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SEMIOLOGIA ANIMAL | MEDICINA VETERINÁRIA | Davillanne Valentim 
 
SistemaTegumentar 
 
Semiologia da Pele 
> Pele 
• É o maior órgão de um organismo 
• Representa 30 a 75% dos 
atendimentos de rotina 
• É considerada o “espelho do 
organismo” 
• Primeira barreira de proteção 
(imunidade inata) 
Funções da pele 
• Barreira protetora (proteção contra 
lesões externas, sejam elas química, 
físicas ou microbiológicas) 
• Proteção contra meio ambiente (meio 
interno adequado à outros órgãos) 
• Permitir a elasticidade e flexibilidade 
• Produzir pelos, unhas e corneificação 
(produção de estruturas queratinizadas) 
• Manter a temperatura (termorregulação – 
devido ao manto piloso e vasos 
sanguíneos) 
• Armazenar água, vitaminas e gordura 
(reservatório) 
• Indicadora de saúde interna 
• Proteção imune (imunorregulação – 
capaz de controlar infecções ou inibir 
desenvolvimento de neoplasias) 
• Pigmentação (exemplo: melanina 
determina a coloração da pele e pelos, 
promovendo proteção contra os raios 
UV) 
• Ação antimicrobiana 
• Percepção sensorial (exemplo: 
calor, frio, dor e tato) 
• Secreção glandular (ex: glândulas 
sudoríparas – suor) 
• Excreção 
• Produção de vitamina D 
 
Divisão da pele 
• Epiderme: Camada mais superficial 
da pele 
Camada basal, camada espinhosa, 
camada granulosa, cama lúcida [coxins 
e narinas] e camada córnea. 
• Derme ou Intermediária: abrange 
folículos pilosos e glândulas 
• Hipoderme ou subcutâneo: constituída 
de gordura e vasos sanguíneos 
Balanço entre a perda transdérmica de 
água e a hidratação 
Lipídeos: ácidos graxos, esteróis livres e 
esfingolipídeos 
 
Exame da Pele 
• Identificação do paciente 
o Espécie do Animal (algumas 
doenças são características – 
exemplo: sarcoide em equinos) 
o Sexo (doenças características entre 
machos e fêmeas – exemplo: 
neoplasias ovarianas em fêmeas) 
o Status sexual (castrado ou não? No 
cio?) 
SEMIOLOGIA ANIMAL | MEDICINA VETERINÁRIA | Davillanne Valentim 
 
o Raça do animal (predisposição de 
algumas raças – exemplo: vitiligo em 
felinos siâmeses) 
o Idade (doenças que ocorrem 
exclusivamente em determinada idade – 
exemplo: demodiciose dos cães em 
animais jovens) 
o Coloração da pelagem (exemplo: 
mutantes de cor em cães de pelo 
azulado) 
 
 
• Anamnese 
o Queixa principal 
o Antecedentes: relacionados a pele 
Comum estar associados a endocrinopatias; 
Cães: Hiportireoidismo e hiperadrenocorticismo 
Gatos: Hiperadrenocorticismo e Hipertireoidismo 
- Alergias alimentares 
o Início e tempo de evolução do quadro 
(cronológia – agudo ou crônico) 
o Tratamento realizados – antibióticos 
utilizados nos últimos três meses (oral, 
spray, tomada etc) 
- Tiveram efeito ou não? 
o Sazonalidade da Lesão 
o Recidivas – se sim, quantas. Quadro 
clínico piorou? 
o Ambiente e manejo – onde vive? 
Higienização do ambiente? Quais 
produtos? Como é efetuado? 
Ambiente - Grama, cimento, cerâmica? 
Hábito: tem acesso a rua? 
o Contactantes – quais são e quais as 
espécies; tem alguma lesão de pele? Se 
sim, é o mesmo? 
o Vacinação 
o Alimentação (influencia na qualidade 
da pele) 
o Vermifugação 
o Controle de outros ectoparasitas – é 
feito? Quanto em quanto tempo? 
Comprimido, coleira? 
o Animal tem prurido (coceira) ? 
Intensidade, manifestação, 
localização? 
 
• Exame físico 
Geral: Palpação, olfação, inspeção 
direta e indireta - FC, FR, 
temperatura, palpação abdominal 
etc.. 
Específico: Observar os aspectos e 
distribuição das lesões (inspeção) 
o Checar as principais 
regiões (periocular, 
perinasal, peribucal, 
orelhas, membros, 
interdigitos, dorso, região 
perianal, abdômen, 
cauda) 
 
• Exame complementares 
Atenção: !!! 
Coxins servem como impressão digital! 
 
