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Fenômenos de Transporte - Transferência de calor e trocadores de calor

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TRANSFERÊNCIA DE CALOR E TROCADORES DE CALOR 
 
 
THIAGO DE SOUZA NUNES 
 
JOÃO PAULO P. NASCIMENTO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RIO DE JANEIRO 
NOVEMBRO - 2010 
P á g i n a | 1 
 
 
THIAGO DE SOUZA NUNES 
JOÃO PAULO P. NASCIMENTO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TRANSFERÊNCIA DE CALOR E TROCADORES DE CALOR 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Trabalho apresentado ao Professor Márcio 
Marques da disciplina Fenômenos de 
Transportes da turma PET 0601M, turno 
da Manhã do curso de Engenharia de 
Petróleo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Centro Universitário Augusto Motta 
Rio de janeiro – Novembro / 2010 
P á g i n a | 2 
 
SUMÁRIO 
 
 
 
1- INTRODUÇÃO 04 
 2- TRANSFERÊNCIA DE CALOR 05 
 2.1– CONCEITO 05 
2.1.i- CONVECÇÃO 05 
 2.1.ii - CONDUÇÃO 11 
 2.1.iii - RADIAÇÃO 15 
 3- TROCADOR DE CALOR 19 
 3.1- CONCEITO 19 
 3.1.i- TROCADOR DUPLO TUBO 19 
 3.1.ii - TROCADOR DE CALOR CASCO E TUBO 20 
 3.1.iii - TROCADOR DE CALOR DE PLACAS 21 
 3.1.iv - TROCADOR DE CALOR COMPACTO 22 
 3.2- APLICAÇÕES DE TROCADORES DE CALOR 22 
 3.3- EXEMPLOS DE TROCADORES DE CALOR 23 
 3.3.1- TROCADORES COMPACTOS 24 
4- CONCLUSÃO 25 
 5- BIBLIOGRAFIA 26 
 
 
 
 
 
 
 
 
P á g i n a | 3 
 
LISTA DE FIGURAS 
 
Figura 1- Tubos de vidro encurvados e ligados por tubos de borracha 6 
Figura 2 – Planadores rebocados pelo avião 7 
 
Figura 3 - Dois tubos de cartolina nas aberturas de uma caixa de papelão 8 
Figura 4 - Forno de ar quente 9 
Figura 5 - Sistema de ar quente 10 
Figura 6- Transferência de calor por condução 11 
Figura 7- Barra de ferro numa chama 12 
Figura 8- Extremidades de um fio de cobre e outro de ferro 12 
Figura 9 - material macio feito de fibras 13 
 
Figura 10- Agasalho de lã 13 
Figura 11 - Um termômetro com uma camada de fuligem e outro termômetro não-
revestido, próximo à parte inferior de uma lâmpada elétrica acesa 14 
Figura 12- Superfície metálica 15 
Figura 13- Canos de cobre postos no concreto. 16 
Figura 14- Trocador de calor duplo tubo 19 
Figura 15- Trocador de calor casco e tubo 20 
 
Figura 16 - Trocador de calor de placas 21 
Figura 17- Trocador Duplo tubo 23 
Figura 18- Trocador de calor casco e tubo 23 
Figura 19- Trocador de calor de placas 24 
Figura 20- Radiador 24 
Figura 21- Ar - condicionado. 24 
 
 
 
 
P á g i n a | 4 
 
 1- INTRODUÇÃO 
 Esse trabalho tem como objetivo transmitir os conhecimentos teóricos 
fundamentados de transmissão de calor e trocadores de calor de forma 
simples, porém ajudando a compreensão dos mecanismos básicos de 
transmissão de calor e principais tipos de trocadores de calor, reconhecendo 
os mecanismos envolvidos e aplicando os conhecimentos teóricos referentes 
aos mesmos, resolver problemas de transmissão de calor, projetar e 
dimensionar sistemas de resfriamento (dissipadores de calor) e trocadores de 
calor. 
 
 
 
P á g i n a | 5 
 
 
2-TRANSFERÊNCIA DE CALOR 
 
2.1- CONCEITO 
 É o processo de propagação de calor no qual a energia térmica é transmitida 
de partícula para partícula do meio, sempre do ponto de maior temperatura 
para o ponto de menor temperatura. 
 O calor pode ser transmitido, transferido ou propagado por três tipos de 
processos: 
i. Convecção; 
ii. Condução; 
iii. Irradiação. 
 
