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β-lactâmicos (Glicopeptídeos e Polipeptídeos) · GLICOPEPTÍDEOS São inibidores da síntese de parede celular → principal representante é a vancomicina; Compostos de açúcares e aminoácidos. · MECANISMO DE AÇÃO Múltiplo mecanismo de ação: age como uma barreira, ligando-se na porção terminal do polipeptídeo em formação, impedindo que a TPP faça o crosslink das cadeias: 1. inibe a síntese do peptideoglicano; 2. altera a permeabilidade da membrana citoplasmática; 3. interfere na síntese de RNA citoplasmático. · MECANISMO DE RESISTÊNCIA A bactéria substitui alanina por lactato na cadeia polipeptídica → ATB não consegue se ligar. Mudança de AA não impede a TPP de realizar sua atividade → bactéria continua se replicando. Essa resistência ocorre na história natural da S. Aureus → criou as VRSA (S. Aureus resistentes a vancomicina). · RESISTÊNCIA À VANCOMICINA ENTEROCOCOS → desenvolveram resistência aos glicopeptídeos, particularmente à vancomicina, devido a alterações genéticas na bactéria (gen van A) → diminuíram o tropismo da droga pelo microrganismo. ESTAFILOCOCOS → mecanismo de resistência à vancomicina até hoje não foi completamente elucidado, mas postula-se que possa ser: 1. pelo espessamento da parede celular bacteriana (resistência intermediária); 2. através da aquisição do gen van A de um enterococo resistente à vancomicina (totalmente resistente). · ESPECTRO DE AÇÃO - muito ativa contra Gram +; PS: baixa ação em Gram - pelo tamanho da molécula → não passa pela membrana externa. - utilizada contra Staphylococcus resistentes à Meticilina; • não absorvida VO → essa via é usada apenas para infecção por C. difficile. PS: colite pseudomembranosa: · FARMACOCINÉTICA - não penetra nas meninges não inflamadas, mas penetra no LCR se as meninges estão inflamadas; - via de administração: IV lenta e VO apenas no tratamento da enterocolite; - excreção: via renal (maior parte aparece inalterada na urina). · USO CLÍNICO - infecção hospitalar por MRSA → uso de dispositivos invasivos (próteses, CVC, DVP, shunts, marca passo); - colite pseudomembranosa refratária ao metronidazol → uso VO; - Staphylococcus sensível a oxacilina em alérgicos a β-lactâmicos. · EFEITOS ADVERSOS - febre; - rubor; - calafrios; - flebite; - síndrome do homem vermelho: → reação anafilactóide durante a infusão IV rápida; → ocorre eritema generalizado → aumenta vasodilatação, mas não causa dor; → retorna ao normal a medida que o medicamento vai sendo depurado do organismo. · TEICOPLANINA - glicopeptídeos semelhante e com mesmo espectro da vancomicina; - meia vida longa → dose única confere facilidade na posologia; - NÃO penetra barreira hematoencefálica; - possui menos efeitos adversos: baixa nefrotoxicidade. · EVOLUÇÃO DA RESISTÊNCIA MICROBIANA DO S. AUREUS · POLIPEPTÍDEOS · BACITRACINA - tamanho da molécula maior que os glicopeptídeos → mais AA na composição; - mais ativos contra Gram +; - interfere na parede celular → inibe a elongação; - altamente nefrotóxica por via sistêmica; - usada apenas em preparações tópicas na forma de pomada → associada a neomicina (aminoglicosídeo); - uso profilático em lesões superficiais da pele. Leandra Bitencourt - Turma XVI - MED UESB
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