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1 Natasha Ferreira ATM25 Anti-hipertensivos HIPERTENSÃO ARTERIAL (HA) condição clínica multifatorial caracterizada por elevação sustentada dos níveis pressóricos >= 140 (sistólica) e/ou 90 (diastólica) mmHg Frequentemente associada • Distúrbios metabólicos • Alterações funcionais e/ou estruturais de órgãos-alvo Agravamento com outros fatores de risco • Dislipidemia • Obesidade abdominal • Intolerância a glicose • DM Fatores de risco Não modificáveis • Idade (≥ 60 anos) • Sexo e etnia (negros) Modificáveis • Excesso de peso e obesidade (IMC ≥ 25 kg/m2) • Ingestão de sal (> 2 g/dia) • Ingestão de álcool (30-40 g de álcool/dia) • Sedentarismo • Fatores socioeconômicos REGULAÇÃO DA PA É regulada dentro de uma faixa estreita para prover a perfusão adequada aos tecidos sem causar lesões ao sistema vascular particularmente à túnica íntima arterial (endotélio vascular) Principais fatores que influenciam a PA Ela é diretamente proporcional ao DC e a resistência vascular periférica (quando uma aumenta as outras aumentam também) O sistema de regulação da PA se dá da seguinte forma: • Volume sanguíneo + tônus venoso promovem uma pressão de enchimento, a qual, juntamente com a contratibilidade e FC acarretam no DC • Associado ao DC, temos a RVP que é influenciada pelo tônus arteriolar (volume arteriolar) Vale lembrar que o DC e a RVP são controladas por dois sistemas: 2 Natasha Ferreira ATM25 • SN simpático através dos barroreceptores regulação da PA a curto prazo (rápida) • Sistema renina-angiotensina-aldosterona (rins) regulação da PA a longo prazo (lenta) ABORDAGEM TERAPÊUTICA Farmacológica – modulam o DC ou RPV Ativa enzimas para converter I em II 3 Natasha Ferreira ATM25 Não farmacológica Objetivo terapêutico • diminuição da PA • diminuição da morbidade e mortalidade DIURÉTICOS (DIU) Mecanismos de ação • Relacionam se inicialmente aos seus efeitos natriuréticos (excreção de Na e água) com diminuição do volume extracelular • Após 4-6 semanas teremos o equilíbrio de ação deles, pois o volume circulante praticamente se normaliza (diminuição da volemia) e ocorre redução da resistência vascular periférica (RPV) • São fármacos que diminuem o volume intravascular através: − Aumento da excreção renal de sódio e água − Aumentam o fluxo urinário − Redução volume extracelular Regulação de líquidos e eletrólitos pelos rins Inibidor da anidrase carbônica Poupadores de K+ DIU de alça 4 Natasha Ferreira ATM25 Classificação • Diuréticos Tiazídicos • Diuréticos de alça • Diuréticos poupadores de K+ • Inibidores da anidrase carbônica • Diuréticos osmóticos Início preferência aos DIU tiazídicos ou similares (clortalidona, hidroclorotiazida e indapamida) em doses baixas, pois são mais suaves e com maior tempo de ação DIU de alça (furosemida e bumetanida) tem preferência nos casos de insuficiência renal e situações de edema (IC ou insuficiência renal) Poupadores de potássio (espironolactona e amilorida) são utilizados em associação com os tiazídicos ou DIU de alça, pois sua propriedade natriurética é baixa. São utilizados para evitar a perda de K+ pelo uso de outros DIU. DIU Tiazídicos Atuam sobre o túbulo contorcido distal -> inibindo a reabsorção de Na e Cl retenção de água no túbulo maior eliminação de líquidos Mecanismo de regulação da PA Mudanças na urina • Maior retenção de Ca sérico • Maior excreção de Na e K − Maior excreção de Mg − Hiponatremia, hipotassemia e hipomagnesemia Representantes • Hidroclorotiazida 12,5 a 50mg/dia – 24h • Cloratalidona 12,5 a 50mg/dia – 24/48h • Indapamida 1,5 a 5mg/dia – 24h • Clorotiazida • Metolazona A clorotiazida foi o primeiro diurético ativo VO, capaz de tratar o edema grave da cirrose e da insuficiência cardíaca com efeitos adversos mínimos Hidroclorotiazida e a clortalidona são usadas mais comumente Clorotiazida, indapamida e metolazona são referidas como diuréticos do tipo tiazídico, porém esses fármacos não são tiazídicos verdadeiros São uteis no tratamento combinado com uma variedade de outros anti-hipertensivos, incluindo β bloqueadores, IECAs, BRAs e diuréticos poupadores de potássio • Aradois H (losartana + hidrocloro) • Aldazida (espinolactona + hidrocloro) • Captopril + hidrocloro 5 Natasha Ferreira ATM25 Efeitos adversos • Aumentam o ácido úrico sérico, diminuindo a quantidade de ácido excretado pelo sistema secretor de ácido orgânico • Desequilíbrio hidroeletrolítico − Alcalose hipoclorêmica − Hipopotassemia − Hiponatremia − Hipomagnesemia − Hipercalcemia − Hiperuricemia − Hiperglicemia – levam a um desequilíbrio dos carboidratos glicídicos e também pode ter relação com o aumento de lipídeos Obs: Em pacientes diabéticos, pode levar a um aumento da resistência insulínica, tendo um aumento dos níveis de glicose sérica Contraindicação • Pacientes com alergia a sulfas (tem sulfa na composição) Diu de Alça Mais eficazes Atuam sobre a alça de Henle Inibem o cotransporte de Na/K/Cl retenção de Na, água e Cl excreção destas substâncias Atuam rapidamente, mesmo em pacientes com função renal diminuída ou que não responderam a outros diuréticos Os diuréticos de alça podem aumentar o fluxo de sangue nos rins, possivelmente pelo aumento da síntese de prostaglandinas -> vasodilatação Mudanças na urina • Excreção de sódio e potássio • Diuréticos de alça aumentam a secreção de Ca na urina Representantes • Furosemida 20 a 320mg/dia – 24h • Bumetanida • Torsemida • Ácido etacrínico Uso terapêutico • Fármacos de escolha para reduzir edema pulmonar agudo e edema periférico agudo ou crônico causado por insuficiência cardíaca ou renal − Situações de emergência como edema pulmonar agudo devido ao seu rápido início de ação − Edema associado com: ICC, cirrose hepática e doença renal (inclusive síndrome nefrótica) • Hipercalcemia • HAS leve a moderada, geralmente em associação com outros anti-hipertensivos • Adjuvante no tratamento da crise hipertensiva Efeitos adversos • Hipopotassemia • Hipomagnesemia - O uso crônico de diuréticos de alça combinado com ingestão reduzida 6 Natasha Ferreira ATM25 de Mg2+ pode levar à hipomagnesemia, em particular nos idosos. • Hipotensão – associação com outros medicamentos • Hiperuricemia – caso da furosemida e ac. etacrínico • Ototoxicidade – Ac. etacrínico é o fármaco mais propenso a causar surdez Poupadores de K Atuam no túbulo e ducto coletor, mas por mecanismos diferentes Representantes • Espironolactona 12,5 a 100 mg/dia – 24h • Triantereno 50 a 150 mg/dia – 24h • Amilorida 2,5 a 5 mg/dia – 24h Espirinolactona é antagonista da aldosterona inibe a reabsorção Na e secreção K Amilorida e trantereno bloqueiam os canais de Na • impedir com que ocorra a secreção de K (maior retenção) e maior excreção de Na • atividade natrurética baixa por isso são associados a outros diuréticos, sendo uteis no tratamento de hipopotassemia Contraindicações • Pacientes com disfunção renal devido ao aumento do risco de hiperpotassemia Mudança na urina Paciente com ascite usar Espirilolactona, mesmo não tendo excreção tão significativa, é inibidor de aldosterona (diminui a absorção de Na e agua, fazendo com que elimine aos poucos o liquido) ADRENÉRGICOS DE AÇÃO CENTRAL Fármacos