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Epidemiologia Veterinária - Sanidade Animal

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Sanidade Animal
Primeiras aulas e cronograma:
file:///C:/Users/betin/Downloads/Cronograma_Sanidade_Animal_
Quinta%20feira.pdf
file:///C:/Users/betin/Downloads/Intoduc%CC%A7a%CC%83o%20S_A
nimal.pdf
file:///C:/Users/betin/Downloads/Projeto_Sanidade_Animal2019
.pdf
Introdução à 
Epidemiologia
15.08
● Na sanidade animal, a informação depende de diferentes áreas da Medicina Veterinária:
○ Clínica:
■ objeto → o indivíduo doente 
■ local de atividade → clínica, hospital ou campo
■ objetivo → diagnóstico (com base nos sinais clínicos)
■ perguntas → qual doença é? como tratá-la?
■ objetivo final → tratar/curar o indivíduo
○ Patologia/laboratório clínico:
■ objeto → indivíduo morto/tecido/órgão/amostra
■ local de atividade → laboratório
■ objetivo → diagnosticar e descrever a doença
■ perguntas → o que é? o que causou?
■ objetivo final → obter informações para beneficiar indivíduos futuros
○ Epidemiologia:
■ objeto → a população (saudável, doente ou morta)
■ local de atividade → campo (local onde a população vive)
■ perguntas → quantos e quais indivíduos afeta? onde ocorre? quando iniciou? porque ocorre? como 
prevenir/controlar?
■ objetivo final → controle e prevenção da doença
A Epidemiologia:
● Definição:
○ ramo da medicina que estuda os diferentes fatores que intervêm na difusão e propagação de doenças, sua 
frequência, seu modo de distribuição, sua evolução e a colocação dos meios necessários a sua prevenção
● Hospedeiro que alberga e transmite um agente etiológico = portadores assintomáticos 
(maior dificuldade → disseminadores da doença)
● Tríade epidemiológica:
● Componentes do estudo epidemiológico:
○ Objeto → população
○ Meios → obter informações
○ Objetivo → controle e prevenção
● Enfoque populacional:
○ Sacrifício ou eliminação dos indivíduos afetados, objetivando eliminar o potencial de infecção aplicável à 
populações de animais
■ Ex.: eliminar os sítios de reprodução da dengue
○ Isolamento ou segregação física dos indivíduos capazes de transmitir a doença
■ Ex.: quarentena
○ Vigilância epidemiológica
○ Tratamento ou terapêutica medicamentosa/vacinação
Usos da Epidemiologia:
1. Determinar a origem de uma doença cuja causa é conhecida
a. Distribuição temporal
○ quando iniciou
○ ocorrência
○ dinâmica (velocidade de disseminação)
2. Investigação e controle de doenças cuja causa é inicialmente desconhecida/já 
conhecidas
3. Estudo da ecologia e história natural das doenças
4. Planejamento e avaliação de programas e ações de combate à doença (programas de 
controle de doenças)
5. Determinação do impacto econômico e análise do custo-benefício de programas de 
combate à doenças
Estudo das Doenças:
● Onde elas ocorrem → longe das condições controladas das clínicas e laboratórios
● Aspectos abordados → métodos de combate
○ Métodos preventivos
○ Métodos de controle
○ Métodos de erradicação
Conclusões:
● Estudo das distribuições e dos determinantes da saúde e do desempenho nas populações, com 
reflexão sobre prevenção, controle e erradicação das doenças, considerando as características do 
hospedeiro, dos agentes etiológicos e do meio ambiente. Estudo sobre os programas de sanidade 
animal, com a análise de estratégias para as ações de proteção, promoção da saúde, vigilância e 
sanidade animal. 
● Compreender as distribuições e determinantes da saúde e do desempenho nas populações com 
base científica para prevenir, controlar e erradicar doenças. 
● Identificar os fatores causadores de problemas sanitários e discutir normas de prevenção dos 
mesmos. 
● Reconhecer os principais Programas de Sanidade Animal que afetam os rebanhos brasileiros bem 
como suas formas de ação e controle. 
● Propor método de investigação epidemiológica e desenvolvimento de estratégias para proteção 
da saúde e bem-estar da população. 
● Compreender o papel do médico veterinário na área de Sanidade Animal. 
Tríade e Cadeia 
Epidemiológica:
Mecanismos de Propagação das 
Doenças
15.08
● Interação entre causal X ambiente X hospedeiro
● Bem-estar
● Infecção hospitalar
● Determinantes da cadeia epidemiológica
○ Agente:
■ Infectividade → é a capacidade dos agentes de infectar e multiplicar no hospedeiro. Vírus da gripe 
apresentam elevada infectividade
■ Virulência → é a capacidade do agente em produzir casos graves ou fatais (casos graves/casos da 
doença)
■ Patogenicidade → é a qualidade que têm o agente infeccioso de, uma vez instalado no organismo, 
produzir sinais clínicos em maior ou menor grau, dentre os hospedeiros infectados (casos da 
doença/total de infectados)
■ Estabilidade → é o tempo que o agente infeccioso resiste fora do hospedeiro
○ Hospedeiro:
■ Susceptibilidade → pode restringir a uma espécie ou a várias espécies de agentes infecciosos, como 
no caso da febre aftosa, que acomete várias diferentes espécies de animais (resistência)
■ Transmissibilidade → se refere a duração do período no qual o animal pode infectar e a quantidade 
de agentes infecciosos que o hospedeiro pode transmitir
■ Período de incubação
○ Ambiente:
■ Manejo produtivo, bem estar, contaminação do ambiente, condições higiênico-sanitárias, educação, 
aspectos culturais e saneamento básico
● Condições climáticas
● Condições sócio-econômicas-culturais
● Fatores genéticos
● Estado nutricional
● Idade
● Sexo
● Imunologia
● Dose infectante
● Tempo de exposição
● Local de entrada
● Multiplicação
● Virulência
● Questões da cadeia epidemiológica:
○ por que alguns adoecem e outros não?
○ onde a doença ocorre e porque naquele lugar? há vetores envolvidos?
○ quando a doença ocorre e porque existe variações na sua ocorrência?
○ qual o risco associado a esta infecção?
● Fatores da cadeia epidemiológica:
○ análise descritiva, distribuição, indicadores
○ construção de hipóteses científicas
○ busca etiológica, fatores de risco
○ aplicação do método científico para descrição da cadeia epidemiológica
Cadeia Epidemiológica (ou ecologia das enfermidades):
● Conceito:
○ Processo de identificação dos mecanismos envolvidos no processo de propagação das doenças que 
envolve os hospedeiros, os agentes patogênicos, o ambiente (ecossistema) e os meios pelos quais os 
agentes infectam os susceptíveis
● Objetivo:
○ Racionalizar o controle
● Ecologia das enfermidades:
○ Parasitismo
■ relacionamento harmônico ou desarmônico
○ Infecção x Doença
■ desequilíbrio
● Determinantes da cadeia:
○ Transmissão horizontal → a doença é transmitida de uma fonte de infecção para o hospedeiro
○ Transmissão vertical → doença transmitida de uma geração para a próxima
○ Fontes de infecção → hospedeiro que alberga o agente etiológico com potencial de transmissão
○ Hospedeiro → pode ser uma planta, animal ou artrópode que pode se infectar por, e permitir a manutenção 
(replicação e desenvolvimento), dos agentes infecciosos
■ Hospedeiro doente
● típico, atípico ou fase prodrômica
■ Hospedeiro portador
● não manifesta sinal clínico da doença (assintomático), não está na fase de incubação (mas já 
elimina o agente) e em convalescência (em recuperação, porém ainda eliminando)
■ Hospedeiro primário
● mantém o R0>1
■ Hospedeiro secundário
● mantém o R0<1
■ Hospedeiro acidental
● não transmite
○ Reservatório → os animais vertebrados capazes de atuar como fontes de infecção no processo de 
disseminação da doença, podem manifestar sinais clínicos
○ Vetores → transmissores vivos dos agentes infecciosos
■ Vetor mecânico
● um animal que carreia fisicamente um agente infeccioso para os hospedeiros primários ou 
secundários, o agente infeccioso não se desenvolve e nem se multiplica no vetor mecânico
■ Vetor biológico
○ Transmissão por desenvolvimento → o agente etiológico cresce e muda, porém não se multiplica. Ex.: 
Dirofilaria immitis, causadores da dirofilariose, em mosquitos culex
○ Transmissão propagativa → apenas se multiplica, não muda de forma ou tipo. Ex: encefalomielite ovina, 
que é transmitida ao ser humano via picada de carrapato da família Ixodidae
○ Transmissão ciclo propagativa → além dasmudanças, se multiplicam no vetor. Ex.: Plasmodium e 
Anopheles (malária)
○ Fômites → veículos inanimados de doença
Fonte de infecção (FI):
● Hospedeiro vertebrado que alberga e transmite um agente etiológico
Vias de Eliminação (VE):
● A via de excreção determina o mecanismo de transmissão
Mecanismos/Formas/Vias de Transmissão (VT):
● Etapa crítica na sobrevivência do agente
● Pode ser imediata ou demorar meses/anos
● Resistência do agente é muito importante
● Etapa de eleição para interromper a cadeia
● Forma vertical → de mãe para feto
● Forma horizontal → de animal para animal (contato direto, vetores, fômites, hídrica…)
● Definição das rotas de transmissão:
○ Aerógena → partículas são passadas através do ar de um animal ao outro (aerossóis ou poeira)
○ Oral → consumir agentes causadores de doenças em alimentos contaminados, água, lambendo ou 
mastigando objetos contaminados
○ Contato direto → um animais susceptível fica exposto quando o agente da doença atinge diretamente feridas 
abertas, membranas mucosas ou pele, através do sangue, saliva, nariz para nariz, fricção ou mordida
○ Reprodutiva → um subtipo de contato direto que inclui doenças propagadas através do acasalamento ou ao 
feto durante a gravidez
○ Fômite → um objeto inanimado portador de um agente patológico de um animal suscetível a outro
■ Veículo animado → um subtipo de transmissão de fômites em que um animal ou humano distribui 
material orgânico para outro local
○ Vetores → um invertebrado adquire um agente da doença de um animal e o transmite a outro (vetor 
mecânico ou vetor biológico)
○ Contaminação ambiental → sempre deve ser levada em consideração
● Formas de transmissão:
● Portas de entrada:
Novo Hospedeiro - suscetível:
Susceptibilidade X Resistência
Susceptibilidade Natural X Experimental
Resistência Natural X Adquirida
Refratariedade
Infecção X Manifestação
Relação Infecção-Doença
* O conhecimento da cadeia epidemiológica da enfermidade é um passo fundamental para 
que sejam aplicadas as medidas de profilaxia e controle adequados e eficazes.
