, gerar, propiciar, resultar, provocar, produzir, 
contribuir, determinar, criar... 
Finalidade: visar, ter em vista, objetivar, ter por objetivo, pretender, tencionar, cogitar, tratar, servir 
para, prestar-se para... 
Oposição: opor-se, contrariar, negar, impedir, surgir em oposição, surgirem contraposição, apresentar 
em oposição, ser contrário... 
 
Coloquialismo 
Evidencia características da fala na escrita. Como estratégia de avaliação, veja a seguir algumas 
proibições que, se não acatadas, fazem perder pontos neste quesito. 
- três usos da primeira pessoa na redação inteira; 
- três usos de verbo de ligação no mesmo parágrafo; 
- começar frase com gerúndio, duplo gerúndio na mesma frase, gerúndio no futuro; 
- usar gírias, regionalismos etc. 
 
Conotação ou Estrangeirismo 
Já que a dissertação é um texto denotativo, informativo, formal, sugere-se a não utilização de: sentido 
figurado, figuras de linguagem, funções de linguagem, estrangeirismo etc. 
 
Adequação Vocabular 
 
Quem faz prova de concurso se depara sempre com este item da avaliação: adequação vocabular. 
Mas o que é isso afinal? 
 
Os editais em geral usam os seguintes parâmetros para a correção da redação: 
– Estrutura e conteúdo, que são respeito ao tema e à modalidade de texto propostos, além de clareza 
e lógica na exposição das ideias; 
– Expressão, ou seja, domínio da norma culta da Língua Portuguesa e de suas estruturas (adequação 
vocabular, ortografia, morfologia, sintaxe e pontuação). 
 
Os dois tópicos têm peso igual, por isso, tudo deve ser rigorosamente respeitado. 
O primeiro tópico refere-se ao tipo de texto que será pedido ao candidato para que ele desenvolva. 
Por exemplo, se for pedida uma dissertação, o candidato deve respeitar os moldes desse tipo de texto: 
tese, argumentação e conclusão separadas claramente por parágrafos objetivos com uma linguagem 
culta e distanciada, sem deixar de abordar, claro, o tema apresentado pela banca. 
O segundo tópico é aquele que vai conduzir a correção dos erros gráficos (correta escrita das palavras, 
acentuação, hífen, separação das palavras), morfológicos (forma correta de cada palavra, sobretudo 
conjugação dos verbos), sintáticos (estruturação das orações, uso correto dos complementos de cada 
verbo e do sujeito), de pontuação (cuidado com aspas, dois pontos, ponto-e-vírgula, pontos de 
exclamação e interrogação e principalmente vírgula) e de adequação vocabular. 
Muitas palavras podem assumir significados diferentes segundo o contexto. Dizemos que elas se 
encontram em sentido deslocado. É como dizia Carlos Drummond de Andrade em Procura da poesia: 
“cada uma (a palavra) tem mil faces sob a face neutra”. Isso quer dizer que por meio do contexto pode-
se atribuir significados diferentes a uma mesma palavra. 
Entretanto, isso não acontece à revelia. Deve-se respeitar o raio de ação da palavra em questão para 
que não se cometa um erro de adequação vocabular. 
Carneiro2 em seu livro Redação em Construção descreve seis critérios de adequação vocabular, 
listados a seguir: 
 
2 CARNEIRO, Agostinho Dias. Redação em Construção. Moderna, 1993. 
1679181 E-book gerado especialmente para LAIS VON ATZINGENDOS REIS
 
5 
 
A adequação ao referente: esse critério baseia-se na utilização de vocábulos gerais frente a 
vocábulos específicos. O exemplo que o autor dá é a palavra ver, que tem emprego mais amplo que 
observar, contemplar, distinguir, espiar, fitar etc. 
Se eu disser, por exemplo, Pedro estava muito triste com a separação. Por isso, foi à praia, sentou-se 
na areia e viu o sol, certamente causará estranhamento no interlocutor. Ao passo que se eu disser Pedro 
estava muito triste com a separação. Por isso, foi à praia, sentou-se na areia e contemplou o sol, não 
haverá nenhum problema na comunicação, pois houve adequação quanto ao uso do vocábulo. 
 
Adequação ao ponto de vista: aqui serão levados em consideração os vocábulos positivos, neutros 
e negativos. Em Você me deu um café gelado, a palavra “gelado” assume valor negativo, entretanto, 
assume valor positivo em Depois do trabalho vamos tomar uma cerveja gelada? 
 
Adequação aos interlocutores: há, nesse critério, quatro tipos de seleção vocabular: quanto à 
atividade profissional com o uso dos jargões; quanto à imagem social de um dos interlocutores, ou 
seja, um chefe de Estado se expressa como o que se espera de alguém que ocupa tal cargo; quanto à 
idade com o uso de vocábulos modernos (luminária) ou antigos (abajur) ou quanto à origem dos 
interlocutores com emprego do vocábulo regional (piá – criança). 
 
Adequação à situação de comunicação: refere-se, esse critério, ao uso de vocábulos formais ou 
informais e ainda aos estrangeirismos. Lembrando que palavras estrangeiras devem ser grafadas entre 
aspas nas redações e só devem ser usadas quando necessárias, ou seja, quando forem importantes para 
o entendimento; em uma situação de estilo ou quando não houver palavra equivalente na Língua 
Portuguesa. 
 
Adequação ao código: é relevante para esse critério a correção não só ortográfica, mas também 
semântica, respeitando os significados dicionarizados. Carneiro ressalta que os empregos “de moda” 
devem ser evitados, pois “em nada contribuem para o real enriquecimento de um idioma” e dá um 
exemplo: colocar em lugar de apresentar e assumir em lugar de responsabilizar-se: 
– Vou colocar aqui um problema… 
– Se der errado, eu assumo… 
Somam-se a esse caso, os parônimos e os homônimos (homógrafos e homófonos). 
 
Adequação ao contexto: as situações textuais revelam-se nas relações desenvolvidas entre as 
palavras do texto. Por exemplo, se há relação de causa e efeito – tropeçar / cair; se há relação de 
finalidade – livro / estudar; se há relação de parte e todo – rei / xadrez; se há relação de sinonímia – 
aroma / perfume; se há relação de antonímia – entrar / sair; se há relação de unidade e coletivo – livro / 
biblioteca; se há relação de objeto e ação – cadeira / sentar e se há relação simbólica – pomba / paz. 
O uso do vocábulo fora de um desses critérios e até mesmo em critério inadequado à situação será 
um erro. É preciso muito cuidado3. 
 
Questões 
 
01. (PC/SP - Agente Policial – VUNESP/2018) 
 
 
Malika. Em tempo. http://d.emtempo.com.br/charges. 07.10.2017 
 
Uma frase escrita em conformidade com a norma-padrão da língua portuguesa e com a mensagem da 
charge é: 
 
3 https://falabonito.wordpress.com/2007/06/02/redacao-adequacao-vocabular/ (Adaptado) 
1679181 E-book gerado especialmente para LAIS VON ATZINGEN DOS REIS
 
6 
 
(A) O pai julgou a atitude do garoto inadequada e o repreendeu. 
(B) O menino dirigiu-se ao avô e perguntou-o se ele pegava wi-fi. 
(C) Os adultos não entenderam a dúvida do menino e censuraram-o. 
(D) A pergunta que o neto fez ao avô o despertou forte indignação. 
(E) O avô ficou ofendido quando o neto apontou-o a falta de wi-fi. 
 
02. (PC/PI - Agente de Polícia Civil - NUCEPE/2018) 
 
Um povo que acolhe e rejeita 
 
O clichê patriótico de que o Brasil é aberto e cordial não sobrevive a dez minutos de conversa com um 
desses imigrantes que aportaram no país nos últimos cinco anos. Quando a acolhida calorosa aos 
estrangeiros - que também existe, é claro - e a repulsa são postas em uma balança imaginária, o 
sentimento negativo é o que mais pesa no Brasil de hoje. 
Xenofobia é o medo, a antipatia ou a desconfiança em relação a pessoas que vêm de fora do país. A 
xenofobia à brasileira, no entanto, tem peculiaridades únicas. Ao contrário do que ocorre em outras 
nações, não há, por aqui, pichações nos muros pedindo a saída dos imigrantes. Tampouco existem 
partidos políticos que incluam isso em seus programas de governo. Ataques violentos contra estrangeiros 
são raros e, quando ocorrem, (...) quase nunca são premeditados. (...). Manifestações xenófobas são 
esporádicas, fugazes e desorganizadas. Estão em pequenos gestos cotidianos que só os estrangeiros 
percebem. Tudo isso decorre de uma vantagem da miscigenação brasileira: a pouca importância que a 
questão étnica tem na sociedade. (...). 
Talvez por isso a hospitalidade brasileira seja claramente seletiva. A rejeição a estrangeiros é maior 
em relação a pessoas de países pobres ou em desenvolvimento. Se esses imigrantes ou refugiados têm 
boa qualificação profissional e competem por vagas informais ou de salários baixos, a aversão é mais 
forte. (...) Por outro lado, quando os estrangeiros chegam de países desenvolvidos para ocupar vagas 
com bons salários, ganham a alcunha de "expatriados" e são recebidos com admiração. (...). 
A recepção de estrangeiros com dois pesos, duas medidas não é novidade na história brasileira. Ela 
apenas foi exacerbada pelas novas ondas migratórias, que começaram a ganhar volume em 2010, depois 
do terremoto que destruiu o Haiti. (...). 
Com reportagem de Luisa Bustamante e Luiza Queiroz Publicado em VEJA de 21 de fevereiro de 2018, edição nº 2570 
Site: https://veja.abril.com.br/revista-veja/um-povo-queacolhe-e-rejeita/ 
 
Xenofobia é o medo, a antipatia ou a desconfiança em relação a pessoas que vêm de fora do país. A 
xenofobia à brasileira, no entanto, tem peculiaridades únicas. Ao contrário do que ocorre em outras 
nações, não há, por aqui, pichações nos muros pedindo a saída dos imigrantes. Tampouco existem 
partidos políticos que incluam isso em seus programas de governo. Ataques violentos contra estrangeiros 
são raros e, quando ocorrem, (...) quase nunca são premeditados. 
 
