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Daniela Luiza Dorini – Farmácia – Farmacologia II Pressão sanguínea É a força exercida pelo sangue contra qualquer unidade de área da parede vascular. Reflete a pressão de propulsão criada pela ação de bombeamento do coração (pressão arterial). A pressão arterial é regulada dentro de uma faixa estreita para que ocorra perfusão adequada aos tecidos sem causar lesão ao sistema vascular. Pressão arterial O débito cardíaco é o volume de sangue bombeado pelo coração a cada minuto. O volume sistólico, que é o volume de sangue ejetado por batimento, depende de dois fatores, a contratilidade (inotropismo) e volume diastólico final (volume de sangue nos ventrículos, pouco antes da sístole, é terminado pelo retorno venoso). O débito cardíaco pode ser influenciado pela: Pré-carga: volume e velocidade do retorno venoso; se aumentada, a PA aumentará. Pós-carga: quanto maior a RVP, maior será o DC, aumento da PA. Contratilidade: se aumentada, a PA aumentará (SN Simpático – inotropismo positivo) Hipertensão Arterial Doença caracterizada pela elevação da pressão arterial e má perfusão tecidual. Como principal consequência se tem a perfusão inadequada dos tecidos. Eleva os riscos de: Acidentes vasculares cerebrais (rompimentos de vasos sanguíneos). Coronariopatias (deposito de gordura). Insuficiência renal. Os fatores de risco segundo a Sociedade Brasileira de Cardiologia são: Idade e sexo (mulheres 55 anos ou mais e homens com 45 anos ou mais). Raça afro-americana (taxas mais altas do que em asiáticos, brancos ou hispânicos). Obesidade Ingestão excessiva de sal e insuficiente de potássio. Etilismo crônico. Sedentarismo Tabagismo. Histórico familiar de hipertensão arterial e/ou doença cardiovascular, diabetes melito, estresse persistente. PRESSÃO ARTERIAL = DÉBITO CARDÍACO X RESISTENCIA VASCULAR PERIFÉRICA DÉBITO CARDÍACO = VOLUME SISTÓLICO X FREQUÊNCIA CARDÍACA (bpm) Daniela Luiza Dorini – Farmácia – Farmacologia II Exemplo: paciente de 53 anos, 180/97 mmHg, com histórico de diabetes mellitus e hiperlipidemia. Qual a classificação? Resposta: HÁ estágio 3, risco alto. Daniela Luiza Dorini – Farmácia – Farmacologia II Paciente do caso: HA estágio 3, risco alto. Daniela Luiza Dorini – Farmácia – Farmacologia II Potenciais associações de fármacos São os mais utilizados no tratamento da HÁ, tanto em monoterapia, quanto em associação a outros fármacos. Geralmente causam uma depleção do sódio, levando ao aumento do volume urinário e, consequentemente, a diminuição do DC. O rim é composto por milhões de néfrons, sendo estes as unidades funcionais dos rins. Aproximadamente 99% do filtrado renal é reabsorvido no túbulo renal. Daniela Luiza Dorini – Farmácia – Farmacologia II 1. Diuréticos osmóticos 2. Inibidores da anidrase carbônica (iAC) 3. Diuréticos de alça 4. Tiazídicos 5. Poupadores de potássio (amilorida e espironolactona) São filtrados e não são reabsorvidos, atuam aumentando a osmolaridade, impedindo a reabsorção de água. Isso resulta no aumento de volume de água na urina, aumentando a diurese, dessa forma ocorre a redução da PA. Agentes osmóticos Manitol (i.v.) Glicerina (v.o.) Isossorbida (v.o.) Indicações clínicas Neurocirurgias – redução da pressão intracraniana, melhorando a microcirculação. Crise aguda de glaucoma – redução da pressão intra-ocular. Insuficiência renal aguda Efeitos adversos Desidratação e hipernatremia (concentração sérica de sódio >140 mEq/L) Daniela Luiza Dorini – Farmácia – Farmacologia II Inibem a atividade da enzima Anidrase carbônica, impedindo a reabsorção de bicarbonato, na forma de H2O+CO2, impedindo a formação de ácido carbônico dentro das células, não ocorrendo a formação dos íons hidrogênio, necessários para a reabsorção do sódio. Propriedades diuréticas fracas. Agentes inibidores da AC Acetazolamida Indicações clínicas Glaucoma Edema Inibem a atividade do transportador Na+/K+/2Cl-. Depletam K+. Daniela Luiza Dorini – Farmácia – Farmacologia II Principais fármacos Furosemida Torasemida Bumetanida São os diuréticos mais eficazes (potentes). Indicações clínicas Edema agudo de pulmão. Hipercalemia (concentração sérica de potássio > 5mEq/L). Insuficiência renal aguda. Efeitos adversos Hiperuricemia (compete pelo mecanismo de secreção tubular com o ácido úrico) Alcalose metabólica hipocalêmica Arritmias (devido a depleção de K+) Interação com digoxina (depleção de potássio). Inibem o simporte Na+Cl-. Depleção significativa de K+. São os diuréticos mais utilizados Indicações clínicas ICC e Hipertensão arterial. Daniela Luiza Dorini – Farmácia – Farmacologia II Efeitos adversos Alcalose metabólica hipocalêmica (redução de potássio). Hiperuricemia (competição pelo OAT) Interação com digitálicos (digoxina). Não depletam potássio, e são diuréticos fracos: 1. Espironolactona – é antagonista (bloqueia a ação) competitivo da aldosterona, inibindo a retenção de sódio. 2. Triantereno e amilorida – bloqueiam o transporte de sódio pelos canais da membrana luminal. Indicações clínicas Síndrome de Conn – hipersecreção de aldosterona. Toxicidade Hipercalemia. Acidose metabólica. Ginecomastia. Espironolactona Daniela Luiza Dorini – Farmácia – Farmacologia II
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