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Tipos de personalidade

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Tipos de personalidade
APRESENTAÇÃO
Seja bem-vindo!
Por mais de vinte anos, Carl Jung estudou a personalidade, identificando processos psicológicos 
básicos e suas formas de interação, a fim de definir a personalidade de um indivíduo. Em 1921, 
publicou a obra Tipos psicológicos, na qual definiu como tipos as atitudes observáveis nos 
indivíduos, caracterizados pelos interesses, referências e habilidades, ou seja, o estado da psique 
disposto para a ação ou para uma reação a uma situação determinada. Com relação à avaliação, 
a personalidade está ligada, principalmente, aos traços psicológicos, aos estados valores, aos 
interesses, às atitudes, ao senso de humor, aos estilos cognitivos, comportamentais e/ou 
características individuais.
Nesta Unidade de Aprendizagem, você vai conhecer a tipologia de Carl Jung, os testes 
psicológicos validados no Brasil para avaliação da personalidade e a relação dos transtornos de 
personalidade com a motivação para crimes.
Bons estudos.
Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
Descrever os tipos de personalidade a partir da abordagem tipológica de Jung.•
Reconhecer testes psicológicos validados no Brasil para avaliação da personalidade.•
Relacionar transtornos de personalidade como motivação para crimes.•
DESAFIO
O comportamento humano é influenciado por diversos fatores, como as condições do 
meio, maturação neurofisiológica e hereditariedade. Piaget delineou os aspectos que agem no 
desenvolvimento humano como fisio-motor, intelectual, afetivo-emocional e social. Segundo 
ele, só assim é possível entender como e por que o indivíduo se comporta de alguma maneira em 
certa situação em determinado momento de sua vida.
Você esta diante de um caso em que o suspeito de cometer delitos tem problemas psicológicos e 
precisa avaliar o quanto seu histórico familiar reflete no comportamento atual. 
INFOGRÁFICO
A evolução da criação de testes e provas psicológicas acompanha a diversidade teórica e 
metodológica da psicologia e das concepções sobre personalidade. cada um desses 
entendimentos subsidia diferentes instrumentais de avaliação.
No Infográfico a seguir, você vai conhecer as diversas concepções dos modelos e instrumentos 
de avaliação psicológica da personalidade: o modelo psicodinâmico, com a utilização dos testes 
projetivos; o modelo cognitivista; o modelo dos traços de personalidade com os inventários; e 
outros testes psicométricos mais objetivos. 
 
possuem limitações na compreensão da personalidade, que necessita de um máximo de 
detalhes por meio da anamnese, que somente é possível com a escuta e com dados manifestos e 
latentes nas entrevistas clínicas. Os resultados dos testes e sua interpretação devem ser 
compreendidos em relação ao comportamento da pessoa ao longo da avaliação, suas condições 
cognitivas, sociais e culturais e também com a confrontação dos resultados entre eles.
 
 
CONTEÚDO DO LIVRO
A avaliação da personalidade está ligada, principalmente, à avaliação de traços psicológicos, 
estados valores, interesses, atitudes, senso de humor, estilos cognitivos e comportamentais e/ou 
características individuais. O Indicador Tipológico Myers-Briggs (Myers-Briggs Type Indicator, 
MTBI; Myers, 1962), por exemplo, é a medida usada com mais frequência, baseada nos tipos de 
personalidade descritos por Carl Jung.
 
No capítulo Tipos de personalidade, da obra Psicologia e criminologia, você vai conhecer a 
tipologia de Carl Jung, os testes psicológicos validados no Brasil para avaliação da 
personalidade e a relação dos transtornos de personalidade com a motivação para crimes. 
 
Tipos de personalidade
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
 � Caracterizar tipos de personalidade, a partir da abordagem tipológica 
de Carl Jung.
 � Reconhecer testes psicológicos validados no Brasil para avaliação da 
personalidade.
 � Relacionar transtornos de personalidade com motivação para 
crimes.
Introdução
Por mais de 20 anos Carl Jung estudou a personalidade, identificando 
processos psicológicos básicos e sua forma de interação para definir a 
personalidade de um indivíduo. Em 1921, publicou a obra “Tipos Psi-
cológicos”. Jung (2012) definiu “tipo” como as atitudes observáveis nos 
indivíduos, caracterizadas pelos interesses, referências e habilidades, ou 
seja, o estado da psique disposto para uma ação ou reação a uma situação 
determinada. No que concerne à avaliação, a personalidade está ligada 
principalmente aos traços psicológicos, aos estados valores, aos interesses, 
às atitudes, ao senso de humor, aos estilos cognitivos e comportamentais 
e/ou às características individuais. O Indicador Tipológico Myers-Briggs 
(Myers-Briggs Type Indicator, MTBI), instrumento utilizado com frequência 
para avaliar aspectos da personalidade dos indivíduos, foi desenvolvido 
pelas estudiosas Katharine Cook Briggs e Isabel Briggs Myers com base 
no trabalho de tipos psicológicos de Jung.
Neste capítulo você aprenderá sobre a tipologia de Carl Jung, os 
testes psicológicos validados no Brasil para avaliação da personalidade 
e a relação dos transtornos de personalidade com a motivação para 
crimes.
Tipos de personalidade – abordagem tipológica 
de Carl Jung 
Carl Jung (1875 - 1961), psiquiatra suíço e psicanalista, foi o fundador da 
Psicologia Analítica. Em 1921 publicou sua obra sobre os tipos psicológicos 
(JUNG, 2012), na qual apresenta as duas direções principais da libido – enten-
dida como energia psíquica – conhecidas como extrovertida e introvertida, 
dois conceitos teorizados. Jung (2012) acreditava que todos os indivíduos 
estariam em alguma dessas posições quanto ao interesse pelo objeto ou pelo 
sujeito ou, na movimentação da libido, em direção ao objeto ou ao sujeito. 
