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Comércio Internacional

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UNIVERSIDADE ZAMBEZE 
FACULDADE DE CIÊNCIAS SOCIAIS E HUMANIDADE 
CURSO DE LINCENCIATURA EM ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA 
CADEIRA DE ECONOMIA DE DESENVOLVIMENTO 
TEMA: COMÉRCIO INTERNACIONAL 
1. Introdução 
2. Assimetrias regionais 
3. Factores do desenvolvimento 
4. Industrialização 
5. Acordos internacionais como factor de desenvolvimento 
DESCENTE: 
Albertina Mavando 
Bernardino Pfungo 
Chabir Lisboa 
 
DOCENTE: 
Msc. Fulgência C. Pacul Manhiça 
 
 
 
Beira, Fevereiro de 2021
Índice 
1 CAPÍTULO I................................................................................................................. 1 
1.1 Introdução ............................................................................................................... 1 
1.2 Objectivos do Estudo .............................................................................................. 2 
1.2.1 Objectivo geral ................................................................................................ 2 
1.2.2 Objectivo específicos ....................................................................................... 2 
1.3 Metodologia ............................................................................................................ 2 
1.4 Justificativa ............................................................................................................. 2 
2 CAPÍTULO II: REFERENCIAL TEÕRICO.................................................................. 3 
2.1 Conceito.................................................................................................................. 3 
2.2 Contextualização do Comercio Internacional........................................................... 3 
3 COMERCIO INTERNACIONAL ................................................................................. 4 
3.1 Teorias do Comércio Internacional .......................................................................... 7 
3.1.1 Teorias Clássicas.............................................................................................. 7 
3.1.2 Teorias Neoclássico ......................................................................................... 8 
3.1.3 Novas Teorias do Comércio Internacional ........................................................ 9 
4 ASSIMETRIAS REGIONAIS ..................................................................................... 10 
4.1 Factores do Desenvolvimento ............................................................................... 13 
5 INDUSTRIALIZAÇÃO .............................................................................................. 15 
5.1 Criando a base para a Industrialização em Moçambique ........................................ 15 
5.2 Acordos Internacionais Como Factor de Desenvolvimento .................................... 16 
6 CAPÍTULO III: CONCLUSÃO E REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.................... 18 
6.1 Conclusão ............................................................................................................. 18 
6.2 Referência bibliográfica ........................................................................................ 19 
 
1 
 
1 CAPÍTULO I 
1.1 Introdução 
O presente do trabalho da cadeira de Economia de Desenvolvimento, entende-se por Comercio 
Internacional ser é tratado como a alternativa ideal para que os países aproveitem melhor os 
seus fatores produtivos. O período mercantilista promoveu o surgimento e o desenvolvimento 
de teorias econômicas voltadas para a intensificação das trocas comerciais livres entre os 
países, isto é o liberalismo econômico. A premissa básica do liberalismo é de que o comércio 
internacional decorre, primariamente, das diferenças existentes entre os diversos países, que 
buscam complementar suas necessidades internas com produtos e serviços de outras regiões do 
planeta, onde eles ocorrem em abundância. 
Em seguida, surgem os pensamentos sobre o livre-comércio dentre os quais se destacam, 
Smith, Ricardo, Malthus (por uma característica que veremos mais adiante) e Mill, todos com 
importantes contribuições para o desenvolvimento da teoria do comércio internacional. 
Já no século XX, merece destaque o trabalho conjunto de Heckscher e de Ohlin bem como o 
de Leontief - com base nos estudos dos anteriores -, que se transformaram em referência para 
a padronização de modelos para o comércio internacional. Mais recentemente, Krugman 
apresentou comentários importantes sobre as observações tanto de Heckscher-Ohlin como de 
Leontief e que nos pareceram muito importantes para o momento atual das relações 
internacionais. 
Assiste-se hoje a uma mudança de paradigma das políticas regionais, a qual é fruto, por um 
lado, da globalização e da entrada no mercado mundial de novos países com capacidades 
humanas relevantes e baixos custos do trabalho e, por outro lado, das dificuldades orçamentais 
que atingem vários países desenvolvidos, nomeadamente da União Europeia. 
Palavras-chaves: Comercio Internacional, Industrialização, Desenvolvimento.
2 
 
1.2 Objectivos do Estudo 
1.2.1 Objectivo geral 
 Definir conceitos e principais abordagens de Factores do desenvolvimento e Comercio 
Internacional. 
1.2.2 Objectivo específicos 
 Conhecer Comércio Internacional. 
 Analisar e perceber Assimetrias Regionais. 
 Compreender a Industrialização. 
1.3 Metodologia 
Trabalho permite nos desenvolver o tema do Comércio Internacional, Assimetrias Regionais, 
Factores do desenvolvimento e a Industrialização, Com o tempo determinado levou que fosse 
possível na realização do trabalho, com base nas referências bibliográficas encontradas e 
recorremos a monografia, Pdf, livro e sytes. 
1.4 Justificativa 
Este estudo criou nos curiosidade e motivação, para além do interesse pessoal dos membros do 
grupo em tema que aborda acerca de Comércio Internacional, Assimetrias Regionais, Factores 
do desenvolvimento e a Industrialização, trás nos o real cenário que podemos encontrar em 
particular no Moçambique.
3 
 
