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Gestão de Riscos_ Auditoria Interna

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GESTÃO DE RISCOS 
AUDITORIA INTERNA 
 
Este trabalho foi realizado no âmbito do Módulo Gestão de Riscos e pretende-
se com ele dar uma aplicação prática aos conhecimentos adquiridos na acção 
de formação concluída no presente Módulo. O documento elaborado pretende 
auxiliar no planeamento, preparação e realização de vistorias. Foram analisadas 
as condições de higiene e segurança no trabalho (HST) e segurança contra 
incêndio (SCIE). Este documento contém as orientações consideradas 
fundamentais na avaliação das condições regulamentares (SCIE e HST) exigíveis 
mas não pretende ser completamente exaustivo no que se refere às exigências 
técnicas com elas relacionadas, atendendo à grande amplitude e diversidade 
destas questões. 
2009 / 2010 
 
FERNANDO 
GONÇALO 
HÉLIO 
SANDRO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
“Onde estão os Riscos? 
no Futuro ... que pode ser duvidoso e nos forçar a 
mudanças... 
nas Mudanças ... que podem ser inúmeras e nos 
forçam a decisões... 
nas Decisões ... que podem não ser as mais 
correctas...” 
Walter de Abreu Cybis (2003) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
AGRADECIMENTOS 
 
Embora este trabalho seja pela sua finalidade académica, um trabalho de grupo, há 
contributos de natureza diversa que não podem nem devem deixar de ser realçados. A 
conquista tem que ser dividida com todos os que contribuíram, de forma directa ou 
indirecta para a concretização e conclusão deste projecto. A todos gostaríamos de 
expressar os nossos sinceros agradecimentos: 
 
Ao Professor Ricardo Mendes, pela amizade e por tudo o que fez e ainda vai fazendo por 
nós. Por acreditar nas nossas capacidades, pelo incentivo e desafio na conquista de 
novos saberes. Acompanhou nesta especialização e sempre se mostrou disponível para 
nos apoiar; 
Ao Professor João Lopes, Professor António Conceição, Professora Cátia Menau, 
Professor Carlos Sá, Professor Hernâni Gonçalves, Professor Mateus Lima e outros que 
nos despertaram a atenção para a importância deste tema, obrigando a reflectir e a 
debruçar-me sobre o assunto. 
Ao Doutor Pedro Moreira e Doutor Rui Dias que deram sempre o seu melhor para dar 
resposta à gestão administrava e académica do curso; 
A todo o corpo discente que nos apoiaram e nos deram suporte logístico, de forma 
simpática e acolhedora. 
Aos nossos colegas, companheiros e amigos do curso, obrigada pela vossa força e 
sugestões. 
 
 
 
 
 
PREÂMBULO 
 
O presente trabalho foi desenvolvido como uma tentativa de simular uma auditoria interna, 
aplicando os conhecimentos adquiridos no presente curso de Técnico Superior de Higiene e 
Segurança no Trabalho e dar assim um contributo para a melhoria das condições de funcionamento 
da Ancorensis – Cooperativa de Ensino. 
Apresentam-se os principais problemas e desafios colocados ao novo paradigma de análise de 
desempenho de uma estrutura escolar no que concerne às condições de segurança, higiene e saúde 
no trabalho. Apenas se faz uma pequena demonstração do que pode vir a ser uma auditoria interna 
mais completa, muito importante quando se visa certificar uma escola ou simplesmente a 
implementação de um sistema de melhoria contínua. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
INTRODUÇÃO 
 
A ciência e a engenharia partilham, entre outros, um atributo comum: a propensão para a previsão, 
no que respeita o comportamento da natureza (ciência) ou de obras ou produtos tecnológicos 
(engenharia). Não obstante as realizações da tecnologia e da engenharia nos surpreenderem pela 
precisão e arrojo e pelos efeitos na qualidade da vida humana, a Sociedade está ciente (e receosa) da 
importância das incertezas e dos riscos associados a tais realizações, nomeadamente dos respectivos 
insucessos e acidentes. 
Diversos factores justificam a crescente importância que o conceito “risco” tem na sociedade actual, 
o qual parece justificar a designação sociológica de “Sociedade de Risco” (U. Beck). Neste contexto, a 
engenharia civil, pela sua intervenção na alteração de condições naturais para finalidades ou 
utilizações humanas, sujeita-se a uma intensa exposição e escrutínio. Os riscos associados à 
engenharia civil podem resultar tanto de eventos considerados naturais (cheias, sismos, ventos...) 
como de causas estritamente tecnológicas e humanas decorrentes de erros de previsão ou de 
execução e, fundamentalmente, de incertezas e limitações epistemológicas ou aleatórias 
(comportamentos não previstos ou desejados, acidentes, avarias ou patologias, disrupções ou 
disfunções, impactes ambientais...). 
Atendendo à dimensão social da maioria das intervenções da engenharia civil, os aspectos da 
segurança são critérios muito relevantes e têm exigido uma redobrada atenção. Contudo, a 
multiplicidade de exigências e de responsabilidades exigidas pela Sociedade, a finitude do 
conhecimento e dos recursos e a constatação de que o risco residual não é, em geral, nulo levam a 
encarar o processo da respectiva gestão como um novo paradigma complementar ao paradigma 
normal da engenharia de projecto e construção. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
OBJECTIVOS GERAIS 
 
Sensibilizar para a necessidade de conhecer e implementar procedimentos/competências que a 
Ancorensis – Cooperativa de Ensino promove com a realização de acções de formação na área de 
SHST. 
Demonstrar o não cumprimento da legislação, regulamentação, normas e regras técnicas em vigor 
relativas à segurança, higiene e saúde no trabalho por parte da Ancorensis – Cooperativa de Ensino. 
Propor a incrementação de condições de segurança, higiene e saúde no trabalho como factor 
decisivo na valorização pessoal e profissional dos recursos humanos da Ancorensis – Cooperativa de 
Ensino. 
Simular o desenvolvimento de um sistema de segurança, higiene e saúde para a Ancorensis – 
Cooperativa de Ensino, através da concretização de boas práticas e asim constitua uma referência na 
área da segurança e saúde no trabalho. 
Contribuir para o desenvolvimento da área de segurança e saúde no trabalho pelos agentes 
económicos e sociais do concelho. 
 
OBJECTIVOS ESPECÍFICOS 
 
Conhecimento real e pormenorizado das condições de segurança do estabelecimento escolar; 
Proposta de correcção de algumas situações disfuncionais detectadas; 
Maximização das possibilidades de resposta de 1ª intervenção; 
Redimensionamento do plano de evacuação das instalações escolares; 
Proposta de um plano de actuação; 
Elaboração de uma avaliação de riscos de um local de trabalho; 
Estudo ergonómico de um posto de trabalho. 
 
 
 
 
 
ÂMBITO 
 
A estrutura metodológica interdisciplinar designada por gestão do risco foi sendo consolidada em 
diversas áreas da actividade humana ao longo da segunda metade do séc. XX. A Segurança, Higiene e 
Saúde no Trabalho (SHST) apresenta múltiplas áreas onde a gestão do risco é aplicável, 
nomeadamente no planeamento, projecto, construção e exploração de sistemas, como base de 
sustentação de decisões. 
Existem contudo, algumas dificuldades que ainda dificultam a aceitação e o desenvolvimento da 
gestão do risco na SHST, nomeadamente em Portugal, conforme é referido a seguir. Contudo, existe 
um largo potencial de aplicabilidade e prevê-se, que num futuro próximo, a situação seja diferente 
da actual. Poder-se-á mesmo dizer que a força da realidade contextual vai, progressivamente, 
alterando procedimentos ou metodologias e, de uma forma informal, a gestão do risco vai sendo 
introduzida nas práticas da SHST. 
Sabendo que as organizações estão cada vez mais preocupadas em alcançar e evidenciar um sólido 
desempenho em matéria de SHST através do controlo dos respectivos riscos, consistente com uma 
política e objectivos da SHST. As organizações fazem-no num contexto de exigências legais cada vez 
mais restritivas, de desenvolvimento de políticas económicas e de outras medidas indutorasde boas 
práticas de SHST e da crescente preocupação expressa pelas partes interessadas nas questões da 
SHST. 
A maioria das organizações realiza “diagnósticos” ou “auditorias” para cumprir requisitos legais, 
entregando-se a um “outsourcing” ou “serviços externos”, que consiste numa visita anual ao 
estabelecimento em causa e resulta na venda de equipamentos ou outros serviços adicionais. O 
resultado é um conjunto desproporcionado de medidas avulsas sem consequência ou eficácia. 
Deve partir da gestão de topo a definição da política em termos de SHST, que para ser eficaz têm de 
ser enquadrada num sistema de gestão estruturado e integrado na organização. Ao desenvolver uma 
política da SHST estruturada, permite à instituição estabelecer objectivos e processos para atingir 
uma melhoria real e destacar-se das restantes instituições pela positiva. 
O presente trabalho pretende fornecer à escola elementos de um sistema de gestão de SHST eficaz 
que possa ser integrado com outros requisitos de gestão e auxiliar a instituição a alcançar objectivos 
da SHST, Qualidade e económicos. Não se pretende aqui estabelecer requisitos absolutos para o 
desempenho da SHST, para além do compromisso de contributo destes alunos expresso no 
PREÂMBULO deste trabalho. 
 
