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1 DISCIPLINA: METODOLOGIA CIENTÍFICA Prof. EVANDRO ABREU FIGUEIREDO FILHO 2 ESTRUTURA DA DISCIPLINA Prezado estudante, Seja bem-vindo (a) ao estudo da disciplina Metodologia Científica, uma disciplina indispensável para um melhor desenvolvimento acadêmico com vistas ao sucesso profissional e à busca incessante pela pesquisa científica. Sou o prof. Evandro Abreu Figueiredo Filho e preparei todo esse material para você. A Metodologia tem como escopo contribuir para a construção do conhecimento em sua formação acadêmica, ao oportunizar aos indivíduos uma base completa para a construção de trabalhos acadêmicos, como: resenhas, fichamentos, relatórios, artigos científicos, monografias, dentre outros, fundamentais para o crescimento cognitivo, científico e crítico dos sujeitos. Ao longo do conteúdo, que será estudado, você se defrontará com conhecimentos sobre os “TIPOS DE CONHECIMENTO E SEUS ASPECTOS CONCEITUAIS”, a “PESQUISA CIENTÍFICA: METODOLOGIA, MÉTODOS E TÉCNICAS DE PESQUISA”, a “PESQUISA CIENTÍFICA” e a “ELABORAÇÃO DE PROJETO DE PESQUISA” Nesse cenário, para que a ciência comece a ser produzida, alguns aspectos devem ser levados em consideração. O primeiro passo para a pesquisa são as observações de fenômenos, ou seja, a partir de tais observações, a pesquisa começa a “ganhar corpo”, pois nasce, naquele momento, o objeto do estudo; após esse primeiro passo, surgem as inquietações, isto é, elementos que motivam o pesquisador a construir o trabalho. A partir daí, o tema é escolhido, o problema (questionamento que norteará toda a pesquisa) será construído e as hipóteses testadas. Após esses passos, o cientista deverá escolher as referências bibliográficas, ou seja, selecionar os autores que o ajudarão na elaboração do estudo, além de outras sequências que farão com que a pesquisa seja de qualidade e deixe contributos tanto para a ciência quanto para a sociedade. Sendo assim, você, estudante, tem um papel fundamental no processo de aprendizagem da Metodologia Científica, pois, sem dúvida, com esse aprendizado, melhorará o seu entendimento com relação a muitos aspectos discutidos na sociedade; tal fato trará, como consequência, uma maior aquisição de conhecimentos e isso será tratado de maneira pragmática, pois os sujeitos terão um contato mais próximo com assuntos variados e estarão aptos para discuti-los em qualquer situação. 3 Para ter sucesso na disciplina, aproveite todas as orientações de estudo apresentadas neste material. Realize as leituras obrigatórias, pois além de conterem o conhecimento necessário para o curso e para sua carreira, fazem parte das atividades de estudo. Lembre-se, também, de ler os materiais complementares, os quais irão auxiliá-lo no aprofundamento dos conteúdos. HABILIDADES E COMPETÊNCIAS O ensino superior é a preparação para a vida profissional e acadêmica; por isso, nesta disciplina, você deverá: Competências: Fazer escolhas éticas e responsabilizar-se por suas consequências. Planejar e elaborar projetos de ação e intervenção a partir da análise de necessidades, de forma coerente, em contextos diversos. DINÂMICA DE ESTUDOS Prezado (a) Aluno (a), Neste material de estudos, você encontrará todas as orientações e indicações para o desenvolvimento da sua formação na disciplina de Metodologia Científica. Em cada unidade do material, você terá que realizar as leituras indicadas, pois, além de serem a base para as atividades dos fóruns e das avaliações, também serão o alicerce do conhecimento para o curso. Para encontrar os livros, indicados neste Material Didático, você, caro estudante, deve 4 acessar o site do Grupo Ceuma e, em seguida, acessar a minha biblioteca; assim, copie o link e cole na barra de ferramentas. Além desse material, é fundamental que você participe dos fóruns da disciplina. Com relação à realização da Avaliação On-line, da Avaliação Regimental e da Avaliação Substitutiva, estas serão feitas de acordo com as datas previstas em seu Calendário Acadêmico. Sendo assim, esta disciplina está estruturada em 04 unidades no Material Didático. Nesse cenário, observe que este percurso formativo vai orientar o seu estudo e você precisará de dedicação a fim de cumprir o que está sendo proposto. É importante que você separe algumas horas da sua semana para a realização dos estudos e conte sempre com o professor da disciplina para o esclarecimento das suas dúvidas pedagógicas e com a equipe acadêmica para as demais informações ou orientações. Desejo um excelente aprendizado a todos! Bons Estudos! 5 UNIDADE I – TIPOS DE CONHECIMENTO E SEUS ASPECTOS CONCEITUAIS OBJTEIVOS Os objetivos dessa Unidade são: Conhecer os tipos de conhecimento e seus conceitos; Entender os princípios da ciência; Compreender a classificação e a função da ciência. FORMAÇÃO TEÓRICA A ciência, conforme afirma Ander- Egg (1993), é o conjunto de conhecimentos racionais, certos ou prováveis, obtidos metodicamente, sistematizados e verificáveis, que fazem referência a objetos da mesma natureza. É também um conjunto organizado dos conhecimentos disponíveis pela humanidade. Nesse cenário, a ciência é o maior patrimônio da humanidade; tal patrimônio foi obtido, ao longo da evolução, numa trabalhosa conquista através do constante aperfeiçoamento do pensamento. Assim, com o aumento do conhecimento acumulado, fez-se necessária a ordenação ou a classificação da ciência; nessas circunstâncias, criou-se a taxionomia ou teoria da classificação que determina o objeto de cada área do conhecimento científico. Nesse ambiente, Aristóteles distinguiu 3 (três) grupos: ciências teóricas (Física, Matemática e Metafísica); ciências práticas (Lógica e Moral) e ciências produtivas (Arte e Técnica). 