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Trauma abdominal na gestante e complicações - Tutoria

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Trauma abdominal na gestante e complicações 
TUTORIA IV – MÓDULO II
 
OBJETIVO I: COMPREENDER FATORES DE RISCO, 
FISIOPATOLOGIA, QUADRO CLÍNICO E 
COMPLICAÇÕES DA PLACENTA PRÉVIA 
CONCEITO 
• Definida como a placenta que se implanta 
total ou parcialmente no segmento inferior 
do útero. 
FATORES DE RISCO 
• Principal: cicatriz uterina anterior → 
cesariana anterior. 
 
FISIOPATOLOGIA 
• O segmento inferior uterino, durante a 
gestação e nas primeiras e leves contrações, 
se torna fino e alargado, ao contrário da 
parte superior que se retrai com as 
contrações. 
 
• Quando a superfície de adesão placentária 
está no segmento inferior uterino, com o 
início das contrações, a placenta não se 
dilata, separando-se do tecido subjacente 
que forma sua base. 
• Durante a gestação ou mais tarde no período 
de dilatação do parto, temos como 
consequência o desprendimento dessa parte 
da placenta, com hemorragia na zona do 
• 
 
lóbulo desprendido pela abertura do espaço 
interviloso, fluindo sangue materno. 
• Outras causas de sangramento na placenta 
prévia são as infecções (placentites), a 
ruptura de lagos venosos e a manipulação 
intravaginal ou retal. Portanto, diante da 
suspeita ou diagnóstico de placenta prévia, 
são contraindicados os toques vaginal e retal. 
CLASSIFICAÇÃO 
GERAL 
• Baixa: está localizada próxima ao colo do 
útero, sem atingi-lo. 
• Marginal: atinge o orifício interno do colo do 
útero, sem recobri-lo. 
• Completa ou centro-total: recobre 
totalmente o orifício interno do colo do 
útero. 
ESPECÍFICA 
• Placenta prévia total: ocorre em 
aproximadamente 20% dos casos, obstruindo 
totalmente o orifício cervical interno. 
• Placenta prévia parcial: obstrui parte do 
orifício cervical interno. 
• Placenta prévia marginal: a borda 
placentária está em contato com o orifício 
cervical interno. 
• Implantação baixa da placenta: a borda 
placentária está ao nível do segmento 
inferior do útero, distando de 4 a 10 cm do 
orifício cervical interno (dependendo da 
idade gestacional). 
 
 
QUADRO CLÍNICO 
• Sangramento indolor; 
• Autolimitado; 
• Final do segundo e início do terceiro 
trimestre; 
• Presença de sangramento sentinela. 
COMPLICAÇÕES 
• O descolamento da placenta ocorre 
praticamente em quase todos os casos de 
placenta prévia com sangramento e sem dor. 
• Distúrbios de coagulação, perda da função 
renal, choque e morte materna podem 
ocorrer resultantes de sangramento intenso 
no parto ou pós-parto, por trauma 
operatório, infecção ou embolia. 
• Feto: prematuridade é a maior causa de 
morte. 
• Nos casos de cesariana transplacentária, a 
perda sanguínea fetal é diretamente 
dependente do tempo entre a laceração do 
cotilédone e a ligadura do cordão. 
OBJETIVO II: COMPREENDER FATORES DE RISCO, 
FISIOPATOLOGIA, QUADRO CLÍNICO E 
COMPLICAÇÕES DE DESCOLAMENTO PREMATURO 
DE PLACENTA (DPP) 
CONCEITO 
• É a separação da placenta da parede uterina 
antes do parto. 
• Pode ser parcial ou total. 
FATORES DE RISCO 
• Principais: pré-eclâmpsia e hipertensão 
arterial crônica. 
 
 
 
