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MA RI A E DU RA DA PROPOSTA DA PSICOLOGIA COMUNITÁRIA AUTORIA: MARIA EDUARDA LEÃO DE CASTRO A Psicologia Comunitária reconhece o sujeito como um agente transformador de sua própria realidade, de forma que a atuação irá considerar a participação social como algo fundamental para o desenvolvimento de ações. A partir disso, o profissional tem como objetivo conhecer a realidade em que a comunidade está situada, para que a sua prática esteja sempre alinhada com as demandas da comunidade. Além disso, a Psicologia Comunitária considera as relações de poder existentes, de modo que compromete-se com a atuação em uma perspectiva horizontal, o profissional está em um papel de facilitador, havendo uma desmonopolização do saber das mãos desse profissional, reforçando a importância do saber e a autonomia da própria comunidade. Dessa forma, a Psicologia Comunitária propõe uma atuação interdisciplinar com base em uma visão integral do sujeito, ou seja, possui um olhar atento em fatores para além do biológico que podem afetar a saúde do sujeito, como o trabalho, a renda, a moradia, a educação, as relações, o contexto político e cultural. Em vista disso, a Psicologia Comunitária busca compreender quais os empecilhos dentro da comunidade prejudicam a mobilização dos sujeitos diante dos seus próprios problemas, assim, voltando a sua atuação em conjunto com a comunidade para a promoção de um espaço em que o sujeito possa se reconhecer um ser histórico-social, notando-se como alguém com potencialidade de influir dentro de sua realidade. Tendo em vista a dificuldade ainda existente de acesso a serviços de saúde mental para a população mais pobre, a Psicologia Comunitária implica-se em uma prática voltada prioritariamente para essa população, discordando da premissa que apenas questões ligadas à sobrevivência afligem essa população, compreende o sofrimento que atravessa esse sujeito não tem origem individual, mas sim em em um contexto social caracterizado pela exclusão e dominação, então, a Psicologia Comunitária assume um compromisso ético-político diante disso. Por fim, a Psicologia Comunitária vai além de uma prática curativa, tendo ênfase na promoção e prevenção em saúde, adaptando suas ações à realidade da comunidade em uma prática extramuros, aproximando-se da população e garantindo, assim, a acessibilidade. REFERÊNCIAS VASCONCELOS, E.M. O que é Psicologia Comunitária. São Paulo: Editora Brasiliense, 1985; GÓIS, C.W.L. Psicologia Comunitária. In:____. Psicologia Comunitária: atividade e consciência. Fortaleza: Publicações Instituto Paulo Freire de Estudos Psicossociais, 2005, p.19-54. MA RI A E DU RA DA
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