6 André-Marie Ampère, por sua vez, classificou a ciência em: ciências cosmológicas (cosmológica e fisiológicas) que estudavam a natureza; e as ciências noológicas (noológicas e sociais) que se referiam ao raciocínio e às relações dos seres humanos em sociedade. Na contemporaneidade, a tendência é definir várias áreas de conhecimento e englobar múltiplas disciplinas em cada uma delas. Nesse cenário, temos as ciências exatas (matemática, física, química); as ciências biológicas (estudo dos seres vivos – botânica, zoologia, genética, dentre outras); as ciências geológicas e geográficas (estudos dos fenômenos ligados à terra; as médicas; e as sociais (economia, sociologia etc). Nesse sentido, para Chaui (1997, p. 260), a classificação de ciência usada hoje é: •Ciências Matemáticas ou Lógico-matemáticas: Aritmética, Geografia, Álgebra, Trigonometria, Lógica, Física pura, Astronomia pura. •Ciências Naturais: Física, Química, Biologia, Geologia, Astronomia, Geografia Física, Paleontologia. •Ciências Humanas ou Sociais: Psicologia, Sociologia, Antropologia, Geografia Humana, Economia, Linguística, Psicanálise, Arqueologia, História. •Ciências Aplicadas: Direito, Engenharia, Medicina, Arquitetura, Informática. Essas ciências subdividem-se em ramos específicos, com novas delimitações de objeto e de método de investigação. Por exemplo: a Biologia pode subdividir-se em: Botânica, Zoologia, Fisiologia, Genética; a Sociologia pode subdividir-se em: Sociologia da Educação, Sociologia Ambiental, Sociologia da Administração, Sociologia da Arte, Sociologia do Conhecimento etc. Qualquer que seja a sua classificação, a ciência sempre trabalha para o bem-estar da sociedade, procura, a todo custo, trazer benefícios para a população e esta por sua vez está sempre desejosa por adquirir qualidade de vida, e isso perpassa pelos estudos, métodos, acertos ou até mesmo desacertos por parte de pesquisadores, cientistas que, incessantemente, trabalham em prol de uma coletividade. Assim sendo,jamais deve-se desqualificar ou minimizar o papel de protagonismo exercido pelos cientistas e os contributos deixados por eles. Lembre-se de que um país que não valoriza a ciência e 7 não se preocupa com a qualidade da educação jamais chegará ao topo, ou seja, dificilmente atingirá índices de desenvolvimento. A ciência também possui algumas funções, assim tem-se: produzir explicações naturais precisas de como a natureza funciona, quais os seus elementos e de como o universo chegou ao que é agora; outra função é a construção do conhecimento e da compreensão, independente das suas potenciais aplicações, isto é, resolver um problema ou desenvolver uma tecnologia. Portanto, todos os conhecimentos construídos pela ciência podem ser questionados e corrigidos, pois não existem verdades absolutas, mas relativas; nenhuma ideia atrelada à ciência está provada para sempre, ela pode ser modificada. Baseado em tudo o que já vimos até agora, é importante a percepção sobre os tipos de conhecimento existentes. Estes podem ser divididos em: conhecimento popular, conhecimento, filosófico, conhecimento religioso e conhecimento científico. Entretanto, faz-se mister o entendimento do que seja conhecer. Conhecer é uma relação que se estabelece entre o sujeito que conhece e o objeto ou fenômeno-alvo da pesquisa. Os povos da antiguidade faziam “o conhecer” mediante a catalogação de observações feitas. Nesse cenário, o conhecimento, isto é, aquilo que se sabe sobre um objeto, representa uma dualidade: de um lado o sujeito cognoscente (que pode conhecer) e do outro o objeto a ser conhecido. Conhecimento popular O conhecimento popular é valorativo por excelência, pois se fundamenta numa seleção operada com base em estados de ânimo e emoções: como o conhecimento implica uma dualidade de realidades, isto é, de um lado o sujeito cognoscente e, de outro, o objeto conhecido, e este é possuído, de certa forma, pelo cognoscente, os valores do sujeito impregnam o objeto conhecido. É 8 também reflexivo, mas, estando limitado pela familiaridade com o objeto, não pode ser reduzido a uma formulação geral. A característica de assistemático baseia-se na organização particular das experiências próprias do sujeito cognoscente, e não em uma sistematização das ideias, na procura de uma formulação geral que explique os fenômenos observados, aspecto que dificulta a transmissão, de pessoa a pessoa, desse modo de conhecer. É verificável, visto que está limitado ao âmbito da vida diária e diz respeito ao que se pode perceber no dia a dia. Finalmente, é falível e inexato, pois se conforma com a aparência e com o que se ouviu dizer a respeito do objeto. Em outras palavras, não permite a formulação de hipóteses sobre a existência de fenômenos situados além das percepções objetivas. Conhecimento filosófico O conhecimento filosófico é valorativo, pois seu ponto de partida consiste em hipóteses, que não poderão ser submetidas à observação: “as hipóteses filosóficas baseiam-se na experiência, portanto, este conhecimento emerge da experiência e não da experimentação” (TRUJILLO FERRARI, 1974, p. 12); por esse motivo, o conhecimento filosófico é não verificável, já que os enunciados das hipóteses filosóficas, ao contrário do que ocorre no campo da ciência, não podem ser confirmados nem refutados. É racional, em virtude de consistir num conjunto de enunciados logicamente correlacionados. Tem a característica de sistemático, pois suas hipóteses e enunciados visam a uma representação coerente da realidade estudada, numa tentativa de apreendê-la em sua totalidade. Por último, é infalível e exato, visto que, quer na busca da realidade capaz de abranger todas as outras, quer na definição do instrumento capaz de apreender a realidade, seus postulados, assim como suas hipóteses, não são submetidos ao decisivo teste da observação (experimentação). Portanto, o conhecimento filosófico é caracterizado pelo esforço da razão pura para questionar os problemas humanos e poder discernir entre o certo e o errado, unicamente recorrendo às luzes da própria razão humana. O conhecimento científico abrange fatos concretos, positivos, e fenômenos perceptíveis pelos sentidos, através do emprego de instrumentos, técnicas e recursos de observação. Já o