2.1.i- CONVECÇÃO 
 Fenômeno que acontece apenas nos fluidos, gases e líquidos, e acontece 
em razão da diferença de densidade do fluido. 
 Tome tubos de vidro encurvados e ligue-os por tubos de borracha como 
indica a Fig. 1. Encha os tubos com água e deixe cair uma gota de tinta em A. 
Ponha um bico de Bunsen no ramo esquerdo. A água desse ramo recebe 
energia calorífica da chama, o que faz as moléculas se moverem mais 
ràpidamente; a água nele se dilatará e ficará mais leve, ou melhor, menos 
densa, do que no ramo direito. A água mais fria, sendo mais pesada, mover-
se-á para baixo no ramo direito, fazendo a água circular. À água em 
movimento leva energia calorífica do ramo esquerdo para o ramo direito. É a 
transferência de calor pela matéria em movimento. 
P á g i n a | 6 
 
 Aquecendo-se a água em AB ela se expande e fica menos densa. A água 
mais fria e mais densa, em CD, desce então. A água em circulação transfere 
o calor por convecção. Na convecção, o calor é transferido juntamente com a 
matéria. 
 
 
 
 Figura 1 
P á g i n a | 7 
 
 
 
 Esses planadores são inicialmente rebocados pelo avião e depois soltos dos 
cabos para voarem sozinhos. Um piloto experimentado pode manobrar um 
desses aparelhos sem motor percorrendo grandes distâncias, aproveitando as 
correntes de ar. Como o ar quente sobe, o planador pode ganhar altura nas 
correntes ascensionais e então planar, perdendo altura, até encontrar outra 
corrente ascensional. Em sentido figurado: o "combustível" do planador são 
as correntes de convecção. 
 
 
 
 
 
 Figura 2 
 
 
 
 
P á g i n a | 8 
 
 
 O ar que sobe na chaminé de casa, ou de uma fábrica, leva calor para cima.Monte dois tubos de cartolina em aberturas de uma caixa de papelão e 
coloque uma vela acesa debaixo de uma delas, como na Fig. 3. O ar mais frio 
em B, sendo mais denso que o ar em A, descerá para a caixa e empurrará o 
ar quente para fora da chaminé, produzindo circulação do ar. Você pode 
provar a descida do ar em B, mantendo um pedaço de papel ou pano 
fumacento sobre essa chaminé. O ar mais frio, mais denso, em B, desce, 
aumenta a pressão na caixa e força o ar quente a subir em A. 
 
 
 Figura 3 
 
 
P á g i n a | 9 
 
 
 No forno de ar quente (Fig.4) o ar frio da sala desce pelo tubo de ar frio até o 
forno. Este ar frio, mais pesado, força o ar mais quente, menos denso, a subir 
pelos tubos de ar quente. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Figura 4. 
 
 
 
 
P á g i n a | 1 0 
 
 
 
 No sistema de ar quente (Fig.5), a água fria desce pelo tubo de retorno e 
força a água quente a subir da caldeira para os radiadores. Um sistema de 
aquecimento de água quente. A água fria, descendo para o aquecedor, força 
a água quente a subir para os radiadores. 
 
 
 Figura 5 
 
 
 
 
P á g i n a | 1 1 
 
 
2.1.ii - CONDUÇÃO 
 Ocorre principalmente em meios sólidos. Acontece em razão do contato das 
partículas (átomos, elétrons e moléculas) que formam os corpos. 
 
Transferência de calor por condução 
 
Figura 6 
 
 
 
 
 Ponha uma extremidade de uma barra de ferro numa chama; as moléculas do 
ferro nessa extremidade absorverão calor. Essa energia fará as moléculas 
vibrarem mais rigorosamente e se chocarem com as moléculas vizinhas, 
transferindo-lhes a energia. Essas moléculas vizinhas, por sua vez, passarão 
adiante a energia calorífica, de modo que ela será conduzida ao longo da 
barra para a extremidade fria. Observe na Fig. 7. que, na condução, o calor 
passa de molécula a molécula, mas as moléculas não são transportadas com 
o calor. Condução é a transferência de calor através de um corpo, de 
molécula a molécula. 
 
