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Paciente Cirurgia Bariátrica @camilla.pnunes GUIDELINE NUTRICIONAL ASMBS Diretriz nutricional no paciente cirúrgico GUIDELINE ASMBS @camilla.pnunes GUIDELINE ASMBSGUIDELINE ASMBS necessidade nutricional do paciente controle glicêmico medicamentos prescritos preferências do paciente fatores culturais acesso a alimentos saudáveis capacidade e disponibilidade de mudanças comportamentais história detalhada do paciente (ganho ou perda de peso, peso usual ou pré-gestacional, em caso de DM gestacional) história de crescimento, em crianças e adolescentes hábitos alimentares atividade física medicamentos e horários das medicações fatores psicossociais e de autocuidado O controle glicêmico adequado pode reduzir o risco de complicações agudas e crônicas no DM e melhorar os desfechos a longo prazo. A TN impacta significativamente no controle glicêmico, podendo diminuir de 0,3%-2% do valor sérico da hemoglobina glicada. A alimentação é um dos grandes desafios do DM, sendo para muitos pacientes, o maior deles. Não existe um padrão ideal de alimentação. O plano alimentar deve ser individualizado. ↪ É fundamental que as decisões de tratamento em indivíduos com DM, sejam baseadas em diretrizes com evidência científica e individualizadas para cada paciente. Nível de evidência: Moderado A TN deve estar de acordo com: ↪ A TN é fundamental para atingir as metas terapêuticas e deve ser orientada por profissional com conhecimento e experiência no tratamento do DM. ↪ A TN é recomendada para todos os pacientes com DM tipo 1 (DM1), tipo 2 (DM2), pré-diabetes e DM gestacional. Nível de evidência: Alto Para adequar a TN, é essencial coletar: Esse documento deve ser visto como ferramenta educacional, para aumentar a conscientização dos profissionais médicos sobre o risco potencial de deficiências nutricionais comuns aos pacientes de cirurgia bariátrica. INTRODUÇÃO TERAPIA NUTRICIONAL avaliação completa do estado nutricional programa educacional e acompanhamento para reforçar princípios importantes associados à manutenção da perda de peso a longo prazo. prontidão para mudança metas realistas conhecimentos gerais de nutrição questões comportamentais, culturais, psicossociais e econômicas. A avaliação nutricional e o manejo dietético na perda de peso cirúrgica têm se mostrado uma importante correlação com o sucesso. No pré-operatório, a avaliação deve ser realizada por equipe multidisciplinar, abrangendo, principalmente, o médico e nutricionista. É essencial determinar quaisquer deficiências nutricionais pré- existentes, desenvolver intervenções dietéticas apropriadas para correção e criar um plano de ingestão dietética pós-operatória que aumente a probabilidade de sucesso. O manejo da nutrição pós-operatória começa no pré-operatório composto por: Uma avaliação nutricional abrangente vai muito além de avaliar a ingestão alimentar real do paciente bariátrico. Leva em conta a pessoa como um todo, englobando várias facetas multidisciplinares. O profissional não deve apenas revisar os componentes de avaliação padrão, mas também é importante avaliar outras questões que podem afetar o estado nutricional, incluindo: CUIDADOS NUTRICIONAIS Diretriz nutricional no paciente cirúrgico GUIDELINE ASMBSGUIDELINE ASMBSGUIDELINE ASMBS SUPLEMENTAÇÃO SUGERIDA NO PÓS- OPERATÓRIO @camilla.pnunes Comece com mastigável ou líquido Progrida para comprimido/cápsula inteiro conforme tolerado Evite suplementos liberados no tempo Evitar revestimento entérico Escolha uma fórmula completa com pelo menos 18 mg de ferro, 400 μg de ácido fólico e contendo selênio e zinco em cada porção Evite fórmulas infantis incompletas Tomar próximo a ingestão de alimentos, para melhorar a tolerância gastrointestinal Pode separar a dosagem Não misture multivitamínico contendo ferro com suplemento de cálcio, tome com pelo menos 2h de intervalo Marcas individuais devem ser revisadas quanto à taxa de absorção e biodisponibilidade Formulações bariátricas especializadas estão disponíveis Vitamina de alta potência contendo 100% do valor diário para pelo menos 2/3 dos nutrientes. *Iniciar no dia 1 após alta hospitalar Orientações: MULTIVITAMÍNICO-MINERAL BGYR: 200% do valor da diária BPD/DS: 200% do valor da diária Se: As formas disponíveis incluem: comprimidos sublinguais, gotas líquidas, spray bucal ou gel/spray nasal Suplementação após AGB e BPD/DS pode ser necessária VITAMINA B12 (adicional) BGYR: injeção intramuscular (1000 /g/mês) iniciar 0-3m após a cirurgia BGYR: comprimido oral - forma cristalina (350–500 μg/d) Se: A forma líquida está disponível Iniciar no dia 1 após a alta hospitalar Evite comprimidos liberados no tempo Nenhum risco conhecido de toxicidade Pode fornecer profilaxia adicional contra deficiências de vitamina B, incluindo tiamina, especialmente para procedimentos de DBP/DS, pois as vitaminas hidrossolúveis são absorvidas no jejuno proximal Nota >1000 mg de ácido fólico suplementar, fornecido em combinação com multivitaminas, pode mascarar a deficiência de B 12 B-50 dosagem (1 porção/dia) Orientações: COMPLEXO B (adicional) Diretriz nutricional no paciente cirúrgico GUIDELINE ASMBSGUIDELINE ASMBSGUIDELINE ASMBS SUPLEMENTAÇÃO SUGERIDA NO PÓS- OPERATÓRIO @camilla.pnunes Comece com mastigável ou líquido Progrida para comprimido conforme tolerado A dosagem pode precisar ser ajustada com base em marcadores bioquímicos Sem revestimento entérico Não misture suplementos de ferro e cálcio, tome ≥ 2 h de intervalo Evite a ingestão excessiva de chá devido à interação dos taninos Incentivar alimentos ricos em ferro heme Vitamina C pode aumentar a absorção de fontes de ferro não-heme Recomendado para mulheres menstruadas e aquelas em risco de anemia (ingestão total da meta = 50-100 mg de ferro elementar/d) Inicie no dia 1 após a alta hospitalar Orientações: FERRO ELEMENTAR (adicional) BGYR: Adicione um mínimo de 18–27 mg/d elementar BPD/DS: Adicione um mínimo de 18–27 mg/d elementar Se: Fontes de retinol de vitamina A devem ser usadas para calcular a dosagem A maioria dos suplementos contém uma alta porcentagem de betacaroteno, que não contribui para a toxicidade da vitamina A A ingestão de 2000 UI de Vitamina D 3 pode ser alcançada com uma seleção cuidadosa de suplementos multivitamínicos e de cálcio Nenhum efeito tóxico conhecido para vitamina K 1 , fitonadiona (filoquinona) A necessidade de vitamina K varia de acordo com as fontes alimentares e a produção colônica Cuidado com a suplementação de vitamina K para pacientes que recebem terapia de coagulação A deficiência de vitamina E foi sugerida, mas não é prevalente em estudos publicados Com todos os procedimentos, doses de manutenção mais altas podem ser necessárias para aqueles com histórico de deficiência. Preparações solúveis em água de vitaminas lipossolúveis estão disponíveis VITAMINAS LIPOSSOLÚVEIS BPD/DS: 10,000 IU of vitamin A 2000 UI de vitamina D 300 mg de vitamina K Se: Pode começar 2-4 semanas após a cirurgia Diretriz nutricional no paciente cirúrgico GUIDELINE ASMBSGUIDELINE ASMBSGUIDELINE ASMBS Dividido em doses de 500-600 mg; esteja atento ao tamanho da porção no rótulo do suplemento Espaço das doses uniformemente ao longo do dia Sugira uma marca que contenha magnésio, especialmente para BPD/DS Não combine cálcio com suplementos contendo ferro: Para maximizar a absorção Para minimizar a intolerância gastrointestinal Aguarde ≥ 2 h após tomar suplemento multivitamínico ou ferro Promover a ingestão de bebidas lácteas e/ou alimentos que sejam fontes significativas de cálcio dietético, além dos suplementos recomendados, até 3 porções diárias A ingestão combinada de cálcio dietético e suplementar > 1700 mg/d pode ser necessária para prevenir a perda óssea durante a rápida perda de peso Escolha uma marca que contenha citrato de cálcio e vitamina D 3 Comece com mastigável ou líquido Progrida para comprimido/cápsulainteiro conforme tolerado Orientações: SUPLEMENTAÇÃO SUGERIDA NO PÓS- OPERATÓRIO @camilla.pnunes CÁLCIO ELEMENTAR (adicional) BGYR: 1500–2000 mg/d BPD/DS: 1800– 2400 mg/d Se: Pode começar no dia 1 após a alta hospitalar ou dentro de 1 mês após a cirurgia. ácido gástrico e pepsina insignificante; alcoolismo; medicamentos; hemodiálise; nutrição parenteral total; modismo alimentar; erros inatos do metabolismo. As deficiências de vitaminas simples são encontradas com menos frequência do que as de vitaminas múltiplas. Embora a desnutrição proteico-calórica possa resultar em deficiência vitamínica concomitante, a maioria das deficiências está associada à má absorção e/ou digestão incompleta relacionada a: Os procedimentos de cirurgia bariátrica alteram especificamente as vias de absorção e/ou ingestão alimentar. Os sintomas de deficiência vitamínica são comumente inespecíficos e o exame físico pode não ser confiável para o diagnóstico precoce sem confirmação laboratorial. Os marcadores laboratoriais são considerados imperativos para completar a avaliação nutricional inicial e o acompanhamento de pacientes com perda de peso cirúrgica. Os valores basais estabelecidos são importantes ao tentar distinguir entre complicações pós-operatórias, deficiências relacionadas à cirurgia, não adesão à suplementação nutricional recomendada ou complicações nutricionais decorrentes de deficiências pré-existentes. Medidas laboratoriais adicionais podem ser necessárias e são definidas pela presença de comorbidades individuais existentes. MONITORAMENTO BIOQUÍMICO Diretriz nutricional no paciente cirúrgico GUIDELINE ASMBSGUIDELINE ASMBSGUIDELINE ASMBS orientação de suplementação nutricional; monitoramento rotineiro do bem-estar físico/mental do paciente; valores laboratoriais e aconselhamento frequente para reforçar a educação nutricional; modificação de comportamento; princípios de autocuidado responsável. Um programa bariátrico abrangente inclui: Há preocupação com os efeitos a longo prazo das deficiências nutricionais, diante da popularidade