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Vigilância em saúde e Sistema de informação em saúde Introdução • É feita o tempo todo pelo profissional, ao coletar dados do paciente. • O SUS é o olho, a vigilância – a parte estrutural e anatômica e o sistema de informação são a visão – a parte sistêmica. É o meio pelo qual se percebe o sus, um sistema complexo e bem subdividido. • A vigilância em saúde se divide em: Vigilância sanitária; Vigilância ambiental; Vigilância epidemiológica e Saúde do trabalhador. Relacionada às práticas de atenção, promoção de saúde e prevenção de doenças. Encontra-se presente nas políticas e planejamentos de saúde, serve como base para esses. Feita por meio da territorialização – como visita domiciliar, da epidemiologia, no entendimento do processo saúde-doença, das condições de vida e situação de saúde, a relação ambiente-saúde e o processo de trabalho. Aspectos históricos • A saúde considerada um direito é muito recente na história do país. A conquista dos direitos é teoricamente nova. Tem os direitos de primeira geração (séc. XVIII e XIX): direitos civis: como religião, opinião, pensamento, imprensa, ir e vir; e os direitos políticos: reunião, organização sindical, manifestação, voto. Os direitos sociais chegam com a segunda geração (séc. XX): trabalho, educação, saúde, seguridade etc. • Os direitos não chegavam iguais para todas as pessoas, além das conquistas se desenvolverem de formas diferentes nos países. • Tem os direitos de 3ra e 4ta geração também: referente aos direitos das gerações futuras (conscientização ecológica) e qualidade de vida e biodiversidade. Em alguns países a saúde é vista como direito, mas em outros não, é vista como bem de consumo, como alguma coisa que você adquire. • O conselho de vigilância em saúde se origina na idade média, onde surge a quarentema como meio de controlar a disseminação da praga (peste). Tal prática avançou, com mudanças e respaldos científicos. • O médico John Snow descobre a epidemia local de cólera, por meio da análise espacial e distribuição das mortes. Pai da epidemiologia. Ele correlaciona a epidemia à contaminação dos poços, mesmo sem conhecimentos avançados de microbiologia. • Na era pré-industrial é introduzida a legislação sobre a vigilância em saúde pública, adotando o conceito de notificação compulsória de doenças infecciosas – o foco mais voltado para ocorrências em ambientes de trabalho e o foco curativo, como estratégias necessárias para a política de desenvolvimento das nações. Começa a surgir o conceito de distribuição temporal e espacial das doenças, da mortalidade. • Com a Revolução Francesa, a saúde da população passou a ser responsabilidade do Estado – um direito, iniciando-se o conceito de bem-estar social (nos países europeus). São criadas as práticas de coleta e análise de estatísticas vitais (que no Brasil é feito pelo IBGE). Tais inovações promovem mudanças sociais nas sociedades industriais modernas e melhoria da qualidade de vida – como saneamento básico, flúor na água. Vigilância em saúde no Brasil • No Brasil, as primeiras medidas de vigilância remontam ao período colonial. No império há ações isoladas: cuidado nos portos, por exemplo. • Foram organizadas apenas no século XX, por meio de programas verticalizados, com a formulação, a coordenação e a execução de ações realizadas diretamente pelo Governo Federal (sanitarismo campanhista, Oswaldo Cruz...). Sua estrutura dava-se sob a forma de campanhas. • País predominantemente rural até meados de década de 60 do século passado, o Brasil viveu intensa urbanização, sobretudo a partir do novo ciclo de industrialização dos anos 70, fazendo emergir as transições epidemiológica e demográfica. Esse cenário elevou e fez do país um dos mais perversos no que se refere à saúde de trabalhadores urbanos e rurais, batendo recordes de acidentes de trabalho, baixos níveis de proteção social, e aumento significativo do trabalho informal. • Lembrar das delegacias de higiene e saúde, formadas por Oswaldo Cruz, o Bota Baixo, revolta da vacina... Processos de higienização das cidades. • Modelo de atenção de saúde médico assistencial privatista e do modelo preventivista, incapazes de questionar e atuar sobre a origem das condições geradoras da precária condição de saúde do povo brasileiro. • Surge, nesse contexto histórico, o pensamento da saúde coletiva, o qual resultou de um processo de lutas sociais e dos profissionais de saúde pela democracia e melhores condições de vida. Marco Legislativo • O planejamento econômico da vigilância sanitária apenas surge legalmente em 2009, quando o Ministério da Saúde publicou a Portaria GM n.3252, na qual são aprovadas as