P á g i n a | 1 2 
 
Figura 7 
 
 Para comparar a condução do calor por diferentes metais, enrole uma na 
outra, as extremidades de um fio de cobre e outro de ferro, de mesmo 
comprimento (Fig. 8). Prenda algumas tachinhas com cera aos fios. Aqueça 
as extremidades enroladas dos fios numa chama. As tachas presas ao cobre 
começarão a cair antes das presas ao ferro. O cobre conduz calor melhor que 
o ferro. 
 
 
 
 
 
 
 
 Figura 8. 
 
P á g i n a | 1 3 
 
 Todos os metais são bons condutores de calor. Os gases e os líquidos são 
bons condutores. Substanciais tais como tecidos, papel e amianto, que pouco 
conduzem calor, são chamadas maus condutores ou isolantes térmicos. 
Agasalhos de pele ou de lã fofa são bons isolantes por causa do ar que está 
aprisionado nos mesmos (Fig. 10). A lã é mais quente que o algodão e linho, 
porque retém mais ar em seu interior. 
 
 
 Figura 9 
 Esse material macio, Fig.09, é feito de fibras que armazenam ar em poros 
finos. Ele conduz tão pouco o calor que a chama não queima a mão do outro 
lado. A lã é um bom isolante. A lã prende o ar, formando uma camada 
isolante que conserva a moça aquecida. O sobretudo seria mais quente, e 
menos bonito, se a lã estivesse na parte interna. 
 
 
 
 
 
 
 
 Figura 10. 
 
 
P á g i n a | 1 4 
 
 A seguinte tabela dá as condutividades térmicas de alguns materiais, são 
eles: 
 
CONDUTIVIDADES TÉRMICAS* 
Metais 
Sólidos não-
metálicos 
Fluidos (a 20ºC) 
Prata 0,97 Vidro 0,002 Água 0,0013 
Cobre 0,92 Concreto 0,002 Glicerina 0,0006 
Alumínio 
0,49 
Cortiça 0,0001 
Hidrogênio 
0,00033 
Ferro 0,12 Fêltro 0,0001 Ar 0,000057 
Chumbo 
0,083 
Tijolo de barro 
0,0015 
------------------- 
A tabela dá a quantidade de calor, em calorias, conduzida por minuto através de uma camada de 
1cm
2 
de área e 1 cm de espessura, quando a diferença de temperatura entre as duas superfícies é de 
10. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
P á g i n a | 1 5 
 
2.1.iii - RADIAÇÃO 
 Esta forma de transmissão de calor acontece sem contado físico entre os 
corpos. Ocorre por meio de ondas eletromagnéticas. É denominada energia 
radiante e não necessita de um meio material para se propagar. 
 O Sol emite energia radiante no espaço; através de milhões de quilômetros, 
essa energia chega a Terra. Tem a forma de ondas, de comprimento igual à 
cerca de 0,00005cm. Quando nós recebemos a luz do Sol diretamente, nós 
absorvemos essa energia que se transforma em energia calorífica. Todos os 
corpos irradiam energia para objetos a temperaturas mais baixas. Nós 
irradiamos energia para as paredes de uma sala fria. Um aquecedor elétrico, 
ligado, irradia energia para nós. Nós absorvemos essa energia e nos 
aquecemos. Assim, embora seja a absorção de energia radiante que produz 
calor, freqüentemente falamos de calor radiante, que é energia radiante 
absorvida como calor. 
 Passe um pouco de cola num bulbo de um termômetro e revista o bulbo com 
uma camada de fuligem ou outra substância preta. Mantenha-o junto com 
outro termômetro não-revestido, próximo à parte inferior de uma lâmpada 
elétrica acesa (Fig. 11). O termômetro enegrecido se aquecerá mais 
rapidamente do que o outro, porque as substâncias negras são bons 
absorventes de calor. Retire a lâmpada. O termômetro de bulbo enegrecido 
voltará à temperatura ambiente mais depressa que o outro. Os bons 
absorventes de energia radiante são bons radiadores. 
 
 
 
 
 
 Figura 11. 
P á g i n a | 1 6 
 
 O termômetro do bulbo enegrecido absorve os raios de calor, mas o do bulbo 
prateado os reflete. Os corpos negros são bons absorventes. A maioria das 
substâncias não metálicas absorve melhor o calor radiante que os metais. 
 A fuligem (negro de fumo) absorve cerca de 97% da radiação que recebe. 
Tintas não metálicas absorvem 90%, o ferro galvanizado fosco 50%, tinta de 
alumínio 30% e alumínio ou prata polidos 6% (Fig. 12). 
 
