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Músculos da Língua e Fala

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Universidade Federal do Rio de Janeiro 
 Faculdade de Medicina – Curso de Fonoaudiologia 
	 
 
Gabarito - Estudo Dirigido VI 
Músculos da Língua e Fala 
 
1) Cite e explique a função de cada músculos intrínsecos e extrínsecos da língua. 
 
INTRÍNSECOS (dão forma à língua) 
 
1- Longitudinal Superior: É​ o único músculo ímpar e é a capa superior da língua. AÇÃO: encurtar a língua e virá-la para cima e para trás. 
 
2- Longitudinal Inferior: Estende-se​	 da raiz ao ápice da língua, de maneira longitudinal e abaixo da língua. AÇÃO: Encurtar a língua e empurra o ápice para baixo. 
 
3- Transverso Vertical: O​ transverso conecta o septo medial as laterais da língua e o vertical conecta a superfície inferior a superfície superior. Sendo assim, O TV é o arcabouço da língua, já que é o transverso conecta o lado direito com o lado esquerdo e o vertical a parte de cima com a de baixo. 
 
 
 EXTRÍNSECOS (dão movimento a língua) 
 
1- Estiloglosso: Origina-se no processo estiloide e insere-se na margem inferior da​	 língua. AÇÃO: Levar a língua para cima e para trás. 
 
2- Hioglosso: Encontra-se entre o osso hióide e o corpo da língua. AÇÃO: Retrair e​	 deprimir a língua e elevar o osso hióide. 
 
3- Genioglosso: É o maior e mais forte dos músculos extrínsecos; em forma triangular​	 (leque); não participa da ponta, começa atrás do frênulo. 
 
2) Faça um esquema correlacionando às funções da língua na mastigação, deglutição e fala. 
 
QUESTÃO EM ABERTO, desenvolver: 
 MASTIGAÇÃO: lateralização do bolo alimentar.​	 
 DEGLUTIÇÃO: retropropulsão do bolo alimentar, auxilia na ejeção eficiente.​	 FALA: articulação de fonemas.​	 
 
3) Complete: 
a) A língua é uma estrutura formada por: músculo e revestida por mucosa.​	 
b) A língua participa das funções orais: sucção, mastigação, deglutição e fala.​	 
c) A língua é inervada sensitivamente por:​ 
Nervo Trigêmio (V)- sensibilidade nos 2/3 anteriores da língua 
Nervo Facial (VII) - gustação nos 2/3 anteriores da língua 
Nervo Glossofaríngeo (IX)- gustação e sensibilidade no 1/3 posterior da língua. 
d) A língua é inervada motoramente por: Nervo hipoglosso (XII).​	 
 
4) Descreva 4 terapias miofuncionais para a língua, sendo 2 de isotonia e 2 de isometria. 
QUESTÃO EM ABERTO, alguns exemplos: 
 Isotonia: estalar a língua; varrer o céu da boca.​	 
Isometria: contra resistência com a espátula: em toda extensão superior da língua e na​	 ponta (para baixo); abrir e fechar a boca com língua selada no palato duro. 
 
5) O que é e qual a função da fonética para a fala? 
 A fonética é a área que estuda os sons da fala, em particular o modo como estes são produzidos e percebidos pelos falantes de uma língua. 
A fonética articulatória estuda o modo como os sons da fala são produzidos. Considerando a posição e o movimento dos diferentes articuladores, a capacidade 	de 	selecionar, 	sistematizar, 	ativar e 	sequenciar 	padrões neuromotores, assim como controlar e coordenar a sinergia das estruturas fonoarticulatórias necessárias para produzir os sons de uma língua. 
 
6) Conceitue o que é função pré-fônica e diga a sua importância para o desenvolvimento das 
características da fala. 
Como o próprio nome já diz, as funções pré-fônicas são aquelas que se desenvolvem antes da aquisição da linguagem e que são de extrema importância já que que a articulação dos sons da 
fala (fonética) está diretamente ligada ao desenvolvimento/maturação do sistema 
miofuncional oral.. São elas: respiração, mastigação e deglutição. 
 
7) Fale sobre o novo conceito relacionado ao movimento da língua e diga quais são as zonas de 
estabilidade. 
Por meio da palatografia, foi possível observar que embora a língua seja considerada um corpo único ela possui a capacidade de mover cada uma das 16 partes de maneira separada. As zonas consideradas pontos de estabilidade são as margens laterais da parte posterior da língua (zona 13 e 16) 
 
8) O que deve ser feito na avaliação de um paciente com alteração de fala? A avaliação é muito importante para traçar um diagnóstico diferencial, ou seja, averiguar se essa alteração de fala é decorrente de alguma alteração estrutural (fonética) ou de alterações neurológicas ou fonológicas. Para isso, deve-se primeiro avaliar a história clínica, que nada 
	mais é que a anamnese. 	 
Depois, pode-se realizar tarefas de nomeação, avaliar também o discurso espontâneo do 
paciente, estimulabilidade e avaliação dos órgãos fonoarticulatórios.

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