2 CAPÍTULO II: REFERENCIAL TEÕRICO 
2.1 Conceito 
 Desenvolvimento é um discurso situado em espaço e tempo específicos, capaz de criar 
um conjunto de pensamento e ação política. 
 De acordo com Werneck (2011, p. 22), Comércio internacional é o conjunto das 
atividades de compra e venda de mercadorias e prestação de serviços entre nações, isto 
é, em que vendedor e comprador estão em países distintos. Comércio Exterior é o 
conjunto das atividades de compra e venda de mercadorias e prestação de serviços entre 
países e as demais nações. 
 Soares (2004, p. 13) define comércio exterior como: Uma operação de compra e venda 
internacional como aquela em que dois ou mais agentes econômicos sediados e/ou 
residentes em países diferentes negociam uma mercadoria que sofrerá um transporte 
internacional e cujo resultado financeiro sofrerá uma operação de câmbio. 
 De acordo com Souza (2003, p. 37), a: (...) prática do comércio exterior pode ser 
conceituada como o intercâmbio de mercadorias e serviços entre agentes econômicos 
que operam sob a égide da legislação nacional. Na prática do comércio exterior, ocorre 
o envolvimento das transações comerciais de cunho totalmente capitalista, sem a 
participação direta do governo nas operações comerciais, uncionando tão somente 
como normatizador e controlador das operações comerciais entre as empresas de 
diferentes países. Estas atividades e relações comerciais desenvolvidas pelas empresas 
comerciais constituem-se objeto de regulamentação pelo Direito Internacional Privado. 
2.2 Contextualização do Comercio Internacional 
O comércio internacional, tal qual o conhecemos, surgiu na época histórica denominada 
mercantilismo, quando as nações dominantes da época iniciaram suas expedições rumo às 
índias na busca de produtos raros e de alto valor (especiarias, tecidos, pedras e metais preciosos, 
etc.). 
Comércio internacional refere-se ao intercâmbiode bens e serviços entre diferentes países. Em 
geral, tem como objetivo a maximização da riqueza, tanto do comerciante quanto do país, e/ou 
o aumento do bem-estar da população. O conceito envolve tudo que está relacionado com a 
operação comercial, inclusive o transporte, seguro e financiamento, caso existente. 
4 
 
3 COMERCIO INTERNACIONAL 
A História Económica dos Últimos cem anos ressalta um fato curioso que e o permanente 
divórcio existente entre, de um lado, as politicas comerciais de natureza protecionista 
geralmente adotadas pelos países em processo de desenvolvimento, inclusive por aqueles que 
já atingiram estagio avançado de industrialização, e, por outro lado, o principio da liberdade de 
comercio, preconizado e justificado teoricamente pelos economistas clássicos como o mais 
consentino com o rápido desenvolvimento económico e a melhoria das condições de bem-estar 
dos povos. 
Com efeito, salvo algumas exceções entre elas a Inglaterra que, tendo sido o primeiro pais a 
industrializar-se em larga escala, não teve que enfrentar a competição estrangeira na fase inicial 
do seu processo de industrialização os países que mais se industrializaram, nos últimos cem 
anos, notadamente os Estados Unidos, tem recorrido sistematicamente as restrições as 
importações e outras modalidades de intervenção governamental no comercio exterior, com 
vistas a acelerar a diversificação de suas economias. 
A doutrina do livre comércio teve, no entanto, a mais ampla aceitação no seculo XIX e, 
praticamente, ate o início da primeira Guerra Mundial; e não obstante o crescente descredito a 
que esteve sujeita, nas ultimas décadas, principalmente nos países em via de industrialização, 
economistas e homens palicos dos países desenvolvidos continuam a ela apegados e tentando 
N.R. – O presente trabalho for elaborado, em fevereiro de 1964, para servir de subsidio, do 
Departamento de Operações Internacionais do BNDE, aos estudos preparatórios para a 
"Conferencia dos Nações Unidas sobre Comercio e Desenvolvimento", então em curso no 
Ministério das Relações Exteriores. 
As opiniões nele expressas são exclusivamente de responsabilidade do autor e não representam 
necessariamente os pontos do visto do Banco. Impô-la como norma básica do comércio 
internacional 
 Naquela época, o comércio internacional era fundamentado pela busca por excedentes 
na balança comercial, de forma a permitir aos Estados a acumulação de metais 
preciosos, que era considerado como o principal fator de riqueza das nações. Caso o 
Estado não possuísse riquezas minerais ou colônias para a extração dos metais 
preciosos (ouro e prata), ele deveria buscar o superávit nas transações comerciais 
internacionais, de forma que o excedente seria pago em metais preciosos. 
5 
 