 
 
 
 
AUDITORIAS EM SEGURANÇA HIGIENE E SAÚDE NO TRABALHO 
As auditorias tiveram a sua origem na área contabilística tendo vindo o seu âmbito nas empresas a 
ser alargado, ao longo do tempo, a áreas como a produção, a qualidade, as vendas, ambiente e mais 
recentemente, a SEGURANÇA. 
O que motiva a decisão de fazer uma auditoria? 
Razões para uma auditoria 
• Razões legais: quando a sua realização é exigida por um regulamento de cumprimento obrigatório; 
• Económicas ou estruturais: quando se tem como objectivo principal a melhoria dos sistemas 
operativos e da sua rentabilidade económica; 
• Sociais: quando o objectivo é fornecer uma informação independente aos empregados, a 
habitantes da área circundante, associações de consumidores, ecologistas e outros. 
As auditorias são um instrumento empresarial eficaz para a melhoria das actividades, sendo este o 
seu aspecto mais importante em detrimento da sua acção de fiscalização e sanção. 
O seu principal objectivo é verificar o grau de cumprimento das exigências de um determinado plano 
de acção ou padrão definido, ou seja, a obtenção de uma melhoria das condições existentes a partir 
da correcção das anomalias detectadas. 
A auditoria é uma poderosa ferramenta de apoio à tomada de decisões na empresa; 
A auditoria deve ter um cariz pedagógico, propondo medidas a implementar e/ou possíveis soluções 
para os problemas detectados; 
Deve ser realizada por um órgão independente do sistema que vai ser auditado; 
Deve caracterizar-se pela máxima objectividade e imparcialidade nas observações e nas avaliações 
efectuadas pelos auditores; 
A auditoria deve analisar todos os componentes do sistema que sejam relevantes para o objectivo da 
auditoria, utilizando sistemas de valoração quantitativos e qualitativos; 
Deve ser executada e concluída no menor tempo possível para que os resultados não percam a 
validade, por alterações das condições do sistema. Embora o período de tempo tenha de ser razoável 
para permitir a percepção da situação existente. 
Os dados resultantes da auditoria devem ser verdadeiros e retratar fielmente a realidade dos 
elementos analisados, devendo o relatório final transmitir de uma forma precisa e clara toda a 
informação; 
A informação manuseada e o conteúdo e resultados da auditoria têm carácter de absoluta 
confidencialidade e só poderão ter acesso a eles os representantes legítimos da empresa que a 
solicitou. 
 
TEMÁTICAS A AUDITAR 
 
Será dada uma análise mais cuidada aos seguintes temas: 
Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho (SHST) 
 Obrigações gerais do empregador 
 Requisitos mínimos de segurança e regras de utilização dos equipamentos de trabalho 
 Equipamentos de trabalho com riscos específicos 
 Verificação dos equipamentos de trabalho e resultado da mesma 
 
 
Segurança Contra Incêndios em Edifícios (SCIE) 
 Condições exteriores comuns 
 Condições Gerais de Comportamento ao Fogo, Isolamento e Protecção 
 Condições gerais de evacuação 
 Condições gerais das instalações técnicas 
 Condições gerais dos equipamentos e sistemas de segurança 
 Condições gerais de autoprotecção 
 Condições específicas das utilizações-tipo 
 
Análise Ergonómica de Postos de Trabalho - Metodologia FIOH 
 Local de trabalho 
 Actividade física geral 
 Tarefas de elevação 
 Posturas e movimentos 
 Risco de acidente 
 Conteúdo do trabalho 
 Restritividade do trabalho 
 Comunicação/contactos pessoais entre trabalhadores 
 Tomada de decisões 
 Repetitividade do trabalho 
 Nível de atenção requerido 
 Iluminação 
 Ambiente térmico 
 Ruído 
 
Método de Avaliação - Metodologia NIOSH 
 FDH (factor de distância horizontal) 
 FAV (factor de altura vertical) 
 FDVP (factor de distância vertical percorrida) 
 FRLT (factor de rotação lateral do tronco) 
 FM (factor de frequência de levantamento) 
 FQP (factor de qualidade da pega 
 
Avaliação de riscos (Método das probabilidades/consequências e Método William Fine) 
 Perigo, Risco e Consequência 
 Deficiência, Exposição, Consequência e Probabilidade 
 Nível e Magnitude do Risco 
 Nível de intervenção e medidas correctivas/preventivas 
 
 
 
 
 
TERMOS E DEFINIÇÕES 
 
Para o presente trabalho aplicam-se os seguintes termos e definições: 
Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho (SHST) 
Trabalhador 
Pessoa a pessoa singular que, mediante retribuição, se obriga a prestar um serviço a um empregador 
e, bem assim, o tirocinante, o estagiário e o aprendiz que estejam na dependência económica do 
empregador em razão dos meios de trabalho e do resultado da sua actividade. 
Trabalhador Independente 
Pessoa singular que exerce uma actividade por conta própria. 
 
Representante dos Trabalhadores 
Pessoa eleita nos termos definidos na lei para exercer funções de representação dos trabalhadores 
nos domínios da segurança, higiene e saúde no trabalho. 
 
Empregador ou Entidade Empregadora 
Pessoa singular ou colectiva com um ou mais trabalhadores ao seu serviço e responsável pela 
empresa ou pelo estabelecimento. 
 
Local de Trabalho 
Todo o lugar em que o trabalhador se encontra, ou donde ou para onde deve dirigir-se em virtude do 
seu trabalho, e em que esteja, directa ou indirectamente, sujeito ao controlo do empregador. 
 
Componentes Materiais do Trabalho 
 Os locais de trabalho; 
 O ambiente de trabalho; 
 As ferramentas; 
 As máquinas e materiais; 
 As substâncias e agentes químicos, físicos e biológicos; 
 Os processos de trabalho e a organização do trabalho. 
 
Perigo 
Propriedade ou capacidade intrínseca dos materiais, equipamentos, métodos e práticas de trabalho, 
potencialmente causadora de danos. 
A situação de perigo diz respeito a uma condição estática de algo com potencial para causar dano, 
por ex. substâncias e produtos, máquinas, métodos e processos de trabalho, a organização do 
trabalho... 
 
Identificar os perigos é identificar: 
 Substâncias perigosas; 
 Máquinas perigosas; 
 Métodos de trabalho perigosos; 
 Etc... 
E equacionar medidas de PREVENÇÃO 
Risco 
Probabilidade do potencial dano ser atingido nas condições de uso e/ou exposição de um 
trabalhador. 
 
Prevenção 
O conjunto de políticas e programas públicos, bem como disposições ou medidas tomadas ou 
previstas no licenciamento e em todas as fases de actividade da empresa, do estabelecimento ou do 
serviço, que bem visem eliminar ou diminuir os riscos profissionais a que estão potencialmente 
expostos os trabalhadores. 
 
Avaliação do risco 
1. A avaliação de riscos consiste em determinar a probabilidade da ocorrência (acontecimento 
perigoso) de determinado acontecimentoe quantificar as consequências da sua realização. 
2. Processo de Estimativa da amplitude do risco, relacionado com determinado evento, e 
determinação da sua probabilidade. 
 
Perigo / Risco 
Para que possa falar-se de uma situação de risco é necessário considerar a exposição de uma ou mais 
pessoas ao perigo. 
O perigo, por si só não resulta em acidente 
 
 
Evento detonador 
O evento detonador é o conjunto de circunstâncias que faz despoletar o acidente. 
 
Acontecimento perigoso 
Evento relacionado com o trabalho que, sendo facilmente reconhecido, possa constituir risco de 
acidente, doença, para os trabalhadores ou para a população em geral. 
 
Risco aceitável 
Risco que foi reduzido a um nível que pode ser tolerado pela instituição tomando em atenção as suas 
obrigações legais e a própria política da SHST. 
 
Auditoria 
Processo sistemático independente e documentado para obter evidências de auditoria e respectiva 
de avaliação objectiva com vista a determinar em que medida os critérios da auditoria são satisfeitos. 
 
Melhoria contínua 
Processo recorrente para aperfeiçoamento do sistema de gestão de SHST de forma a atingir 
melhorias no desempenho global da SHST, de acordo com a respectiva política da SHST da 
instituição. 
 
 
Acção preventiva 
Acção para eliminar a causa de uma potencial não conformidade ou de uma potencial situação 
indesejável. 
 
Acção correctiva 
Acção destinada a eliminar uma não conformidade detectada ou de outra situação indesejável 
 
Controlo do risco 
Controlar os riscos significa intervir sobre eles, obtendo a minimização dos seus efeitos até a um 
nível aceitável. 
A eficácia do controlo depende, assim, em larga medida de tal acção incidir na fonte da sua génese e 
se direccionar no sentido da adaptação do trabalho ao homem. 
 
Risco aceitável 
Risco que foi reduzido a um nível que pode ser tolerado pela instituição tomando em atenção as suas 
obrigações legais e a própria política da SHST. 
 
Incidente 
Evento que afecte o trabalhador, no decurso do trabalho ou com ele relacionado, de que não 
resultem lesões corporais. 
 
Quase acidente 
Caso a situação também não produza danos materiais. 
 
Acidente 
Acontecimento não planeado e não controlado, que ocorre de forma súbita e inesperada produzindo 
efeitos indesejados em termos pessoais, danos no património, no ambiente ou uma combinação 
destes. 
 
