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Fundamentos de Direito do Trabalho e Legislação
Aula 9: Direito Coletivo do Trabalho
Apresentação
O Direito Coletivo do Trabalho se desenvolveu com o objetivo de tutelar o interesse coletivo de um grupo de trabalhadores.
As relações coletivas se desenvolvem em razão das necessidades de dois sujeitos: De um lado, trabalhadores e, de outro,
o(s) empregador(es).
Nesta aula, abordaremos a proteção aos interesses coletivos que ocorre por meio da criação das entidades sindicais.
Objetivos
De�nir as entidades sindicais;
Identi�car a organização do sistema confederativo brasileiro;
Examinar a representação dos trabalhadores na empresa;
Descrever o direito de greve.
Entidades sindicais e contribuições sindicais
As entidades sindicais são pessoas jurídicas de direito privado, com função de representação judicial e extrajudicial da
categoria. Nos termos do art. 8º da Constituição Federal, ninguém é obrigado a se �liar ou se manter �liado a sindicato,
salientando-se que as negociações coletivas abrangem toda a categoria, �liados e não �liados.
Os sindicatos fazem parte de um sistema confederativo, com a característica de autonomia relativa perante o Estado,
representação por categoria e por pro�ssão e unicidade sindical.
Como consequência desse sistema, é organizada uma hierarquia, cuja
base está nos sindicatos; acima destes constituem‐se as federações e,
sobre estas, as confederações.
A Constituição Federal de 1988 consagrou a autonomia sindical, a liberdade de �liação, mas manteve o sistema da unicidade
sindical ou sindicato único, que consiste na permissão, por meio de norma jurídica estatal, de existência, na mesma base
territorial, de apenas um sindicato representativo da mesma categoria pro�ssional ou econômica (art. 8º, II).
A organização sindical do Brasil é dividida em dois ramos
1
Dos trabalhadores
2
Dos empregadores
Assim, pode haver sindicato por pro�ssão, que reúne todos os que atuam em determinada atividade pro�ssional,
independentemente da empresa ou do setor de atividade no qual trabalhem. Exemplo: Motoristas.
Atenção
Pode haver sindicato de empregadores, identi�cado como sindicato de categoria econômica, que reúne empregadores
atuantes em atividades idênticas, similares ou conexas, formando, assim, um sindicato patronal.
O Brasil adota, como regra, o sindicalismo por categorias econômicas e pro�ssionais, admitindo, excepcionalmente, o sindicato
por pro�ssão, também chamada de sindicato representativo de categoria pro�ssional diferenciada (CLT, art. 511, § 3º).
As entidades sindicais são divididas por:
01 Base territorial: a área geográ�ca do sindicato é limitada no mínimo a um município, nos termos do art. 8º, II, daConstituição Federal;
02 Associações sindicais de grau superior, como as federações (2º grau) e as confederações (3º grau).
Entenda o papel de cada uma dessas entidades:
Sindicatos
O papel dos sindicatos é
de órgão mais atuante,
pois estão mais próximos
dos trabalhadores.
Federação
A federação é formada por
pelo menos cinco
sindicatos da mesma
categoria pro�ssional,
diferenciada ou
econômica, e com
atuação em âmbito
estadual, conforme art.
534 da CLT.
Confederação
A confederação é o órgão
de cúpula do sistema,
formada por, no mínimo,
três federações de uma
mesma categoria. As
confederações atuam em
âmbito nacional e têm
sede em Brasília,
conforme disposição do
art. 535 da CLT.
Quanto às centrais sindicais, estas foram reconhecidas como entidades de representação geral dos trabalhadores pela Lei n.
11.648/2008.
Assim, passaram as centrais sindicais a integrar a estrutura sindical brasileira, entidades de representação geral dos
trabalhadores, de âmbito nacional, com o objetivo de coordenação e representação dos trabalhadores por meio das
organizações sindicais a ela �liadas, participação de fóruns, colegiados de órgãos públicos, entre outros espaços de diálogo
social.
