Buscar

Resumo - Transtoronos relacionados a traumas e estressores

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 5 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Psiquiatria Júlia Araújo Medicina 
- Aumento do estresse e da ansiedade após exposição a um 
evento traumático ou estressante 
- Ser testemunha ou estar envolvido 
- A pessoa reage à experiência com medo e impotência 
- Revive persistentemente o acontecido (pensamentos, sonhos 
ou flashbacks) 
- Tenta evitar lembrar-se dele 
→ EPIDEMIOLOGIA 
- Incidência de 9 a 15% 
- Prevalência é 8% da população em geral (adicional de 5 a 15% 
formas subclínicas) 
- 30% dos homens desenvolvem TEPT completo depois de ter 
servido na guerra, e um adicional de 22,5% desenvolvem TEPT 
parcial 
- Pode aparecer em qualquer idade, mas é mais prevalente em 
adultos jovens -> se expõe mais a situações precipitantes 
- Homens: experiências de combate 
- Mulheres: agressões e estupro 
- Maior probabilidade: pessoas solteiras, divorciadas, viúvas, 
socialmente retraídas ou de nível socioeconômico baixo – 
ninguém é imune 
- Fatores de risco mais importantes: gravidade, a duração e a 
proximidade da exposição de uma pessoa ao trauma real 
- Parece existir um padrão familiar: parentes biológicos em 
primeiro grau de pessoas com história de depressão correm risco 
aumentado 
→ COMORBIDADES 
- 2/3 tem pelo menos dois outros transtornos 
- Condições comorbidas comuns: transtornos depressivos, 
trantornos relacionados ao uso de substâncias, transtornos de 
ansiedade e bipolaridade 
→ ETIOLOGIA 
1- Estressar 
- Fator causal principal no desenvolvimento de TEPT 
- Nem todos experimentam o transtorno após um evento 
traumático 
- O estressor isoladamente não é suficiente para causar o 
transtorno 
- A resposta ao evento traumático precisa envolver medo intenso 
ou terror considerar fatores biológicos e psicossociais 
preexistentes e eventos que aconteceram antes e depois do 
trauma 
- O significado subjetivo 
do estressor para uma 
pessoa também é 
importante (culpa do 
sobrevivente) 
2- Fatores de Risco 
- Dose-resposta (grau do 
trauma e a probabilidade 
dos sintomas) 
3- Fatores Psicodinâmicos 
- Hipótese de que o trauma reativou um conflito psicológico 
previamente adormecido, mas não resolvido 
- A revivência do trauma resulta em regressão e no uso dos 
mecanismos de defesa de repressão, negação, formação 
reativa e anulação 
- Cisão da consciência em pacientes que relataram história de 
trauma sexual infantil 
- Um conflito preexistente pode ser simbolicamente despertado 
pelo novo evento traumático 
4- Fatores cognitivos-comportamentais 
- Pessoas afetadas não conseguem processar ou racionalizar o 
trauma que precipitou o transtorno -> continuam a experimentar 
o estresse e tentam evitar experimentá-lo por meio de técnicas 
de evitação. 
- Congruente com sua capacidade parcial de elaborar 
cognitivamente o fato, as pessoas experimentam períodos 
alternados de reconhecimento e bloqueio do evento 
- O modelo comportamental do TEPT enfatiza duas fases em seu 
desenvolvimento. 
1- Trauma (o estímulo não condicionado) que produz uma 
resposta de medo é associado, por meio do condicionamento 
clássico, a um estímulo condicionado (lembretes do trauma, 
como visões, cheiros ou sons). 
2- Estímulos condicionados despertam a resposta de medo 
independente do estímulo não condicionado original, e as 
pessoas desenvolvem um padrão de evitação do estímulo 
condicionado e do estímulo não condicionado 
- Ganhos secundários do mundo externo - reforçam o transtorno 
e sua persistência (em geral compensação financeira, maior 
atenção ou simpatia e a satisfação das necessidades de 
dependência) 
5- Fatores Biológicos 
- Achados biológicos importantes são atividade aumentada e 
responsividade do sistema nervoso autônomo, conforme 
evidenciado por leituras elevadas do ritmo cardíaco e pressão 
arterial e pela arquitetura anormal do sono (EX: fragmentação 
do sono e aumento na latência do sono). 