objeto de análise da filosofia são ideias, relações conceptuais, exigências lógicas que não são redutíveis a 9 realidades materiais e, por essa razão, não são passíveis de observação sensorial direta ou indireta (por instrumentos), como a que é exigida pela ciência experimental. O método por excelência da ciência é o experimental: ela caminha apoiada nos fatos reais e concretos, afirmando somente aquilo que é autorizado pela experimentação. Ao contrário, a filosofia emprega “o método racional, no qual prevalece o processo dedutivo, que antecede a experiência, e não exige confirmação experimental, mas somente coerência lógica” (RUIZ, 1979, p. 110). O procedimento científico leva a circunscrever, delimitar, fragmentar e analisar o que se constitui o objeto da pesquisa, atingindo segmentos da realidade, ao passo que a filosofia encontra- se sempre à procura do que é mais geral, interessando-se pela formulação de uma concepção unificada e unificante do universo. Para tanto, procura responder às grandes indagações do espírito humano e, até, busca leis universais que englobem e harmonizem as conclusões da ciência. Conhecimento religioso O conhecimento religioso, isto é, teológico, apoia-se em doutrinas que contêm proposições sagradas (valorativas), por terem sido reveladas pelo sobrenatural (inspiracional). Por esse motivo, tais verdades são consideradas infalíveis e indiscutíveis (exatas). É um conhecimento sistemático do mundo (origem, significado, finalidade e destino) como obra de um criador divino; suas evidências não são verificáveis: nele está sempre implícita uma atitude de fé perante um conhecimento revelado. O conhecimento religioso ou teológico parte do princípio de que as verdades tratadas são infalíveis e indiscutíveis, por consistirem em revelações da divindade (sobrenatural). A adesão das pessoas passa a ser um ato de fé, pois a visão sistemática do mundo é interpretada como decorrente do ato de um criador divino, cujas evidências não são postas em dúvida nem sequer verificáveis. A postura dos teólogos e cientistas diante da teoria da evolução das espécies, particularmente do Homem, demonstra as abordagens diversas: de um lado, as posições dos teólogos fundamentam- se nos ensinamentos de textos sagrados; de outro, os cientistas buscam, em suas pesquisas, fatos concretos capazes de comprovar (ou refutar) suas hipóteses. Na realidade, vai-se mais longe. Se o fundamento do conhecimento científico consiste na evidência dos fatos observados e experimentalmente controlados, e o do conhecimento filosófico e de seus enunciados, na evidência 1 0 lógica, fazendo com que em ambos os modos de conhecer deve a evidência resultar da pesquisa dos fatos ou da análise dos conteúdos dos enunciados, no caso do conhecimento teológico o fiel não se detém nelas à procura de evidência, pois a toma da causa primeira, ou seja, da revelação divina. Conhecimento científico Finalmente, o conhecimento científico é real (factual), porque lida com ocorrências ou fatos, isto é, com toda “forma de existência que se manifesta de algum modo” (TRUJILLO FERRARI, 1974, p. 14). Constitui um conhecimento contingente, pois suas proposições ou hipóteses têm sua veracidade ou falsidade conhecida através da experiência e não apenas por meio da razão, como ocorre no conhecimento filosófico. É sistemático, visto que se trata de um saber ordenado logicamente, formando um sistema de ideias (teoria) e não conhecimentos dispersos e desconexos. Possui a característica da verificabilidade, a tal ponto que as afirmações(hipóteses) que não podem ser comprovadas não pertencem ao âmbito da ciência. Constitui-se em conhecimento falível, em virtude de não ser definitivo, absoluto ou final e, por isso, é aproximadamente exato: novas proposições e o desenvolvimento de técnicas podem reformular o acervo de teoria existente. Apesar da separação metodológica entre os tipos de conhecimento popular, filosófico, religioso e científico, no processo de apreensão da realidade do objeto o sujeito cognoscente pode penetrar nas diversas áreas: ao estudar o homem, por exemplo, pode tirar uma série de conclusões sobre sua atuação na sociedade, com base no senso comum ou na experiência cotidiana; pode analisá-lo como um ser biológico, verificando, através de investigação experimental, as relações existentes entre determinados órgãos e suas funções; pode questioná-lo quanto à sua origem e destino, assim como quanto à sua liberdade; finalmente, pode observá-lo como ser criado pela divindade, à sua imagem e semelhança, e meditar sobre o que dele dizem os textos sagrados. Essas formas de conhecimento podem coexistir na mesma pessoa: um cientista, voltado, por exemplo, ao estudo da física, pode ser crente praticante de determinada religião, estar filiado a um sistema filosófico e, em muitos aspectos de sua vida cotidiana, agir segundo conhecimentos provenientes do senso comum. 1 1 A respeito desse tema, assista ao vídeo “ Os tipos de conhecimento”. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=d1Ur7y6_J2Q Clique aqui https://www.youtube.com/watch?v=QA0PD7eu4yE e: veja, também, o vídeo “O que é ciência? Leia o Capítulo 3 de MARCONI, Marina de Andrade; LAKATOS, Eva Maria. Fundamentos de Metodologia Científica. 8. ed. São Paulo: Atlas, 2017. Link do livro: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788597010770/cfi/6/10!/4/2@0:0 https://www.youtube.com/watch?v=_Inxi5DXI5k https://www.youtube.com/watch?v=d1Ur7y6_J2Q https://www.youtube.com/watch?v=_Inxi5DXI5k https://www.youtube.com/watch?v=_Inxi5DXI5k https://www.youtube.com/watch?v=_Inxi5DXI5k https://www.youtube.com/watch?v=_Inxi5DXI5k https://www.youtube.com/watch?v=QA0PD7eu4yE https://www.youtube.com/watch?v=0us8Oq7TeUg https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788597003505/cfi/6/18!/4@0:0 https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788597003505/cfi/6/18!/4@0:0 https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788597010770/cfi/6/10!