Dessa forma, o mercantilismo exigia: 
 Acumulação de riquezas na forma de metais preciosos. 
 Busca de resultados positivos na balança comercial. 
 Incentivo à agricultura, no intuito de reduzir as importações e gerar tributos internos. 
 Adoção de medidas protecionistas. 
 Exploração das colônias. 
Para os mercantilistas, o que importava era a quantidade de metais preciosos que o país 
acumulava. Aqueles países que não eram produtores de metais preciosos deveriam aumentar 
suas reservas de ouro através de superávits no comércio internacional. A diferença entre o que 
vendia e o que comprava era recebido em metais preciosos, permitindo a acumulação do país 
superavitário no comércio internacional. Destacamos que os mercantilistas entendiam que o 
comércio internacional tinha ganhos de soma nula, ou seja, um país ganharia à custa do outro 
país. 
 Durante o mercantilismo, o comércio internacional passou por um processo de 
regulamentação, inclusive as normas aduaneiras, de forma a disciplinar as operações 
internacionais e resguardar os interesses dos agentes de comércio e dos Estados 
Nacionais. 
Já no século XVIII, o desenvolvimento do comércio internacional foi um dos pilares da 
doutrina econômica clássica, a partir da principal obra de Adam Smith, intitulada “A Riqueza 
das Nações”, na qual defendia a concentração por parte de cada país na produção de artigos 
cujos custos fossem mais baixos do que em outros países. Com o livre comércio, importava 
não a riqueza das nações de forma separadas, mas a riqueza de todas as nações em conjunto. O 
comércio irrestrito entre as nações proporcionaria o crescimento de todos os países, sendo que 
cada país deveria se concentrar na produção dos bens que lhe oferecem vantagem absoluta. 
O Adam Smith é pai do liberalismo e autor da célebre expressão “mão invisível do mercado”, 
que tudo regula. 
David Ricardo, outro autor clássico da Ciência Econômica, em sua obra “Princípios de 
Economia Política e Tributação”, publicada originalmente em 1817, apresentou sua teoria das 
vantagens comparativas, fundamentando de forma mais consistente o desenvolvimento do 
comércio internacional. Essa teoria centra sua eficácia nos fatores produtivos e nos custos 
6 
 
relativos, de forma que um país deve especializar-se exclusivamente na produção de 
mercadorias nos quais teriam abundância de recursos e custos relativos favoráveis, importando 
as demais mercadorias cujo custo de produção seria desfavorável. Dessa forma, se produziria 
naturalmente uma divisão internacional da produção, através do comércio internacional, 
permitindo trocas eficientes e rentáveis a todas as nações participantes. 
O modelo clássico do comércio internacional segunda teoria ricardiana é resumido em uma 
nota de rodapé de sua principal obra: 
 “Assim, um país dotado de grandes vantagens em maquinaria e em capacidade técnica, 
e que consiga, portanto, produzir certas mercadorias com muito menos trabalho que 
seus vizinhos, poderá importar em troca dessas mercadorias parte dos cereais 
necessários a seu consumo, mesmo que sua terra seja mais fértil e nela os cereais 
pudessem ser cultivados com menos trabalho do que no país do qual são importados.” 
Além do modelo ricardiano, o comércio internacional encontra sua fundamentação na teoria de 
Heckscher-Ohlin, chamada de teoria das proporções de fatores, desenvolvida por dois 
economistas suecos (Eli Heckscher e Bertil Ohlin, este último recebeu o Prêmio Nobel de 
Economia em 1977). Essa teoria fundamentase na inter-relação entre as proporções em que 
fatores de produção diferentes estão disponíveis em diferentes países e as proporções em que 
eles são utilizados na produção de diferentes bens. Com base nessa teoria, um país tende a 
exportar bens intensivos nos fatores cuja oferta é abundante. 
Para o economista Paul Krugman, os países participam do comércio internacional por dois 
motivos básicos: em primeiro lugar, porque diferem um dos outros, permitindo a especialização 
na produção daquilo que fazem melhor em relação aos demais; em segundo lugar, para obter 
economias de escala, de forma a produzirem numa escala maior e mais eficiente do que se 
tentasse produzir todos os bens de que necessitam. 
Diante desse quadro, as potências aliadas reunidas em Bretton Woods em 1944, concluíram 
pela necessidade de reconstrução da economia mundial, fundando uma nova ordem econômica 
baseada em três instituições: o Fundo Monetário Internacional (FMI), o Banco Internacional 
de Reconstrução e Desenvolvimento (BIRD) e a tentativa de criação da Organização 
Internacional de Comércio (OIC), cujos reflexos no comércio internacional refletem-se até os 
dias atuais. 
7 
 