das intervenções cirúrgicas para obesidade mórbida. Os benefícios da cirurgia para perda de peso devem ser equilibrados com o risco de desenvolver deficiências nutricionais para fornecer identificação, tratamento e prevenção adequados. Vitaminas e minerais são fatores e cofatores essenciais em vários processos biológicos que regulam o organismo (apetite, fome, absorção de nutrientes, taxa metabólica, metabolismo de gordura e açúcar, função tireoidiana e adrenal, armazenamento de energia, homeostase da glicose, atividades neurais e outros). A obtenção de micronutrientes através alimentos é a maneira mais desejável de garantir que o corpo tenha quantidades suficientes de vitaminas e minerais. Para os obesos mórbidos, tomar suplementos vitamínicos e minerais é essencial para a reposição adequada de micronutrientes antes e após a cirurgia bariátrica. JUSTIFICATIVAS @camilla.pnunes SUPLEMENTAÇÃO MULTIVITAMÍNICA E MINERAL Vitamina D: Complexo B: Ferro: Outros minerais e vitaminas: Estudos demonstram que 60-80% dos candidatos pré- operatórios com obesidade mórbida têm deficiência na vitamina D. Tais deficiências reduziriam a absorção de cálcio dietético e aumentariam uma substância conhecida como calcitriol, que, por sua vez, causa alterações metabólicas que favorecem o acúmulo de gordura. Várias vitaminas do complexo B, importantes para o metabolismo adequado de carboidratos e funções neurais que regulam o apetite, são deficientes em alguns pacientes com obesidade mórbida. Deficiências de ferro, que prejudicariam significativamente o uso de energia, foram relatadas em quase 50% dos candidatos pré- operatórios com obesidade mórbida. Déficits de zinco, selênio e vitaminas A, E e C, todos antioxidantes importantes úteis na regulação da produção de energia e vários outros processos de controle de peso corporal. SUPLEMENTAÇÃO MULTIVITAMÍNICA E MINERAL Diretriz nutricional no paciente cirúrgico GUIDELINE ASMBSGUIDELINE ASMBSGUIDELINE ASMBS JUSTIFICATIVAS @camilla.pnunes SUPLEMENTAÇÃO MULTIVITAMÍNICA E MINERAL bypass gástrico em Y de Roux (BGYR) derivação biliopancreática com ou sem duodenal switch (DBP/DS). O risco de depleção de micronutrientes continua bastante alto, principalmente após cirurgias que afetam a digestão e absorção de nutrientes, como: BGYR aumenta o risco de deficiência de vitamina B 12 e outras vitaminas do complexo B, além de ferro e cálcio. Os procedimentos de DBP/DS também podem causar um risco aumentado de déficits de ferro e cálcio, juntamente com deficiências significativas nas vitaminas lipossolúveis A, D, E e K, que são importantes para conduzir muitos dos processos biológicos que ajudam a regular o organismo. No passado, pensava-se que as deficiências nutricionais comumente observadas entre os procedimentos disabsortivos não estariam presentes em pacientes que optam por uma cirurgia puramente restritiva, como a banda gástrica ajustável (AGB). No entanto, o mau comportamento alimentar, escolhas alimentares com baixo teor de nutrientes, intolerância alimentar e tamanho restrito das porções também podem contribuir para potenciais deficiências nutricionais nesses pacientes. SUPLEMENTAÇÃO MULTIVITAMÍNICA E MINERAL É importante que o paciente bariátrico tome suplementos vitamínicos e minerais, não apenas para prevenir condições adversas de saúde que podem surgir após a cirurgia, mas porque alguns nutrientes, como o cálcio, podem aumentar a perda de peso e ajudar a prevenir a recuperação do peso. A deficiência de nutrientes pode ser proporcional ao comprimento da área absortiva contornada durante os procedimentos cirúrgicos e, em menor grau, ao percentual de perda de peso. Deficiências de ferro, vitamina B 12 e vitamina D, juntamente com alterações no metabolismo do cálcio, são comuns após BGYR. As deficiências de proteínas, vitaminas lipossolúveis e outros micronutrientes, bem como o metabolismo alterado do cálcio, são mais notavelmente encontrados após a DBP/DS. Deficiência de folato foi relatada após AGB. Deficiência de tiamina é comum em todos os pacientes cirúrgicos com vômitos frequentes, independentemente do tipo de procedimento realizado. Como muitas deficiências nutricionais progridem com o tempo, os pacientes devem ser monitorados com frequência e regularidade para prevenir a desnutrição. O reforço da adesão ao suplemento no acompanhamento de cada paciente também é importante na luta para melhorar o estado nutricional e prevenir complicações nutricionais. Diretriz nutricional no paciente cirúrgico GUIDELINE ASMBSGUIDELINE ASMBSGUIDELINE ASMBS JUSTIFICATIVAS @camilla.pnunes RESTRIÇÃO X MÁ ABSORÇÃO Procedimentos de má absorção (como, o BPD/DS) podem causar perda de peso, principalmente, através da má absorção de macronutrientes (até 25% de proteína e 72% de gordura, mal absorvidas). Logo, essa má absorção de macronutrientes, resulta em má absorção de micronutrientes concomitantemente. Vitaminas e minerais que dependem do metabolismo da gordura (vitaminas D, A, E, K e zinco), podem ser afetados quando a absorção é prejudicada. Alé, de outros, como ferro, cálcio, vitamina B12 e folato. A diminuição do tempo de trânsito gastrointestinal também pode resultar em má absorção secundária de uma ampla gama de micronutrientes relacionados ao desvio do duodeno e jejuno ou contato limitado com a borda em escova secundária a um membro comum curto. As deficiências nutricionais após BGYR podem resultar de má absorção primária ou secundária ou de ingestão dietética inadequada. Análises retrospectivas de pacientes submetidos a bypass gástrico revelaram deficiências previsíveis de micronutrientes, incluindo ferro, vitamina B 12 e folato. Relatos de casos também mostraram que a deficiência de tiamina pode se desenvolver, especialmente quando ocorre vômitos persistentes no pós-operatório., SUPLEMENTAÇÃO MULTIVITAMÍNICAE MINERAL Adaptação: resposta compensatória que segue uma diminuição abrupta na área de superfície da mucosa e tem sido bem estudada em pacientes com intestino curto que necessitam de ressecção intestinal. O processo inclui mudanças anatômicas e funcionais que aumentam a capacidade digestiva e absortiva do intestino. Embora essas mudanças comecem a ocorrer no pós- operatório imediato, a adaptação total pode levar até 3 anos para ser concluída. A adaptação no bypass gástrico não foi considerada em estudos metabólicos ou de absorção. Não está claro se a adaptação intestinal ocorre após procedimentos combinados e o quanto afeta a manutenção do peso a longo prazo e o estado nutricional. Diretriz nutricional no paciente cirúrgico GUIDELINE ASMBSGUIDELINE ASMBSGUIDELINE ASMBS RISCOS PARA DEFIC. NUTRICIONAIS @camilla.pnunes TIAMINA (vitamina B1) distúrbios neuromusculares irreversíveis defeitos permanentes no aprendizado e memória de curto prazo coma e até morte. Beribéri: Doença comum a deficiência de tiamina. Pode afetar vários sistemas orgânicos. Embora a condição seja considerada rara, um número de casos relatados, e possivelmente um número muito maior de casos não relatados ou não diagnosticados, de beribéri ocorreu entre indivíduos que foram submetidos a cirurgia para obesidade mórbida. A detecção precoce e o tratamento imediato dos déficits de tiamina, podem ajudar a prevenir consequências graves para a saúde. Se for diagnosticado erroneamente ou não for detectado rapidamente, o paciente pode desenvolver: *Mesmo que o tratamento seja iniciado, a recuperação pode ser incompleta, com deficiências cognitivas e/ou neuromusculares persistindo a longo prazo ou permanentemente. Etiologia da deficiência potencial A tiamina é uma vitamina hidrossolúvel, absorvida no jejuno proximal por um sistema de transporte ativo (saturável, de alta afinidade). No corpo, a tiamina é encontrada em altas concentrações no cérebro, coração, músculo, fígado e rins. (quantidade total no corpo de um adulto: 30mg - meia vida: 9-18dias) No entanto, sem ingestão regular e suficiente, esses tecidos tornam-se rapidamente desprovidos de tiamina. A cirurgia bariátrica aumenta o risco de beribéri através da exacerbação de déficits de tiamina pré-existentes, baixa ingestão de nutrientes, má absorção e episódios de náuseas e vômitos. As deficiências crônicas ou agudas de tiamina em pacientes bariátricos geralmente apresentam sintomas de neuropatia periférica ou encefalopatia de Wernicke e psicoses de Korsakoff. O diagnóstico precoce dos sinais e sintomas dessas condições é de extrema importância para evitar graves consequências adversas à saúde. Suplementação sugerida: Pacientes com náuseas, vômitos e anorexígenos, podem necessitar de tiamina sublingual, intramuscular ou intravenosa. Sintomas de neuropatia: podem ser resolvidos com doses orais de 20-30mg/d. Sinais mais avançados, pode ser necessário doses de 50-100mg/d intravenosa ou intramuscular. Pacientes com WKS podem requerer ≥ 100mg/d, via intravenosa por vários dias ou mais. Alguns pacientes podem ter que tomar tiamina por toda a vida para evitar a recorrência da neuropatia. RISCOS NO PRÉ-OPERATÓRIO: O risco de desenvolvimento é muito maior para indivíduos que apresentam baixo níveis antes da cirurgia. Resultados de estudos realizados, sugerem a necessidade de teste pré- operatório de tiamina, bem como reposição de tiamina por dieta ou suplementação para reduzir o risco de beribéri “bariátrico” no pós-operatório. RISCOS NO PÓS-OPERATÓRIO: De acordo com relatos publicados, a maioria dos pacientes desenvolve tais deficiências nos primeiros meses de pós- operatório após um episódio de vômito intratável, esgotando os estoques de tiamina. Náuseas e vômitos são relativamente comuns após todos os procedimentos bariátricos no início do pós-operatório. Também pode se desenvolver em pacientes pós-operatórios que recebem infusão contendo dextrose sem tiamina e outras vitaminas (exemplo, pacientes em UTI, pós-operatórios com complicações que interferem na ingestão de alimentos ou pacientes desidratados por vômitos persistentes). A desnutrição