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Histologia Veterinária II - Sistema Respiratório

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HISTOLOGIA VETERINÁRIA II 
 
SISTEMA RESPIRATÓRIO 
É constituído pelos pulmões e por um sistema de 
tubos que comunicam estes órgãos com o meio 
exterior. 
As funções do sistema respiratório são: hematose 
como principal função, e, transporte gasoso, 
termorregulação, olfação, fonação e remoção de 
partículas estranhas como funções secundárias. 
Respiração = trocas gasosas. 
Distinguem-se no sistema respiratório duas 
porções: 
 
 
 
>Porção condutora: é formada por uma sequência 
de ductos extra e intrapulmonares: fossas nasais, 
nasofaringe, laringe, traqueia, brônquios e 
bronquíolos. Basicamente é das narinas até os 
bronquíolos terminais. 
Ela facilita a condução da passagem de ar até a 
parte respiratória, além disso purifica, umedece e 
aquece o ar respirado, e possui funções 
importantes para proteger o delicado 
revestimento dos alvéolos pulmonares. 
Para preservar essa passagem contínua de ar pela 
porção condutora, a sua luz deve estar 
constantemente aberta. Por isso, a parede da 
porção condutora tem componentes de tecidos 
ósseo, conjuntivo e muscular liso; para 
proporcionar suporte estrutural, flexibilidade e 
extensibilidade. 
>Porção respiratória: é o segmento constituído 
pelos bronquíolos respiratórios, ductos alveolares 
e alvéolos pulmonares. 
Esses segmentos são intrapulmonares, sendo que 
a maior parte do volume pulmonar é constituída 
pelos alvéolos. São nesses locais que ocorrem as 
trocas gasosas entre o sangue e o ar. 
Os alvéolos são espaços delimitados por paredes 
bastante delgadas através das quais ocorre a troca 
do gás carbônico do sangue pelo oxigênio do ar 
inspirado. 
 
 
 
 
 
 
 
 
EPITÉLIO RESPIRATÓRIO 
A maior parte da porção condutora é revestida 
internamente por um epitélio pseudoestratificado 
colunar ciliado com muitas células caliciformes, 
denominado epitélio respiratório. Apesar de sua 
denominação, ele não participa das trocas gasosas 
entre o sangue o ar alveolar. O epitélio 
respiratório consiste em cinco tipos celulares e, 
como se trata de um epitélio pseudoestratificado, 
as células têm alturas diferentes, mas todas se 
apoiam na lâmina basal do epitélio. 
 
O tipo celular mais abundante é a célula colunar 
ciliada. Cada uma tem cerca de 300 cílios na sua 
superfície apical, e junto aos corpúsculos basais 
dos cílios há várias mitocôndrias, que fornecem 
ATP para os batimentos ciliares. 
Em segundo lugar em termos quantitativos temos 
as células caliciformes, secretores de muco. A 
região apical dessas células contém números 
gotículas de muco composto de glicoproteínas. 
Portanto, as células caliciformes, junto com 
pequenas glândulas situadas na mucosa dos 
tubos, secretam uma grande quantidade de muco 
para a luz dos tubos da porção respiratória. 
As demais células colunares deste epitélio são 
conhecidas como brush cells, ou células em 
escova, por conta dos vários microvilos em suas 
superfícies apicais. Na base dessas células, 
consideradas receptores sensoriais, há 
terminações nervosas aferentes. 
Existem ainda as células basais, que são pequenas 
e arredondadas que ficam apoiadas na lâmina 
basal. Elas são células-tronco que se multiplicam 
continuamente por mitose e originam os demais 
tipos celulares do epitélio respiratório. 
Finalmente, existem as células granulares, 
semelhantes às basais, mas com numerosos 
grânulos com uma parte central mais densa aos 
elétrons (microscopia eletrônica). Estudos 
histoquímicos mostraram que as células 
granulares pertencem ao sistema neuroendócrino 
difuso. 
✓ Síndrome dos cílios imóveis: causa 
esterilidade ao homem (animais machos 
também provavelmente) e infecção 
crônica das vias respiratórias de ambos os 
sexos, deve-se à imobilidade ou a defeitos 
dos batimentos dos cílios e flagelos. 
Causas: deficiência genética da proteína 
dineína presente nos cílios e microtúbulos, 
sendo responsável pela movimentação. 
FOSSAS NASAIS 
São revestidas por uma mucosa cuja estrutura 
difere segundo a região considerada. Nelas, há 
três regiões: o vestíbulo nasal, a área respiratória 
e a área olfatória. 
Vestíbulo Nasal 
É a porção inicial mais anterior e dilatada das 
fossas nasais, onde a sua mucosa vai ser a 
continuação da pele do nariz. 
Possui um epitélio estratificado pavimentoso não 
queratinizado, pois ele perde a sua camada de 
queratina e o tecido conjuntivo da derme dá 
origem à lâmina própria da mucosa. 
Além disso, possui pelos curtos chamados 
vibrissas e glândulas sebáceas e sudoríparas. A 
secreção dessas glândulas constituem uma 
barreira à penetração de partículas grosseiras nas 
vias respiratórias. Parte das partículas de poeira e 
microrganismos adere à camada de muco que se 
distribui sobre o epitélio e não é transportada para 
outras regiões do sistema respiratório. 
 