Fases do processo infeccioso-doença:
● Período de incubação (definição, duração e importância)
● Período pré-patente
● Período de transmissibilidade
● Período prodrômico
● Fase de convalescênça
Infecções Localizadas:
● Respiratórias → Flu, rinovírus, pasteurela
● TGI → rota, corona, protozoários, helmintos, 
salmonela, coli
● Derme → papiloma, sarna, micoses
● Conjuntiva → moraxela, adeno
● Genitais → vibriose, tricomonose
Infecções Disseminadas/Sistêmicas:
● Retrovírus em geral (AIEV, CAEV)
● BVDV (infecção persistente)
● Cinomose (pode ser disseminada)
● Dengue
● Febre amarela
● Malária
● Babesiose
● Anaplasmose
Mecanismos de propagação de doenças:
Indicadores de Saúde
15.08
Indicadores de saúde ou Indicadores epidemiológicos:
● Representam a expressão numérica de diversos eventos que podem ocorrer numa 
população e dentre eles destacam-se como principais coeficientes:
○ Natalidade
○ Morbidade
○ Letalidade
○ Mortalidade
● O termo distribuição pode ser observado em qualquer definição de Epidemiologia. 
Distribuição, neste sentido, é entendida como: 
○ O estudo da variabilidade da frequência das doenças de ocorrência em massa, em função de variáveis 
ambientais e populacionais ligadas ao tempo e ao espaço
● Primeiro passo em um estudo epidemiológico:
○ Analisar o padrão de ocorrência de doenças segundo três vertentes → epidemiologia descritiva
■ pessoas → quem?
■ tempo → quando?
■ espaço → onde?
● Todo indicador está relacionado a um:
○ Local → município, estado, país, continente…
○ Espaço de tempo → horas, dias, semanas, mês, ano, década…
○ Determinada população → espécie, gênero (macho ou fêmea), idade, raça…
● Por que utilizar?
○ Analisar a situação atual de saúde
○ Fazer comparações
○ Avaliar mudanças ao longo do tempo
FrequÊncia RELATIVA:
● Coeficientes ou Taxas:
○ Expressa o risco (probabilidade), que um indivíduo do denominador têm de apresentar o atributo ou 
evento que consta no numerador
■ número de óbitos por tuberculose na cidade “x” no ano “y” = 0,035
■ n° de casos de tuberculose naquela cidade naquele ano
● Morbidade:
○ Frequência de doentes, ou infectados, numa população
○ Avalia a probabilidade de um indivíduo estar doente, ou infectado, numa dada população
○ Incidência (“I” ou Coeficiente de morbidade incidente) → frequência de casos novos numa população
■ I = casos novos de determinada doença na localidade “X” no período “Y” = %
■ população suscetível à doença na mesma localidade e período
○ Prevalência (“P” ou coeficiente de Morbidade prevalente) → frequência de casos totais de doenças 
existentes numa população em um intervalo de tempo restrito, sem distinguir os casos novos dos casos 
antigos
■ P = número de casos de determinada doença num dado período e local = %
● população existente naquele período
● Letalidade ou Fatalidade:
○ Expressa o risco de morrer, por determinada doença, a que estão expostos os indivíduos por ela 
acometidos e oferece elementos para o prognóstico da doença
■ número de óbitos por determinada doença na localidade “X” e período “X” = %
● número de casos da doença na mesma localidade e período
● Mortalidade:
○ O coeficiente geral de mortalidade reflete o risco que um indivíduo de determinada população morrer por 
qualquer causa, durante o período considerado. Expressa de maneira muito genérica a qualidade de vida 
da população
■ número de óbitos por todas as causas na localidade “X” e período “X” = %
● população da localidade no período
○ Natimortalidade
■ número de nascidos mortos na localidade “X” e período “Y”
● número total de nascimentos ocorridos
○ Mortalidade Intra-Uterina
■ número de abortos ocorridos na localidade “X” e período “Y”
● número concepções efetivas na localidade e período
● Fecundidade:
○ número de concepções efetivas na localidade “X” e período “Y” .
○ número de fêmeas efetivamente cobertas na localidade e período
● Natalidade:
○ O coeficiente geral de natalidade avalia a intensidade do crescimento populacional (mede a velocidade 
relativa com que os nascimentos estão ocorrendo numa população)
■ número de nascidos vivos numa localidade “X” e período “Y”
● população da localidade no período considerado
Resumindo...
Exercícios 
Indicadores de Saúde
15.08
1. Ocorrência e duração da doença em 200 bovinos na Fazenda Boa Sorte, município Reza 
Brava, em 18 meses. janeiro de 2005 e julho de 2006. 
a. Calcule a incidência da doença
b. Calcule a prevalência
c. Calcule a letalidade
d. Calcule a mortalidade
i. total de casos = 8; total de novos casos = 4; total de óbitos = 4
2. Assinale a alternativa correta. 
a. A taxa de letalidade expressa a frequência relativa de casos novos na população, em uma dada região, 
durante um determinado período de tempo. 
b. O coeficiente de morbidade incidente expressa a frequência de uma doença em uma população de uma 
região refletindo o risco ou a probabilidade que apresenta um indivíduo dessa população de morrer.
c. O coeficiente de morbidade revela a capacidade que um agente tem de causar a morte de um indivíduo de 
uma dada população, em uma região definida, durante determinado período de tempo.
d. O coeficiente de morbidade prevalente reflete a frequência de todos os casos existentes em uma 
população, novos e antigos, num determinado momento ou período de tempo.
e. A taxa de letalidade indica a probabilidade de morte de um indivíduo de uma dada população, em uma 
região definida, durante determinado período de tempo.
3. Em determinado município, a letalidade da Doença Meningocócica, em 2013, foi de 
10%. Durante este ano, ocorreram 20 óbitos da doença. O número de casos de Doença 
Meningocócica no município, em 2013, foi igual a:
a. 2. 
b. 10.
c. 50.
d. 100.
e. 200.
4. No ano de 2006, em um Município que possui uma população estimada em 61.841 
pessoas, foram registrados 1.778 casosde leptospirose, dos quais 20 morreram. Os 
coeficientes de morbidade, letalidade e mortalidade por leptospirose, expressos em 
percentual, são, respectivamente, de:
a. 0,032; 2,88 e 1,12.
b. 0,032; 1,12 e 2,88.
c. 1,12; 0,032 e 2,88.
d. 2,88; 1,12 e 0,032.
e. 2,88; 0,032 e 1,12.
5. Durante a campanha de vacinação antirábica canina, realizada no mês de agosto de 
2002, o Serviço Municipal de Controle de Zoonoses de Monte Azul, SP, realizou um 
inquérito sorológico para a leptospirose no qual, de 400 animais examinados, 100 
foram classificados como soro-reatores, título 100 para o sorovar canicola. Os reatores 
ao teste sorológico tiveram um acompanhamento clínico e laboratorial e, destes, 15 
morreram com clínica sugestiva de leptospirose que foi confirmada pelo exame de 
suspensões de tecido hepático submetidas à microscopia de campo escuro, ao cultivo 
e à técnica de PCR. Os coeficientes de morbidade, letalidade e mortalidade por 
leptospirose, expressos em percentual, são, respectivamente, de
a. 3,75; 15,00 e 25,00. 
b. 15,00; 25,00 e 3,75
c. 20,00; 10,00 e 3,5.
d. 25,00; 3,75 e 15,00.
e. 25,00; 15,00 e 3,75.
6. Foi realizado um estudo para determinar a soroprevalência de cinomose no ano de 
2014, em uma população de caninos não vacinados de um bairro de Santa Maria, 
estimada em 1000 animais. Dessa forma, 470 amostras de soro foram consideradas 
sororreatores para o vírus. Durante o ano seguinte, 2015, considerando a população de 
1000 animais, foi feito um acompanhamento da doença na população, e os 
pesquisadores constataram 100 casos novos no bairro e 47 destes morreram 
comprovadamente de cinomose.
a. Qual a soroprevalência para cinomose detectada pelo estudo nessa população para o ano de 2014, em 
percentual?
b. Calcule a incidência de cinomose para o ano de 2015, em percentual.
c. Determine a letalidade para o ano de 2015, em percentual.
7. Exercício:
a. Calcule o coeficiente de mortalidade geral (por mil habitantes) para os municípios de Salvador e Porto 
Alegre em 2000.
b. Preencha as células vazias com os coeficientes de mortalidade (por mil habitantes) para os municípios de 
Salvador e Porto Alegre em 2000. 
Gabarito:
https://anhembi.blackboard.com/bbcswebdav/pid-11615593-dt-content-rid-91798231_1/courses/201920.01836.01/INDICADORES_DE_SAU
DE_2019.pdf
https://www.google.com/url?q=https://anhembi.blackboard.com/bbcswebdav/pid-11615593-dt-content-rid-91798231_1/courses/201920.01836.01/INDICADORES_DE_SAUDE_2019.pdf&sa=D&source=editors&ust=1649281418721107&usg=AOvVaw2bVKfj1shfO4E-Peen7j4Q
https://www.google.com/url?q=https://anhembi.blackboard.com/bbcswebdav/pid-11615593-dt-content-rid-91798231_1/courses/201920.01836.01/INDICADORES_DE_SAUDE_2019.pdf&sa=D&source=editors&ust=1649281418721319&usg=AOvVaw0Jm24OhCxHfeAm7lmfVVej
Mais exercícios:
https://anhembi.blackboard.com/bbcswebdav/pid-11549155-dt-content-rid-91506643_1/courses/201920.01836.01/Exercicio_Indicadores_epi
demiologicos2019.pdf
https://www.google.com/url?q=https://anhembi.blackboard.com/bbcswebdav/pid-11549155-dt-content-rid-91506643_1/courses/201920.01836.01/Exercicio_Indicadores_epidemiologicos2019.pdf&sa=D&source=editors&ust=1649281418725943&usg=AOvVaw1ZhDjr8R95PK7dKTEF6lAI
https://www.google.com/url?q=https://anhembi.blackboard.com/bbcswebdav/pid-11549155-dt-content-rid-91506643_1/courses/201920.01836.01/Exercicio_Indicadores_epidemiologicos2019.pdf&sa=D&source=editors&ust=1649281418726176&usg=AOvVaw22r29c1i-Qy7eslMs_npce
Filme
15.08
Manejo de Doenças 
Infecciosas em Abrigos
15.08
Medicina Veterinária do Coletivo:
● Envolve:
○ medicina preventiva
○ saúde pública
○ controle de zoonoses
○ comportamento e bem estar animal
○ manejo populacional canino e felino
○ bioética
○ gerenciamento de recursos humanos
○ entre outros…
● Manejo de cães e gatos que vivem na coletividade:
○ foco em doenças infecciosas e parasitárias
Abrigos:
● Diferentes realidades (Brasil X Exterior)
● Instalações
● Camas e materiais de PVC → fáceis de limpar
Principais Doenças Infecciosas e Parasitárias em Abrigos:
● Cães:
○ Parvovirose
○ Tosse dos canis/infecção do trato 
respiratório superior
○ Cinomose
○ Sarna sarcóptica
○ Doenças parasitárias, verminoses, 
Giardia, coccidias
● Gatos:
○ Panleucopenia
○ Infecção do trato respiratório superior 
(CRF/Rinotraqueíte)
○ Dermatofitose
○ FeLv
○ FIV
○ PIF
○ Doenças parasitárias, verminoses, 
Giardia, coccidias
● Em situações de abrigo, as doenças infecciosas espalham-se com frequência e são 
difíceis de evitar pelas seguintes razões:
○ Animais podem estar infectados de forma persistente/latente por agentes infecciosos
○ Alta rotatividade → animais recém introduzidos ao lado de residentes de longa duração
○ Estresse e má nutrição, facilitam a disseminação de agentes infecciosos e desenvolvimento de doenças
○ Os abrigos geralmente têm pouco dinheiro, resultando em superlotação, higiene inadequada, medidas 
falhas de vacinação e falta de testes para doenças infecciosas
○ As pessoas que trabalham em abrigos são altamente motivadas, mas frequentemente não treinadas em 
higiene e gestão de doenças
● Padrão de atendimento na gestão e prevenção de doenças infecciosas:
○ Treinamento contínuo do pessoal, garante:
■ medidas de gestão
■ manuseio e prevenção de doenças infecciosas
○ Vacinação
■ raiva, tétano...