causada pela falta de apetite e ingestão alimentar no pós-operatório também contribui para o beribéri bariátrico, assim como a não adesão ao uso de suplementos vitamínicos no pós-operatório. Diretriz nutricional no paciente cirúrgico GUIDELINE ASMBSGUIDELINE ASMBSGUIDELINE ASMBS RISCOS PARA DEFIC. NUTRICIONAIS @camilla.pnunes VITAMINA B12 Incapacidade de liberar vitamina B12 ligada a proteínas dos alimentos, particularmente na hipocloridria e na gastrite atrófica Má absorção devido a FI inadequado na anemia perniciosa Gastrectomia e bypass gástrico Ressecção ou doença do íleo terminal Dieta vegana a longo prazo Medicamentos (neomicina, metformina, colchicinas, medicamentos usados no controle da inflamação intestinal e refluxo gastroesofágico e úlceras (por exemplo, inibidores da bomba de prótons) e agentes anticonvulsivantes) Está envolvida na maturação das hemácias e é comumente discutida na literatura em conjunto com o folato. Com o tempo, uma deficiência de vitamina B 12 ou folato pode levar à anemia macrocítica, uma condição caracterizada pela produção de menos, mas maiores, glóbulos vermelhos e uma diminuição da capacidade de transportar oxigênio. A maioria (95%) dos casos de anemia megaloblástica (caracterizada por glóbulos vermelhos grandes, imaturos, anormais e indiferenciados na medula óssea) é atribuída à deficiência de vitamina B12 ou folato Etiologia da deficiência potencial Os pacientes BGYR têm digestão incompleta e liberação de vitamina B12 de alimentos proteicos. Com diminuição significativa do ácido clorídrico, o pepsinogênio não é convertido em pepsina (necessário para a liberação de vitamina B 12 da proteína). A deficiência dessa vitamina não é tão prevalente com os procedimentos de AGB (restrição artificial e uso completo do estômago) e DBP (não tem restrição tão grande do estômago). O fator intrínseco (FI) é produzido pelas células parietais do estômago e em certas condições (por exemplo, gastrite atrófica, intestino delgado ressecado, pacientes idosos) pode ser prejudicado, causando uma deficiência de FI. A deficiência subsequente de vitamina B12 (anemia perniciosa) ocorre sem produção ou uso de FI, porque o FI é necessário para absorver a vitamina B12 no íleo terminal. Fatores que aumentam o risco de deficiência de vitamina B12 relevantes para a cirurgia bariátrica incluem o seguinte: Os estoques de cobalamina existem por longos períodos (3 a 5 anos) e dependem da reposição dietética e da depleção diária. No entanto, os pacientes com bypass gástrico têm tanto uma produção diminuída de ácido estomacal quanto uma disponibilidade diminuída de IF; assim, uma deficiência de vitamina B12 pode se desenvolver sem suplementação adequada. Como a via de absorção típica não pode ser confiável, o paciente com perda de peso cirúrgica deve contar com a absorção passiva de B12 , que ocorre independentemente do FI Suplementação: O consumo de 350-500 μg produz uma absorção de 3,5-5,0 μg, que é maior que a necessidade diária. Os médicos devem avaliar a preferência do paciente e o potencial de adesão ao considerar um regime diário, semanal ou mensal de suplementação de B12 . metformina: 10-30% apresentam absorção reduzida Bombas de prótons: potencial desenvolvimento de deficiência RISCOS NO PRÉ-OPERATÓRIO: Alguns medicamentos afetam a absorção e os estoques da B12. Um estudo mostrou que, 5-10% da amostra apresentaram sintomas neurológicos com níveis de B12 de 200-400 pg/mL Seria prudente rastrear/tratar a deficiência de FI e/ou deficiência de B12 em todos os pacientes no pré- operatório, mas é essencial para pacientes com BGYR para não acelerar o desenvolvimento de uma possível deficiência pós-operatória. RISCOS NO PÓS-OPERATÓRIO: A deficiência de B12 tem sido frequentemente relatada após BGYR. Há relatos que, baixos níveis de B12 podem ser observados até 6 meses após a cirurgia bariátrica,mas na maioria das vezes ocorre + de 1 ano após a cirurgia, pois os estoques do fígado se esgotam. Os pacientes com DBP/SD podem ter melhor tolerância a proteínas animais em uma bolsa maior, maior produção de pepsina/ácido gástrico para liberar B12 ligado à proteína e maior disponibilidade e interação de IF com o conteúdo da bolsa. Diretriz nutricional no paciente cirúrgico GUIDELINE ASMBSGUIDELINE ASMBSGUIDELINE ASMBS RISCOS PARA DEFIC. NUTRICIONAIS @camilla.pnunes ÁCIDO FÓLICO (FOLATO) Ingestão dietética inadequada Não adesão à suplementação multivitamínica Má absorção Medicamentos (anticonvulsivantes, contraceptivos orais e agentes de tratamento do câncer) Está envolvida na maturação das hemácias e é comumente discutida na literatura em conjunto com a vitamina B12.. Etiologia da deficiência potencial Fatores que aumentam o risco de deficiência de ácido fólico relevantes para a cirurgia bariátrica incluem o seguinte: Os estoques de ácido fólico podem ser esgotados dentro de alguns meses de pós-operatório, a menos que sejam reabastecidos por um suplemento multivitamínico e fontes alimentares (vegetais de folhas verdes, frutas, vísceras, fígado, fermento seco e produtos de grãos fortificados). Suplementação: Embora a absorção do folato ocorra preferencialmente na porção proximal do intestino delgado, ela pode ocorrer ao longo de toda a extensão do intestino delgado com adaptação pós-operatória. Portanto, é geralmente aceito que a deficiência de folato é corrigida com 1000 mg/d de ácido fólico e é evitável com suplementação que fornece 200% do valor diário (800 μg). A suplementação de folato >1000 mg/d não foi recomendada devido ao potencial de mascarar a deficiência de vitamina B12 Estudos sugerem que, a homocisteína é o marcador mais sensível do estado do ácido fólico, em conjunto com o folato eritrocitário. É imperativo acompanhar de perto o ácido fólico tanto no pré quanto no pós-operatório, especialmente naqueles pacientes com suspeita de não adesão à suplementação multivitamínica. RISCOS NO PRÉ-OPERATÓRIO: Os objetivos da política da FDA em 1998, exigiu que todos os produtos de grãos enriquecidos fossem fortificados com folato, visando aumentar a dieta americana em 100 μg de folato diariamente e diminuir a taxa de defeitos do tubo neural em mulheres grávidas. Estudos relataram que, a proporção de mulheres de 15-44 anos, que atendem a ingestão dietética recomendada de 400 μg/d de folato varia entre 23% e 33%. Com a crescente popularidade das dietas ricas em proteínas/baixas em carboidratos, não se pode supor que os pacientes pré-operatórios consumam fontes alimentares de folato por meio de produtos de grãos fortificados, frutas e vegetais. RISCOS NO PÓS-OPERATÓRIO: Observou-se que a deficiência de folato após a cirurgia de BGYR é menos comum do que a deficiência de B12 e acredita-se que ocorra devido à diminuição da ingestão de suplementos dietéticos ou multivitamínicos. Níveis séricos baixos de folato foram citados de 6%-65% entre os pacientes de BGYR. Estudos encontraram que, 47% (n = 17) dos pacientes com BGYR apresentavam níveis baixos de folato 6 meses após a cirurgia e 41% (n = 17) apresentavam níveis baixos em 1 ano. Essa deficiência ocorreu apesar do paciente tomar um suplemento multivitamínico contendo pelo menos o valor diário de folato, 400 μg. Um risco aumentado de deficiência também foi observado entre os pacientes AGB, possivelmente devido à diminuição da ingestão de folato. Ao contrário do ferro e da B12 , o folato contido na suplementação multivitamínica corrige a deficiência na grande maioria dos pacientes pós-operatórios bariátricos. Como o folato não afeta a mielina dos nervos, o dano neurológico não é tão comum, como é o caso da deficiência de vitamina B12. Em contraste, pacientes com deficiência de folato geralmente apresentam esquecimento, irritabilidade, hostilidade e até mesmo comportamentos paranoides. Diretriz nutricional no paciente cirúrgico GUIDELINE ASMBSGUIDELINE ASMBSGUIDELINE ASMBS RISCOS PARA DEFIC. NUTRICIONAIS @camilla.pnunes FERRO Grande parte da pesquisa sobre ferro e perda de peso cirúrgica realizada até hoje foi gerada por um número limitado de cirurgiões e cientistas; no entanto, os dados apontam consistentemente para o risco de deficiência de ferro e anemia após procedimentos bariátricos. A deficiência de ferro é definida como uma diminuição no conteúdo corporal total de ferro. A anemia por deficiência de ferro ocorre quando a eritropoiese é prejudicada como resultado da falta de estoques de ferro. Etiologia da deficiência potencial Assim como outras vitaminas e minerais, as possíveis razões para deficiência de ferro relacionadas à perda de peso cirúrgica são multifatoriais e não totalmente explicadas na literatura. A deficiência de ferro pode estar associada a: procedimentos de má absorção, procedimentos combinados e AGB, embora a etiologia da deficiência provavelmente seja única em cada procedimento. Embora a absorção de ferro possa ocorrer em todo o intestino delgado, é mais eficiente no duodeno e jejuno proximal, que é contornado após BGYR, levando à diminuição da absorção global. Receptores importantes na membrana apical do enterócito, incluindo o citocromo b duodenal, estão envolvidos na redução do ferro férrico e subsequente transporte de ferro para dentro da célula. Nos procedimentos de BGYR, a diminuição da absorção é associada à redução da ingestão dietética de alimentos ricos em ferro (carnes, grãos enriquecidos e vegetais). A diminuição da produção de ácido clorídrico no estômago após BGYR, pode afetar a redução do ferro do estado férrico (Fe 3+) para o estado ferroso absorvível (Fe 2+). A vitamina C, encontrada em fontes dietéticas e suplementares, pode aumentar a absorção de ferro não-heme, tornando-se uma recomendação válida para inclusão na dieta pós-operatória. Suplementação: Mulheres menstruadas e adolescentes de ambos os sexos podem necessitar de suplementação adicional para atingir uma ingestão oral total de 50-100 mg de ferro elementar diariamente, embora a eficácia a longo prazo desse tratamento profilático