 
 
 
 Figura 12. 
 
 A fuligem absorve 97% dos raios do sol. A prata polida absorve apenas 6%. 
As pessoas que vivem nas regiões tropicais preferem vestir-se de branco 
porque a roupa branca reflete mais a radiação do Sol do que as roupas 
escuras. 
 Benjamim Franklin, o primeiro grande cientista americano, fez uma 
experiência muito simples, colocando sobre a neve, ao sol, pedaços de 
fazendas de cores diversas. Após algumas horas o pedaço preto, que foi mais 
aquecido pelo sol tinha-se afundado mais na neve que os outros, enquanto o 
branco nada se afundara; as outras cores se afundaram tanto mais quanto 
mais escuras eram. Ficou assim provado que as cores mais claras absorvem 
menos calor do Sol e são, portanto, mais próprias para as regiões 
ensolaradas. 
 Nos países em que o inverno é muito frio, as casas, igrejas e edifícios 
públicos são, algumas vezes, aquecidos por calor radiante. Canos que 
transportam água são embutidos no chão ou nas paredes e no teto e 
fornecem o calor (Fig. 13). Canos de cobre são postos no chão e encobertos 
P á g i n a | 1 7 
 
com cercade 5 cm de concreto. Água quente, a cerca de 500C, passa pelos 
canos. O chão é aquecido por condução e irradia energia, que é absorvida 
pelos móveis e pelas pessoas na sala. Este método de aquecimento é de fácil 
controle, limpo e pode dar conforto quando faz frio. 
 
 
Fig. 13 - Calor radiante - Canos de cobre postos no concreto conduzem água quente que 
irradia energia que é absorvida no aposento e produz calor. 
 
 As superfícies que absorvem facilmente o calor também o perdem, ou emitem 
facilmente. Bons absorventes são bons emissores. As chaleiras devem ser 
bem polidas para irradiar pouco, o fundo não deve ser liso, mas, de 
preferência negro, para absorver facilmente. 
 
 Em agosto de 1932 um cientista suíço, Auguste Piccard, subiu a uma altura 
de 19 quilômetros sobre a Terra numa gôndola esférica presa a um enorme 
balão. Ele queria regular a temperatura na esfera; para isso ele pintou metade 
de sua superfície externa com tinta preta e a outra metade com tinta de 
alumínio. Se a gôndola ficasse muito fria, Piccard voltaria o lado enegrecido 
da esfera para o Sol, de modo que os raios de calor fossem facilmente 
absorvidos; se a gôndola ficasse muito quente ele voltaria para o Sol o lado 
P á g i n a | 1 8 
 
pintado com alumínio, de modo que este absorvesse pouca radiação, 
enquanto o lado enegrecido irradiasse facilmente o calor. Seu plano falhou 
porque o mecanismo destinado a girar a gôndola não funcionou durante a 
ascensão. A temperatura na gôndola subiu a 450 ºC. Piccard e seus 
companheiros tiveram um tempo quente na gôndola. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
P á g i n a | 1 9 
 
3- TROCADOR DE CALOR 
 
3.1- CONCEITO 
 A operação de troca térmica é efetuada em equipamentos denominados 
genericamente de trocadores de calor. São dispositivos que efetuam a troca 
térmica entre dois fluidos, usualmente separada por uma parede sólida, 
através dos mecanismos de condução e convecção. 
 Dentre os principais tipos de trocadores de calor em termos de 
geometria destacam-se: 
 
i. Duplo tubo; 
ii. Casco e tubo; 
iii. Placas; 
iv. Outros: Trocadores compactos, resfriadores de ar, variações do casco e 
tubo... 
 
3.1.i- TROCADOR DUPLO TUBO 
 
 O trocador duplo tubo (Fig. 14) é composto por dois tubos concêntricos, 
geralmente com trechos retos e com conexões apropriadas nas extremidades 
de cada tubo para dirigir os fluidos de uma seção reta para outra. Este 
conjunto em forma de U é denominado grampo, o que permite conectar 
vários tubos em série. Neste tipo de trocador, um fluido escoa pelo tubo 
interno e outro, pelo espaço anular, a troca de calor ocorre através da 
parede do tubo interno. 
 