Inspeção Direta 
• Distribuição 
• Topografia 
• Configuração 
• Profundidade 
• Morfologia 
 
Distribuição: 
• Localizada: 1 – 5 lesões 
individualizadas 
• Disseminada: Mais de 5 lesões 
individualizadas 
• Generalizada: Acometimento difuso 
de mais de 60% da superfície corporal 
• Universal: Comprometimento total 
da superfície corporal 
 
 
 
SEMIOLOGIA ANIMAL | MEDICINA VETERINÁRIA | Davillanne Valentim 
 
 
 
Topografia 
Lesão é simétrica? 
Se sim, pode ser comportamental ou 
hormonal. 
 
Lesão assimétrica? 
Profundidade 
Superficial ou 
profunda? 
<< Configuração 
Forma ou contorno 
 
 
 
 
Morfologia das Lesões 
• Alteração da cor 
• Formações sólidas 
• Coleções líquidas 
• Alterações de espessura 
• Perdas teciduais e reparação 
 
Alterações de cor: 
• Mácula: mancha de origem pigmentar 
ou hemorrágica 
• Eritema: coloração avermelhada – 
vasodilatação 
• Púrpura: Coloração vermelha – 
extravasamento de hemácias 
Na evolução adquire cor arroxeada e 
verde-amarelada pela alteração da 
hemoglobina 
- petéquia: púrpura de ate 1 cm de 
diâmetro 
- equimose: púrpura maior que 1cm de 
diâmetro 
- Víbice: púrpura linear 
• Telangiectasia: Evidenciação de vasos 
cutâneos na pele, decorrente de seu 
adelgaçamento. 
 
i. Hipocromia ou hipopigmentação ou 
leucodermia: diminuição do pigmento 
melânico 
ii. Acromia ou leucodermia: ausência do 
pigmento melânico 
iii. Hipercromia ou hiperpigmentação: 
aumento de pigmento de qualquer 
natureza na pele, quando decorrente 
do aumento de melanina é chamdo de 
melanodermia 
 
 Eritema para Púrpura – diferenciado 
por vitropressão / digitopressão 
Eritema retorna a coloração normal da 
pele, enquanto a púrpura não cede a 
essa compressão. 
 
Acromia e Hipocromia indicam lesão 
nos melanócitos! 
 
Formações Sólidas 
Resultam do processo inflamatório, 
infeccioso ou neoplásico 
• Pápula: Lesão sólida circunscrita, 
elevada de até 1cm de diâmetro 
• Placa: mais de 2 cm 
• Nódulo: lesão sólida circunscrita, 
saliente ou não, de 1 a 3 cm de 
diâmetro 
- Dependendo do tamanho não 
necessariamente está na epiderme, 
pode atingir a derme. 
- Exame histopatológico 
• Tubérculo: Designação em desuso 
(significa pápula ou nódulo que evolui 
deixando cicatriz) 
• Tumor: Lesão sólida com mais de 
3cm 
- Sempre que suspeitar de algo 
neoplasico 
 
SEMIOLOGIA ANIMAL | MEDICINA VETERINÁRIA | Davillanne Valentim 
 
Diferenciação 
Nódulo: margem mais certinha 
“beningna” 
Tumor: margem diversa “maligno” 
• Goma: nódulo com depressão ou 
ulceração em região central que 
elimina material necrótico 
• Vegetação: lesão sólida, exofitica 
(crescre distanciando-se da 
superfície da pele) e avermelhada 
com tom brilhante 
• Verrucosidade: lesão sólida, 
exofítica, acizentada, áspera, dura e 
inelástica 
 
Coleções Líquidas 
Incluem-se lesões de conteúdo 
seroso, sanguinolento ou purulento 
• Vesícula: elevação circunscrita de 
até 1 cm 
• Bolha: maior que 1 cm de diâmetro, 
contém líquido claro 
• Pústula: Contém pús, até 1 cm de 
diâmetro 
- Analise do conteúdo 
• Cisto: formação elevada ou não, 
constituída por cavidade fechada 
envolta por um epitélio contendo 
líquido ou substância semissólida 
“encapsulado” – se não tirar 
• Abcesso: formação circunscrita 
encapsulada, contendo líquido 
purulento – calor, dor e flutuação 
• Flegmão: Aumento do volume não 
encapsulado, contendo líquido 
purulento – calor e dor 
• Hematoma: derramamento 
sanguíneo na pele ou tecidos 
subjacentes 
Acontece pelo atrito, coceira e 
esfregar; na maioria das vezes 
associadas com otite 
 
Alterações de Espessura 
• Hiperqueratose: Aumento da 
camada da córnea 
Comum nos coxins 
• Paraqueratose: proliferação mais 
profunda da cama córnea 
Coxins e na pele 
“craquelamento da pele” 
• Liquenificação ou lignificação: 
aumento da camada malphigiana 
“sensação de pele desfazendo” 
• Edema: extravasamento de plasma 
na derme e/ou hipoderme 
• Esclerose: aumento de consistência 
da pele que a torna lardácea ou 
coriácea 
• Cicatriz: lesão de aspectovariável 
 