seja desconhecida. Esta quantidade de ferro oral pode ser alcançada pela adição de sulfato ferroso ou outras (fumarato ferroso, gluconato, polissacarídeo ou formas de succinilato de proteína de ferro) As mulheres que usam contraceptivos orais têm significativamente menos perda de sangue e, portanto, podem ter necessidades menores de ferro suplementar. O uso de 2 multivitamínicos completos, fornecendo coletivamente 36 mg de ferro (tipicamente fumarato ferroso) é habitual para pacientes de baixo risco, incluindo homens e mulheres na pós-menopausa. Uma história de anemia ou alteração nos valores laboratoriais pode indicar a necessidade de suplementação adicional, em conjunto com a idade, sexo e considerações reprodutivas. RISCOS NO PRÉ-OPERATÓRIO: Um estudo retrospectivo, concluiu que 44% dos candidatos à cirurgia bariátrica eram deficientes em ferro. Homens eram mais propensos do que as mulheres a serem anêmicos (40,7% x 19,1%), conforme determinado por valores anormais de hemoglobina. As mulheres, no entanto, eram mais propensas a ter níveis anormais de ferritina. Todos devem ser avaliados antes do procedimento para estabelecer medidas basais do status de ferro e tratar uma deficiência, se indicado. RISCOS NO PÓS-OPERATÓRIO: Um estudo sugere que a quantidade de ferro em um multivitamínico padrão sozinho não é adequada para prevenir a deficiência. A triagem para o status de ferro pode incluir o uso de níveis séricos de ferritina. Mas, tais níveis não devem ser usados para diagnosticar uma deficiência. A ferritina é um reagente de fase aguda e pode flutuar com a idade, inflamação e infecção. A medição do ferro sérico, juntamente com a capacidade total de ligação do ferro, é preferível para determinar o estado do ferro. As alterações da hemoglobina e do hematócrito refletem anemia tardia por deficiência de ferro e são menos valiosas na identificação de anemia precoce. O ferro sérico,juntamente com a capacidade total de ligação do ferro, deve ser medido aos 6 meses de pós-operatório porque uma deficiência pode ocorrer rapidamente e, depois, anualmente, além de analisar o hemograma completo. Diretriz nutricional no paciente cirúrgico GUIDELINE ASMBSGUIDELINE ASMBSGUIDELINE ASMBS RISCOS PARA DEFIC. NUTRICIONAIS @camilla.pnunes CÁLCIO E VITAMINA D Etiologia da deficiência potencial O cálcio é absorvido preferencialmente no duodeno e jejuno proximal, sendo sua absorção facilitada pela vitamina D em ambiente ácido. A vitamina D é absorvida preferencialmente no jejuno e íleo. A má absorção dos procedimentos cirúrgicos aumentam, também aumenta a probabilidade de má absorção de vitaminas lipossolúveis relacionadas ao desvio do estômago, locais de absorção do intestino e má mistura de sais biliares. A diminuição da ingestão alimentar de alimentos ricos em cálcio e vitamina D, relacionada à intolerância, também pode aumentar o risco de deficiência após todos os procedimentos cirúrgicos. Níveis baixos de vitamina D estão associados a uma diminuição na absorção de cálcio na dieta, mas nem sempre são acompanhados por uma redução no cálcio sérico. À medida que os íons de cálcio no sangue diminuem, os níveis de hormônio da paratireoide aumentam. O hiperparatireoidismo secundário permite que o rim e o fígado convertam o 7-desidroxicolecalciferol na forma ativa da vitamina D, 1,25 diidroxicolecalciferol, e estimula o intestino a aumentar a absorção de cálcio. Se o cálcio dietético não estiver disponível ou a absorção intestinal for prejudicada pela deficiência de vitamina D, a homeostase do cálcio é mantida pelo aumento da reabsorção óssea e pela conservação do cálcio pelos rins. Portanto, a deficiência de cálcio (baixo cálcio sérico) não seria esperada até que a osteoporose tenha esgotado severamente o esqueleto de reservas de cálcio. Suplementação: Todos os candidatos cirúrgicos devem ser rastreados para deficiência de vitamina D e anormalidades da densidade óssea no pré- operatório. Parece que 1.200 mg de suplementação diária de cálcio e 400-800 UI de vitamina D contidos em multivitamínicos, podem não fornecer proteção adequada para pacientes pós-operatórios contra um aumento de PTH e reabsorção óssea O aumento do citrato de cálcio para 1700 mg/d (com 400 UI de vitamina D) durante a restrição calórica foi capaz de melhorar a perda óssea em mulheres pós-menopáusicas não operatórias, mas não a preveniu. A adesão à suplementação do paciente é uma preocupação comum entre os profissionais de saúde. A perda de peso pode ajudar a eliminar muitas comorbidades associadas à obesidade; no entanto, sem a suplementação de cálcio e vitamina D, pode prejudicar a saúde óssea. A promoção da atividade física, como exercícios de levantamento de peso, aumento da ingestão de alimentos ricos em cálcio e vitamina D, exposição moderada ao sol, cessação do tabagismo e redução da ingestão de álcool, cafeína e ácido fosfórico são medidas adicionais que o paciente pode tomar na busca de ossos fortes e saudáveis. Citrato de Cálcio x Carbonato de Cálcio: Em um ambiente de baixa acidez, como ocorre com a secreção insignificante de ácido pela bolsa criada com o bypass gástrico, a absorção de carbonato de cálcio é pobre. Uma metanálise da biodisponibilidade do cálcio sugeriu que o citrato de cálcio é absorvido de forma mais eficaz do que o carbonato de cálcio em 22-27%, independentemente de ter sido tomado com o estômago vazio ou com as refeições. RISCOS NO PRÉ-OPERATÓRIO: Vários mecanismos têm sido sugeridos para explicar a causa do risco aumentado de deficiência de vitamina D em indivíduos obesos pré-operatórios. Eles incluem: diminuição da biodisponibilidade da vitamina D devido à absorção e eliminação aumentadas pelo tecido adiposo, aumento da 1,25-dihidroxivitamina D e controle de feedback negativo sobre a síntese hepática de 25(OH)D, subexposição à radiação ultravioleta solar e má absorção, sendo a principal causa a diminuição da disponibilidade de vitamina D secundária à massa gorda pré-operatório. RISCOS NO PÓS-OPERATÓRIO: Um risco aumentado de doença óssea metabólica a longo prazo foi bem documentado após BPD/DS e BGYR. Poucos estudos relataram déficits de vitamina D/cálcio e PTH elevado em pacientes com AGB. pesquisadores descobriram que, aumentar a dosagem de citrato de cálcio de 1.000 mg para 1.700 mg/d (incluindo 400 UI de vitamina D) foi capaz de reduzir a perda óssea com a perda de peso, mas não impedi-la. Diretriz nutricional no paciente cirúrgico GUIDELINE ASMBSGUIDELINE ASMBSGUIDELINE ASMBS RISCOS PARA DEFIC. NUTRICIONAIS @camilla.pnunes VITAMINAS A, E, K e ZINCO Etiologia da deficiência potencial O risco de deficiências de vitaminas lipossolúveis entre pacientes de cirurgia bariátrica (A, E e K), foi elucidado, particularmente entre pacientes que foram submetidos à cirurgia de DBP, resultando na diminuição da absorção intestinal de gordura na dieta causada pelo atraso na mistura de enzimas gástricas e pancreáticas com a bile até os 50-100 cm finais do íleo, também conhecido como canal comum, demonstrou diminuir a absorção de gordura em 72% Os pesquisadores também descobriram deficiências de vitaminas lipossolúveis entre os pacientes com BGYR e AGB. A absorção normal de vitaminas lipossolúveis ocorre passivamente no intestino delgado superior. A digestão da gordura dietética e a subsequente micelação de triacilglicerídeos (triglicerídeos) está associada à absorção de vitaminas lipossolúveis. Além disso, o transporte de vitaminas lipossolúveis para os tecidos depende de componentes lipídicos, como quilomícrons e lipoproteínas. As mudanças na digestão de gordura produzidas por procedimentos cirúrgicos de perda de peso consequentemente alteram a digestão, absorção e transporte de vitaminas lipossolúveis. Suplementação: Estudos sugerem recomendação de 50.000 UI de vitamina A a cada duas semanas e 500 mg de vitamina E diariamente, entre outros suplementos, foi sugerida para corrigir a maioria dos casos de deficiência e sugerem também, medições anuais ao longo da vida de nutrientes lipossolúveis após procedimentos de DBP/DS, juntamente com aconselhamento e educação nutricional continuados. Além das recomendações multivitamínicas/minerais, que incluíam zinco, vitamina D e cálcio, eles recomendavam a suplementação diária ao longo da vida de um mínimo de 10.000 UI de vitamina A e 300 μg de vitamina K VITAMINA A: Como a suplementação de vitamina A além da encontrada em um multivitamínico não é rotina para o paciente BGYR, é provável que esse indivíduo tenha ingestão insuficiente de vitamina A dietética, embora isso não tenha sido considerado pelos pesquisadores. Eles concluíram que a crescente prevalência de pacientes submetidos à cirurgia de bypass gástrico justifica a educação do paciente e do médico sobre a importância da adesão ao regime de suplementação vitamínica prescrito para prevenir uma possível epidemia de xeroftalmia iatrogênica e cegueira. VITAMINA E: Uma revisão da literatura revelou que a maioria dos estudos examinou o pós-operatório e não considerou as deficiências de vitaminas lipossolúveis no pré-operatório. Em um estudo comparando vários procedimentos cirúrgicos, encontraram uma prevalência significativa de deficiência de vitamina E entre o BGYR em comparação com o grupo AGB, com 22,5% e 11,8% dos indivíduos apresentando deficiência de vitamina E, respectivamente. VITAMINA K: Pesquisadores levantaram a hipótese de que a má absorção de proteínas C, S e antitrombina dependentes de vitamina K, resultante do bypass gástrico, predispõe o paciente a púrpura fulminante e coagulação intravascular disseminada. ZINCO: Embora a deficiência de zinco não tenha sido totalmente explorada e suas sequelas metabólicas não tenham sido claramente delineadas, é um nutriente que depende da absorção de gordura, portanto, a probabilidade de deficiência desse mineral entre os pacientes cirúrgicos parece plausível Embora o zinco tenha sido investigado em estudos, os métodos de análise nãoforam avaliados com