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RESUMO CIRURGIA CENTRO CIRURGICO - Ambiente cirúrgico: unidade hospital onde efetivamente se consuma o ato operatório em uma sala cirúrgica - Unidade mais complexa do hospital - Arquiteto, engenheiro, médicos, enfermeiros e administradores dos hospitais - O centro cirúrgico deve atender a demanda da comunidade que ele atende *Saber o numero de leitos, publico, cirurgias por dia, especialidades, horários equipes cirúrgicas - Deve haver uma sala cirúrgica para cada 50 leitos gerais *2 leitos por 1000 habitantes no brasil - As salas devem ocupar em media 1/3 do total do ambiente cirúrgico - Mínimo -> 35m2 e largura de 4m - Local de fácil acesso, mas longe de poeiras e poluições (geralmente no andar de cima) - Materiais não porosos, resistentes aos contatos com antissépticos, acabamento arredondado nos cantos, não deve possuir frestas ou depressões que facilitem o acumulo de poeira e dificultem a limpeza. As cores devem ser claras e suaves e não deve haver janelas - Luz: tem que ser fria (cianose e extremidades), foco multidirecional (eliminar sombras) com luminosidade sem insolação direta ou intermação (exposição excessiva ao calor natural ou artificial) - Temperatura: ambiente (25 graus). Não pode ser muito seco (perda de liquido) nem pode ser muito úmido (microorganismos e oxidação dos aparelhos) - Pressão: positiva dentro da sala (não permite a entrada de ar) - Portas de correr Zonas - De proteção: vestiários, banheiros, recepção - Limpa/ semicrítica: demais componentes - Asséptica/crítica: sala de operação, sala de subesterilização e lavabo Áreas - Irrestritas: secretaria, vestiários e corredor de entrada - Semi restrita: expurgo, sala de estar e sala de preparo de material - Restrita: sala cirúrgica, lavabo, sala de recuperação pôs anestesia, sala de deposito e corredor interno) HISTÓRIA DA CIRURGIA Sushruta: escreveu um livro sobre seus procedimentos (Veda-Yazur). Suturas feitas com crina de cavalo e fibras de linho. Treinamento em animais. A anatomia era ensina, mas o treinamento era só em corpos de crianças até 2 anos. Papiro Edwin Smith: métodos de higiene, fraturas e luxações. Papiro Ebers: utilização de estrume aos curativos para causar supurações. -> nojo Asclépios: primeiro nome da medicina grega -> medico religioso Corpus hipocraticus: tratados que reunimos preceitos da medicina proposta por Hipócrates Aurelius Cornelius Celsus: conhecimentos referentes a anatomia, ferimentos e doenças -> dicionário Galeno de Pérgamo: estimulou o uso de fios cirúrgicos de seda e catgut Rhazes: escreveu tratados de anatomia Avicena: pelo de porco para sutura, primeira monofilamentar -> porca Albacusis: cirurgia com instrumentos de corte, catgut e suturas em 2 pontos -> melhorzinho Ruggieroio Frugardi: tratado de pratica cirúrgica -> italiano William Saliceto/ Lanfranc: levou seus ensinamentos para Paris, onde os cirurgiões barbeiros passaram a estudar anatomia Henry de Mondeville: limpeza dos ferimentos -> limpo Jehan Yperman: novo método de cauterização -> salão Gyu de Chauliac: operava hernia inguinal -> gay, saco Andreas Vesalius: preocupação em escrever a verdadeira forma do corpo -> esqueleto Ambroise Paré: advertiu sobre os perigos dos espaços -> para de deixar espaços! William Harvey: descreveu as características antifisiológicas do sangue -> sangue William Cheselden: habilidades especiais em cirurgia John Hunter: suturas de pontos interrompidos Robert Liston: éter como anestesia inalatória William Morton: éter sulfúrico Claude Ponteau: lavar as mãos Olivier Wendell Homes/ Ignaz: lavar as mãos com água clorada Joseph Jackson Lister: antissépticos adequados -> listerine Robert Koch: métodos de assepsia e antissepsia