FISIOPATOLOGIA 
• Vários mecanismos. 
MECANISMO DA LESÃO VASCULAR 
• Lesão vascular → alterações de 
permeabilidade dos vasos uterinos →
processos ateromatosos nas arteríolas 
espiraladas. 
• Hemorragia na decídua basal + formação de 
um hematoma retroplacentário = separação 
+ perda de função placentária. 
• Sangramento decidual: pode ser eliminado 
pelo colo uterino ou ficar retido como 
hematoma. 
• Quando a tromboplastina decidual passa 
para a circulação materna, ativando o sistema 
fibrinolítico, advêm os casos mais graves. 
MECANISMO DO AUMENTO DA PRESSÃO VENOSA 
• O aumento da pressão venosa para o espaço 
interviloso pode promover a DPP. 
CLASSIFICAÇÃO 
CLASSIFICAÇÃO DE SHER 
• É classificada em 3 graus: 
o Grau 1: Sangramento genital discreto 
sem hipertonia uterina significativa. 
Vitalidade fetal preservada. Sem 
repercussões hemodinâmicas e 
coagulopatia. 
o Grau 2: Sangramento genital 
moderado e contrações tetânicas. 
Presença de taquicardia materna e 
alterações posturais da pressão 
arterial. Batimentos cardíacos fetais 
presentes, porém, com sinais de 
comprometimento de vitalidade. 
o Grau 3: Sangramento genital 
importante com hipertonia uterina. 
 
 
Hipotensão arterial materna e óbito 
fetal. 
▪ Grau 3A: Sem coagulopatia 
instalada. 
▪ Grau 3B: Com coagulopatia 
instalada. 
DE ACORDO COM O GRAU DE DESLOCAMENTO PLACENTÁRIO 
• Leves: não detectáveis. 
• Graves: choque materno e morte fetal. 
DE ACORDO COM O TIPO DE SANGRAMENTO UTERINO 
• Forma externa: maioria. 
• Forma oculta: sangue permanece 
intrauterino. 
QUADRO CLÍNICO 
• Dor abdominal associada ou não a 
sangramento vaginal. 
• Dor: varia de leve desconforto até dor 
intensa: associada a o aumento do tônus 
uterino. 
• Manifestações do sangramento do DPP: 
o Hemorragia exteriorizada; 
o Hemoâmnio; 
o Sangramento retroplacentário. 
COMPLICAÇÕES 
• Coagulopatia de consumo. 
• Lesão renal. 
• Choque hipovolêmico. 
• Morbimortalidade fetal: dependerá da área 
de descolamento, bem como do tempo de 
resolução do caso. 
 
 
 
OBJETIVO II I: COMPREENDER FATORES DE RISCO, 
FISIOPATOLOGIA, QUADRO CLÍNICO E 
COMPLICAÇÕES DE RUPTURA UTERINA 
CONCEITO 
• Quando sintomática, consiste na separação 
completa de todas as camadas uterinas com 
saída de parte ou de todo o feto da cavidade 
uterina. 
• Pode ser uma separação oculta, afinamento 
ou deiscência relacionada a cicatrizes prévias. 
• Complicação obstétrica grave → alta 
morbimortalidade materno-fetal. 
• Pode ocorrer no pré-parto, intraparto e pós-
parto. 
FATORES DE RISCO 
 
CLASSIFICAÇÃO 
 
• Completa: há a total rotura da parede 
uterina. É uma urgência obstétrica, levando a 
risco de vida tanto da mãe quanto do feto. 
• Incompleta: o peritônio parietal permanece 
intacto. Geralmente não é complicada, 
 
 
podendo permanecer assintomática após um 
parto vaginal. 
FISIOPATOLOGIA 
• Com relação à etiologia, pode ser espontânea 
ou traumática. 
• Rotura espontânea: processo lento, 
progressivo e assintomático, ocorrendo 
próximo ao final da gestação em úteros com 
a parede enfraquecida por cicatriz prévia de 
cirurgias uterinas, ou áreas de degeneração 
por endometriose ou acretismo placentário. 
• Rotura traumática: acontece no contexto de 
quedas sobre o abdome, traumas diretos em 
acidentes automobilísticos, ferimentos 
penetrantes, ou manuseio da cavidade 
uterina para dilatação do colo ou curetagem, 
ou ainda por versão por manobras externas. 
QUADRO CLÍNICO 
 
COMPLICAÇÕES 
• Alta mortalidade materna e fatal. 
• Hemorragia grave. 
• Laceração da bexiga. 
• Histerectomia. 
• Sofrimento fetal. 
• Óbito materno e perinatal. 
OBJETIVO IV: CONCEITUAR E DESCREVER FATORES 
DE RISCO POSSÍVEIS E REPERCUSSÕES FETAIS DA 
PREMATURIDADE 
CONCEITO 
• O parto pré-termo é o que se dá com menos 
de 37 semanas completas (259 dias) contadas 
a partir do primeiro dia do último período 
menstrual, não importando o peso do recém-
nascido. 
• Importante causa de morbidade e 
mortalidade perinatal. 
CAUSAS 
• Podem ser divididas em 2 grupos 
importantes: 
o Fatores fetais intrínsecos que 
reduzem o crescimento potencial, 
tais como aneuploidias, síndromes 
genéticas e infecções congênitas. 
o Aquelas que afetam a transferência 
de nutrientes e oxigênio para o feto, 
como os processos originários na 
placenta associados à pré-eclâmpsia, 
e fatores maternos como a 
desnutrição grave, tabagismo e uso 
de drogas. 
• Das causas maternas, a pré-eclâmpsia é o 
fator que mais está associado com casos 
graves de restrição do crescimento fetal. 
FATORES DE RISCO 
• Maior importância: prematuridade anterior. 
 