simpaticoplégicos ou agentes α-agonista de ação central Efeitos dos agentes alfa adrenérgicos • Estímulo dos receptores α2-receptores mecanismos simpaticoinibitórios • Diminuição da atividade simpática e do reflexo dos barorreceptorescontribuindo para bradicardia relativa e a hipotensão ortostática • Discreta diminuição na RVP e no DC • Redução nos níveis plasmáticos de renina – diminuição do mecanismo renina- angiotensina-aldosterona • Retenção de fluidos Representantes • Metildopa • Clonidina • Guanabenzo • Inibidores dos receptores imidazolínicos (moxonidina e rilmenidina) Metildopa É um α-2 agonista que é convertido em metilnorepinefrina no SNC, causando diminuição do efluxo adrenérgico Indicações • Apresenta risco B na gravidez • tratamento da hipertensão na gravidez (efetividade e segurança para a mãe e o feto) Efeitos adversos • Sedação e sonolência 7 Natasha Ferreira ATM25 • Pode provocar reações autoimunes (febre, anemia hemolítica, galactorreia e disfunção hepática) − Maioria dos casos desaparecem com a cessação do uso Nome comercial: Aldomet Clonidina Reduz a atividade simpática e aumenta a parassimpática -> diminuindo a pressão arterial e bradicardia Atua centralmente, inibindo os centros vasomotores simpáticos e diminuindo a estimulação simpática para a periferia Uso terapêutico Situações de hipertensão associada a: • síndrome das pernas inquietas • Retirada de opioides • Flushes da menopausa • Diarreia associada a neuropatia diabética • Hiperatividade simpática em pacientes com cirrose alcoólica Obs: Não apresentam efeito metabólico indesejado por não interferirem na resistência periférica à insulina nem no perfil lipídico ANTAGONISTAS ADRENÉRGICOS Betabloqueadores Antagonistas dos recep. β-adrenérgicos São opções de tratamento para pacientes hipertensos com doença ou IC concomitante • Ex: pacientes com infarto, arritmias, angina, ICC Mais eficazes em pacientes jovens do que idosos e em pacientes brancos do que negros Dois subtipos de receptores β adrenérgicos estão presentes em diferentes proporções nos diferentes tecidos • Beta 1 (predomínio no coração) • Beta 2 (predomínio nos pulmões) • A seletividade do fármaco está relacionada com a ação sob os subtipos de receptores Mecanismo de regulação da PA • Reduzem a PA em pacientes hipertensos, mas não em indivíduos normotensos • Reduzem a PA, 1º diminuindo DC − Bloqueio dos receptores no coração, promovendo diminuição da DC • Reduzem a liberação de renina dos rins (diminui a formação de angiotensina II e secreção de aldosterona) − Faz vaso dilatação, consequentemente uma redução da RVP − Redução da aldosterona menor retenção de sódio e água, diminuindo o volume sanguíneo menor DC 8 Natasha Ferreira ATM25 Efeitos no organismo • Sistema respiratório -> bloqueio de receptores β2 leva a broncoconstrição − BB não seletivos (propranolol e nadolol) podem precipitar crises respiratórias • Efeitos metabólicos -> interferem no mecanismo das catecolaminas (aumenta os níveis de AMPc) • Bloqueia a liberação de glicose em resposta à adrenalina − diminuição glicogenólise − diminuição lipólise − Diabetes tipo I - hipoglicemia acentuada após insulina. Classificação e representantes ❶ Não seletivos (1ªg) • Propranolol 10,40,80mg – 2x/dia (usual 120-240mg) • Pindolol • Nadolol • Timolol ❷ Β1-seletivos (2ªg) • Atenolol 25,50 e 100mg – 1x/dia (usual 25-100mg) • Esmolol • Metoprolol 40 e 100mg – 2x/dia (usual 100-200mg) ❸ Não seletivos (3ªg) • Carvedilol 6,25; 12,5 e 25mg – 2x/dia (usual 25-50mg) ❹ Β1-seletivos (3ªg) • Nebivolol Farmacocinética • São ativos por VO para o tratamento da