Manejo do Abrigo:
● Práticas higiênicas do pessoal do abrigo:
○ Protocolos rigorosos detalhando os procedimentos de higiene apropriados a serem realizados
○ Capacidade suficiente de trabalhadores de cuidados
○ Não é aceitável que o número de animais exceda a capacidade de atendimento
● Identificação dos animais e manutenção de registros:
○ Deve ser estabelecido um registro por animal após a entrada no abrigo
○ A identificação do animal deve ser física
○ O registro deve conter:
■ identificação
■ espécie, idade, sexo e a descrição física (raça e cores da pelagem)
■ resultados de exames
■ procedência do animal
■ datas de entrada e saída
■ informações clínicas e comportamentais
● Medidas destinadas na redução da propagação de doenças infecciosas:
○ Boas condições de habitação e higiene
○ Quarentena
○ Testes para doenças infecciosas
○ Vacinação
○ Gestão e redução do estresse
Setorização e 
Manejo Sanitário:
● Quarentena:
○ Exame clínico → olhos, orelhas, nariz, boca, dentes, gânglios linfáticos, coração, pulmões, abdômen, 
membros, garras, cauda, pele, temperatura, condição geral
○ Especificamente problemas gastrointestinais, respiratórios e dermatológicos que são geralmente 
contagiosos
○ Animais com mais de 4 semanas devem ser vermifugados e tratados para parasitas externos
○ Nas áreas endêmicas para o verme do coração, os animais devem ser testados para esta infecção
○ Todo animal em um abrigo deve ser castrado
○ Detalhes de todos os cuidados médicos devem ser registrados e armazenados
○ A eutanásia deve ser considerada por razões humanitárias
○ Padrões de cuidados pós quarentena → longos períodos em abrigos pode estar associado com:
■ diminuição dos níveis de atividade e do consumo alimentar e maior tendência para brigas
■ aumento do risco de doenças do trato respiratório superior
■ sinais de estresse, frustração ou mudanças de comportamento
● Isolamento:
○ Animais que apresentem sinais de doença infecciosa ou teste positivo para um agente infeccioso ou 
parasitário devem ser isolados
○ As áreas de isolamento devem ser separadas da área de quarentena e de outros residentes
● Alojamento para grávidas, lactantes e filhotes:
○ Cadelas:
■ devem ficar separadas dos outros animais
○ Gatas:
■ cada gata prenhe ou lactante precisa de um compartimento separado sem outro gato
■ ideal serem alojadas em lares temporários associados ao abrigo
● Instalações e equipamentos:
○ Desinfetantes para mãos e equipamentos devem ser fáceis de usar
○ Se possível, galochas ou pedilúvio com desinfetante deve ser colocado na entrada/saída da quarentena e 
isolamento
○ Equipamento para limpeza, desinfecção, alimentação, entre outros, devem ser disponibilizadospara cada 
área e ser mantido estritamente naquele local
○ Corredores devem ter superfícies não porosas e cantos arredondados
○ O piso das instalações internas e qualquer móvel deve ser feito de materiais de fácil limpeza (evitar 
tapetes)
○ Temperatura → 15,5 a 26,6 °C
○ Deve haver ventilação adequada → 10 a 12 trocas de ar por hora
○ Prevenção de ruídos e estressores
○ Áreas para gatos → devem ter o número suficiente de bandejas (uma para cada gato, mais uma extra), 
sempre longe de comida e água
○ As gaiolas devem ser utilizadas estritamente para fins médicos/razões cirúrgicas e rotineiramente para a 
quarentena
● Limpeza e desinfecção:
○ Limpeza com detergente neutro para remover a matéria orgânica antes da desinfecção
○ Desinfecção → observar a diluição correta e o tempo de contato recomendado
■ Vírus não envelopado (parvovírus e calicivírus) → aldeídos, ácido peracético, monopersulfato 
(peroximonosulfato de potássio), hipoclorito de cálcio, dicloroisocianurato de sódio ou hipoclorito 
com diluição de 1:32 (álcoois não inativam esses vírus)
■ Efeito limitado sobre parvovírus, panleucopenia, calicivírus e micose; Efetivo contra giárdia → 
compostos de amônio quaternário
■ Desinfetantes fenólicos são tóxicos para gatos
■ Infecções por coccídios → limpeza com vapor
■ As gaiolas devem ficar vazias pelo maior tempo possível entre os ocupantes
○ Passo a passo:
1. Remover todos os detritos visíveis
2. Lavar a área ou objeto com sabão/detergente e água
3. Lavar a área ou objeto para remover qualquer resíduo do detergente
4. Permitir que a área seque
5. Aplicar um desinfetante adequado
6. Deixar o desinfetante no lugar para o tempo de contato apropriado
7. Lavar o desinfetante residual
8. Permitir que a área seque novamente
○ Rotina de alimentação e limpeza:
○ O lixo deve ser ensacado na área em que foi gerado, depois de ser retirado da área deve ser armazenado 
em uma área ou recipiente que impeça outros animais de ter acesso ao lixo
○ Limpeza diária de tigelas de comida e água e bandejas sanitárias
○ As bandejas sanitárias e os pratos não devem ser limpos ao mesmo tempo na mesma pia
○ O material de camas e materiais macios devem ser descartados ou limpos de material orgânico
■ embebidos em desinfetante e depois lavados em uma máquina de lavar a uma temperatura o mais 
alta possível
○ Móveis, brinquedos e postes de arranhar devem ser removidos ou limpos e desinfetados
● Práticas higiênicas do pessoal do abrigo:
○ Os profissionais de saúde não devem usar roupas de rua
○ Em áreas de quarentena e isolamento, sempre devem ser usados roupas de proteção
○ As roupas não devem ser levadas para fora da área respectiva
○ Se não forem usados galochas, devem estar disponíveis pedilúvios (devem ser limpos e trocados 2x ao dia)
● Transmissão e eliminação de vírus:
Vacinação de Cães:
Vacinação de Gatos:
Cinomose e Parvovirose
15.08
Cinomose:
● Agente:
○ Família → Pramyxoviridae
○ Gênero → Morbillivirus
○ Filamento único de RNA envolto em 
um nucleocapsídeo de simetria 
helicoidal e circundado por envelope 
de lipoproteína derivada da 
membrana celular
○ Diferenças entre cepas circulantes
1. Genética e antigênica
2. Patogenicidade
3. Infecção de diferentes tecidos e células
● Epiteliais (hiperqueratose)
● Mesenquimais
● Neuroendócrinas
● Hematopoiéticas
● Resistência:
○ Suscetível à luz ultravioleta
○ Sensível ao calor e ao ressecamento
○ Em climas quentes não persiste em canis após a retirada dos cães infectados
○ Viabilidade maior em temperaturas frias
○ Por ser um vírus envelopado é sensível:
■ solução diluída de formol (menos de 0,5%)
■ fenol (a 0,75%)
■ desinfetante à base de amônio quaternário (a 0,3%)
● Carnívoros terrestres suscetíveis à cinomose:
○ Panda, lobo, guaxinim, furão, urso marrom, quati, jaguatirica, leão...