Porém ambas as posições existem dentro do indivíduo, sendo uma delas 
desenvolvida com o objetivo de adaptação.
Na extroversão (iniciativa e ação prática) é dado enfoque ao objeto e, na 
introversão (reflexão), ao sujeito. Na atitude extrovertida, a libido, isto é, 
a energia psíquica, volta-se naturalmente para o mundo externo de objetos, 
fatos e pessoas, caracterizando uma disposição para a ação, a impulsividade, a 
comunicabilidade, a sociabilidade e a facilidade de expressão oral. Na atitude 
introvertida, a atenção do indivíduo é voltada para o seu mundo interior – suas 
impressões, emoções e pensamentos –, favorecendo características como a 
hesitação, o pensar antes de agir, a maneira reservada, o retraimento social, 
a retenção de emoções, a discrição e a facilidade de expressão no campo da 
escrita, com uma ênfase à subjetividade.
Além desses dois tipos básicos, Jung identificou diferenças individuais 
entre os extrovertidos e os introvertidos, que atribuiu às diversas maneiras 
com que o indivíduo utiliza a mente, ou melhor, às funções psíquicas e/ou 
processos mentais que utiliza para se relacionar com o mundo externo ou 
interno (LESSA, 2012).
De acordo com Feist, Feist e Roberts (2015, p. 81):
[...] tanto a introversão quanto a extroversão podem se combinar com uma 
ou mais das quatro funções, formando oito orientações possíveis, ou tipos. 
As quatro funções – sensação, pensamento, sentimento e intuição – podem 
ser brevemente resumidas da seguinte forma: a sensação diz às pessoas que 
algo existe; o pensamento lhes possibilita reconhecer seu significado; o sen-
timento lhes diz seu valor; e a intuição lhes permite saberem a seu respeito 
sem saber como.
Diariamente as pessoas utilizam essas quatro funções, sendo que, por 
meio da sensação e da intuição, a situação é percebida diretamente, sem a 
intermediação de um juízo ou uma verificação. A sensação é uma função dos 
Tipos de personalidade2
sentidos, que traz as percepções do mundo através dos órgãos dos sentidos. 
Segundo Lessa (2012, documento on-line), pessoas com essa função predo-
minante são aquelas que: 
[...] acreditam nosfatos, têm facilidade para lembrar-se deles e importam-se 
com o presente, com foco no real e no concreto, são voltadas para o ‘aqui-
-agora’, sendo práticas e realistas; preocupam-se mais em manter as coisas 
funcionando do que em conceber novos caminhos.
Feist, Feist e Roberts (2015, p. 82) referem que “[...] as pessoas com sensação 
extrovertida percebem os estímulos externos de modo objetivo, de uma forma 
muito parecida como esses estímulos existem na realidade”. Suas sensações 
não são tão influenciadas por suas atitudes subjetivas. Por outro lado, ainda 
segundo os autores:
[...] as pessoas com sensação introvertida são influenciadas por suas sensações 
subjetivas de visão, audição, olfato e tato, sendo guiadas por sua interpretação 
dos estímulos sensoriais, não pelos estímulos em si; é uma interpretação 
subjetiva dos fenômenos objetivos e, quando esta atitude é levada ao extre-
mo, pode resultar em alucinações (FEIST; FEIST; ROBERTS, 2015, p. 82).
Na função intuição, a percepção ocorre por meio do inconsciente, e o 
entendimento ou a compreensão do ambiente externo ocorre por meio de 
pressentimentos, palpites ou inspirações. As pessoas do tipo intuição veem o 
todo e não as partes, tendo dificuldades em verificar detalhes. Segundo Feist, 
Feist e Roberts (2015, p. 82):
[...] as pessoas intuitivas extrovertidas são orientadas para a percepção 
externa de maneira subliminar, podem criar coisas que atendem a uma ne-
cessidade que apenas poucas pessoas perceberam que existia. [...] as pessoas 
intuitivas introvertidas são guiadas pela percepção inconsciente de fatos 
que são basicamente subjetivos e têm pouca ou nenhuma semelhança com a 
realidade externa.
Por estarem relacionadas ao ato de julgar e serem influenciadas pela re-
flexão que propicia o modo de tomada de decisão, as funções pensamento e 
sentimento são consideradas racionais, sendo também denominadas funções 
de julgamento; a palavra que melhor expressa estas funções é “apreciação”. 
Na função pensamento é instituída a conexão lógica e conceitual dos eventos 
e situações apreendidas. As pessoas que utilizam a função pensamento são 
3Tipos de personalidade
julgadoras e categorizadoras e distinguem um fato de outro sem envolver a 
afetividade. Orientam-se pela razão, sendo mais neutras nos seus posicionamen-
tos e julgamentos. A função que se contrapõe ao pensamento é o sentimento. 
As pessoas que utilizam essa função valorizam mais os sentimentos nas suas 
avaliações e decisões, atentando mais para a harmonia do clima social; suas 
decisões seguem mais o coração (LESSA, 2012).