rigor. Muitos estudos relatando níveis de zinco abaixo do ideal não relataram o método usado para determinar o status ou como a análise foi realizada. O método e a avaliação precisa da ingestão dietética de zinco são fundamentais para a avaliação dos dados relatados. Diretriz nutricional no paciente cirúrgico GUIDELINE ASMBSGUIDELINE ASMBSGUIDELINE ASMBS RISCOS PARA DEFIC. NUTRICIONAIS @camilla.pnunes VITAMINA B6 Poucas informações estão disponíveis sobre alterações na vitamina B6 (piridoxal fosfato) com cirurgia bariátrica porque esta não é medida rotineiramente. Um estudou constatou que os níveis de vitamina B6 , antes da cirurgia, estavam adequados em apenas 36% dos candidatos cirúrgicos. Após o bypass gástrico, um estado normal para os níveis de vitamina B6 foi alcançado em pacientes que usaram suplementos contendo a vitamina em quantidades próximas à Ingestão Dietética de Referência dos EUA. Quando a ativação da coenzima das atividades da aminotransferase eritrocitária foi usada como um marcador do status da vitamina B 6 em vez dos níveis séricos de vitamina, a suplementação de vitamina B6 nas quantidades recomendadas de ingestão dietética de referência dos EUA (1,6 mg) mostrou-se inadequada para a ativação da coenzima dessas enzimas no pós-operatório imediato. Esses achados sugerem que quantidades maiores do que as recomendadas de vitamina B6 podem ser necessárias para a normalização do status de vitamina B 6 em pacientes bariátricos. COBRE Embora o cobre seja absorvido pelo estômago e intestino proximal, raramente é medido em pacientes submetidos a BGYR ou BPD/DS. As deficiências de cobre podem não apenas causar anemia, mas também mielopatia, semelhante à encontrada com deficiências de vitamina B12. Atualmente, apenas dois casos de deficiência de cobre foram relatados em pacientes com bypass gástrico, ambos apresentando sintomas de mielopatia (ou seja, ataxia, parestesia). Outros casos de deficiência de cobre e neuropatia desmielinizante, no entanto, foram relatados para indivíduos que passaram por gastrectomias. Esses achados sugerem que o estado do cobre precisa ser examinado em pacientes com BGYR e DBP/SD que apresentam sinais e sintomas de neuropatia e níveis normais de B12 . Os resultados também sugerem suplementação multivitamínica contendo quantidades adequadas de cobre (valor diário de 2 mg). Deve-se ter cuidado ao prescrever suplementos de zinco porque a depleção de cobre ocorre quando >50 mg de zinco é administrado por um longo período de tempo. OUTRAS DEFICIÊNCIAS MINERAIS Selênio: deficiente em pacientes cirúrgicos tanto no pré como no pós-operatório. Magnésio: estudos encontraram que 5% dos pacientes submetidos a DBP/DS apresentavam deficiência de magnésio. outros estudos descobriram que <1% (0,7%) dos pacientes com bypass gástrico apresentavam deficiência de magnésio 1–31 meses após a cirurgia. Potássio: os mesmos pesquisadores relatados acima, relataram hipocalemia em 5% de sua população de bypass gástrico. em um outros relatório, também encontraram baixos níveis de potássio após bypass gástrico em 2,4% dos pacientes. Os achados desses estudos enfatizam a necessidade de recomendações de suplementos multivitamínicos completos em minerais. Vários outros oligoelementos e minerais podem ser deficientes no pós-operatório. Diretriz nutricional no paciente cirúrgico GUIDELINE ASMBSGUIDELINE ASMBSGUIDELINE ASMBS PROTEÍNAS @camilla.pnunes ETIOLOGIA A mastigação completa dos alimentos é o 1º passo importante no processo geral de digestão para compensar a capacidade reduzida de moagem da bolsa. Quebrar os alimentos em partículas menores e umedecê-los com saliva facilitará a passagem de um bolo de proteína animal do esôfago para a bolsa ou através da banda. Na digestão normal, o ácido clorídrico converte a enzima proteolítica inativa pepsinogênio (secretada no meio do estômago) em sua forma ativa, a pepsina, isso permite que a digestão do colágeno comece à medida que o conteúdo do estômago continua a moer e se misturar com as secreções gástricas. A colecistocinina e a enteroquinase são liberadas à medida que o quimo entra em contato com a mucosa intestinal, permitindo a secreção e ativação de enzimas proteolíticas pancreáticas( tripsina, quimotripsina e carboxipolipeptidase) que facilitam a quebra de moléculas de proteína em polipeptídeos e aminoácidos menores. As peptidases proteolíticas, localizadas na borda em escova do intestino, permitem a quebra adicional em tripeptídeos e dipeptídeos. Esses pequenos peptídeos cruzam a borda em escova intactos, onde as hidrolases peptídicas completam a digestão em aminoácidos para que possam ser absorvidos e transportados para o fígado por meio da veia porta. O papel do estômago na digestão de proteínas é muito pequeno, com a maior parte da digestão e absorção ocorrendo no intestino delgado. Fortes evidências não podem ser encontradas na literatura para apoiar a teoria de que os componentes disabsortivos da cirurgia bariátrica sozinhos causam deficiência. A desnutrição protéica (MP) geralmente está associada a outras circunstâncias que levam à diminuição da ingestão alimentar, incluindo: anorexia, vômitos prolongados, diarreia, intolerância alimentar, depressão, medo de recuperar peso, abuso de álcool/drogas, status socioeconômico, ou outras razões que possam levar o paciente a evitar proteínas e limitar a ingestão calórica. Todos os pacientes no pós-operatório correm risco de desenvolver MP primária e/ou desnutrição protéico-energética (DPE) relacionada à diminuição da ingestão oral. Pacientes com DBP/SD estão em risco de MP/PEM secundário devido ao maior grau de má absorção produzido por este procedimento. Quando a nutrição é retida, por qualquer motivo, o corpo é capaz de se adaptar metabolicamente para a sobrevivência. Como resultado da diminuição da ingestão calórica, a hipoinsulinemia permite que a quebra de gordura e músculo forneça os aminoácidos necessários para preservar o pool visceral. A gliconeogênese e a oxidação de ácidos graxos ajudam a manter um suprimento de energia para órgãos vitais (cérebro, coração e rim). A economia de proteínas é eventualmente alcançada quando o corpo entra em cetose. Inicialmente, a perda de peso ocorre como resultado da perda de água resultante do metabolismo das reservas de glicogênio hepático e muscular. A perda de peso subsequente ocorre com a quebra da massa muscular e a redução do tecido adiposo à medida que o corpo se esforça para manter a homeostase. Uma baixa ingestão de proteína pode ser tolerada pelo organismo, porque se ajustará ao balanço negativo de nitrogênio ao longo de vários dias, mas apenas até certo ponto. Eventualmente, sem ingestão adequada, ocorrerá uma deficiência, caracterizada pela diminuição das proteínas hepáticas, incluindo albumina, perda de massa muscular, astenia (fraqueza) e alopecia (perda de cabelo). A desnutrição protéico-energética está tipicamente associada à anemia relacionada ao ferro, B12 , deficiência de folato e/ou cobre. Deficiências de zinco, tiamina e B 6 são comumente encontradas com um status proteico deficiente. Além disso, o catabolismo da massa magra e a diurese causam distúrbios eletrolíticos e minerais com sódio, potássio, magnésio e fósforo. Se o déficit de proteína ocorrer em conjunto com a ingestão excessiva de carboidratos, a hiperinsulinemia inibirá a quebra de gordura e músculo. Quando o corpo não é capaz de se adaptar hormonalmente à proteína de reposição, resultará uma diminuição na síntese de proteína visceral, juntamente com hipoalbuminemia, anemia e imunidade prejudicada Infelizmente, a perda de massa muscular é uma parte inevitável do processo de perda de peso após a cirurgia de obesidade ou qualquer dieta de muito baixa caloria. Diretriz nutricional no paciente cirúrgico GUIDELINE ASMBSGUIDELINE ASMBSGUIDELINE ASMBS PROTEÍNAS @camilla.pnunes RISCO PRÉ-OPERATÓRIO A deficiência proteica pré-operatória raramente é relatada em estudos publicados. Embora não pareça que os pacientes pré-operatóriosestejam em risco de deficiência de proteína, seria imprudente supor que ela não existe entre os obesos mórbidos com a popularidade atual do modismo alimentar e os padrões alimentares desordenados bem documentados entre os obesos mórbidos. A ideia de que o paciente pré-operatório está supernutrido do ponto de vista das calorias não reflete a qualidade nutricional da ingestão alimentar. A triagem pré-operatória de rotina, incluindo medidas laboratoriais de albumina, transferrina e contagem de linfócitos, são úteis no diagnóstico de PM e a avaliação do estado proteico visceral. Outras medidas de proteína hepática com meias-vidas mais curtas, como proteína de ligação ao retinol e pré-albumina, podem ser úteis no diagnóstico de alterações agudas no status proteico. Os sinais clínicos de deficiência podem ser mascarados pelo tecido adiposo, edema e mal-estar geral experimentado pelo paciente bariátrico. Não é apropriado supor que o paciente que aparenta estar bem apresenta bom estado nutricional e ingestão alimentar adequada. RISCO PÓS-OPERATÓRIO A deficiência de proteína (albumina <3,5 g/dL) não é comum após BGYR. Pesquisadores notaram que os poucos casos de hipoalbuminemia que ocorreram, resultaram do “não cumprimento” do paciente com as instruções nutricionais e foram tratados com suplementação de proteína. A deficiência de proteína é mais provável de ser observada em estudos publicados em associação com procedimentos de DBP, geralmente durante o 1º-2º ano de pós-operatório. Casos esporádicos de MP tardios recorrentes foram relatados necessitando de 2-3 semanas de alimentação parenteral para correção. A patogênese desse MP após DBP é multifatorial. As variáveis relacionadas à operação incluem volume do estômago, comprimento do membro intestinal, capacidade individual de absorção e adaptação intestinal, bem como a quantidade de perda de nitrogênio endógeno. As variáveis relacionadas ao paciente incluem hábitos alimentares