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aula 3

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Profa.Mariana Boeckel
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Profa.Mariana Boeckel
	Ciclo Vital da Família
	O sistema familiar é como um ser vivo que, assim como a pessoa individualmente, passa por um processo de crescimento para atingir níveis de maturidade.
	Para atingir esta maturidade, esta evolução, a família enfrenta diferentes estágios e, em cada um deles, existe uma complexidade de papéis que cada membro da família terá que desempenhar, uns em relação aos outros.
	O sistema familiar, ao longo de seu ciclo vital, enfrenta estressores verticais e horizontais (Carter & McGoldrick, 2001).
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O eixo vertical: padrões de relacionamento e funcionamento que são transmitidos transgeracionalmente (ex: atitudes, experiências, tabus, rótulos, questões opressivas familiares, etc). 
O eixo horizontal: questões desenvolvimentais, tanto aos eventos predizíveis (casamento, nascimento dos filhos, entrada dos filhos na escola...), como os impredizíveis (morte prematura, nascimento de criança deficiente, guerra, acidentes em geral....).
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 ESTRESSORES VERTICAIS
NÍVEIS DO SISTEMA Padrões, mitos, segredos e legados
1. Social, cultural, político
2. Comunidade, colegas de trabalho
3. Família ampliada
4. Família nuclear
5. Indivíduo 
 
ESTRESSORES HORIZONTAIS
1. Desenvolvimentais
2. Imprevizíveis
Profas. Mariana Boeckel e Denise Falcke
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Estágios do ciclo vital da família
1. Saindo de casa: jovens solteiros
2. A união de famílias no casamento: o novo casal
3. Famílias com filhos pequenos
4. Famílias com adolescentes
5. Lançando os filhos e seguindo em frente
6. Famílias no estágio tardio da vida.
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1.Saindo de casa: jovens solteiros
Objetivos: separação / independência;
Fatores individuais: resolução das tarefas do estágio adolescente;
Fatores do sistema familiar: capacidade de tolerar a ambigüidade na identidade profissional dos filhos adultos e aceitar a variação das ligações emocionais e dos estilos de vida fora da família imediata;
Tarefas: permitir ao jovem separar-se da família e não chamá-lo de volta cada vez que há crise.
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Individuação: processo pelo qual se busca autonomia e identidade, que inicia-se na infância e estende-se até a vida adulta (Lidz, 1983). 
Ambivalência: pais tratam o jovem como um adulto responsável e independente, porém, eles normalmente seguem vigiando a maneira como essa autonomia se realiza (Cerveny e Berthoud, 1997).
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2. A união de famílias no casamento: o novo casal
“Tornar-se um casal é uma das tarefas mais complexas e difíceis do ciclo de vida familiar. É a união de dois complexos sistemas familiares” 
(Carter & McGoldrick, 1995; Cerveny & Berthoud, 1997).
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Formando um casal
Objetivos: 
 independência emocional da família de origem; 
 envolvimento emocional no novo sistema;
 diferenciação da pessoa em relação a sua família de origem;
Fatores do casal: 
 renegociação das rotinas diárias: manejo financeiro, férias e os rituais familiares que serão mantidos e os que os parceiros desenvolverão sozinhos; 
 novos acordos do casal entre si e com os pais, irmãos, amigos, família ampliada.
Tarefas: 
 aceitação do esposo(a) como membro da família; 
 reequilibrar o relacionamento aceitando a privacidade do jovem casal.	
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3. Famílias com Filhos Pequenos
Ambiente que a criança nasce
Nenhum espaço
Espaço adequado
Vácuo para ela preencher
Movimento para fora do lar
(Trabalho)
Diminuição do tempo com os filhos
Perda dos pais, falta de intimidade conjugal, não participação na vida fora do lar, ...
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Um filho representa a realização de uma das máximas aspirações de um casal: sinal visível da sua união;
Depois do nascimento, os três próximos meses são considerados como parte da gravidez;
Necessidade de ajustar o sistema conjugal para criar espaços para os filhos;
A qualidade conjugal declina modestamente, mas seguramente, desde o período anterior até o posterior ao nascimento do primeiro filho;
Um casamento que desenvolveu intimidade é um casamento mais capaz de responder ao desafio da peternidade;
Cuidado com o envolvimento do bebê no processo proximidade-distância;
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Família ampliada – recursos ativos nas necessidades dos pais;
Com a chegada de um bebê todos os membros da família avançam um grau no sistema de relacionamentos;
Tornar-se avós faz lembrar a realidade finita da vida e coloca-os em um papel secundário;
Principais funções parentais:
AFETO
LIMITES
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	2 dimensões:
1) apoio ou sustento afetivo = conduta através da qual os pais mostram ao filho aceitação e compreensão
2) controle = conduta através da qual os pais exercem sua influência sobre a conduta dos filhos.
CONDUTA EDUCATIVA
Combinação de diferentes dimensões educativas
 = 
Padrões educativos
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Profas. Mariana Boeckel e Denise Falcke
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4. Famílias com Filhos Adolescentes
Objetivos: ensaio separação / independência;
Tarefas individuais do adolescente: aceleração dos movimentos que buscam solidificar a identidade e estabelecimento da autonomia em relação à família (processo para toda a vida) 
Tarefas familiares: 
Os adolescente trazem componentes externos de forma intensa para a família.
Aumento da flexibilidade das fronteiras familiares e modulação da autoridade parental permitem maior independência e desenvolvimento ao adolescente.
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Autoridade e controle parental precisa diferenciar-se de forma significativa da infância.
Ajustes especiais para aceitar o estabelecimento dos relacionamentos independente da família. 
Mobilização de 3 gerações: na tentativa de diminuição dos conflitos entre adolescente e o(s) pai(s), é comum a repetição de padrões antigos da família de origem dos pais (nesta fase de forma mais forte tendo em vista a intensidade do conflito de separação/individuação). 
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“Que eu tenha a capacidade de aceitar as coisas que não posso mudar, a força para mudar as coisas que posso, e a sabedoria para perceber a diferença”. 
(grupo AA citado por Carter e McGoldrick,2001).
Novo status uns em relação aos outros membros familiares. Dificuldade parental em ver que os filhos não são mais crianças.
Renegociação do casamento dos pais.
Sexualidade do(s) filho(s) – mobilização nos pais.
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5. Lançando os filhos e seguindo em frente: fase do “ninho vazio”
Objetivo: aceitação da flutuação de entradas e saídas no sistema familiar; reajustamentos no subsistema conjugal;
Tarefas: renegociar o sistema conjugal como díade; negociar relacionamento com os filhos como adultos; expandir os relacionamentos familiares para incluir parentes por afinidades e netos; rever as oportunidades do mundo externo fora da família (tempo, espaço, dinheiro) e resolver relacionamentos com pais que estão envelhecendo.
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 A família nuclear deve, gradativamente, ir deixando para trás o controle e o poder. 
 Os pais continuam capazes de orientar os filhos, embora numa situação menos protetora e de maior distância.
 Relação pais e filhos mais igualitária na medida em que estes já adquiriram status de adulto.
 