hipertensão • Propranolol sofre biotransformação de primeira passagem extensa e altamente variável − Não tem metabolismo exato, mas o que chega na corrente sanguínea terá resposta • Podem demorar várias semanas até desenvolverem seu efeito pleno • Esmolol, metoprolol e propranolol estão disponíveis em formulação intravenosa (IV) – casos de emergência Efeitos adversos • Broncoespasmo, • Bradicardia, distúrbios da condução atrioventricular • Vasoconstrição periférica • insônia, pesadelos, depressão psíquica • Astenia • Disfunção sexual − Nebivolol tem menor efeito de disfunção sexual possivelmente em decorrência do efeito sobre a síntese de óxido nítrico endotelial (aum. vasodilatação) • Podem acarretar intolerância à glicose -> Induzir o aparecimento de novos casos de DM, − Potencializado quando utilizados com DIU • Hipertrigliceridemia com elevação do LDL colesterol e redução da fração HDL colesterol Obs: Os BB 3ª geração (carvedilol, nebivolol) têm impacto neutro ou até podem melhorar o metabolismo da glicose e lipídico possivelmente em decorrência do efeito de vasodilatação com diminuição da resistência à insulina e melhora da captação de glicose pelos tecidos periféricos Obs: Propanolol pode ser utilizado pra enxaqueca (bloqueio do SNS e modula o processo de vasodilatação e fluxo sanguíneo, diminui a taquicardia mediada pelo momento de dor/estresse e não diminui a PA) e para tremor essencial (quando o musculo está tensionado) 9 Natasha Ferreira ATM25 Suspensão brusca dos β bloqueadores pode provocar • Hiperatividade simpática, com hipertensão de rebote e/ou manifestações de isquemia miocárdica • Principalmente em hipertensos com PA prévia muito alta Contraindicações • BB 1ª e 2ª geração -> pacientes com asma brônquica, DPOC e bloqueio atrioventricular de segundo e terceiro graus − Afetam receptores β2 3ª Geração Além das ações anteriores, têm efeito vasodilatador por mecanismos diferentes • Carvedilol pelo seu efeito de bloqueio concomitante do receptor alfa 1 adrenérgico usado no tratamento hipertensão e IC • Nebivolol por aumentar a síntese e liberação de óxido nítrico no endotélio vascular (vasodilatação) • Possuem sinergismo de efeitos (bloqueiam os receptores β1 e vasodilatação) Alfabloqueadores Antagonistas dos receptores α Representantes • Doxazosina • Prazosina • Terazosina São utilizados comumente em pacientes com hiperplasia prostática benigna (melhora dos sintomas) Bloqueio α1 inibe a vasoconstrição e o aumento na PA induzidas pelas catecolaminas endógenas Agem como antagonistas competitivos dos receptores α1 pós-sinápticos levando a redução da RVP sem interferir no DC Apresentam uma discreta melhora no metabolismo lipídico e glicídico Efeitos adversos • Hipotensão postural (mais evidente com a primeira dose, sobretudo se a dose inicial for alta); • Palpitações/taquicardia • Astenia • Incontinência urinária (mulheres) • Vertigem • Disfunção sexual Obs: Doxazosina têm maior risco de incidência de ICC, porém é recomendada para tratamento de HPB Obs: Doxazozina deve ser iniciado a noite, com baixas doses, devido ao risco inicial de hipotensão IECAS Inibidores da Enzima Conversora de Angiotensina Representantes • Captopril 12,5; 25 e 50mg -- 2-3x/dia (usual 25-150mg) • Enalapril 5,10 e 20mg – 2x/dia (usual 10-40mg) • Lisinopril 5,10 e 20mg – 1x/dia (usual 20-40mg) Enalapril e lisinopril são recomendados como tratamento contra hipertensão em pacientes com uma variedade de indicações; • Risco alto de doença coronária • História de diabetes • AVE • IC, IAM • Doença renal crônica O Enalapril é um pro-fármaco oral, o qual é