Sobre as estruturas linguísticas é CORRETO o que se afirma em relação ao destaque no trecho: 
(A) A xenofobia à brasileira, no entanto, tem peculiaridades únicas. (Expressão inadequada para o 
contexto por tratar-se de linguagem de registro informal. 
(B) não há, por aqui, pichações nos muros pedindo a saída dos imigrantes., (Inadequação gramatical, 
uma vez que a palavra marcada deveria figurar em sua forma de plural). 
(C) Tampouco existem partidos políticos que incluam isso em seus programas de governo., (A palavra 
em destaque retoma, textualmente, a palavra pichações). 
(D) A xenofobia à brasileira, no entanto, tem peculiaridades únicas., (A expressão marca oposição 
entre ideias, no texto). 
(E) Ataques violentos contra estrangeiros são raros e, quando ocorrem, (...) quase nunca são 
premeditados. (Palavra inadequada observando-se a regência requerida por Ataques violentos, de forma 
que a sua correção seria mantida se, em vez de contra, fosse usada a palavra de). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1679181 E-book gerado especialmente para LAIS VON ATZINGEN DOS REIS
 
7 
 
03. (PC/SP - Investigador de Polícia - VUNESP/2018) 
 
 
Folha de S. Paulo, 25.04.2018. Adaptado 
 
 
Em conformidade com a norma-padrão, as lacunas da tira devem ser preenchidas, correta e 
respectivamente, com: 
(A) Porque … mas … Por quê … mártir 
(B) Por quê … mais … Por que … martir 
(C) Porque … mas … Porque … martir 
(D) Por que … mas … Porque … mártir 
(E) Por que … mais … Porque … mártir 
 
 
Gabarito 
 
01.A / 02.D / 03.D / 
 
Comentários 
 
01. Resposta: A 
A - O pai julgou a atitude do garoto inadequada e o repreendeu. Correta 
B - perguntou-lhe se ele pegava wi-fi. 
C - censuram-no. 
D - despertou-lhe 
E -apontou-lhe a falta de wi-fi 
 
02. Resposta: D 
É uma conjunção adversativa e, por isso, expressa oposição de ideias. 
 
03. Resposta: D 
I) Na primeira lacuna, deve-se usar o por que (separado e sem acento), pois se trata de uma pergunta, 
ou seja, a personagem pergunta “por que só é feriado no Tiradentes?”. 
II) Na segunda lacuna, deve-se utilizar a conjunção adversativa “mas”, a qual indica uma 
oposição/contraste em relação ao que foi dito anteriormente. Lembre-se que o “mais” é normalmente um 
advérbio de intensidade (mais bonito). 
III) Na terceira lacuna, deve-se usar o porque (junto e sem acento), pois se trata de uma 
explicação/resposta, ou seja, a professora explica quem foi “Tiradentes”. 
IV) Por fim, na quarta lacuna a palavra correta é “mártir”, com acento, pois temos uma paroxítona 
terminada em “R”. 
Lembre-se da regra clássica: todas as paroxítonas são acentuadas, exceto aquelas terminadas em A, 
E, O, EM, ENS. 
Também são acentuadas as paroxítonas terminadas em ditongo. 
 
NOVO ACORDO ORTOGRÁFICO 
 
Falar sobre o novo acordo ortográfico implica saber que em termos históricos já se fizeram várias 
tentativas de unificação da língua portuguesa, sendo que a primeira grande reforma foi em Portugal em 
1911. 
Depois existiram várias tentativas, sendo a mais importante a de 1990, por estar por trás de todo o 
celeuma levantado atualmente sobre a questão. 
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Segundo o disposto da reunião da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), realizado 
em Julho de 2004 em São Tomé e Príncipe, ficou decidido que para o novo acordo ortográfico entrar em 
vigor, bastaria que três países o ratificassem. Assim o Brasil em Outubro de 2004, Cabo Verde em Abril 
de 2005 e São Tomé em Novembro de 2006 ratificaram o acordo disposto pela CPLP. 
Em Portugal, o acordo ortográfico foi ratificado pelo governo em 6 de Março de 2008, faltando a 
aprovação do Parlamento e do Presidente da República. 
No Brasil o novo Acordo Ortográfico entrou em vigor em Janeiro de 2009, mas a implementação 
obedecerá ao período de transição de 1º de janeiro de 2009 a 31 de dezembro de 2015, durante o qual 
coexistiu a norma ortográfica atualmente em vigor e a nova norma estabelecida. 
Apenas 0,5% das palavras sofrerão modificações no Brasil, já em Portugal e nos restantes dos países 
lusófonos, as mudanças afetarão cerca de 2.600 palavras, ou seja, 1,6% do vocabulário total. 
Assim vejamos as mudanças que ocorreram em nossa língua. 
 
Alfabeto4 
 
ANTES DEPOIS 
A B C D E F G H I J L M N O P Q 
R S T U V X Z 
 
A B C D E F G H I J K L M N O P 
Q R S T U V W X Y Z 
 
 
Na prática, as letras k, w e y são usadas em várias situações, como na escrita de símbolos de unidades 
de medida (Ex.: km, kg) e de palavras e nomes estrangeiros (Ex.: show, William). 
 
Trema 
 
Não se usa mais o trema, exceto em nomes próprios estrangeiros ou derivados, como por exemplo: 
Müller, mülleriano, Hübner, hüberiano etc. 
 
ANTES DEPOIS 
cinqüenta 
freqüente 
qüinqüênio 
seqüência 
tranqüilo 
cinquenta 
frequente 
quinquênio 
sequência 
tranquilo 
 
Acentuação 
 
Perdem o acento os ditongos abertos éi e ói das palavras paroxítonas (palavras que têm acento tônico 
na penúltima sílaba). 
 
ANTES DEPOIS 
assembléia 
idéia 
jóia 
colméia 
estréia 
platéia 
apóia (verbo apoiar) 
apóio (verbo apoiar) 
assembleia 
ideia 
joia 
colmeia 
estreia 
plateia 
apoia 
apoio 
 
Perdem o acento o i e o u tônicos nas palavras paroxítonas, quando eles vierem depois de ditongo. 
 
ANTES DEPOIS 
feiúra 
baiúca 
Bocaiúva 
feiura 
baiuca 
bocaiuva 
 
 
4 bd.camara.gov.br/bd/bitstream/handle/bdcamara/2912/reforma_ortografica.pdf. 
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Atenção: O acento permanece se a palavra for oxítona e o i ou o u estiverem em posição final (mesmo 
quando seguidos de s). 
Ex.: tuiuiú, tuiuiús, Piauí. 
 
Perdem o acento as palavras terminadas em êem e ôo(s). 
 
ANTES DEPOIS 
abençôo 
enjôo 
vôo 
crêem 
dêem 
dôo 
lêem 
magôo 
perdôo 
abençoo 
enjoo 
voo 
creem 
deem 
doo 
leem 
magoo 
perdoo 
 
Perdem o acento diferencial as duplas: pára/para, péla(s)/pela(s), pólo(s)/polo(s), pêlo(s)/pelo(s), 
pêra/pera. 
 
ANTES DEPOIS 
Ele foi ao Pólo Norte. 
Ele pára o carro. 
Ele gosta de jogar pólo. 
Esse gato tem pêlos brancos. 
Comi uma pêra. 
Ele foi ao Polo Norte. 
Ele para o carro. 
Ele gosta de jogar polo. 
Esse gato tem pelos brancos. 
Comi uma pera. 
 
Atenção: 
Permanece o acento diferencial: 
 
Nas duplas 
- pôde/pode 
Ex.: Ontem, ele não pôde sair mais cedo, mas hoje ele pode. 
- pôr/por 
Ex.: Vou pôr o livro na estante que foi feita por mim. 
 
No plural dos verbos ter e vir, assim como das correspondentes formas compostas (manter, 
deter, reter, conter, convir, intervir, advir etc.) 
Ex.: Ele tem dois carros. / Eles têm dois carros. 
Ele vem de Sorocaba. / Eles vêm de Sorocaba. 
Ele mantém a palavra. / Eles mantêm a palavra. 
Ele convém aos estudantes. / Eles convêm aos estudantes. 
 
Obs: * É facultativo o uso do acento circunflexo para diferenciar as palavras forma/fôrma. 
Ex.: Qual é a forma da fôrma do bolo? 
* O circunflexo sai da palavra côa (do verbo coar). 
 
Perde o acento o u tônico das formas verbais rizotônicas (com acento na raiz) nos grupos que e 
qui/gue e gui. 
 
ANTES DEPOIS 
ele argúi 
apazigúe 
averigúe 
obliqúe 
ele argui 
apazigue 
averigue 
oblique 
 
 
 
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Hífen 
 
Não se usa o hífen quando o prefixo termina em vogal e o segundo elemento começa com as letras r 
ou s, que serão duplicadas. 
 
ANTES DEPOIS 
auto-retrato 
anti-social 
extra-regimento 
ultra-som 
contra-regra 
autorretrato 
antissocial 
extrarregimento 
ultrassom 
contrarregra 
 
Atenção: Mantém-se o hífen quando os prefixos hiper, inter e super se ligam a elementos iniciados 
por r. 
Ex.: hiper-requisitado; inter-regional; super-resistente. 
 
