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DOENÇAS NEUROLÓGICAS Veterinária Sou Animal HIDROCEFALIA ENCEFALITES MENINGOENCEFALITE NECROZANTE / GRANULOMATOSA NEOPLASIAS CEREBRAIS FISIOPATOGÊNIA Dilatação dos ventrículos decorrente de acumulo de líquor, por aumento da produção de líquor ou obstrução parcial da drenagem de líquor. Encefalite Viral – Cinomose (multifocal) Encefalites bacterianas – Otite interna (raro) Encefalites fúngicas - Neospora (raro) Causa “efeito em massa” – inflamação em volta do tumor, a medicação atua no intuito de diminuir inflamação. O tratamento propriamente dito é por ressecção. O tumor costuma ser benigno, mas tem comportamento maligno. Cresce progressivamente até não ter espaço e comprimir as estruturas. ETIOLOGIA - Congênita – Apresenta encéfalo aumentado e estrabismo. - Adquirida – decorrente de neoplasias, Encefalites, Cinomose , devido aumento de encéfalo. Doenças degenerativas, inflamatórias e idiopáticas, acomete mais fêmeas de 4-6 anos Mais comuns: Meningoencefalite Granulomatosa e Necrozante Pode acometer córtex cerebral em Pug e Maltês e tronco encefálico : Yorkshire Primárias – tumor cerebral Secundárias – metástases SINAIS CLÍNICOS Menor da ninhada (deficiência de GH), sonolência excessiva, cabeça em formato de cúpula, estrabismo divergente, convulsões, alterações cognitivas, comp. agressivo (pressão intra-craniana), cerebelar ou vestibular e Amaurose (perda de visão). Sintomas podem se iniciar nos primeiros meses ou anos. Leva a síndromes cerebelares (incoordenação, dismetria) e Vestibulopatia central Convulsões, andar em círculos para o lado da lesão, andar compulsivo, Head press”, alterações de estado mental, déficts contralaterais, quadro progressivo, vestibulopatias centrais, alterações de nervos cranianos OBS: Distúrbios cognitivos (awsamer), decorrentes de radicais livres e envelhecimento, podem confundir com neoplasias, só diferencia com ressonância magnética. DIAGNÓSTICO - Palpação da fontanela; - Ultrassom do crânio – em filhote (confirma fontanela aberta); - Tomografia; - Ressonância Magnética - melhor opção (+ caro). - Líquor (pleocitose mononuclear) - Ressonância magnética -Tomografia - Ressonância magnética TRATAMENTO Corticosteróides (melhora fluxo – drena liquor e diminui inflam. do SNC) - Dexametasona (0,2 mg/kg, sid), Prednisona (1 mg/kg, sid ou bid) Diuréticos (pode causar distúrbios eletrolíticos – hipocalemia, devido diminuição produção de líquor em filhotes) - Acetazolamida (5-10 mg/kg, bid), Furosemida (0,5 a 2 mg/kg, bid) , Manitol (1 a 2 g/kg/IV, em 15 minutos) Omeprazol (associação a prednisona apresenta efeito de diminuir a produção liquórica) - dose: 0,7-1 mg/Kg sid ou bid Terapia anticonvulsivante - Fenobarbital/ Brometo de K+ Cirúrgico - Dreno (da cabeça ao peritôneo) Meningoencefalite Granulomatosa – responde com antiinflamatórios imunossupressores (corticoides) Meningoencefalite Necrozante – difícil de tratar – animal morre - Cirúrgico - Radioterapia - Quimioterapia - usado quando se sabe o tipo de tumor (prognóstico sombrio) - Corticóides – (+ usado) ** Devido barreira hematoencefálica a medicação é mais difícil de ultrapassar embora está barreira se abra quando existe o tumor. HIPOPLASIA DE CEREBELO ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL - AVC SÍNDROME CEREBELAR ETIOLOGIA/ FISIOPATOGÊNIA Decorrente de uma má formação do cerebelo Pode ser: - Hereditário - Infeccioso (intra-uterino) – agentes herpes vírus, vírus da panleucopenia felina ou Cinomose Observado geralmente no primeiro mês de vida quando o animal começa a andar (andar desequilibrado) não melhora após 2 meses de idade Pode ser: - Isquêmico - decorrente de uma diminuição do fluxo sanguíneo. - Hemorrágico - hemorragia cerebral é caracterizada por um extravasa- mento de sangue para o espaço extravascular (aumenta pressão intracraniana – pode levar animal a morte cerebral) – falta oxigênio decorrente de trombo, causando convulsão). Pode acontecer no cérebro assim como no tronco encefálico. . Incoordenação de movimentos voluntários (animais tem tremores de intenção, tenta se movimentar mas não tem movimento refinado) Cerebelo – lobos floculonodulares + sistema vestibular = equilíbrio SINAIS CLÍNICOS Andar desequilibrado; Importante observar o desenvolvimento da ninhada. - Hiperlipidemia (Schnauzer) - Sepse (aumenta pressão