No Brasil, existem:
a CGT – Central Geral dos Trabalhadores;
a CUT – Central Única dos Trabalhadores;
a FS – Força Sindical;
a USI – União Sindical Independente;
a CGT (segunda), um desdobramento da primeira.
O sindicato é constituído pelos seguintes órgãos: Assembleia, conselho �scal e diretoria.
Saiba mais
Aos membros da diretoria é assegurada a estabilidade sindical, limitada a sete cargos (sete titulares + sete suplentes), nos
termos da Súmula 369 do TST. Dessa forma, o membro do conselho �scal não tem estabilidade (OJ 365 da SDI-1), no mesmo
sentido, o delegado sindical tampouco (OJ 369 da SDI-1).
Os sindicatos são mantidos por meio das contribuições que só podem ser descontadas de seus �liados: As contribuições
sindicais só podem ser descontadas dos �liados à entidade sindical ou daqueles que prévia e expressamente autorizarem o
desconto.
Em caso de autorização de cobrança, esta será anual, no caso do empregado, à razão de um dia de serviço; a contribuição
confederativa, prevista no inciso IV do art. 8º da CF, Súmula Vinculante 40 e Súmula 666 do STF, tem como objetivo o
�nanciamento do sistema confederativo, e só pode ser cobrada dos sindicalizados.
A contribuição assistencial é de�nida em assembleia geral, tem por objetivo o custeio das atividades assistenciais do sindicato
e só pode ser cobrada dos sindicalizados; a mensalidade do sindicato, devida pelos �liados para custeio da associação, deve
ser prevista no estatuto, e pode ser comparada à mensalidade de um clube.
A distribuição dos valores recolhidos sob a rubrica de contribuição
sindical é tratada no art. 589 da CLT, que estabelece que, da
importância arrecadada da contribuição sindical, serão feitos os
seguintes créditos pela Caixa Econômica Federal, na forma das
instruções que forem expedidas pelo Ministro do Trabalho:
Clique nos botões para ver as informações.
a) 5% (cinco por cento) para a confederação correspondente; 
b) 15% (quinze por cento) para a federação; 
c) 60% (sessenta por cento) para o sindicato respectivo; e 
d) 20% (vinte por cento) para a ‘Conta Especial Emprego e Salário’;
I - para os empregadores 
a) 5% (cinco por cento) para a confederação correspondente; 
b) 10% (dez por cento) para a central sindical; 
c) 15% (quinze por cento) para a federação; 
d) 60% (sessenta por cento) para o sindicato respectivo; 
e) 10% (dez por cento) para a ‘Conta Especial Emprego e Salário’.
II - para os trabalhadores 
O artigo supracitado prevê também que o sindicato de trabalhadores indicará ao Ministério do Trabalho e Emprego a central
sindical a que estiver �liado como bene�ciário da respectiva contribuição sindical para �ns de destinação dos créditos previstos
neste artigo, e que a central sindical a que se refere a alínea b do inciso II do caput deste artigo deverá atender aos requisitos de
representatividade previstos na legislação especí�ca sobre a matéria (parágrafos 1º e 2º).
Já o artigo 590 da CLT estabelece que, inexistindo confederação, o percentual previsto no art. 589 desta Consolidação caberá à
federação representativa do grupo. Não havendo sindicato, entidade sindical de grau superior ou central sindical, a contribuição
sindical será creditada, integralmente, à ‘Conta Especial Emprego e Salário’ (parágrafo 3º).
Da mesma forma, não havendo indicação de central sindical, na forma do § 1o do art. 589 desta Consolidação, os percentuais
que lhe caberiam serão destinados à ‘Conta Especial Emprego e Salário’ (parágrafo 4º). Se não existir sindicato, os percentuais
previstos na alínea c do inciso I e na alínea d do inciso II do caput do art. 589 desta Consolidação serão creditados à federação
correspondente à mesma categoria econômica ou pro�ssional.
