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1 T E O R I A D A S E S T R U T U R A S 1 C E N T R O U N I V E R S I T Á R I O E S T Á C I O R A D I A L D E S Ã O P A U L O C U R S O D E G R A D U A Ç Ã O E M E N G E N H A R I A C I V I L P R O F . A L E X A N D R E A U G U S T O M A R T I N S 6 º P E R Í O D O 2 0 1 3 / 1 S A U LA 6 15 .0 3. 20 13 2 “ L I Ç Ã O D E C A S A ” 3 AULA DADA, AULA TRABALHADA [AULA 4]: EXPLIQUE OS PRINCIPAIS CONCEITOS ASSOCIADOS ÀS VIGAS GERBER E APONTE ALGUMAS VANTAGENS E DESVANTAGENS PARA A UTILIZAÇÃO DESTE TIPO DE SOLUÇÃO ESTRUTURAL. AS VIGAS GERBER SÃO CONSTITUÍDAS POR UMA UNIÃO UNIFORME E HARMÔNICA ENTRE DIVERSAS VIGAS ISOLADAS QUE, QUANDO ASSOCIADAS, FORMAM UM CONJUNTO ISOSTÁTICO. A LIGAÇÃO ENTRE AS PEQUENAS VIGAS COMPONENTES DESTE SISTEMA É DECORRENTE DA ADOÇÃO DOS CHAMADOS “DENTES GERBER”, QUE NADA MAIS SÃO QUE RÓTULAS ESTRATEGICAMENTE POSICIONADAS A FIM DE ABSORVER EVENTUAIS MOMENTOS PROVENIENTES DE PEQUENAS MOVIMENTAÇÕES DA ESTRUTURA. AO MENOS UM DOS APOIOS QUE COMPÕEM AS VIGAS GERBER DEVE SER PROJETADO PARA RECEBER E ABSORVER ESFORÇOS HORIZONTAIS, COMO O QUE SE DÁ NOS APOIOS DE 2ª E DE 3ª ORDEM. 4 AULA DADA, AULA TRABALHADA [AULA 4]: ESTA SOLUÇÃO ESTRUTURAL PERMITE A ADOÇÃO DE COMPONENTES PRÉ- FABRICADOS E/OU PRÉ-MOLDADOS, O QUE: AGILIZA A CONSTRUÇÃO; REDUZ O ESPAÇO OCUPADO PELO CANTEIRO DE OBRAS; DIMINUI CUSTOS; E COLABORA PARA UM PLANEJAMENTO MAIS BEM ESTRUTURADO. POR OUTRO LADO, TAMBÉM PODEM SER APONTADAS ALGUMAS DESVANTAGENS NA ADOÇÃO DESSE SISTEMA ESTRUTURAL, TAIS COMO: A DEPENDÊNCIA EXCESSIVA DE ELEMENTOS PRÉ-MOLDADOS OU A MANUTENÇÃO, POR VEZES DIFICULTADA NOS DENTES GERBER. O CÁCULO PODE SER FEITO INDIVIDUALMENTE A CADA VIGA ISOSTÁTICA QUE PARTICIPA DO CONJUNTO, CONTUDO, É IDEAL QUE SEJA INICIADO NAS VIGAS SIMPLES QUE NÃO POSSUEM ESTABILIDADE PRÓPRIA, OU SEJA, DEVE-SE PROCURAR RESPEITAR A ORDEM DE CARREGAMENTOS A PARTIR DO TRECHO QUE NÃO FORNECE SUPORTE A NENHUM OUTRO. 5 M U S E U D E A R T E D E S Ã O P A U L O ( M A S P ) 6 FUNDADO EM 1947 EM UMA SEDE DIFERENTE DA ATUAL, O MASP FOI IDEALIZADO PELA DUPLA ASSIS CHATEAUBRIAND (EMPRESÁRIO E JORNALISTA) E PIETRO MARIA BARDI (JORNALISTA E CRÍTICO DE ARTE ITALIANO); COMO SÃO PAULO ERA NA ÉPOCA A GRANDE CAPITAL FINANCEIRA DO PAÍS – PRINCIPALMENTE DEVIDO À CIRCULAÇÃO DO DINHEIRO DAS INDÚSTRIAS E DO CAFÉ – DECIDIU-SE QUE O MUSEU SERIA CONSTRUÍDO NESTA CIDADE; A NOVA SEDE, NA PRÓSPERA AVENIDA PAULISTA, FOI