Manejo adequado do sustento financeiro: diferenciar presentes e empréstimos. 
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Variações no ciclo de vida familiar
Divórcio e Recasamento
Doença crônica e morte
Alcoolismo
Famílias em situação de vulnerabilidade e com culturas diferentes 
“Ninho cheio”
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Fase do “Ninho Cheio”
Variação da fase anterior, já que os filhos estão permanecendo mais tempo na casa dos pais;
Fenômeno de caráter mundial (EUA, Itália, Brasil);
Rituais de inserção no mundo adulto estão confusos;
Fenômeno típico da classe média;
Causas explicativas: sociais e psicológicas:
Sociais: dificuldade dos jovens para entrar no mercado de trabalho; desemprego;
Realidade brasileira: preocupação econômica da família intensificada;
Prolongamento da vida estudantil.
Psicológicas: dinâmica da relação familiar (depressão, alcoolismo, desajustes conjugais).
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6. Famílias no estágio tardio da vida.
Questões culturais acerca do envelhecimento. 
Diferenças de gênero: mulheres e homens envelhecem de forma diferenciada. 
Visões pessimistas. Alguns mitos:
 Isolamento, ausência de família
 Idosos são doentes, senis e frágeis – institucionalização.
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Tarefas: 
 Flexibilidade. 
 Ajustamentos à aposentadoria.
Esvaziamento natural.
Tensão especial no casamento, o qual até então estava equilibrado em esferas diferentes. 
 Insegurança, medo (ou realidade) da dependência financeira.
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Perda de amigos e parentes. Perda do cônjuge: especialmente difícil. 
Noção da finitude da própria vida. 
Condição de avós: interesse pela vida, relacionamento intenso sem o compromisso com a paternidade/meternidade.
Dificuldades de alguns em modificar o status dentro e fora da família. 
Importante: Auxiliar no reconhecimento das mudanças de status e valorização desta nova etapa. 
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Referências
Carter, B.; McGoldrick, M. (2001). As Mudanças no ciclo de vida familiar. 2 ed. Porto Alegre: Artmed.	
Cerveny, C. M. O., Berthoud, C. M. E. e cols. (1997). Família e ciclo vital: Nossa realidade em pesquisa. São Paulo: Casa do Psicólogo. 
Eizirik, C. L.; Kapczinski, F.; Bassols, A. M. S. (2001). O ciclo da vida humana: uma perspectiva dinâmica.Porto Alegre: Artmed.
González, J. A. R. (1994). Manual de orientación y terapia familiar. Madrid: Fundación Instituto de Ciencias del Hombre.
Pittman, F. (1990). Momentos decisivos: Tratamiento de familias em situaciones de crisis. Buenos Aires: Paidos.
Settersten, R. A. (1998). A time to leave home and a time never to return? Age constraints um the living arrangementes of Young adults. Social Forces, 76, (4), p. 1373-1400.	 
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