habituais, capacidade de adaptação às necessidades nutricionais e status socioeconômico. As ocorrências precoces de MP são tipicamente devidas a fatores relacionados ao paciente, e episódios tardios recorrentes de MP são mais prováveis de serem causados por má absorção excessiva como resultado da cirurgia. Outros pesquisadores concluíram que, um aumento na ingestão proteica alimentar resultaria em um aumento da quantidade absoluta absorvida. Eles postularam que a má absorção de proteína de 30% observada que havia sido identificada em estudos anteriores não explicava o MP que ocorre após a DBP. Concluiu-se que a perda de nitrogênio endógeno (aproximadamente 5x o valor normal) desempenha um papel significativo no desenvolvimento de MP após DBP, especialmente durante o pós-operatório imediato, quando a ingestão restrita de alimentos pode causar um balanço negativo tanto em calorias quanto em proteínas. A composição corporal também foi estudada no pós-operatório em pacientes cirúrgicos disabsortivos e restritivos. Observou-se uma redução significativa da massa gorda e magra no pós-operatório que se estabilizou entre 12-24 meses em níveis semelhantes aos dos controles. Os pesquisadores concluíram que a perda de peso após a DBP foi alcançada com um declínio apropriado da massa corporal magra. Além disso, a relação visceral/músculo em pacientes pré-DBP foi preservada nos pacientes pós-DBP em 24 meses. Quando ocorre uma deficiência e nenhuma explicação mecânica para vômitos ou intolerância alimentar está presente, os pacientes muitas vezes podem ser tratados com sucesso com uma dieta líquida rica em proteínas e progressão lenta para uma dieta regular. O reforço do estilo alimentar adequado (pequenas porções de alimentos macios, bem mastigados, comidos devagar) é sempre importante a ser abordado durante a consulta ao paciente, em um esforço para melhorar a ingestão. À medida que a deficiência de proteína é corrigida e o edema diminui ao redor da anastomose, a tolerância alimentar e os vômitos podem ser resolvidos. Diretriz nutricional no paciente cirúrgico GUIDELINE ASMBSGUIDELINE ASMBSGUIDELINE ASMBS PROTEÍNAS @camilla.pnunes INGESTÃO As recomendações atuais da prática clínica para ingestão de proteínas após a cirurgia sem complicações são consistentes com aquelas para jejuns de proteína modificada sob supervisão médica. Os especialistas recomendam até 70 g/d durante a perda de peso em dietas de muito baixas calorias. A dose dietética recomendada (RDA) para proteína é de aproximadamente 50 g/d para adultos normais. O uso de 1,5 g de proteína/kg de peso ideal/dia após o pós-operatório imediato é provavelmente maior do que as necessidades metabólicas para pacientes não complicados e pode prevenir o consumo de outros macronutrientes no contexto de restrição de volume. Após os procedimentos de DBP/DS, a quantidade de proteína deve ser aumentada em ~30% para acomodar a má absorção, tornando a necessidade média de proteína para esses pacientes de aproximadamente 90 g/d. Durante o período pós-operatório imediato, a incorporação de suplementos líquidos à ingestão oral diária do paciente fornece uma importante fonte de calorias e proteínas que ajudam a prevenir a perda de massa magra. Especialistas notaram que a adição de 100 g/d de carboidrato diminui a perda de nitrogênio em 40% em jejuns de proteína modificada. Um mito popular é que apenas 30 g/h de proteína podem ser absorvidos. Embora isso seja comumente encontrado em literatura leiga e profissional, não há base científica para essa afirmação. É possível que, do ponto de vista do volume, os pacientes consumam apenas 30 g/refeição de proteína durante o 1ºano. SUPLEMENTAÇÃO Sabe-se que a ingestão dietética adequada é necessária para fornecer os 9 aminoácidos indispensáveis (essenciais) (IAAs) e substrato adequado para a produção dos 11 aminoácidos dispensáveis (não essenciais) que compõem a proteína corporal (requisito inespecífico de nitrogênio). Na presença de estresse fisiológico ou certos estados de doença, o corpo não pode produzir o suficiente de certos aminoácidos dispensáveis para satisfazer as necessidades de uma pessoa. Para este fim, existe uma 3ª categoria de aminoácidos condicionalmente indispensáveis, potencialmente aumentando a necessidade de proteína do corpo além da RDA. Os Institutes of Medicine estabeleceram uma necessidade média estimada (EAR) para os aminoácidos essenciais que podem ser usados como valor de referência na avaliação de suplementos proteicos. Deve-se ter cuidado ao recomendar qualquer tipo de suplemento de proteína à base de colágeno. Embora alguns produtos comerciais de colágeno possam ser combinados com caseína ou outras proteínas completas, a combinação resultante ainda pode fornecer quantidades insuficientes de vários IAAs. Esses tipos de produtos normalmente não são considerados “completos”. No entanto, como o colágeno contém um alto nível de nitrogênio em um pequeno volume, pode ser útil para o paciente que é capaz de consumir proteína dietética de boa qualidade suficiente para fornecer os IAAs necessários, mas não está consumindo nitrogênio total suficiente para atender às necessidades inespecíficas. exigência de nitrogênio e alcançar o equilíbrio. Nesse caso, o paciente também teria que consumir calorias suficientes para poupar os IAAs para a síntese de proteínas. A perda de massa corporal magra pode ocorrer apesar do cumprimento de uma meta proteica de ingestão oral diária, na presença de deficiência de AIA. Os produtos de proteína da mais alta qualidade são feitos de proteína de soro de leite, que fornece altos níveis de aminoácidos de cadeia ramificada (importantes para evitar a degradação do tecido magro), permanecem solúveis no estômago e são rapidamente digeridos. Os concentrados de soro de leite podem conter quantidades variadas de lactose, enquanto os isolados de proteína de soro de leite são isentos de lactose. Isso pode ser uma consideração para aqueles indivíduos com intolerância grave. Suplementos substitutos de refeição e barras de proteína normalmente contêmuma mistura de proteínas de soro de leite, caseína e soja (para melhorar a textura e a palatabilidade), quantidades variadas de carboidratos e fibras, bem como níveis maiores de vitaminas e minerais do que os suplementos proteicos simples. Diretriz nutricional no paciente cirúrgico GUIDELINE ASMBSGUIDELINE ASMBSGUIDELINE ASMBS PROGRESSÃO DA DIETA E TEXTURA @camilla.pnunes DIETA LÍQUIDA CLARA Uma dieta líquida clara é frequentemente usada como o 1º passo na nutrição pós-operatória, apesar de algumas evidências de que isso pode não ser justificado. Dietas líquidas claras bariátricas sem açúcar ou com baixo teor de açúcar fornecem líquidos, eletrólitos e uma quantidade limitada de energia e estimulam a restauração da atividade intestinal após a cirurgia. Os alimentos incluídos nas dietas líquidas claras são tipicamente líquidos à temperatura corporal e deixam uma quantidade mínima de resíduos gastrointestinais. As dietas líquidas claras de bypass gástrico são nutricionalmente inadequadas e não devem ser continuadas sem a inclusão de suplementos nutricionais comerciais de baixo resíduo ou líquidos claros além de 24 a 48 horas. DIETA LÍQUIDA COMPLETA Dietas líquidas sem açúcar ou com baixo teor de açúcar geralmente seguem a fase líquida clara. Dietas líquidas completas incluem leite, produtos lácteos, alternativas ao leite e outros líquidos que contêm solutos. As dietas líquidas completas têm um pouco mais de textura e aumentam os resíduos gástricos em comparação com as dietas líquidas claras. Além disso, as calorias e nutrientes fornecidos por dietas líquidas completas que incluem suplementos de proteína podem aproximar-se muito das necessidades de pacientes cirúrgicos com perda de peso. Pensa-se que a textura líquida permite ainda mais a cicatrização e a restrição calórica fornece energia e proteína equivalentes às fornecidas por dietas de muito baixa caloria. DIETA EM PURÊ A dieta do purê bariátrico consiste em alimentos que foram misturados ou liquefeitos com fluido adequado, resultando em alimentos que variam de milkshake a pudim e purê de batata. Além disso, alimentos como ovos mexidos e conservas de peixe (atum ou salmão) podem ser incorporados à dieta. Frutas e vegetais podem ser incluídos, embora a ênfase desta fase seja geralmente em alimentos ricos em proteínas. Esta dieta promove a tolerância adicional de um aumento gradualmente progressivo no resíduo gástrico e a tolerância intestinal ao aumento de solutos e fibras. Os suplementos de proteína usados durante a fase líquida completa são frequentemente continuados durante a fase de purê para complementar a ingestão de proteína na dieta. DIETA MOLE ALTERADA MECANICAMENTE A dieta bariátrica leve fornece alimentos com textura modificada, que requerem mínima mastigação e que teoricamente passarão facilmente da bolsa gástrica através da gastrojejunostomia para o jejuno ou através da banda gástrica ajustável. Esta dieta é considerada uma dieta de transição que é alcançada cortando, moendo, triturando, descamando ou fazendo purê de alimentos. AVANÇO DA TEXTURA ATUAL NA PRÁTICA CLÍNICA PARA PACIENTES NÃO COMPLICADOS Líquido transparente: 1-2 dias Líquido cheio: 10-14 dias Purê: 10-14 + dias Mole alterada mecanicamente:≥ 14 dias Regular: - Fase da dieta e duração: Diretriz nutricional no paciente cirúrgico GUIDELINE ASMBSGUIDELINE ASMBSGUIDELINE ASMBS @camilla.pnunes Açúcar, alimentos contendo açúcar, doces concentrados TIPO DE COMIDA RECOMENDAÇÃO Bebidas gaseificadas Suco de fruta Gorduras saturadas, frituras Pão macio, macarrão, arroz Carne dura, seca e vermelha Nozes, pipoca, outros alimentos fibrosos Cafeína Álcool EVITAR EVITAR / ATRASAR EVITAR EVITAR EVITAR / ATRASAR EVITAR / ATRASAR ATRASAR EVITAR / ATRASAR COM MODERAÇÃO EVITAR / ATRASAR COM MODERAÇÃO Concentrados de proteína completos CATEGORIA DE PROTEÍNA DERIVADO DE Concentrados à base de colágeno Dose de aminoácidos