PROJETADA PELA ARQUITETA ITALIANA LINA BO BARDI E PELO ENGENHEIRO JOSÉ CARLOS DE FIGUEIREDO FERRAZ; FORAM 12 ANOS ENTRE PROJETO E EXECUÇÃO, SENDO FINALMENTE INAUGURADO EM NOVEMBRO DE 1968; LINA TRABALHOU SOB UMA CONDIÇÃO IMPOSTA PELO DOADOR DO TERRENO À PREFEITURA DE SÃO PAULO: A VISTA PARA O CENTRO DA CIDADE E PARA A SERRA DA CANTAREIRA, ATRAVÉS DO VALE DA AVENIDA 9 DE JULHO, TERIA DE SER PRESERVADA. 7 8 9 LINA COMEÇOU A ELABORAR O PROJETO DO MUSEU À BEIRA DO OCEANO (SÃO VICENTE, SÃO PAULO) ENTRE JULHO E SETEMBRO DE 1952. ESTE PROJETO (NÃO CONSTRUÍDO) TEM RELAÇÃO IMPORTANTE COM O EDIFÍCIO DO MASP, ANTECIPANDO ALGUMAS DAS SOLUÇÕES POSTERIORMENTE RETOMADAS; O EDIFÍCIO PLANEJADO PARA SÃO VICENTE ERA COMPOSTO POR UM BLOCO ÚNICO, FECHADO EM TRÊS FACES E ABERTO APENAS PARA O MAR, COM VIDRO. A ESTRUTURA CORRESPONDIA A CINCO PÓRTICOS TRANSVERSAIS VERMELHOS DE CONCRETO ARMADO, COM VÃOS CONSTANTES DE 20 METROS ENTRE ELES; A ARQUITETA PREVIU LAJES PRÉ-FABRICADAS E PAREDES INTERNAS QUE PODIAM SER REMOVÍVEIS, ALÉM DE ESPAÇO PARA EXPOSIÇÕES AO AR LIVRE E OUTROS AMBIENTES FECHADOS; COMO ACABAMENTOS, LINA ESPECIFICAVA O CIMENTO NATURAL ALISADO E ENVERNIZADO PARA OS PÓRTICOS, ENQUANTO O CORPO FECHADO SERIA REVESTIDO DE MÁRMORE NEVE BRASIL. 10 11 12 COMO O PRÉDIO DO MASP FOI PROJETADO SUSPENSO PELAS DUAS COLUNAS E A VISTA DA PAULISTA PARA O CENTRO DA CIDADE DEVERIA SER PRESERVADA, FOI CONCEBIDA UMA ESPLANADA ABAIXO DO EDIFÍCIO; HOJE CONHECIDA COMO “VÃO LIVRE”, HAVIA SIDO IDEALIZADA POR LINA COMO UMA GRANDE PRAÇA PARA CRIANÇAS E FAMÍLIAS, COM BRINQUEDOS E FARTA VEGETAÇÃO; NA REFORMA DE 1997, O PRÉDIO RECEBEU UM TERCEIRO ANDAR SUBSOLO, ONDE ESTÁ HOJE A RESERVA TÉCNICA (MODERNO ESPAÇO QUE ABRIGA AS PEÇAS DO ACERVO ENQUANTO NÃO ESTÃO EM EXPOSIÇÃO); AS COLUNAS DO EDIFÍCIO FORAM PINTADAS DE VERMELHO SOMENTE EM 1990, NA OCASIÃO DOS 40 ANOS DO MUSEU, EM PARCERIA COM A EMPRESA SUVINIL E, FINALMENTE, OBEDECERAM AO PROJETO ORIGINAL DA ARQUITETA. 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 M A S P – C A R A C T E R Í S T I C A S E S T R U T U R A I S 26 27 LAJE NERVURADA / VIGAS DE PISO: LAJE NERVURADA SITUADA NA COTA +8,40m, COM 50,00cm DE ESPESSURA, SENDO ELA A RESPONSÁVEL PELA SUSTENTAÇÃO DE UMA CARGA TOTAL DE 500,00 Kgf/m²; ESTA LAJE NERVURADA ESTÁ SUSPENSA POR TIRANTES ACOPLADOS À DUAS VIGAS PROTENDIDAS. ESTAS, COM 70m DE COMPRIMENTO, 2,50m DE LARGURA E 3,50m DE ALTURA; O TOPO DA ESTRUTURA QUE SUSTENTA ESTE PAVIMENTO