/4/2@0:0 1 2 UNIDADE II – PESQUISA CIENTÍFICA: METODOLOGIA, MÉTODOS E TÉCNICAS DE PESQUISA OBJETIVOS Os objetivos dessa Unidade são: Conhecer os tipos de pesquisa existentes; Compreender as fases da pesquisa; Perceber o processo de construção de um projeto de pesquisa. FORMAÇÃO TEÓRICA A metodologia é um conjunto de abordagens, técnicas e processos utilizados pela ciência para formular e resolver problemas de aquisição objetiva do conhecimento, de uma maneira sistemática. “Ela é muito mais do que algumas regras de como fazer uma pesquisa, pois auxilia a refletir e propicia um “novo” olhar sobre o mundo: um olhar científico, curioso, indagador e criativo” (MIRIAN GOLDENBERG). Assim sendo, enquanto na lógica formal recorre-se à abstração da matéria, procurando-se fazer com que o pensamento concorde consigo mesmo, a lógica aplicada aborda o problema de se pôr o pensamento de acordo com o objeto; para tanto, indica o processo a ser seguido, ou seja, o caminho a ser percorrido, tendo em vista o objetivo a ser atingido, que é a verdade; nessa perspectiva, a metodologia é este conjunto de processos que etimologicamente tem o significado de caminho para se chegar a um fim. Nesse contexto, a preocupação em descobrir e explicar a natureza vem desde os primórdios da humanidade, quando as duas principais questões referiam-se às forças da natureza, a cuja mercê viviam os homens, e à morte. O conhecimento mítico voltou-se à explicação desses fenômenos, 1 3 atribuindo-os a entidades de caráter sobrenatural. A verdade era impregnada de noções supra- humanas e a explicação fundamentava-se em motivações humanas, atribuídas a forças e potências sobrenaturais. À medida que o conhecimento religioso se voltou, também, para a explicação dos fenômenos da natureza e do caráter transcendental da morte, como fundamento de suas concepções, a verdade, tida como revelação da divindade, revestiu-se de caráter dogmático. Explicavam-se os acontecimentos através de causas primeiras – os deuses –, e o acesso dos homens ao conhecimento derivava da inspiração divina. O caráter sagrado das leis, da verdade, do conhecimento, como explicações sobre o homem e o universo, determina uma aceitação não crítica de tudo o que acontece, deslocando o foco das atenções para a explicação da natureza da divindade. O conhecimento filosófico, por seu lado, volta-se para a investigação racional na tentativa de captar a essência imutável do real, através da compreensão da forma e das leis da natureza. O senso comum, aliado à explicação religiosa e ao conhecimento filosófico, orientou as preocupações do homem com o universo. Somente no século XVI é que se iniciou uma linha de pensamento que propunha encontrar um conhecimento da realidade embasado em maiores garantias. Não se buscam mais as causas absolutas ou a natureza íntima das coisas; ao contrário, procura-se compreender as relações entre elas, assim como a explicação dos acontecimentos, através da observação científica aliada ao raciocínio. Com o passar do tempo, muitas modificações foram introduzidas nos métodos existentes, inclusive surgiram outros novos. Para tal, consideramos, como Bunge (1980), que o método científico é a teoria da investigação. Esta alcança seus objetivos, de forma científica, quando cumpre ou se propõe cumprir as variadas etapas da pesquisa (MARCONI; LAKATOS, 2017). Assim, tem-se, a seguir, os principais métodos científicos: Método indutivo – é aquele em que se utiliza a indução, processo mental em que, partindo-se de dados particulares, devidamente constatados, pode-se inferir uma verdade geral ou universal não contida nas partes examinadas. Exemplo 1: 1 4 O corvo 1 é negro. O corvo 2 é negro. O corvo 3 é negro. O corvo n é negro. _________________ (Todo) corvo é negro. Método indutivo Exemplo 2: Cobre conduz energia. Zinco conduz energia. Cobalto conduz energia. Ora, cobre, zinco e cobalto são metais. ____________________ Logo, (todo) metal conduz energia. O método indutivo realiza-se em três etapas: 1. Observação dos fenômenos. 2. Descoberta da relação entre eles. 1 5 3. Generalização da relação. Exemplo: Observo que Pedro, José, João, etc. são mortais; verifico a relação entre ser homem e ser mortal; generalizo dizendo que todos os homens são mortais. Método dedutivo – a racionalização e a combinação de ideias em sentido interpretativo possuem mais valor que a experimentação caso a caso, ou seja, utiliza-se a dedução, raciocínio que caminha do geral para o particular. Possui como característica: - Argumentos Condicionais. - Dois argumentos condicionais válidos: “afirmação do antecedente” e “negação do consequente”. - Afirmação do antecedente: Se p, então q.Ora, p. Então, q. Se José (P) tirar nota inferior a 5, (Q)será reprovado. – José tirou nota inferior a 5. (P) – José será reprovado. (Q) Se uma criança for frustrada em seus esforços para conseguir algo (P), então (Q) reagirá através da agressão. – Ora, esta criança sofreu frustração (P) . – Então, reagirá com agressão. (Q) Negação do consequente: Se p, então q. Ora, não-q. Então, não-p. Se a água ferver (P), então a temperatura alcança 100°C. (Q) – A temperatura não alcançou 100°C. (NÃO –Q) – Então a água não ferverá. (NÃO – P) 1 6 Se José for bem nos exames (P), então tinha conhecimento das matérias. (Q) – Ora, José não tinha nenhum conhecimento das matérias. (NÃO –Q) – Então, José não foi bem nos exames. (NÃO – P) Método de experimentação É um conjunto de procedimentos que se estabelecem para verificar as hipóteses. Ela sempre se realiza em situação de laboratório, ou seja, controlando-se as circunstâncias e variáveis capazes de interferir na relação causa/efeito estudada. Método dialético – junção das abordagens indutivas e dedutivas. A PESQUISA Com relação à pesquisa, vale destacar os conceitos, os seus tipos e as suas fases, indispensáveis para a organização dos trabalhos acadêmicos. Assim, a pesquisa é a busca de solução a um problema que alguém queira saber a resposta; é o caminho para se chegar à ciência, ao conhecimento. Portanto, pesquisar significa, de forma bem simples, procurar respostas para indagações propostas. Nesse sentido, existem vários tipos de pesquisa: Quanto à natureza: • Pesquisa Básica: objetiva gerar conhecimentos novos úteis para o avanço da ciência sem aplicação prática prevista. Envolve verdades e interesses universais. • Pesquisa Aplicada: objetiva gerar conhecimentos para aplicação prática, dirigida à solução de problemas específicos. Envolve verdades e interesses locais. 