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Insulinoterapia: tipos de insulina e técnicas de aplicação

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1 
Flávia Demartine 
Endócrino 
Isulinoterapia 
INSULINAS 
• Insulinas humanas: NPH e regular. 
• Insulinas análogas: modificação da estrutura da 
insulina para melhorar o perfil farmacocinético das 
insulinas (maior velocidade de absorção, pico 
menor...). 
- Ultra lentas (basal): glargina e degludeca. 
- Ultra rápidas (bolus): asparte, lispro, glulisina. 
 
 
• Insulina regular 
• Insulina NPH: suspensão cristalina de insulina com 
protamina e zinco. 
LOCAIS DE APLICAÇÃO DE INSULINA 
− Braços: face posterior, três a quatro dedos abaixo da 
axila e acima do cotovelo; 
− Nádegas: quadrante superior lateral externo; 
− Coxas: face anterior e lateral externa, quatro dedos 
abaixo da virilha e acima do joelho; 
− Abdome: regiões laterais direita e esquerda, com 
distância de três a quatro dedos da cicatriz umbilical. 
 
TÉCNICA DE APLICAÇÃO DAS INSULINAS 
 
• Rodízio dos pontos de aplicação: 
Esquema de múltiplas doses: 
Dividir cada local de aplicação em pequenos 
quadrantes: as aplicações, nesses quadrantes, devem 
ser espaçadas em pelo menos 1 cm entre eles e seguir 
em sentido horário; 
Fixar um local para cada horário e alternar os pequenos 
quadrantes do mesmo local. 
Esquema de 1 a 2 doses ao dia: 
Aplicação em um local por semana, esgotando-se as 
possibilidades de quadrantes da mesma região, para só 
então escolher outro. 
• Insulina NPH e Regular: podem ser misturadas na 
mesma seringa e armazenadas. 
• Insulina NPH e insulina análoga rápida: podem ser 
misturadas na mesma seringa, mas requerem 
aplicação imediata. 
• Insulinas análogas lentas e rápidas: não podem ser 
misturas e devem ser aplicadas em locais 
diferentes. 
1. Assepsia da borracha do frasco. 
2. Aspirar, na seringa, ar correspondente à dose de 
insulina NPH. 
3. Injetar o ar no frasco de insulina NPH, depois retirar 
a agulha do frasco sem aspirar a insulina NPH. 
4. Aspirar, na seringa, ar correspondente à dose de 
insulina Regular. 
5. Injetar o ar no frasco de insulina regular, virar o 
frasco e aspirar a dose prescrita de insulina regular. 
6. Colocar o frasco de insulina regular na posição inicial 
e retirar a agulha. 
7. Posicionar o frasco de insulina NPH de cabeça para 
baixo, introduzir a agulha da seringa que já está com a 
insulina regular e aspirar a dose correspondente à 
insulina NPH. 
8. Retornar o frasco à posição inicial 
9. Realizar assepsia com álcool 70% no local escolhido 
para aplicação; esperar secar. 
10. Fazer a prega subcutânea (se recomendado) e 
introduzir a agulha com movimento único. 
11. Injetar insulina continuamente, mas não de modo 
muito rápido. 
 2 
Flávia Demartine 
Endócrino 
12. Manter a agulha no tecido subcutâneo, com o 
êmbolo pressionado, por, no mínimo, 5 segundos. 
** se caneta, pressionar no mínimo 10 segundos. 
13. Soltar a prega subcutânea e remover a agulha 
suavemente, com movimento único. 
INSULINOTERAPIA: PACIENTES HOSPITALIZADOS 
Solicitar HbA1c para todos os pacientes hospitalizados 
com diagnóstico prévio de DM ou com hiperglicemia 
detectada na internação (glicemia >140 mg/dL). 
A terapia insulínica deverá ser iniciada quando 
persistirem patamares glicêmicos acima de 180 
mg/dL. 
Uma vez instituída a insulinoterapia, a meta glicêmica 
recomendada está entre 140 e 180 mg/dL para a 
maioria dos pacientes críticos e não críticos. 
• Idosos, baixa aceitação da dieta, hiperglicemias 
leves: 
1° dia: Insulina NPH 0,2-0,3 ui/kg + Insulina Regular 
correção a cada 4 a 6 horas. 