Usa-se o hífen quando o prefixo termina com a mesma vogal que inicia o segundo elemento. 
 
ANTES DEPOIS 
antiinflamatório 
arquiinimigo 
microondas 
microônibus 
anti-inflamatório 
arqui-inimigo 
micro-ondas 
micro-ônibus 
 
Não se usa o hífen quando o prefixo termina em vogal diferente da que inicia o segundo elemento. 
 
ANTES DEPOIS 
auto-escola 
contra-indicação 
extra-oficial 
infra-estrutura 
semi-árido 
autoescola 
contraindicação 
extraoficial 
infraestrutura 
semiárido 
 
Atenção: Não se usa o hífen com o prefixo co, ainda que o segundo elemento comece pela vogal o. 
Ex.: coocupante, cooptar. 
 
Não se usa hífen em palavras compostas que, pelo uso, passaram a formar uma unidade. 
 
ANTES DEPOIS 
manda-chuva 
pára-quedas 
pára-quedismo 
mandachuva 
paraquedas 
paraquedismo 
 
Questões 
 
01. (UFMG - Analista de Tecnologia da Informação - UFMG/2018) As palavras estão escritas 
conforme o Novo Acordo Ortográfico, EXCETO 
(A) Semianalfabeto, macroestrutura, malcriado, para-lamas. 
(B) Coerdeiro, herói, paraquedas, pontapé, autoescola. 
(C) Antessala, ultramoderno, antirracismo, autossustentável. 
(D) Semi-deus, idéia, ultra-som, auto-estima, heróico. 
 
02. (IF-SP Auxiliar de Biblioteca - IF-SP) Segundo o Novo Acordo Ortográfico, assinale a alternativa 
correta. 
(A) idéia; paranoico; frequente; para (verbo). 
(B) ideia, paranóico; frequente; para (preposição). 
(C) ideia; paranoico; frequente; para (verbo). 
 
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(D) idéia; paranóico; frequente; para(verbo). 
(E) ideia; paranoico; freqüente; para (verbo). 
 
03. (IF-PB - Jornalista - IDECAN/2019) O Novo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa é 
responsável pelo direcionamento de grande parte da Ortografia Oficial. O TEXTO II, excerto de verbete 
extraído do Dicionário Houaiss, prevê um signo cuja ortografia foi modificada pelo Novo Acordo 
Ortográfico. Assinale a alternativa em que osigno também foi alterado pelo Novo Acordo. 
(A) oi (interjeição) 
(B) dói (presente do indicativo do verbo doer) 
(C) apóio (presente do indicativo do verbo apoiar) 
(D) apoio (substantivo) 
(E) destróier (substantivo) 
 
04. (CISSUL/MG - Enfermeiro - IBGP/2017) O Novo Acordo Ortográfico assinado pelos países da 
Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) entrou em vigor no Brasil em janeiro de 2016. 
Assinale a alternativa em que o conjunto de palavras NÃO está grafado de acordo com as regras do Novo 
Acordo Ortográfico. 
(A) Assembléia, heróico, jibóia. 
(B) Bocaiuva, feiura, argui. 
(C) Constrói, anéis, céu. 
(D) Piauí, açaí, saúde. 
 
05. (EMATER/MG - Assistente Administrativo II - Gestão Concurso/2018) Leia a charge a seguir, 
que traz uma reflexão bem humorada acerca do Novo Acordo Ortográfico. 
 
 
Disponível em: https://blogdoenem.com.br/gramatica-enem-hifen/. Acesso em: 24 jul. 2018. 
 
Considerando que o Novo Acordo Ortográfico alterou o emprego do hífen em palavras compostas, a 
sequência de palavras hifenizadas grafadas corretamente é 
(A) intraracial / antissocial / alémtúmulo / vice-almirante. 
(B) auto-escola / minissaia / mandachuca / portarretrato. 
(C) hiperrenquitado / semiaberto / microondas / auto-peça. 
(D) anti-imperialista / pré-história / semianalfabeto / autoaprendizagem. 
 
Gabarito 
 
01. D / 02. C / 03. C / 04. A / 05. D 
 
Comentários 
 
01. Resposta: D 
Semi-deus - Não se usa hífen em palavras compostas que, pelo uso, passaram a formar uma unidade. 
Idéia - Perdem o acento os ditongos abertos éi e ói das palavras paroxítonas. 
Ultra-som - Não se usa o hífen quando o prefixo termina em vogal e o segundo elemento começa com 
as letras r ou s, que serão duplicadas. 
Auto-estima - Não se usa o hífen quando o prefixo termina em vogal diferente da que inicia o segundo 
elemento. 
Heróico - Perdem o acento os ditongos abertos éi e ói das palavras paroxítonas. 
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02. Resposta: C 
Ideia - Perdem o acento os ditongos abertos éi e ói das palavras paroxítonas. 
Paranoico - Perdem o acento os ditongos abertos éi e ói das palavras paroxítonas. 
Frequente - Não se usa mais o trema, exceto em nomes próprios estrangeiros ou derivados, como por 
exemplo: Müller, mülleriano, Hübner, hüberiano etc. 
Para (verbo) - Perdem o acento diferencial as duplas: pára/para, péla(s)/pela(s), pólo(s)/polo(s), 
pêlo(s)/pelo(s), pêra/pera. 
 
03. Resposta: C 
Perdem o acento os ditongos abertos éi e ói das palavras paroxítonas (palavras que têm acento tônico 
na penúltima sílaba). Não seria a alternativa E, pois paroxítonas terminadas em R são acentuadas. 
 
04. Resposta: A 
Assembléia, heróico, jibóia - Perdem o acento os ditongos abertos éi e ói das palavras paroxítonas. 
 
05. Resposta: D 
(A) Intrarracial, além-túmulo. 
(B) Autoescola, porta-retrato) 
(C) Hiper-renquitado, micro-ondas) 
 
ORTOGRAFIA I 
 
A ortografia oficial prescreve a maneira correta de escrever as palavras, baseada nos padrões cultos 
do idioma. Procure sempre usar um bom dicionário e ler muito para melhorar sua escrita. 
 
Alfabeto 
 
O alfabeto passou a ser formado por 26 letras. As letras “k”, “w” e “y” não eram consideradas 
integrantes do alfabeto (agora são). Essas letras são usadas em unidades de medida, nomes próprios, 
palavras estrangeiras e outras palavras em geral. Exemplos: km, kg, watt, playground, William, Kafka, 
kafkiano. 
 
Vogais: a, e, i, o, u, y, w. 
Consoantes: b, c, d, f, g, h, j, k, l, m, n, p, q, r, s, t, v, w, x, z. 
Alfabeto: a, b, c, d, e, f, g, h, i, j, k, l, m, n, o, p, q, r, s, t, u, v, w, x, y, z. 
 
Observações: 
A letra “Y” possui o mesmo som que a letra “I”, portanto, ela é classificada como vogal. 
A letra “K” possui o mesmo som que o “C” e o “QU” nas palavras, assim, é considerada consoante. 
Exemplo: Kuait / Kiwi. 
Já a letra “W” pode ser considerada vogal ou consoante, dependendo da palavra em questão, veja os 
exemplos: 
No nome próprio Wagner o “W” possui o som de “V”, logo, é classificado como consoante. 
Já no vocábulo “web” o “W” possui o som de “U”, classificando-se, portanto, como vogal. 
 
Emprego da letra H 
Esta letra, em início ou fim de palavras, não tem valor fonético; conservou-se apenas como símbolo, 
por força da etimologia e da tradição escrita. Grafa-se, por exemplo, hoje, porque esta palavra vem do 
latim hodie. 
 
Emprega-se o H: 
- Inicial, quando etimológico: hábito, hélice, herói, hérnia, hesitar, haurir, etc. 
- Medial, como integrante dos dígrafos ch, lh e nh: chave, boliche, telha, flecha, companhia, etc. 
- Final e inicial, em certas interjeições: ah!, ih!, hem?, hum!, etc. 
- Algumas palavras iniciadas com a letra H: hálito, harmonia, hangar, hábil, hemorragia, hemisfério, 
heliporto, hematoma, hífen, hilaridade, hipocondria, hipótese, hipocrisia, homenagear, hera, húmus; 
- Sem h, porém, os derivados baianos, baianinha, baião, baianada, etc. 
 
 
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Não se usa H: 
- No início de alguns vocábulos em que o h, embora etimológico, foi eliminado por se tratar de palavras 
que entraram na língua por via popular, como é o caso de erva, inverno, e Espanha, respectivamente do 
latim, herba, hibernus e Hispania. Os derivados eruditos, entretanto, grafam-se com h: herbívoro, 
herbicida, hispânico, hibernal, hibernar, etc. 
 
Emprego das letras E, I, O e U 
Na língua falada, a distinção entre as vogais átonas /e/ e /i/, /o/ e /u/ nem sempre é nítida. É 
principalmente desse fato que nascem as dúvidas quando se escrevem palavras como quase, intitular, 
mágoa, bulir, etc., em que ocorrem aquelas vogais. 
 
Escreve-se com a letra E: 
- A sílaba final de formas dos verbos terminados em –uar: continue, habitue, pontue, etc. 
- A sílaba final de formas dos verbos terminados em –oar: abençoe, magoe, perdoe, etc. 
- As palavras formadas com o prefixo ante– (antes, anterior): antebraço, antecipar, antedatar, 
antediluviano, antevéspera, etc. 
- Os seguintes vocábulos: Arrepiar, Cadeado, Candeeiro, Cemitério, Confete, Creolina, Cumeeira, 
Desperdício, Destilar, Disenteria, Empecilho, Encarnar, Indígena, Irrequieto, Lacrimogêneo, Mexerico, 
Mimeógrafo, Orquídea, Peru, Quase, Quepe, Senão, Sequer, Seriema, Seringa, Umedecer. 
 