Acidente de trabalho 
O que se verifica no local e tempo de trabalho, e produza directa ou indirectamente, lesão corporal, 
perturbação funcional ou doença de que resulte redução na capacidade de trabalho ou de ganho ou 
morte. 
Tempo de trabalho além do período normal de trabalho, o que precede o seu início, em actos de 
preparação ou com ele relacionados, e o que se lhe segue, em actos também com ele relacionados, e 
ainda as interrupções normais ou forçosas de trabalho. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Segurança Contra Incêndios em Edifícios (SCIE) 
Altura da utilização-tipo 
A diferença de cota entre o plano de referência e o pavimento do último piso acima do solo, 
susceptível de ocupação por essa utilização-tipo; 
 
Área bruta de um piso ou fracção 
 A superfície total de um dado piso ou fracção, delimitada pelo perímetro exterior das paredes 
exteriores e pelo eixo das paredes interiores separadoras dessa fracção, relativamente às restantes; 
 
Área útil de um piso ou fracção 
A soma da área útil de todos os compartimentos interiores de um dado piso ou fracção, excluindo-se 
vestíbulos, circulações interiores, escadas e rampas comuns, instalações sanitárias, roupeiros, 
arrumos, armários nas paredes e outros compartimentos de função similar, e mede-se pelo 
perímetro interior das paredes que delimitam aqueles compartimentos, descontando encalços até 30 
cm, paredes interiores, divisórias e condutas; 
 
Carga de incêndio 
A quantidade de calor susceptível de ser libertada pela combustão completa da totalidade de 
elementos contidos num espaço, incluindo o revestimento das paredes, divisórias, pavimentos e 
tectos; 
 
Categorias de risco 
A classificação em quatro níveis de risco de incêndio de qualquer utilização-piso de um edifício e 
recinto, atendendo a diversos factores de risco, como a sua altura, o efectivo, o efectivo em locais de 
risco, a carga de incêndio e a existência de pisos abaixo do plano de referência; 
 
Densidade de carga de incêndio 
A carga de incêndio por unidade de área útil de um dado espaço ou, para o caso de armazenamento, 
por unidade de volume; 
 
Densidade de carga de incêndio modificada 
A densidade de carga de incêndio afectada de coeficientes referentes ao grau de perigosidade e ao 
índice de activação dos combustíveis; 
 
Edifício 
Toda e qualquer edificação destinada à utilização humana que disponha, na totalidade ou em parte, 
de um espaço interior utilizável; 
 
 
 
Efectivo 
O número máximo estimado de pessoas que pode ocupar em simultâneo um dado espaço de um 
edifício ou recinto; 
 
Efectivo de público 
O número máximo estimado de pessoas que pode ocupar em simultâneo um edifício ou recinto que 
recebe público, excluindo o número de funcionários e quaisquer outras pessoas afectas ao seu 
funcionamento; 
 
Espaços 
As áreas interiores e exteriores dos edifícios ou recintos; 
 
Local de risco 
A classificação de qualquer área de um edifício ou recinto, em função da natureza do risco de 
incêndio, com excepção dos espaços interiores de cada fogo e das vias horizontais e verticais de 
evacuação; 
 
Plano de referência 
O plano de nível, à cota de pavimento do acesso destinado às viaturas de socorro, medida na 
perpendicular a um vão de saída directa para o exterior do edifício; 
 
Recintos 
Os espaços delimitados ao ar livre destinados a diversos usos, desde os estacionamentos, aos 
estabelecimentos que recebem público, aos industriais, oficinas e armazéns, podendo dispor de 
construções de carácter permanente, temporário ou itinerante; 
 
Utilização-tipo 
A classificação do uso dominante de qualquer edifício ou recinto, incluindo os estacionamentos, os 
diversos tipos de estabelecimentos que recebem público, os industriais, oficinas e armazéns. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Análise Ergonómica de Postos de Trabalho - Metodologia FIOH 
Área de trabalho horizontal 
Todos os materiais, ferramentas e equipamentos devem estar situados na superfície de trabalho do 
seguinte modo: 
 
Os dispositivos de controlo devem estar situados dentro da zona de alcance normal do operador que 
é, aproximadamente, 65 cm para os homens e 58 cm para as mulheres, medida a partir dos ombros. 
 
Altura do plano de trabalho 
Altura dos cotovelos = distância do cotovelo ao solo com o braço numa posição descontraída. 
 
 
Se o trabalho contiver tarefas com diferentes níveis de exigência (como, por exemplo, manutenção 
ou diferentes tarefas combinadas) a altura do plano de trabalho será determinada pela tarefa mais 
exigente. 
 
 
Distância de visão 
A distância de visão deve ser proporcional às dimensões do objecto de trabalho: um objecto 
pequeno requer uma menor distância de visão e uma superfície de trabalho. Objectos que são 
continuadamente comparados a uma distância de próxima (menos de 1 m) devem estar situados à 
mesma distância dos olhos do observador. 
 
 
 
Espaço para as pernas 
 
Espaço para as 
pernas
 
 
Ferramentas manuais 
As dimensões, a forma, o peso e atextura superficial de uma ferramenta manual devem permitir uma 
boa pega e facilidade de utilização. A utilização de uma ferramenta manual não deve exigir força 
excessiva. Os níveis sonoros e das vibrações devem ser o mais baixo possível. 
 
Outros equipamentos 
Incluem-se aqui, por exemplo, instalações componentes, dispositivos de protecção individual, 
controlos e dispositivos de elevação e movimentação que devem ser analisadas de acordo com a sua 
utilização. 
 
 
Actividadefísica geral 
A “actividade física em geral” é determinada de acordo com o nível de actividade física exigido pelo 
trabalho, pelos métodos e pelos equipamentos utilizados. Essas exigências podem ser óptimas, mas 
podem também ser demasiadamente grandes ou excessivamente pequenas. A qualidade é 
determinada em função da capacidade de que o trabalhador dispõe para regular a sua carga de 
trabalho ou em medida em que a sua cadência de trabalho é regulada pelo método de produção ou 
pelas condições em que o trabalho é realizado. 
 
 
Tarefas de elevação - É a subida ou descida de objectos realizas manualmente. 
A tensão causada pela elevação é avaliada a partir do peso do objecto, da distância horizontal entre a 
carga e o corpo durante a elevação e altura a que é iniciada a elevação, isto é, o trabalhador utiliza 
ambas as mãos para obter um controlo do objecto directamente em frente do corpo (no plano 
sagital) sobre o pavimento com boa aderência ao calçado. Há um agravamento das condições de 
elevação quando se faz elevações acima da altura dos ombros, ou se a elevação for realizada várias 
vezes por minuto 
 
 
 
 
 
 
Posturas e movimentos 
As posturas referem-se à posição do pescoço e ombros, braços (cotovelo-pulso), tronco, ancas e 
pernas durante o trabalho. 
 
Conteúdo do trabalho 
O conteúdo de trabalho é determinado pelo número e qualidade das tarefas individuais que são 
inerentes ao posto de trabalho. 
 
Restritividade do trabalho 
No trabalho com restrições, as condições de desempenho limitam a liberdade do trabalhador se 
move e de escolher como e quando realizar o trabalho. 
 
Comunicação e contactos pessoais entre os trabalhadores 
Quando é referido este conceito é feito relativamente às oportunidades do trabalhador comunicar 
com os superiores ou outros companheiros de trabalho. 
 
Tomada de decisões 
A dificuldade em tomar decisões é influenciada pela adequação (qualidade, relevância) da 
informação disponível e pelo risco envolvido nessas decisões. 
 
Repetitividade do trabalho 
A repetividade do trabalho é determinada pela duração média do ciclo de trabalho. Este item só é 
aplicável nos postos de trabalho com características repetitivas, isto é, em que uma dada tarefa ou 
operação é repetida continuamente aproximadamente do mesmo modo. Este tipo de trabalho 
acontece tipicamente na produção em grande série ou, por exemplo, em tarefas de embalagem. 
 
Nível de atenção requerido 
O nível de atenção requerido pode ser definido como o grau de atenção e à proporção do tempo que 
o trabalhador tem que estar atento ao seu trabalho, aos instrumentos, máquinas, mostradores, 
controlos, processos, etc. a exigência de atenção é avaliada a partir da relação entre a duração do 
período de observação e o grau de atenção necessário. 
 
 
Iluminação 
As condições de iluminação de um posto de trabalho são avaliadas de acordo com o tipo de trabalho. 
Para tarefas que requerem acuidade visual normal, mede-se a iluminância e avalia-se o grau de 
encadeamento/ofuscamento apenas por observação. Para tarefas que requerem elevada acuidade 
visual, deve ser medida a iluminância dos objectos situados no campo visual e nas suas imediações. 
 
Ambiente térmico 
Os factores térmicos são avaliados para um posto de trabalho, ou neste caso para uma mesa da sala 
de aula, escolhido aleatoriamente mas definido em anexo. Se no local de trabalho houver raiação 
térmica ou a temperatura do ar exceder constantemente 28º C, a classificação do posto de trabalho 
é feita com base no índice WBGT (ISSO 7243). O risco de sobrecarga causada pelas condições 
térmicas depende dos efeitos combinados da temperatura, humidade e velocidade do ar, da 
radiação térmica, da carga de trabalho e do vestuário utilizado. 
 
 
Ruído 
A classificação do ruído é avaliada de acordo com o tipo de trabalho realizado; 
Admite-se que há risco para a audição se o nível sonoro for superior a 80 dB(A). Nesse caso, 
recomenda-se a utilização de protecção auditiva. 
Se “o trabalho requer comunicação verbal”, as pessoas necessitam de falar umas com as outras para 
executar o seu trabalho. 
Se “o trabalho requer concentração”, o trabalhador precisa continuamente de racionar, utilizar a 
memória, ponderar alternativas e tomar decisões. 
 
A análise ergonómica de postos de trabalho, seguindo esta metodologia (Método FIOH), define e 
avalia as condições de trabalho nos locais de trabalho. Uma avaliação geral pode conduzir a análises 
mais profundas ou À correcção de condições de trabalho não satisfatórias. Este método foi criado 
para dar resposta à necessidade de estreitar a colaboração entre projectistas de postos de trabalho e 
os profissionais de saúde ocupacional. O método fornece uma descrição do trabalho e do local de 
trabalho, permite obter a comparação de condições de trabalho, conduz à acção correctiva e fornece 
um indicador da qualidade do trabalho e do local de trabalho. 
 
 
 
 
Método de Avaliação - Metodologia NIOSH 
NIOSH 
Em 1981, foi desenvolvido um método para avaliar o manejo de cargas no trabalho, pelo Institute for 
Occupational Safety and Health (NIOSH), com o objetivo de criar uma ferramenta capaz de identificar 
os riscos de lombalgias associados à carga física a que se encontra submetido o trabalhador, e 
recomendar um limite de peso adequado para cada tarefa em questão. 
Na última revisão em 1994, a equação de NIOSH para o levantamento de cargas determina o limite 
de peso recomendado (LPR) e o índice de levantamento considerando-se seis fatores: 
 FDH (factor de distância horizontal); 
 FAV (factor de altura vertical); 
 FDVP (factor de distância vertical percorrida); 
 FRLT (factor de rotação lateral do tronco); 
 FM (factor de frequência de levantamento); 
 FQP (factor de qualidade da pega). 
 