Híbridos de proteína mais uma dose de aminoácidos Categoria de suplementos COMPLETO? USO PRETENDIDO Clara de ovo, soja ou leite (frações caseína/soro) Colágeno hidrolizado; alguns são combinados com caseína ou outras proteínas completas Grandes doses de ≥1 DAAs (ou seja, arginina, glutamina) ou precursores de aminoácidos Concentrado de proteína completo ou base de colágeno mais ≥1 DAAs Sim; contém todos os 9 IAAs relativos à necessidade humana Não; contém níveis baixos de 8 de 9 IAA - carece de triptofano Não Varia Fornece IAAs em proteína dietética Fornece DAAs em proteína dietética; contém alta proporção de nitrogênio em pequeno volume Fornece IAAs condicionalmente; promove a cicatrização de feridas Atende às necessidades de proteína e aumenta a ingestão de IAAs condicionalmente *IAAs: aminoácidos indispensáveis *DAAs: aminoácidos dispensáveis Alimentos à evitar ou atrasar na reintrodução Diretriz nutricional no paciente cirúrgico GUIDELINE ASMBSGUIDELINE ASMBSGUIDELINE ASMBS @camilla.pnunes DRI: 1,1–1,2 mg/d UL: não determinável Identificação e tratamento de deficiências de micronutrientes TIAMINA (vitamina B1) DRI e UL Carne, especialmente porco; sementes de girassol, grãos, legumes Ftes de alimentos Coenzima no metabolismo de carboidratos e proteínas função de células nervosas centrais e periféricas função miocárdica Armazenamento corporal limitado a 30 mg; meia-vida é 9-18 d Funço es Anorexia Ataxia da marcha Parestesia Cãibras musculares Irritabilidade Sintas iniais Beribéri úmido: insuficiência cardíaca de alto débito com dispneia por vasodilatação periférica, taquicardia, cardiomegalia, edema pulmonar e periférico, extremidades quentes, mimetizando celulites Beribéri seco: neuropatia motora e sensitiva simétrica com dor, parestesia, perda de reflexos e Síndrome de Wernicke-Korsakoff A tríade clássica da encefalopatia de Wernicke inclui encefalopatia, marcha atáxica e disfunção oculomotora A síndrome de Korsakoff inclui amnésia ou alterações na memória, confabulação e aprendizado prejudicado Sintas avançados Diminuição da excreção urinária de tiamina Transcetolase RBC diminuída Tiamina sérica diminuída Aumento do ácido lático Piruvato aumentado Beber chá/café ou chá/café descafeinado esgota a tiamina em humanos Ácido ascórbico melhora o status da tiamina A tiamina é pouco absorvida quando há deficiência de folato ou proteína Diagnoi Interaço es alimentos/nutrientes Se hiperêmese: doses parenterais de 100 mg/d nos primeiros 7 dias, seguidas de doses orais diárias de 50 mg/d até a recuperação completa doses terapêuticas simultâneas de outras vitaminas hidrossolúveis a deficiência de magnésio deve ser tratada simultaneamente; administração com alimentos reduz a taxa de absorção Tratamento Diretriz nutricional no paciente cirúrgico GUIDELINE ASMBSGUIDELINE ASMBSGUIDELINE ASMBS @camilla.pnunes DRI 2,4 μg/d UL não determinável Reservas corporais, 4 mg; metade armazenada no fígado Identificação e tratamento de deficiências de micronutrientes COBALAMINA (vitamina B12) DRI e UL Carne, laticínios, ovos; encontrado com produtos de origem animal Ftes de alimentos Maturação de RBC Função neural Síntese de DNA relacionada a coenzimas de folato Cofator para metionina sintase e metilmalonil-co-enzima A A deficiência de B 12 causará deficiência de folato Funço es Anemia perniciosa (devido à ausência de fator intrínseco)/anemia megaloblástica Pálida com pele e olhos ligeiramente ictéricos Fadiga, tontura ou vertigem Falta de ar Zumbido (zumbido no ouvido) Palpitações, pulso rápido, angina e sintomas de insuficiência congestiva Dormência e parestesia (sensação de formigamento ou formigamento) nas extremidades Desmielinização e degeneração axonal, especialmente de nervos periféricos, medula espinhal e cérebro Alterações no estado mental, variando de irritabilidade leve e esquecimento a demência grave ou psicose franca Língua dolorida, aparência vermelha lisa e robusta Ataxia (má coordenação muscular), alteração nos reflexos Anorexia Diarréia Sintas Hemograma: VCM elevado, RDWelevado, corpos de Howell-Jolly, reticulocitopenia B 12 sérico baixo Aumento do MMA e aumento da homocisteína Diminuição da transcobalamina II-B 12 Doença neurológica pode ocorrer com hematócrito normal Diagnoi 1.000 μg/semana IM por 8 semanas, depois 1.000 μg/mês IM por toda a vida ou 350-500 μg/dia cristalino oral B 12 Defeitos neurológicos podem não reverter com suplementação Tratamento Diretriz nutricional no paciente cirúrgico GUIDELINE ASMBSGUIDELINE ASMBSGUIDELINE ASMBS @camilla.pnunes DRI 90 μg/d mulher 120 μg/d homens; UL não determinável Identificação e tratamento de deficiências de micronutrientes VITAMINA K DRI e UL Vegetais verdes, couve de Bruxelas, repolho, óleos vegetais e margarina Ftes de alimentos Formação de protrombina, outros fatores de coagulação e proteínas ósseas Funço es Hemorragia por deficiência de protrombina e outros fatores Contusões fáceis Sangramento nas gengivas Sangramento menstrual e nasal intenso Coagulação sanguínea retardada Osteoporose Sintas Aumento do tempo de protrombina Fator de coagulação reduzido Aumento do tempo parcial de protrombina Filoquinona plasmática diminuída Nível de fibrinogênio, tempo de trombina, contagem de plaquetas e tempo de sangramento estão na faixa normal Aumento da des-gama- carboxiprotrombina Também conhecido como induzido por proteína na ausência de vitamina K Medido com anticorpos Diagnoi Dose parenteral de 10 mg Para má absorção crônica, 1-2 mg/d, por via oral, ou 1-2 mg/semana por via parenteral Nota: se o tempo de protrombina elevado não melhorar, não é devido à deficiência de vitamina K Nota: Os medicamentos do tipo varfarina inibem a conversão da vitamina K em sua forma ativa hidroquinona Tratamento Diretriz nutricional no paciente cirúrgico GUIDELINE ASMBSGUIDELINE ASMBSGUIDELINE ASMBS @camilla.pnunes DRI 700 μg/d fêmeas; 900 μg/d machos; UL 3000 mg/d 1 RAE = 1 μg de retinol, 12 μg de B-caroteno; para suplementos, 1 RE = 1 RAE Identificação e tratamento de deficiências de micronutrientes VITAMINA A DRI e UL Fígado, laticínios, peixe, frutas de cor escura e vegetais folhosos Ftes de alimentos Mecanismo fotorreceptor da retina, formato Integridade do epitélio Estabilidade do lisossomo Síntese de glicoproteínas Expressão genetica Reprodução e função embrionária Função imune Funço es Vitamina A sérica diminuída Diminuição do retinol plasmático Proteína de ligação retiniana diminuída Diagnoi Nictalopia, xerose, manchas de Bitot, má cicatrização de feridas Sintas iniais Sem alterações da córnea: 10.000– 25.000 UI/d vitamina A por via oral até melhora clínica (geralmente 1–2 semanas) Com alterações na córnea: 50.000– 100.000 UI de vitamina A IM por 3 dias seguido de 50.000 UI/d IM por 2 semanas Avaliar a deficiência concomitante de ferro e/ou cobre que pode prejudicar a resolução da deficiência de vitamina A Os potenciais efeitos antioxidantes do caroteno podem ser alcançados com suplementos de 25.000-50.000 UI de caroteno Tratamento Danos na córnea, queratomalácia, perfuração, endoftalmite e cegueira Xerose e hiperqueratinização da pele, perda do paladar Sintas avançados A hipercarotenose resulta em coloração amarelo- alaranjada da pele, mas é benigna; alterações cutâneas mais marcadas nas palmas das mãos e plantas dos pés; esclera permanece branca A hipervitaminose A ocorre após a ingestão de doses diárias >50.000 UI/d por >3 meses; As manifestações iniciais incluem pele seca e escamosa, perda de cabelo, feridas na boca, hiperostose dolorosa, anorexia e vômitos. Os achados mais graves incluem hipercalcemia, aumento da pressão intracraniana, com papiledema, cefaleia e diminuição da cognição, e hepatomegalia, ocasionalmente evoluindo para cirrose O excesso de vitamina A também tem sido relacionado ao aumento do risco de fratura de quadril Diagnóstico: níveis séricos elevados de vitamina A Tratamento: retirada de vitamina A da dieta; a maioria dos sintomas melhora rapidamente Toxide Diretriz nutricional no paciente cirúrgico GUIDELINE ASMBSGUIDELINE ASMBSGUIDELINE ASMBS @camilla.pnunes DRI 8 mg/d para homens 18 mg/d para mulheres de 19 a 50 anos UL 45 mg/d Identificação e tratamento de deficiências de micronutrientes FERRO DRI e UL Carnes, peixes, aves, ovos, grãos enriquecidos, frutas secas, alguns vegetais e leguminosas Ftes de alimentos formação de obina e mioglobina Enzimas do citocromo Proteínas de ferro-enxofre Funço es Estágio 1: A ferritina sérica diminui <20 ng/mL Estágio 2: O ferro sérico diminui <50 μg/dL; saturação de transferrina <16% Estágio 3: ocorre anemia com eritrócitos e índices de aparência normal Estágio 4: Microcitose e, em seguida, hipocromia presente Estágio 5: A deficiência de Fe afeta os tecidos, resultando em sintomas e sinais Anemia Disfagia Coiloníquia Enteropatia Fadiga Frequência cardíaca rápida/palpitações Diminuição do desempenho no trabalho Capacidade de aprendizado prejudicada Sintas CBC: baixo Hgb/Hct, baixo MCV Ferro sérico diminuído Diminuição da porcentagem de saturação Aumento do TIBC Aumento da transferrina Ferritina sérica diminuída (afetada por inflamação ou infecção) Diagnoi Fas de deena Normalmente, para terapia de reposição de ferro, até 300 mg/d de ferro elementar administrados, geralmente como 3 ou 4 comprimidos de ferro (cada um contendo 50-65 mg de ferro elementar) administrados durante o dia; idealmente, as preparações orais de ferro devem ser tomadas com o estômago vazio porque os alimentos podem inibir a absorção de ferro. Quando o tratamento oral falhou ou com anemia grave, a infusão de ferro IV deve ser considerada. Tratamento Náuseas, vômitos, diarréia, constipação; sobrecarga de ferro com danos nos órgãos, toxicidade sistêmica aguda Toxide Diretriz nutricional no paciente cirúrgico GUIDELINE ASMBSGUIDELINE ASMBSGUIDELINE ASMBS @camilla.pnunes DRI 1,3 mg UL 100 mg/d Identificação e tratamento de deficiências de micronutrientes PIRIDOXINA (vitamina B6) DRI e UL Leguminosas, nozes, farelo