Dentro deste contexto, é de suma importância colacionar julgado extraído da Ação Direta de Inconstitucionalidade ADI – 5794.
Clique nos botões para ver as informações.
Ementa: Direito Constitucional e Trabalhista. Reforma Trabalhista. Facultatividade da Contribuição Sindical.
Constitucionalidade. Inexigência de Lei Complementar. Desnecessidade de lei especí�ca. Inexistênciade ofensa à
isonomia tributária (artigo 150, II, da CRFB). Compulsoriedade da contribuição sindical não prevista na Constituição
(artigos 8º, IV, e 149 da CRFB). Não violação à autonomia das organizações sindicais (artigo 8º, I, da CRFB). Inocorrência
de retrocesso social ou atentado aos direitos dos trabalhadores (artigos 1º, III e IV, 5º, XXXV, LV e LXXIV, 6º e 7º da CRFB).
Correção da proliferação excessiva de sindicatos no Brasil. Reforma que visa ao fortalecimento da atuação sindical.
Proteção às liberdades de associação, sindicalização e de expressão (artigos 5º, incisos IV e XVII, e 8º, caput, da CRFB).
Garantia da liberdade de expressão (artigo 5º, IV, da CRFB). Ações Diretas de Inconstitucionalidade julgadas
improcedentes. Ação Declaratória de Constitucionalidade julgada procedente.
Ação Direta de Inconstitucionalidade ADI – 5794 
1. À lei ordinária compete dispor sobre fatos geradores, bases de cálculo e contribuintes quanto à espécie tributária das
contribuições, não sendo exigível a edição de lei complementar para a temática, ex vi do artigo 146, III, alínea “a”, da
Constituição. 
2. A extinção de contribuição pode ser realizada por lei ordinária, em paralelismo à regra segundo a qual não é obrigatória
a aprovação de lei complementar para a criação de contribuições, sendo certo que a Carta Magna apenas exige o veículo
legislativo da lei complementar no caso das contribuições previdenciárias residuais, nos termos do artigo 195, § 4º, da
Constituição. Precedente (ADI 4697, Relator (a): Min. EDSON FACHIN, Tribunal Pleno, julgado em 06/10/2016). 
3. A instituição da facultatividade do pagamento de contribuições sindicais não demanda lei especí�ca, porquanto o artigo
150, § 6º, da Constituição trata apenas de subsídio ou isenção, redução de base de cálculo, concessão de crédito
presumido, anistia ou remissão, bem como porque a exigência de lei especí�ca tem por �nalidade evitar as chamadas
“caudas legais” ou “contrabandos legislativos”, consistentes na inserção de benefícios �scais em diplomas sobre matérias
completamente distintas, como forma de chantagem e diminuição da transparência no debate público, o que não ocorreu
na tramitação da reforma trabalhista de que trata a Lei nº 13.467/2017. Precedentes (ADI 4033, Relator (a): Min. JOAQUIM
BARBOSA, Tribunal Pleno, julgado em 15/09/2010; RE 550652 AgR, Relator (a): Min. RICARDO LEWANDOWSKI, Segunda
Turma, julgado em 17/12/2013). 
4. A Lei nº 13.467/2017 emprega critério homogêneo e igualitário ao exigir prévia e expressa anuência de todo e qualquer
trabalhador para o desconto da contribuição sindical, ao mesmo tempo em que suprime a natureza tributária da
contribuição, seja em relação aos sindicalizados, seja quanto aos demais, motivos pelos quais não há qualquer violação
ao princípio da isonomia tributária (artigo 150, II, da Constituição), até porque não há que se invocar uma limitação ao
poder de tributar para prejudicar o contribuinte, expandindo o alcance do tributo, como suporte à pretensão de que os
empregados não-sindicalizados sejam obrigados a pagar a contribuição sindical. 