COLOCA-SE NA COTA +14,50m. 28 LAJES-CALHA / VIGAS DE COBERTURA: A COBERTURA DA COTA +17,63m É COMPOSTA POR LAJES-CALHA APOIADAS EM VIGAS DE CONCRETO ARMADO QUE, POR SUA VEZ, DESCARREGAM EM VIGAS PROTENDIDAS DE 2,5m DE LARGURA E 4,0m DE ALTURA QUE PERFAZEM UM VÃO DE 74m. PILARES: AS VIGAS PROTENDIDAS DO PISO E DA COBERTURA SE APÓIAM EM 4 PILARES, SITUADOS NAS EXTREMIDADES DAS VIGAS. ESTES PILARES SÃO OCOS NA REGIÃO PRÓXIMA À COBERTURA; ESSE ESPAÇO INTERNO NO TOPO DOS PILARES CONTÉM UM PÊNDULO INTERNO, CUJO PAPEL PRINCIPAL É O DE EVITAR QUE OS EFEITOS DE DILATAÇÃO/CONTRAÇÃO DAS VIGAS GEREM TRANSFERÊNCIA DE ESFORÇOS PARA OS PILARES E, CONSEQUENTEMENTE, ACARRETEM AÍ MOMENTOS FLETORES. 29 VIGAS PROTENDIDAS DE COBERTURA (COTA +17,63m) LAJE NERVURADA DO PISO DO PAVIMENTO 1 (COTA +8,40m) PILARES MACIÇOS / OCOS 30 ESTAS REGIÕES, INTERNAMENTE OCAS DOS PILARES, POSSUEM PÊNDULOS (RÓTULAS) QUE EVITAM A TRANSMISSÃO DE MOMENTOS FLETORES, PARA OS PILARES, GERADOS PELA MOVIMENTAÇÃO DAS VIGAS EM FUNÇÃO DE DILATAÇÕES / RETRAÇÕES 31 VIGAS PROTENDIDAS DE COBERTURA (COTA +17,63m) 32 LAJE-CALHA, APOIADA NAS VIGAS PROTENDIDAS SUPERIORES 33 MASP: CORTE LONGITUDINAL 34 MASP: CORTE LONGITUDINAL COM PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS ESTRUTURAIS 35 MASP: CORTE TRANSVERSAL 36 MASP: CORTE TRANSVERSAL COM PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS ESTRUTURAIS 37 MASP: VIGA PRINCIPAL VAZADA 38 MASP: VIGA PRINCIPAL VAZADA 39 6,7 m 11,0 m 74,0 m MASP: SISTEMA DE CARREGAMENTOS 40 M U S E U D E A R T E D E S Ã O P A U L O – M A S P C A R A C T E R Í S T I C A S E S T R U T U R A I S VARIÁVEL VALOR VÃO DAS VIGAS PRINCIPAIS 70m VIGAS PRINCIPAIS E DA COBERTURA SEÇÃO VAZADA COM 2,50m x 3,50m PILARES (NOS TRECHOS MACIÇOS OU VAZADOS) 4,00m x 2,50m REAÇÃO DE APOIO DAS VIGAS PRINCIPAIS 12,00MN (= 1200tf) MÁXIMO MOMENTO FLETOR (DAS VIGAS PRINCIPAIS) 200 MN.m (= 20.000 tf.m) PROTENSÃO DAS VIGAS PRINCIPAIS 122 CABOS DE 40 φ 5mm MÁXIMO MOMENTO FLETOR (DAS VIGAS DA COBERTURA) 90,00 MN.m (= 9.000 tf.m) PROTENSÃO DAS VIGAS DA COBERTURA 62 CABOS DE 36 φ 5mm ALTURA DOS PÊNDULOS DE APOIO DAS VIGAS DA COBERTURA 6,70 m 41 E X E R C Í C I O S P R O P O S T O S 42 EXERCÍCIO 1: A D 3 m B 2 m 2 m 20 tf / m C 43 20 tf / m A D 3 m B 2 m 2 m C A B 20 tf / m B C 20 tf / m C D 20 tf / m 44 20 tf / m A D 3 m B 2 m 2 m C C D 20 tf / m A B 20 tf / m C 45 20 tf / m A D 3 m B 2 m 2 m C C D 20 tf / m VD VC CD A B 20 tf / m C VC CD VB VA 46 2 m C D 20 tf / m VC CD VD CÁLCULO DAS REAÇÕES DE APOIO COM BASE NAS EQUAÇÕES DO EQUILÍBRIO ESTÁTICO:(1) Σ Fy = 0 VC CD + VD – 20 . 