Emprega-se a letra I: 
- Na sílaba final de formas dos verbos terminados em –air/–oer /–uir: cai, corrói, diminuir, influi, possui, 
retribui, sai, etc. 
- Em palavras formadas com o prefixo anti- (contra): antiaéreo, Anticristo, antitetânico, antiestético, etc. 
- Nos seguintes vocábulos: aborígine, açoriano, artifício, artimanha, camoniano, Casimiro, chefiar, 
cimento, crânio, criar, criador, criação, crioulo, digladiar, displicente, erisipela, escárnio, feminino, Filipe, 
frontispício, Ifigênia, inclinar, incinerar, inigualável, invólucro, lajiano, lampião, pátio, penicilina, 
pontiagudo, privilégio, requisito, Sicília (ilha), silvícola, siri, terebintina, Tibiriçá, Virgílio. 
 
Grafam-se com a letra O: abolir, banto, boate, bolacha, boletim, botequim, bússola, chover, cobiça, 
concorrência, costume, engolir, goela, mágoa, mocambo, moela, moleque, mosquito, névoa, nódoa, 
óbolo, ocorrência, rebotalho, Romênia, tribo. 
 
Grafam-se com a letra U: bulir, burburinho, camundongo, chuviscar, cumbuca, cúpula, curtume, 
cutucar, entupir, íngua, jabuti, jabuticaba, lóbulo, Manuel, mutuca, rebuliço, tábua, tabuada, tonitruante, 
trégua, urtiga. 
 
Parônimos: Registramos alguns parônimos que se diferenciam pela oposição das vogais /e/ e /i/, /o/ 
e /u/. Fixemos a grafia e o significado dos seguintes: 
 
área = superfície 
ária = melodia, cantiga 
arrear = pôr arreios, enfeitar 
arriar = abaixar, pôr no chão, cair 
comprido = longo 
cumprido = particípio de cumprir 
comprimento = extensão 
cumprimento = saudação, ato de cumprir 
costear = navegar ou passar junto à costa 
custear = pagar as custas, financiar 
deferir = conceder, atender 
diferir = ser diferente,divergir 
delatar = denunciar 
dilatar = distender, aumentar 
descrição = ato de descrever 
discrição = qualidade de quem é discreto 
emergir = vir à tona 
imergir = mergulhar 
emigrar = sair do país 
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imigrar = entrar num país estranho 
emigrante = que ou quem emigra 
imigrante = que ou quem imigra 
eminente = elevado, ilustre 
iminente = que ameaça acontecer 
recrear = divertir 
recriar = criar novamente 
soar = emitir som, ecoar, repercutir 
suar = expelir suor pelos poros, transpirar 
sortir = abastecer 
surtir = produzir (efeito ou resultado) 
sortido = abastecido, bem provido, variado 
surtido = produzido, causado 
vadear = atravessar (rio) por onde dá pé, passar a vau 
vadiar = viver na vadiagem, vagabundear, levar vida de vadio 
 
Emprego das letras G e J 
Para representar o fonema /j/ existem duas letras; g e j. Grafa-se este ou aquele signo não de modo 
arbitrário, mas de acordo com a origem da palavra. Exemplos: gesso (do grego gypsos), jeito (do latim 
jactu) e jipe (do inglês jeep). 
 
Escrevem-se com G: 
- Os substantivos terminados em –agem, -igem, -ugem: garagem, massagem, viagem, origem, 
vertigem, ferrugem, lanugem. Exceção: pajem 
- As palavras terminadas em –ágio, -égio, -ígio, -ógio, -úgio: contágio, estágio, egrégio, prodígio, 
relógio, refúgio. 
- Palavras derivadas de outras que se grafam com g: massagista (de massagem), vertiginoso (de 
vertigem), ferruginoso (de ferrugem), engessar (de gesso), faringite (de faringe), selvageria (de 
selvagem), etc. 
- Os seguintes vocábulos: algema, angico, apogeu, auge, estrangeiro, gengiva, gesto, gibi, gilete, 
ginete, gíria, giz, hegemonia, herege, megera, monge, rabugento, sugestão, tangerina, tigela. 
 
Escrevem-se com J: 
- Palavras derivadas de outras terminadas em –já: laranja (laranjeira), loja (lojista, lojeca), granja 
(granjeiro, granjense), gorja (gorjeta, gorjeio), lisonja (lisonjear, lisonjeiro), sarja (sarjeta), cereja 
(cerejeira). 
- Todas as formas da conjugação dos verbos terminados em –jar ou –jear: arranjar (arranje), despejar 
(despejei), gorjear (gorjeia), viajar (viajei, viajem) – (viagem é substantivo). 
- Vocábulos cognatos ou derivados de outros que têm j: laje (lajedo), nojo (nojento), jeito (jeitoso, 
enjeitar, projeção, rejeitar, sujeito, trajeto, trejeito). 
- Palavras de origem ameríndia (principalmente tupi-guarani) ou africana: canjerê, canjica, jenipapo, 
jequitibá, jerimum, jiboia, jiló, jirau, pajé, etc. 
- As seguintes palavras: alfanje, alforje, berinjela, cafajeste, cerejeira, intrujice, jeca, jegue, Jeremias, 
Jericó, Jerônimo, jérsei, jiu-jítsu, majestade, majestoso, manjedoura, manjericão, ojeriza, pegajento, 
rijeza, sabujice, sujeira, traje, ultraje, varejista. 
 
Atenção: Moji, palavra de origem indígena, deve ser escrita com J. Por tradição algumas cidades de 
São Paulo adotam a grafia com G, como as cidades de Mogi das Cruzes e Mogi-Mirim. 
 
Representação do fonema /S/ 
O fonema /s/, conforme o caso, representa-se por: 
 
- C, Ç: acetinado, açafrão, almaço, anoitecer, censura, cimento, dança, contorção, exceção, endereço, 
Iguaçu, maçarico, maço, maciço, miçanga, muçulmano, muçurana, paçoca, pança, pinça, Suíça, 
vicissitude. 
- S: ansioso, cansar, diversão, excursão, farsa, ganso, hortênsia, pretensão, propensão, remorso, 
sebo, tenso, utensílio. 
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- SS: acesso, assar, asseio, assinar, carrossel, cassino, concessão, discussão, escassez, essencial, 
expressão, fracasso, impressão, massa, massagista, missão, necessário, obsessão, opressão, pêssego, 
procissão, profissão, ressurreição, sessenta, sossegar, submissão, sucessivo. 
Grafa-se com SS a correlação CED - CESS: cessão, intercessão, acessível, concessão. 
- SC, SÇ: acréscimo, adolescente, ascensão, consciência, crescer, cresço, descer, desço, disciplina, 
discípulo, discente, discernir, fascinar, florescer, imprescindível, néscio, oscilar, piscina, ressuscitar, 
seiscentos, suscetível, víscera. 
- X: aproximar, auxiliar, máximo, próximo, trouxe. 
- XC: exceção, excedente, excelência, excelso, excêntrico, excepcional, excesso, exceto, excitar. 
 
Homônimos 
São palavras que têm a mesma pronúncia, e às vezes a mesma grafia, mas significação diferente. 
 
acento = inflexão da voz, sinal gráfico 
assento = lugar para sentar-se 
acético = referente ao ácido acético (vinagre) 
ascético = referente ao ascetismo, místico 
cesta = utensílio de vime ou outro material 
sexta = ordinal referente a seis 
círio = grande vela de cera 
sírio = natural da Síria 
cismo = pensão 
sismo = terremoto 
empoçar = formar poça 
empossar = dar posse a 
incipiente = principiante 
insipiente = ignorante 
intercessão = ato de interceder 
interseção = ponto em que duas linhas se cruzam 
ruço = pardacento 
russo = natural da Rússia 
 
Emprego de S com valor de Z 
- Adjetivos com os sufixos –oso, -osa: gostoso, gostosa, gracioso, graciosa, teimoso, teimosa. 
- Adjetivos pátrios com os sufixos –ês, -esa: português, portuguesa, inglês, inglesa, milanês, milanesa. 
- Substantivos e adjetivos terminados em –ês, feminino –esa: burguês, burguesa, burgueses, 
camponês, camponesa, camponeses, freguês, freguesa, fregueses. 
- Verbos derivados de palavras cujo radical termina em –s: analisar (de análise), apresar (de presa), 
atrasar (de atrás), extasiar (de êxtase), extravasar (de vaso), alisar (de liso). 
- Formas dos verbos pôr e querer e de seus derivados: pus, pusemos, compôs, impuser, quis, 
quiseram. 
- Os seguintes nomes próprios de pessoas: Avis, Baltasar, Brás, Eliseu, Garcês, Heloísa, Inês, Isabel, 
Isaura, Luís, Luísa, Queirós, Resende, Sousa, Teresa, Teresinha, Tomás, Valdês. 
- Os seguintes vocábulos e seus cognatos: aliás, anis, arnês, ás, ases, através, avisar, besouro, 
colisão, convés, cortês, cortesia, defesa, despesa, empresa, esplêndido, espontâneo, evasiva, fase, frase, 
freguesia, fusível, gás, Goiás, groselha, heresia, hesitar, manganês, mês, mesada, obséquio, obus, 
paisagem, país, paraíso, pêsames, pesquisa, presa, presépio, presídio, querosene, raposa, represa, 
requisito, rês, reses, retrós, revés, surpresa, tesoura, tesouro, três, usina, vasilha, vaselina, vigésimo, 
visita. 
 