5. A Carta Magna não contém qualquer comando impondo a compulsoriedade da contribuição sindical, na medida em
que o artigo 8º, IV, da Constituição remete à lei a tarefa de dispor sobre a referida contribuição e o artigo 149 da Lei Maior,
por sua vez, limita-se a conferir à União o poder de criar contribuições sociais, o que, evidentemente, inclui a prerrogativa
de extinguir ou modi�car a natureza de contribuições existentes. 6. A supressão do caráter compulsório das contribuições
sindicais não vulnera o princípio constitucional da autonomia da organização sindical, previsto no artigo 8º, I, da Carta
Magna, nem con�gura retrocesso social e violação aos direitos básicos de proteção ao trabalhador insculpidos nos
artigos 1º, III e IV, 5º, XXXV, LV e LXXIV, 6º e 7º da Constituição. 
7. A legislação em apreço tem por objetivo combater o problema da proliferação excessiva de organizações sindicais no
Brasil, tendo sido apontado na exposição de motivos do substitutivo ao Projeto de Lei nº 6.787/2016, que deu origem à lei
ora impugnada, que o país possuía, até março de 2017, 11.326 sindicatos de trabalhadores e 5.186 sindicatos de
empregadores, segundo dados obtidos no Cadastro Nacional de Entidades Sindicais do Ministério do Trabalho, sendo que,
somente no ano de 2016, a arrecadação da contribuição sindical alcançou a cifra de R$ 3,96 bilhões de reais. 
8. O legislador democrático constatou que a contribuição compulsória gerava uma oferta excessiva e arti�cial de
organizações sindicais, con�gurando uma perda social em detrimento dos trabalhadores, porquanto não apenas uma
parcela dos vencimentos dos empregados era transferida para entidades sobre as quais eles possuíam pouca ou
nenhuma ingerência, como também o número estratosférico de sindicatos não se traduzia em um correspondente
aumento do bem-estar da categoria. 9. A garantia de uma fonte de custeio, independentemente de resultados, cria
incentivos perversos para uma atuação dos sindicatos fraca e descompromissada com os anseios dos empregados, de
modo que a Lei nº 13.467/2017 tem por escopo o fortalecimento e a e�ciência das entidades sindicais, que passam a ser
orientadas pela necessidade de perseguir os reais interesses dos trabalhadores, a �m de atraírem cada vez mais �liados. 
10. Esta Corte já reconheceu que normas afastando o pagamento obrigatório da contribuição sindical não con�guram
indevida interferência na autonomia dos sindicatos: ADI 2522, Relator (a): Min. EROS GRAU, Tribunal Pleno, julgado em
08/06/2006. 
11. A Constituição consagra como direitos fundamentais as liberdades de associação, sindicalização e de expressão,
consoante o disposto nos artigos 5º, incisos IV e XVII, e 8º, caput, tendo o legislador democrático decidido que a
contribuição sindical, criada no período autoritário do estado novo, tornava nula a liberdade de associar-se a sindicatos.
12. O engajamento notório de entidades sindicais em atividades políticas, lançando e apoiando candidatos, conclamando
protestos e mantendo estreitos laços com partidos políticos, faz com que a exigência de �nanciamento por indivíduos a
atividades políticas com as quais não concordam, por meio de contribuições compulsórias a sindicatos, con�gure
violação à garantia fundamental da liberdade de expressão, protegida pelo artigo 5º, IV, da Constituição. Direito
comparado: Suprema Corte dos Estados Unidos, casos Janus v. American Federativo of State, County, and Municipal
Employees, Council 31 (2018) e Abood v. Detroit Board of Education (1977). 