● Epidemiologia - a apresentação clínica depende:
○ Idade
○ Virulência
○ Tropismo
○ Cepa infectante
○ Ocorrência de 50% das infecções inaparentes
○ Transmissão transplacentária:
■ abortos, fetos natimortos ou nascimento de filhotes fracos e imunossuprimidos
● Manifestações clínicas:
○ Oftalmológicas → secreção ocular e conjuntivite severa
○ Respiratória → secreção nasal, tosse e pneumonia
○ Tegumentar → pústulas abdominais, hiperqueratose nasal e de coxins plantares evidente
○ Digestiva → vômito e diarréia
○ Neurológica → tremores musculares, incoordenação motora, convulsões
■ Meninges → rigidez nucal e hiperestesia
■ Cerebelo e lóbulo temporal → diminuição sensorial, mioclonia e convulsão
■ Medula espinhal → paresia, mioclonia, propriocepção anormal
○ Sistêmicos → febre, anorexia, depressão e leucopenia
○ Lâmina (secreção nasal) → corpúsculo de Lentz
● Diagnóstico:
○ Pesquisa de antígeno
○ Vias de eliminação → sangue, urina, fezes, secreção nasal, secreção conjuntiva
■ Muitos cães irão eliminar o vírus por semanas após a recuperação e alguns podem eliminar por até 4 
meses
○ Imunocromatografia:
■ sangue (S = 89,7% e E = 94,6%)
■ nasal (S = 85,7% e E = 100%)
○ PCR:
■ pode detectar o material genético viral dependendo da localização do vírus
■ um resultado negativo não exclui a possibilidade da cinomose, especialmente em amostras tardias
■ falsos positivos são possíveis dentro de 1 a 4 semanas após a vacinação
● Tratamento:
○ Antibiótico (infecções bacterianas secundárias)
○ Fluidoterapia
○ Complexo vitamínico B (adequada regulação e metabolismo de neurotransmissores)
○ Vitamina A (proteção e regeneração de epitélios)
○ Anti-inflamatórios e anticonvulsivantes
○ Soro hiperimune
○ Ribavirina (inibidor da replicação de RNA) - 30 mg/kg, VO, 15 dias
● Profilaxia:
○ Vacinas com antígeno não vivo
■ As vacinas com vírus total da cinomose inativado não proporcionam imunidade suficiente para 
evitar a infecção após desafio por exposição
○ Vacinas com vírus vivo modificado
■ A vacinação com vacinas contendo VVM proporciona forte proteção contra a infecção pelo vírus da 
cinomose
○ Monitoramento e duração da imunidade do anticorpo sérico
Parvovirose:
● Agente:
○ Vírus de fita simples
○ Não envelopado
○ Simetria icosaédrica
● Virulência:
○ Replica-se no núcleo, formando corpúsculos de inclusão intranucleares
○ Excretados em grandes quantidades nas fezes 
○ Requer células de rápida divisão celular para replicar-se
○ Muitos têm atividade aglutinante
○ Esse vírus têm preferencia por tecidos com intensa proliferação celular, ou seja, sistema linfático, medula 
óssea, intestino e tecidos fetais
● Regiões do intestino delgado:
● Fases da parvovirose:
○ Replicação
■ tecidos linfóides da faringe
■ placas de Peyer
■ linfonodos medentéricos
○ Viremia
■ tecidos em multiplicação ativa e contínua
● Mecanismo de ação:
○ Órgãos afetados → medula óssea (imunossupressão = leucopenia e trombocitopenia), timo e baço, 
intestino
○ A destruição dos tecidos linfóides da mucosa intestinal e a dos linfonodos mesentéricos contribuem para a 
imunossupressão
○ Proliferação de bactérias Gram negativas, com invasão secundária dos tecidos intestinais lesados
○ Pode ocorrer endotoxemia conduzindo ao choque endotóxico
○ Maior susceptibilidade de algumas raças → Rotweiller, Husky e Doberman
● Resistência - estáveis no ambiente:
○ Resistentes ao aquecimento, a solventes, a desinfetantes e a variações de pH (3 a 9)
○ Podem resistir por seis meses em condições normais de temperatura e umidade, em ambientes frios este 
período sobe para mais de um ano
○ Sensível à formalina 1%, hipoclorito de sódico 5,25% diluído em água a 1:30
● Diagnóstico:
○ Laboratorial
■ PCR
■ Hemograma para detecção de leucopenia
■ Exame histopatológico de porções afetadas de intestino e de miocárdio
■ Imunodiagnóstico → pesquisa de Ag ou Ac
● Controle - avaliação de risco:
○ Risco muito baixo → cães adultos e vacinados (adotar ou transferir, não colocar em quarentena)
○ Risco baixo → cães adultos e filhotes acima de 5 meses, vacinados pelo menos 7 dias antes da exposição 
○ Risco moderado → filhotes, menores de 5 meses, vacinados (transferir de preferência para um lartemporário)
○ Risco alto → cães adultos e filhotes não vacinados, ou vacinados a menos de 7 dias (quarentena por 14 dias, 
monitorar de perto)
○ Risco altíssimo → ninhadas de animais afetados (separar em pares, quarentena por 14 dias, monitorar de 
perto)
● Transmissão e eliminação do vírus:
● Vacinação de cães:
Doença Respiratória Canina 
/Traqueobronquites 
/Tosse dos canis
15.08
Infecções Respiratórias Caninas em Abrigos:
● Introdução:
○ Infeções respiratórias contagiosas são a causa mais comum de doença em cães em abrigos
○ Essas infecções representam uma drenagem significativa e frequente dos recursos do abrigo, incluindo 
custos de tratamento → aumentando o tempo de estadia dos animais lá
○ Muitos abrigos não possuem áreas de isolamento adequadas para abrigar cães com infecções respiratórias 
contagiosas → transmissão do patógeno = problema endêmico (que são aceitos)
● Agentes:
○ Parainfluenza virus (CPiV)
○ Adenovirus tipo II (CAV2)
○ Distemper virus (CDV)
○ Herpes virus (CHV)
○ Influenza virus H3N8 (H3N8 CIV)
○ Influenza virus H3N2 (H3N2 CIV)
○ Coronavirus respiratório (CRCoV)
○ Pneumovirus (CnPnV)
○ Bordetella bronchiseptica
○ Streptococcus zooepidemicus (Strep zoo)
○ Mycoplasma cynos 
*embora a maioria desses patógenos possa causar uma 
infecção primária, a maioria dos cães frequentemente 
apresenta co-infecções virais e bacterianas misturadas 
secundárias.
● Etiologia:
○ Vírus canino Parainfluenza
■ Família → Paramixoviridae (vírus RNA com envoltório)
■ Gênero → Paramyxovirus
■ Causador de infecções transitórias
○ Adenovirus canino tipo II
■ Família → Adenoviridae (vírus DNA sem envoltório)
■ Gênero → Mastadenovirus
■ Causador de infecções transitórias
○ Bordetella bronchiseptica (bactéria)
■ Cocobacilo Gram negativo flagelado
■ Possui fímbrias e produz toxinas
■ É um parasita obrigatório do trato respiratório superior de cães, gatos, coelhos, cervos e roedores 
(capaz de produzir doenças respiratórias - oportunista)
■ Causadora de infecções transitórias
■ Quando não tratada, causadora de infecções crônicas (recaídas intermitentes e via de eliminação 
por até 3 dias) e risco de graves pneumonias em filhotes
○ Mycoplasma (bactéria)
■ São pequenas, sem parede celular
■ Classe → Mollicutes
● Nas doenças respiratórias caninas (traqueobronquites ou tosse dos canis), podem 
intervir outros vírus respiratórios, como: Cinomose, Herpesvírus tipo I, Influenzavirus e 
cepas respiratórias do Coronavirus. Além destes, diversas bactérias podem atuar como 
agentes secundários
● Epidemiologia
○ Excreção → secreções respiratórias
○ Transmissão → via aerógena
○ Apresentação → apresentam-se de forma brusca e alto potencial de disseminação em alojamentos com 
aglomeração, podendo afetar todos os animais do grupo (sendo mais grave em animais jovens e com 
maior número de agentes implicados)
○ Fatores de risco nas coletividades
■ temperaturas extremas e ventilação reduzida
■ elevada densidade animal
■ carga microbiológica ambiental alta
■ deficiência nas medidas de higiene e desinfecção
*O aparecimento dessa doença pode ser sazonal, coincidindo com temperaturas baixas, grandes variações de 
temperatura e histórico de vacinação recente (principalmente em animais jovens)
● Características clínicas e epidemiológicas:
○ Sinais clínicos (todos os patógenos apresentam sinais clínicos semelhantes) → início agudo, espirros, 
secreção nasal e ocular
○ Todos os patógenos também têm a propensão de colonizar o trato respiratório inferior, causando pneumonia
○ Todos os patógenos têm baixa taxa de mortalidade e a maioria dos cães se recuperam em 1-2 semanas sem 
complicações
● Patogenia:
○ Vírus parainfluenza canino → colonizam somente o trato respiratório superior de forma transitória e 
autolimitante
○ Adenovirus canino tipo II → replicação em vias respiratórias superiores até o epitélio bronquiolar, capaz de 
causar pneumonia
○ Mycoplasma → desencadeiam um processo inflamatório das vias respiratórias e, também podem causar 
pneumonia
○ Bordetella bronchiseptica → adesão (fímbrias) nos cílios da traqueia e brônquios, multiplicação rápida. 
Mecanismos de patogenicidade:
■ produção de toxinas (dermonecrótica e traqueal)
■ inibição da fagocitose
■ paralização do movimento ciliar (favorece crescimento de outras bactérias)
● Sinais clínicos e lesões:
○ Aparecimento brusco de corrimento nasal, tosse paroxística e febre (sintomas podem ser graves ou leves)
○ Forma leve:
■ tosse seca
■ êmese por esforço induzido pela tosse
■ sinais e sintomas não se prolongam por mais de 2-3 semanas
○ Forma grave:
■ comum em animais muito jovens ou com má nutrição
■ tosse dolorosa, pode ser seca ou mucóide, progressiva, acompanhada de descargas nasais, oculares 
e broncopneumonia
■ infecções bacterianas secundárias
■ desidratação grave e sinais sistêmicos
● Diagnóstico:
○ Clínico → respiratórios, apresentação brusca, rápida difusão, alta morbidade e histórico (a possível 
participação de múltiplos agentes dificulta o diagnóstico)
○ Laboratorial
■ PCR, Sorologia, Imunocromatografia IC, Imunofluorescência Indireta e ELISA
● Tratamento:
○ Em casos leves → melhorar condições higiênicas-sanitárias e de meio ambiente (local seco, limpo e 
tranquilo)
○ Antitussígenos
○ Mucolíticos e expectorantes
○ Broncodilatadores e anti-inflamatórios
○ Antibióticos
○ VACINAS
● Gestão da doença:
○ Remoção dos cães clinicamente afetados (evita disseminação, reduzindo a dose infecciosa)
○ Alojamento desses animais no isolamento
○ Quarentena
Fatores que influenciam a epidemiologia da doença:
● Fatores hospedeiros
● Fatores patogênicos
● Filhote x adulto
● Virulência
● Aglomeração
● Período de incubação
● Combinação aleatória
● Estresse
● Infecção subclínica
● Ventilação
● Estado portador (infecção persistente)
● Umidade
● Proteção incompleta pelas vacinas
● Equipe não treinada
● Estratégias de vacinação inadequadas
● Em geral, os filhotes mais suscetíveis a 
infecções do que os cães adultos
Vacinas e Vacinação
15.08
Vacinação:
● A vacinação consiste da administração de um antígeno do animal, de maneira que 
responda eficazmente frente a este e desenvolva uma memória imunitária específica
● A exposição posterior ao mesmo agente ocasionará em seguida uma resposta mais 
rápida e de maior intensidade e duração
Vacinas Vivas - “Primeira Geração”:
● O que faz uma vacina:
○ Estimula a resposta imunológica protetora do hospedeiro para combater o patógeno agressor
○ Conhecimentos necessários para produzir uma vacina:
■ Entender o ciclo da vida do patógeno (saber o melhor estágio para servir de alvo)
■ Entender os mecanismos imunológicos estimulados pelo patógeno (resposta imune celular/humoral)
● Tipos vacinais:
○ Vacina morta ou inativada
■ Técnica para confecção → formadas pelos MO completos, inativadas por algum método químico ou 
físico, sem alterar suas propriedades imunológicas. Vacinas produzidas a partir de exotoxinas 
bacterianas (toxóides) também são consideradas vacinas mortas
■ Vantagens → menor tendência de induzir reação
■ Desvantagens → requer doses de reforço para manutenção da imunidade
■ Ex.: raiva, cólera...
○ Vacinas atenuadas
■ Técnica de confecção → constituídas por agentes infecciosos vivos não virulentos atenuados
■ Vantagens → proporcionam um bom nível de proteção (maior eficácia), baixo custo, fácil administração 
(Sabin)
■ Desvantagens → possível reversão à virulência (menos seguras do que as inativadas), sensível à 
temperatura
■ Ex.: febre amarela, sarampo, rubéola, tuberculose...