Área Respiratória 
Compreende a maior parte das fossas nasais. A 
mucosa dessa região é recoberta por epitélio 
pseudoestratificado colunar ciliado com muitas 
células caliciformes, o epitélio respiratório. O 
epitélio está também recobrindo as conchas 
nasais. Possui glândulas mistas, responsáveis pela 
proteção e umidificação do ar. 
A superfície da parede lateral de cada cavidade 
nasal é irregular, por causa das conchas nasais. Ao 
passar pelas conchas nasais, o ar é aquecido, 
filtrado e umedecido, atribuindo-se ao plexo 
venoso função importante no aquecimento. 
Área Olfatória 
É uma região situada na parte dorsal das fossas 
nasais, remetendo à concha nasal dorsal. Entre o 
teto da cavidade nasal e a concha nasal dorsal há 
o meato nasal dorsal que leva o ar até as conchas 
etmoidais, fazendo a olfação. 
Também é responsável pela sensibilidade 
olfatória. É revestida pelo epitélio olfatório, que 
contém quimiorreceptores da olfação. O epitélio 
olfatório é um 
neuroepitélio colunar 
pseudoestratificado, 
formado por três tipos 
celulares: células de 
sustentação, células 
basais e células 
olfatórias. 
As células de sustentação compreendem o alicerce 
do epitélio. As células basais situam-se na região 
basal do epitélio, entre as células olfatórias e as de 
sustentação; e são células tronco do epitélio 
olfatório. As células desse epitélio renovam-se 
constantemente. 
As células olfatórias são neurônios bipolares que 
se distinguem das células de sustentação porque 
seus núcleos se localizam em uma posição mais 
basal. 
Na lâmina própria dessa mucosa, além de 
abundantes vasos e nervos, há também glândulas 
de Bowman (serosas). 
SEIOS PARANASAIS 
Constituem cavidades nos ossos frontal, maxilar, 
etmoide e esfenoide revestidas por epitélio 
respiratório com poucas células caliciformes. São 
variáveis entre as espécies. 
A lâmina própria contém apenas algumas 
glândulas pequenas e é contínua com o periósteo 
adjacente. 
Os seios paranasais se comunicam com as fossas 
nasais por meio de pequenos orifícios, e o muco 
produzido nessas cavidades é drenado para as 
fossas nasais pelo movimento ciliar das células 
epiteliais. 
NASOFARINGE 
É a primeira parte da faringe, sendo dorsal ao 
palato mole. Esse palato mole separa a 
nasofaringe da orofaringe, que fica ventral ao 
palato mole. 
A nasofaringe é revestida por epitélio do tipo 
respiratório, enquanto na orofaringe o epitélio é 
estratificado pavimentoso não queratinizado. 
Dorsalmente temos a nasofaringe com epitélio 
respiratório ou epitélio pseudoestratificado 
colunar ciliado com células caliciformes. 
Ventralmente há a orofaringe, com epitélio 
pavimentoso não queratinizado. 
 