Emprego da letra Z 
- Os derivados em –zal, -zeiro, -zinho, -zinha, -zito, -zita: cafezal, cafezeiro, cafezinho, avezinha, 
cãozito, avezita. 
- Os derivados de palavras cujo radical termina em –z: cruzeiro (de cruz), enraizar (de raiz), esvaziar 
(de vazio). 
- Os verbos formados com o sufixo –izar e palavras cognatas: fertilizar, fertilizante, civilizar, civilização. 
- Substantivos abstratos em –eza, derivados de adjetivos e denotando qualidade física ou moral: 
pobreza (de pobre), limpeza (de limpo), frieza (de frio). 
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- As seguintes palavras: azar, azeite, azáfama, azedo, amizade, aprazível, baliza, buzinar, bazar, 
chafariz, cicatriz, ojeriza, prezar, prezado, proeza, vazar, vizinho, xadrez. 
 
Sufixo –ÊS e –EZ 
- O sufixo –ês (latim –ense) forma adjetivos (às vezes substantivos) derivados de substantivos 
concretos: montês (de monte), cortês (de corte), burguês (de burgo), montanhês (de montanha), francês 
(de França), chinês (de China). 
- O sufixo –ez forma substantivos abstratos femininos derivados de adjetivos: aridez (de árido), acidez 
(de ácido), rapidez (de rápido), estupidez (de estúpido), mudez (de mudo) avidez (de ávido) palidez (de 
pálido) lucidez (de lúcido). 
 
Sufixo –ESA e –EZA 
Usa-se –esa (com s): 
- Nos seguintes substantivos cognatos de verbos terminados em –ender: defesa (defender), presa 
(prender), despesa (despender), represa (prender), empresa (empreender), surpresa (surpreender), etc. 
- Nos substantivos femininos designativos de títulos: baronesa, dogesa, duquesa, marquesa, princesa, 
consulesa, prioresa, etc. 
- Nas formas femininas dos adjetivos terminados em –ês:burguesa (de burguês), francesa (de 
francês), camponesa (de camponês), milanesa (de milanês), holandesa (de holandês), etc. 
- Nas seguintes palavras femininas: framboesa, indefesa, lesa, mesa, sobremesa, obesa, Teresa, tesa, 
toesa, turquesa, etc. 
 
Usa-se –eza (com z): 
- Nos substantivos femininos abstratos derivados de adjetivos e denotando qualidade, estado, 
condição: beleza (de belo), franqueza (de franco), pobreza (de pobre), leveza (de leve), etc. 
 
Verbos terminados em –ISAR e -IZAR 
Escreve-se –isar (com s) quando o radical dos nomes correspondentes termina em –s. Se o radical 
não terminar em –s, grafa-se –izar (com z): avisar (aviso + ar), analisar (análise + ar), alisar (a + liso + 
ar), bisar (bis + ar), catalisar (catálise + ar), improvisar (improviso + ar), paralisar (paralisia + ar), pesquisar 
(pesquisa + ar), pisar (piso + ar), frisar (friso + ar), grisar (gris + ar), anarquizar (anarquia + izar), civilizar 
(civil + izar), canalizar (canal + izar), amenizar (ameno + izar), colonizar (colono + izar), vulgarizar (vulgar 
+ izar), motorizar (motor + izar), escravizar (escravo + izar), cicatrizar (cicatriz + izar), deslizar (deslize + 
izar), matizar (matiz + izar). 
 
Emprego do X 
- Esta letra representa os seguintes fonemas: 
Ch – xarope, enxofre, vexame, etc. 
CS – sexo, látex, léxico, tóxico, etc. 
Z – exame, exílio, êxodo, etc. 
SS – auxílio, máximo, próximo, etc. 
S – sexto, texto, expectativa, extensão, etc. 
 
- Não soa nos grupos internos –xce- e –xci-: exceção, exceder, excelente, excelso, excêntrico, 
excessivo, excitar, inexcedível, etc. 
- Grafam-se com x e não com s: expectativa, experiente, expiar, expirar, expoente, êxtase, extasiado, 
extrair, fênix, texto, etc. 
- Escreve-se x e não ch: 
Em geral, depois de ditongo: caixa, baixo, faixa, feixe, frouxo, ameixa, rouxinol, seixo, etc. Excetuam-
se caucho e os derivados cauchal, recauchutar e recauchutagem. 
Geralmente, depois da sílaba inicial en-: enxada, enxame, enxamear, enxaguar, enxaqueca, enxergar, 
enxerto, enxoval, enxugar, enxurrada, enxuto, etc. Excepcionalmente, grafam-se com ch: encharcar (de 
charco), encher e seus derivados (enchente, preencher), enchova, enchumaçar (de chumaço), enfim, 
toda vez que se trata do prefixo en- + palavra iniciada por ch. 
Em vocábulos de origem indígena ou africana: abacaxi, xavante, caxambu, caxinguelê, orixá, maxixe, 
etc. 
Nas seguintes palavras: bexiga, bruxa, coaxar, faxina, graxa, lagartixa, lixa, lixo, mexer, mexerico, 
puxar, rixa, oxalá, praxe, vexame, xarope, xaxim, xícara, xale, xingar, xampu. 
 
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17 
 
Emprego do dígrafo CH 
Escreve-se com ch, entre outros os seguintes vocábulos: bucha, charque, charrua, chavena, 
chimarrão, chuchu, cochilo, fachada, ficha, flecha, mecha, mochila, pechincha, tocha. 
 
Consoantes dobradas 
- Nas palavras portuguesas só se duplicam as consoantes C, R, S. 
- Escreve-se com CC ou CÇ quando as duas consoantes soam distintamente: convicção, occipital, 
cocção, fricção, friccionar, facção, sucção, etc. 
- Duplicam-se o R e o S em dois casos: Quando, intervocálicos, representam os fonemas /r/ forte e /s/ 
sibilante, respectivamente: carro, ferro, pêssego, missão, etc. Quando a um elemento de composição 
terminado em vogal seguir, sem interposição do hífen, palavra começada com /r/ ou /s/: arroxeado, 
correlação, pressupor, bissemanal, girassol, minissaia, etc. 
 
CÊ - cedilha5 
É a letra C que se pôs cedilha. Indica que o Ç passa a ter som de /SS/. O Ç só é usado antes de A, O, 
U. 
 
O Ç é utilizado em palavras derivadas de vocábulos terminados em -TO, -TOR e -TIVO: 
- Canto = canção 
- Ereto = ereção 
- Setor = seção 
- Condutor = condução 
- Ativo = ação 
- Intuitivo = intuição 
 
Também se utiliza Ç em substantivos que terminam em -TENÇÃO, que por sua vez derivam de verbos 
terminados em -TER: 
- Conter = contenção 
- Reter = retenção 
- Deter = detenção 
 
Em verbos terminados em -ÇAR, mas somente quando seu substantivo equivalente terminar em -CE 
ou -ÇO: 
- Lance = lançar 
- Alcance = alcançar 
- Abraço = abraçar 
 
Em substantivos que terminam em -ÇÃO desde que sejam derivados de verbos onde a letra R é 
retirada: 
- Abreviar = abreviação 
- Exportar = exportação 
- Enrolar = enrolação 
 
Emprego do M antes de P e B 
Antes das letras P e/ou B, sempre será utilizado a letra M. 
Ex: 
- Pombo, também, tempo, campo. 
Quando se tratar das demais consoantes, utiliza-se a letra N. 
Ex: 
- Canto, tanto, manto, ente, quente. 
 
R ou RR? 
A consolante R pode ser pronunciada com uma vibração mais forte e prolongada ou mais fraca e curta. 
No início das palavras, a pronúncia é sempre forte (rato, remo, rosa), e também quando se encontra 
duplicada entre duas vogais (correção, cerrote, derramar). 
Quando a consoante R se encontra sozinha entre duas vogais, no meio das palavras, assumirá uma 
pronúncia fraca (caro, loiro, dourado). 
 
5 https://vestibular.uol.com.br/duvidas-de-portugues/ortografia-quando-usar-c.htm. 
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18 
 
Ou seja, a utilização de R ou RR está relacionada à estrutura fonética da palavra, à maneira como é 
pronunciada. 
Dica: 
Palavras como genro, enredo e enrolar, por exemplo, a pronúncia do r é forte e com vibração 
prolongada, porém se utiliza r, pois a letra se encontra entre uma consoante e uma vogal, e não entre 
duas vogais. 
Nunca se utiliza RR no inicia das palavras! 
 
Questões 
 
01. (Prefeitura de Maracanã/PA - Auxiliar de Serviços Gerais - CETAP/2019) 
 
SONHO 
 
Não quero nem ma referir aqui do sonho onírico, aquele que vem quando estamos dormindo, e que 
cumpre uma função biológica e psicológica demasíadarnente importante para o nosso bem-estar. Falo 
eu de sonho como sendo o nosso desejo, o que queremos realizar, construir. Como Martin Luther King, 
ao falar de uma sociedade sem diferenças. Ou Mahatma Gandhl, ao lutar pela independência da índia e 
expressar o sonho de sem violência alguma, haver um povo que tivesse autodeterminação. 
Quando dizemos “eu sonho ter uma casa" ou ‘eu sonho que meus filhos se formem” ou ‘eu sonho ter 
um casamento que perdure bastante tempo", o sonho é aquilo que nos Impulsiona. É um desejo que 
colocando no futuro, procuramos buscar. 
Isso nada tem a ver com delírio. Delírio é um desejo que não tem factibilidade, que não tem como se 
realizar. Sonho precisa se factível, realizável. 
Por exemplo não basta eu dizer: ‘Sonho ser o maior jogador de futebol da Fifa 2016". Isso não é sonho 
é delírio. Eu não tenho mais idade, não teria como entrar no circuito do futebol. “E se eu rezar muito?" 
Lamento, não vai acontecer. “E se eu ler muitos livros de autoajuda?" Também não vai adiantar. 
Sonho não é delírio, é o desejo com factibilidade, que pode ser realizado. Delírio é um desejo marcado 
pela incapacidade de realização. 
(CORTELLA, Mário Sárglo- Pensar bem nos faz bem! Vozes, p.138.) 
 