○ Vacinas Genéticas ou de DNA
■ Técnica de confecção → clonagem dos genes que codificam proteínas imunogênicas de um agente 
infeccioso em diferentes vetores
■ Vantagens → imunogenicidade, segurança, facilidade de manipulação, baixo custo, fácil 
escalonamento, termoestáveis
■ Desvantagens → baixa expressão, o DNA pode se incorporar ao DNA genômico do hospedeiro ou ao 
genoma de células da linhagem germinativa (aparecimento de Ac anti-DNA)
■ Ex.: Leishmaniose...
○ Acelulares subunidade/Vacinacomestível 
■ Técnica de confecção → exposição das células da planta ao agente causador da doença associado à 
um antibiótico
○ Vetores Recombinantes:
■ Técnica de confecção → síntese de proteínas antígenas no hospedeiro (estimula uma resposta 
celular e geração de linfócitos de memória) → PCR do antígeno de interesse, clonagem do vetor, 
transformação e purificação do antígeno recombinante + adição de adjuvante
■ Vantagens → imunogenicidade
■ Desvantagens → termosensível, reversão da virulência, não deve ser dada a indivíduos 
imunocomprometidos
Adjuvantes:
● O que são:
○ Qualquer substância que quando adicionada a uma fórmula vacinal, aumenta sua imunogenicidade
● Tipos de adjuvantes:
○ Imunoestimuladores
○ Particulados (sais minerais, partículas lipídicas, micropartículas)
○ Mucosa
Novas tecnologias para o desenvolvimento de vacinas:
● Vacina ideal:
○ Única dose
○ 100% eficaz
○ 100% segura
○ Proteção de longo prazo
○ Baixo custo
● Realidade:
○ Múltiplas doses
○ Efetividade variável
○ Segurança variável
○ Geralmente proteção de curto prazo
Administração das Vacinas:
● Intramuscular
○ Vantagens → técnica fácil, possível administrar grande volume
○ Desvantagens → invasiva, possível administração sistêmica, dano no músculo ou nervo
● Subcutânea
○ Vantagens → técnica fácil, possível administrar grande volume, menor chance de administração sistêmica
○ Desvantagens → absorção pela gordura
● Intradérmica
○ Vantagens → acesso a APC (Langerhans)
○ Desvantagens → pouco volume, técnica difícil
● Intranasal
○ Vantagens → não invasiva, indução de resposta imune de mucosa, mínima diluição do antígeno
○ Desvantagens → absorção errada
● Oral
○ Vantagens → não invasiva, indução de resposta imune de mucosa
○ Desvantagens → tolerância, diluição do antígeno
● Transdérmica
○ Vantagens → não invasiva, fácil administração, fácil observação
○ Desvantagens → alergia, tempo de absorção
Efeitos Colaterais ou Reações Secundárias:
● Efeitos colaterais
○ dor
○ alopecia localizada
○ formação de abscesso
○ sarcomas de aplicação
○ efeitos sistêmicos → febre, mal-estar, , abortamento, hipersensibilidade, doenças autoimunes ou 
imunosupressão
Falhas vacinais:
● Efetividade e duração da memória dependem:
○ fatores relacionados à vacina, administração e condições do animal
Janela de Susceptibilidade:
● É o período em que o nível de imunoglobulinas maternas adquiridas por meio do 
colostro está baixo para proporcionar proteção, mas alto para que se desenvolva uma 
resposta à vacina
● Sua duração varia entre indivíduos e depende da quantidade de Ig no colostro e 
quantidade ingerida pelo neonato
Vacinas contra parasitas:
● O sucesso delas é muito limitado
○ Parasitas evitam, confundem e escapam do sistema imune do hospedeiro
○ Possuem ciclos de vida complexos e dificuldade de identificar bons antígenos alvo
○ Dificuldade de se identificar correlatos de proteção
Recomendações para Vacinação de Cães e gatos:
● É apenas uma ferramenta a mais no programa sanitário
● Os programas devem ser delineados em função de diversos fatores do animal e 
ambiente:
○ idade e raça
○ estado imunitário e fisiológico
○ hábitos, atividade, convivência e atitude
○ região geográfica
○ o calendário de vacinação deve ser flexível e prescrito pelo veterinário
● Vacinas:
○ O emprego das vacinas monovalentes ou polivalentes deve ser feito em função da idade, estado 
fisiológico e sanitário do indivíduo
○ O emprego do produto com a cepa mais adequada ao lugar onde reside o animal
Objetivos do programa de vacinação:
● Diminuir ao máximo o risco de exposição e transmissão do agente, além da gravidade e 
incidência de doenças
● Conseguir um estado sanitário ótimo dos animais
Protocolo Vacinal:
1) ESCOLHA UMA ESPÉCIE DA PREFERÊNCIA DO GRUPO E DEFINA O CALENDÁRIO VACINAL 
QUE SERIA APLICADO NO FILHOTE. EM CADA UMA DAS VACINAS, DESCREVA A TECNOLOGIA 
VACINAL EMPREGADA 
2) DAS VACINAS SELECIONADAS NO CALENDÁRIO PROPOSTO, COMPARE AS VACINAS 
IMPORTADAS E NACIONAIS, COM RELAÇÃO A TECNOLOGIA APLICADA E VOLUME APLICADO.
A Mosca dos Chifres
15.08
● Mosca dos chifres
○ Haematobia irritans
○ Predileção por parasitar a base dos chifres, dorso, ombros e ventre dos animais (bovinos de linhagem 
européia e pelagem escura)
○ Colocam seus ovos nas fezes frescas
○ Infestação de H. irritans causam prejuízos sobre a produção e desempenho do gado
● Distribuição geográfica
○ Europa, Austrália e América (praga na América do Norte)
● Ciclo biológico
○ Deposição de ovos na borda da massa fecal fresca (15 minutos após o animal defecar)
○ Após a eclosão dos ovos, as larvas penetram na massa fecal, onde se desenvolvem por 4 a 8 dias, quando 
migram para áreas mais secas, formando o pupário
○ No interior das pupas o desenvolvimento dura de 6 a 8 dias e após esse período os adultos emergem
○ O ciclo tende a ser rápido em condições propícias de temperatura e umidade (clima tropical)
■ As populações atingem seu pico no início do verão e depois diminuem conforme o tempo vai 
ficando quente e seco
■ Em época de menor fotoperíodo o desenvolvimento larval é mais lento (diapausa)
● Controle
○ Têm enfoque nas fezes frescas do bovino (ponto mais crítico do seu desenvolvimento) → interrupção do 
desenvolvimento da mosca nesta fase diminui o nível de infestação
○ O controle biológico se dá através de besouros predadores (coleópteros) e/ou vespas parasitas (interferem 
na fase de estágio imaturo no esterco do bovino)
○ Compostos químicos para controle → repelentes à base de graxa ou óleo queimado junto com óleo de 
pinho, óleo de peixe, etc.
○ Princípios ativos para controle químico → organofosforados, inibidores de crescimento de insetos, 
piretróides e lactonas macrocíclicas
○ Desenvolvimento de resistência → controle realizado de maneira indiscriminada
○ Controle eficaz (controle tático) → observar a real necessidade da utilização desses métodos de combate, 
momento certo para tratar o rebanho, montar estratégias para intervenção imediata quando observa-se 
altas infestações
■ REALIZAR O TRATAMENTO APÓS O INÍCIO E NO FINAL DO PERÍODO DAS CHUVAS (período de 
vacinação para febre-aftosa)
■ Controle tático = altos níveis de infestação
● Resistência:
○ Uso inadequado de compostos químicos favorece o aparecimento de MOSCAS resistentes (principalmente 
piretróides - inseticidas)
■ Quantidades e concentrações mais baixas do que o recomendado
○ Pode levar à resistência de outros parasitas (Rhipicephalus microplus)
○ Como usar
■ conscientização e capacitação técnica dos funcionários
■ implementação de práticas de manejo preventivo e de controle
■ utilizar compostos químicos em circunstâncias realmente necessárias → controle tático, controle 
estratégico
■ alternar classes de inseticidas
■ usar carrapaticidas que não tenham efeito mosquicida quando as infestações de carrapato não 
forem simultâneas
Controle de Ectoparasitas
15.08
Controle de Carrapatos em Equinos:
● Amblyomma cajennense
○ Hospedeiro primário (larva, ninfa, adulto) → anta, capivara e cavalo
○ Hospedeiro secundário (larva, ninfa, adulto) → cães, homem, ruminantes, pássaros, pequenos roedores…
■ principal carrapato que infesta humanos no Brasil
○ Ciclo biológico (saem de seus hospedeiros e fazem a ecdise no ambiente a cada evolução no ciclo)
■ Larva no hospedeiro → 2 a 6 dias
● ecdise no ambiente → 18 a 26 dias
■ Ninfa no hospedeiro → 5 a 7 dias
● vão para o ambiente ou ficam por um período no hospedeiro até a próxima ecdise
■ Adulto → 7 a 10 dias
● ecdise no ambiente → 23 a 25 dias
● colocam ovos no ambiente que eclodem em 30 dias (25°C)
○ Tratamento
■ 1° ano → banhos a cada 7 dias (abril a outubro)
■ 2° ano → banhos a cada 7 dias (maio a agosto)
■ 3°ano → banhos a cada 7 dias (abril a julho)
○ Ambiente
■ pastagens sujas são favoráveis para o seu desenvolvimento
● Dermacentor nitens
○ Têm preferência pela região perineal e orelhas
○ Ciclo evolutivo (monoxemico)
■ larvas no ambiente acometem o hospedeiro
■ ninfa muda para adulto no próprio hospedeiro■ adulto deposita os ovos no ambiente e o ciclo recomeça
○ Tratamento
■ banhos a cada 24 dias
■ 4 meses/ano → primavera/verão
● Rhipicephalus (Boophilus) microplus
○ Têm preferência por bovinos
○ Causa prejuízos produtivos
■ estresse, diminuição da produção, danos ao couro, surgimento de bicheiras
○ Ciclo biológico
■ fase da vida livre (pastagem) → 30 a 90 dias
● ovos e larvas
■ fase parasitária → 14 a 21 dias
● neolarvas → desenvolvimento do carrapato no hospedeiro
■ tempo total do ciclo → 120 dias
○ Tratamento
■ intervalo entre aplicações e número de banhos depende do período residual do produto utilizado
Doenças Respiratórias 
Felina
15.08
Doença Respiratória Felina:
● Agentes envolvidos - etiologia:
○ Herpesvírus felino tipo I (vírus da rinotraqueíte felina)
■ Família Herpesviridae (vírus DNA com envoltório)
■ Pode induzir infecções latentes e colonizar o trato respiratório superior
○ Calicivírus felino
■ Família Caliciviridae (vírus RNA sem envoltório)
■ Apresentam variabilidade genética, antigênica e clínica
■ Podem ser associados à úlceras orais, e alterações do trato respiratório superior
■ Cepas de alta virulência que podem provocar doenças sistêmicas
○ Bordetella bronchiseptica
■ Bactéria Cocobacilo Gram negativo (movido por flagelos, possui fímbrias produtoras de toxinas)
■ Coloniza epitélios ciliados do trato respiratório e é capaz de induzir infecções crônicas
○ Chlamydophila felis
■ Bactéria Gram negativa
■ Precisa de células para multiplicação → não sobrevive fora do hospedeiro
■ Local de multiplicação primário → conjuntiva
● Epidemiologia
○ A doença respiratória felina apresenta maior incidência em animais jovens (poucas semanas) e 
coletividades
○ Os fatores associados a sua replicação clínica dependem de:
■ número de agentes implicados
■ virulências das cepas
■ tipo de alojamento
■ idade
■ estado imunitário
○ Em coletividade, a morbidade é elevada e a mortalidade é baixa (doenças sistêmicas associadas a cepas 
de calicivírus de alta virulência apresentam alta mortalidade em jovens e adultos)