Segundo Feist, Feist e Roberts (2015, p. 81):
[...] as pessoas com pensamento extrovertido contam com pensamentos concre-
tos, mas elas também podem usar ideias abstratas se estas foram transmitidas 
de fora, por exemplo, por pais e professores. Matemáticos, engenheiros e 
contadores fazem uso frequente do pensamento extrovertido, pois precisam 
ser objetivos. [...] as pessoas com pensamento introvertido reagem aos estí-
mulos externos, porém sua interpretação de um evento é mais colorida pelo 
significado interno que trazem consigo do que pelos fatos objetivos em si. [...] 
quando levado ao extremo, o pensamento introvertido resulta em pensamentos 
místicos improdutivos, os quais são tão individualizados que acabam sendo 
inúteis para qualquer outra pessoa.
A função sentimento deve ser diferenciada da emoção. Por sentimento 
entende-se a avaliação de cada atividade consciente, sem necessariamente 
ter uma emoção. As emoções apresentam-se em qualquer uma das quatro 
funções quando suas forças forem aumentadas. Para Feist, Feist e Roberts 
(2015, p. 82):
[...] as pessoas com sentimento extrovertido usam dados objetivos para fa-
zerem avaliações. Elas não são tão guiadas por sua opinião subjetiva, mas 
pelos valores externos e por padrões de julgamento aceitos. [...] as pessoas 
geralmente gostam delas, devido a sua socialização, mas, em sua busca de se 
adequarem aos padrões sociais, elas podem parecer artificiais, superficiais 
e não confiáveis. [...] as pessoas com sentimento introvertido baseiam seus 
julgamentos de valor principalmente em percepções subjetivas, em vez de fatos 
objetivos. [...] elas ignoram opiniões e crenças tradicionais, e sua indiferença 
quase completa pelo mundo objetivo (incluindo as pessoas), muitas vezes, faz 
os indivíduos à sua volta se sentirem desconfortáveis.
Analisando a dinâmica da personalidade, Jung (2012) constatou que uma 
das funções se torna distinta e adquire um estágio de dominância, de função 
dominante ou principal. Outra função pode ter um desenvolvimento com menor 
intensidade e vir a tornar-se uma função auxiliar da primeira. As outras duas 
funções (terciária e inferior) permanecerão no inconsciente.
Tipos de personalidade4
A função dominante manifesta-se pelo exercício maior na utilização desta 
função do que as demais, ficando mais desenvolvida, pois as pessoas buscam 
sempre resultados melhores na sua luta pela existência e na adaptação ao 
meio. Quanto à função auxiliar ou secundária, por ter se desenvolvido menos, 
servirá de apoio à função dominante ou principal, para dar equilíbrio entre 
a extroversão e a introversão, e entre o julgamento e a percepção. A função 
terciária é o complemento na dinâmica consciente/inconsciente. A função 
inferior é a menos desenvolvida, contrapõe-se à função dominante e faz a 
ponte para o inconsciente; ou seja, se a função dominante/principal for a 
intuição, a função inferior será a sensação que é o seu oposto. Caso a função 
inferior ganhe energia e emerja no consciente, será de forma arcaica e infantil, 
levando ao desequilíbrio e à neurose (LESSA, 2012).
Segundo Feist, Feist e Roberts (2015, p. 89):
[...] a abordagem de Jung da personalidade foi muito influente no início do 
desenvolvimento da psicologia da personalidade. [...] Hoje, a maior parte das 
pesquisas relacionadas a Jung foca suas descrições dos tipos de personalidade. 
O Indicador Tipológico Myers-Briggs (Myers-Briggs Type Indicator, MTBI; 
Myers, 1962) é a medida usada com mais frequência baseada nos tipos de 
personalidade de Jung. O MTBI acrescenta uma quinta e uma sexta funções, 
julgamento e percepção, à tipologia original de Jung, criando um total de 16 
tipos de personalidade possíveis.
O Quadro 1 apresenta os oito tipos de personalidade junguianos.
Fonte: Adaptado de Feist, Feist e Roberts (2015, p. 83).
Funções Atitudes
Introversão Extroversão
Pensamento
Filósofos, cientistas teóricos, 
alguns inventores
Cientistas, pesquisadores, 
contadores, matemáticos
Sentimento
Críticos de cinema subjetivos, 
avaliadores de arte
Avaliadores imobiliários, 
críticos de cinema
Sensação
Artistas, músicos clássicos Degustadores de vinho, 
revisores, músicos populares, 
pintores de casa
Intuição Profetas, místicos, 
fanáticos religiosos
Alguns inventores, 
reformadores religiosos
Quadro 1. Exemplos dos oito tipos junguianos.
5Tipos de personalidade
Testes psicológicos validados no Brasil para 
avaliação da personalidade
A avaliação psicológica é uma técnica utilizada pelos psicólogos para análise 
de determinada pessoa, com o objetivo de aprofundar o conhecimento sobre 
a dinâmica de sua personalidade para elaborar diagnósticos, prognósticos e 
pareceres sobre o seu comportamento. Para tanto, o avaliador deverá organizar 
todo os dados e integrar técnicas e metodologias. As avaliações envolvem 
várias técnicas, como a entrevista psicológica, as observações, as dinâmicas 
de grupo e os testes psicométricos e projetivos.
A utilização dos testes psicológicos visa à obtenção de dados mais objetivos 
que auxiliarão na tomada da decisão final do parecer do psicólogo. A inter-
pretação dos dados obtidos nos escores e o respeito às normas de aplicação 
possibilitam a inferência de hipóteses, pois, a partir da normatização, os testes 
oferecem um parâmetro de comparação do sujeito ou da situação a outros, que 
evidenciam características similares. A aplicabilidade dos testes psicológicosabrange todas as áreas da psicologia que requerem uma avaliação para a análise 
do sujeito ou de uma situação, como a psicologia clínica, a psicologia escolar, a 
pesquisa, a neuropsicologia, a psicologia organizacional, a psicologia jurídica, 
a psicologia do esporte e a psicologia do trânsito. Os testes projetivos são mais 
utilizados para a análise da dinâmica da personalidade do sujeito, e os testes 
psicométricos são baseados em recursos estatísticos e teorias de medida.