convertido por hidrólise em enalaprilato, cujos efeitos assemelham-se aos do captopril 10 Natasha Ferreira ATM25 Captopril e Lisinopril não são metabolizados no fígado uso insuficiência hepática grave Mecanismo de ação Diminuem a PA reduzindo a RVP, sem aumentar reflexamente o DC, a frequência ou a contratilidade cardíaca Bloqueiam a síntese de angiotensina II e inibem a degradação de bradicinina Obs: Retardam a progressão da nefropatia diabética e diminuem a albuminúria(proteína na urina) Inibem a degradação de bradicinina (papel importante na redução da PA), pois ela é metabolizada por uma enzima (Cininase II) de mesma conformação da ECA. Ao aumentar a concentração de bradicinina (pela inativação da enzima que a degrada) vasodilatação mediada pela liberação de NO e prostaciclinas diminuir a RVP diminuição da PA Efeitos adversos • Tosse seca − Aumento da bradicinina e substância P na árvore pulmonar (mais comum mulheres) • Hiperpotassemia − Interrupção da síntese de aldosterona – retém K − Suplemento de potássio e diurético poupador de potássio devem ser usados com cautela devido ao risco de hiperpotassemia • Erupção cutânea • Hipotensão Contraindicação • Gravidez – pode induzir a malformações fetais BRAS Bloqueadores dos receptores de AT1 da angiotensina II Representantes • Losartana 25, 100mg – 1-2x/dia • Candesartana 8, 32mg – 1x/dia • Irbesartana 150, 300mg – 1x/dia • Eprosartana Eles antagonizam a ação da angiotensina II bloqueio específico dos receptores AT1 responsáveis pelas ações da angiotensina vasoconstrição, proliferação e estimulação da liberação de aldosterona estarão inibidas Losartana e irbesartana são alternativas aos IECAs 11 Natasha Ferreira ATM25 Mecanismo de ação Obs: Não exercem nenhum efeito sobre o metabolismo da bradicinina -> bloqueadores + seletivos dos efeitos da angiotensina II do que os inibidores da ECA Efeitos adversos Semelhantes aos dos IECAs • Risco de tosse e angioedema seja significativamente menor • Hiperpotassemia • Diminuição de função renal em presença de estenose bilateral de artéria renal ou unilateral em rim único Contraindicações • Não devem ser associados com IECA para o tratamento da hipertensão devido à similaridade de mecanismo e de efeitos adversos − Podem potencializar os efeitos colaterais e hipertensivos por conta da sobreposição dos mecanismos • Gestantes – atividade teratogênica REDUÇÃO DA PA 12 Natasha Ferreira ATM25 BCCS Bloqueadores de Canais de Cálcio Opção de tratamento recomendado para hipertensos com diabetes ou angina Doses elevadas de BCCs de curta duração devem ser evitadas devido ao maior risco de infarto do miocárdio por vasodilatação excessiva e acentuada estimulação cardíaca reflexa Mecanismo de ação Reduzem a excitabilidade do coração e a frequência promove relaxamento da musculatura lisa arterial e redução da RVP Representantes ❶ Não diidropiridinas – sistema de liberação lenta (programada) • Fenilalquilaminas − Verapamil retard − é o menos seletivo e apresenta efeitos significativos nas células cardíacas e no músculo liso • Benzotiazepinas − Diltiazem − apresenta efeitos significativos nas células cardíacas e no músculo liso ❷ Diidropiridinas • Anlodipino • atuam mais no músculo liso • apresentam alta afinidade pelos canais de cálcio vasculares do que pelos localizados no coração • Vantagem: menor interação farmacológica com outros fármacos cardiovasculares (digoxina, varfarina), que são frequentemente usados em conjunto com BCCs Farmacocinética • A maioria dos BCCs apresenta meia vida curta (3-8h) após administração oral • Preparações de liberação sustentada