Theodor Kocher: substituir catgut pela seda William Stuart Halsted: luvas finas de borracha, manusear com gentileza os tecidos -> frescura Bernhard Von Langernbeck: primeiro ao usar o listerine George Merson: indicação dos fios de sutura Theodor Billroth: pai da cirurgia abdominal moderna ASSEPSIA, ANTISSEPISIA E PARAMENTAÇÃO Assepsia: conjunto de medidas para eliminar microrganismos patogênicos de um determinado ambiente, objeto ou campo. Esterilização de todo equipamento. Antissepsia: conjunto de medidas para suprimir total o parcialmente todos microrganismos de tecido vivo Esterilização: morte de microrganismos em materiais Limpeza: remoção da sujeira Desinfecção: eliminação não há de formas vegetativas, com agentes químicos e/ ou físicos - nível baixo: não há ação contra esporos, bacilo de Koch. Ação contra bactérias e fungos -> luva de borracha -> composto de amônia - nível médio: ação sobre bactérias, vírus, bacilo de Koch, fungos e não sobre esporos -> avental impermeável -> álcoois - nível alto: elimina bacilo de Koch, esporos, bactérias, fungos e vírus -> equipamentos respiratórios -> ácido peracético Ignaz Semmelwes - Ideia de lavar as mãos - Medico obstetra - Lavagem de mão com água clorada - Diminuiu Flora resistente: mais resistentes a remoção por água e sabonete, menos prováveis de infecção Flora transitória: remoção com água e sabonete, não patogênicos ou raramente patogênicos Lavar as mãos - Sempre - Hoje em dia usa álcool quase sempre - 40 a 60 segundos - Retirar joias e adornos - Unhas limpas e cortadas Produtos utilizados - Sabão: ação bactericida e bacteriostática. Ação contra bactérias gram positivas e bacilo de Koch. Irrita pouco a pele - Álcool: desnatura proteínas. O 70% é o melhor. Barato e não irritante a pele - Clorexidine: liga-se a membrana citoplasmática e rompe ela. Ação contra gram positivos, negativos e fungos. Pouco irritativo. Tempo de princípio ativo é de 6h - Iodo: ação contra gram negativos e positivos, bacilo de Koch, fungos e pouco sobre esporos. Irritante a pele. Tempo de principio ativo é de 2h a 6h. OBS: fazer a degermacao e a antissepsia com a mesma classe de produtos (PVPI ou clorexidine), pois se usar classes diferentes irão se anular por serem cátions e anions. Lavagem de mãos: (Degermacao com clorexidine ou PVP - espalhe o sabão com a esponja, com as cerdas esfregue primeiramente 1 dos membros, começe pelas unhas – espaços interdigitais – palma da mão – dorso da mão – face anterior do antebraço (unidirecional) – face posterior – cotovelo – enxaguar distal proximal – deixar os braços levatados – secar com compressa estéril um lado da compressa para cada braço) Escovação das mãos - No brasil, a utilização de escovas é recomendada - Usar clorexidine 4% ou PVPI 10% - 5 min Campo cirúrgico Montagem da mesa: plástico (impermeável) – campo cirúrgico estéril – instrumentos Montagem do campo: 4 tecidos (ex: laparatomia – cobrir laterais – parte superior (rosto) e parte inferior (pernas). Prender os tecidos com backaus OBS: o local da cirurgia antes de colocar os campos estéreis já deve estar degermada e com antissepsia. Enxugar - Braços e mãos na frente do corpo - Começa nas mãos, antebraços depois cotovelos - Movimentos compressivos Paramentação - Ordem: pijama cirúrgico -> touca -> propé -> mascara -> lavagem de mãos -> avental -> luva -> fechar o avental atras EQUIPE CIRURGICA Ephraim McDowell: pai da genecologia. Fez a primeira ovarectomia (extração de ovários) William Morton: pai da anestesia. Éter inalatório. Billroth: pai da cirurgia abdominal moderna - Cirurgião: escolhe a equipe, coordena a mesma, executa, secciona, faz hemostasia e síntese dos tecidos, raciocínio rápido e equilíbrio - Anestesista: escolhe o pré