Entre as medidas propostas, encontrava-se aquela de construção de uma nova ordem jurídica 
que garantisse a tutela jurisdicional em tribunais internacionais e nacionais. Em 1947, foi 
instituído o Acordo Geral sobre Tarifas e Comércio (General Agreement of Tariffs and Trade 
- GATT), com o objetivo de reconstrução do comércio internacional e sua regulamentação. 
3.1 Teorias do Comércio Internacional 
No século XVIII, a doutrina mercantilistaperdeu força, sendo substituída pela doutrina liberal, 
denominadas teorias clássicas, inicialmente com David Hume (1758) e, principalmente, com 
Adam Smith (1776). 
3.1.1 Teorias Clássicas 
Teoria das vantagens absolutas: A teoria das vantagens absolutas foi desenvolvida por Adam 
Smith, em seu livro “A Riqueza das Nações” (título completo: Uma investigação sobre a 
natureza e as causas da riqueza das nações), publicado originalmente no ano de 1776. Segundo 
Smith, a riqueza de cada país não seria considerada considerando a quantidade de metais 
preciosos acumulados, como defendiam os mercantilistas, mas à sua força de trabalho. Esse 
era o fator de produção que gerava riqueza ao país. Além disso, deveria ser considerada a 
riqueza das nações tomadas em conjunto, e não a riqueza de cada país de forma separada. 
Segundo a teoria clássica, o livre comércio proporcionaria o crescimento de todos os países, 
sendo que cada país deveria se concentrar na produção dos bens que lhe oferecem vantagem 
absoluta, ou seja, em artigos cujos custos de produção fossem mais baixos do que em outros 
países. 
 Adam Smith, o pai do liberalismo, pregava a abstenção do Estado e a regulação da 
economia pelo mercado: a “mão invisível” do mercado resolveria quase tudo! 
O principal pilar da Teoria das Vantagens Absolutas era a divisão internacional da produção: 
cada país deveria se especializar na produção de itens em que possuísse maior eficiência 
(utilização de uma menor quantidade de insumos na produção do bem), importando os demais 
bens a serem consumidos internamente, e exportando o excedente de sua produção. Segundo 
essa teoria, a divisão internacional da produção permitiria a produção de bens com menores 
custos por países que possuíssem vantagens absolutas em sua produção, proporcionando um 
aumento do bem-estar a todos. Um ponto interessante: para Smith, nem sempre é necessário a 
obtenção de superávits (exportação menos importação) para justificar o comércio 
8 
 
internacional, visto que o comércio pode beneficiar todos os envolvidos na operação, pela 
redução do custo de produção. 
Teoria das Vantagens Comparativas: A Teoria das Vantagens Comparativas, desenvolvida 
por David Ricardo, justifica o comércio internacional mesmo quando um país for mais eficiente 
na produção de todos os bens, ou seja, mesmo que tenha vantagens absolutas em todos os bens 
considerados. 
Para Ricardo, o comércio internacional se justifica mesmo quando um país não possua 
vantagens absolutas em relação a outros, visto que não é o princípio da vantagem absoluta que 
possibilita o comércio, mas as vantagens comparativas. 
 Mas o que seria vantagem comparativa? São as diferenças de produtividade de 
diferentes bens, considerando o custo de oportunidade. O custo de oportunidade 
considera aquela velha escolha que temos que fazer (e os países também) analisando 
aquilo que devemos abrir mão para obter outro item. No caso de países, abrir mão de 
se produzir determinado bem para focar a produção em outro bem mais vantajoso. 
Segundo Ricardo, os países deveriam se especializar em bens nos quais tivessem vantagem 
comparativa, e adquirir os demais bens no mercado externo a um preço inferior (considerando 
o fator trabalho) ao que seria na produção interna. 
 Críticas: O modelo considera apenas um fator de produção (trabalho); O modelo 
considera um grau extremo de especialização, que não se observa no mundo real; O 
modelo não considera os efeitos indiretos do comércio internacional sobre a 
distribuição de renda dentro dos países; O modelo não considera as diferenças entre as 
dotações de recursos entre os países; O modelo não considera as economias de escala. 
3.1.2 Teorias Neoclássico 
Teoria das Proporções de Fatores – Heckscher-Ohlin: A Teoria das proporções de fatores 
foi desenvolvida por dois economistas suecos, Eli Heckscher e Bertil Ohlin (Ohlin recebeu o 
Prêmio Nobel de Economia em 1977), e se fundamenta na inter-relação entre as proporções 
em que fatores de produção diferentes estão disponíveis em diferentes países, e nas proporções 
em que eles são utilizados na produção de diferentes bens. Com base nessa teoria, um país 
tende a exportar bens intensivos nos fatores cuja oferta é abundante. 
9 
 
Esta teoria procura fundamentar o comércio internacional considerando mais de um fator de 
produção. Além do fator “trabalho”, considerado na teoria ricardiana, o modelo de Heckscher-
Ohlin analisa as vantagens comparativas considerando o custo de produção também com base 
nos fatores “terra”, “recursos naturais” e “capital”. Como exemplo, se um país cujo fator 
trabalho for abundante poderá ter um custo relativo menor em produtos intensivos em trabalho; 
por outro lado, um país intensivo em capital poderá ter vantagem comparativa na produção de 
bens intensivos em capital. 
 Críticas: O modelo não fundamenta o comércio entre países com proporções de fatores 
semelhantes; O modelo não analisa o comércio intrafirmas (mesmo setor); O modelo 
não considera a empresa multinacional; O modelo não considera as economias de 
escala; O modelo não considera a variação das tecnologias empregadas e da distinção 
dos produtos. 
3.1.3 Novas Teorias do Comércio Internacional 
Para tentar justificar a existência do comércio internacional entre países com estruturas 
produtivas semelhantes, bem como a existência do comércio intrafirmas (dentro do mesmo 
setor), surgiram novas teorias do comércio internacional. 
 Economia de escala 
Uma das principais teorias que justificam o comércio internacional mesmo entre países 
com estruturas produtivas semelhantes foi apresentada por Paul Krugman, que destaca 
a importância das economias de escala para a especialização da produção o 
desenvolvimento do comércio. 
Segundo Krugman “Nem sempre é a vantagem comparativa que impulsiona o comércio. Em 
vez disso, muitas vezes são os retornos crescentes ou as economias de escala – isto é, a 
tendência de os custos unitários serem mais baixos com uma produção maior – que levam ao 
comércio. As economias de escala estimulam os países a se especializar e fazer comércio, 
mesmo na ausência de diferenças entre eles em termos de recursos ou tecnologias.” 
 Concorrência Monopolística 
Kurgman também justifica o comércio internacional entre países com estruturas 
produtivas semelhantes, bem como a existência do comércio intrafirmas, através da 
concorrência monopolística, que é um modelo de concorrência imperfeita. 
10 
 