Para Hutz, Bandeira e Trentini (2015):
[...] o teste é conceituado, conforme a Lei nº 4.119/62, como um instrumento 
de mensuração de características psicológicas, considerado como método de 
uso privativo do psicólogo. É um procedimento sistemático, voltado para a 
observação e o registro de comportamentos e das características psicológicas 
dos indivíduos, nas suas mais diversas formas de expressão. 
Cohen, Swerdlik e Sturman (2014, p. 34) refere que os testes psicológicos 
podem diferenciar-se no conteúdo, no formato, nos procedimentos de admi-
nistração e pontuação, bem como na interpretação e na qualidade técnica. 
Os testes, mesmo tendo como objetivo medir o mesmo conteúdo, como a 
personalidade, podem diferir em função das visões distintas que os seus de-
senvolvedores possuem sobre a personalidade e das convicções e orientações 
teóricas que os subsidiaram.
O entendimento e a definição de personalidade abrangem diferentes 
significados conforme a orientação dos teóricos e suas linhas de atuação 
Tipos de personalidade6
(psicodinâmica, cognitivista, behaviorista, etc.). No que concerne à avaliação 
da personalidade, sua definição está ligada principalmente aos traços psicoló-
gicos, aos estados valores, aos interesses, às atitudes, ao senso de humor, aos 
estilos cognitivos e comportamentais e/ou às características individuais. Para 
Cohen, Swerdlik e Sturman (2014, p. 394), os traços psicológicos são vistos 
como “[...] atribuições feitas na tentativa de identificar linhas de consistência 
nos padrões comportamentais”.
No Brasil, o Conselho Federal de Psicologia desenvolveu o SATESPI, um 
sistema de avaliação de testes psicológicos cujo objetivo é divulgar informa-
ções à comunidade e aos psicólogos sobre os testes psicológicos disponíveis. 
Abaixo estão listados os principais testes de personalidade validados para 
aplicação no Brasil:
1. Escala Fatorial de Ajustamento Emocional/Neuroticismo – EFN (2001 
– Casa do Psicólogo)
2. Inventário Fatorial de Personalidade – IFP-R (1999 – LabPam/Univer-
sidade de Brasília)
3. HTP – Casa/árvore/pessoa (2003 – Vetor)
4. DFH III – O desenho da figura humana: avaliação do desenvolvimento 
(2003 – LAMP – Laboratório de Avaliação e Medidas Psicológicas – 
PUC Campinas)
5. Inventário de expressão de raiva como estado e traço (1992 – Vetor)
6. Inventário de expectativas e crenças pessoais acerca do álcool (1996 
– Casa do Psicólogo)
7. Inventário de sintomas de stress para adultos de Lipp – ISSL (Casa do 
Psicólogo)
8. Z-teste – Teste de Zulliger (2004 – Casa do Psicólogo)
9. Rorschach Clínico (2007 – Terceira Margem Editora Didática Ltda.)
10. Escala de Personalidade de Comrey (2009 – Vetor)
11. FTT – Teste de contos de fadas (CEPA)
12. ETPC- Escala de traços de personalidade para crianças (2004 – Vetor)
13. Teste palográfico na avaliação de personalidade (2004 – vetor)
14. Escala de Autenticidade, Agressividade e Inibição – EdAAI (2004 
– LabPam)
15. As Pirâmides Coloridas de Pfister (2005 – Casa do Psicólogo)
16. Rorschach – Teoria e desempenho (Sistema Klopfer) (2005 – Editora 
Manole Ltda.)
17. Desenho da figura humana – DFH – Escala Sisto (2005 – Vetor)
7Tipos de personalidade
18. Teste Gestáltico Viso-Motor de Bender – Sistema de pontuação gradual 
– B-SPG (2005 – Vetor)
19. Escala Fatorial de Socialização – EFS (2007 – Casa do Psicólogo)
20. EFEx – Escala Fatorial de Extroversão (Casa do psicólogo)
21. Inventário de Personalidade NEO – NEO PI-R – Revisado (2010 – Vetor)
22. Inventário de Cinco Fatores NEO – FFI-R – versão curta (2010 – Vetor)
23. Bateria Fatorial de Personalidade – BFP (2010 – Casa do Psicólogo)
24. Myers-Briggs Type Indicator – MBTI – Inventário de Tipos Psicológicos 
(2010 – Fellipelli Instrumentos de Diagnóstico e Desenvolvimento 
Organizacional)
25. Inventário de Depressão de Beck – BDI-II (2010 – Casa do Psicólogo)
26. Escala de Avaliação Tipológica – EAT
27. Escala de avaliação da impulsividade – Formas A e B (2013 – Vetor)
28. Escala para avaliação de tendência à agressividade (2005 – Casa do 
Psicólogo)
29. Inventário de expressão de raiva como estado e traço – STAXI 2 (2010 
– Vetor)
30. Teste de Zulliger no Sistema Compreensivo – ZSC – forma individual 
(2009 – Casa do Psicólogo)
31. Questionário de Personalidade para Crianças e Adolescentes (2012 
– Vetor)
32. Inventário Fatorial de Personalidade – IFP-II (2012 – Casa do Psicólogo)
33. Inventário Reduzido dos Cinco Fatores de Personalidade (LabPam – 
Universidade de Brasília)
34. Inventário Fatorial de Personalidade – Revisado – Forma reduzida 
(2013 – LabPam Saber e Tecnologia)
35. Inventários dos Seis Fatores de Personalidade – IFP6 (2015 – LabPam 
Saber e Tecnologia)
36. Z-teste coletivo e individual – Técnica de Zulliger (2016 – Hogrefe)
37. Inventário Dimensional Clínico da personalidade 2- IDCP-2 
(2017- Pearson).