FATORES EPIDEMIOLÓGICOS E SOCIAIS 
• Baixo nível socioeconômico. 
• Estresse. 
• Desnutrição. 
 
 
• Tabagismo, drogas, alcoolismo. 
• Falta de higiene.• Promiscuidade. 
• Fatores ocupacionais: trabalhos estafantes, 
com muitas horas de trabalho sem repouso. 
FATORES GINECOLÓGICOS 
• Amputação do colo uterino. 
• Malformações uterinas müllerianas. 
• Miomas. 
FATORES OBSTÉTRICOS 
• Prematuridade prévia. 
• Perdas de segundo trimestre anteriores. 
• Primiparidade jovem e idosa. 
• Intervalo interpartal curto (menos de 2 anos 
entre um e outro parto). 
• Multiparidade. 
FATORES INTERCORRENTES NA GRAVIDEZ 
• Rotura prematura de membranas. 
• Infecções sistêmicas e locais. 
• Episódios de sangramento na gravidez. 
• Placenta de inserção baixa. 
• Insuficiência istmocervical. 
• Malformações fetais e anexiais. 
• Gravidez múltipla. 
• Polidrâmnio. 
• Gravidez concomitante à presença de 
dispositivo intrauterino. 
• Doenças maternas. 
REPERCUSSÕES FETAIS 
• O risco de complicações neonatais é 
inversamente proporcional à idade 
gestacional. 
• Dentre as complicações precoces da 
prematuridade tardia, que tem um risco de 
ocorrência de ao menos uma complicação 7x 
maior nesse grupo quando comparada aos 
recém-nascidos a termo, podemos citar: 
o Síndrome do desconforto 
respiratório. 
o Apneia. 
o Hipotermia. 
o Hipoglicemia. 
o Hiperbilirrubinemia. 
o Dificuldades alimentares. 
o Imaturidade do sistema nervoso 
central. 
o Infecções. 
• A morbidade e o risco de hospitalização 
durante o primeiro ano de vida também são 
maiores em comparação com crianças 
nascidas a termo. 
• A longo prazo, estudos indicam que, quando 
comparados aos RNT, os recém-nascidos 
prematuros tardios (RNPT) têm risco maior 
de alterações no neurodesenvolvimento e 
dificuldades de aprendizado, com alterações 
neurocognitivas que podem persistir até a 
idade adulta. 
 
 
 
 
 
Millena Cardoso – Passei Direto 
https://www.passeidireto.com/perfil/millena-cardoso/ 
Referências 
BACCARAT DE GODOY MARTINS, C. et al. O crescimento e desenvolvimento frente à prematuridade e baixo peso 
ao nascer. Avances en Enfermería, v. 33, n. 3, p. 401–411, 27 jan. 2016. 
PEIXOTO, S. FEBRASGO. Manual de assistência pré-natal / Sérgio Peixoto. -- 2a. ed. – São Paulo : Federação 
Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia, 2014. 
NASCIMENTO DJ. FEBRASGO. Manual Gestação de Alto Risco. — 2ª Ed. – São Paulo: Federação Brasileira das 
Associações de Ginecologia e Obstetrícia, 2011. 
BRASIL. Gestação de Alto Risco – Manual Técnico. Ministério da Saúde. 5ª edição 2012 (disponível em: 
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/manual_tecnico_gestacao_alto_risco.pdf.). 
Rotura Uterina: tudo que você precisa saber. Disponível em: <https://www.medway.com.br/conteudos/rotura-
uterina-tudo-que-voce-precisa-saber/>. Acesso em: 6 abr. 2022. 
Rotura uterina: como agir diante dessa situação dramática / Blog Jaleko. Disponível em: 
<https://blog.jaleko.com.br/rotura-uterina-como-agir-diante-dessa-situacao-dramatica/>. Acesso em: 6 abr. 2022.

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