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Nefropatia pela IgA 1 Nefropatia pela IgA IgA Anticorpo ⇒ 15-20% das imunoglobulinas no soro humano Elevada concentração em mucosas, principalmente nas vias respiratórias e trato gastrointestinal além da saliva e na lágrima. Mas também são produzidas em locais imunes sistêmicos como a medula óssea com pequena contribuição do baço e gânglios linfáticos (( mIgA1 secretada na circulação)) Caracteristica Y em cada monômero por conta das duas cadeias leves e duas pesadas As cadeias pesadas são ainda constituidas por 4 dominios, sendo 3 deles constantes e um último variável → Formando os polimeros de IgA através de ligações pelas cadeias J Subclasses ⇒ IgA1 (85%) e A2 IgA1 na sua maioria é monomérica, mas em mucosas encontra-se predominantemente polimérica As imunoglobulinas são produzidas principalmente pelos linfócitos B percursores da medula óssea, que após contato com o antígeno, originam plasmócitos que produzem IgA de ambas as subclasses Nefropatia pela IgA 2 A IgA produzida nas mucosas é rapidamente transportada através da barreira epitelial adjacente para as secreçõe externa, sendo este transporte mediado pelo receptor polimérico da Imunoglobulina (pIgR), que é expresso na superficie basolateral das células epiteliais e que reconhece a cadeia J das imunoglobulinas → O Complexo pIgR-pIgA é internalizado e secretado na face luminal da célula epitelial ⇒ A pIgA transportada retém uma porção do pIgR + o componente secretor (SC) formando a IgA secretora (sIgA) A sua maior função é a de defesa imunologica, as pIgAs nas secreções muscosas liga-se com efetividade aos microorganismos e toxinas neutralizando-os e prevenindo a invasão → No entanto sua função sistêmica ainda não é bem compreendida sabendo-se que pode atua tanto como molécula anti-inflamatória (( down-regulation das respostas imunes sistêmicas)), quanto na eliminação de antígeno fazendo parte dos complexos imunes Doença de Berger → causa mais comum de glomerulonefrite primária por todo o mundo → 1,3% da população ((Sindrome nefrótica 5%) Terceira principal causa no brasil das doenças glomerulares O evento inicial na gênese da doença é a deposição mesangial de IgA → Polimérica e da subclasse 1 ⇒ Pode estar acompanhada pel deposição ed IgG e complemento C3, presença de CD68 (macrofagos) Atrofia tubular e fibrose intersticial → Progressão para insuficiência renal progressiva Mais frequente em homens, com incidência maior os 20-30 anos e em brancos asiáticos 📚 Triade clássica: Hematúria macroscópica + HA + edema (4%-13%) → síndrome nefritica Nefropatia pela IgA 3 ⚠ Diagnóstico confirmado apenas com biópsia renal → Classificação de MEST-C , Imunoflorescência. - Sendo sempre investigado causas secundárias (vasculite por IgA, NIgA secundária - HIV, hepatites, DII, outras doenças AI, Cirrose; Relacionada à infecções) Não há marcador ou biomarcador sérico ou urinário valido além de proteinúria e TFG Hipercelularidade endocapular em 42% dos pacientes com envolvimento de apenas 12% dos glomérulos. E a crescente tem 45% dos pacientes com 9% do envolvimento dos glomérulos. Nefropatia pela IgA 4 Desfecho ⇒ Slope de TFG, redução em 50% na TFG + DRCET, proteinúria no Follow up (5 anos com IIQ: 1; 22 anos) → Deposição da IgAq, depóstitos constituidos por IgA polimérica com carga negativa ou ImunoComplexo contendo IgA O evento inicial na gênese da NIgA é a deposição de IgA no mesângio e em menor escala ao longo das paredes dos capilares glomerulares, sendo esta predominantemente pIgA1. → Depósitos de sIgA também já foram observados mas o seu significado patológico ainda permanece desconhecido. A análise da IgA1 encontrada nos depósitos glomerulares de pessoas com a doença revelou uma deficiência em galactose na posição β1,3 na qual deveria estar ligada à GalNac. Esta IgA1 deficiente pode ser detectada no soro em pessoas doentes ao passo que raramente é encontrada em controles saudáveis. No entando a IgA1 deficiente não é capaz de causar a doença sozinha necessitando da contribuição de outros elementos → De modo que elas tem a tendência de se auto agregarem como também apresentam grande afinidade pela matriz extracelular como a fribonectina e o colágeno tipo IV que junto com os imunocomplexos favorecem a deposição mesangial Primeiro passao para o inicio da doença é a formação de complexos IgA, partindo da agregação de moléculas de IgA1 com deficiência de glicosilação ⇒ Formação de IgA + seu receptor solúvel/ IgA1+IgA1 OU + IgG ⇒ Obrigatoriamente deve-se ter uma hiperexpressão da IgA1 A forma de IC induz a proliferação mesangial, ativação do complemento, alteração da expressão das integrinas, potencializa a resposta inflamatória e aumenta a síntese de componente da matriz extracelular Nefropatia pela IgA 5 Citocinas e fatores de crescimento como IL-6, TGF, e fator de derida das plaquetas são encontrados no soro de doentes portadores de NIgA e estão associados também com a proliferação mesangial, fibrose túbulo intersticial prevendo a lesão do rim ⚠ A resposta mediada por IgA por parte da mucosa também se encontra diminuída quando comparada com controles saudáveis. Esta hiporresponsividade, embora não sendo clinicamente relevante, assume aqui grande importância pois é um elemento essencial contra a hipótese do sistema mucoso ser a fonte de IgA patológica. A ativação do sistema complemento no glomérulo aumenta a cascata inflamatória e potencializa o dano tecidual na NIgA → Sendo ativado tanto pela via alternativa quanto pela via da lecitina, que são as vias independentes de anticorpos ⇒ C3 TRATAMENTO O foco primário para o tratamento é a otimização da terapia de suporte controlando a PA e a proteinúria ((melhora os defechos no curso do tratamento)) Avaliar o risco cardiovascular e fazer intervenções caso necessário MEV → restrição de sódio, interrupção do tabagismo, controle de peso e exercício físico Considerar as variantes de IgA ⇒ Podocitopatias (DLM e GESF), IgA com LRA, Rapidamente progressiva Corticoides e IMS Fase da terapia de suporte (run-in) ⇒ 6 meses → bloqueiao SRA (PA<125/75) e controle de DLP (CT <200) Randomização para terapia de IMS ⇒ Persistência de proteinúria > 0,75g/24h, TFG > 30ml/min/1,73m² e queda inferior a 30% da TFG no Run-in Terapia imunossupressora (IMS) TFG> 60ml/min/1,73m² ⇒ 1g de metilprednisolona por 3 dias M1, M3, M5 + Prednisolona 0,5mg/kg a cada 48h TFG< 60ml/min/1,73m² (>30) ⇒ ciclofosfamida 1,5mg/kg por 3 meses, seguida por azatioprina 1,5mg/kg do M4 ao M36 + Prednisolona 40mg/dia resuzida para alcançar 10mg no M3 e M4 ao M6 e 7,5mg do M7 ao M36 Nefropatia pela IgA 6
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