- Alguns pesquisadores sugeriram uma semelhança entre TEPT e 
dois outros transtornos psiquiátricos: transtorno depressivo maior e 
transtorno de pânico 
- Sistema noradrenérgico 
- Sistema opioide 
- Fator liberador de corticotrofina e eixo HHS 
→ DIAGNÓSTICO 
- DSM-5: sintomas de intrusão, evitação, alternâncias de humor e 
cognição e hiperexcitação devem durar mais de um mês 
- O diagnóstico permite ao médico especificar se os sintomas 
ocorrem em crianças em idade pré-escolar ou se ocorrem com 
sintomas dissociativos (despersonalização/ desrealização) 
- Para pacientes cujos sintomas estiveram presentes por menos 
de um mês, o diagnóstico apropriado pode ser transtorno de 
estresse agudo 
→ CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS 
- Indivíduos com TEPT apresentam sintomas em três domínios: 
 . Sintomas intrusivos após o trauma 
 . Evitação de estímulos associados ao trauma 
Psiquiatria Júlia Araújo Medicina 
 . Experiência de sintomas de aumento da excitação 
autonômica, como maior reação de sobressalto 
- Sintomas Intrusivos: pelo menos um para satisfazer os critérios de 
TEPT 
 . Flashbacks: indivíduo age e sente como se o trauma estivesse 
ocorrendo novamente, representam um sintoma clássico de 
intrusão. 
 . Lembranças ou sonhos com sofrimento e reações de estresse 
fisiológicas ou psicológicas à exposição a estímulos que tenham 
ligação com o trauma 
- Sintomas de Esquiva 
 . Esforços para evitar pensamentos ou atividades relacionadas 
ao trauma 
 . Anedonia 
 . Capacidade reduzida de lembrar-se de acontecimentos 
relacionados ao trauma 
 . Afeto embotado 
 . Sentimentos de distanciamento e desrealização e uma 
sensação de futuro abreviado 
- Sintomas de Excitação 
 . Insônia 
 . Irritabilidade 
 . Hipervigilância 
 . Sobressalto exagerado 
→ CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS 
A. Exposição a episódio concreto ou ameaça de morte, 
lesão grave ou violência sexual em uma (ou mais) das 
seguintes formas: 
1. Vivenciar diretamente o evento traumático. 
2. Testemunhar pessoalmente o evento traumático ocorrido 
com outras pessoas. 
3. Saber que o evento traumático ocorreu com familiar ou 
amigo próximo. Nos casos de episódio 
concreto ou ameaça de morte envolvendo um familiar ou 
amigo, é preciso que o evento tenha sido violento ou 
acidental. 
4. Ser exposto de forma repetida ou extrema a detalhes 
aversivos do evento traumático 
B. Presença de um (ou mais) dos seguintes sintomas intrusivos 
associados ao evento traumático, começando depois de sua 
ocorrência: 
1. Lembranças intrusivas angustiantes, recorrentes e 
involuntárias do evento traumático. 
2. Sonhos angustiantes recorrentes nos quais o conteúdo e/ou 
o sentimento do sonho estão relacionados ao evento 
traumático 
3. Reações dissociativas nas quais o indivíduo sente ou age 
como se o evento traumático estivesse ocorrendo novamente 
4. Sofrimento psicológico intenso ou prolongado ante a 
exposição a sinais internos ou externos que simbolizem ou se 
assemelhem a algum aspecto do evento traumático 
5. Reações fisiológicas intensas a sinais internos ou externos 
que simbolizem ou se assemelhem a algum aspecto do 
evento traumático 
C. Evitação persistente de estímulos associados ao evento 
traumático, começando após a ocorrência do evento, 
conforme evidenciado por um ou ambos dos seguintes 
aspectos: 
1. Evitação ou esforços para evitar recordações, 
pensamentos ou sentimentos angustiantes acerca de ou 
associados de perto ao evento traumático 
2. Evitação ou esforços para evitar lembranças externas que 
despertem recordações, pensamentos ou sentimentos 
angustiantes acerca de ou associados de perto ao evento 
traumático 
D. Alterações negativas em cognições e no humor 
associadas ao evento traumático começando ou piorando 
depois da ocorrência de tal evento, conforme evidenciado 
por dois (ou mais) dos seguintes aspectos: 
1. Incapacidade de recordar algum aspecto importante do 
evento traumático 
2. Crenças ou expectativas negativas persistentes e 
exageradas a respeito de si mesmo, dosoutros e do mundo 
3. Cognições distorcidas persistentes a respeito da causa ou 
das consequências do evento traumático que levam o 
