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1- ANÁLISE GRAVIMÉTRICA DO CALCÁRIO 2 – INTRODUÇÃO A análise gravimétrica baseia-se na transformação do componente a determinar num material de composição bem definida, isto é, o constituinte a dosear é separado dos outros constituintes da amostra, seguindo um processo conveniente e tratamento adequado (seco e/ou calcinado) sendo depois determinada a massa do constituinte que se encontra sob a forma de uma substância de composição fixa e conhecida. Técnicas usadas em gravimetria têm como objetivo determinar macroconstituintes da amostra, por pesagem direta deste elemento puro ou de um derivado com composição conhecida e bem definida. Vantagens da análise gravimétrica: As operações unitárias utilizadas são de fácil execução e boa reprodutibilidade; Usa-se equipamentos simples e de baixo custo; É um método muito utilizado na determinação de macroconstituintes da amostra (faixa de porcentagem); Desvantagens da análise gravimétrica: O tempo necessário para execução da análise, geralmente, é longo; O grande nº de operações necessárias pode levar a uma série de erros acumulativos; Os erros podem ser devidos a falhas de execução ou erros devidos a elementos interferentes existentes na amostra original; Esse método analítico não pode ser utilizado para determinar microconstituintes da amostra (faixa de (g/mL ou (g/mL) devido à falta de sensibilidade do método. As etapas sucessivas ou operações unitárias que compõem a análise gravimétrica são: Preparação da solução - A quantidade de substância utilizada numa análise química é de cerca de 1 g, todavia, deve-se tomar os cuidados e precauções necessárias para que essa pequena quantidade represente fielmente o material cuja composição se quer determinar. Precipitação - Para início da análise gravimétrica é necessário que o elemento desejado esteja em solução. Prepara-se, portanto, uma solução conveniente através de um tratamento químico escolhido de acordo com a natureza da amostra a ser analisada. Digestão - É o tempo em que o precipitado, após ter sido formado, permanece em contacto com a água-mãe. A digestão é o processo destinado à obtenção de um precipitado constituído de partículas grandes, o mais puro possível, e de fácil filtração. Filtração - É a separação do precipitado do meio em que se processou sua formação. A maneira como é feita a filtração dependerá do tratamento a que o precipitado será submetido na secagem ou calcinação, conforme o caso. Lavagem - Após a filtração do precipitado, deve-se submetê-lo a um processo de lavagem para remover parte da água-mãe que nele ficou retida e eliminar as impurezas solúveis e não voláteis. Secagem ou Calcinação - Após a filtração e a lavagem, o precipitado deve ser secado ou calcinado para depois ser pesado. Pesagem Cálculos 3 - OBJETIVOS A análise em gravimetria tem como objetivo aplicar técnicas de Química Analítica, para a partir da base teórica e experimental, aplicarmos no dia-a-dia da atuação de um profissional da Engenharia Química. Na prática gravimétrica do calcário, podemos descobrir o percentual constituinte da amostra fornecida, utilizando a base teórica da análise. As características gravimétricas do calcário são: Umidade; Resíduo Insolúvel; Determinação do ferro e alumínio; Determinação de cálcio; Determinação de magnésio 4 – PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL Foi seguido conforme a ficha do experimento “Análise Gravimétrica do Calcário” fornecida em laboratório pelo professor da disciplina. 