Posição Standard 
 Distância vertical percorrida com a carga: < 25cm 
 Distância horizontal à carga: < 25cm 
 Altura da carga: 70 a 80cm do chão 
 Assimetria: 0º e Pega Boa 
 Estabelecimento da Constante de Peso = 23kg 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Avaliação de riscos (Método das probabilidades/consequências e Método William Fine) 
 
Risco profissional “tradicional” 
 Natureza: Associado aos componentes materiais do trabalho: risco objectivo 
 Características - Relação causa/efeito determinística; Mensuráveis; Caracterização risco a risco (risco tipo) 
Visão correctiva e parcelada. 
 
Risco profissional “hoje” 
 Natureza - De agressão directa à integridade física; De hipersolicitação; De agressão à dignidade 
 Características - Conhecidos e mensuráveis; Conhecidos e dificilmente mensuráveis; Mal conhecidos; 
Fontes diversificadas, interacções inesperadas, magnitude considerável... 
 
 
Avaliação dos riscos 
Processo de avaliar o risco para a saúde e segurança dos trabalhadores no trabalho decorrente das 
circunstâncias em que o perigo ocorre no local de trabalho. 
Este processo deve ser dinâmico e cobrir o conjunto das actividades da empresa, envolver todos os 
sectores e todos os domínios da actividade produtiva e acompanhar os seus momentos 
determinantes. 
Exame sistemático de todos os aspectos do trabalho, com o objectivo de identificar causas prováveis 
de lesões ou danos e determinar de que forma tais causas podem ser controladas a fim de eliminar 
ou reduzir os riscos. Compreende, pelo menos, três fases: 
1) Identificação dos perigos 
2) Identificação das categorias de trabalhadores 
3) Avaliação dos riscos, tanto em termos qualitativos como quantitativos 
 
 
Princípios gerais – Avaliação de riscos 
 Não é um fim em si mesma; 
 Serve para planificar a prevenção e estabelecer prioridades; 
 Incumbe ao empregador definir que avaliação utilizar; 
 O recurso a serviços externos não desobriga o empregador da decisão final; 
 É um processo do colectivo de trabalho; 
 Envolve a participação dos trabalhadores; Não é efémera; 
 
É actualizada periodicamente e é um processo dinâmico (mudanças nas condições de trabalho, 
desenvolvimento da investigação científica …); 
 
 
Quando deve ser feita uma Avaliação de riscos 
 Projecto 
 Introdução de novos equipamentos ou alteração dos exitentes 
 Introdução de novas tecnologias 
 Alteração das condições de trabalho 
 Alterações nos produtos químicos utilizados, no “Layout”, etc. 
 Alteração funcional 
 Introdução de novos produtos 
 Incremento de novos métodos de trabalho 
 Implementação de novos processos ou alteração dos ritmos de trabalho 
 Integração de um trabalhador cujas características pessoais o tornem especialmente sensível 
às condições desse posto. 
 
Tipos de avaliação de risco 
 As avaliações de risco podem ser agrupadas em três grandes tipos: 
 Avaliações de risco impostas por legislação específica; 
 Avaliações de risco para as quais não existe legislação específica, mas existem normas 
internacionais, europeias, nacionais ou guias de organismos oficiais ou outras entidades de 
reconhecido prestígio; 
 Avaliação geral de riscos. 
 
Método probabilidade e consequências 
Este método permite quantificar a amplitude dos riscos e hierarquizar as prioridades de intervenção. 
O ponto de partida é a detecção das não conformidades detectadas nos locais de trabalho para, em 
seguida, se proceder à estimativa da probabilidade de ocorrer um acidente e, face à magnitude, 
avaliar o risco associado a cada uma das consequências. 
 
Método William Fine 
Baseado no método probabilístico, permite calcular a gravidade relativa e a perigosidade de cada 
risco através de uma fórmula que, ponderando diversos factores da inspecção dos riscos, calcula o 
grau de perigosidade de um risco estabelecendo as “grandezas do risco” que irão determinar a 
urgência das acções preventivas. 
 
 
 
 
 