Segundo Louzã Neto et al. (2011, p. 73):
[...] o desenvolvimento de testes e provas psicológicas segue a diversidade 
teórica e metodológica da psicologia e das concepções sobre personalidade; 
cada um desses entendimentos subsidia diferentes instrumentais de avalia-
ção. [...] Tanto o teste de associação de palavras quanto o Indicador de Tipos 
de Myers-Briggs são estruturados a partir da abordagem de C.G. Jung. As 
teorias dos traços de personalidade sustentam a elaboração dos instrumentos 
Tipos de personalidade8
preferenciais para pesquisas com grandes grupos de indivíduos, inventários e 
escalas, como os que foram concebidos pelos autores pioneiros destas teorias, 
G. Allport, R. Cattel e H. Einsenck. Uma das concepções mais recentes [...] 
possibilitou a elaboração do Inventário de Temperamento e Caráter. Nessa mes-
ma época, surgiu o modelo teórico mais utilizado na atualidade, o modelo dos 
“Cinco Grandes Fatores da Personalidade”, de McCrae e Costa, que descreve 
as dimensões humanas básicas, sendo estatisticamente consistente com o que 
se encontra em uma série de instrumentos anteriores, como o 16-PF, o MMPI, 
a Escala de Necessidades de Murray, as escalas de Comrey, entre outros.
Estes autores salientam que nenhum teste por si só é um diagnóstico psico-
lógico, pois possuem limitações na compreensão da personalidade. A avaliação 
da personalidade exige o máximo de detalhes possíveis, coletados por meio da 
anamnese, com a escuta de dados manifestos e latentes nas entrevistas clínicas. 
Os resultados dos testes e sua interpretação dizem respeito ao comporta-
mento da pessoa ao longo da avaliação, às suas condições cognitivas, sociais 
e culturais, e à confrontação de resultados diversos. O psicólogo faz uso de 
diversos instrumentos que abrangem os conceitos do modelo psicodinâmico, 
com a utilização de testes projetivos (HTP, Rorschach, Zulliger, etc.), e utiliza 
inventários e outros testes psicométricos mais objetivos para o entendimento 
dos traços de personalidade.
Relação dos transtornos de personalidade com 
a motivação para crimes
Os transtornos de personalidade são perturbações graves que caracterizam 
os indivíduos que possuem uma forma diferenciada de se relacionar com a 
sociedade, que afeta os aspectos de sua vida, suas emoções e sentimentos. 
Emergem como anomalias no desenvolvimento, consideradas perturbações 
da saúde mental. Segundo Louzã Neto et al. (2011, p. 19-20):
[...] a décima edição da Classificação Internacional de Doenças (CID-10), 
da organização Mundial da Saúde, considera três possibilidades etiológicas 
de transtorno da personalidade: transtornos decorrentes de doença, lesão e 
disfunções cerebrais(F07); transtornos específicos de personalidade (F60) e 
alterações permanentes de personalidade, não atribuíveis a lesão ou doença 
cerebral (F62).
No CID-10 (1993), a codificação F07 corresponde a mudanças de persona-
lidade decorrentes de doenças cerebrais, como tumores, epilepsia, AVC, etc., 
e o código F60 representa transtornos decorrentes de fatores constitucionais 
9Tipos de personalidade
e ambientais, caracterizados por padrões rígidos de comportamento e desa-
daptação interpessoal e social.
Em 1980, no DMS-III (Manual de Diagnóstico e Estatística das Pertur-
bações Mentais, terceira revisão), foi apresentado o termo transtorno de 
conduta, compreendido como um conjunto de comportamentos agressivos 
e antissociais recorrentes, manifestados por crianças e adolescentes (AME-
RICAN PSYCHIATRIC ASSOCIATION, 1980). Estes comportamentos são 
comuns em determinadas faixas etárias e não indicam uma patologia. Nos 
critérios atuais do DSM-V-TR (AMERICAN PSYCHIATRIC ASSOCIA-
TION, 2014), o transtorno de conduta (TC) aparece associado ao transtorno 
desafiador de oposição (TDO), que emerge mais precocemente, apresentando 
comportamentos menos graves que antecedem os transtornos de conduta. O 
Quadro 2 apresenta as principais características de ambos os transtornos, em 
material formulado por Louzã Neto et al. (2011).
Transtorno desafiador de oposição – TDO
a) Um padrão de comportamento negativista, hostil e desafiador com a 
duração mínima de 6 meses, durante os quais quatro (ou mais) dos 
seguintes estiveram presentes:
1. frequentemente perde a calma
2. frequentemente discute com adultos
3. frequentemente desacata ou recusa-se ativamente a obedecer a 
solicitações ou regras dos adultos
4. frequentemente adota um comportamento deliberadamente 
incomodativo
5. frequentemente responsabiliza os outros por seus erros ou mau 
comportamento
6. frequentemente mostra-se suscetível ou irrita-se com facilidade
7. frequentemente enraivecido e ressentido
8. frequentemente rancoroso ou vingativo
Nota: considerar o critério satisfeito apenas se o comportamento ocorrer com 
maior frequência do que se observa tipicamente em indivíduos de idade e nível de desenvolvi-
mento comparáveis.
b) A perturbação do comportamento causa comprometimento clinicamente 
significativo no funcionamento social, acadêmico ou ocupacional.
c) Os comportamentos não ocorrem exclusivamente durante o curso de 
um Transtorno Psicótico ou Transtorno de Humor.
d) Não são satisfeitos os critérios para Transtornos de Conduta e, após os 18 anos, 
não são satisfeitos os critérios para Transtorno da Personalidade Antissocial.