Primeiro devemos diferenciar o comércio intrafirmas do comércio inter-firmas: 
 Comércio inter-firmas ou interindústria: relações comerciais entre setores 
diferentes, por exemplo, troca de soja por computadores; 
 Comércio intrafirmas ou intraindústria: relações comerciais entre o mesmo setor, 
por exemplo, no setor automobilístico. Nesse caso, ainda que um país produza e exporte 
automóveis, também é interessante importar outros automóveis que não são produzidos 
localmente. 
Na estrutura de concorrência monopolística, há um grande número de empresas que produzem, 
cada uma, determinado produto, que possui características próprias que o individualizam em 
relação aos demais. Tratam-se de produtos diferenciados, configurando um verdadeiro 
monopólio na produção desse item. Como exemplo, temos o Iphone da Apple, que concorre 
com diversos outros smartphones, mas possui um diferencial que o torna único, permitindo sua 
produção em escala. 
 Gosto dos consumidores 
Por fim, outra teoria que justifica o comércio internacional entre países com estruturas 
semelhantes foi desenvolvida por Linder, na Teoria dos Gostos dos Consumidores. 
Segundo tal teoria, o gosto dos consumidores influencia a demanda de determinados 
bens, condicionados pelo nível de renda da economia do país. Isso leva a uma situação 
comercial que aproxima os países e proporciona o comércio intrafirmas. 
4 ASSIMETRIAS REGIONAIS 
A questão do desenvolvimentodos territórios tem sido alvo de muitos estudos e debates. A 
compreensão dos mecanismos do crescimento e do desenvolvimento, quer ao nível nacional, 
regional ou mesmo local, é fundamental para melhor apreender a realidade territorial de um 
país e, sobretudo, para a transformar. 
As características de cada território e a respectiva dotação de recursos são fundamento para a 
existência, num certo momento, de regiões menos desenvolvidas e de outras mais 
desenvolvidas, mas, em matéria de desenvolvimento, nem tudo se resume a uma questão de 
dotação de recursos (KUZNETS, 1973). 
As disparidades regionais estão também ligadas quer a localizações periféricas quer às 
estruturas e dinâmicas económicas, sociais e institucionais das distintas regiões 
11 
 
(CHERODIAN; THIRLWALL, 2013). Por norma, as regiões mais periféricas são mais 
atrasadas uma vez que estão mais distantes dos principais centros de produção, de consumo e 
de decisão pública. 
Assiste-se hoje a uma mudança de paradigma das políticas regionais, a qual é fruto, por um 
lado, da globalização e da entrada no mercado mundial de novos países com capacidades 
humanas relevantes e baixos custos do trabalho e, por outro lado, das dificuldades orçamentais 
que atingem vários países desenvolvidos, nomeadamente da União Europeia. Deste modo, 
durante décadas as políticas regionais assentaram no paradigma da equidade que influenciou 
políticas assistencialistas que visavam promover níveis mínimos de acesso dos cidadãos ao 
bem-estar, independentemente do local da sua residência, e preconizavam que a dotação dos 
espaços menos desenvolvidos com diversos tipos de amenidades urbanas e com acessibilidades 
constituía um factor de valorização capaz de servir para atrair actividades produtivas. A 
experiência veio revelar que, embora tratando-se de condição necessária, essa dotação não era 
condição suficiente, pelo que na generalidade dos casos as disparidades territoriais no domínio 
das actividades produtivas não se reduziram, pelo menos ao nível desejável, que era o de os 
territórios menos desenvolvidos adquirirem sustentabilidade de mercado, libertando-se da 
dependência dos fundos públicos. Nas condições actuais de competição intensa entre 
economias, que o futuro deverá acentuar, o paradigma da política regional tem vindo a 
deslocar-se para o eixo da competitividade. Nesta nova perspectiva o território constitui uma 
dimensão da própria competitividade e a solidariedade entre territórios só tem sustentabilidade 
se for geradora de competitividade para os territórios menos desenvolvidos, não apenas em 
termos dos factores materiais (dotação de bens públicos), mas especialmente em termos da 
valorização de recursos humanos e da geração de iniciativas empresariais com possibilidades 
de sucesso em mercado aberto. 
Assimetria Regionais em Portugal 
A problemática do desenvolvimento dos territórios tem sido alvo de muitos estudos e debates. 
No caso português, em concreto, há muito que a literatura empírica sublinha a realidade 
socioeconómica assimétrica que o país apresenta, contrastando sobretudo litoral e interior, mas 
também “Norte” e “Sul”. 
As características de cada território e a respectiva dotação de recursos são fundamento para a 
existência, num certo momento, de regiões menos desenvolvidas e de outras mais 
12 
 