○ Gatos portadores em coletividade = permanência e circulação de agentes (endemia)
● Transmissão
● Excreção
○ Herpesvírus tipo I (vírus da rinotraqueíte)
■ secreções oronasais e conjuntivais menos de duas semanas pós infecção (pode permanecer latente 
após a recuperação clínica)
○ Calicivírus felino
■ secreções oronasais e conjuntivais
○ B. bronchiseptica
■ secreções orais e nasais
○ C. felis
■ secreções conjuntivais
● Patogenia
○ Herpesvírus tipo I (vírus da rinotraqueíte)
■ multiplica-se na conjuntiva, cornetos nasais e nasofaringe (muito raramente produz viremia), 
provocando infecções latentes em diferentes locais, sobretudo no linfonodo trigêmeo
○ Calicivírus felino
■ replicam-se na língua, orofaringe, brônquios, pulmão, aparelho digestório e em algumas ocasiões 
em articulações
■ têm sido descrito infecções sistêmicas
■ podem persistir nos gatos por 2 a 3 meses
○ B. bronchiseptica
■ colonizam o epitélio ciliado respiratório e originem infecções crônicas, são capazes de produzir 
toxinas (dermonecróticas e traqueal) e paralisar o epitélio agredido
○ C. felis
■ infecta principalmente a conjuntiva, mas as vias respiratórias também (vias superiores)
● Sinais clínicos
○ Gerais
■ Dispnéia, acúmulo de exsudato seroso a mucoso, desidratação e anorexia
○ Específicos
■ Rinotraqueíte → rinite, conjuntivite, febre, depressão e anorexia, ceratite ulcerativa, inflamação das 
vias respiratórias altas, osteólise de cornetos nasais
■ Calicivírus
● Doença típica → infecção pós-natal aguda, leve e autolimitante do aparelho respiratório 
superior com presença de vesículas e úlceras orais, conjuntivite, pneumonia e claudicação 
intermitente
● Doença sistêmica (alta mortalidade, especialmente adultos) → febre, afecções graves do trato 
respiratório inferior, dispnéia, pneumonia, úlceras orais e de coxins plantares, edema fácil, 
enterite, hemorragia e icterícia
● Estomatite e gengivite crônica
○ B. bronchiseptica → hipertermia leve, secreção nasal, espirros, conjuntivite, infecções concomitantes de 
outros agentes podem levar a pneumonia grave e cianose
○ C. felis → conjuntivite unilateral que pode evoluir para bilateral, alterações oculares, febre transitória, 
inapetência e emagrecimento
● Diagnóstico
○ Clínico (a participação de múltiplos agentes pode dificultar o diagnóstico etiológico)
○ Isolar e identificar as bactérias presentes na amostra coletada → realização do antibiograma 
correspondente
○ Laboratorial 
● Tratamento
○ Terapia de suporte, medidas de higiene e cuidados neonatais
○ Fluidoterapia para corrigir a desidratação
○ Mucolíticos para evitar o acúmulo de exsudato nas vias respiratórias
○ Antibióticos para tratar as infecções por B. bronchiseptica e bactérias secundárias
○ Medicamentos tópicos antivirais ou outras composições para tratamento de problemas oculares
○ Dieta muito branda e palatável em filhotes anoréxicos por presença de úlceras orais
● Vacinas
○ As vacinas contra o vírus da rinotraqueíte felina, calicivírus felino e C.felis podem ser atenuadas, inativadas 
ou de subunidade (somente contra calicivírus felino) → todas são polivalentes
○ A proteção contra cepas de alta virulência de calicivírus felino é muito limitada
○ Recomenda-se a vacinação sistêmica da população sobretudo em coletividade
Peritonite Infecciosa 
Felina
10.10
Etiologia:
● Agente etiológico:
○ Coronavírus felino (vírus com RNA e envoltório)
● Agente presente na microbiota intestinal dos felinos → mutação do vírus resulta na 
migração do vírus para outros órgãos
● Dois tipos:
○ I → período de eliminação (fezes) dura 2-3 meses
○ II → período de eliminação (fezes) dura poucas semanas
● Não dura muito tempo no ambiente → são sensíveis à temperatura e à ação dos 
desinfetantes e detergentes habituais
Epidemiologia:
● Espécies receptivas
○ gatos domésticos e felinos selvagens
● Incidência
○ mais frequentes em gatos jovens (menor que 12 meses)
● Mais de 70% dos casos de PIF ocorrem em gatos menores de um ano
● Maior número de casos em coletividade e em raças persa
● Fonte de infecção
○ gatos com infecção subclínica
● Transmissão
○ excretados por meio das fezes
○ secreção nasal, saliva, etc
○ via oral e ocasionalmente inalatória de forma direta ou indireta
Patogenia:
● Tropismo por 
○ monócitos e macrófagos → células de replicação rápida e vida curta
■ perda da função dessas células de defesa
○ células epiteliais de pequenos vasos
● Piogranuloma → sinal clínico 
○ processo inflamatório resultante da vasculite
○ achado citológico que pode indicar PIF
● O tropismo por macrófagos e monócitos é crucial para o desenvolvimento da PIF
○ primeiros dias pós-infecção → replicação lenta nos macrófagos
○ 10-21 dias pós-infecção → aumento brusco na replicação e na libertação de partículas virais e infecção de 
novos macrófagos com generalização sistêmica do vírus associado aos monócitos
● Ao atingir tecidos alvo, os monócitos infectados começam a aderir nas células 
endoteliais, que contribuem para o desenvolvimento da vasculite. Após à adesão no 
endotélio, eles secretam proteínas que enfraquecem as junções intercelulares 
endoteliais, permitindo a sua diapedese → EXTRAVASAMENTO DE PLASMA
● Os monócitos diferenciam-se em macrófagos ativados, secretando citocinas 
pró-inflamatórias (partículas vasoativas, fatores quimiotáticos e mediadores da 
inflamação)
● O resultado é o piogranuloma (processo inflamatório sob a forma de vasculite)
● Com a viremia, começa a produção de Ac sem eficácia no combate. Ocorre intensificação 
dependente de anticorpo, aumentando a entrada de vírus em macrófagos pela ligação do 
complexo Ag/Ac → a infecção se estende rapidamente para diferentes órgãos
Sinais Clínicos e Lesões:
● PIF - forma efusiva/úmida
○ presença de líquido âmbar, com alta concentração proteica em cavidades
○ lesões necróticas e piogranulomatosas
○ fibrina em peritônio, pleura e superfície de órgãos
○ perda progressiva de peso, depressão,anorexia, febre, derrame pleural e discreto edema em regiões distais
○ alguns desenvolvem icterícia e pericardite
○ óbito em 3-6 meses após o início do quadro clínico (ou antes por eutanásia)
● PIF - forma não efusiva/seca
○ lesões piogranulomatosas iguais às da forma efusiva mas com menos exsudato
○ apresenta curso lento (meses/anos), piogranulomas em rins, fígado, pâncreas, linfonodos mesentéricos, 
SNC e olhos
○ insuficiência hepática ou renal, doença pancreática e alterações de SNC
○ sinais neurológicos em 10-30% dos casos → paresia de posterior, paralisia, tremores, ataxia e rigidez 
muscular
○ alterações oculares → ceratite, uveíte, alterações de retina e panoftalmia
Diagnóstico:
● Diagnóstico diferencial
○ antecedentes e dados clínicos/epidemiológicos
○ a forma efusiva → análise do líquido ascético (proteinograma)
● Diagnóstico definitivo
○ anatomopatológico post mortem
● Diagnóstico laboratorial
Tratamento (prognóstico ruim):
● Apenas retarda o desenvolvimento da doença
● Corticóide e fármacos imunossupressores (principalmente para forma efusiva)
● ATB de amplo espectro
● Fluidoterapia
● Considerar eutanásia para animais refratários ao tratamento sintomático
Vacinas:
● Vacinas termossensíveis
● Via intranasal (eficácia e segurança estão em discussão)
● Comercializada apenas em alguns países
● Não é recomendada para todos os animais
Tuberculose Bovina
Introdução:
● Enfermidade infecto-contagiosa crônica com potencial zoonótico → OIE
● Importância econômica:
○ morte
○ queda de ganho de peso
○ diminuição da produção de leite
○ descarte precoce
○ eliminação de animais de alto valor zootécnico
○ condenação de carcaças
○ perda de 10-25% de eficiência produtiva
○ perda de credibilidade da propriedade
● Etiologia:
○ Mycobacterium bovis (bovina), M. avium (aviária), M. tuberculosis (humana)
○ Parasita intracelular obrigatório, crescimento lento, bacilos curtos aeróbios, imóveis, álcool/ácido resistentes
○ BAAR - bacilos álcool-ácido resistentes
○ São muito resistentes no ambiente → fezes = 4-5 meses; solo = 6 meses; água = 1 ano; pastagens = 2 anos; 
instalações = 2 anos; carcaça = 10 meses
● Isolamento e identificação:
○ Semeia-se amostras de Lowenstein Jensen e Stonebrink
○ Isolamento - coloração Ziehl Neelsen (BAAR)
○ Série bioquímica
● Mycobacterium bovis:
○ Desinfetantes → fenol 5%, formol 3%, hipoclorito de cálcio 5%, hipoclorito de sódio 5% (exposição 3h)
○ Calor → autoclave, pasteurização lenta, pasteurização rápida, fervura
● Infecção para humanos:
○ Inalação de aerossóis
○ Ingestão de leite não pasteurizado e/ou produtos cárneos crus contaminados
Epidemiologia:
● Fonte de infecção → animais domésticos doentes e animais silvestres, destacando-se 
bovinos e bubalinos
● Reservatórios → bovinos e bubalinos
● VE → secreções e excreções (leite, sêmen, fezes, urina, fluidos corporais)
● VT → ar, alimentos, água, comedouros, bebedouros e fômites contaminados (manejo e 
instalações inadequadas facilitam a propagação)
● Porta de entrada → trato respiratório, digestivo e pele lesada
● Susceptíveis → mamíferos domésticos, bovinos, humanos e selvagens
Fisiopatologia:
● Exame clínico e sintomas:
○ Valor relativo
○ Alguns animais podem apresentar foco localizado da doença → animais sadios
○ Emagrecimento progressivo, tosse, dispnéia, diarréia intercalada com constipação
○ Nos bovinos → doença crônica debilitante, mas pode apresentar curso agudo progressivo
PNCEBT:
● Programa Nacional de Controle e Erradicação da Brucelose e Tuberculose
○ ID as fontes de infecção e faz abate sanitário dos animais reagentes
○ Teste dos animais antes de introduzi-los no rebanho
○ controle de trânsito animal
○ certificação de propriedades livres de tuberculose
○ inspeção de carcaças
○ controle dos rebanhos testados em todo território nacional
Diagnóstico:
● Diagnóstico indireto (resposta celular - linfócitos e macrófagos):
○ Diagnóstico in vivo → exame clínico + teste tuberculínico (TPC, TCS ou TCC)
○ Teste da tuberculina
■ Vantagens → alta eficiência dos testes padronizados, capacidade de detectar infecções recentes, 
simples
■ Desvantagens → possibilidade de reações inespecíficas, ocorrência de animais anérgicos, exigência 
de intervalo mínimo entre testes, exigência de duas visitas à propriedade
■ Apresentação → PPD bovina e PPD aviária
■ Resultados falsos
● Falso negativo → infecções recentes, desnutrição, anergia, parto e puerpério
● Falso positivo → M. avium, intervalo inadequado entre os dois testes, outros Mycobacterium
■ Teste da Prega Caudal (TPC)
● Teste de triagem, apenas para gado de corte
● Inoculação de PPD bovino na prega da cauda
● Interpretação (avaliação visual + palpação) → animal reagente (qualquer aumento na prega 