Quadro 2. Principais características do TDO e TC.
(Continua)
Tipos de personalidade10
Fonte: Adaptado de Louzã Neto et al. (2011, p. 91-92).
Transtorno de conduta – TC
a) Um padrão repetitivo e persistente de comportamento no qual são 
violados os direitos individuais dos outros, ou normas, ou regras 
sociais importantes próprias da idade, manifestado pela presença 
de três (ou mais) dos seguintes critérios nos últimos 12 meses, 
com presença de pelo menos um deles nos últimos 6 meses:
Agressão a pessoas e animais:
1. provocações, ameaças e intimidações frequentes
2. lutas corporais frequentes
3. utilização de arma capaz de infligir graves lesões corporais 
(p. ex., bastão, tijolo, garrafa quebrada, faca, revólver)
4. crueldade física para com outras pessoas
5. crueldade física para com animais
6. roubo em confronto com a vítima (p. ex., bater carteira, arrancar 
bolsa, extorsão, assalto à mão armada)
7. coação para que alguém tivesse atividade sexual consigo
Destruição do Patrimônio:
1. envolveu-se deliberadamente na provocação de incêndio com 
a intenção de causar sérios danos
2. destruiu deliberadamente o patrimônio alheio (diferente 
da provocação de incêndio)
Defraudação ou furto:
1. arrombou residência, prédio ou automóvel alheios
2. mentiras frequentes para obter bens ou favores ou para 
esquivar-se de obrigações legais (i.e., ludibria pessoas)
3. roubo de objetos de valor sem confronto com a vítima (p. ex., 
furto em lojas, mas sem arrombar e invadir; falsificação)
Sérias violações de regras:
1. frequente permanência na rua à noite, contrariando proibições 
por parte dos pais, iniciando antes dos 13 anos de idade
2. fugiu de casa à noite pelo menos duas vezes, enquanto vivia na 
casa dos pais ou lar adotivo (ou uma vez, sem retornar por 
extenso período)
3. gazetas frequentes, iniciando antes dos 13 anos de idade
b) A perturbação do comportamento causa comprometimento clinicamente 
significativo do funcionamento social, acadêmico 
ou ocupacional.
c) Se o indivíduo tem 18 anos ou mais, não são satisfeitos os critérios 
para Transtorno da Personalidade Antissocial.
Quadro 2. Principais características do TDO e TC.
O quadro clínico dos jovens diagnosticados com transtornos de conduta apre-
senta também outras disfunções, como baixo rendimento escolar, somatizações 
(Continuação)
11Tipos de personalidade
mais frequentes e envolvimento em casos de bullying, tanto como vítima quanto 
como agressor. Podem, ainda, ser alvo de atos de violência, desenvolver outras 
doenças psiquiátricas e apresentar significativa intersecção com os déficits de 
atenção/hiperatividade e neurológicos e os transtornos bipolar e depressivo.
Para se caracterizar um transtorno antissocial, é necessário que o transtorno 
de conduta se manifeste antes dos 15 anos, quando as bases biológicas são 
estabelecidas e, aliadas aos fatores de risco psicossociais, contribuem para 
o desenvolvimento patológico. Porém, nem toda criança ou adolescente que 
apresenta um quadro de transtorno de conduta será um adulto antissocial, 
e isto se deve aos processos transacionais presentes nas características do 
indivíduo e nos diferentes ambientes por onde circula (lar, escola, vizinhança, 
comunidade, cultura), que interagem de modo sinérgico.
O aparecimento do transtorno de personalidade antissocial após os 20 anos 
sugeriria um quadro de origem orgânica. Ambos os transtornos, de conduta e 
de personalidade antissocial, são padrões de comportamento que se desviam das 
normas sociais. O transtorno de personalidade antissocial ou psicopática é atribuído 
à personalidade adulta. Para Louzã Neto et al. (2011, p. 97), a Figura 1 exemplifica 
o desenvolvimento do transtorno de personalidade antissocial ao longo do tempo, 
demonstrando como os fatores de risco biológicos e psicossociais interagem.
Figura 1. Exemplo de desenvolvimento do transtorno de personalidade antissocial ao 
longo do tempo.
Fonte: Louzã Neto (2011).
TDAH
TDO
TC
Álcool e 
drogas
TPAS
Depres-
são
Negligência
Abusos
Traumatismo 
cranioencefálico
Rejeição
Fracasso escolar
Educação
Identidade
Companhia
Delinquência
Desinibição
Fissura
Desemprego
Criminalidade
Autoavaliação
Desesperança
TPAS
TC
TDO
TDAH
Depressão
Álcool e 
drogas
Tipos de personalidade12
Segundo Cruz (2015), o transtorno de personalidade antissocial – psi-
copatia – é de interesse particular para a psicologia forense, pois os seus 
portadores geralmente se envolvem em atos criminosos. Neste transtorno, 
a insensibilidade (ausência de remorso) se apresenta em grau extremo, com 
forte indiferença afetiva. Além disso, o indivíduo comumente apresenta pa-
drão hostil de desrespeito e violação dos direitos dos outros, impulsividade e 
intolerância a frustrações. Ainda pode ser identificada capacidade pervertida 
para o amor, ao passo que as relações emocionais são passageiras e objetivam 
a satisfazer seus próprios desejos.