13. A Lei nº 13.467/2017 não compromete a prestação de assistência judiciária gratuita perante a Justiça Trabalhista,
realizada pelos sindicatos inclusive quanto a trabalhadores não associados, visto que os sindicatos ainda dispõem de
múltiplas formas de custeio, incluindo a contribuição confederativa (artigo 8º, IV, primeira parte, da Constituição), a
contribuição assistencial (artigo 513, alínea ?e?,  da CLT) e outras contribuições instituídas em assembleia da categoria ou
constantes de negociação coletiva, bem assim porque a Lei n.º 13.467/2017 ampliou as formas de �nanciamento da
assistência jurídica prestada pelos sindicatos, passando a prever o direito dos advogados sindicais à percepção de
honorários sucumbenciais (nova redação do artigo 791-A, caput e § 1º, da CLT), e a própria Lei n.º 5.584/70, em seu artigo
17, já dispunha que, ante a inexistência de sindicato, cumpre à Defensoria Pública a prestação de assistência judiciária no
âmbito trabalhista. 
14. A autocontenção judicial requer o respeito à escolha democrática do legislador, à míngua de razões teóricas ou
elementos empíricos que tornem inadmissível a sua opção, plasmada na reforma trabalhista sancionada pelo Presidente
da República, em homenagem à presunção de constitucionalidade das leis e à luz dos artigos 5º, incisos IV e XVII, e 8º,
caput, da Constituição, os quais garantemas liberdades de expressão, de associação e de sindicalização. 
15. Ações Diretas de Inconstitucionalidade julgadas improcedentes e Ação Declaratória de Constitucionalidade julgada
procedente para assentar a compatibilidade da Lei n.º 13.467/2017 com a Carta Magna.
Prezado aluno, ao observar este material, entendo que sua reação
possa ser: 
“Não entendi nada” 
“Para que estou lendo isso” 
“Que texto difícil.”
Os termos jurídicos têm um ritmo e um vocabulário muito vinculado à área, o que gera uma di�culdade interpretativa. Esta
di�culdade, no entanto, não deve ser tratada como empecilho à compreensão, e sim um exercício de visualização necessária.
O STF discutiu a questão da constitucionalidade das reformas sobre o papel dos sindicatos, bem como um possível
cerceamento do direito à sindicalização. O centro do debate é se as Reformas – que têm sido constantemente implementadas
– não afetariam a condição de isonomia dos trabalhadores.
Representação de empregados
A eleição da comissão de representantes de empregados é obrigatória nas empresas com mais de 200 trabalhadores, com a
seguinte composição:
01 Nas empresas com mais de 200 e até três mil empregados, a comissão possuirá três membros;
02 Nas empresas com mais de três mil e até cinco mil empregados, a comissão possuirá cinco membros;
03
Nas empresas com mais de cinco mil empregados, a comissão possuirá sete membros. Caso a empresa possua
empregados em vários Estados da Federação e no Distrito Federal, será assegurada a eleição de uma comissão de
representantes por Estado ou no Distrito Federal.
O art. 510-B da CLT trata das atribuições da comissão de empregados.
Deve-se ressaltar que as decisões da comissão de representantes dos
empregados serão sempre colegiadas, observada a maioria simples (mais
da metade).
A eleição será convocada, com antecedência mínima de 30 dias, contados do término do mandato anterior, por meio de edital
que deverá ser �xado na empresa, com ampla publicidade, para inscrição de candidatura.
Em regra, todos os empregados poderão se candidatar, exceto aqueles com contrato de trabalho por prazo determinado, com
contrato suspenso ou que estejam em período de aviso prévio, ainda que indenizado.
Serão eleitos os candidatos mais votados, em votação secreta, vedado o voto por representação. A comissão tomará posse no
primeiro dia útil seguinte à eleição ou ao término do mandato anterior. Na ausência de candidatos su�cientes, a comissão de
representantes dos empregados poderá ser formada com número de membros inferior.