de trigo e carne; mais biodisponível em fontes animais Ftes de alimentos Cofator para >100 enzimas envolvidas no metabolismo de aminoácidos Envolvido na síntese de heme e neurotransmissores e no metabolismo de glicogênio, lipídios, esteróides, bases esfingoides e várias vitaminas, como a conversão de triptofano em niacina Funço es Alterações epiteliais, glossite atrófica Neuropatia com deficiência grave Achados anormais de eletroencefalograma Depressão, confusão Anemia microcítica e hipocrômica (B 6 necessária para a produção de hemoglobina) Disfunção plaquetária Hiperhomocistinemia Sintas avançados Fosfato de piridoxal plasmático diminuído Hemograma completo (anemia) Aumento da homocisteína Diagnoi Vitamina B6 50 mg/d; 100–200 mg se deficiência relacionada ao uso de medicamentos Tratamento DRI 1000–1200 mg/d UL 2500 mg/d CÁLCIO DRI e UL Produtos lácteos, vegetais de folhas verdes, legumes, alimentos fortificados, incluindo pães e sucos Ftes de alimentos Formação óssea e dentária Coagulação do sangue Contração muscular Condução miocárdica Funço es Cãibras nas pernas Hipocalcemia e tetania Hiperexcitabilidade neuromuscular Osteoporose Sintas Aumento do hormônio da paratireoide Diminuição da 25-hidroxivitamina D Cálcio ionizado diminuído Cálcio sérico diminuído (indicador ruim das reservas ósseas) Ligações cruzadas urinárias e telopeptídeos de colágeno tipo 1 Descobertas da varredura DEXA Diagnoi Insuficiência renal, nefrolitíase, absorção prejudicada de ferro Tratamento Diretriz nutricional no paciente cirúrgico GUIDELINE ASMBSGUIDELINE ASMBSGUIDELINE ASMBS @camilla.pnunes DRI 400 μg/d UL 1000 μg/d Reservas corporais: 5–20 mg; metade armazenada no fígado; deficiência pode ocorrer dentro de meses Identificação e tratamento de deficiências de micronutrientes FOLATO (vitamina B9) DRI e UL Legumes, especialmente de folhas verdes; frutas, grãos enriquecidos, incluindo pão, macarrão e arroz Ftes de alimentos Maturação das hemácias Síntese de purinas,pirimidinas e metionina Prevenção de defeitos do tubo neural fetal Funço es Anemia megaloblástica Diarréia Queilose e glossite Anormalidades neurológicas não ocorrem Sintas CBC: VCM elevado, RDW alto Folato eritrocitário diminuído (não sujeito a flutuações agudas na ingestão oral de folato como visto com folato sérico) MMA normal com aumento da homocisteína Diagnoi 1000 μg/d por via oral; até 5 mg/d podem ser necessários com má absorção grave A correção pode ocorrer dentro de 1–2 meses; incentivar o consumo de alimentos ricos em folato e a abstinência de álcool; álcool interfere na absorção e metabolismo do folato Tratamento DRI 5 μg/d para adultos 10 μg/d para idades de 50-70 anos 15 μg/d para idades >70 anos UL 50 μg/d 1 μg = 40 UI VITAMINA D DRI e UL Laticínios fortificados, peixes gordurosos, ovos, cereais fortificados Ftes de alimentos Absorção de cálcio e fósforo Reabsorção, mineralização e maturação do osso Reabsorção tubular de cálcio Funço es Osteomalácia Distúrbios da deficiência de cálcio: tetania raquítica Sintas Diminuição do 25-hidroxicolecalciferol Fósforo sérico diminuído Aumento da fosfatase alcalina sérica Aumento do hormônio da paratireoide Cálcio urinário diminuído Cálcio sérico normal ou diminuído Diagnoi 50.000 UI/semana de ergocalciferol (D2) por via oral ou intramuscular, por 8 semanas Tratamento Diretriz nutricional no paciente cirúrgico GUIDELINE ASMBSGUIDELINE ASMBSGUIDELINE ASMBS @camilla.pnunes DRI 15 mg/d UL 1000 mg/d Identificação e tratamento de deficiências de micronutrientes VITAMINA E DRI e UL Antioxidante intracelular Scavenger ou radicais livres em membranas biológicas Funço es Hiporeflexia, distúrbios da marcha, diminuição da propriocepção e vibração, oftalmoplegia; hemólise de hemácias; Danos neurológicos; Deposição de ceróides no músculo; Nictalopia; Fraqueza muscular; Nistagmo Sintas A dose terapêutica ideal não foi claramente definida; os potenciais benefícios antioxidantes da vitamina E podem ser alcançados com suplementos de 100–400 UI/d Tratamento Diminuição do alfa-tocoferol plasmático O nível sérico de vitamina E deve ser interpretado em relação aos lipídios circulantes Aumento da creatinina urinária Aumento da creatina fosfoquinase plasmática Diagnoi Grandes doses foram tomadas por longos períodos sem causar danos, embora náuseas, flatulência e diarréia tenham sido relatadas; grandes doses de vitamina E podem aumentar a necessidade de vitamina K e podem resultar em sangramento em pacientes em uso de anticoagulantes orais Toxide DRI 8 mg/d mulheres 11 mg/d homens UL 40 mg/d ZINCO DRI e UL Carne, fígado, ovos, ostras, amendoim, grãos integrais Ftes de alimentos Componentes de enzimas Síntese de proteínas, DNA, RNA Expressão genetica Integridade da pele e das células Cicatrização de feridas Reprodução e crescimento Funço es Hipogeusia (diminuição do paladar); Alterações no olfato; Pouco apetite; Má cicatrização de feridas; Irritabilidade; Função imunológica prejudicada; Diarréia; Perda de cabelo; Perda de massa muscular. Dermatite Sintas Zinco plasmático diminuído Zinco sérico diminuído Zinco de RBC ou WBC diminuído Fosfatase alcalina diminuída Diminuição da testosterona plasmática Diagnoi 60 mg de zinco elementar, por via oral duas vezes ao dia Tratamento Óleos vegetais, cereais não processados, grãos, nozes, frutas, legumes, carnes Ftes alimentares Toxicidade aguda causa náuseas, vômitos e febre Grandes doses crônicas de zinco podem deprimir a função imunológica e causar anemia hipocrômica como resultado da deficiência de cobre Toxide Recomendado Avaliação nutricional pré- operatória sugerida @camilla.pnunes Sugerido Outras considerações Antropometria Tentativas de perda de peso fracassadas Tentativa recente de perda de peso pré- operatória (se exigido pelo programa) Comorbidades atuais Medicamentos atuais Suplementos vitamínicos/minerais/ervas Alergias/intolerâncias alimentares Álcool/tabaco/uso de drogas Problemas com a visão Problemas com a dentição Nível de alfabetização Barreira de língua Inspeção visual de cabelo, pele e unhas Eventos de vida que podem ter causado mudança de peso Se disponível: % de gordura corporal usando bioimpedância elétrica; taxa metabólica de repouso (volume de consumo de oxigênio); quociente respiratório Circunferência da cintura Outras medidas do corpo Objetivos pessoais de perda de peso Observação da distribuição de gordura corporal Consideração de pacientes que são atléticos ou musculares e classificações de IMC Idade, sexo, raça, altura e peso exatos, IMC, excesso de peso corporal Histórico de peso Histórico médico Valores laboratoriais disponíveis História psicológica Outros História de transtorno alimentar Diagnóstico psiquiátrico atual/passado Recordatório de 24 horas (dia da semana/fim de semana), Registro de frequência alimentar, ou Registro de alimentos, humor e atividades (ajuda a identificar a omissão do grupo de alimentos ou práticas alimentares que aumentam o risco nutricional) Ingestão de refeição do restaurante Padrões alimentares desordenados Ingestão dietética: alimentos/líquidos Influências da dieta cultural Restrições da dieta religiosa Nível de habilidade de preparação de refeições Desejo/alimentos desencadeantes Come enquanto está envolvido em outras atividades Análise de nutrientes computadorizada (se disponível) Preferências alimentares Atitudes em relação à comida Diretriz nutricional no paciente cirúrgico GUIDELINE ASMBS Recomendado Avaliação nutricional pré- operatória sugerida (continuação) @camilla.pnunes Sugerido Outras considerações Atividade física Motivação/motivos para procurar intervenção cirúrgica Prontidão para fazer mudanças comportamentais, dieta, exercícios e estilo de vida Aplicação anterior dos princípios acima listados para demonstrar a capacidade de fazer mudanças no estilo de vida Disposição para cumprir o protocolo do programa Conexão emocional com a comida Nível de estresse e mecanismos de enfrentamento Identificar barreiras pessoais para o sucesso pós-operatório Tipos de atividades apreciadas no passado Quantidade de tempo gasto em atividades sedentárias diárias Confiança para manter a perda de peso Mudanças de vida previstas Estado civil/filhos Sistema de suporte Horário de trabalho Restrições financeiras Encaminhamento a profissionais apropriados para instrução especializada em atividade física e/ou avaliação de saúde mental Preferência de atividade para o futuro Atitude em relação à atividade física Atitude em relação à mudança de estilo de vida Atitude em relação a tomar suplementos vitamínicos ao longo da vida Condições físicas limitando a atividade Nível atual de atividade Psicossocial Diretriz nutricional no paciente cirúrgico GUIDELINE ASMBS Recomendado Sugestão de educação nutricional pré-operatória @camilla.pnunes Sugerido Outras considerações Discutir/incluir Hidratação adequada Progressão de textura Suplementos vitamínicos/minerais Suplementos de proteína Planejamento e espaçamento das refeições Ingestão adequada de carboidratos, proteínas e gorduras e escolhas de alimentos/líquidos para maximizar a perda de peso segura, ingestão de nutrientes e tolerância Conceitos de alimentação intuitiva Técnicas e dicas para maximizar a tolerância a alimentos e líquidos Possibilidade de má absorção de nutrientes e importância da adesão ao suplemento Possibilidade de recuperação do peso Definição de metas realista Benefícios da atividade física Náusea/vômito Anorexia Efeitos da cetose Volta da fome Obstrução do estoma por alimentos Síndrome de dumping Hipoglicemia reativa Prisão de ventre Diarréia/esteatorréia Flatulência/sons intestinais Lactose intolerance Alopecia Monitoramento adequado da perda de peso Auto-monitoramento Escolhas alimentares densas em nutrientes para prevenção de doenças Restaurantes Leitura de rótulos Técnicas de cozinha saudável Gerenciamento de recaída Importância de assumir a responsabilidade pessoal pelo autocuidado
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