Os psicopatas demonstram crueldade nos seus crimes, mentem para atrair 
suas vítimas, são solitários, mas apresentam características sociáveis e aspecto 
encantador, possuem plena convicção de que tudo é permitido e excitam-se 
com o risco e o proibido. Quando matam, buscam humilhar as suas vítimas 
para reafirmar a sua autoridade. Para o psicopata, o crime é secundário, 
interessando-se somente pelo desejo de dominar e sentir-se superior. Cruz(2015, p. 30) resume o estereótipo do psicopata:
As análises dos perfis de personalidade estabelecem como estereótipos dos 
assassinos (existem exceções), homens jovens, de raça branca, que atacam 
preferencialmente mulheres, e cujo primeiro crime foi cometido antes dos 30 
anos. Alguns têm histórico de infância traumática, devido a maus tratos físicos 
ou psíquicos, motivo pelo qual têm tendência a isolar-se da sociedade e/ou 
vingar-se dela. Essas frustrações os induzem a um mundo imaginário, melhor 
que o real, onde revivem os abusos sofridos, porém desta vez se identificando 
com o agressor. Por esta razão, sua forma de matar pode ser de contato direto 
com a vítima, utilizando armas brancas, estrangulando, golpeando, quando 
nunca utilizando arma de fogo.
13Tipos de personalidade
AMERICAN PSYCHIATRIC ASSOCIATION. Diagnostic and statistical manual of mental 
disorders: DSM- III. 3rd ed. Washington, DC: APA, 1980.
AMERICAN PSYCHIATRIC ASSOCIATION. DSM-5: manual diagnóstico e estatístico de 
transtornos mentais. 5. ed. Porto Alegre: Artmed, 2014.
CID-10. Classificação de transtornos mentais e de comportamento da CID-10: descrições 
clínicas e diretrizes diagnósticas. Porto Alegre: Artmed, 1993.
COHEN, R. J.; SWERDLIK, M. E.; STURMAN, E. D. Testagem e avaliação psicológica: intro-
dução a testes e medidas. 8. ed. Porto Alegre: AMGH, 2014.
CRUZ, D. A. Influência do transtorno de personalidade antissocial no cometimento 
de crimes. Revista Científica do ISCTAC, v. 2, n. 6, 2015. Disponível em: <http://isctac.
org/revista/index.php/revistacientifica/article/view/52/45>. Acesso em: 30 mar. 2018.
FEIST, J.; FEIST, J. G.; ROBERTS, T. A. Teorias da personalidade. 8. ed. Porto Alegre: AMGH, 
2015.
HUTZ, C. S.; BANDEIRA, D. R.; TRENTINI, C. (Org.). Psicometria. Porto Alegre: Artmed, 2015.
JUNG, C. G. Tipos psicológicos. 6. ed. Petrópolis: Vozes, 2012.
LESSA, E. A teoria dos tipos psicológicos. Rio de Janeiro: Instituto Junguiano, 2012. Dis-
ponível em: <http://www.jung-rj.com.br/artigos/tipos_psicologicos.htm>. Acesso 
em: 27 abr. 2018.
LOUZÃ NETO, M. R. et al. Transtornos da personalidade. Porto Alegre: Artmed, 2011.
Leituras recomendadas
FELDMAN, R. S. Introdução à psicologia. 10. ed. Porto Alegre: AMGH, 2015.
HALL, C. S.; LINDZEY, G.; CAMPBELL, J. B. Teorias da personalidade. 4. ed. Porto Alegre: 
Artmed, 2000.
SILVA, I. B.; NAKANO, T. C. Modelo dos cinco grandes fatores da personalidade: análise 
de pesquisas. Avaliação Psicológica, v. 10, n. 1, p. 51-62, 2011. Disponível em: <http://
www.redalyc.org/html/3350/335027285007/>. Acesso em: 18 mar. 2018.
Tipos de personalidade14
Encerra aqui o trecho do livro disponibilizado para 
esta Unidade de Aprendizagem. Na Biblioteca Virtual 
da Instituição, você encontra a obra na íntegra.
Conteúdo:
DICA DO PROFESSOR
Nesta Dica do Professor, você terá a oportunidade de estudar a personalidade de criminosos 
sexuais nos eixos estruturais: modo de relação de objeto, incidência do narcisismo e a dinâmica 
psíquica. Dessa maneira, poderá entender os motivos que levam à prática desses atos criminosos 
e a dinâmica psíquica dentro dessa taxonomia.
Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino!
EXERCÍCIOS
1) Para Jung, a atitude ou a disposição para a manifestação do comportamento são 
basicamente de origem extrovertida ou introvertida, porém, foram identificadas 
diferenças entre estas posições relativas às diversas maneiras com que o indivíduo 
utiliza a sua mente, ou melhor, às funções psíquicas e/ou processos mentais que 
utiliza para se relacionar com o mundo externo ou interno. Assinale a alternativa que 
apresenta as quatro funções psíquicas identificadas por C. Jung.
A) Neuroticismo, amabilidade, concenciosidade e insensível.
B) Concenciosidade, extroversão, introversão e neuroticismo.
C) Realização, socialização, extroversão e introversão.
D) Estabilidade, neuroticismo, concenciosidade e extroversão.