A letra “x" representa vários sons como em "exemploVz/. Assinale a alternativa com som diferente: 
(A) exato. 
(B) exame. 
(C) expressar. 
(D) exaurir. 
 
02. (Prefeitura de Porto Velho/RO - Especialista em Educação - IBADE/2019) 
 
Queremos a infância para nós 
 
O mundo anda bem atrapalhado: de um lado, temos crianças que se comportam, se vestem, falam e 
são tratadas como adultos. Do outro, adultos que se comportam, se vestem, falam e são tratados como 
crianças. Pelo jeito, infância e vida adulta têm hoje pouco a ver com idade cronológica. 
Não é preciso muito para observar sinais dessa troca: basta olhar as pessoas no espaço público. É 
corriqueiro vermos meninas vestidas com roupas de adultos, inclusive sensuais: blusas e saias curtas, 
calças apertadas, meia-calça e sapatos de salto. E pensar que elas precisam é de roupa folgada para 
deixar o corpo explodir em movimentos que devem ser experimentados... Mas sempre há um traço que 
trai a idade: um brinquedo pendurado, um exagero de enfeites, um excessode maquiagem, etc. 
Se olharmos as adultas, vestidas com o mesmo tipo de roupa das meninas descritas acima, vemos 
também brinquedos, carregados como enfeites ou amuletos: nos chaveiros, nas bolsas, nos telefones 
celulares, nos carros. Isso sem falar nas mesas de trabalho, enfeitadas com ícones do mundo infantil. 
Criança pequena adora ter amigo imaginário, mas essa maravilhosa possibilidade tem sido destruída, 
pouco a pouco, pelo massacre da realidade do mundo adulto, que tem colaborado muito para desfazer a 
fantasia e o faz-de-conta. Mas os legítimos representantes desse mundo, por sua vez, não hesitam em 
ter o seu. Ultimamente, ele tem sido comum e ganhou o nome de deus. Não me refiro ao Deus das 
religiões e alvo da fé. A ideia de deus foi privatizada, e cada um tem o seu, à sua imagem e semelhança, 
mesmo sem professar religião nenhuma. 
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19 
 
O amigo imaginário dos adultos chamado de deus é aquele com quem eles conversam animadamente, 
a quem chamam nos momentos de estresse, a quem recorrem sempre que enfrentam dificuldades, 
precisam tomar uma decisão ou anseiam por algo e, principalmente, para contornar a solidão. Nada como 
ter um amigo invisível, já que ele não exige lealdade, dedicação nem cobra nada, não é? 
E o que dizer, então, das brincadeiras infantis que muitos adultos são obrigados a enfrentar quando 
fazem cursos, frequentam seminários ou assistem a aulas? É um tal de assoprar bexigas, abraçar quem 
está ao lado, acender fósforo para expressar uma ideia, carregar uma pedra para ter a palavra no grupo, 
escolher um bicho como imagem de identificação, usar canetas coloridas para fazer trabalhos, etc. 
Mas, se existe uma manifestação comum a crianças e adultos para expressar alegria, contentamento, 
comemoração e afins, ela tem sido o grito. Que as crianças gritem porque ainda não descobriram outras 
maneiras de expressar emoções, dá para entender. Aliás, é bom lembrar que os educadores não têm 
colaborado para que elas aprendam a desenvolver outros tipos de expressão. Mas os adultos gritarem 
desesperada e estridentemente para manifestar emoção é constrangedor. Com tamanha confusão, fica 
a impressão de que roubamos a infância das crianças porque a queremos para nós, não? 
SAYÃO, Rosely. “As melhores crônicas do Brasil”. In cronicasbrasil.blogspot.com. 
 
O vocábulo “impressão”, sublinhado no fragmento “fica a impressão de que roubamos a infância das 
crianças” (7º §), é grafado com “ss” em razão de uma regra ortográfica segundo a qual grafam-se com o 
dígrafo “ss” os nomes relacionados aos verbos com radical em “prim”, como imprimir / impressão, 
comprimir/compressão, etc. Abaixo estão relacionadas outras regras ortográficas, com os respectivos 
exemplos. A regra em que um dos exemplos NÃO se enquadra nela é: 
(A) grafam-se com Z os sufixos -izar, -ização: civilizar, humanizar, catalizar, colonização. 
(B) grafa-se com Ç a correlação T – Ç: absorção, ação, assunção, exceção. 
(C) grafa-se com SS a correlação CED - CESS: cessão, intercessão, acessível, concessão. 
(D) grafam-se com S os sufixos -esa, -ês, -esia, quando o radical é um substantivo: freguês, burguesa, 
maresia, pedrês. 
(E) grafam-se com Z os sufixos -ez, -eza, quando o radical é um adjetivo: pobreza, grandeza, acidez, 
realeza. 
 
03. (Prefeitura de Timbó/SC - Engenheiro Civil - FURB/2019) Assim como o verbo “autorizar”, 
assinale a alternativa que contenha outro exemplo de verbo terminado em IZAR: 
(A) avi___ar. 
(B) ali___ar. 
(C) pesqui___ar. 
(D) tranquili___ar. 
(E) preci___ar. 
 
04. (Prefeitura de Timbó/SC - Engenheiro Civil - FURB/2019) A exemplo de “crescimento”, escrito 
corretamente com SC, assinale a alternativa cuja lacuna também deve ser preenchida com SC: 
(A) e___eção. 
(B) do___ente. 
(C) anoite___er. 
(D) ace___ível. 
(E) di____ente. 
 
05. (MPE-GO - Secretário Auxiliar - MPE-GO/2019) Assinale a alternativa em que NÃO há erro de 
grafia nas palavras descritas: 
(A) aprasível, chafariz, puxar. 
(B) pecha, cochichar, piche. 
(C) poetiza, encharcada, exdrúxulo. 
(D) expetacular, exceção, objeção. 
(E) estiagem, expulsão, enchuto. 
 
Gabarito 
 
01. C / 02. A / 03. D / 04. E / 05. B 
 
 
 
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20 
 
Comentários 
 
01. Resposta: C 
Exemplo ("x" com som de "z"). 
Expressar ("x" com som de "s"). 
 
02. Resposta: A 
Grafam-se com Z os sufixos -izar, -ização: civilizar, humanizar, catalizar, colonização. O correto seria 
catalisar. 
 
03. Resposta: D 
(A) avisar. 
(B) alisar. 
(C) pesquisar. 
(D) tranquilizar. 
(E) precisar. 
 
04. Resposta: E 
(A) exceção. 
(B) docente. 
(C) anoitecer. 
(D) acessível. 
(E) discente. 
 
05. Resposta: B 
(A) aprazível, chafariz, puxar. 
(B) pecha, cochichar, piche. 
(C) poetiza, encharcada, esdrúxulo. 
(D) espetacular, exceção, objeção. 
(E) estiagem, expulsão, enxuto. 
 
ORTOGRAFIA II 
 
EMPREGO DAS INICIAIS MAIÚSCULAS E MINÚSCULAS 
 
Maiúsculas 
 
- A primeira palavra de período ou citação. 
- Nos versos, a primeira letra é obrigatoriamente escrita em maiúscula. Mas, nos versos que não abrem 
período é facultativo o uso da letra maiúscula. 
Se as coisas são inatingíveis... ora! 
não é motivo para não querê-las... 
que tristes os caminhos, se não fora 
a presença distante das estrelas! 
Mario Quintana 
 
- Substantivos próprios: José, Tiradentes, Brasil, Amazônia, Campinas, Deus, Maria Santíssima, Tupã, 
Minerva, Via-Láctea, Marte, Cruzeiro do Sul, etc. 
- Nomes de épocas históricas, datas e fatos importantes, festas religiosas: Idade Média, Renascença, 
Centenário da Independência do Brasil, a Páscoa, o Natal, o Dia das Mães, etc. 
- Nomes de altos cargos e dignidades: Papa, Presidente da República, etc. 
- Nomes de altos conceitos religiosos ou políticos: Igreja, Nação, Estado, Pátria, União, República, etc. 
- Nomes de ruas, praças, edifícios, estabelecimentos, agremiações, órgãos públicos, etc: Rua do 
Ouvidor, Praça da Paz, Academia Brasileira de Letras, Banco do Brasil, Teatro Municipal, Colégio Santista, 
etc. 
- Nomes de artes, ciências, títulos de produções artísticas, literárias e científicas, títulos de jornais e 
revistas: Medicina, Arquitetura, Os Lusíadas, O Guarani, Dicionário Geográfico Brasileiro, Correio da 
Manhã, Manchete, etc. 
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21 
 
- Expressões de tratamento: Vossa Excelência, Sr. Presidente, Excelentíssimo Senhor Ministro, Senhor 
Diretor, etc. 
- Nomes dos pontos cardeais, quando designam regiões: Os povos do Oriente, o falar do Norte. Exceção: 
Corri o país de norte a sul. O Sol nasce a leste. 
- Nomes comuns, quando personificados ou especificados: o Amor, o Ódio, a Morte, o Jabuti (nas 
fábulas), etc. 
 