anestésico, autoriza o inicio da cirurgia, pode suspender ou interromper e é responsável pela recuperação anestésica - Cirurgião auxiliar: prepara campo cirúrgico, organiza a mesa- Instrumentadora: preparação da mesa, mantem campo cirúrgico limpo Locais da equipe na cirurgia Anestesista -> cabeça do paciente *em craniotomia -> nos pés do paciente Primeiro auxiliar -> na frente do cirurgião Segundo auxiliar -> do lado do cirurgião Instrumentador -> na diagonal do cirurgião Cirurgião -> supra umbilical: direita e se canhota esquerda; infra umbilical: esquerda e se canhota direita; cirurgias lateralizadas: fica do lado da cirurgia Campos cirúrgicos - Degermação -> antissepsia -> campos - Antissepsia do paciente: do centro para a periferia. Passar duas vezes de cada lado sem deixar espaços brancos. Usar Cherron + gaze Resumo Cirurgia -> onde? -> lateral (mesmo lado) -> centro depende -> cima (direita – dextro e esquerda – canhoto) -> baixo (esquerda – dextro e direita – canhoto) Anestesista Instrumentador Cirurgião Primeiro auxiliar Segundo auxiliar INSTRUMENTAÇÃO FIOS E AGULHAS *Prova -> professor vai dar um caso e pedir para escolher um fio correto. *Saber as características dos fios Característica do fio - Configuração Física: monofilamentar e multifilamentar (nó é dado com mais facilidade, mas tem maior capacidade de reter microrganismos) - Composição química: biológicos, sintéticos e minerais - Capilaridade: capacidade de absorver líquidos. Os multifilamentares tem maior - Diâmetro: numero de zeros. Quanto mais 0 menor o diâmetro - Força tensil: força para romper o material. O fio de aço é o mais resistente - Força do nó: força necessária para fazer o nó deslizar pelo fio, multifilamentares tem atrito maior - Elasticidade: recuperar a forma anterior. Monofilamentar tem mais - Plasticidade: manter uma nova forma - Memoria: baixa memoria (dificilmente desatam o nó) e alta memoria (desatam amis fácil) - Absorvíveis e inabsorvíveis Características do manuseio - Rigidez e pliabilidade: capacidade de dobramento - Coeficiente de fricção: grau de deslize na passagem do fio através dos tecidos - Reação tissular: reação da pele envolta do ponto Agulhas cirúrgicas - Ponta: triangular (traumática – pele) e cilíndrica (atraumática) - Fundo: falso (traumática – aberto), verdadeiro (fechado) e fio encostoado PDS: monofilamentar – absorvível (180 dias) – sintético – maior memoria, elasticidade e plasticidade – menor coeficiente de atrito e capilaridade 70 dias 14 dia 90 dias (cromado) Agulhas As agulhas cirúrgicas consistem em três partes estruturais: a ponta, o corpo e o fundo ou olho. Pontas: podem ser cilíndricas, cortantes, de corte reverso ou rombas. -Cilíndricas: tecidos mais delicados, como o útero, a vagina e a fáscia. -Romba: usada apenas em órgãos como baço, fígado e rim, cujos parênquimas são macios e esponjosos, não oferecendo resistência à agulha -Cortantes: têm a ponta afiada situada em direção à borda da ferida, uttilizados em tecidos mais resistentes como, por exemplo, aponeurose e pele. - Corte reverso: tem a sua superfície achatada em direção à ferida Corpo: A extensão do corpo da agulha pode ser reta ou curva. - Agulha 1/2 círculo: sutura intestinal -Agulha de 3/4 e 5/8 de círculo: cirurgia vaginal e urologia - Agulha de 3/8 de círculo: usada em obstetrícia. - Semi reta: sutura de pele - Reta: vísceras ocas, tendões, nervos e suturas intradermicas. Fundo: verdadeiro (fio de sutura passa pelo buraco da agulha, traumático), falso (traumático) e encastoado (agulha presa ao fio, atraumatico DRENOS E SONDAS Sondas Nasogastricas ou Levine: catéteres tubulares com fenestrações laterais em sua extremidade distal, permitindo a drenagem ou a infusão de soluções Função: usada para alivio da pressão gástrica, eliminação de gases, lavagem estomacal pós intoxicação, eliminação de líquidos e retirada de conteúdos gástricos para exames e procedimentos cirúrgicos. (OBS: se atentar a fraturas dos ossos cribriformes, para evitar passagem da sonda para o interior do crânio) Tamanho: medir do nariz até a orelha e depois até o apêndice xifoide Nasoentericas: catéteres tubulares com fenestrações laterais em sua extremidade distal, permitindo a drenagem ou a infusão de soluções Função: usadas para alimentação, aspiração e descompressão OBS: possui um fio guia e ponta radiopaca para ser vista no raio-X Tamanho: medir do nariz até a orelha + 10 cm (ou até o umbigo). Sonda de sengstaken blakemore (balão esofágico): É um tubo de borracha ou de polietileno com dois balões em sua extremidade e três vias luminais, uma para enchimento dos balões, uma para drenagem secreções e outra para infusão de nutrientes e medicamentos. Os balões comprimem o esôfago e a junção esofagogástrica. Função: utilizado para estancar sangramentos de varizes esofagianas em pacientes com hipertensão portal, realiza hemostasia por compressão. Sonda de folley: É de borracha macia, utilizado em sondagens vesicais de demora. Possui fenestrações próximas à sua extremidade distal e um balão ao redor de sua luz que, quando inflado, garante sua permanência dentro da bexiga urinária. Pode ser de duas ou três vias, sendo esta última utilizada em procedimentos em que ocorre irrigação vesical. Função: 2 vias - controle da diurese ou tratamento de distúrbios urinários. 3 vias – usada na presença de hematúria ou sangramento. OBS: sonda de alivio é usada em casos de bexigoma já a sonda de demora é usada para fazer procedimentos cirúrgicos e medir a diurese. Sonda de nelaton: É de polietileno Função: sondagens vesicais de alívio. Sonda retal: É um catéter tubular que apresenta fenestrações laterais próximas à sua extremidade, permitindo a entrada e saída de conteúdos. Função: realização de enteroclisma (introdução de uma solução medicamentosa no intestino grosso) Sonda de malecot (pezzer): É tubular, com dilatação fenestrada próxima à sua extremidade, que permite e entrada e saída de conteúdos e impede a exteriorização da sonda. Função: utilizada em gastrostomias e alimentação enteral. Drenos Kehr: dreno tubular, são colocados nas vias tubulares extrahepaticas para drenagem externa, descompressão e as vezes, como prótese modeladora após uma anastomose biliar. Material: Pode ser de plástico ou borracha Mecanismos de ação: gravidade Penrose: dreno laminar, constituído por 2 lâminas finas e flexíveis unidas entre si. Apresentado em 3 diferentes larguras, número 1(mais estreira), número 2 (intermediaria) e número 3 (mais larga, utilizado na drenagem de lojas maiores ou quando se prevê extravasamento de grande quantidade de secreções). Deve ser posicionado a menor distancia da loja a ser drenada. Material: látex Mecanismo de ação: capilaridade Túbulo misto: drena por capilaridade (penrose) e gravidade (tubular). Tubular: drena por gravidade, drenagem de cavidade perotoneal (tórax e abdome) Portovac: o dreno é composto por uma parte tubular que é inserida no corpo do paciente através de uma algulha, e depois é conectado a um sistema a vácuo (portovac), o sangue irá drenar para um recipicente em forma de sanfona. Materal: silicone (parte do dreno tubular) e plástico (parte da sanfona) Mecanismo de ação: sucção Dreno tubular conectado a um coletor: introduzido em uma das 3 cavidades do tórax (pleural, pericárdica ou mediastinal), com objetivo de retirar coleções liquidas e gasosas do tórax. Mecanismo de ação: gravidade (diferença de pressão)
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