inoculada), animal não reagente (ausência de qualquer reação)
■ Teste Cervical Simples (TCS)
● Gado de leite ou corte
● Local de inoculação → terço médio da tábua do pescoço, região da espinha da escápula
● Leitura → antes da aplicação e 72h após
● Interpretação → menor que 1,9mm = negativo; entre 2-3,9mm = inconclusivo; maior que 4mm 
= reagente
■ Teste Cervical Comparativo (TCC)
● Teste confirmatório, gado de leite e corte
● Escolha para rebanhos com ocorrência de reações inespecíficas
● Local de inoculação → terço médio da tábua do pescoço, região da espinha da escápula
● Inoculação de PPD bovino e PPD aviário via intradérmica
● Interpretação → positivo = aumento de volume da inoculação de PPD bovino é 4mm maior 
que a de PPD aviário; inconclusivo = PPD bovino é de 2-3,9mm maior que a de PPD aviário
○ Certificação de propriedades livres (TPC, TCS ou TCC)
■ teste em todos os animais com idade superior a 6 semanas
■ animais positivos são sacrificados
■ o rebanho recebe o certificado após 3 testes negativos em todos os animais (último teste 
acompanhado pelo serviço oficial)
■ renovação anual do certificado (novo teste em todo o rebanho)
■ compra de animais de rebanhos certificados ou com exame negativo
● Diagnóstico direto:
○ Diagnóstico post morten → histopatológico, bacteriológico, sondas de DNA e PCR
○ Diagnóstico individual, apoio ao programa e estudos epidemiológicos
○ Possibilidades
■ Baciloscopia (BAAR)
■ Inoculação em animais no lab
■ PCR
○ Não deve-se fazer tratamento
Brucelose Bovina
● Entre os bovinos, caracteriza-se por:
○ queda na produção de leite e carne
○ redução do tempo de vida produtiva
○ barreiras sanitárias no comércio internacional de produtos de origem animal
○ provocar abortos geralmente no terço final da gestação
○ nascimento de bezerros fracos/natimortos
○ retenção de placenta
○ repetição de cio, baixa fertilidade
○ descargas uterinas com grande eliminação da bactéria, podendo ser transmitida ao homem
● A brucelose é uma doença infecto-contagiosa provocada por bactérias Brucella
○ Gram -, intracelulares facultativas, imóveis, em forma de bastonetes curtos, aeróbias
● Resistência:
● Cadeia de transmissão:
○ Fonte de infecção → animais infectados (bovinos e bubalinos)
○ VE → feto e anexos fetais, secreções vaginais, leite, sêmen, fezes e urina
○ VT → água, pastagem e fômites contaminados, sêmen, leite e derivados crus
○ Porta de entrada → oro-faríngea, mucosas, pele com solução de continuidade
○ Suscetíveis → mamíferos domésticos, silvestres e homem
● Patogênese:
○ fêmeas infectadas geralmente são assintomáticas
○ período de incubação = 2 semanas a 2 meses ou mais
○ bactéria liberada no ambiente no periparto
○ durante incubação a bactéria localiza-se na mucosa local: útero (dependendo da fase fisiológica da 
fêmea), placenta, úbere e linfonodos regionais 
○ sobrevivência e multiplicação em macrófagos
● Programa nacional de controle e erradicação da brucelose e tuberculose animal 
(PNCEBT)
○ Fases do programa
○ O programa é estruturado para interromper a cadeia de transmissão → eliminação de indivíduos 
infectados, vacinação (B19) de bezerras de 3-8 meses, vacinação de fêmeas não prenhes
○ Controle de trânsito de animais → teste para trânsito interestadual de animais de reprodução,testes para 
participar em exposições e leilões
○ Estratégias de ação:
○ Vacinação:
■ B19 → fêmeas não prenhes, bezerras entre 3-8 meses
■ RB51 → animais acima de 8 meses, não deve ser utilizada em machos ou fêmeas prenhas, usada 
para fêmeas adultas que nunca foram vacinadas, situações de alto risco de infecção
● Diagnóstico sorológico:
○ Reação antígeno-anticorpo em resposta à infecção
○ Teste de triagem = AAT (antígeno acidificado tamponado)
○ Teste confirmatório = 2-Mercapto-etanol; Fixação do complemento
Sanidade Equina
14.11
● Programa Nacional de Sanidade Equídea (PNSE)
○ Objetivo → profilaxia, controle e erradicação da AIE e do Mormo
○ Estratégia → certificação de propriedades livres, notificação compulsória, atenção a focos, sacrifício 
sanitário, trânsito permitido apenas para animais negativos
● Anemia Infecciosa Equina (AIE)
○ Doença infecciosa que acomete leucócitos e o sistema hematopoiético de equídeos, causada por um vírus 
da família Retroviridae
○ Lentivirus (igual o da FeLV)
○ Tropismo → baço, fígado, pulmão, linfonodo e medula óssea
○ Células → monócitos, macrófagos e células endoteliais vasculares
○ Sensibilidade → éter, detergentes, 60°C em menos de 1 min, pH <5 e >9
○ Sinais e sintomas
■ Forma aguda → febre durante 1-3 semanas, anemia severa, icterícia, petéquias em mucosas, perda 
de peso, óbito (em 2-3 semanas)
■ Forma subaguda → animais que sobrevivem à forma aguda, febre moderada contínua
■ Forma crônica → retardo no desenvolvimento, febre recorrente ou persistente, letargia, depressão, 
caquexia, edema ventral, ciclos recorrentes a cada duas semanas
■ Infecção inaparente → portadores assintomáticos
○ Cadeia epidemiológica
■ Fontes de infecção → equídeos doentes, portadores assintomáticos
■ VE → sangue, sêmen, urina, leite
■ VT → vetores (tabanídeos, moscas hematófagas), fômites (agulhas, seringas, instrumentos 
cirurgicos), vertical, sexual
■ PE → pele, mucosas
■ Susceptíveis → equinos, asininos e muares
○ Diagnóstico
■ achados anátomo-patológicos (linfoadenopatia, esplenomegalia, hepatomegalia)
■ histopatológico (eritrofagocitose, hemosiderose, necrose linfóide, infiltração linfocítica)
■ exames (trombocitopenia nos períodos febris e diminuição do Ht durante febres recorrentes)
■ Indireto
● teste de imunodifusão em gel de ágar (IDGA)
● ensaio imunoabsorvente à enzima (ELISA) → mais sensível, mais falso +
● Immunoblot
● PCR → melhor
■ Diferencial para babesiose e abcessos crônicos esplênicos ou abdominais
○ Controle
■ Testes sorológicos de rotina, remoção dos animais reagentes do plantel, restrição ao deslocamento de 
animais (GTA), testes nos animais de exposição/trânsito/etc, teste dos novos indivíduos a serem 
introduzidos nas tropas
■ Medidas relativas às fontes de infecção
● diagnóstico e controle de trânsito animal, sacrifício dos +, quarentena vitalícia
■ Medidas relativas às fontes de transmissão
● controle de vetores, seringas/agulhas/etc descartáveis, desinfecção e esterilização de 
instrumentos
■ Medidas relativas aos susceptíveis
● não há vacina
■ Controle de focos
● interdição da propriedade, investigação epidemiológica, marcação permanente dos portadores, 
sacrifício ou isolamento dos portadores, exames em todos os animais da propriedade, 
desinterdição após o resultado negativo de dois exames com intervalo de 30-60 dias nos equinos 
permanentes, orientações aos proprietários
■ Potros produtos de éguas soropositivas
● confirmar se a égua é + (IDGA), testar o potro pré e pós amamentação, quarentena dos dois, 
testar o potro a cada 4-6 semanas, se o potro apresentar-se negativo, ele deve ser separado da 
mãe com 4-5 meses, mantido em quarentena após separado até ser determinado soro negativo
CAE E Maedi-Visna
● Lentivírus → características de oncovírus
● MAEDI = dispnéia; VISNA = refugo (caquexia)
● Agente Etiológico:
○ retrovírus
○ os vírus das duas doenças são muito parecidos
● Características relacionadas com a persistência da infecção:
○ Integração do DNA que o vírus produziu durante a sua replicação fica integrado nas células do hospedeiro, 
prejudicando os mecanismos de defesa
○ Replicação no interior das células do sistema imunológico, tornando o hospedeiro incapaz de eliminar o 
vírus, além de enganar o sistema imune por não produzir partículas virais
○ Alta taxa de mutação
● Resistência:
○ baixa resistência no meio ambiente
CAE (Artrite Encefalite Caprina) e MAEDI-VISNA (Pneumonia 
Progressiva dos Ovinos):
● Infectividade
○ baixa, é necessário uma exposição contínua
● Patogenicidade
○ baixa, poucos animais apresentam sinais da doença
● Letalidade
○ alta pela mortalidade e gravidade dos sintomas clínicos
● Mecanismo de ação
○ em contato com o organismo causam infecções persistentes, inflamação e degeneração
○ atacam principalmente os macrófagos
● Hospedeiros
○ VMV → caprinos e ovinos
○ CAE → caprinos
● Patogenia dos lentivírus
○ infectam os hospedeiros principalmente por via oral, caem na circulação e infectam as células do sistema 
monocítico-fagocitário, determinando a infecção persistente do hospedeiro
○ os monócitos são usados para a replicação do vírus, eles passam a conter provírus integrado em seu 
genoma, que só se ativam quando maturam e viram macrófagos
○ a infecção dos macrófagos é persistente, disseminando o vírus no hospedeiro sem produção de partículas 
virais pelo contato com outras células
● Sinais e sintomas
○ claudicação, restrição de movimentos, postura anormal, edema nas articulações, emagrecimento 
progressivo, dispnéia, alterações neurológicas (tremores de cabeça, nistágmo, parexia)
● Diagnóstico
○ Coleta de amostras
■ Maedi-Visna → fragmentos do pulmão e glândula mamária
■ CAE → fragmentos do cérebro, medula, glândula mamária, articulações, sinóvia e rim; animais vivos 
= sangue, leite, líquido sinovial
○ Diagnóstico direto 
■ isolamento em cultivo celular
■ macroscopia eletrônica de constatação do material genético
○ Diagnóstico indireto
■ PCR
■ ELISA
■ IDGA
● Cadeia epidemiológica
○ Maedi-Visna
■ Fonte de Infecção → principalmente portador em incubação, portador são e doente. O período de 
transmissibilidade é prolongado com duração de muitos anos
■ Via de eliminação → secreção nasal, sangue, leite, sêmen e menos frequentemente por saliva e 
secreção faringiana ricas em células do sistema monocítico fagocitário
■ Via de transmissão → por aerossóis decorrentes da tosse, fômites (agulhas, tesouras etc) 
contaminados com sangue e raramente por via transplacentária
○ CAE
■ Fonte de Infecção → portadores em incubação, portador são e doente
■ Vias de eliminação → leite/colostro, sangue, fômites e eventualmente (não comprovado) por 
contacto entre animais
■ Vias de transmissão → leite e objetos contaminados (agulha, tesoura, material cirúrgico etc)
■ Porta de entrada → mucosa oral
■ Susceptíveis → animais jovens (lactantes)
● Profilaxia
○ identificar os animais infectados e fazer abate sanitário
○ isolamento total dos animais infectados
○ testes periódicos em todos os animais
○ limpeza e desinfecção adequada do ambiente e fômites
○ separação dos recém nascidos antes que mamem colostro
○ submeter o colostro ao calor
○ adquirir animais negativos
● PNSCO (programa nacional de sanidade dos caprinos e ovinos) - o que ela faz?