Perdas teciduais e reparação 
Decorrentes de eliminação ou 
destruição patológica do tecido 
cutâneo. 
• Escama: placas de células da 
camada córnea que desprenderam 
por alteração de queratinização 
o Micáceas 
o Foleáceas 
o Furfuráceas 
• Escoriação: erosão linear 
• Erosão ou exulceração: perda 
superficial da epiderme 
• Ulceração: perda circunscrita da 
epiderme e derme, podendo atingir a 
hipoderme 
Exuceração e ulceração indicam 
perda traumática de tecido 
 
 
 
 
SEMIOLOGIA ANIMAL | MEDICINA VETERINÁRIA | Davillanne Valentim 
 
• Afta: Ulceração na mucosa 
• Colarinho epidérmico: Fragmento da 
epiderme aderindo à pele após a 
ruptura de vesículas, bolhas ou 
pústulas 
Comum em filhotinhos 
• Fissura: perda linear da epiderme 
• Crosta: perda tecidual decorrente de 
dessecamento de serosidade, pus, 
sangue ou restos epiteliais 
• Escara: necrose tecidual 
• Fístulas: canal com pertuito na pele 
que drena foco de supuração ou 
necrose e elimina material purulento ou 
sanguinolento 
 
Lesões particulares 
• Celulite: inflamação da derme 
e/ou subcutâneo 
• Comedo: acúmulo de corneócitos 
no infundíbulo folicular ou de queratina 
e sebo em folículo piloso dilatado 
• Corno: grau máximo de 
hiperqueratose 
• Mílio: pequeno cisto de queratina 
na pele 
 
Sinais Específicos de dermatologia 
• Sinal de Nikolsky: pressão friccional 
sobre a pele, determinando a 
separação da epiderme 
• Sinal de Godet ou cacifo: pressão 
sobre a pele, obtendo-se depressão 
• Sinal de Auspitz: pontos ou ponteados 
hemorrágicos quando se raspam as 
escamas 
• Sinal de Larsson: fricção dos pelos 
contra o sentido de crescimento, 
evidenciando acúmulos paralelos de 
escamas 
 
 
Exames Complementares 
Inspeção Indireta 
• Imprint com fita adesiva de acetato 
Durex na pele do paciente em várias 
regiões e depois sobre a lâmina 
- Busca de ectoparasitas ou ovos 
• Diascopia ou vitropressão 
Diferenciar eritema de púrpura 
Feita com lâmina de vidro ou lupa. 
Exerce-se pressão sobre a lesão que 
se quer investigar, a fim de provocar 
isquemia. 
Eritema retorna a coloração normal da 
pele, enquanto a púrpura não cede a 
essa compressão. 
• Lâmpada de Wood 
Diagnostico de dermatofitose – 
Microsporum canis 
- Lâmpada tem que ser pré-aquecida 
(20 minutos antes do exame) 
- Azul (negativo) Verde (positivo) 
• Tricograma 
Avalia o ciclo biológico de pelo e suas 
alterações fisiológicas e anatômicas 
Pode ser feita com pinça ou dedo 
• Raspado de pele 
Tem que fazer sangrar 
--: Lesões mais novas, raspar na 
borda da lesão: pegando de tecido 
lesionado e tecido límpido 
Pronfundo: Demodex spp. 
Sarcoptes scabiei 
Notoedris cati 
Superficial: Cheyetiella spp 
• Corante azul de algodão (lactofenol) 
Indicado para visualização de fungos 
 
• Cultura fúngica 
Indicado para dermatofitose, 
malassezia, esporotricose e 
criptococose 
DTM 
SEMIOLOGIA ANIMAL | MEDICINA VETERINÁRIA | Davillanne Valentim 
 
Tradicional – Dermatovac 
• Cultura bacteriana e antibiograma 
Indicado nas piodermites 
 
• Citologia 
Pode ser utilizado em diferentes 
dermatopatias de etiologia 
inflamatória, neoplásica ou infecciosa. 
Podem-se evidenciar tipos celulares, 
morfologia celular, bactérias, fungos, 
além de seu número e distribuição. 
 
• Biópsia cutânea 
Suspeita de neoplasia, úlceras 
persistentes, dermatites 
vesiculobolhosas e doenças em que o 
diagnostico final é histopatológico 
• Não deve ser recente ou antiga, 
em fase de regressão ou estar 
alterada por traumatismo, 
infecção ou medicamentos 
• Sempre que possível utilizar 
fragmentos que contenha 
transição da pele integra ao 
tecido acometido

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