2 = 0 VC CD + VD = 40 tf (a) (2) Σ MC = 0 VC CD. 0 + VD . 2 – 40 . 1 = 0 2 . VD – 40 = 0 VD = 40 / 2 VD = 20 tf de (a), VC CD = 20 tf 47 CÁLCULO DAS REAÇÕES DE APOIO COM BASE NAS EQUAÇÕES DO EQUILÍBRIO ESTÁTICO: (1) Σ Fy = 0 VA + VB AB – 20 . 5 – VC CD = 0 VA + VB – 100 – 20 = 0 VA + VB = 120 tf (a) (2) Σ MA = 0 VA . 0 + VB . 3 – 100 . 2,5 – VC CD . 5 = 0 3 . VB – 250 – 20 . 5 = 0 3 . VB – 250 – 100 = 0 3 . VB = 350 VB = 350 / 3 VB AB = 116,67 tf de (a), VA = 3,33 tf 3 m A B 20 tf / m VA VB VC CD 2 m 140 tf A D B C 3,33 tf 116,67 tf 20 tf 48 EXERCÍCIO 2: A D 3 m B 2 m 2 m 20 tf / m C 49 20 tf / m A D 3 m B 2 m 2 m C 140 tf A D 3 m B 1,5 m 2 m C HA VA VB VD 0,5 m 50 140 tf A D 3 m B 1,5 m 2 m C HA VA VB VD 0,5 m CÁLCULO DAS REAÇÕES DE APOIO COM BASE NAS EQUAÇÕES DO EQUILÍBRIO ESTÁTICO: (2) Σ Fy = 0 VA + VB + VD = 140 tf (a) (3) Σ MA = 0 VA . 0 + VB . 3 + VD . 7 – 140 . 3,5 = 0 3 . VB + 7 . VD = 140 . 3,5 3 . VB + 7 . VD = 490 tf (b) (1) Σ Fx = 0 HA = 0 tf 51 140 tf A D 3 m B 1,5 m 2 m C HA VA VB VD 0,5 m (4) Σ MC CD = 0 VD . 2 – [20 . 2. 1] = 0 2 . VD = 40 VD = 20 tf de (b): 3 . VB + 7 . VD = 490 tf 3 . VB + 7 . 20 = 490 3 . VB = 490 – 140 VB = 116,67 tf de (a): VA + VB + VD = 140 tf VA + 166,67 + 20 = 140 VA = 140 – 116,67 – 20 VA = 3,33 tf 140 tf A D B C 3,33 tf 116,67 tf 20 tf VD 140 tf A D 3 m B 1,5 m 2 m C HA VA VB VD 0,5 m D C 20 tf / m 52 C O N T I N U A . . . 53 PRINCIPAIS REFERÊNCIAS DESTA AULA: VISANDO ESCLUSIVAMENTE FINS DIDÁTICOS, ESTA AULA FOI DESENVOLVIDA POR INSPIRAÇÃO OU POR MEIO DE ALGUMAS TRANSCRIÇÕES INTEGRAIS OU PARCIAIS DAS OBRAS “ANÁLISE DE ESTRUTURAS – CONCEITOS E MÉTODOS BÁSICOS”, DE LUIZ FERNANDO MARTHA (1ª EDIÇÃO, EDITRA CAMPUS, SÃO PAULO, 2010), “ESTÁTICA DAS ESTRUTURAS”, DE HUMBERTO LIMA SORIANO (2ª EDIÇÃO, EDITORA CIÊNCIA MODERNA, SÃO PAULO, 2010) E MARIA CASCÃO FERREIRA DE ALMEIDA (1ª EDIÇÃO, EDITORA OFICINA DE TEXTOS, SÃO PAULO, 2009). A ELES, A MAIORIA DOS CRÉDITOS DE CONTEÚDO DEVEM SER ATRIBUÍDOS. QUANDO CONVENIENTE, FORAM ADOTADAS ADAPTAÇÕES TEXTUAIS E NAS FIGURAS – ALÉM DA INCLUSÃO DE NOVAS IMAGENS E/OU ESQUEMAS E/OU EXEMPLOS – DE FORMA A FAZER COM QUE ESTE MATERIAL ESTEJA CONVENIENTEMENTE ALINHADO À PROPOSTA DA DISCIPLINA “TEORIA DAS ESTRUTURAS 1”, DO CURSO DE ENGENHARIA CIVIL .
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