diretrizes para execução e financiamento das ações de vigilância em saúde, além de definir seus componentes: I. Vigilância epidemiológica; II. Promoção da saúde; III. Vigilância da situação de saúde; IV. Vigilância em saúde ambiental; V. Vigilância da saúde do trabalhador; VI. Vigilância sanitária. As ações já aconteciam, mas não estavam claras as atribuições exatas nem o financiamento. • Depois, essa portaria é revogada e surge outra que amplia e melhora as delimitações. Abre espaços para que os municípios realizem outros tipos de vigilância. • Portaria N 1.378/2013: Regulamenta as responsabilidades e define diretrizes para execução e financiamento das ações de vigilância em saúde pela União, Estados, DF e municípios, relativos ao Sistema Nacional de Vigilância em Saúde e Sistema Nacional de Vigilância Sanitária. Art. 4º- As ações de Vigilância em Saúde abrangem toda a população brasileira e envolvem práticas e processos de trabalho voltados para: I - a vigilância da situação de saúde da população, com a produção de análises que subsidiem o planejamento, estabelecimento de prioridades e estratégias, monitoramento e avaliação das ações de saúde pública; II - a detecção oportuna e adoção de medidas adequadas para a resposta às emergências de saúde pública; III - a vigilância, prevenção e controle das doenças transmissíveis; IV - a vigilância das doenças crônicas não transmissíveis, dos acidentes e violências; (reflete na saúde, no que reflete a agravos gerados por essa violência. Atualmente as causas externas tem peso na morbimortalidade). V - a vigilância de populações expostas a riscos ambientais em saúde; VI - a vigilância da saúde do trabalhador; VII - vigilância sanitária dos riscos decorrentes da produção e do uso de produtos, serviços e tecnologias de interesse a saúde; e VIII - outras ações de vigilância que, de maneira rotineira e sistemática, podem ser desenvolvidas em serviços de saúde públicos e privados nos vários níveis de atenção, laboratórios, ambientes de estudo e trabalho e na própria comunidade. Características • O dia a dia do profissional de saúde e todos os fatores envolvidos à saúde são incluídos na vigilância em saúde: imunização – efeitos adversos, endemias; promoção da saúde/ educação em saúde; Vigilância epidemiológica • Conjunto de ações que proporcionam o conhecimento, a detecção ou prevenção de qualquer mudança nos fatores determinantes e condicionantes da saúde individual e coletiva, com a finalidade de recomendar e adotar as medidas de prevenção e controle das doenças e agravos. Há fatores como moradia, origem dos alimentos consumidos e outros hábitos que podem influenciar na saúde do indivíduo. - Ações: conhecer, detectar e prevenir; - Fatores: individuais e coletivos; - Finalidade: recomendar, adotar. • Tem os fatores determinantes sociais de saúde os quais a vigilância monitora. • Exemplo: Notificação compulsória de doenças – informar as autoridades casos suspeitos e confirmados de doenças. Há doenças que aumentam sua incidência segundo época do ano, clima e que precisam ser notificadas. Registra-se os contatos que a pessoa teve, locais, sintomas apresentados – importantes para planejar a intervenção e planejamento de saúde pública. Pode haver punição aos funcionários e serviços de saúde que não notificarem. • Há as fichas a ser preenchidas para notificar as doenças. Vigilância sanitária • Conjunto de ações capazesde eliminar, diminuir ou prevenir riscos à saúde e de intervir nos problemas sanitários decorrentes da produção e circulação de bens e da prestação de serviços de interesse da saúde. • É uma força-tarefa da saúde que atua fiscalizando e com poder punitivo – por estar cometendo um crime contra a saúde pública. • Todos os estabelecimentos alimentícios têm um alvará da vigilância sanitária aprovando o funcionamento. • As ações envolvem, muitas vezes, mais de um setor de saúde ou ministério – intersetorialidade. Ações: eliminar, diminuir, prevenir risco e intervir. Problemas sanitários: produção, circulação e prestação. Controle: bens de consumo e prestação de serviços. • Deve haver periodicidade na vigilância. • A população pode contatar os servidores de vigilância para denúncias. Vigilância em saúde do trabalhador • Visa a promoção da saúde e redução da morbimortalidade da população trabalhadora, por meio da integração de ações que intervenham nos agravos e seus determinantes decorrentes dos modelos de desenvolvimento e processos produtivos; • O trabalho previne algumas doenças, mas também provoca o desenvolvimento delas. Relacionadas às condições laborais e os riscos aos que os indivíduos se expõem, assim como a ocorrência de acidentes laborais. • Deve haver