5 – RESULTADOS E DISCUSSÃO UMIDADE Iremos agora determinar a porcentagem de umidade presente na amostra de calcário fornecida. Para isso tal amostra foi deixada na estufa a 100oC por uma hora, e após, novamente pesada: Os pesos obtidos foram: Cadinho: 10,4818g Calcário: 1,0511g Massa do conjunto após aquecimento: 11,5312g .1 CÁLCULOS A massa de umidade será igual a queda na quantidade de massa da amostra: Temos então a porcentagem de umidade: Resultando em 0,1627% de umidade. O resultado está abaixo do esperado, pois a amostra não permaneceu na estufa até atingir uma massa constante. PERDA AO FOGO Sabemos que está análise não corresponderá apenas a perda ao rubro, mas também a umidade que possa ter restado da determinação anterior. Para este experimento, utilizaremos como massa inicial a restante do anterior, sendo ela igual a 1,0494 g. A partir dela determinaremos a quantidade de massa perdida ao aquecermos a amostra a temperaturas superiores a 900oC. Após esse aquecimento a massa restante foi de 0,7111g. 5.2.1 REAÇÃO A perda ocorrerá devido a seguinte reação proveniente do aquecimento: Esse CO2 volatilizado que será responsável pela redução de massa. 5.2.2 CÁLCULOS A massa de CO2 e possível umidade perdida é: Temos que a porcentagem é: 5.3 RESÍDUO INSOLÚVEL + SÍLICA Foram pesados um cadinho e certa quantidade de calcário, transferido para tal cadinho, onde se adicionou água e HCl concentrado, ocorrendo precipitação, que foi filtrado, lavado e termicamente tratado, foi novamente pesado, os pesos foram os seguintes: Os pesos obtidos foram: Cadinho: 10,4818g Calcário: 1,0511g Massa do conjunto após aquecimento: 11,5312g 5.3.1 FINALIDADE DAS SOLUÇÕES Esta fase é regida pelas seguintes reaçõe: Os resíduos insolúveis são indicados por RI, os íons Ca2+, Mg2+, K+, Fe2+, Al3+ que estão presente na forma de cloreto, devido a formação de gotículas de água, carregadas pelo CO2, num vidro de relógio sobre o béquer supomos tal decomposição do ácido carbônico. O filtrado foi devolvido ao cadinho. 5.3.3 REAÇÃO DE CALCINAÇÃO A reação de calcinação ocorre devido ao aquecimento do material na estufa a 1000oC. Como a massa de cinzas é desprezível, e os demais compostos volatilizam, exceto os resíduos insolúveis e do SiO2 a quem será atribuído a valor da massa. 5.3.4 CÁLCULOS O precipitado resultante possui a seguinte massa: E seu percentual é representado por: Referente aos resíduos insolúveis e SiO2. 5.4 DETERMINAÇÃO DE R2O3 (óxidos de ferro, alumínio, manganês e fósforo) A solução utilizada determinação 5.3 será aproveitada para a determinação dos demais óxidos, para isso pesamos um cadinho sem e depois com o precipitado, sendo elas: Massa do cadinho: 10,8632 Massa do cadinho + precipitado: 10,8813g O restante da solução aquosa foi transferida para um balão volumétrico de 500mL que foi completado com água. 5.4.1 FINALIDADE DAS SOLUÇÕES HNO3: reduzir o Fe2+ a Fe3+ para que ocorra a formação de apenas um tipo de hidróxido de ferro. NH4OH: utilizado como agente precipitante do hidróxido de ferro e hidróxido de alumínio. NH4NO3: é útil para a lavagem pois o precipitado requerido é insolúvel no mesmo. . 5.4.2 REAÇÃO DE OXIDAÇÃO Sendo evidenciada com a mudança de coloração do meio. 5.4.3 REAÇÃO DE PRECIPITAÇÃO A reação que provoca a precipitação é a seguinte, desconsiderando a precipitação de hidróxidos de manganês e fósforo, pois suas quantidades são desprezíveis: 5.4.4 REAÇÃO DE CALCINAÇÃO Nesta etapa a calcinação é dada pela seguinte reação, restando apenas óxido para contribuírem com a massa: 5.4.5 CÁLCULOS O precipitado resultante possui a seguinte massa: E seu percentual é representado por: Referente aos óxidos de alumínio e ferro. 