Nos dias seguintes, se hiperglicemias persistentes e 
necessidades frequentes de bolus de correção, iniciar 
dose fixa de insulina regular antes refeições. 
• DRC avançada (maior risco de hipoglicemia): 
TFGe < 50 mL/min, deve-se promover redução de 25% 
da dose usual; 
TFGe < 10 mL/min, a dose deve ser reduzida a 50% da 
usual. 
CONDUTA NA ALTA HOSPITALAR PARA 
PACIENTES COM DM2 
• HbA1c for inferior a 7%: manter o tratamento que 
o paciente vinha em uso; 
• HbA1c entre 7 e 9%: provável necessidade de 
adicionar um novo ADO ou uma dose de insulina 
basal aos ADOs; 
• HbA1c superior a 10%: provável necessidade de 
prescrição de insulina em esquema basal-bolus. 
INSULINOTERAPIA: DM1 
• Esquema de múltiplas doses (basal/bolus). 
Dose inicial: 0,4 a 0,6 UI/kg/ dia. 
40-50% basal. 
50-60% bolus. 
• Insulina Basal: 
Degludeca e glargina1x (manhã ou ao deitar) 
Levemir 2x (manhã e ao deitar) 
NPH 3x (manhã, almoço e ao deitar) 
• Esquema de múltiplas doses (basal/bolus). 
Insulina Bolus: 
Dose realizada antes de todas as refeições (café, 
colação, almoço, lanche, jantar). 
As doses dependem dos níveis de glicemia pré-
prandial, quantidade de CHO, contéudo e padrão de 
atividade física que será realizada. 
Lispro, asparte e glulisina: 15 minutos antes de comer. 
Regular: 30 minutos antes de comer. 
INSULINOTERAPIA: DM2 
Quando insulinizar? 
No diagnóstico: para pacientes com manifestações 
clínicas graves e HBA1C > 10%. 
No seguimento (Intensificação do tratamento): 
Paciente em uso de 3 ou mais classes de agente 
hipoglicemiantes, incluindo análogo de GLP1 e com 
descompensação glicêmica. 
Quando insulinizar? 
No seguimento (Intensificação do tratamento): 
Descompensação glicêmica leve a moderada: 
• Adicionar Insulina Basal (dose inical: 0,1 a 0,2 
ui/kg). 
• Insulina NPH (Badtime ou pela manhã ou 2x ao 
dia). 
• Glargina e degludeca: manhã ou noite. 
• Ajustar dose de insulina basal a cada 2 a 3 dias. 
Manifestações clínicas graves + descompensação 
glicêmica importante: Esquema basal/ bolus. 
• Suspender sulfonilureias. 
• Biguanida, IDPPIV, ISGLT2 e análogo GLP1 poderão 
ser mantidos, se houver benefícios. 
Paciente em uso de 3 ou mais classes de agentes 
hipoglicemiantes, insulina basal em doses altas e 
permanece com hiperglicemias pós prandiais 
significativas: 
• Esquema basal-plus (adicionar insulina bolus antes da 
principal refeição). 
• Esquema basal-bolus. 
• Em ambos os casos, suspender sulfonilureias. 
Esquema basal-bolus: 
Dose inicial: 0,4 a 0,6 UI/kg/ dia. 
40-50% basal. 
50-60% bolus. 
Insulina Basal: 
Degludeca e glargina1x (manhã ou ao deitar) 
Levemir 2x (manhã e ao deitar) 
NPH 2x (manhã e ao deitar) 
Esquema basal-bolus: 
• Insulina Bolus: 
Dose pré-refeições (antes do café, almoço e jantar). 
Lispro, asparte e glulisina: 15 minutos antes de comer. 
 3 
Flávia Demartine 
Endócrino 
Regular: 30 minutos antes de comer. 
CONDUTA NA HIPOGLICEMIA 
Hipoglicemia: 
• Glicemia < 70 mg/dl + paciente consciente: 
Administrar glicose (15-20 g – 1 c. sopa de açúcar). 
• Glicemia < 50 mg/dl + paciente consciente: 
Administrar glicose (30 g – 2 c. sopa de açúcar). 
• Em ambos os casos: 
Fazer glicemia em 15 minutos e repetir tratamento 
caso a hipoglicemia persista. 
Quando glicemia estiver normal, consumir uma 
refeição ou lanche para evitar recorrência da 
hipoglicemia. 
• Glicemia < 70 mg/dl + paciente com perda de nível 
de consciência: 
Não oferecer líquidos ou sólidos por via oral (risco de 
broncoaspiração). 
Chamar a emergência. 
Aplicar 1 ampola de gluclagon IM ou SC. 
Passar açúcar na bochecha do paciente. 
Correção com glicose endovenosa.

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