 
 
Figura 14 – Trocador duplo tubo. 
 
 
 As principais vantagens são: facilidade de construção e de montagem, 
ampliação de área, facilidade de manutenção e de acesso para limpeza. 
P á g i n a | 2 0 
 
3.1.ii - TROCADOR DE CALOR CASCO E TUBO 
 
 O trocador de calor casco e tubo (Fig. 14) é composto por um casco 
cilíndrico, contendo um conjunto de tubos, colocados paralelamente ao eixo 
longitudinal do casco. Os tubos são presos, em suas extremidades a placas 
perfuradas denominadas espelhos e a cada furo corresponde a um tubo do 
feixe. Os espelhos são presos de alguma forma ao casco. Os tubos que 
Compõe o feixe atravessam varias placas perfuradas, as chicanas, que 
Servem para direcionar o fluido que escoa por fora dos tubos e também para 
suportar os tubos. No trocador um dos fluidos escoará pelo interior dos tubos 
e outro por fora dos tubos. 
 
 A área de troca pode ser disposta de várias maneiras, por exemplo, pode-se 
ter um equipamento com tubos longos e com determinado diâmetro de casco 
ou com a mesma área construir outro trocador com tubos curtos. Relações 
de custo que é mais conveniente e mais econômico construir trocadores 
longos com diâmetros de casco e de tubos menores. 
 
 
 
Figura 15 – Trocador de calor casco e tubo. 
 
 
 A distribuição dos tubos é padronizada e o número de tubos que é possível 
alocar em um determinado diâmetro, depende do diâmetro externo do tubo, 
da distância e arranjo dos tubos que compõe o feixe e do numero de 
passagens no lado do tubo. 
 O espaçamento entre as chicanas é padronizado. A redução no seu 
espaçamento tende a elevar o coeficiente de troca de calor do lado do casco, 
entretanto, tende a aumentar também a perda de carga o que pode 
sobrecarregar o sistema de movimentação do fluido. Diferentes tipos de 
chicanas fazem com que o escoamento seja aproximadamente perpendicular 
aos tubos ou paralelo a eles. 
P á g i n a | 2 1 
 
 
3.1.iii - TROCADOR DE CALOR DE PLACAS 
 
 
 O trocador de placas (Fig.15) consiste de um suporte, onde placas 
independentes de metal, sustentadas por barras, são presas por compressão, 
entre uma extremidade móvel e outra fixa. Entre placas adjacentes formam-se 
canais por onde os fluidos escoam. 
 
 
 
Figura 16 - Trocador de calor de placas 
 
 
 Os trocadores de placa foram introduzidos em 1930 na indústria de 
alimentos em razão da facilidade de limpeza. As placas são feitas por 
prensagem e apresentam na superfície corrugações, as quais fornecem 
mais resistência à placa e causam maior turbulência aos fluidos em 
escoamento. Sempre surgem comparações entre os trocadores casco e 
tubo. 
 
 O trocador de placas será viável somente se: 
- A pressão de operação for menor que 30 bar; 
- As temperaturas forem inferiores a 180oC (juntas normais) ou 260oC 
(juntas de amianto); 
- Houver vácuo não muito elevado; 
- Houver volumes moderados de gases e vapores; 
 
 
P á g i n a | 2 2 
 
 
 As vantagens destes equipamentos são: 
- Facilidade de acesso a superfície de troca, substituição de placas e 
facilidade de limpeza; 
- Flexibilidade de alteração da área de troca térmica; 
- Fornece grandes áreas de troca ocupando pouco espaço; 
- Pode operar com mais de dois fluidos; 
- Apresenta elevados coeficientes de transferência de calor; 
- Incrustação reduzida em função da turbulência, ocasionando menos 
paradas para limpeza; 
- Baixo custo inicial; 
- Não é necessário isolamento; 
- Mesmo que a vedação falhe não ocorre à mistura das correntes; 
- Possibilidade de respostas rápidas em função do pequeno volume de 
fluido retido no trocador. 
 
3.1.iv - TROCADOR DE CALOR COMPACTO 
 
 São equipamentos que apresentam alta razão entre área de 
transferência de calor e volume do trocador. São exemplos deste tipo 
de trocador os trocadores de placa e espiral, trocadores com tubos 
aletados, resfriadores a ar e variações do trocador casco e tubo. 
 