desenvolvidas, mas, em matéria de desenvolvimento, nem tudo se resume a uma questão de 
dotação de recursos. A compreensão dos mecanismos do desenvolvimento, quer ao nível 
nacional, regional ou mesmo local, é fundamental para melhor apreender a realidade e, 
sobretudo, para a transformar. 
È geralmente aceite que Portugal é um país marcado por profundas diferenças em matéria de 
bem-estar interno (OCDE, 2008; IFDR, 2010; INE, 2011; VALA; PINHO, 2011). Referindo-
se a esta realidade, Simões Lopes sublinhava em 1976 o contraste existente entre a faixa litoral 
do país, representando pouco mais de 1/4 da superfície, e o respectivo peso em matéria de 
população - 2/3 da população residente -, e também do produto nacional - cerca de 4/5 
(SIMÕES LOPES, 1976 e 1979). 
Neste afirmar de assimetrias territoriais, aparecem muitas vezes mencionados, igualmente, os 
contrastes de condições de vida e de equipamentopúblico existentes no litoral e no interior do 
território nacional (SIMÕES LOPES, 1979; ROCHA-TRINDADE, 1996; OCDE, 2008), 
embora vários estudos empíricos também façam sobressair dicotomias marcadas entre “Norte” 
e “Sul” (OCDE, 2008; VALA; PINHO, 2011). Esta é razão para nos interrogarmos sobre quais 
os factores que concorrem para esses desequilíbrios. Aí chegados, numa etapa subsequente, 
abrir-se-á espaço para actuar de forma mais eficaz no sentido da correcção das assimetrias 
existentes, com recurso a políticas públicas especialmente desenhadas para esse efeito e/ou 
questionar a eficácia das políticas implementadas 
Revisão das teorias de crescimento e de desenvolvimento regional 
Quando se invocam as teorias de crescimento regional é forçoso fazer menção à teoria da base 
económica de exportação, uma teoria bem antiga, que terá recebido de H. Hoyt (1936- 1939) a 
formalização com que se apresenta modernamente. Hoyt propunha a teoria segundo a qual 
seriam as potencialidades de certos “empregos” que determinariam a dimensão maior ou menor 
de parte das cidades. Este tipo de “empregos”, designados de básicos, seria a fonte primeira do 
crescimento urbano, os quais haveria que procurar nas actividades de exportação (GOUGUET, 
1981). A pertinência da teoria da base, conforme é geralmente reconhecida, radica na 
importância que confere à abertura das economias regionais e ao papel que os modelos de 
procura nacional (ou extra-regional) desempenham no crescimento regional (RICHARDSON, 
1977; SIMÕES LOPES, 1979). Da ênfase posta no lado da procura e da natureza agregada que 
preserva, percebe-se a inspiração keynesiana desta teoria, mesmo relegando para um plano 
13 
 
menor o investimento autónomo. Depois desta proposta pioneira, o pensamento sobre o 
crescimento regional foi enriquecido pelos importantes contributos que emergiram nos anos 50 
e nos anos 80 e 90, fazendo uma viragem de página das abordagens funcionalistas para as 
“territorialistas”. 
Nesse percurso, as correntes de inspiração neoclássica e heterodoxa percorreram caminhos 
paralelos, no quadro de um debate entre paradigmas que umas vezes se fez sentir de forma mais 
veemente que noutros. O debate entre as abordagens do crescimento equilibrado e do 
crescimento desequilibrado foi um dos mais contundentes nessa afirmação de diferença de 
olhar o crescimento regional e daí, também, as políticas regionais. 
4.1 Factores do Desenvolvimento 
O processo do Crescimento 
No dizer de Delfim Netto, "é preciso lembrar que o desenvolvimento econômico é um processo 
global de transformação, que implica em modificações quantitativas e qualitativas no sistema 
produzido; em modificação das relações entre os indivíduos e que altera não apenas a estrutura 
econômica, mas também os valores básicos e as formas de comportamento de toda a sociedade 
tradicional" (Antonio Delfim Netto "O papel do empresário privado no Processo de 
Desenvolvimento Econômico" "Problemas Brasileiros", n.o 24, pág. 2.); Verifica-se, por essa 
definição do ilustre economista que o desenvolvimento econômico, além de implicar em 
processo global de transformação da estrutura econômica vigente, possuem fundamentos 
também sociológicos. Não basta pretender aumentar a quantidade de capital em relação à mão 
de obra, lembra a mesmo autora, para realizar o desenvolvimento. Muito mais importante do 
que aumentar a quantidade do fator capital "é a descoberta de novas formas produtivas (novos 
tipos de combinação entre o capitall e a mão de obra), porquanto o papel preeminente no 
processo de desenvolvimento econômico cabe à incorporação das novas. Técnicas produtivas 
e não apenas à acumulação (ídem,ídem, pág. 2).. Pode ocorrer, como se evidencia, um processo 
de desenvolvimento pelo melhor aproveitamento dos fatôres produtivos e nítida melhoria 
tecnológica, me~mo que os índices do rendimento individual não superem, por vêzes, os 
limite's pré-estabelecidos ern escalas de rendas mais ou menos variáveis. Não devemos pois, 
limitarnos à medir o gráu do desenvolvimento pelo índice exclusivo da renda IIper capitall, 
conforme já o acentuámos e de acôrdo, ainda, com o ensinamento de 
KINDLEBERGER(CharlesP. KindlebergerliDe. sarrollo Econômicoll, pág. 1). 
14 
 