permitem uma dosificação única por dia − Liberado aos poucos mesmo tendo tempo de meia vida curto • Anlodipino tem meia vida muito longa e não requer formulação de liberação estendida Efeitos adversos • Edema periférico (anlodipino) • Rubor • Cefaleia • Vertigem • Hipotensão VASODILATADORES DIRETOS Representantes • Hidralazina 50 a 200mg – 8-12/h • Minoxidil 2,5 a 40mg – 12-24/h • Nitroglicerina 5 a 200ug/kg/min – IV contínuo Relaxantes de músculos lisos de ação direta e não são usados como fármacos de 1ª escolha no tratamento da hipertensão Efeitos adversos • Hipotensão postural • Palpitações • Cefaleia • Hipertricose (Minoxidil) • Exacerbação de angina (hidralazina) • Aumentam a concentração plasmática de renina retenção de Na e água • Indução do lúpus eritematoso sistêmico (raro) Esses efeitos indesejados podem ser bloqueados pelo uso concomitante de um diurético e um β- bloqueador • Hidralazina é administrada quase sempre em associação com um β-bloqueador (propranolol, metoprolol ou atenolol) compensar a taquicardia reflexa e um diurético reduzir a retenção de Na 13 Natasha Ferreira ATM25 • Diminuem o DC, o volume plasmático e a RVP INIBIDORES DIRETOS DA RENINA Representante • Alisquireno 300mg • Único disponível para uso clínico no BR É biotransformado pela CYP3 A4 e é sujeito a interações de fármacos Nome comercial: Rasilez Mecanismo de ação Promove a inibição direta da ação da renina diminuição da formação de angiotensina II Reduz a PA com eficácia similar à dos BRAs, IECAs e Tiazídicos Contraindicação • Gestação 14 Natasha Ferreira ATM25 PERGUNTAS DA AULA a) Beta I seletivo - vasoconstrição no coração b) Eliminação de sódio e água hidroclorotiazida e clortaridona c) Aumento de Ca no sangue, retém ac. Úrico 1. D - Poupar potassio (espirolactona vai ser associado a um diurético sempre) Em que situações fazemos reposição de potassio IV? • Quando o paciente encontra-se com cetoacidose (potassio abaixo do limite -3,3) e precisa utilizar insulina, devemos repor o potassio para evitar que o potassio saia da ciruculação (diminua concentração sérica) e se tenha uma parada cardíaca Pacientes cardiopatas podem fazer uso de potássio com medicamentos (low K) Podemos repor potássio pela dieta (banana) - estivermos com câimbra 15 Natasha Ferreira ATM25 2. A - é IECA sendo nefroprotetor Betabloq não seletivo diminuem resistência a insulina prejudicando o diabetes 3. A - medicamento que pode desencadear doença autoimune (tipo lupus) 4. D - antagonista de receptores alfa I adrenérgico 1. A - em emergência podemos utilizar enalapril sublingual quando PA diastólica está elevada 16 Natasha Ferreira ATM25 2.. D - alfa I bloq (hipotensão postural) Não pode ser betabloq de 3ªg por estar causando taquicardia 3. A - agonistas centrais alfa II (clonidina, metildopa) - retirada abrupta pode causar superestimulação simpática 4. C - betabloq relacionado a disfunção sexual 17 Natasha Ferreira ATM25 5. D - IECA ou BRA, se está no estágio 2 da PA precisa fazer associação medicamentosa 6. D - se faz uso de lisinopril não podemos acrescentar BRA 7. D - IECA e BRA estão relacionados a retenção de K Espironolactona - poupadora de K Clortaridona - diuretico (joga fora) Furozemida diminui o K sérico 18 Natasha Ferreira ATM25 8. C - edema de MMII - bloq de canal de Ca (anlodipino...) efeito colateral característico 9. C - vasodilatador direto (pode ser metildopa tbm) 10. A - não sofre metabolização hepática, e por esse paciente ter diabetes ele faz nefroproteção HAS, diabetes, hepatite C c/ insuf. hepática
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