 
Auditoria - Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho (SHST) 
REGIME JURÍDICO DA PROMOÇÃO DA SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO 
Objecto 
O trabalho desenvolvido analisa a adequação da escola à lei que regulamenta o regime jurídico da 
promoção e prevenção da segurança e da saúde no trabalho (Lei n.º 102_2009 - Regime jurídico da 
promoção da segurança e saúde no trabalho), de acordo com o previsto no artigo 284.º do Código do 
Trabalho, no que respeita à prevenção. 
Âmbito 
O Regime jurídico da promoção da segurança e saúde no trabalho aplica -se: 
a) A todos os ramos de actividade, nos sectores privado ou cooperativo e social; 
b) Ao trabalhador por conta de outrem e respectivo empregador, incluindo as pessoas colectivas de 
direito privado sem fins lucrativos; 
c) Ao trabalhador independente. 
Princípios gerais 
O trabalhador tem direito à prestação de trabalho em condições que respeitem a sua segurança e a 
sua saúde, asseguradas pelo empregador ou, nas situações identificadas na lei, pela pessoa, 
individual ou colectiva, que detenha a gestão das instalações em que a actividade é desenvolvida. 
Deve assegurar-se que o desenvolvimento económico promove a humanização do trabalho em 
condições de segurança e de saúde. 
A prevenção dos riscos profissionais deve assentar numa correcta e permanente avaliação de riscos e 
ser desenvolvida segundo princípios, políticas, normas e programas (definidos pela gestão de topo) 
que visem, nomeadamente: 
a) A concepção e a implementação da estratégia da escola para a segurança e saúde no trabalho; 
b) A definição das condições técnicas a que devem obedecer a concepção, a fabricação, a 
importação, a venda, a cedência, a instalação, a organização, a utilização e a transformação das 
componentes materiais do trabalho em função da natureza e do grau dos riscos, assim como as 
obrigações das pessoas por tal responsáveis; 
c) A determinação das substâncias, agentes ou processos que devam ser proibidos, limitados ou 
sujeitos a autorização ou a controlo da autoridade competente, bem como a definição de valores 
limite de exposição do trabalhador a agentes químicos, físicos e biológicos e das normas técnicas 
para a amostragem, medição e avaliação de resultados; 
d) A promoção e a vigilância da saúde do trabalhador; 
e) O incremento da investigação técnica e científica aplicadas no domínio da segurança e da saúde no 
trabalho, em particular no que se refere à emergência de novos factores de risco; 
f) A educação, a formação e a informação para a promoção da melhoria da segurança e saúde no 
trabalho; 
g) A sensibilização da população escolar (Pessoal docente, discente, administrativo e operacional), de 
forma a criar uma verdadeira cultura de prevenção; 
h) A eficiência de um sistema integrado de auto-inspecção do cumprimento da legislação relativa à 
segurança e à saúde no trabalho. 
O desenvolvimento de políticas e programas bem como a aplicação de medidas a que se refere o 
número anterior devem ser apoiados por uma coordenação dos meios disponíveis, pela avaliação 
dos resultados quanto à diminuição dos riscos profissionais e dos danos para a saúde do trabalhador 
e pela mobilização dos agentes de que depende a sua execução, particularmente o empregador, o 
trabalhador e os seus representantes. Está tudo definido no último Plano de Prevenção, falta no 
entanto a sua aplicação de forma pró-activa, constante e eficaz. 
Sistema integrado de prevenção de riscos profissionais 
1 — O sistema de prevenção de riscos profissionais deve visar a efectivação do direito à segurança e 
à saúde no trabalho, por via da salvaguarda da coerência das medidas e da ineficácia de intervenção 
da entidade Ancorensis que exerce, neste âmbito, competências nas áreas da investigação, 
formação, informação, consulta e participação. Isto ao contrário do que vem preconizado no espírito 
da lei. 
2 — Nos domínios da segurança e da saúde no trabalho deve ser desenvolvida a cooperação entre os 
serviços de SHST, empregador e os representantes dos trabalhadores. No entanto verificou-se que 
existe algum trabalho feito por alguma empresa, em regime de outsourcing, e por alguns 
trabalhadores de forma avulsa, pontual e sem critério. 
Definição de políticas, coordenação e avaliação de resultados 
As medidas de política adoptadas e a avaliação dos resultados não são aplicados, com uma acção 
inspectiva desenvolvida em matéria de segurança e de saúde no trabalho desorganizada, não existe 
disponível informação estatística sobre acidentes de trabalho e doenças profissionais que, deveria 
ser objecto de publicação anual e de adequada divulgação. Teria que ser revisto o plano existente, de 
modo construtivo e sustentado. Teria que ser implementado um novo sistema de gestão de SHST, 
com outros critérios mais exigentes e combatendo o desperdício. 
A informação estatística deve permitir a caracterização dos acidentes e das doenças profissionais de 
modo a contribuir para os estudos epidemiológicos, possibilitar a adopção de metodologias e 
critérios apropriados à concepção de programas e medidas de prevenção de âmbito nacional e 
sectorial e ao controlo periódico dos resultados obtidos. Existe uma grande lacuna no capítulo da 
informação sobre acidentes, cumpre-se os mínimos requisitos legais não havendo possibilidade de 
tratamento estatístico nem controlo periódico dos resultados ou estudos. 
Consulta e participação 
Na promoção e na avaliação, a nível da instituição, das medidas de políticas no domínio da segurança 
e da saúde no trabalho deve ser assegurada a consulta e a participação da entidade empregadora, 
trabalhadores e dos alunos. Como apenas existe um Plano de Prevenção (elaborado por uma 
entidade externa) e nunca foi actualizado, pode-se concluir que tal participação nunca existiu. 
Fiscalização e inquéritos 
Os representantes dos trabalhadores podem (devem) apresentar as suas observações ao organismo 
com competência inspectiva do ministério responsável pela área laboral ou a outra autoridade 
competente, por ocasião de visita ou fiscalizaçãoao estabelecimento. Os representantes dos 
trabalhadores podem (devem), ainda, solicitar a intervenção do organismo com competência 
inspectiva do ministério responsável pela área laboral sempre que verifiquem que as medidas 
adoptadas e os meios fornecidos pelo empregador são insuficientes para assegurar a segurança e 
saúde no trabalho. 
Obrigações gerais do empregador 
1 — O empregador deve assegurar ao trabalhador condições de segurança e de saúde em todos os 
aspectos do seu trabalho. 
2 — O empregador deve zelar, de forma continuada e permanente, pelo exercício da actividade em 
condições de segurança e de saúde para o trabalhador, tendo em conta os seguintes princípios gerais 
de prevenção: 
a) Identificação dos riscos previsíveis (só estão contemplados dois riscos no plano actual) em todas as 
actividades da escola na concepção ou construção de instalações, de locais e processos de trabalho, 
assim como na selecção de equipamentos, substâncias e produtos, com vista à eliminação dos 
mesmos ou, quando esta seja inviável, à redução dos seus efeitos. Foram identificados alguns riscos 
(incêndio e fuga de gás /explosão) o que nos parece bastante escasso como se demonstra em 
capítulo posterior, existem alguns materiais de construção desadequados e equipamentos com 
inconformidades graves (ex.: rodapé em madeira e lâmpadas fluorescentes sem grelha); 
b) Integração da avaliação dos riscos para a segurança e a saúde do trabalhador no conjunto das 
actividades do estabelecimento, devendo adoptar as medidas adequadas de protecção. Apenas foi 
feita a identificação de riscos e adoptadas algumas medidas de forma a cumprir os requisitos legais 
(2005); 
c) Combate aos riscos na origem, de forma a eliminar ou reduzir a exposição e aumentar os níveis de 
protecção. Existem riscos identificados e não documentados que só serão alvo de intervenção de 
depois de se concretizar o acidente, nomeadamente os vidros simples que existem; 
d) Assegurar, nos locais de trabalho, que as exposições aos agentes químicos, físicos e biológicos e 
aos factores de risco psicossociais não constituem risco para a segurança e saúde do trabalhador ou 
aluno. Relativamente aos riscos biológicos, químicos e físicos serão alvo de estudo mais detalhado. 
No entanto serão evocados os riscos psicossociais de parte de alguns funcionários e alunos, que 
devido a comportamentos desviados e desviantes, devem ser apoiados e acompanhados. 
e) Adaptação do trabalho ao homem, especialmente no que se refere à concepção dos postos de 
trabalho, à escolha de equipamentos de trabalho e aos métodos de trabalho e produção, com vista a, 
nomeadamente, atenuar o trabalho monótono e o trabalho repetitivo e reduzir os riscos 
psicossociais. Foram detectadas algumas falhas na qualidade ergonómica de alguns postos de 
trabalho e que serão descritos em capítulo próprio; 
f) Adaptação ao estado de evolução da técnica, bem como a novas formas de organização do 
trabalho. Foram encontrados alguns comportamentos desajustados para uma escola (ex.: os utentes 
ou os funcionários não sabem e não praticam a selecção de resíduos, os ecopontos distribuídos pela 
escola são desperdiçados); 
g) Substituição do que é perigoso pelo que é isento de perigo ou menos perigoso (a ultima 
substituição do corrimão das escadas mantiveram a perigosidade ou foi aumentada, pois a altura do 
corrimão não está regulamentar nem houve intervenção de modo a isolar o perigo de tropeçamento 
para o espaço entre lanços escadas); 
h) Priorização das medidas de protecção colectiva em relação às medidas de protecção individual, 
não existe critério ou base científica para a tomada de decisão, pois não existe uma avaliação de 
riscos sustentada em modelos matemáticos; 
i) Elaboração e divulgação de instruções compreensíveis e adequadas à actividade desenvolvida pelo 
trabalhador. Propõe-se para tal que seja elaborado um manual de acolhimento para todos os 
trabalhadores, manuais específicos para cada tipologia de trabalho e um manual para os novos 
alunos. 
3 — As medidas de prevenção implementadas são escassas, no entanto devem ser antecedidas e 
corresponder ao resultado das avaliações dos riscos associados aos vários locais do establecimento, 
incluindo as actividades preparatórias, de manutenção e reparação, o resultado leva a níveis 
ineficazes de protecção da segurança e saúde do trabalhador. 
4 — Sempre que confiadas tarefas a um trabalhador, devem ser considerados os seus conhecimentos 
e as suas aptidões em matéria de segurança e de saúde no trabalho, cabendo ao empregador 
fornecer as informações e a formação necessárias ao desenvolvimento da actividade em condições 
de segurança e de saúde. Foram detectadas falhas no funcionamento ao fim-de-semana na escolha 
de determinados trabalhadores, denotando desorganização na gestão ou coordenação de pessoal 
responsável. Sempre que o edifício está em funcionamento deve haver pelo menos um responsável 
pela SHST no edifício. 
5 — O empregador deve adoptar medidas e dar instruções que permitam ao trabalhador, em caso de 
perigo grave e iminente que não possa ser tecnicamente evitado, cessar a sua actividade ou afastar -
se imediatamente do local de trabalho, sem que possa retomar a actividade enquanto persistir esse 
perigo, salvo em casos excepcionais e desde que assegurada a protecção adequada. Existe em toda a 
escola apenas uma botoneira de alarme de incêndio, está localizada no escritório da entrada poente 
e sem sinalização suficiente. 
6 — O empregador deve ter em conta, na organização dos meios de prevenção, não só o trabalhador 
como também terceiros susceptíveis de serem abrangidos pelos riscos da realização dos trabalhos, 
quer nas instalações quer no exterior. As plantas de emergência estão desactualizadas e devem ser 
redimensionadas de forma a cumprirem a legislação em vigor, os pictogramas de emergência são 
insuficientes e deve ser redimensionada a sua implementação. 
7 — O empregador deve assegurar a vigilância da saúde do utentes do edifício em função dos riscos a 
que estiver potencialmente exposto no local de trabalho. Não estão salvaguardadas condições 
mínimas de saúde dos alunos que aguardem pela entrada no portão norte, passagem não 
regulamentar e desprotegida da intempérie. 
8 — O empregador deve estabelecer em matéria de primeiros socorros, de combate a incêndios e de 
evacuação as medidas que devem ser adoptadas e a identificação dos trabalhadores responsáveis 
pela sua aplicação, bem como assegurar os contactos necessários com as entidades externas 
competentes para realizar aquelas operações e as de emergência médica. Deve ser revisto o plano 
actual, redimensionadas medidas e actualizados contactos. É proposta uma solução em capítulo 
específico 
9 — Na aplicação das medidas de prevenção, o empregador deve organizar os serviços adequados, 
internos ou externos à empresa, estabelecimento ou serviço, mobilizando os meios necessários, 
nomeadamente nos domínios das actividades técnicas de prevenção, da formação e da informação, 
bem como o equipamento de protecção que se torne necessário utilizar. 
10 — As prescrições legais ou convencionais de segurança e de saúde no trabalho estabelecidas para 
serem aplicadas no estabelecimento devem ser observadas pelo próprio empregador. Existem falhas 
no enquadramento legal sobre esta matéria da parte do responsável interno pela SHST. 
11 — O empregador suporta os encargos com a organização e o funcionamento do serviço de 
segurança e de saúde no trabalho e demais medidas de prevenção, incluindo exames, avaliações de 
exposições, testes e outras acções dos riscos profissionais e vigilância da saúde, sem impor aos 
trabalhadores quaisquer encargos financeiros. Os EPI’s tem que ser fornecidos sem qualquer encargo 
adicional para o trabalhador e um capacete é um EPI. Em futuras acções de formação devem ser 
fornecidos EPI’s e não emprestar como foi feito na presente formação.(Ver dl nº50/2005 de 25/02) 
12 — Para efeitos do disposto no presente artigo, e salvaguardando as devidas adaptações, o 
trabalhador independente é equiparado a empregador. 
13 — Constitui contra-ordenação muito grave a violação do disposto nos n.os 1 a 12.(Artigo 15.º da 
lei 102/2009 de 10/09 - Regime jurídico da promoção da segurança e saúde no trabalho) 
 
14 — Sem prejuízo do disposto no número anterior, o empregador cuja conduta tiver contribuído 
para originar uma situação de perigo incorre em responsabilidade civil. (Artigo 15.º da lei 102/2009 
de 10/09 - Regime jurídico da promoção da segurança e saúde no trabalho) 
 