Índices do Crescimento Economico 
O Diretor da USAIDno Brasii, Dr. Donnor Lion, lembra, com mui. ta oportunidade, IIque o 
desenvolvimento econômico visa aumentar o número de bens e serviços disponíveis para à 
utilização e aproveitamento por parte do povo. Todos estamos de acôrdo, porém que o 
desenvolvimento econômico satisfatório é indispensável, mas não é suficiente. Ao nos 
dedicarmos à aceleração de realizações materiais, procuramos buscá-Ias dentro de um ambiente 
democrático, tanto social como políticoll (Suplemento do Nordeste, in Folha de São Paulo, ed. 
21-8-66). E' de fato, sem liberdade social e política não pode haver democracia social e 
econômica, e sem ela de nada valerá o desenvolvimento material. Pelos cânones admitidos 
quase que unânimemente, os países que apresentam renda "percapita" inferior a 250 dólares 
anuais, ainda não iniciaram a sua fase inicial de expansão cumulativa; não possuem, ainda, a 
suficiente infraestrutura econômica e as condições tecnológicas mínimas, para a aceleração 
econôm~ca. Acima dêsse Iirnite inferior e até aproximadamente 500 dólares de renda IIper 
capita", considera-se que o país que apresentar tal rendimento se encontra em fase de 
desenvolvimento, que será pleno ao ultrapassar o této de 800 dólares anuais. Jamais poderemos 
prescindir de tais índices, pois segundo o gráu de intensidade do crescimento da renda que se 
tenha por alvo, será previsível a intensidade da procura por setores de produção. 
Os índices Mundiais do Desenvolvimento 
Em levantamento procedido pelo Centro de Estudos Internacionais do Instituto de Tecnologia 
de Massachussets, deparamos com os índices de renda média "percapita" em praticamente 
todos os países do mundo tal levantamento indica, para o Brasil, rendas de 112 a 215 dólares 
em 1940 e 1950. Citando elementos do Grupo Misto BNDE - Cepal, verificamos que a renda 
média percapita da América Latina, em 1953, era idêntica a dos Estados Unidos em 1840. Em 
1953 a renda média per capita dos Estados Unidos era, já da ordem de 2.000 dólares, 
significando que a da América Latina (248 dólares), equivalia a 1/8 da norte americana à taxa 
anual de 2,4%. A renda média per capita atingi~ ria a cifra de 666 dólares dentro de 42 anos. 
Pressupondo que o crescimento da renda per capita norte-americana prosseguisse com a taxa 
média de 2,0 por cento ao ano, a América Latina somente conseguiria equiparar a sua à renda 
dos Estados Unidos dentro do prazo mínimo de 252 anos - (Análise e Projeções do 
Desenvolvimento Econômico, Grupo Misto BNDE - Cepa I, 1957, pág. 14). 
15 
 
5 INDUSTRIALIZAÇÃO 
O debate sobre o papel da industrialização para o desenvolvimento econômico não é novo. Pelo 
contrário, trata-se de uma das mais antigas e controversas discussões presentes na literatura 
econômica 
Não há uma via única para a industrialização. Ela envolve a interação de tecnologia, 
especialização e comércio, gerando mudanças estruturais nas economias e induzindo altos 
níveis de investimento e emprego. No âmago do processo está o governo, na sua função de 
influenciar tanto o ritmo quanto a eficiência da industrialização. Uma visão ampla da história 
da industrialização revela cinco fatores decisivos nesse processo. Condições iniciais. 
Um país com amplo mercado interno está mais bem situado para instalar unidades fabris que 
se beneficiem de economias de escala. Como a distância entre os países em muitos casos é uma 
proteção natural para as firmas nacionais, tudo o mais se equivalendo, um país com um 
mercado interno mais amplo em termos de área e população pode começar a se industrializar 
mais cedo que outro com um mercado interno menor. 
Mas o tamanho não é o único fator necessário à industrialização. Como mostram os casos do 
Japão e do Reino Unido. Ser rico em recursos naturais pode proporcionar a um país os meios 
financeiros para importar tecnologia estrangeira. E um nível alto de renda pode manter um 
amplo mercado interno para produtos industrializados. 
5.1 Criando a base para a Industrialização em Moçambique 
O processo de industrialização envolve, de início, a mobilização de todos os factores 
indispensáveis para o seu sucesso, dentre os quais: 
i. A criação da base institucional da industrialização. 
ii. A formação do capital humano necessário para a industrialização. 
iii. A organização e construção da base física da industrialização. 
Além disso, o enfoque da industrialização deve considerar as assimetrias regionais e dinamizar 
os locais de fornecimento de matéria-prima às indústrias. Assim a resposta imediata a esses 
desafios, em período de tempo relativamente breve, é condição necessária para o início do 
processo de industrialização. 
16 
 