○ educação sanitária
○ estudos epidemiológicos
○ fiscalização e controle de trânsito caprino e ovino
○ cadastro, fiscalização e certificação sanitária de criadouros
○ intervenções em casos de suspeitas ou ocorrência (notificação obrigatória)
Febre Aftosa
21.11
● Picornaviridae → Aphthovirus
● Listada na OIE
○ consequências econômicas
○ restrição para comércio internacional
● Patogenia
○ Infecção da célula → replicação do RNA genômico nela → inibição de síntese de proteínas celulares
● Patogênese, sinais e sintomas
○ Infecção por via respiratória
○ Replicação inicial → pulmões/faringe (epitélio da língua/pálato, patas, tonsilas e linfonodos 
tráqueo-brônquicos)
○ rompimento das vesículas
○ febre alta, aftas, claudicação,sialorréia, dificuldade para alimentar-se, abortos
○ animais novos podem morrer de forma aguda com miocardite derivada da infecção do músculo cardíaco 
pelo vírus da FA
○ após o 10° dia de infecção o animal começa a lutar contra o vírus e os sinais e sintomas vão 
desaparecendo até que no 15° dias ele está normal e sem lesões (persistência do vírus na faringe)
● É uma zoonose
○ transmissão → ingestão de leite não pasteurizado ou contato direto e infecção por lesões na pele
● Consequências na produção
○ queda na produtividade
○ abortos
○ mortes de animais jovens
○ sacrifício de animais
○ destruição dos produtos derivados da criação
○ proibição do trânsito de animais, produtos e subprodutos
○ proibição comercial dos animais, produtos e subprodutos
○ problemas econômicos (desvalorização da propriedade)
● Porque erradicar a febre aftosa é tão importante para o agronegócio brasileiro?
○ os principais países importadores já erradicaram esta doença à bastante tempo, portanto ela se torna 
uma barreira para o comércio
● Infecta todos os animais biungulados (casco fendido)
○ bovinos, bubalinos, ovinos, caprinos e suínos
● Cadeia epidemiológica
○ Fonte de infecção → animais biungulados, animais doentes, portadores assintomáticos, reservatórios 
silvestres
○ VE → aerossóis respiratórios, fezes, urina, sêmen, leite
○ VT → aerossóis, fômites, água e alimentos, inseminação
○ PE → epitélio respiratório, abrasões cutâneas e mucosas, trato reprodutivo
○ Susceptíveis → biungulados
● Ambiente:
○ Água
○ Pasto (movimentação entre pastos)
○ Alimento
○ Ossos quando morrem
● Tratadores
○ as pessoas podem levar o vírus a outros animais ao lidar com animais doentes (mãos, roupas, calçados…)
● Programa Nacional de Erradicação de Febre Aftosa (PNEFA) - competências
○ Controle e avaliação
○ elaborar normas sanitárias relativas ao PNEFA
○ programar e acompanhar a realização de inquéritos epidemiológicos
○ programar e fiscalizar a vacinação (campanhas)
○ tomada de decisões e dar apoio aos produtores
● Diagnóstico:
○ Diagnóstico direto
■ amostras → tecido de vesícula não rompida, fluido oro-faríngeo
■ ELISA, Teste de Fixação de Complemento, Isolamento viral
○ Diagnóstico indireto
■ amostras → soro
■ ELISA, Teste de Fixação de Complemento
■ diferenciação entre vacinados e naturalmente infectados
○ Diagnóstico diferencial
■ estomatite vesicular, doença vesicular suína, doença exantemática dos suínos...
● Medidas de controle
○ Proteção de zonas livres por controle e vigilância
○ sacrifício de animais infectados e possivelmente infectados
○ desinfecção dos locais e de todo material infectado
○ destruição de cadáveres e produtos animais nas zonas infectadas e suscetíveis
○ quarentena
○ vacinação com vírus inativado (a imunidade é conferida 6 meses após a vacinação) + adjuvante oleoso
Raiva em Herbívoros
● Definição
○ doença infecciosa zoonótica aguda do sistema nervoso central de mamíferos causada por espécies do 
gênero Lyssavirus
● Etiologia
○ Gênero = Lyssavirus
○ Espécie = Rabies virus
● Transmissão
○ mordedura, arranhadura e lambedura
○ manipulação de carcaças
○ período de transmissibilidade → 2-5 dias antes do aparecimento dos sinais clínicos e persiste durante toda 
a evolução da doença (a morte do animal acontece entre 5-7 dias após apresentação dos sintomas)
○ Desmodus rotundus
● Manifestações clínicas
○ reclusão, apatia, perda do apetite, sensibilidade e prurido na região da mordedura, mugidos constantes, 
tenesmo, hiperexcitabilidade, aumento da libido
○ sialorréia viscosa, disfagia, movimentos desordenados da cabeça, tremores musculares, midríase com 
ausência de reflexo pupilar
○ incoordenação motora, pedaladas em decúbito
● Amostras do sistema nervoso
○ Encéfalo (córtex, cerebelo e tronco)
○ equinos → coletar cérebro e medula
● Prevenção após necrópsia
○ Desinfecção química de instrumentos cirúrgicos → formol a 10%
○ desinfecção do ambiente → solução de bicarbonato de sódio entre 1-2%
● Resistência
○ perda de sua infecciosidade à temperatura de 80ºC ocorre em 2 minutos e à luz solar, em 14 dias, a 30ºC
○ pode manter sua infecciosidade por períodos relativamente longos, sendo inativado por autólise
○ a putrefação destrói o vírus lentamente, em cerca de 14 dias
● Diagnóstico laboratorial
○ Imunofluorescência direta (IFD)
○ prova biológica (PB)
○ PCR (homem)
● Profilaxia
○ vacinação
○ informação
○ vigilância epidemiológica
○ controle da população de quirópteros
● Programa Estadual de Controle de Raiva dos Herbívoros (PNCRH)
○ notificação
○ visita no máximo 24h após a notificação
○ controle de transmissores no raio de até 12km
○ coleta e envio de materiais para exame laboratorial de raiva e outras enfermidades compatíveis com os 
sinais clínicos
○ objetivo → reduzir a ocorrência da raiva em herbívoros domésticos, promovendo a proteção da saúde 
pública e animais
○ diretrizes → atendimento a suspeita e investigação epidemiológica, vacinação estratégica, cadastramento 
e monitoramento de abrigos de morcegos hematófagos, controle da população de Desmodus rotundus
○ Educação em saúde
Encefalopatia 
Espongiforme Bovina
● Doença transmissível, infecciosa, crônica, degenerativa e letal do sistema nervoso 
central dos bovinos que leva a ataxia severa e alterações comportamentais, causada 
por um prion, de caráter zoonótico
● Doença da vaca louca
● Programa Nacional da Prevenção e Vigilância da Encefalopatia Espongiforme Bovina 
(PNEEB)
○ Objetivos
■ evitar a entrada do agente no território nacional aplicando medidas de controle para importação de 
animais, seus produtos e subprodutos (considera o país de origem e mercadoria a ser importada)
■ fiscalização dos estabelecimentos de criação de ruminantes e os de produção de alimentos para 
animais
■ estabelecimentos processadores de subprodutos de animais (adoção de boas práticas de fabricação 
e processamento)
● Etiologia
○ Prion
■ derivado de uma proteína da membrana de células nervosas, quando modificada, provoca um 
quadro degenerativo crítico e transmissível do SNC
■ período de incubação → média 5 anos
■ morte → 1-14 semanas (até 1 ano)
■ não induz resposta imune
● Patogenia
○ trato digestivo → tecido linfóide → hipotálamo, medula oblonga e núcleo paraventricular
● Sinais clínicos (distúrbios: comportamento, sensibilidade e locomoção)
○ reação exagerada a estímulos externos
○ dificuldade de locomoção
○ hiperestesia
○ hipertermia branda
○ ataxia
○ bradicardia
○ emagrecimento progressivo
○ queda produtiva
● Cadeia epidemiológica:
○ Fontes de infecção → ovinos com scrapie, bovinos com BSE
○ VT → farinha de carne e ossos em rações para bovinos infectados, transplacentária
○ PE → oral
○ Susceptíveis → bovinos leiteiros, bovinos de corte, homem
● Prevenção
○ proibição da produção, comercialização e utilização dos seguintes produtos nas rações de ruminantes:
■ cama aviária
■ resíduos de suinoculturas
■ qualquer produto que contenha proteínas e gorduras de origem animal
● Nunca congelar as amostras destinadas ao diagnóstico da EEB, o laboratório deve ser 
previamente informado do envio e horário de chegada da amostra
● Essa doença foi erradicada do Brasil

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