intracraniana) – animal pode ter sequelas devido convulsões. - Hemorragias cerebral (coagulopatias, vasculites, Neoplasias e traumas) - Alteração neurológica geralmente de início súbito e não progressivo - Déficit neurológico contra-lateral e focal. Incoordenação, dismetria (hipermetria / hipometria), tremor de intenção + Sintomas vestibulares DIAGNÓSTICO - Clínico; - Tomografia Computadorizada; - Ressonância Magnética - cérebro parece menor - Histórico e evolução clínica, exame físico e neurológico - Exames complementares: plaquetas, perfil de coagulação - Líquor – identifica quando é hemorrágico (líquor sanguinolento) - Ressonância Magnética TRATAMENTO - Manejo clínico – auxiliar animal se alimentar, higienizar O animal pode se adaptar e viver bem, melhorar a incoordenação com o tempo. Os neurônios são mais sensíveis a falta de oxigênio (libera radicais livres), levando a morte neuronal, por isso induz ao coma cerebral Fazer controle da hipertensão DISPLASIA DE OCCIPTAL SÍNDROME VESTIBULAR Vestibulopatia Periférica e Central PARALISIA FACIAL ETIOLOGIA Má formação do forame magno, ocorre geralmente em raças toy, mais comum por Traumas Pode ser decorrente de: - Trauma (lesão periférica ou central), Otite média (lesão periférica), Pólipo nasofaríngeo, Infecciosas, Metabólica (hipotiroidismo), Tóxicas, Neoplasias, Vasculares, Congênitas, Idiopática ou Medicações que põem induzir a vestibulopatia Alteração de nervo facial (VII) - motor Causas: -75% dos casos idiopático (Cocker) - Sindrome Horner - Vestibulopatia periférica - causa nistagmo, que some depois de 24 a 48 horas. FISIOPATOGENIA Herniação do cerebelo (ocorre um aumento do canal, o cerebelo saí, formando a hérnia) Compressão do tronco encefálico Siringohidromielia (Síndrome de Chiari) - Vestibulopatia Periférica - Ausência de alteração locomotora e em nervos cranianos, com exceção ao n. facial e simpático - Síndrome de Horner (miose pupilar), estado mental normal – porém causa head tilt e base ampla, além de otite externa, nistagmo horizontal. A vestibulopatia periférica pode evoluir pra central. - Vestibulopatia Central (alterações no cerebelo e/ou tronco encefálico) Animal fica com a cabeça virada para o lado da lesão, o defict é contralateral. Quando atinge Cerebelo causa dismetria e tremor de intenção e quando atingue Tronco encefálico causa paresia ou paralisia, alterações de estado mental e de nervos cranianos SINAIS CLÍNICOS causa alterações cerebelares de inicio agudo, pode ter edema e levar a convulsão, ter alterações de nervos cranianos tronco encefálico, tudo vai depender do grau da disfagia. - “Head tilt” Cabeça virada para o lado da lesão (VC) - Rolamentos - Nistagmo Horizontal (VC ou P), Vertical (VC) e Rotatório (VC ou P) - Base ampla - Êmese - Otite média (VP) observar animal alguns dias para diagnóstico de periférica ou central Vestibulopatia senil - causa labirintite. Ptose labial Ptose palpebral Ausência de reflexo de piscar DIAGNÓSTICO - RX – rostro-causal - RM - Exame físico - diferenciar Central ou periférico - Otoscopia e exame da orofaringe - Rx bulhas timp. (devido otite crônica – prolif óssea). - Video otoscopia - Meringotomia – perfuração da membrana timpânica). - Cultura e antibiograma - Tomografia ou Ressonância TRATAMENTO - Manitol, cortisona (prednisona 1-2mg/kg) e Furosemida – para edema - Causade base - Antieméticos - Prednisona/prednisolona 1-4 mg/Kg – caso de Otite. - Otite média- Antibióticoterapia prolongada (>30 dias) + Terapia tópica e sistêmica ( Cuidado ototoxidade), fazer Cultura e antibiograma para uso adequado ATB NEUROPATIAS PERIFÉRICAS, JNM E MIOPATIAS POLIMIOPATIAS ANDAR PLANTIGRADO - NEUROPATIA PERIFÉRICA ETIOLOGIA Ocorre alteração de Nervo Periférico, Função Motora e Musculo Ventroflexão cervical com fraqueza muscular generalizada Diabetes mellitus Neoplasias e quimioterápicos Injúria às células de Schawnn +desmielinização FISIOPATOGENIA PROVA: Quando um animal tem sensibilidade, mas, o reflexo motor está diminuído ou ausente, fazer o teste de pinça, animal sente mas não puxa. – Animal com tetraplegia Flácida. Diabete também pode causar andar plantígrado, devido a glicotoxidade, demora a melhorar, mesmo depois de controlado (neuropatia diabética). Também pode ser causado por neoplasias ou quimioterápicos SINAIS CLÍNICOS - Andar plantigrado (apoia tarso no