1 7 Quanto à abordagem do problema: • Pesquisa Qualitativa: • A interpretação dos fenômenos e a atribuição de significados. • É descritiva. • Os pesquisadores tendem a analisar seus dados indutivamente. • O processo e seu significado são os focos principais de abordagem. LIDA COM FENÔMENOS • Pesquisa Quantitativa: • Considera o que pode ser quantificável. • Traduzir em números opiniões e informações para classificá-las e analisá-las. • Requer o uso de recursos e de técnicas estatísticas. LIDA COM FATOS Quanto aos seus objetivos: • Pesquisa Exploratória: objetiva a maior familiaridade com o problema, tornando-o explícito, ou à construção de hipóteses. • Pesquisa Descritiva: visa descrever as características de determinada população ou fenômeno, ou o estabelecimento de relações entre variáveis. • Pesquisa Explicativa: visa identificar os fatores que determinam ou contribuem para a ocorrência dos fenômenos. Aprofunda o conhecimento da realidade porque explica a razão, o porquê das coisas. Quanto aos procedimentos técnicos: • Pesquisa Bibliográfica • Pesquisa Documental • Pesquisa Experimental 1 8 • Levantamento Pesquisa Bibliográfica: Constitui-se numa preciosa fonte de informações, com dados já organizados e analisados e ideias prontas. Livros, publicações periódicas (jornais, revistas etc.), gravações de áudio e vídeo, websites, relatórios de simpósios/seminários, anais de Congressos etc. Observar diretamente. Levantamento ou estudo de caso. Pesquisa Documental: São as fontes de informação bibliográfica que ainda não receberam organização, tratamento analítico e publicação (tabelas estatísticas, relatórios de empresas, documentos informativos arquivados em repartições públicas, associações, igrejas, hospitais, sindicatos, fotografias, obras originais de qualquer natureza, correspondência pessoal ou comercial etc.). Pesquisa Experimental: Faz-se experiência, ou seja, um fato/fenômeno/processo da realidade é produzido com o objetivo de descobrir os fatores que os produzem ou que por eles sejam produzidos. 1 - Escolhe-se o objeto de estudo (fato/fenômeno), 2 - seleciona-se as variáveis (fatores naturais ou artificiais que possam provocar variações no padrão observado do fato) e 3 - escolhe-se os instrumentos (maneiras de controlar e observar os efeitos por amostragem, quase sempre impossível de ser totalmente contemplado). Levantamento: 1 9 Levantar informações a respeito dos dados que se deseja obter perguntando diretamente a um grupo de interesse. Desenvolve –se em três etapas: 1 – selecionar uma amostra significativa; 2 – aplicar questionários ou formulários, ou entrevistar diretamente os indivíduos; 3 – os dados são então tabulados e analisados quantitativamente, com o auxílio de cálculos estatísticos. FASES DA PESQUISA 1. Escolha do tema e elaboração do projeto da pesquisa; 2. Coleta de Material/Informações; 3. Seleção e organização do material coletado; 4. Redação final e divulgação. Escolha do tema O que vou pesquisar? Um aspecto ou uma área de interesse de um assunto que se deseja provar ou desenvolver; Assunto interessante para o pesquisador; Originalidade não é pré-requisito; Fontes de assuntos: vivência diária, questões polêmicas, reflexão, leituras, conversações, debates, discussões. Revisão de literatura Quem já pesquisou algo semelhante? Busca de trabalhos semelhantes ou idênticos; Pesquisas e publicações na área. 2 0 Justificativa Por que estudar esse tema? Vantagens e benefícios que a pesquisa irá proporcionar; Importância pessoal, cultural, científica e social; Deve ser convincente. Formulação do problema Que respostas estou disposto a responder? Definir claramente o problema; Delimitá-lo em termos de tempo e espaço. Determinação de objetivos O que pretendo alcançar com a pesquisa? Objetivo geral – qual o propósito da pesquisa? Objetivos específicos – abertura do objetivo geral em outros menores (possíveis capítulos). Referencial teórico Envolve a montagem do quadro referencial teórico, de abordagem clássica ou atual, ligado diretamente ao problema de pesquisa, que o aluno utilizará para obter subsídios, visando definir, com mais clareza, os diversos aspectos a serem objeto de levantamento de campo. É a construção de uma base conceitual organizada e sistematizada do conhecimento disponível pertinente a ser pesquisado. Buscam-se teorias, abordagens e estudos que permitam compreender o fenômeno de múltiplas perspectivas. O papel do pesquisador é de promover um diálogo entre diferentes autores. 2 1 Metodologia Como se procederá a pesquisa? Caminhos para se chegar aos objetivos propostos; Qual o tipo de pesquisa? Qual o universo da pesquisa? Será utilizada a amostragem? Quais os instrumentos de coleta de dados? Como foram construídos os instrumentos de pesquisa? Qual a forma que será usada para a tabulação de dados? Como interpretará e analisará os dados e informações? Explicitar a metodologia de pesquisas de campo ou de laboratório é bastante importante. Pesquisa bibliográfica – leitura como material primordial Indicar como pretende acessar suas fontes de consulta, fichá-las, lê-las e resumi-las, construir seu texto etc. Coleta de dados Como será o processo de coleta de dados? Como? Através de que meios? Por quem? Quando? Onde? Paciência. Tabulação dos dados Como organizar os dados obtidos? Recursos: índices, cálculos estatísticos, tabelas, quadros e gráficos. Análise e discussãodos resultados Como os dados coletados serão analisados? 