Minúsculas 
 
- Nomes de meses, de festas pagãs ou populares, nomes gentílicos, nomes próprios tornados comuns: 
maia, bacanais, carnaval, ingleses, ave-maria, um havana, etc. 
- Os nomes a que se referem (altos cargos e dignidades e conceitos religiosos ou políticos) quando 
empregados em sentido geral: São Pedro foi o primeiro papa. Todos amam sua pátria. 
- Nomes comuns antepostos a nomes próprios geográficos: o rio Amazonas, a baía de Guanabara, o 
pico da Neblina, etc. 
- Palavras, depois de dois pontos, não se tratando de citação direta: “Qual deles: o hortelão ou o 
advogado?”; “Chegam os magos do Oriente, com suas dádivas: ouro, incenso, mirra”. 
- No interior dos títulos, as palavras átonas, como: o, a, com, de, em, sem, grafam-se com inicial 
minúscula. 
 
Questões 
 
01. (MPE/SC - Promotor de Justiça - MPE/SC/2019) 
 
Excerto 6 
 
“[...] O jurídico aparece sempre na forma de linguagem textual, mais precisamente, na maneira verbal 
escrita, o que outorga maior estabilidade às relações deônticas entre os sujeitos das relações. Como tal, 
as Ciências da Linguagem, particularmente a Semiótica, desempenham papel decisivo para a 
investigação do objeto Direito. E, se pensarmostambém na afirmação de Flusser, segundo a qual a língua 
é constitutiva da realidade, ficaremos autorizados a dizer que a linguagem (língua) do Direito cria, forma 
e propaga a realidade jurídica. [...]” 
CARVALHO, Paulo Barros. O legislador como poeta: alguns apontamentos sobre a teoria flusseriana aplicados ao Direito. IN: PINTO, Rosalice; CABRAL, Ana 
Lúcia Tinoco; 
RODRIGUES, Maria das Graças Soares (Orgs.). Linguagem e direito: perspectivas teóricas e práticas. São Paulo: Contexto, 2019. p. 25. [fragmento] 
 
As palavras Semiótica e Direito estão grafadas com letra inicial maiúscula, pois se referem a domínios 
do saber. De acordo com a norma ortográfica vigente, também poderiam ser grafadas com letra inicial 
minúscula. 
Certo ( ) Errado ( ) 
 
02. (MGS – Todos os Cargos de Nível Fundamental Completo - IBFC/2017) 
 
Estranhas Gentilezas 
(Ivan Angelo) 
 
Estão acontecendo coisas estranhas. Sabe-se que as pessoas nas grandes cidades não têm o hábito 
da gentileza. Não é por ruindade, é falta de tempo. Gastam a paciência nos ônibus, no trânsito, nas filas, 
nos mercados, nas salas de espera, nos embates familiares, e depois economizam com a gente. 
Comigo dá-se o contrário, é o que estou notando de uns dias para cá. Tratam-me com inquietante 
delicadeza. Já captava aqui e ali sinais suspeitos, imprecisos, ventinho de asas de borboleta, quase nada. 
A impressão de que há algo estranho tomou meu corpo mesmo foi na semana passada. Um vizinho que 
já fora meu amigo telefonou-me desfazendo o engano que nos afastava, intriga de pessoa que nem 
conheço e que afinal resolvera esclarecer tudo. Difícil reconstruir a amizade, mas a inimizade morria ali. 
Como disse, eu vinha desconfiando tenuemente de algumas amabilidades. O episódio do vizinho fez 
surgir em meu espírito a hipótese de uma trama, que já mobilizava até pessoas distantes. E as próximas? 
Tenho reparado. As próximas telefonam amáveis, sem motivo. Durante o telefonema fico aguardando 
o assunto que estaria embrulhado nos enfeites da conversa, e ele não sai. Um número inesperado de 
pessoas me cumprimenta na rua, com acenos de cabeça. Mulheres, antes esquivas, sorriem transitáveis 
nas ruas dos Jardins1. Num restaurante caro, o maître2, com uma piscadela, fura a demorada fila de 
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22 
 
executivos à espera e me arruma rapidinho uma mesa para dois. Um homem de pasta que parecia 
impaciente à minha frente me cede o último lugar no elevador. O jornaleiro larga sua banca na avenida 
Sumaré e vem ao prédio avisar-me que o jornal chegou. Os vizinhos de cima silenciam depois das dez 
da noite. 
[...] 
Que significa isso? Que querem comigo? Que complô é este? Que vão pedir em troca de tanta 
gentileza? 
Aguardo, meio apreensivo, meio feliz. 
Interrompo a crônica nesse ponto, saio para ir ao banco, desço pelas escadas porque alguém segura 
o elevador lá em cima, o segurança do banco faz-me esvaziar os bolsos antes de entrar na porta giratória, 
enfrento a fila do caixa, não aceitam meus cheques para pagar contas em nome de minha mulher, saio 
mal-humorado do banco, atravesso a avenida arriscando a vida entre bólidos3 , um caminhão joga-me 
água suja de uma poça, o elevador continua preso lá em cima, subo a pé, entro no apartamento, sento-
me ao computador e ponho-me de novo a sonhar com gentilezas. 
 
Vocabulário: 
1 bairro Jardim Paulista, um dos mais requintados de São Paulo 
2 funcionário que coordena agendamentos entre outras coisas nos restaurantes 
3 carros muito velozes 
 
Em “nas ruas dos Jardins1" (4º§), a palavra em destaque foi escrita com letra maiúscula por se tratar 
de: 
(A) um erro de grafia. 
(B) um destaque do autor 
(C) um substantivo próprio. 
(D) um substantivo coletivo. 
 
03. (IF/PB - Assistente em Administração - IDECAN/2019) 
 
ONG confirma segunda morte em conflitos na Venezuela 
 
Segunda vítima é mulher que foi baleada na cabeça, informa o Observatório Venezuelano de Conflito 
Social (OVCS). País enfrenta onda de protestos pró e contra Maduro. 
Disponível em: https://g1.globo.com/mundo/noticia/2019/05/02/ong-relata-morte-de-mais-uma-pessoa-durante-protestos-na-venezuela.ghtml 
 
No texto, no que concerne à grafia, as iniciais maiúsculas em “Observatório Venezuelano de Conflito 
Social” são gramaticalmente 
(A) inadequadas, pois se trata de um substantivo comum, em razão de formação por sigla. 
(B) inadequadas, pois se trata de um adjetivo ligado à Venezuela. 
(C) inadequadas, pois, no gênero textual notícia, deve haver a ausência de iniciais maiúsculas. 
(D) adequadas, pois se trata de um substantivo próprio. 
(E) adequadas, pois o gênero notícia exige este tipo de grafia para convencer ao leitor. 
 
Gabarito 
 
01. Certo / 02.C / 03. D 
 
Comentários 
 
01. Resposta: Certo 
Os nomes dos domínios do saber são grafados com letra inicial maiúscula. Grafar com a letra 
minúscula não iria implicar em erro, mas mudaria o sentido semântico. 
 
02. Resposta: C 
"Jardins" está se referindo, conforme a legenda, ao bairro Jardim Paulista, um dos mais requintados 
de São Paulo. Ou seja, trata-se de um substantivo próprio, o nome de um bairro. 
 
03. Resposta: D 
As inicias maiúsculas foram utilizadas corretamente para especificar, nomear o que significa a sigla. 
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23 
 
Trata-se de um substantivo próprio. 
 
ORTOGRAFIA III 
 
Palavras ou Expressões que geram dificuldades 
 
Algumas palavras ou expressões costumam apresentar dificuldades colocando em maus lençóis quem 
pretende falar ou redigir português culto. Esta é uma oportunidade para você aperfeiçoar seu 
desempenho. Preste atenção e tente incorporar tais palavras certas em situações apropriadas. 
 
A anos: Daqui a um ano iremos à Europa. (a indica tempo futuro) 
Há anos: Não o vejo há meses. (há indica tempo passado) 
Atenção: Há muito tempo já indica passado. Não há necessidade de usar atrás, isto é um pleonasmo. 
 
Acerca de: Falávamos acerca de uma solução melhor. (a respeito de 
A cerca de: dessa forma, separado, tem o significado de “perto de”, “próximo de”, “aproximadamente”. 
(A mulher foi encontrada a cerca de 15 metros de sua casa.) 
Há cerca de: Há cerca de dias resolvemos este caso. (faz tempo) 
 
Ao encontro de: Sua atitude vai ao encontro da verdade. (estar a favor de) 
De encontro a: Minhas opiniões vão de encontro às suas. (oposição, choque) 
 
A fim de: Vou a fim de visitá-la. (finalidade) 
Afim: Somos almas afins. (igual, semelhante) 
 
Ao invés de: Ao invés de falar começou a chorar. (oposição, ao contrário de) 
Em vez de: Em vez de acompanhar-me, ficou só. (no lugar de) 
 
A par: Estamos a par das boas notícias. (bem informado, ciente) 
Ao par: O dólar e o euro estão ao par. (de igualdade ou equivalência entre valores financeiros – câmbio) 
 
Aprender: O menino aprendeu a lição. (tomar conhecimento de) 
Apreender: O fiscal apreendeu a carteirinha do menino. (prender) 
 
Baixar: os preços quando não há objeto direto; os preços funcionam como sujeito: Baixaram os preços 
(sujeito) nos supermercados. Vamos comemorar, pessoal! 
Abaixar: os preços empregado com objeto direto: Os postos (sujeito) de combustível abaixaram os 
preços (objeto direto) da gasolina. 
 