E) Sensação, pensamento, sentimento e intuição.
2) 
As avaliações psicológicas envolvem várias técnicas como, a entrevista psicológica, as 
observações, as dinâmicas de grupos e, também, a utilização de testes psicométricos e 
projetivos. Qual o objetivo da utilização dos testes psicológicos?
A) Os testes psicométricos determinam os diagnósticos realizados pelos psicólogos.
B) Os testes são os principais instrumentos dos psicólogos para a realização de uma 
avaliação;
C) Os testes psicológicos são procedimentos sistemáticos voltados para a observação e o 
registro de comportamentos e das características psicológicas dos indivíduos nas suas mais 
diversas formas de expressão.
D) Os testes psicológicos não possuem limitação, tendo uma ampla abrangência no estudo da 
personalidade.
E) Os testes psicológicos visam somente ao levantamento dos traços de personalidade.
3) O quadro clínico dos jovens diagnosticados com transtornos de conduta 
apresenta também outras disfunções. Quais são elas? 
A) Agressividade, afetividade exagerada e compulsividade.
B) Baixo rendimento escolar, somatizações e déficit de atenção/hiperatividade.
C) Transtorno bipolar, drogadização e fracasso social.
D) Ansiedade excessiva, instabilidade emocional e falta de apetite.
E) Somatizações, fracasso social e compulsividade.
4) A crescente incidência de crimes sexuais no cenário brasileiro contemporâneo, em 
2019, por exemplo, a média, aproximadamente, de 180 estupros por dia, no país, é a 
maior desde 2009. Diante disso, é importante que sejam avaliados possíveis 
transtornos e disfunções mentais, associados aos comportamentos criminosos. Assim, 
dentre as diferentes abordagens que podem auxiliar a sociedade, de forma geral, a 
antecipar e prevenir estes comportamentos, podemos destacar os estudos 
relacionados à personalidade dos criminosos sexuais. Assim pensando, sobre 
personalidade, comportamento criminal e psicopatia, escolha, a seguir, uma 
alternativa correta: 
A) O teste PCL-R (HARE) pode ser utilizado para avaliar a probabilidade de violência no 
comportamento futuro de um indivíduo. 
B) Racionalização, Dissociação e Negação são mecanismos de defesa comuns encontrados 
em indivíduos que cometem crimes sexuais. 
C) O embotamento afetivo (fator 1) e o comportamento socializado (fator 2) são as principais 
características do indivíduo com hipótese para psicopatia avaliadas no PCL-R. 
D) Durante o comportamento sexual desviado o indivíduo apresenta insegurança para suas 
ações. 
E) O mecanismo de defesa racionalização, o qual é comumente identificado em criminosos 
sexuais, diz respeito à coexistência de duas atitudes psíquicas contraditórias do indivíduo. 
5) A avaliação dos testes psicológicos que compara as respostas da pessoa com uma 
norma estatística e aponta o nível de ocorrência daquele funcionamento na população 
é característica de quais testes?
A) Matrizes progressivas e escalas de inteligências.
B) Teste de apercepção temática e matrizes progressivas.
C) Teste pirâmide de cores e escala de inteligência.
D) Inventários de personalidades e inventários fatoriais.
E) Inventários de personalidade e matrizes progressivas.
NA PRÁTICA
Gabriela recentemente, teve acesso a uma pesquisa de mestrado realizada em 2008, que utilizou 
o Método de Rorschach (um teste projetivo) na avaliação de personalidade de criminosos 
sexuais. Foram avaliados dez sujeitos do sexo masculino que cumprem pena em regime 
semiaberto no Distrito Federal, condenados pelo crime de estupro, e três deles escolhidos para 
estudo individualizado. 
O Método de Rorschach trabalha com os seguintes indicadores:•
Condições intelectuais (modo como o sujeito utiliza os recursos intelectuais).•
Capacidade de adaptação à realidade e relacionamento humano (modo de socialização e relação 
do sujeito com o real).
Controle afetivo e impulsivo.
É um instrumento que revela as grandes linhas de estrutura fundamental de um indivíduo, 
o dinamismo subjetivo e a estrutura de linguagem, permitindo aferir a conduta dosujeito, 
sendo que esta manifesta um reflexo de sua organização cognitiva e do seu funcionamento 
emocional interno.
•
Os protocolos de Rorschach podem ser analisados e, em seguida, interpretados segundo modelos 
teóricos diferentes como: psicométrico, fenomenológico, psicanalítico, etc.
É muito utilizado no âmbito da perícia forense, pois facilita a tomada de decisão ao medir as 
características de personalidade que são relevantes para o encaminhamento dos processos. 
Clique no slide a seguir para saber o que Gabriela descobriu a partir da leitura do material 
completo da pesquisa. 
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SAIBA MAIS
Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do 
professor:
Avaliação psicológica
O programa do Conselho Federal da Psicologia aborda o tema avaliação psicológica.
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O que é Transtorno de Personalidade?
A psiquiatra Maria Fernanda Caliani fala sobre os principais transtornos, como o antissocial, o 
borderline, etc.
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Tipos psicológicos
A psicanalista Aguimar Martins fala sobre os tipos psicológicos com base na teoria de C. Jung.
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Perfil psicológico e comportamental de agressores sexuais de crianças
A prática de abuso sexual contra crianças é um fenômeno universal. Ela ocorre em todos os 
tempos e lugares e atinge todas as classes socioeconômicas. Enquanto a maioria dos estudos 
investiga as vítimas, os poucos estudos sobre agressores se concentram principalmente em 
dados demográficos.
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