indivíduo a culpar a si mesmo ou os outros 
4. Estado emocional negativo persistente 
5. Interesse ou participação bastante diminuída em atividades 
significativas 
6. Sentimentos de distanciamento e alienação em relação 
aos outros 
7. Incapacidade persistente de sentir emoções positivas 
E. Alterações marcantes na excitação e na reatividade 
associadas ao evento traumático, começando ou piorando 
após o evento, conforme evidenciado por dois (ou mais) dos 
seguintes aspectos: 
1. Comportamento irritadiço e surtos de raiva (com pouca ou 
nenhuma provocação) geralmente expressos sob a forma de 
agressão verbal ou física em relação a pessoas e objetos 
2. Comportamento imprudente ou autodestrutivo 
3. Hipervigilância 
4. Resposta de sobressalto exagerada 
5. Problemas de concentração 
6. Perturbação do sono 
F. A perturbação (Critérios B, C, D e E) dura mais de um mês 
G. A perturbação causa sofrimento clinicamente significativo 
e prejuízo social, profissional ou em outras áreas importantes 
da vida do indivíduo 
H. A perturbação não se deve aos efeitos fisiológicos de uma 
substância ou a outra condição médica 
→ SUBTIPO 
- Com sintomas dissociativos: sintomas do indivíduo satisfazem os 
critérios de TEPT e, em resposta ao estressor, o indivíduo tem 
sintomas persistentes ou recorrentes de: 
 1. Despersonalização: experiências persistentes ou recorrentes 
de sentir-se separado e como se fosse um observador externo 
dos processos mentais ou do corpo 
 2. Desrealização: experiências persistentes ou recorrentes de 
irrealidade do ambiente ao redor 
→ ESPECIFICAÇÃO 
- Com expressão tardia: se todos os critérios diagnósticos não 
forem atendidos até pelo menos seis meses depois do evento 
(embora a manifestação inicial e a expressão de alguns sintomas 
possam ser imediatas) 
→ CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS 
A. Exposição a episódio concreto ou ameaça de morte, 
lesão grave ou violação sexual em uma (ou mais) das 
seguintes formas: 
1. Vivenciar diretamente o evento traumático 
2. Testemunhar pessoalmente o evento ocorrido a outras 
pessoas 
3. Saber que o evento ocorreu com familiar ou amigo próximo 
4. Ser exposto de forma repetida ou extrema a detalhes 
aversivos do evento traumático 
B. Presença de nove (ou mais) dos seguintes sintomas de 
qualquer uma das cinco categorias, começando ou 
piorando depois da ocorrência do evento traumático 
Sintomas de intrusão 
1. Lembranças angustiantes recorrentes, involuntárias e 
intrusivas do evento traumático 
2. Sonhos angustiantes recorrentes nos quais o conteúdo e/ou 
o afeto do sonho estão relacionados ao evento 
3. Reações dissociativas nas quais o indivíduo sente ou age 
como se o evento traumático estivesse acontecendo 
novamente 
Psiquiatria Júlia Araújo Medicina 
4. Sofrimento psicológico intenso ou prolongado ou reações 
fisiológicas acentuadas em resposta a sinais internos ou 
externos que simbolizem ou se assemelhem a algum aspecto 
do evento traumático. 
Humor negativo 
5. Incapacidade persistente de vivenciar emoções positivas 
Sintomas dissociativos 
6. Senso de realidade alterado acerca de si mesmo ou do 
ambiente ao redor 
7. Incapacidade de recordar um aspecto importante do 
evento traumático 
Sintomas de evitação 
8. Esforços para evitar recordações, pensamentos ou 
sentimentos angustiantes acerca do, ou fortemente 
relacionados ao, evento traumático 
9. Esforços para evitar lembranças que despertem 
recordações, pensamentos ou sentimentos angustiantes 
acerca do, ou fortemente relacionados ao evento traumático 
Sintomas de excitação 
10. Perturbação do sono 
11. Comportamento irritadiço e surtos de raiva geralmente 
expressos como agressão verbal ou física em relação a 
pessoas ou objetos 
12. Hipervigilância 
13. Problemas de concentração 
14. Resposta de sobressalto exagerada 
C. A duração da perturbação (sintomas do Critério B) é de 
três dias a um mês depois do trauma 
D. A perturbação causa sofrimento clinicamente significativo 
e prejuízo no funcionamento social, profissional ou em outras 
áreas importantes da vida do indivíduo 
E. A perturbação não se deve aos efeitos fisiológicos de uma 