2 2 Confirmar ou refutar hipótese anunciada. Conclusão da análise dos resultados Sintetizar os resultados obtidos; Evidenciar as conquistas alcançadas com o estudo; Indicar as limitações e as reconsiderações. Redação e apresentação do trabalho científico Redigir relatório de pesquisa: monografia, dissertação ou tese. Segundo normas preestabelecidas. . Acompanhe o vídeo “ O que é uma pesquisa quantitativa e qualitativa” ATRAVÉS DO LINK: https://www.youtube.com/watch?v=xfa7AdaJoQg . Assista também ao vídeo sobre “Projeto de pesquisa – etapas (fases)” ATRAVÉS DO LINK: https://www.youtube.com/watch?v=wkAb_EcW3Fg . Leia o capítulo 4 de MARCONI, Marina de Andrade; LAKATOS, Eva Maria. Fundamentos de Metodologia Científica. 8. ed. São Paulo: Atlas, 2017. (Sobre os tipos de Métodos da pesquisa). Link do livro: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788597010770/cfi/6/2!/4/2@0:0 https://www.youtube.com/watch?v=y4rJoH9dmfI https://www.youtube.com/watch?v=xfa7AdaJoQg https://www.youtube.com/watch?v=wkAb_EcW3Fg https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788597003505/cfi/6/18!/4@0:0 https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788597003505/cfi/6/18!/4@0:0 https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788597010770/cfi/6/2!/4/2@0:0 2 3 Leia, também, as páginas compreendidas entre 131 e 141, acerca dos tipos de pesquisa, do livro de LOZADA, Gisele; NUNES, Karina da Silva. Metodologia Científica. Porto Alegre: Sagah Educação, 2019. Link do livro: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788595029576/cfi/0!/4/2@100:0.00 https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788595029576/cfi/0!/4/2@100:0.00 2 4 Leia, ainda, o capítulo 7 sobre as fases da pesquisa do livro de SANTOS, João Almeida; PARRA FILHO, Domingos. Metodologia Científica. 2. Ed. São Paulo: Cengage Learning, 2011. Link do livro: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788522112661/cfi/0!/4/2@100:0.00 UNIDADE III – PESQUISA CIENTÍFICA OBJETIVOS Os objetivos desta Unidade são: Identificar os principais instrumentos de coleta de dados de uma pesquisa; Conhecer os tipos de trabalhos acadêmicos; Entender a construção de resenhas, resumos, fichamentos e demais trabalhos científicos. FORMAÇÃO TEÓRICA https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788522112661/cfi/0!/4/2@100:0.00 2 5 INSTRUMENTOS DE COLETAS DE DADOS Depois da formulação da hipótese, é chegada a hora de se preparar para começar o trabalho propriamente dito, ou seja, coletar os dados e levantar as informações de que precisamos para testar uma hipótese. Nesse contexto, várias são as formas de se coletar os dados, o pesquisador deve levar em conta o contexto e o objetivo da pesquisa. Em geral, as informações podem ser colhidas de fontes primárias ou de fontes secundárias, cada qual utiliza os seus próprios instrumentos. Além da escolha do instrumento, é preciso decidir se trabalharemos com perguntas abertas ou fechadas. Nesse cenário, temos alguns instrumentos de coletas de dados. Os principais são: Questionário – é o instrumento ideal quando se quer medir dados com mais precisão; nesse caso, o papel do pesquisador é formular as perguntas que serão respondidas, no papel, pelo participante. O pesquisador deve sempre orientar o participante a não escrever o seu nome, o anonimato pode deixá-lo confortável para revelar o que ele realmente acha sobre o assunto. Assim, o questionário também facilita a tabulação e a análise dos dados, além da objetividade na coleta, pois, ao contrário da entrevista, não exige uma participação ativa do pesquisador, o que ajuda a reduzir sua influência sobre os resultados. Entrevista – não é apenas um bate-papo, é uma conversa que tem por fito obter dados para a pesquisa. É muito utilizada em pesquisas ligadas às ciências sociais e humanas, como: a Linguística, a Sociologia, a Antropologia e a Psicologia. Ela serve para levantar informações que não encontramos em fontes bibliográficas, entretanto podemos obter nas conversas com as pessoas. Quando for preparar a entrevista, o pesquisador deve: 2 6 - Ter um objetivo claro; - Conhecer antecipadamente o entrevistado; - Marcar, com antecedência, o local e o horário da entrevista; - Escolher um entrevistado que domine o assunto a ser tratado etc. TIPOS DE TRABALHOS ACADÊMICOS E CIENTÍFICOS Há uma variedade enorme de trabalhos acadêmicos sendo produzidos. Cada texto possui suas particularidades com o intuito de atender às demandas propostas pelas universidades e faculdades que trabalham com uma gama infinita de cursos nas várias áreas de conhecimento. Nessa perspectiva, os principais trabalhos são: RESENHA Não deixa de ser uma condensação do texto, mas também há a análise interpretativa do texto lido. É um resumo crítico, deve existir uma apreciação crítica sobre a obra. Como fazer a resenha? Primeiramente deve-se resumir o conteúdo e depois fazer a transição para a crítica, seguindo o esquema: a) introdução b) desenvolvimento c) conclusão d) crítica (quando for feita à parte) A resenha é muito utilizada em jornais e revistas. A resenha é um tipo de trabalho que necessita que se tenha domínio do assunto abordado. Somente o conhecimento profundo permitirá estabelecer comparações e fornecerá a maturidade intelectual necessária para a emissão de qualquer julgamento de valor, ou seja, dizer se concorda ou discorda das considerações apresentadas pela obra e texto a ser resenhado. Muito utilizado nos meios 2 7 acadêmicos, esse recurso pode ser utilizado para relatar qualquer acontecimento da realidade: um filme, uma peça teatral, um evento esportivo, etc. além de livros (inteiros ou em partes) e textos diversos. Ao elaborar uma resenha é preciso ter um objetivo, ou seja, sua intenção pode ser, por exemplo, fazer publicidade ou adquirir conhecimento sobre o objeto. A partir desse objetivo, deve-se determinar os pontos relevantes, informar seu custo de produção, mas é imprescindível destacar os dados referentes ao autor da obra. A resenha é, portanto, um