Consulta dos trabalhadores 
1 — O empregador, com vista à obtenção de parecer, deve consultar por escrito e, pelo menos, duas 
vezes por ano, previamente ou em tempo útil, os representantes dos trabalhadores para a segurança 
e saúde ou, na sua falta, os próprios trabalhadores sobre: 
a) A avaliação dos riscos para a segurança e a saúde no trabalho, incluindo os respeitantes aos grupos 
de trabalhadores sujeitos a riscos especiais; 
b) As medidas de segurança e saúde antes de serem postas em prática ou, logo que possível, em caso 
de aplicação urgente das mesmas; 
c) As medidas que, pelo seu impacte nas tecnologias e nas funções, tenham repercussão sobre a 
segurança e saúde no trabalho; 
d) O programa e a organização da formação no domínio da segurança e saúde no trabalho; 
e) A designação do representante do empregador que acompanha a actividade da modalidade de 
serviço adoptada; 
f) A designação e a exoneração dos trabalhadores que desempenham funções específicas nos 
domínios da segurança e saúde no local de trabalho; 
g) A designação dos trabalhadores responsáveis pela aplicação das medidas previstas no n.º 9 do 
artigo 15.º; 
h) A modalidade de serviços a adoptar, bem como o recurso a serviços exteriores à empresa ou a 
técnicos qualificados para assegurar a realização de todas ou parte das actividades de segurança e de 
saúde no trabalho; 
i) O equipamento de protecção que seja necessário utilizar; 
j) Os riscos para a segurança e saúde, bem como as medidas de protecção e de prevenção e a forma 
como se aplicam, quer em relação à actividade desenvolvida quer em relação à empresa, 
estabelecimento ou serviço; 
l) A lista anual dos acidentes de trabalho mortais e dos que ocasionem incapacidade para o trabalho 
superior a três dias úteis, elaborada até ao final de Março do ano subsequente; 
m) Os relatórios dos acidentes de trabalho referidos na alínea anterior. 
2 — Para efeitos do disposto no número anterior, deve ser facultado o acesso às informações 
técnicas objecto de registo e aos dados médicos colectivos, não individualizados, assim como às 
informações técnicas provenientes de serviços de inspecção e outros organismos competentes no 
domínio da segurança e da saúde no trabalho. 
3 — A não aceitação do parecer previsto no n.º 1 quanto às matérias referidas nas alíneas e), f), g) e 
h) do mesmo número deve ser fundamentada por escrito. 
5 — Decorrido o prazo referido no n.º 3 sem que o parecer tenha sido entregue ao empregador, 
considera-se satisfeita a exigência de consulta. 
6 — As consultas, respectivas respostas e propostas previstas nos n.os 1 e 4 devem constar de registo 
em livro próprio organizado pela empresa. 
7 — Sem prejuízo do disposto nos números anteriores, o trabalhador e os seus representantes para a 
segurança e a saúde podem, a todo o tempo, apresentar propostas de modo a minimizar qualquer 
risco profissional. 
8 — Constitui contra-ordenação muito grave a violação do disposto no n.º 1. 
9 — Constitui contra-ordenação leve a violação do disposto nos n.ºs 2, 4 e 6. 
Deve ser revisto todo o sistema de gestão de SHST de modo a cumprir o que é descrito nas alíneas 
anteriores de modo a cumprir o Artigo 18.º do Regime jurídico da promoção da segurança e saúde no 
trabalho (Lei nº 102/2009). Salienta-se ainda que as consequências do não cumprimento da lei pode 
ter consequências complementares como será descrito posteriormente. 
 
Informação dos trabalhadores 
1 — O trabalhador, assim como os seus representantes para a segurança e para a saúde na empresa, 
estabelecimento ou serviço, deve dispor de informação actualizada sobre: 
a) As matérias referidas na alínea j) do n.º 1 do artigo anterior (Consulta dos trabalhadores); 
b) As medidas e as instruções a adoptar em caso de perigo grave e iminente; 
c) As medidas de primeiros socorros, de combate a incêndios e de evacuação dos trabalhadores em 
caso de sinistro, bem como os trabalhadores ou serviços encarregues de as pôr em prática. 
2 — Sem prejuízo da formação adequada, a informação a que se refere o número anterior deve ser 
sempre disponibilizada ao trabalhador nos seguintes casos: 
a) Admissão na empresa; 
b) Mudança de posto de trabalho ou de funções; 
c) Introdução de novos equipamentos de trabalho ou alteração dos existentes; 
d) Adopção de uma nova tecnologia; 
e) Actividades que envolvam trabalhadores de diversas empresas. 
3 — O empregador deve informar os trabalhadores com funções específicas no domínio da 
segurança e da saúde no trabalho sobre as matérias referidas nas alíneas a), b), i) e l) do n.º 1 e no 
n.º 2 do artigo anterior (Consulta dos trabalhadores). 
4 — O empregador deve informar os serviços e os técnicos qualificados exteriores à empresa que 
exerçam actividades de segurança e de saúde no trabalho sobre os factores que presumível ou 
reconhecidamente afectem a segurança e a saúde dos trabalhadores e as matérias referidas nas 
alíneas a) e g) do n.º 1 do artigo anterior (Consulta dos trabalhadores). 
5 — A empresa em cujas instalações é prestado um serviço deve informar os respectivos 
empregadores e trabalhadores sobre as matérias identificadas no número anterior. 
6 — O empregador deve, ainda, comunicar a admissão de trabalhadores com contratos de duração 
determinada, em comissão de serviço ou em cedência ocasional, ao serviço de segurança e de saúde 
no trabalho mencionado no n.º 4 e aos trabalhadores com funções específicas no domínio da 
segurança e da saúde no trabalho. 
7 — Constitui contra -ordenação muito grave a violação do disposto nos n.ºs 1 e 2. 
8 — Constitui contra -ordenação leve a violação do disposto nos n.ºs 3, 4, 5 e 6. 
Recomenda-se que seja revisto todo o sistema de gestão de SHST, de modo a harmonizar e 
implementar medidas eficazes, para cumprir os requisitos legais. 
Formação dos trabalhadores 
1 — O trabalhador deve receber uma formação adequada no domínio da segurança e saúde no 
trabalho, tendo em atenção o posto de trabalho e o exercício de actividades de risco elevado. 
2 — Aos trabalhadores designados para se ocuparem de todas ou algumas das actividades de 
segurança e de saúde no trabalho deve ser assegurada, pelo empregador, a formação permanente 
para o exercício das respectivas funções. 
3 — Sem prejuízo do disposto no n.º 1, o empregador deve formar, em número suficiente, tendo em 
conta a dimensão da empresa e os riscos existentes, os trabalhadores responsáveis pela aplicação 
das medidas de primeiros socorros, de combate a incêndios e de evacuação de trabalhadores, bem 
como facultar -lhes material adequado. 
4 — A formação dos trabalhadores da empresa sobre segurança e saúde no trabalho deve ser 
assegurada de modo a que não possa resultar prejuízo para os mesmos. 
5 — Para efeitos do disposto nos números anteriores, o empregador e as respectivas associações 
representativas podem solicitar o apoio dos organismos públicos competentes quando careçam dos 
meios e condições necessários à realização da formação. 
6 — Constitui contra -ordenação grave a violação do disposto nos n.os 1 a 4 (Artigo 20.º do Regime 
jurídico da promoção da segurança e saúde no trabalho – Lei 102/2009 de 10/09). 
Propõe-se que seja elaborado um plano de formação, incluindo todos os trabalhadores, em que se 
programe a formação faseada em ciclos de trêsanos de modo a suprir as necessidades dos mesmos. 
É imprescindível reorganizar toda a estrutura que dá suporte aos serviços/operações de SHST de 
modo integrado com a formação a ser ministrada, prevendo um número suficiente de responsáveis 
em matérias de primeiros socorros, de combate a incêndios e de evacuação. Pode a escola como 
entidade formadora tirar proveito de tais formações ao vender a outras instituições que careçam das 
mesmas. 
Formação dos representantes dos trabalhadores 
1 — Aos representantes dos trabalhadores para a segurança e saúde no trabalho deve ser 
assegurada formação permanente para o exercício das respectivas funções, nos termos dos números 
seguintes. 
2 — O empregador deve proporcionar condições para que os representantes dos trabalhadores para 
a segurança e a saúde no trabalho recebam formação concedendo, se necessário, licença com 
retribuição, ou sem retribuição se outra entidade atribuir subsídio específico. 
3 — O empregador ou as respectivas associações representativas, bem como as estruturas de 
representação colectiva dos trabalhadores, podem solicitar apoio dos serviços públicos competentes 
quando careçam dos meios e condições necessários à realização da formação. 
4 — Constitui contra -ordenação grave a violação do disposto nos n.os 1 e 2. (Artigo 22.º do Regime 
jurídico da promoção da segurança e saúde no trabalho – Lei 102/2009 de 10/09). 
É prescrito o mesmo que no ponto anterior. 
Comissões de segurança no trabalho 
1 — Para efeitos da presente lei, por convenção colectiva, podem ser criadas comissões de segurança 
e saúde no trabalho de composição paritária. 
2 — A comissão de segurança e de saúde no trabalho criada nos termos do número anterior é 
constituída pelos representantes dos trabalhadores para a segurança e a saúde no trabalho, com 
respeito pelo princípio da proporcionalidade. 
Recomenda-se a constituição de tal comissão de modo a envolver, implicar e responsabilizar os 
trabalhadores em matéria de SHST. Esta medida garante a co-responsabilização de todos na 
promoção da SHST e possibilita que a sua promoção/dinamização não dependa apenas de uma 
pessoa ou serviço externo. 
Reuniões com os órgãos de gestão da empresa 
1 — Os representantes dos trabalhadores para a segurança e a saúde no trabalho têm o direito de 
reunir com o órgão de gestão da empresa, pelo menos uma vez por mês, para discussão e análise dos 
assuntos relacionados com a segurança e a saúde no trabalho. 
2 — Da reunião referida no número anterior é lavrada acta, que deve ser assinada por todos os 
presentes. 
(…) 
4 — Constitui contra -ordenação grave a violação do disposto nos n.os 1 e 2. 
A acreditar que existe apenas um serviço externo e um elemento da direcção responsáveis por toda 
a gestão da SHST, sem a participação de qualquer representante dos trabalhadores, tudo leva a crer 
que tais reuniões não se realizam. Seria importante que estas reuniões se realizem de modo a impor 
uma dinâmica na aplicação da política da escola em termos da SHST e para cumprir os requisitos 
legais (Artigo 25.º do Regime jurídico da promoção da segurança e saúde no trabalho – Lei 102/2009 de 
10/09). Estas reuniões devem ser publicitadas e afixadas em local apropriado no estabelecimento 
escolar, devendo juntar uma referência à obrigatoriedade de publicação no BTE, constituindo uma 
contra-ordenação grave esta lacuna (Artigo 28.º do Regime jurídico da promoção da segurança e saúde 
no trabalho – Lei 102/2009 de 10/09). 
Publicidade do resultado da eleição 
1 — A comissão eleitoral deve proceder à afixação dos elementos de identificação dos 
representantes eleitos, bem como da cópia da acta da respectiva eleição, durante 15 dias a contar da 
data do apuramento, no local ou locais em que a eleição teve lugar e remeter, dentro do mesmo 
prazo, ao organismo competente do ministério responsável pela área laboral, bem como aos órgãos 
de gestão da empresa. 
2 — O organismo competente do ministério responsável pela área laboral regista o resultado da 
eleição e procede à sua publicação imediatamente no BTE. 
3 — Constitui contra -ordenação grave a oposição do empregador à afixação dos resultados da 
votação nos termos do n.º 1 (Artigo39.º do Regime jurídico da promoção da segurança e saúde no 
trabalho – Lei 102/2009 de 10/09). 
Início de actividades 
Os representantes dos trabalhadores para a segurança e a saúde no trabalho só podem iniciar o 
exercício das respectivas actividades depois da publicação prevista no n.º 2 do artigo anterior. 
Avaliação de riscos susceptíveis de efeitos prejudiciais no património genético 
1 — O empregador deve verificar a existência de agentes ou factores que possam ter efeitos 
prejudiciais para o património genético e avaliar os correspondentes riscos. 
2 — A avaliação de riscos deve ter em conta todas as informações disponíveis, nomeadamente: 
a) A recolha de informação sobre os agentes ou factores; 
b) O estudo dos postos de trabalho para determinar as condições reais de exposição, 
designadamente a natureza do trabalho, as características dos agentes ou factores, os períodos de 
exposição e a interacção com outros riscos; 
c) As recomendações dos organismos competentes no domínio da segurança e da saúde no trabalho. 
3 — A avaliação de riscos deve ser feita trimestralmente, bem como quando haja alteração das 
condições de trabalho susceptível de afectar a exposição dos trabalhadores, os resultados da 
vigilância da saúde o justifiquem ou se verifique desenvolvimento da investigação científica nesta 
matéria. 
4 — A avaliação de riscos deve identificar os trabalhadores expostos e aqueles que, sendo 
particularmente sensíveis, podem necessitar de medidas de protecção especial. 
5 — Constitui contra-ordenação muito grave a violação do disposto nos números anteriores. 
(Artigo42.º do Regime jurídico da promoção da segurança e saúde no trabalho – Lei 102/2009 de 10/09). 
Não existem dados relativos a qualquer avaliação de riscos e em entrevista ao responsável pela área 
de SHST foi revelado que da parte dos mesmos (serviços de SHST) apenas foram registados dois 
riscos sem respectiva avaliação. Para um estabelecimento com a dimensão e complexidade da 
Ancorensis é muito incompleta a tipologia de riscos identificados, ou seja, deveria ser feito um 
levantamento de riscos mais sério/completo bem como avaliações dos mesmos de maneira a 
cumprir a legislação. As informações obtidas pelas avaliações de risco devem ser disponibilizadas, de 
forma actualizada, trabalhadores, aos seus representantes para a segurança e saúde no trabalho, 
médico do trabalho, trabalhadores independentes e às empresas que, nas mesmas instalações, 
desenvolvam actividades em simultâneo com os seus trabalhadores, a qualquer título. O não 
cumprimento deste dever de informação constitui contra-ordenação grave (Artigo43.º do Regime 
jurídico da promoção da segurança e saúde no trabalho – Lei 102/2009 de 10/09). 
As avaliações de riscos devem ser um instrumento dinâmico e disponível aos utentes do edifício. É a 
partir da avaliação de riscos que se determina a prioridade de intervenção. 
Apesar de na escola existirem alguns meios para prestar os primeiros socorros, combate a incêndio e 
evacuação carece a mesma de uma estrutura interna consolidada e dinâmica que assegure estas 
actividades em qualquer período de funcionamento da escola. De lembrar que a lista de responsáveis 
(primeiros socorros, SHST, evacuação, etc.) se encontra desactualizada (data de 2005 a lista 
constante no plano interno) e não prevê substitutos para a ausência dos responsáveis. A estrutura 
interna designada constitui contra-ordenação muito grave pelas falhas e desactualização 
apresentadas (Artigo75.º do Regime jurídico da promoção da segurança e saúde no trabalho – Lei 
102/2009 de 10/09). 
 