Bebedor: Tornei-me um grande bebedor de vinho. (pessoa que bebe) 
Bebedouro: Este bebedouro está funcionando bem. (aparelho que fornece água) 
 
Bem-Vindo: Você é sempre bem-vindo aqui, jovem. (adjetivo composto) 
Benvindo: Benvindo é meu colega de classe. (nome próprio) 
 
Câmara: Ficaram todos reunidos na Câmara Municipal. (local de trabalho) 
Câmera: Comprei uma câmera japonesa. (aparelho que fotografa) 
 
Champanha/Champanhe (do francês): O champanha/champanhe está bem gelado. 
 
Cessão: Foi confirmada a cessão do terreno. (ato de doar) 
Sessão: A sessão do filme durou duas horas. (intervalo de tempo) 
Seção/Secção: Visitei hoje a seção de esportes. (repartição pública, departamento) 
 
Demais: Vocês falam demais,caras! (advérbio de intensidade) 
Demais: Chamaram mais dez candidatos, os demais devem aguardar. (equivale a “os outros”) 
De mais: Não vejo nada de mais em sua decisão. (opõe-se a “de menos”) 
 
Descriminar: O réu foi descriminado; pra sorte dele. (inocentar, absolver de crime) 
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Discriminar: Era impossível discriminar os caracteres do documento. (diferençar, distinguir, separar) 
Descrição: A descrição sobre o jogador foi perfeita. (descrever) 
Discrição: Você foi muito discreto. (reservado) 
 
Entrega em domicílio: Fiz a entrega em domicílio. (lugar) 
Entrega a domicílio: Enviou as compras a domicílio. (com verbos de movimento) 
 
Espectador: Os espectadores se fartaram da apresentação. (aquele que vê, assiste) 
Expectador: O expectador aguardava o momento da chamada. (que espera alguma coisa) 
 
Estada: A estada dela aqui foi gratificante. (tempo em algum lugar) 
Estadia: A estadia do carro foi prolongada por mais algumas semanas. (prazo concedido para carga e 
descarga) 
 
Estupro:6 Crime que consiste em constranger alguém a manter relações sexuais por meio de violência; 
forçamento, violação. 
Estrupo:7 Palavra antiga, de origem obscura, que caiu em desuso. Significa ruído, tropel, tumulto. 
 
Fosforescente: Este material é fosforescente. (que brilha no escuro) 
Fluorescente: A luz branca do carro era fluorescente. (determinado tipo de luminosidade) 
 
Haja: É preciso que não haja descuido. (verbo haver – 1ª pessoa singular do presente do subjuntivo) 
Aja: Aja com cuidado, Carlinhos. (verbo agir – 1ª pessoa singular do presente do subjuntivo) 
 
Houve: Houve um grande incêndio no centro de São Paulo. (verbo haver - 3ª pessoa do singular do 
pretérito perfeito) 
Ouve: A mãe disse: ninguém me ouve. (verbo ouvir - 3ª pessoa singular do presente do indicativo) 
 
Mal: Dormi mal. (oposto de bem) 
Mau: Você é um mau exemplo. (oposto de bom) 
 
Mas: Telefonei-lhe mas ela não atendeu. (ideia contrária) 
Mais: Há mais flores perfumadas no campo. (opõe-se a menos) 
 
Nem um: Nem um filho de Deus apareceu para ajudá-la. (equivale a nem um sequer) 
Nenhum: Nenhum jornal divulgou o resultado do concurso. (oposto de algum) 
 
Onde: Onde fica a farmácia mais próxima? (lugar em que se está) 
Aonde: Aonde vão com tanta pressa? (ideia de movimento) 
 
Por ora: Por ora chega de trabalhar. (por este momento) 
Por hora: Você deve cobrar por hora. (cada sessenta minutos) 
 
Quotidiano e Cotidiano: Ambas estão corretas e siginificam “que acontece diariamente; que é comum 
a todos os dias; diário”. 
 
Senão: Não fazia coisa nenhuma senão criticar. (caso contrário) 
Se não: Se não houver homens honestos, o país não sairá desta situação crítica. (se por acaso não) 
 
Tampouco: Não compareceu, tampouco apresentou qualquer justificativa. (Também não) 
Tão pouco: Encontramo-nos tão pouco esta semana. (intensidade) 
 
Trás ou Atrás: O menino estava atrás da árvore. (lugar) 
Traz: Ele traz consigo muita felicidade. (verbo trazer) 
 
Vultoso: Fizemos um trabalho vultoso aqui. (volumoso) 
Vultuoso: Sua face está vultuosa e deformada. (congestão no rosto) 
 
6 https://michaelis.uol.com.br/moderno-portugues/busca/portugues-brasileiro/estupro/. 
7 https://dicionario.priberam.org/estrupo. 
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Há menos de= Quando há a ideia de passado, tempo transcorrido. Pode ser substituído por 
"aproximadamente" ou "mais ou menos". Ou ainda "faz" (do verbo fazer). 
Exemplo: Ele saiu de casa há menos de dois anos. 
Samuel terminou a obra da casa há menos de seis meses. 
 
A Menos De8= Locução prepositiva. Indica tempo futuro ou distância aproximada. 
Exemplo: Passou a menos de um metro do muro. 
A menos de um mês estarei de férias. 
 
Bastante ou Bastantes?9 
Está aí uma palavra-encrenca. O uso de “bastante” depende muito de qual função ele está assumindo 
na frase, podendo ser três: adjetivo, advérbio e pronome indefinido. Vejamos os três casos. 
 
Como advérbio 
 
O uso mais comum é usar “bastante” como advérbio, no sentido de “muito”. Nesse caso, a palavra está 
relacionada ao verbo, então não sofre flexão e deve ficar sempre no singular. Veja exemplo: 
 
– O frio é bastante intenso por aqui em julho. 
– As questões formuladas estão bastante ruins. 
– Você já comeu bastante por hoje. 
 
Como adjetivo 
 
Quando usado como adjetivo, “bastante” assume significado de “suficiente”, devendo ser flexionado de 
acordo com o substantivo que o acompanha. Veja: 
 
– Há motivos bastantes para o divórcio. 
– Os salgados e as bebidas não serão bastantes para a festa. 
– O álibi foi bastante para retirar as acusações. 
 
Como pronome indefinido 
 
Se “bastante” assume a função de pronome, ele deverá expressar qualidades ou quantidades não 
especificadas. Essa função é menos usada na nossa língua. 
 
– Bastantes empresas fecharam as portas este mês. 
– Camila tem bastantes amigos na escola. 
– Encontrei bastantes produtos como os que você pediu 
 
Questão 
 
01. (Prefeitura de Resende/RJ - Agente Comunitário de Saúde - CONSULPAM/2019) Marque 
abaixo o item onde todas as palavras estão escritas de forma CORRETA: 
(A) Tragédia, empréstimo, arcabouço. 
(B) Próximo, esfoço, estrupo. 
(C) Cabide, retrospequitiva, análogo. 
(D) Barcaça, palhero, aeroporto. 
 
02. (UTFPR - Engenheiro Civil - UTFPR/2019) Assinale a alternativa cujo texto apresenta erro 
ortográfico. 
(A) Paralisia do governo dos EUA já começa a afetar dia a dia de americanos. 
(B) Tomara que eles viajem juntos. 
(C) SP: falta saúde, educação e o problema é a pichação. 
(D) As perdas do semestre serão compensadas no próximo. 
(E) O país interviu em várias guerras. 
 
8 https://luconcursos.blogspot.com/2016/03/ha-menos-de-ou-menos-de.html 
9 https://guiadoestudante.abril.com.br/blog/duvidas-portugues/bastante-ou-bastantes 
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03. (Prefeitura de Mauriti/CE - Procurador - CEV/URCA/2019) Dada sequência a seguir, marque a 
opção que não apresenta desvio na grafia das palavras: 
(A) Transgressão; distorsão; consessão; expulsão; contorção; 
(B) Transgreção; distorção; concessão; expulção; contorsão; 
(C) Transgressão; distorção; conseção; expulsão; contorção; 
(D) Transgreção; distorsão; consessão; expulção; contorsão; 
(E) Transgressão; distorção; concessão; expulsão; contorção. 
 
04. (PGM/Campo Grande/MS - Procurador Municipal - CESPE/2019) A respeito das ideias e dos 
aspectos linguísticos do texto precedente, julgue o item que se segue. 
 
A jurisdição constitucional na contemporaneidade apresenta-se como uma consequência praticamente 
natural do Estado de direito. É ela que garante que a Constituição ganhará efetividade e que seu projeto 
não será cotidianamente rasurado por medidas de exceção desenhadas atabalhoadamente. Mais do que 
isso, a jurisdição é a garantia do projeto constitucional, 7 quando os outros poderes buscam redefinir os 
rumos durante a caminhada. 
Nesses termos, a jurisdição constitucional também se ro apresenta como medida democrática. Por 
meio dela, as bases que estruturaram democraticamente o Estado são conservadas, impedindo que o 
calor dos fatos mude a interpretação constitucional ou procure fugir de sua incidência sempre que os 
acontecimentos alegarem certa urgência. 
Ademais, é a garantia hodierna de que os ventos da /6 mudança não farão despencar os edifícios que 
sustentam as bases constitucionais, independentemente das maiorias momentâneas e dos clamores 
populares. 
Emerson Ademir Borges de Oliveira. Jurisdição constitucional: entre a guarda da Constituição e o ativismo judicial. In: Revista Jurídica da Presidência. Brasília, 
v. 20, n° 121, jun.-set./2018, p. 468-94 (com adaptações). 
 
Seria incorreto o emprego da forma quotidianamente em lugar de “cotidianamente”, pois aquela forma 
foi abolida do vocabulário oficial da língua portuguesa. 
Certo ( ) Errado ( ) 
 
05. (UNESP - Agente de Desenvolvimento

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