5.5 DETERMINAÇÃO DO CÁLCIO Do balão volumétrico preparado na determinação 5.4 com 500mL foi retirado dez por cento. Novamente um cadinho pesado, e pesado novamente após a calcinação do precipitado: Massa do cadinho: 10,3146g Massa do cadinho e precipitado: 10,3758g 5.5.1 FINALIDADE DAS SOLUÇÕES HCl: Acidifica a solução para formar íons de cálcio e magnésio. Oxalato de amônio: agente precipitante do cálcio a oxalato de cálcio,quando adicionado a quente aumenta o tamanho dos cristais devido a diminuição da supersaturação relativa, o hidróxido de amônio tem o mesmo objetivo. 5.5.2 REAÇÃO DE PRECIPITAÇÃO A precipitação é dada por: 5.5.3 REAÇÃO DE CALCINAÇÃO É dada por varias etapas: A partir de 4200C: A partir de 6600C: 5.5.4 CÁLCULOS O precipitado resultante possui a seguinte massa: E seu percentual é representado por: Referente aos óxidos de cálcio. 5.6 DETERMINAÇÃO DO MAGNÉSIO Utilizou-se da mesma solução que a determinação anterior. Pesou-se um novo cadinho duas vezes, antes e depois com o precipitado calcinado: Massa do cadinho: 9,7015g Massa do cadinho após calcinação: 9,7100g 5.6.1 FINALIDADE DAS SOLUÇÕES Ácido clorídrico: coloca qualquer magnésio restante na forma de cloreto e neutraliza o meio. Hidrogeno fosfato de amônio: agente precipitante do magnésio. Hidróxido de amônio: volta a tornar o meio básico para favorecer a precipitação do magnésio, devido a lentidão desta precipitação, o sistema foi deixado em repouso durante uma semana. 5.6.2 REAÇÃO DE PRECIPITAÇÃO Ocorreu a seguinte precipitação: 5.6.3 REAÇÃO DE CALCINAÇÃO A reação de calcinação é seguinte: Sobrando certa quantidade de difosfato de magnésio. 5.6.4 CÁLCULOS A massa de difosfato de magnésio é dada por: Novamente só temos 10% do total que deveria ser 0,0850g. Sendo o peso molecular do difosfato de magnésio é 222,51 é do óxido de magnésio é 40,304, determinamos o fator gravimétrico: Portanto, temos a massa de óxido de magnésio: E seu percentual: 5.7 SOMATÓRIO DOS RESULTADOS DAS DETERMINAÇÕES Abaixo estão indicados os resultados individuais e seu somatório: Análise % Umidade 0,1627 Perda ao Rubro 32,24 RI + Sílica 9,32 R2O3 1,57 CaO 52,98 MgO 2,68 Total 98,95 6- CONCLUSÕES O somatório das porcentagens deu 98,95, entretanto, era o esperado para dar 100%. Mas, ínfimos podem ter sido proveniente de uma reprecipitação que não foi feita, da retirada parcial da umidade, da amostra estar contaminada pelo tempo da análise. O resultado está totalmente esperado, estando com ótimos valores! 7- DADOS BIBLIOGRÁFICOS VOGEL, A. I. Análise Química Quantitativa. 6ª ed. Rio de Janeiro:LTC, 2002. BACAN, N., ANDRADE, J. C., GODINHO, O.E.S, BARONE, J.S. Química Analítica Quantitativa Elementar. 3a ed. São Paulo:Edgard Blücher, 2001. HARRIS, D.C. Análise Química Quantitativa. 5aed. Rio de Janeiro:LTC,2001. Análise gravimétrica. In Infopédia [Em linha]. Porto: Porto Editora, 2003-2008. [Consult. 2008-05-18]. Disponível na www: <URL: http://www.infopedia.pt/$analise-gravimetrica>. Universidade Federal de Pernambuco Centro de Tecnologia e Geociências Departamento de Engenharia Química 1ª PRÁTICA ANÁLISE GRAVIMÉTRICA DO CALCÁRIO ALUNO: Iury Sousa e Silva DISCIPLINA: Química Analítica RECIFE, 19 DE MAIO DE 2008 � EMBED Equation.3 ��� _1272655846.unknown _1272663188.unknown _1272664233.unknown _1272665798.unknown _1272666834.unknown _1272666938.unknown _1272667004.unknown _1272666622.unknown _1272665715.unknown _1272663739.unknown _1272664231.unknown _1272663395.unknown _1272659445.unknown _1272659744.unknown _1272662947.unknown _1272659617.unknown _1272658495.unknown _1272658922.unknown _1272659341.unknown _1272656339.unknown _1272651040.unknown _1272654529.unknown _1272654665.unknown _1272651170.unknown _1272649338.unknown _1272650756.unknown _1272649070.unknown
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