Representante do empregador 
1— O estabelecimento ao adoptar um serviço externo, deve o empregador designar em cada 
estabelecimentoou conjunto de estabelecimentos distanciados até 50 km daquele que ocupa maior 
número de trabalhadores e com limite total de 400 trabalhadores um trabalhador com formação 
adequada, nos termos do disposto no número seguinte, que o represente para acompanhar e 
coadjuvar a execução das actividades de prevenção. 
2 — Para efeitos do número anterior, entende-se por formação adequada a que permita a aquisição 
de competências básicas em matéria de segurança, saúde, ergonomia, ambiente e organização do 
trabalho, que seja validada pelo serviço com competência para a promoção da segurança e saúde no 
trabalho do ministério responsável pela área laboral ou inserida em sistema educativo, no SNQ ou 
ainda promovida por entidades da Administração Pública com responsabilidade no desenvolvimento 
de formação profissional. 
Deve a escola proceder à designação de um representante com formação adequada cumprindo o 
prescrito nos pontos anteriores, constituindo contra-ordenação grave o seu não cumprimento 
(Artigo77.º do Regime jurídico da promoção da segurança e saúde no trabalho – Lei 102/2009 de 10/09). 
 
De referir o facto que apesar de a escola se escudar num serviço externo de SHST e que segundo os 
responsáveis a escola estar dentro da lei (não está a cumprir o novo Regime jurídico de promoção de 
SST, segundo a nossa auditoria), a escola pode ser vistoriada. Essa vistoria está prevista no artigo que 
a seguir se transcreve: 
 
Artigo 88.º 
Vistorias 
1 — Ao organismo com competência para a promoção da segurança e saúde no trabalho do 
ministério responsável pela área laboral cabe verificar: 
a) As condições de trabalho dos trabalhadores da entidade requerente; 
b) As instalações tendo em conta as condições de funcionamento no âmbito da segurança; 
c) As situações de subcontratação; 
d) O funcionamento dos serviços a prestar na área da segurança no trabalho, nomeadamente quanto 
aos equipamentos de trabalho a utilizar, aos utensílios e equipamentos de avaliação de riscos e de 
protecção individual; 
e) O manual de procedimentos no âmbito da gestão dos serviços a prestar, incluindo o planeamento 
das actividades a desenvolver, a articulação entre as áreas da segurança e da saúde, os referenciais a 
utilizar no âmbito dos procedimentos técnicos, entre os quais guias de procedimentos, 
nomeadamente de organismos internacionais reconhecidos, códigos de boas práticas e listas de 
verificação, com a respectiva referência aos diplomas e normas técnicas aplicáveis. 
4 — O organismo competente elabora o auto de vistoria e comunica o resultado da mesma ao 
requerente e ao outro organismo referido nos números anteriores, no prazo de 10 dias. 
5 — O auto de vistoria deve conter informação sobre a conformidade entre o requerimento de 
autorização e as condições verificadas, o cumprimento das prescrições técnicas legalmente 
estabelecidas, quaisquer condições que se julgue necessário satisfazer e o prazo para a sua 
realização. 
6 — Nos três dias seguintes ao decurso do prazo a que se refere o número anterior, o requerente que 
tenha realizado as condições impostas deve solicitar segunda vistoria ao organismo competente, 
sendo aplicável, com as necessárias adaptações, o disposto nos n.os 3 a 5. 
7 — Determina o indeferimento do requerimento de autorização: 
a) A não realização das condições impostas nos termos do n.º 5; 
b) A falta de pedido de 2.ª vistoria no prazo estabelecido no n.º 6. 
 
Propõe-se que a escola seja alvo de auditoria interna de modo a suprir as lacunas detectadas. A 
auditoria pode levar a que se programe e estruture uma intervenção mais exigente. Apesar de a 
escola ser servida por um serviço externo, ela é responsável solidária das falhas que sejam verificadas 
(contra-ordenações, não-conformidades, etc.). Para melhor entendimento transcreve-se os seguintes 
artigos ( do Regime jurídico da promoção da segurança e saúde no trabalho – Lei 102/2009 de 10/09): 
 