3.2- APLICAÇÕES DE TROCADORES DE CALOR 
 
 Os trocadores de calor desempenham papel importante nas diversas áreas do 
conhecimento e pesquisa científica e aplicações tecnológicas. 
 Na indústria são usados para aquecer ou resfriar fluidos para usos diversos. 
São encontrados sob a forma de torres de refrigeração, caldeiras, 
condensadores, evaporadores, leito fluidizado, recuperadores... 
 Dispositivos de conforto ambiental e conservação de alimentos, como 
condicionadores de ar, aquecedores de água domésticos e frigoríficos se 
baseiam fundamentalmente em trocadores de calor. 
 A produção de bebidas destiladas utiliza esta tecnologia; alambiques, por 
exemplo. A comercialização de outras, idem; chopeiras, por exemplo. 
P á g i n a | 2 3 
 
 A manutenção da temperatura adequada ao funcionamento dos motores de 
automóveis é conseguida através de radiadores. 
 Podemos imaginar uma infinidade de aplicações para este dispositivo; a 
transferência otimizada e a conservação de energia sob a forma de calor é 
um desafio constante; trocadores de calor mais eficientes e baratos uma 
necessidade. 
 Não poderíamos deixar de lembrar que a facilidade demanutenção é uma 
condicionante do projeto, já que deverá ser executada periodicamente para 
garantir a eficiência do trocador; incrustações aumentam a resistência 
térmica, diminuem a taxa de troca de calor, portanto devem ser retiradas. 
 
3.3- EXEMPLOS DE TROCADORES DE CALOR 
 
 
 
 
 
 
 
 Figura 17 - Duplo tubo 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Figura 18- Casco e tubo 
P á g i n a | 2 4 
 
 
 
 
 
 
 
 Figura 19 - Placas 
 
3.3.1- TROCADORES COMPACTOS 
 
 Figura 20 - Radiador 
 
 
 
 
 
 
 Figura 21 – Ar - condicionado 
P á g i n a | 2 5 
 
 
4- CONCLUSÃO 
 
A conclusão de transferência de calor é que a energia térmica está em trânsito, ou 
seja, está em constante movimentação e transferência entre os corpos do universo. 
No entanto, para que ocorra transferência de calor entre dois corpos é necessário 
que ambos possuam diferentes temperaturas, pois dessa forma, o calor irá fluir 
sempre do corpo de maior temperatura para o corpo de menor temperatura. 
A conclusão de trocadores de calor e que devido às muitas variáveis envolvidas, a 
seleção ótima de um trocador de calor é desafiante. Cálculos manuais são possíveis, 
mas muitas interações são tipicamente necessárias. Assim, trocadores de calor são 
mais freqüentemente selecionados através de programas de computador, que por 
projetistas de sistemas, que são tipicamente engenheiros, ou pelos fornecedores de 
equipamentos. De maneira a selecionar um trocador de calor apropriado, os 
projetistas de sistemas (ou fornecedores dos equipamentos) em primeiro lugar 
consideram as limitações de projeto para cada tipo de trocador de calor. 
A escolha do trocador de calor correto requer algum conhecimento de diferentes 
tipos de trocadores de calor, assim como o ambiente no qual a unidade irá operar. 
Tipicamente na indústria de manufatura, diversos tipos diferentes de trocadores de 
calor são usados para apenas um processo ou sistema para obter-se o produto final. 
 
 
 
 
 
 
 
P á g i n a | 2 6 
 
6- BIBLIOGRAFIA 
 
Cabano Engenharia - Consultoria, Projeto, assessoria, consultoria, e estudo em 
sistemas de ar condicionado, ventilação, salas limpas e refrigeração. Belém – PA, 
Dez.2003. Disponível em http://www.cabano.com.br/trocadores_de_calor.htm 
Acesso em: 31 nov.2010. 
 
Carlos Bertulani. Ensino de Física à distância. UFRJ, Rio de Janeiro, 2006. 
Disponível em http://www.if.ufrj.br/teaching/fis2/calor/conducao.html 
Acesso em: 31 nov.2010. 
 
Costa Araújo, E. C. Trocadores de Calor. EdUFSCar, Rio de Janeiro, 2002. 
Disponível em 
http://www.enq.ufsc.br/muller/operacoes_unitarias_a/Trocadores_de_calor_2.pdf 
Acesso em: 31 nov.2010. 
 
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