chão) - Fraqueza generalizada com ventroflexão do pescoço (músculo fraco) - Tetraparesia - Tetraplegia flácida (s/ tônus muscular) - Presença de sensibilidade - Reflexo motor ausente ou diminuído - Pescoço levantado e andar plantigrado – comum em gatos, também pode ser causado por Hipocalemia, Gastroenterite, DRC e Deficiência de tiamina P.S: Andar plantigrado – pode ser decorrente diminuição de potássio ou hipoglicemia. - Fraqueza de MPs, - Posição plantígrada, - Atrofia muscular, reflexos diminuídos, dificuldade em “pular” - Dor - Irritabilidade ao toque DIAGNÓSTICO - Clínico + usado – observar alterações de medula com nervos periféricos, não se radiografa - Dosagem de potássio (< 3 mEq/L) - Suplementação com tiamina (B1) P.S: Necessário dosar potássio, pode ser causado por doença renal crônica. TRATAMENTO Tratar a causa de base - Não há tratamento específico – controlar glicemia em pacientes diabéticos - Prednisona 2 mg/Kg sid ou bid – em animais sem diabete. MIASTENIA GRAVIS ETIOLOGIA Produção de anticorpos contra receptores de acetilcolina. Acomete animais jovens ou idosos. ETIOLOGIA Pode ser: - Focal - megaesôfago com ou sem disfagia (atinge musc esofágica, com medicação há diminuição de regurgitação) - Generalizada - fraqueza muscular pioram com exercícios e melhoram após o repouso e megaesôfago - Aguda fulminante - Acetil faz paralisia aguda dos músculos respiratórios e membros PROVA - MECANISMO DA DOENÇA: A Acetil Colina se liga ao receptor Nicotinico, gerando potencial de ação na musculatura. A Acetilcolinesterase inibe a Acetil Colina na fenda sináptica. Na miastenia gavis, a acetil colina não se liga aos receptores, e não faz potencial de ação. SINAIS CLÍNICOS Animal corre, para, deita e depois de um tempo volta a andar normalmente. DIAGNÓSTICO - Dosagem de anticorpos contra receptores de acetilcolina - Teste do desafio com anticolinesterásico, inibe a Acetil colinterase, por meio da Neoestigmina, rapidamente o animal volta andar - Metilsulfato de neostigmina 20 mg/kg/IV) TRATAMENTO - Brometo de piridostigmina 0,5 a 3 mg/kg/BID ou TID (Mestinon®) – serve pra fazer a manutenção. - Prednisona 2 mg/kg/SID - não responde bem. Causa efeito colateral: salivação constante. Necessário diminuir a dose. PARALISIAS FLÁCIDAS POLIRADICULONEURITE PARALISIAS FLÁCIDAS PARALISIA POR CARRAPATO PARALISIAS FLÁCIDAS BOTULISMO PARALISIAS FLÁCIDAS INTOXICAÇÃO POR ORGANOSFOSFORADOS / CARBAMATOS ETIOLOGIA Inflamação das raízes nervosas motoras imunomediada ou Toxoplasma, neospora ou idiopática FISIOPATOGENIA Relacionada com uma neurotoxina da saliva do carrapato (Ixodes, Dermacentor e Amblyoma) Bloqueio da liberação de acetilcolina na junção neuromuscular, quando o carrapato é retirado, animal volta ao normal. Inibe a liberação de acetilcolina pelo neurônio pré-sináptico na junção neuromuscular (NÃO DEIXA Acetil Colina se ligar ao receptor). Pode levar a morte por paralisia do diafragma, depende da quantidade de alimento ingerido. Agente: Clostridium botulinum Acesso a alimentos putrefados; Toxinas C e D Tem estimulo na fenda, que inibe a Acetil Colinesterase. A paralisia ocorre depois da intoxicação, pois causa exaustão do sistema, seu efeito pode demorar de 3 dias à semanas. SINAIS CLÍNICOS Não pisca; Sem reflexo de deglutição; Ronquidão; Aspiração (sondar); Sintomas começa em membros pélvicos – torácicos – respiratório – reflexo palpebral. (no retorno a ordem é inversa) DIAGNÓSTICO anamnese / exame físico EMG – identifica se a lesão é no musculo ou em nervos periféricos. terapêutico? (pode ou não ajudar na evolução da melhora). Obrigatório ter carrapato no exame físico. Ivermectina – é usado como diagnostico terapêutico. CLÍNICO - histórico compatível. identificação da toxina ensaio biológico – usado só em humanos. EMG TRATAMENTO Prednisona 2mg/kg bid 2 -3 semanas Retirada gradual da cortisona Manejo Demora para resposta ao tratamento (Cura em semanas à meses) Melhora clínica após a retirada dos carrapatos Lavagem intestinal / gástrica. Suporte / manejo Antibioticoterapia (?) – é controverso, pois quando o fungo morre, ele libera mais toxinas. Ideal que o fungo seja eliminado naturalmente, com tratamento suporte e manejo. Anti-toxina botulínica Atropina – Ajuda a degradar Acetil Colina. PARALISIA DO CARRAPATO BOTULISMO MIASTENIA GRAVIS
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