substância ou a outra condição e não é mais bem explicada 
por um transtorno psicótico breve 
→ DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL 
- TEPT é muitas vezes acompanhado por uma condição 
comórbida, como depressão maior, outro transtorno de 
ansiedade, ou dependência de substância 
- Os pacientes podem sofrer lesões durante eventos traumáticos, 
sintomas e sequelas de lesões na cabeça, especialmente 
convulsões complexas parciais, que podem imitar sintomas do 
TEPT 
- Se o paciente não for questionado sobre a ocorrência de um 
trauma ou sobre memórias intrusivas, outros sintomas do TEPT 
podem se parecer com os de ansiedade generalizada ou 
transtorno de pânico 
- Depressão maior: importante observar a presença de 
depressão comórbida porque isso pode influenciar o tratamento 
do TEPT 
- Os pacientes com transtorno de personalidade borderline 
também podem apresentar história de trauma, em especial 
trauma relacionado a eventos ocorridos na infância, e podem 
exibir sintomas pós-traumáticos, como memórias intrusivas e 
hiperexcitabilidade 
→ CUROS E PROGNÓSTICO 
- TEPT, em geral, se desenvolve algum tempo depois do trauma, 
variando de 1 semana a 30 dias 
- Os sintomas podem flutuar ao longo do tempo e ser mais 
intensos durante períodos de estresse 
- O início rápido dos sintomas, sua curta duração (menos de 6 
meses), o bom funcionamento pré-mórbido, o forte suporte social 
e a ausência de outros transtornos psiquiátricos, clínicos ou 
relacionados a substância ou outros fatores de risco configuram 
um bom prognóstico 
- Em geral, pessoas muito jovens ou muito velhas têm maior 
dificuldade com eventos traumáticos do que aquelas na meia-
idade 
- Uma doença psiquiátrica preexistente potencializa os efeitos de 
determinados estressores 
- TEPT comórbido com outros transtornos é frequentemente mais 
grave e talvez mais crônico e pode influenciar o 
desenvolvimento, a gravidade e a duração 
→ TRATAMENTO 
- Abordagens iniciais 
 . Oferecer apoio 
 . Encorajamento para discutir o evento 
 . Educação sobre uma variedade de mecanismos de 
enfrentamento (como o treinamento do relaxamento) 
- Farmacoterapia 
 . 1ª linha: Inibidores seletivos de recaptação de serotonina 
(ISRS) -> Sertralina, Paroxetina, Fluoxetina e outros -> são 
administrados em uma dose baixa, que é aumentada aos 
poucos até uma dose -> resposta pode ser observada depois de 
2 a 4 semanas, mas uma resposta completa ao medicamento 
pode levar até 24 semanas 
 . Bupropiona (agonista parcial do receptor de serotonina) 
 . Antidepressivos Tricíclicos (Amitriptilina e Imipramina) 
- Psicoterapias 
 . Terapia Cognitivo-Comportamental 
 . Terapia de apoio 
 . Terapia de grupo 
 . Terapia familiar 
- Psicoeducação 
- Intervenções sociais 
 . Devolver um sentimento de segurança é crucial depois de um 
evento traumático; por exemplo, aumentar o apoio social a 
indivíduos e grupos que sofreram um desastre natural ou 
acidental é prioridade 
 
 
→ DEFINIÇÃO: usada para pacientes que desenvolvem sintomas 
emocionais ou comportamentais em resposta a um estressor 
Psiquiatria Júlia Araújo Medicina 
identificável, mas não satisfazem todos os critérios de outro 
transtorno relacionado a trauma ou a estressores especificado 
- Os sintomas também não podem ser atribuídos aos efeitos 
fisiológicos diretos de uma substância 
→ CARACTERÍSTICAS 
- Resposta emocional a um evento estressante 
- Evento estressante externo está associado ao desenvolvimento 
de sintomas 
- Complexo de sintomas que se desenvolve pode envolver afeto 
ansioso ou depressivo ou se apresentar comuma perturbação 
da conduta 
→ EPIDEMIOLOGIA 
- Prevalência: 2-8% da população em geral 
- Mulheres solteiras costumam ser excessivamente representadas 
como em maior risco 
- Podem ocorrer em qualquer idade, mas são mais frequentes em 
adolescentes 
- Entre adolescentes de ambos os sexos, os estresses precipitantes 
comuns são problemas escolares, rejeição e divórcio parental e 
abuso de substância. 
- Entre adultos, os mais comuns são problemas conjugais, 
divórcio, mudança para um novo ambiente e problemas 
financeiros. 
→ ETIOLOGIA 
- Precipitado por um ou mais estressores. 