Se não houver registro de candidatura, será elaborada ata e convocada nova eleição no prazo de um ano. O período de
mandato dos membros da comissão de representantes dos empregados será de um ano. Aquele que exerceu a função de
representante dos empregados na comissão não poderá ser candidato nos dois períodos subsequentes.
O mandato de membro de comissão de representantes dos empregados não suspende ou interrompe o contrato de trabalho;
desse modo, o empregado deve permanecer exercendo suas funções.
Saiba mais
Aos membros da comissão de representantes de empregados é garantida a estabilidade no emprego, ou seja, não poderá
sofrer despedida arbitrária (aquela que não é fundamentada em motivo disciplinar), desde o registro da candidatura até um ano
após o �m do mandato.
Acordos coletivos e
Convenções coletivas
É obrigatória a participação dos sindicatos da categoria
pro�ssional nos acordos e convenções coletivas de trabalho
(inciso VI do art. 8º da CF). Dessa forma, não é admitida a
formação de agrupamentos de trabalhadores para participar
das negociações coletivas de trabalho.
Observe que a obrigatoriedade da participação da entidade
sindical nas negociações coletivas atinge aos sindicatos de
trabalhadores (representantes de categoria pro�ssional),
não sendo obrigatória a participação dos sindicatos de
empregadores (representantes de categoria econômica).
Fonte: Shutterstock
As negociações coletivas podem se desenvolver entre sindicatos (sindicatos dos empregados e sindicatos dos empregadores),
são identi�cadas como convenções coletivas e podem se desenvolver, ainda, entre sindicatos de trabalhadores e
empregador(es) (estas são nomeadas de acordos coletivos).
Quando frutífera, a negociação coletiva resulta em um acordo que possui caráter normativo, nos termos do art. 611 da CLT.
Após a reforma trabalhista, o acordo coletivo tem prevalência sobre a convenção coletiva de trabalho, independentemente de
ser ou não a norma mais favorável aos trabalhadores.
As convenções e os acordos coletivos duram no máximo dois anos, com proibição de duração com prazo superior.
Atenção
A negociação coletiva, para ser considerada válida, deve ser resultado de concessões recíprocas, segundo o art. 840 do Código
Civil, que dispõe que é lícito aos interessados prevenirem ou terminarem o litígio mediante concessões mútuas.
Direito de greve
A greve é um direito assegurado pela Constituição Federal, nos termos do art. 9º. O direito de greve deve ser exercido nos
limites da lei que o regula: Lei 7.783/1989. Nesse sentido, é assegurado o direito de greve, competindo aos trabalhadores
decidir sobre a oportunidade de exercê-lo e sobre os interesses que devam por meio dele defender.
A greve é identi�cada como suspensão coletiva, temporária e pací�ca,
total ou parcial, da prestação de serviços. Para o exercício do direito
de greve ser considerado legítimo, deve existir primeiramente a
tentativa de negociação. A greve iniciada sem prévia tentativa de
negociação é abusiva.
Os empregadores devem ser noti�cados da greve com antecedência mínima de 48 horas da paralisação. Caso o direito de
greve seja exercido em relação a serviços essenciais, previstos no art. 10 da Lei 7.783/1989, os empregadores e os usuários do
serviço deverão ser avisados com antecedência mínima de 72 horas.
Após serem frustradas as tentativas de negociação coletiva, é de responsabilidade da entidade sindical a convocação de
assembleia geral, com o objetivo de de�nição das reivindicações da categoria e possibilidade de paralisação das atividades. As
formalidades de convocação e quórum de aprovação devem estar previstas no estatuto do sindicato.
São direitos assegurados aos grevistas: Utilização de meios pací�cos com o objetivo de convencimento de trabalhadores para
adesão à greve, arrecadação de fundos e divulgação do movimento.
Não são admitidas violações de direitos, constrangimento, nem impedimento de acesso ao local de trabalho para os
trabalhadores que não participem do movimento grevista; não é admitido qualquer impedimento ao direito de ir e vir, nem
ameaças ou danos à propriedade ou pessoa.