texto que apresenta informações selecionadas e resumidas sobre o conteúdo de outro texto, trazendo, além das informações, comentários e avaliações do resenhista. Ex. “[...] É sensacional! Méritos para o estreante, roteirista e diretor Sylvain Chomet, que criou um universo charmoso e criativo, no qual opta por espelhar-se no cinema mudo apresentando uma mistura de raros diálogos, canções e movimentos. Além da simples história que exibe uma trama cativante e envolvente, o encanto certamente está no gráfico em 2D, devido aos divertidos traços caricaturados das feições humanas e dos ambientes com cores leves. [...]” (MORGAN, Ricardo. As Bicicletas de BelleVille. In: MACHADO, Ana Rachel; LOUSADA, Eliane; ABREU-TARDELLI9, Lilia Santos. Resenha. São Paulo: Parábola Editorial, 2004. P.17) Esse fragmento foi extraído da resenha de um filme. Note que os termos sensacional, charmoso, criativo, simples etc. representam a opinião do resenhista. Ele procurou – e conseguiu: mostrar as informações de forma resumida, mostrar as informações mais relevantes e posicionar-se criticamente em relação ao objeto resenhado. A resenha pode ser redigida de forma clara, a partir de conhecimento profundo e detalhado e: • em linguagem dissertativa, embora objetiva, acrescentando todas as impressões pessoais que o texto suscitar; • Usando todos os adjetivos, advérbios e outros complementos que sejam necessários à expressão do seu pensamento e considerações; • Se necessário, repetir frases inteiras do texto original, mencionando adequadamentea fonte; • Usar a ordem que melhor atenda aos objetivos e destinatários a que a resenha se destine. 2 8 FICHAMENTO Uma das principais dificuldades encontradas por pesquisadores e alunos consiste em não saber o que fazer com os textos acadêmicos para desenvolver os trabalhos extraclasse. Um procedimento simples e que resolve grande parte dessas dificuldades reside na confecção e organização de fichamentos. Assim, estes são um recurso de armazenagem de informações, imprescindível, na elaboração de trabalhos acadêmicos e monografias. Nesse contexto, depois de se fazer um bom fichamento de um texto, ou livro, não há a necessidade de se recorrer ao original, só quando houver a precisão de rever, ou reconstruir conceitos; assim, você ganhará tempo. Nesse cenário, o processo de confecção dos fichamentos proporciona uma compreensão maior e melhor do conteúdo estudado, pois é uma forma de investigação que se caracteriza pelo ato de registrar todo o material necessário à compreensão de um texto ou tema. Para isso, é preciso usar fichas que facilitam a documentação e preparam a execução do trabalho. Não só, mas é também uma forma de estudar / assimilar criticamente os melhores texto / temas de sua formação acadêmico-profissional. Nessas circunstâncias, o fichamento constitui um valioso recurso de estudo; a prática contínua da confecção de fichamentos proporciona ao pesquisador a capacidade de alterar o seu ponto de vista e julgamento quando precisar escrever sobre determinado assunto. Um fichário do conteúdo (TEMA) escolhido possibilita não só a prática de uma redação eficaz, como também o enriquecimento cultural. Um Fichamento completo deve apresentar os seguintes dados: 1. Indicação bibliográfica – mostrando a fonte da leitura. 2. Resumo – sintetizando o conteúdo da obra. Trabalho que se baseia no esquema (na introdução, pode fazer uma pequena apresentação histórica ou ilustrativa). 2 9 3. Citações – apresentando as transcrições significativas da obra. 4. Comentários – expressando a compreensão crítica do texto, baseando-se ou não em outros autores e outras obras. 5. Ideação – colocando em destaque as novas ideias que surgiram durante a leitura reflexiva. MODELO DE FICHAMENTO ________________________________________________________ Indicação bibliográfica (conforme as normas da ABNT) ________________________________________________________ 1ª parte: apresentação objetiva das ideias do autor 1 – Resumo (baseado no esquema) 2 – Pequenas citações (entre aspas e páginas) ________________________________________________________ 2ª parte: elaboração pessoal sobre a leitura 1 – Comentários (parecer e crítica) 2 – Ideação (novas perspectivas) ________________________________________________________ TIPOS DE FICHAMENTO 1. Bibliográfico (catalogação bibliográfica) 2. Citação (transcrição) 3. Resumo (de conteúdo) 4. Opinião (de comentário ou analítico) 3 0 FICHAMENTO DE CITAÇÃO (transcrição) É o tipo de fichamento que vai ser composto de citações do próprio autor da obra lida. É a transcrição literal do texto. Após leitura sistemática da obra, o pesquisador sublinha frases, parágrafos, partes que expressam a ideia principal do autor. Partes estas que podem ser transcritas no seu trabalho de pesquisa (artigo, monografia, ensaio...). FICHAMENTO CRÍTICO (de comentário ou analítico) É neste tipo de ficha que o pesquisador vai além de descrever o conteúdo da obra lida, ele interpreta, incluindo uma crítica pessoal às ideias expressas pelo autor da obra. O fichamento crítico é a base, juntamente com o de resumo, para a construção de resenhas. Lakatos e Marconi (2003) afirmam que o fichamento crítico pode apresentar um comentário sobre a forma pela qual o autor desenvolve seu trabalho no que se refere aos aspectos metodológicos. Desse modo, o fichamento crítico: - É uma análise crítica do conteúdo, tomando com referencial a própria obra; - É uma interpretação de um texto obscuro para torná-lo mais claro; - É a comparação da obra com outros trabalhos sobre o mesmo tema; - É a explicitação da importância da obra para o estudo em pauta. - É a elaboração pessoal sobre a leitura, e deve conter: 1. Comentários (parecer e crítica) 2. Ideação (novas perspectivas) RESUMO 3 1 É a condensação de conteúdo, sem análise crítica ou interpretação. Deve ter o mesmo vocabulário do autor e seguir a mesma ordem do texto. O resumo deve ter: a) brevidade b) clareza c) fidelidade Segundo a Associação Brasileira de