- Gravidade do estressor ou dos estressores nem sempre prediz a 
gravidade do transtorno 
- Estressores podem ser únicos ou múltiplos, recorrentes ou 
contínuos 
- Podem ocorrer transtornos de adaptação no contexto de um 
grupo ou uma comunidade, e os estressores afetam várias 
pessoas (desastre natural ou em perseguição racial, social ou 
religiosa) 
- Estágios de desenvolvimento específicos estão frequentemente 
associados aos transtornos de adaptação 
- Fatores psicodinâmicos 
 . Natureza do estressor 
 . Significados conscientes e inconscientes do estressor 
 . Vulnerabilidade preexistente do paciente 
→ DIAGNÓSTICO E CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS 
- Embora, por definição, os transtornos de adaptação ocorram 
após um estressor, nem sempre os sintomas se iniciam 
imediatamente 
- Podem decorrer até três meses entre um estressor e o 
surgimento de sintomas 
 - Estes nem sempre diminuem assim que o estressor cessa; se ele 
continuar, o transtorno poderá ser crônico. 
- As apresentações clínicas do transtorno de adaptação podem 
variar amplamente. 
- O DSM-5 lista seis transtornos de adaptação, incluindo uma 
categoria não especificada. 
- Critérios Diagnósticos 
A. Desenvolvimento de sintomas emocionais ou 
comportamentais em resposta a um estressor ou estressores 
identificáveis ocorrendo dentro de três meses do início do 
estressor ou estressores 
B. Esses sintomas ou comportamentos são clinicamente 
significativos, conforme evidenciado por um ou mais dos 
seguintes aspectos: 
1. Sofrimento intenso desproporcional à gravidade ou à 
intensidade do estressor, considerando-se o contexto cultural 
e os fatores culturais que poderiam influenciar a gravidade e 
a apresentação dos sintomas. 
2. Prejuízo significativo no funcionamento social, profissional 
ou em outras áreas importantes da vida do indivíduo 
C. A perturbação relacionada ao estresse não satisfaz os 
critérios de outro transtorno mental e não é meramente uma 
exacerbação de um transtorno mental preexistente 
D. Os sintomas não representam luto normal 
E. Uma vez que o estressor ou suas consequências tenham 
cedido, os sintomas não persistem por mais de seis meses 
- Determinar o subtipo 
1- Com humor deprimido: humor deprimido, choro fácil ou 
sentimentos de desesperança são predominantes 
2- Com ansiedade: nervosismo, preocupação, inquietação ou 
ansiedade de separação são predominantes 
3- Com misto de ansiedade e depressão: predomina uma 
combinação de depressão e ansiedade 
4- Com perturbação da conduta: predomina a perturbação da 
conduta em que os direitos das outras pessoas são violados ou 
normas e regras sociais apropriadas à idade são ignoradas 
5- Com perturbação mista das emoções e da conduta: tanto 
sintomas emocionais como perturbação da conduta são 
predominantes 
6- Não especificado: para reações mal adaptativas que não são 
classificáveis como um dos subtipos específicos do transtorno de 
adaptação 
→ DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL 
- Luto não complicado 
- Transtorno depressivo maior 
- Transtorno psicótico breve 
- Transtorno de ansiedade generalizada 
- Transtorno relacionado ao uso de substâncias 
- Transtorno da conduta 
- TEPT 
- TEA 
→ CURSO E PROGNÓSTICO 
- Com tratamento apropriado, o prognóstico global de um 
transtorno de adaptação é em geral favorável. 
- A maioria dos pacientes retorna a seu nível de funcionamento 
anterior em três meses. 
- Algumas pessoas (em particular adolescentes) que recebem o 
diagnóstico de um transtorno de adaptação tardio têm 
transtornos do humor ou relacionados ao uso de substância. 
- Adolescentes em geral precisam de um tempo mais longo de 
recuperação do que adultos. 
- As pesquisas nos últimos cinco anos revelaram um risco de 
suicídio, sobretudo em adolescentes com transtorno de 
adaptação, que ainda não havia sido devidamente 
reconhecido. 
→ TRATAMENTO 
- Psicoterapia 
 . Tratamento de escolha 
 . Terapia de grupo 
 . Psicoterapia individual 
 . Terapia Familiar 
- Intervenção em crise e manejo de caso 
 . Tratamentos de curta duração que visam ajudar a resolver 
situações rapidamente por meio de técnicas de apoio, sugestão, 
tranquilização, modificação ambiental e hospitalização, se 
necessário 
Psiquiatria Júlia Araújo Medicina 
 . Frequência e a duração das consultas para apoio à situação 
de crise variam de acordo com as necessidades do paciente -> 
sessões diárias poderão ser necessárias, algumas vezes 2 ou 3 
vezes por dia 
- Farmacoterapia 
 . Nenhum estudo avaliou a eficácia das intervenções 
farmacológicas em indivíduos com transtorno de adaptação, 
mas poderá ser adequado usar medicação para tratar sintomas 
específicos por um curto espaço de tempo 
 . Dependendo do tipo de transtorno de adaptação, um 
paciente pode responder a um medicamento ou a outro

Outros materiais