A nasofaringe e a orofaringe são separadas pelo 
palato mole. 
LARINGE 
É um tubo de forma irregular que une a faringe à 
traqueia, constituída de peças cartilaginosas 
(hialinas e elásticas) unidas por tecido conjuntivo 
fibroelástico, que mantêm a luz da laringe sempre 
aberta para garantir a passagem livre do ar. As 
peças cartilaginosas maiores tireoide,cricoide e as 
duas aritenoides são do tipo hialino, enquanto as 
demais são do tipo elástico. 
Apresenta epitélio estratificado pavimentoso não 
queratinizado e epitélio respiratório. 
A epiglote se localiza na parte superior da laringe 
apresenta uma cartilagem elástica. A epiglote é 
importante para fechar a passagem da laringe para 
faringe durante a deglutição para impedir a 
entrado do alimento (sólido ou líquido) do sistema 
digestório para o respiratório, uma vez que há 
comunicação entre os dois sistemas. 
A laringe também possui cordas vocais, que 
constituem um eixo de conjuntivo elástico, 
seguido externamente pelos músculos intrínsecos 
da laringe. 
Em relação ao revestimento, com exceção da 
região da epiglote e pregas vocais verdadeiras 
(revestidos por epitélio estratificado pavimentoso 
não queratinizado, visto que o epitélio está sujeito 
a atritos e desgaste), as demais regiões são 
revestidas por epitélio respiratório. 
A lâmina própria-submucosa é rica em fibras 
elásticas e contém, com exceção das pregas vocais 
verdadeiras, glândulas mistas (serosas e mucosas) 
e fragmentos de cartilagem hialina e músculos 
(estriado esquelético). 
TRAQUEIA 
É um tubo de 
cartilagem hialina em 
forma de “C”, sendo 
uma continuação da 
laringe e termina 
ramificando-se nos brônquios extrapulmonares. 
Apresenta anéis incompletos de cartilagem hialina 
com extremidades livres voltadas dorsalmente, 
possuindo ligamentos fibroelásticos e feixes de 
músculo liso. 
A mucosa é revestida por epitélio respiratório. A 
sua lâmina própria sub-mucosa é formada por 
tecido conjuntivo frouxo, rico em fibras elásticas 
com glândulas exócrinas mistas (seromucosas), 
cuja secreção (das glândulas e das células 
caliciformes) forma uma barreira de muco que 
captura partículas inaladas. 
Externamente, a traqueia é revestida por um 
tecido conjuntivo frouxo, constituindo a camada 
adventícia. Essa adventícia vai fazer a fixação da 
traqueia às estruturas adjacentes. 
 
 
 
 
 
 
 
O que diferencia o anel em carnívoros e equinos é 
que nos primeiros o músculo traqueal é dorsal ao 
anel, e nos equinos é ventral, bem como nas 
outras espécies. 
Com relação ao achatamento: bovinos latero-
lateral; equinos dorsoventral; cães dorsoventral, 
suínos meio termo (mais cilíndrico); com relação a 
região incompleta dos anéis cartilaginosos: aves 
possuem os anéis completos, cães e equinos 
possuem um certo espaçamento entre as pontas 
de cada um dos anéis, suínos possuem uma ponta 
de cada anel incompleto discretamente mais 
dorsal a outra ponta, bovinos possuem as duas 
pontas dos anéis incompletos se projetando 
dorsalmente. 
ÁRVORE BRÔNQUICA 
Ela consiste na bifurcação da traqueia (carina) em 
brônquios primários ou extrapulmonares. 
Os brônquios primários possuem anéis de 
cartilagem completos e ramificam-se, no interior 
dos pulmões, em brônquios lobares que vai para 
cada lobo pulmonar. Eles se ramificam em 
brônquios segmentares, que por sua vez se 
ramificam em subsegmentares e esses se 
ramificam em bronquíolos verdadeiros, 
bronquíolos terminais, que por sua vez vão 
originar os bronquíolos respiratórios (que marcam 
a transição para a porção respiratória), ductos e 
sacos alveolares, e, os alvéolos pulmonares. 
A mucosa dos brônquios é semelhante à da 
traqueia. Na mucosa dos brônquios o epitélio dos 
ramos maiores é o respiratório e nos ramos 
menores, colunar simples, também ciliado e com 
células caliciformes. 
Na lâmina própria sub-mucosa é rica em fibras 
elásticas com fragmentos de cartilagem hialina e 
poucas fibras de músculo liso, formada por feixes 
musculares em espiral que circundam 
completamente os brônquios. Particularmente 
nos pontos de ramificação da árvore brônquica, é 
comum a existência de nódulos linfáticos 
pertencentes ao BALT, tecido linfático associado à 
mucosa brônquica. 
 