um ambiente de trabalho saudável. Promoção: redução e integração; Modelos: desenvolvimento e processo produtivo. • SINAN de acidentes de trabalho: sistema de informação de agravos de notificação – Ficha de investigação. • CAT – Comunicação de acidentes de trabalho: relacionado à demanda de direitos trabalhistas, fins de benefícios, INSS. Vigilância em saúde ambiental • Conjunto de ações que propiciam o conhecimento e a detecção de mudanças nos fatores determinantes e condicionantes do meio ambiente que interferem na saúde humana, com finalidade de identificar as medidas de prevenção e controle dos fatores de risco ambientais relacionados às doenças ou a outros agravos. • O meio ambiente interfere na saúde humana. A partir disso, é necessário intervir e monitorar os fatores de risco. Exemplo: poluição do ar, intoxicação por agrotóxicos, água contaminada. • Nos últimos anos as leis ambientais têm sido alteradas, o que gera desastres naturais e grandes impactos à natureza. Ações: conhecer e detectar; Fatores: meio ambiente; Finalidade: identificar, controle e prevenção. • Há várias ações de vigilância ambiental - Ações do Vigiar – vigilância em saúde de poluição do ar/atmosfera, verifica a questão da qualidade do ar; Programa Vigiagua – vigilância da qualidade de água para consumo humano, pertence ao SISAGUA. Saúde é complexo, não é só ausência de doença, ela envolve questões sociais, globais, ecossistemas, mudanças climáticas... Laboratórios de saúde pública • Laboratórios para analisar amostras coletadas pela vigilância. Vigilância & informação • A vigilância em saúde é responsável pela informação para a ação e a intervenção que reduzam riscos e promovam a saúde nos territórios, integradas às redes de atenção à saúde (hospitais, postos de saúde). • Essa função essencial do SUS tem orientado o sistema considerando os fenômenos econômicos, ambientais, sociais e biológicos que determinam o nível e a qualidade da saúde dos brasileiros. • É responsabilidade do estado realizar a regulação e fiscalização sanitária. Para tal, deve ser considerada a intersetorialidade, o território, a participação da sociedade e o direito a informações. • Encontram-se falhas nessas funções que deveriam ser exercidas pelo Estado, que acabam sendo feitas por outras instituições. • A informação da vigilância em saúde é um bem público, o qual deve ser livremente disponibilizado e de fácil acesso a toda a sociedade. A informação deve ser acessível a nível local e nacional. Para que consiga agir e prevenir antes que algum problema aconteça. • O registo de dados de interesse sanitário e de casos de morbimortalidade, pertencentes à base de dados da vigilância em saúde, apresentam variados graus de utilidade, qualidade e cobertura e representam um patrimônio social e técnico do SUS. • A vigilância e a informação estão interligadas e formam um ciclo. A vigilância gera informação, a qual vai aprimorando essa vigilância. Ações em vigilância epidemiológica Área na qual o enfermeiro atua constantemente. • Coletar dados; processar os dados coletados; analisar e interpretar esses dados; recomendar medidas de controle apropriadas segundo os dados coletados; promover as ações de controle indicadas – colocar flúor na água para diminuir doenças dentais; avaliar a eficácia e efetividade das medidas adotadas – ver o custo/benefício e se realmente tem resultados; divulgar informações pertinentes. • As competências de cada nível do sistema de saúde (municipal, estadual e federal) abarcam todo o espectro das funções de vigilância epidemiológica, porém com graus de especificidade variáveis. • As ações executivas são inerentes ao nível municipal – é obrigação do município executá-las, e seu exercício exige conhecimento analítico da situação de saúde local, mas cabe aos níveis nacional e estadual conduzir as ações de caráter estratégico e de longo alcance. SISTEMA DE INFORMAÇÃO EM SAÚDE • Complementa-se com a vigilância em saúde. • A OMS define o SIS (sistema de informação em saúde) como um mecanismo de coleta, processamento, análise e transmissão da informação necessária para se planejar, organizar, operar e avaliar os serviços de saúde. Exemplo: divulgação do aumento do número de casos de dengue, para que os municípios tomem as medidas necessárias de prevenção etc. • A transformação de um dado em informação exige, além da análise, a divulgação e recomendações para a ação. • O SIS é fundamental, pois a informação é crucial para a tomada de decisão em questões de saúde, assim como no dia a dia. • A informação deve ser entendida como um redutor de incertezas – não tem todas as respostas, um instrumento para detectar focos prioritários, auxiliando à formação