A greve suspende os contratos de trabalho dos grevistas. Durante o período de greve, as relações obrigacionais serão regidas
por acordo coletivo, convenção coletiva, laudo arbitral ou sentença normativa.
É proibida a rescisão de contrato de trabalho durante a greve (Súmula 316 do STF). Em regra, é proibida a contratação de
trabalhadores substitutos, exceto:
A
Se, durante a greve, não forem mantidas as atividades com o propósito de assegurar os serviços cuja
paralisação resulte em prejuízo irreparável, pela deterioração irreversível de bens, máquinas e equipamentos,
bem como a manutenção daqueles essenciais à retomada das atividades da empresa quando da cessação do
movimento;
B
No caso de greve abusiva, que é aquela marcada pela inobservância das normas contidas na Lei 7.783/1989,
bem como a manutenção da paralisação após a celebração de acordo coletivo, convenção coletiva, sentença
arbitral coletiva ou sentença normativa;
C
Ausência de acordo em dissídio coletivo de greve.
Em regra, a greve não pode ocorrer quando existir convenção coletiva, acordo coletivo, sentença arbitral coletiva ou sentença
normativa, salvo se o objetivo da greve for o de exigir o cumprimento de cláusula ou condição prevista na respectiva norma
coletiva, ou se a greve for motivada pela superveniência de fatos novos ouacontecimento imprevisto que modi�que
substancialmente a relação de trabalho (parágrafo único do art. 14 da Lei 7.783/1989).
Qualquer uma das partes, ou o Ministério Público do Trabalho (em caso de greve envolvendo serviços essenciais que estejam
colocando em risco o interesse público – vide § 3º do art. 114 da CF), pode ajuizar dissídio coletivo de greve na Justiça do
Trabalho competente, que decidirá sobre a procedência, total ou parcial, ou improcedência das reivindicações, cumprindo ao
Tribunal publicar, de imediato, o competente acórdão (Dissídio Coletivo de Greve).
Após o ajuizamento do dissídio coletivo, não havendo acordo, é assegurado ao empregador, enquanto perdurar a greve, o direito
de contratar empregados em substituição aos grevistas.
Quando se tratar de atividade essencial, há obrigatoriedade de manutenção
da prestação de serviços indispensáveis ao atendimento das necessidades
inadiáveis da comunidade. Caso a manutenção da prestação de serviços
essenciais não seja observada, pode o Ministério Público do Trabalho
ajuizar, na Justiça do Trabalho, dissídio coletivo de greve (vide § 3º do art.
114 da CF).
São considerados serviços ou atividades essenciais:
I. Tratamento e abastecimento de água; produção e distribuição de energia elétrica, gás e combustíveis; 
II. Assistência médica e hospitalar; 
III. Distribuição e comercialização de medicamentos e alimentos; 
IV. Funerários; 
V. Transporte coletivo; 
VI. Captação e tratamento de esgoto e lixo; 
VII. Telecomunicações; 
VIII. Guarda, uso e controle de substâncias radioativas, equipamentos e materiais nucleares; 
IX. Processamento de dados ligados a serviços essenciais; 
X. Controle de tráfego aéreo; 
XI. Compensação bancária.
Em caso de desrespeito aos direitos e deveres, haverá responsabilização pelos atos praticados durante o período de greve. É de
competência do Ministério Público requisitar a abertura de inquérito e oferecer denúncia quando houver indício da prática de
delito.
Atenção
Destaque-se que é proibida a prática do locaute (lockout), paralisação das atividades por iniciativa patronal. Caso ocorra, haverá
interrupção dos contratos de trabalho (os trabalhadores têm o direito à percepção dos salários durante o período de
paralisação, conforme dispõe o parágrafo único do art. 17 da Lei 7.783/1989).