 
 
 
Os bronquíolos são segmentos intralobulares, com 
características diferencias dos brônquios: 
diâmetro menor, ausência de cartilagem e 
glândulas em suas paredes. Nódulos linfáticos do 
BALT são infrequentemente encontrados. 
Os bronquíolos possuem epitélio colunar simples 
ciliado nas porções iniciais, passando, na porção 
final, a cúbico simples não ciliado. As células 
caliciformes diminuem em número, podendo 
estar ausentes completamente no final dos 
bronquíolos. 
A lâmina própria da mucosa dos bronquíolos é rica 
em fibras elásticas, e em torno dessa mucosa há 
uma camada de músculo liso proporcionalmente 
maior que dos brônquios. 
 
Os bronquíolos terminais são as últimas partes da 
porção condutora. Sua estrutura é parecida com a 
dos bronquíolos, tendo, porém, parede mais 
delgada. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
São revestidos internamente por epitélio colunar 
ou cúbico simples, com células ciliadas e não 
ciliadas. 
O epitélio dos 
bronquíolos 
apresenta as 
células de 
Clara, que 
são células 
não ciliadas 
com grânulos 
secretores 
em sua 
região apical. 
Acredita-se 
que essas células possuem como funções: atuação 
como células-tronco de células epiteliais, proteção 
por meio de secreção de proteases, substâncias 
antimicrobianas e citocinas, secreção de mucinas, 
e destoxificação de algumas substâncias presentes 
no ar inspirado. 
 
PORÇÃO RESPIRATÓRIA 
É aquela em que podem ocorrer as trocas gasosas, 
sendo constituída pelos bronquíolos respiratórios, 
ductos e sacos alveolares e alvéolos pulmonares. 
Cada bronquíolo terminal subdivide-se em dois ou 
mais bronquíolos respiratórios, que formam a 
transição entre a porção condutora e a 
respiratória do sistema respiratório (figura 17.11 
do resumo e do Junqueira, e figura 17.13 do 
Junqueira). 
Os bronquíolos respiratórios constituem tubos 
curtos semelhantes aos bronquíolos terminais, às 
vezes ramificados. 
Nos bronquíolos respiratórios, o epitélio é cúbico 
simples ciliado ou não. Há a presença de 
numerosas saculações constituídas por alvéolos. 
Não apresenta células caliciformes, mas pode 
conter células de Clara. 
 
À medida que o bronquíolo respiratório se 
prolonga, aumenta o número de descontinuidades 
de suas parede. Quando a parede passa a ser 
constituída quase só de saídas de alvéolos, o tubo 
passa a ser considerado um ducto alveolar. 
Os ductos alveolares constituem um tubo formado 
pela parede de alvéolos. São revestidos por 
epitélio pavimentoso simples e, na borda dos 
alvéolos que constituem os ductos alveolares, a 
lâmina própria apresenta feixes de músculo liso. 
Apresentam formato de “botões” constituídos de 
epitélio mais músculo liso. 
Dando sequência aos ductos alveolares, teremos 
conjuntos de alvéolos (sacos alveolares) e 
alvéolos. 
Os alvéolos são pequenas bolsas semelhantes a 
favos de colmeia. São revestidas por epitélio 
pavimentoso simples apoiado em conjuntivo fino 
(fibras reticulares e elásticas) com rica rede de 
capilares. 
Pneumócitos tipo I: célula pavimentosa, com 
citoplasma amplo e fino, com desmossomo e 
junções oclusivas. 
Pneumócitos tipo II: produção do surfactante 
pulmonar.

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