Evidentemente, esses desafios não se esgotarão de imediato, assumindo características distintas 
e exigindo possivelmente correcções de rumo, à medida que se avança no processo de 
industrialização. 
 Contudo, o sucesso inicial na implementação de medidas que estabelecem as bases para 
a industrialização é crucial e será determinante para o êxito do 20 processo. É 
necessário, portanto, estabelecer um sistema de planificação, monitoria e avaliação e 
de articulação e coordenação integrado dessas diversas linhas de actuação. 
Essas medidas configuram o marco institucional, humano e físico dentro do qual operarão as 
políticas voltadas mais directamente para a implantação, expansão subsequente e consolidação 
futura do parque industrial em Moçambique. 
5.2 Acordos Internacionais Como Factor de Desenvolvimento 
A partir do pós Segunda Guerra Mundial a questão do desenvolvimento se tornou uma 
relevante fonte de debates no âmbito das organizações internacionais, tanto no sentido da sua 
conceituação, o que se entenderia como desenvolvimento (e, por conseguinte, que países 
poderiam ser considerados como desenvolvidos), como nas possíveis maneiras de se alcançá-
lo. Para tal, no contexto dos citados organismos, foram assinados diversos acordos visando dar 
concretização a estas discussões. 
Levando em consideração que a problemática do desenvolvimento tem se apresentado como 
um tema recorrente nos principais fóruns e discussões globais faz-se necessário um estudo, sob 
a perspectiva do Direito Internacional, que busque compreender as relações jurídicas 
envolvidas nesses acordos, em especial no que tange à eficácia destes. 
Uma análise importante a ser feita sobre a temática do desenvolvimento é saber como esta é 
juridicamente disposta nos acordos internacionais, ou seja, é preciso entender questões relativas 
à normatividade, ou não, de tais acordos. Tal compreensão leva a diversas implicações, em 
especial, no campo da eficácia jurídica (ou validade social). Existem diversas teorias sobre a 
natureza jurídica dos citados acordos, assim como é possível encontra-los em inúmeras formas, 
a depender do entendimento de qual seria a melhor forma de alcançar o escopo proposto. Por 
conseguinte, pode-se discutir principalmente entre as interpretações dessas regulamentações 
na forma de soft law, princípios ou normas (hard law). 
17 
 
 Em relação ao soft law (também conhecido como direito flexível), este se caracteriza 
como um conjunto de normas sem coercitividade, estabelecidas, geralmente, por 
organismos internacionais, que se imporiam como regras a serem adotadas pelos 
Estados (também por particulares),nas suas relações jurídicas transfronteiriças. 
Dessa forma, o soft law existe em sua inteireza, ou seja, é considerado como uma norma 
completa que não exige, mas somente inspira a coerção. A utilização desse tipo de instrumento 
jurídico é muito comum nos acordos que envolvem temáticas desenvolvimentistas, 
principalmente no âmbito de instituições internacionais como a Organização das Nações 
Unidas (ONU), pois: Por fim, os acordos internacionais sobre desenvolvimento podem ser 
concebidos como norma jurídica no sentido de hard law, neste sentido, se referem às obrigações 
legais que são precisas (ou podem ser feitas precisas mediante a adjudicação ou emissão de 
regulamentos detalhados) e que delegam autoridade para interpretar e aplicar a lei. 
Ou seja, esse tipo de norma se caracteriza pela possibilidade clara de coercibilidade, possuindo 
instrumentos e detalhamento suficientes para a sua efetivação, como também podem indicar as 
instâncias ou autoridades legais que serão responsáveis pela fiscalização do cumprimento das 
ditas normas. Acordos com esse tipo de normatividade não são flexíveis e exigem um elevado 
grau de responsabilização dos Estados contratantes, algo que na temática desenvolvimentista 
pode ser delicado, pois as questões aí abordadas envolvem complexas variantes políticas, 
econômicas e sociais que podem dificultar ou prolongar o efetivo cumprimento do acordo. 
 
18 
 
6 CAPÍTULO III: CONCLUSÃO E REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
6.1 Conclusão 
Neste presente trabalho concluímos que o Comercio Internacional teve seu pico em Os regimes 
de livre-comércio, predominantes na segunda metade do século XIX, foram substituídos por 
considerável protecionismo, na Europa e em outras regiões, entre as duas Grandes Guerras 
Mundiais. Como observa Angus Maddison, “between 1913 and 1950, the world economy grew 
much more slowly than in 1870-1913, world trade grew much less than world income, and the 
degree of inequality between regions increased substantially” (2006, p. 24). Entretanto, desde 
a criação das instituições de Bretton Woods e do Plano Marshall, se testemunhou uma 
progressiva liberalização comercial. 
O comércio e o crescimento engendraram oportunidades recíprocas, um alimentando o outro, 
em escala cada vez mais global. Assim, os estudos acerca do comércio e do crescimento 
acabaram por ganhar ímpeto revigorado nas décadas de oitenta e, sobretudo, noventa. Desde 
então, reconstruíram-se os argumentos de que o comércio internacional traz benefícios para o 
crescimento e de que se alcançam tais benefícios, mediante a intensificação do comércio pelas 
vias da abertura econômica, como advogaria o Consenso de Washington. 
Para North, o desenvolvimento é um processo de transformação da ordem social e nesse 
contexto o crescimento econômico não conduz, necessariamente, a essa transformação. Pois, 
para que haja desenvolvimento é preciso que surjam mecanismos institucionais e 
organizacionais que facilitem a transferência para o campo político dos ganhos da economia. 
Sendo que esse processo não é automático e não pode ser pressuposto. 
19 
 
6.2 Referência bibliográfica 
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