Atividades
1. A organização sindical brasileira observa, dentre outros, os seguintes princípios:
a) Unicidade e filiação sindical obrigatória.
b) Pluralidade e centrais sindicais como órgãos de cúpula.
c) Unicidade e autonomia sindical.
d) Pluralidade e filiação sindical facultativa.
e) Unidade e pluralidade sindical.
2: Considerando a organização sindical brasileira, é possível a�rmar que:
a) As centrais sindicais ostentam personalidade sindical de grau superior, com função negocial em caráter supletivo.
b) A contribuição sindical é compulsória quando o empregado não se opõe expressamente ao desconto em folha de pagamento.
c) Vigora no ordenamento jurídico pátrio o princípio da pluralidade sindical, tendo em vista as diversas categorias econômicas e
profissionais devidamente organizadas.
d) Vigora o princípio da unicidade sindical, em face de comando expresso na Constituição da República.
e) A assistência jurídica prestada pelos sindicatos é direito exclusivo dos associados.
3. Nos termos da Consolidação das Leis do Trabalho, os membros da comissão de representantes dos trabalhadores:
a) São designados pelo sindicato da categoria profissional.
b) Precisam estar filiados ao sindicato da categoria profissional.
c) Gozam de estabilidade no emprego desde o registro da candidatura.
d) Estão incumbidos de solucionar os conflitos individuais de trabalho por meio da arbitragem.
e) Acumulam a condição de membros da comissão interna de prevenção de acidentes.
4. De acordo com o texto expresso da CLT, o acordo de caráter normativo, pelo qual dois ou mais Sindicatos representativos de
categorias econômicas e pro�ssionais estipulam condições de trabalho aplicáveis, no âmbito das respectivas representações,
às relações individuais de trabalho, é:
a) Acordo coletivo de trabalho.
b) Contrato coletivo de trabalho.
c) Convenção coletiva de trabalho.
d) Dissídio coletivo de trabalho.
e) Estatuto coletivo de trabalho.
5. Em relação à greve, assinale a alternativa correta:
a) Não se considera atividade essencial o transporte coletivo.
b) É proibida a contratação de trabalhadores substitutos para os trabalhadores em greve, salvo nos casos previstos em lei.
c) A entidade patronal correspondente ou os empregadores diretamente interessados serão notificados, com antecedência mínima de 24
(vinte e quatro) horas, da paralisação.
d) Em serviços ou atividades essenciais, ficam as entidades sindicais ou os trabalhadores, conforme o caso, obrigados a comunicar a
decisão aos empregadores e aos usuários, com antecedência mínima de 48 (quarenta e oito) horas da paralisação.
e) O direito de greve será exercido na forma estabelecida em norma coletiva de trabalho.
Notas
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Referências
BRASIL. Decreto-lei nº 5.452, de 1º de maio de 1943. Aprova a Consolidação das Leis do Trabalho, Brasília-DF, maio 1943.
Disponível em: https://www planalto gov br/ccivil 03/decreto lei/Del5452 htm Acesso em: 04 jul 2020
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Disponível em: https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del5452.htm. Acesso em: 04 jul. 2020.
BRASIL. Ação Direta de Inconstitucionalidade 5794. Disponível em: https://corpus927.enfam.jus.br/legislacao/CLT-43#art-589.
Acesso em: 04 jul. 2020.
CISNEIROS, G. Direito do Trabalho Sintetizado. 2.ed. Rio de Janeiro: Forense; São Paulo: Método, 2018.
DELGADO, M.G. Curso de direito do trabalho. 9.ed. São Paulo: LTr, 2019.
LEITE, C.H.B. Curso de Direito do Trabalho. 12.ed. São Paulo: Saraiva, 2020.
RESENDE, R. Direito do trabalho. 8.ed. Rio de Janeiro: Forense; São Paulo: Método, 2020.
ROMAR, C.T.M. Direito do Trabalho Esquematizado. 5.ed. São Paulo: Saraiva, 2018.
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