Artigo 95.º 
Auditoria 
1 — A capacidade dos serviços externos autorizados e a qualidade da sua prestação é avaliada 
através de auditoria, que incide sobre os requisitos referidos no n.º 1 do artigo 85.º 
2 — As auditorias são realizadas na sequência das comunicações referidas no artigo anterior ou por 
iniciativa: 
a) Do organismo competente para promoção da segurança e da saúde no trabalho do ministério 
responsável pela área laboral ou do organismo competente do ministério responsável pela área da 
saúde, no que respeita às instalações, tendo em conta as condições de segurança e de saúde no 
trabalho; 
b) Do organismo competente do ministério responsável pela área da saúde, no que respeita às 
condições de funcionamento do serviço na área da saúde no trabalho, nomeadamente o efectivo de 
pessoal técnico, recurso a subcontratação, equipamentos de trabalho na sede e nos estabelecimentos 
e equipamentos para avaliar as condições de saúde, e procedimentos técnicos da promoção e 
vigilância da saúde; 
c) Do organismo competente para promoção da segurança e da saúde no trabalho do ministério 
responsável pela área laboral, em relação às condições de funcionamento do serviço na área da 
segurança no trabalho, o efectivo de pessoal técnico, recurso a subcontratação, equipamentos de 
trabalho na sede e nos estabelecimentos, equipamentos para a avaliação das condições de segurança 
no trabalho e equipamentos de protecção individual. 
3 — Os serviços referidos no número anterior podem recorrer à contratação externa de serviços de 
técnicos especializados, atendendo à complexidade ou especialização técnica das tarefas a realizar. 
4 — No âmbito das auditorias, a qualidade dos serviços prestados pode ser avaliada através de 
visitas de controlo às condições de segurança e de saúde nos locais de trabalho das empresas a quem 
são prestados os serviços. 
Artigo 96.º 
Suspensão, revogação ou redução da autorização 
1 — Tendo em consideração as alterações comunicadas nos termos do artigo 94.º ou verificadas 
através de auditoria a falta de requisitos essenciais ao funcionamento do serviço externo ou ainda a 
verificação do não exercício das actividades previstas no artigo 98.º, o organismo competente pode 
suspender, revogar ou reduzir a autorização no que respeita aos domínios da segurança e da saúde 
aos sectores de actividade ou às actividades de risco elevado. 
2 — A suspensão decidida nos termos do número anterior tem uma duração máxima de dois anos, 
sendo obrigatoriamente comunicada ao organismo do outro ministério competente. 
Artigo 97.º 
Objectivos 
A actividade do serviço de segurança e de saúde no trabalho visa: 
a) Assegurar as condições de trabalho que salvaguardem a segurança e a saúde física e mental dos 
trabalhadores; 
b) Desenvolver as condições técnicas que assegurem a aplicação das medidas de prevenção definidas 
no artigo 15.º; 
c) Informar e formar os trabalhadores no domínio da segurança e saúde no trabalho; 
d) Informar e consultar os representantes dos trabalhadores para a segurança e saúde no trabalho 
ou, na sua falta, os próprios trabalhadores. 
Artigo 98.º 
Actividades principais do serviço de segurança e de saúde no trabalho 
1 — O serviço de segurança e de saúde no trabalho deve tomar as medidas necessárias para prevenir 
os riscos profissionais e promover a segurança e a saúde dos trabalhadores, nomeadamente: 
a) Planear a prevenção, integrando a todos os níveis e, para o conjunto das actividades da empresa, a 
avaliação dos riscos e as respectivas medidas de prevenção; 
b) Proceder a avaliação dos riscos, elaborando os respectivos relatórios; 
c) Elaborar o plano de prevenção de riscos profissionais, bem como planos detalhados de prevenção e 
protecção exigidos por legislação específica; 
d) Participar na elaboração do plano de emergência interno, incluindo os planos específicos de 
combate a incêndios, evacuação de instalações e primeiros socorros; 
e) Colaborar na concepção de locais, métodos e organização do trabalho, bem comona escolha e na 
manutenção de equipamentos de trabalho; 
f) Supervisionar o aprovisionamento, a validade e a conservação dos equipamentos de protecção 
individual, bem como a instalação e a manutenção da sinalização de segurança; 
g) Realizar exames de vigilância da saúde, elaborando os relatórios e as fichas, bem como organizar e 
manter actualizados os registos clínicos e outros elementos informativos relativos ao trabalhador; 
h) Desenvolver actividades de promoção da saúde; 
i) Coordenar as medidas a adoptar em caso de perigo grave e iminente; 
j) Vigiar as condições de trabalho de trabalhadores em situações mais vulneráveis; 
l) Conceber e desenvolver o programa de informação para a promoção da segurança e saúde no 
trabalho, promovendo a integração das medidas de prevenção nos sistemas de informação e 
comunicação da empresa; 
m) Conceber e desenvolver o programa de formação para a promoção da segurança e saúde no 
trabalho; 
n) Apoiar as actividades de informação e consulta dos representantes dos trabalhadores para a 
segurança e saúde no trabalho ou, na sua falta, dos próprios trabalhadores; 
o) Assegurar ou acompanhar a execução das medidas de prevenção, promovendo a sua eficiência e 
operacionalidade; 
p) Organizar os elementos necessários às notificações obrigatórias; 
q) Elaborar as participações obrigatórias em caso de acidente de trabalho ou doença profissional; 
r) Coordenar ou acompanhar auditorias e inspecções internas; 
s) Analisar as causas de acidentes de trabalho ou da ocorrência de doenças profissionais, elaborando 
os respectivos relatórios; 
t) Recolher e organizar elementos estatísticos relativos à segurança e à saúde no trabalho. 
2 — O serviço de segurança e de saúde no trabalho deve manter actualizados, para efeitos de 
consulta, os seguintes elementos: 
a) Resultados das avaliações de riscos profissionais; 
b) Lista de acidentes de trabalho que tenham ocasionado ausência por incapacidade para o trabalho, 
bem como acidentes ou incidentes que assumam particular gravidade na perspectiva da segurança 
no trabalho; 
c) Relatórios sobre acidentes de trabalho que originem ausência por incapacidade para o trabalho ou 
que revelem indícios de particular gravidade na perspectiva da segurança no trabalho; 
d) Lista das situações de baixa por doença e do número de dias de ausência ao trabalho, a ser 
remetida pelo serviço de pessoal e, no caso de doenças profissionais, a relação das doenças 
participadas; 
e) Lista das medidas, propostas ou recomendações formuladas pelo serviço de segurança e de saúde 
no trabalho. 
3 — Quando as actividades referidas nos números anteriores implicarem a adopção de medidas cuja 
concretização dependa essencialmente de outros responsáveis da empresa, o serviço de segurança e 
de saúde no trabalho deve informá-los sobre as mesmas e cooperar na sua execução. 
4 — O empregador deve respeitar a legislação disciplinadora da protecção de dados pessoais. 
5 — O empregador deve manter a documentação relativa à realização das actividades a que se 
referem os números anteriores à disposição das entidades com competência inspectiva durante cinco 
anos. 
6 — Constitui contra -ordenação grave a violação do disposto no presente artigo. 
Artigo 101.º 
Garantia mínima de funcionamento do serviço de segurança no trabalho 
1 — A actividade dos serviços de segurança deve ser assegurada regularmente no próprio 
estabelecimento durante o tempo necessário. 
2 — A afectação dos técnicos superiores ou técnicos às actividades de segurança no trabalho, por 
empresa, é estabelecida nos seguintes termos: 
a) Em estabelecimento industrial — até 50 trabalhadores, um técnico, e, acima de 50, dois técnicos, 
por cada 1500 trabalhadores abrangidos ou fracção, sendo pelo menos um deles técnico superior; 
b) Nos restantes estabelecimentos — até 50 trabalhadores, um técnico, e, acima de 50 trabalhadores, 
dois técnicos, por cada 3000 trabalhadores abrangidos ou fracção, sendo pelo menos um deles 
técnico superior. 
3 — O organismo competente para a promoção da segurança e saúde no trabalho do ministério 
responsável pela área laboral pode determinar uma duração mais alargada da actividade dos 
serviços de segurança em estabelecimento em que, independentemente do número de trabalhadores, 
a natureza ou a gravidade dos riscos profissionais, bem como os indicadores de sinistralidade, se 
justifique uma acção mais eficaz. 
4 — Constitui contra -ordenação grave a violação do disposto nos números anteriores. 
Artigo 115.º 
Sanções acessórias 
1 — No caso de contra -ordenação muito grave ou reincidência em contra -ordenação grave, 
praticada com dolo ou negligência grosseira, é aplicada ao agente a sanção acessória de publicidade, 
nos termos previstos no Código do Trabalho. 
2 — No caso de reincidência em contra -ordenação prevista no número anterior, tendo em conta os 
efeitos gravosos para o trabalhador ou o benefício económico retirado pelo empregador com o 
incumprimento, podem ainda ser aplicadas ao agente as seguintes sanções acessórias: 
a) Interdição do exercício de actividade no estabelecimento onde se verificar a infracção, por um 
período até dois anos; 
b) Privação do direito de participar em arrematações ou concursos públicos por um período até dois 
anos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LISTA DE VERIFICAÇÃO 
Controlo estatístico de acidentes, incidentes, eventos perigosos e doenças 
profissionais 
Aplicam um sistema estatístico de análise e controlo dos AT e das DP? Não 
Estabeleceram um sistema interno de notificação e registo de AT e DP? Não 
Definiram os suportes de informação e a respectiva tramitação? Não 
Consultaram os representantes dos trabalhadores para a SHST? Não 
 
 Propõe-se acção? Sim 
Prioridade 
Urgente 
 
As estatísticas devem ter por âmbito: 
 Acidentes Mortais 
 T. Acidentes com baixa (superior a 3 dias) 
 Acidentes com baixa (inferior a 3 dias) 
 Incidentes 
 Eventos perigosos 
 Acidentes com dano na propriedade 
 
Devem ser calculados os índices de: 
 Frequência 
 Gravidade 
 Outros 
 
Os acidentes/incidentes devem ser classificados de acordo com os seguintes conceitos: 
 Forma ou tipo de acidente 
 Agente material 
 Natureza da lesão 
 Causa do acidente 
 Outras 
A informação estatística deve ser apresentada com uma periocidade trimestral. 
Deve ser transmitida à direcção da escola; ao pessoal de enquadramento e aos técnicos 
responsáveis. 
Deve ser constituída uma comissão de SHST em que sejam representadas todas as classes de utentes 
do edifício escolar. 
 Propõe-se acção? Sim 
Prioridade 
Urgente 
 
Análise de acidentes de trabalho e doenças profissionais 
Todos os acidentes e doenças profissionais devem ser analisados, os que dão origem a baixa, 
conflitos, irregularidades e incidentes. Deve ser recolhida informação sobre a descrição do acidente, 
determinando-se a causa e elaborar propostas de correcção. 
De forma a padronizar tanto a recolha de informação, como o processo de determinação da causa 
devem seguir um formulário (modelo Standard) a elaborar pelo técnico responsável. 
Deve ser definido o responsável pelo preenchimento, gestão e arquivo de tais formulários. 
 Propõe-se acção? Sim 
Prioridade 
Urgente 
 
O técnico de SHT deve participar na análise de acidentes e doenças profissionais e supervisionar o 
desenvolvimento e construção do relatório, complementando e supervisionando as tarefas que os 
outros realizam. 
Deve ser elaborado um relatório final em que seja descrito o acontecimento, apontadas as causas e 
propostas medidas. Este relatório deve ser duplicado e entregue uma cópia à direcção da escola 
enquanto o original deve ser arquivado e gerido pelo técnico de SHT. A direcção fica então 
responsável por validar tal relatório e desencadear medidas curativas. A análise de acidentes e

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