de um planejamento responsável e a execução de ações que condicionem a realidade às transformações necessárias. • É um instrumento de apoio decisivo para conhecer a realidade socioeconômica, demográfica e epidemiológica, assim como para o planejamento, gestão, organização e avaliação dos vários níveis que conformam o SUS. • A informação em saúde envolve planejar, executar e avaliar, em um ciclo. O planejamento é um processo de tomada de decisão, que com base na situação atual, visa determinar providências a serem tomadas, com o objetivo de um futuro desejado. Logo, segundo a situação atual são tomadas medidas, para transformar o cenário e chegar à realidade esperada/ideal. • Dado é um valor quantitativo relativo a um fato, que não sofreu nenhum tratamento estatístico. Seria a matéria prima da produção de informação. Já a informação é o conhecimento obtido a partir desses dados, resultado da análise, combinação e interpretação desses. • Uma situação de saúde ou de doença X precisa ser avaliada. Para isso, deve-se coletar os dados, transformar em informação, interpretar essa informação, interligar a outras informações e gerar conhecimento. A partir dele, toma-se uma decisão que norteará a ação tomada referente à situação de saúde. Essas ações serão avaliadas para ver se atingiram o objetivo. A informação serve para a ação. Há várias regiões nas quais o SUS ainda não chegou. Localidades afastadas ou marginalizadas recebem ações esporádicas e específicas, mas carecem de um monitoramento contínuo e adequado. Exemplo: populações ribeirinhas, garimpeiros, comunidades de baixa renda... Coleta de dados • A qualidade da informação está diretamente ligada à adequada coleta de dados do local onde ocorreu o evento sanitário. Os responsáveis pela coleta devem ser preparados para medir a qualidade do dado obtido. A coleta de dados dependem de pessoas. • Há muitas notificações que não são preenchidas completamente – raça, idade, sexo e fatores importantes são desconhecidos. • Exemplo: nos casos de notificação de doenças transmissíveis é necessário capacitaros profissionais para o diagnóstico de casos e a realização de investigações epidemiológicas correspondentes. Tipos de dados • Os dados e informações que alimentam o sistema nacional de vigilância epidemiológica são: - Dados demográficos e ambientais; - Dados de morbidade; - Dados de mortalidade; - Notificação de surtos e epidemias; · OBS: CID 10: Cadastro Internacional de Doenças – classificação estatística internacional de doenças e também problemas relacionados com a saúde, cada doença tem um código. Sistema de informação em saúde • Deve ofertar o suporte necessário para planejamento, decisões e ações dos gestores, em todos os níveis decisórios (municipal, estadual e federal). • Constituído por vários subsistemas (SIM, SINASC, SIH...). Todos eles são encontrados/acessados por meio do DATASUS. • Há dados que não são coletados especificamente por esses sistemas, mas que também são de interesse: censo demográfico pelo IBGE, por exemplo; • Tem como objetivo facilitar a formulação e avaliação de políticas, planos e programas de saúde, subsidiando o processo de tomada de decisões. • Entre os sistemas nacionais de informação em saúde existentes, alguns que se destacam em razão de sua maior relevância para a vigilância epidemiológica: - Sistema de Informação de Mortalidade (SIM): investiga os óbitos. O instrumento é a declaração de óbito. O fluxo de informação vem: dos locais onde acontece o óbito (hospitais) a cartórios; à secretaria municipal de saúde, à secretaria estadual e ao ministério que organiza e expõe no Datasus. Serve para estudo de mortalidade e a situação epidemiológica local. - Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos (SINASC): o instrumento é a declaração de nascido vivo, que dá origem à certidão de nascimento. Fluxo igual ao SIM. Visa monitorar a saúde das crianças. - Sistema de Informações Hospitalares (SIH): informação sobre as internações no âmbito do sus. O instrumento é a IH. Seu uso verifica a morbidade hospitalar. - Sistema de Informações Ambulatoriais (SIA): o instrumento é o boletim de procedimentos. Utilizado para verificar os procedimentos, produção, gestão e custeio... - Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN): vê doenças ou acidentes; o instrumento é a ficha de notificação – é importante saber que se notifica a suspeita da doença (mesmo sem confirmação), a qual deve ser sigilosa – deve ser informado ao paciente; fluxo parecido. Acompanha a frequência de agravos e o número de epidemias. Serve para avaliar a morbimortalidade também. - Sistema de Informações do Programa Nacional de Imunizações (SI-PNI) - Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (Cnes) - Sistema de Informações sobre Orçamentos Públicos em Saúde (Siops) Todos eles são acessíveis no DATASUS! SINAN • É o mais importante sistema para a vigilância epidemiológica. Alimentado principalmente pela notificação e investigação de casos de doenças e agravos constantes da lista nacional de doenças de notificação compulsória. Notificação é a comunicação da ocorrência de determinada doença ou agravo a saúde, feita a autoridade sanitária por profissionais de saúde ou qualquer cidadão, para fins de adoção de medidas de intervenção pertinentes. • Notificar a simples suspeita da doença, mesmo sem a confirmação. • Notificação de ser sigilosa – apenas discutido com o paciente. Não pode ser divulgada fora do sigilo médico sanitário, a não ser em casos de risco para a comunidade. Deve-se respeitar o anonimato dos cidadãos. • Notificação negativa necessária – indica a ausência de casos, funciona como um indicador de eficiência do sistema de informações e que não há falhas. • Útil para calcular a incidência, prevalência, letalidade e mortalidade. Serve para analisar de acordo com as características de pessoa, tempo e lugar, particularmente no que tange às doenças transmissíveis de notificação obrigatória. • A portaria de 2017. Atualiza a lista nacional de doenças e agravos de notificação compulsória. • Há doenças de notificação imediata (máximo em até 24 horas). Ligado ao perfil individual da doença, como patogenicidade e a importância epidemiológica. Podem necessitar ações imediatas para evitar maiores contágios. • Há doenças de notificação semanal. O fluxo não precisa ser imediato. Perfil de proliferação mais lento. As semanais são doenças que tem características do seu desenvolvimento mais longo, como hanseníase, tuberculose... • A notificação compulsória é obrigatória a todos os profissionais de saúde, bem como os responsáveis por organizações e estabelecimentos públicos e particulares de saúde e de ensino. • Fluxo de informação do SINAN: Do nível local aos mais amplos. • O ideal seria que todos os níveis possuíssem acesso a rede de internet. Contudo, muitos locais ainda preenchem fichas (físicas) que depois são digitalizadas. • A transferência do município para a secretaria de saúde estadual é forma de feita semanal. Da estadual para um nível central é feita de forma quinzenal. SIM – Sistema de Informação de Mortalidade • Coleta de dados é realizada por meio da declaração de óbito, a qual deve ser preenchida pelo médico, alguns locais usam outros profissionais, como o enfermeiro, para qualificar o registro. • As informações obtidas pela declaração de óbito possibilitam delinear o perfil de morbidade de um local, no que diz respeito às doenças mais letais e às doenças crônicas não sujeitas à notificação compulsória, representando a única fonte regular de dados. • Fluxo: Toda declaração de óbito tem várias causas, a causa básica, causas intervenientes e entre outras. • Critérios para emissão de declaração de óbito de bebês: A declaração é preenchida em 3 vias. SINASC • O número de nascidos vivos é uma informação relevante para o campo de saúde pública, já que possibilita a constituição de indicadores voltados para a avaliação de riscos à saúde materno-infantil. • Instrumento padronizado de coleta de dados: Declaração de Nascido Vivo. • Benefícios: subsidiar as intervenções relacionadas à saúde da mulher e da criança para todos os níveis de complexidade do sus; ações de atenção à gestante e ao recém-nascido; acompanhar a evolução das séries históricas do SINASC permite identificar prioridades de intervenção, melhorando o sistema. • Fluxo: SIH/SUS • Reúne informações de cerca de 70% das internações realizadas no país (no SUS); • O instrumento de coleta de dados é a autorização de internação hospitalar (AIH). Contém dados de atendimento, com os diagnósticos de internamento e alta, idade e sexo, procedência do paciente, procedimentos realizados. • É importante para o conhecimento do perfil dos atendimentos na rede hospitalar. • Atendimentos privados não participam da coleta. Eles não liberam nem são obrigados a divulgar tais informações. Apenas os conveniados. SIA • Gera informações referentes ao atendimento ambulatorial para subsidiar os gestores estaduais e municipais no monitoramento dos processos de planejamento, programação, regulação, avaliação e controle dos serviços de saúde, na área ambulatorial. • Unidade de registro de informações é o procedimento ambulatorial realizado. • Informações que possibilitem o acompanhamento e a análise da evolução dos gastos referentes à assistência ambulatorial.
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