Normas Técnicas) Resumo é a “apresentação concisa das ideias de um texto” - Norma NBR 6028. É um tipo de redação informativo-referencial que se ocupa de reduzir um texto a suas ideias principais. Em princípio, o resumo é uma paráfrase e pode-se dizer que dele não devem fazer parte comentários; ele engloba duas fases: a compreensão do texto e a elaboração de um novo. A compreensão implica análise do texto e checagem das informações colhidas com aquilo que já se conhece. RESUMO é uma apresentação sintética e seletiva das ideias de um texto, ressaltando a progressão e a articulação delas. Nele devem aparecer as principais ideias do autor do texto. Nessas circunstâncias, o RESUMO é um texto, portanto deve ser Uno, Coerente, Coeso: • UNIDADE: Interligação entre suas partes, que deverão convergir para um direcionamento único. • COERÊNCIA: As ideias apresentadas devem ser coerentes e não contraditórias. • COESÃO: Os elementos da frase devem estabelecer os nexos entre as partes do texto. Artigo / artigo científico – “texto com autoria declarada, que apresenta e discute ideias, métodos, técnicas, processos e resultados nas diversas áreas do conhecimento.” (ABNT, NBR 6022:1994, p.1) Monografia – Trabalho que descreve um estudo minucioso de um tema relativamente restrito. Sua principal característica não é a extensão, mas a dissertação completa de um determinado tema em 3 2 que o(a) autor(a), de posse de conhecimentos fundamentais, deve apresentar uma contribuição relevante, original e pessoal à ciência. Veja o vídeo “Tipos de trabalhos acadêmicos e tipos de TCC”, disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=sL48ovMqRi0 . Assista ao vídeo “Como fazer um fichamento?”, disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=WFnIGdgcff8 . Leia o capítulo 11 de MARCONI, Marina de Andrade; LAKATOS, Eva Maria. Fundamentos de Metodologia Científica. 8. ed. São Paulo: Atlas, 2017. (Sobre os tipos de trabalhos científicos). Link do livro: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788597010770/cfi/6/2!/4/2/4@0:0.0795 Leia, também, as páginas compreendidas entre 171 e 211 acerca dos instrumentos de coleta de dados do livro de LOZADA, Gisele; NUNES, Karina da Silva. Metodologia Científica. Porto Alegre: Sagah Educação, 2019. https://www.youtube.com/watch?v=sL48ovMqRi0 https://www.youtube.com/watch?v=WFnIGdgcff8 https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788597003505/cfi/6/18!/4@0:0 https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788597003505/cfi/6/18!/4@0:0 https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788597010770/cfi/6/2!/4/2/4@0:0.0795 3 3 Link do livro: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788595029576/cfi/170!/4/2@100:0.00 UNIDADE IV – ELABORAÇÃO DE PROJETO DE PESQUISA OBJETIVOS Os objetivos dessa Unidade são: Conhecer os elementos pré-textuais, textuais e pós-textuais de um trabalho acadêmico; Entender as regras preestabelecidas pela ABNT. FORMAÇÃO TEÓRICA Agora que vimos, nas unidades anteriores, os conceitos de ciência, de metodologia, de pesquisa, os tipos de conhecimento, os tipos de pesquisa, as fases da pesquisacientífica, dentre outros assuntos, https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788595029576/cfi/170!/4/2@100:0.00 3 4 é interessante que possamos entender as normas preestabelecidas pela ABNT -Associação Brasileira de Normas Técnicas – para a normalização dos trabalhos acadêmicos. Começaremos a falar sobre as citações. CITAÇÕES São Informações retiradas de outras fontes mencionadas no texto para complementar as ideias do autor da pesquisa, embasando o assunto abordado, dando respaldo à sua interpretação. Sempre que o pensamento de um autor for mencionado é necessário colocar seu sobrenome e ano da obra no momento da citação, em respeito aos direitos autorais. A referência completa da obra citada também deve constar nas referências. As chamadas pelo sobrenome do autor devem vir em letras maiúsculas, quando optar por colocar dentro do parênteses, e minúsculas, quando optar por colocar fora do parênteses. As citações são usadas para: Dar credibilidade ao trabalho científico; Fornecer informações sobre os trabalhos desenvolvidos na área pesquisada; Comparar pontos de vista, sejam semelhantes ou divergentes, sobre o assunto ou o objeto da pesquisa. Tipos de citação • CITAÇÃO DIRETA. • CITAÇÃO INDIRETA. • CITAÇÃO DE CITAÇÃO. CITAÇÕES DIRETAS 3 5 São transcrições literais de um texto ou parte dele, ou seja, quando um texto citado for transcrito fielmente obedecendo às características originais quanto à redação, ortografia e pontuação. As citações diretas podem ser transcritas de duas formas: • Com até três linhas • Com mais de três linhas Citação direta com até 3 linhas São apresentadas dentro do texto destacadas entre aspas duplas. Por se tratar de uma citação direta, a indicação da paginação é obrigatória. Exemplo: “Camélias são flores lindas – tão perfeitas, algumas brancas, outras vermelhas” (ALVES, 2003, p. 58). Segundo Alves (2003, p. 58), “Camélias são flores lindas – tão perfeitas, algumas brancas, outras vermelhas”. Citação direta com mais de 3 linhas Devem obedecer ao recuo de quatro centímetros da margem esquerda, sem aspas, com fonte menor que a do texto e espacejamento simples entre linhas. Exemplo: Há quatro instituições básicas que não podem ser esquecidas, quando se pretende entender o que foi o século XIX, e suas conseqüência para o século imediatamente posterior. Dessas instituições duas são de natureza econômica e duas de natureza política (MOTTA, 1986, p. 49). Citações indiretas (Paráfrase) Trata-se de um texto baseado em uma obra consultada. Nas citações indiretas, reproduz-se fielmente as ideias contidas no texto consultado, embora seja escrito com outras palavras. Não dispensa a indicação de autoria.( Fonte 12, espaço 1,5 sem aspas, autor e ano. 3 6 Exemplo: Segundo Alves (2003), os poetas são criaturas que aprendem a brincar com as palavras e delas fazer belas frases. CITAÇÃO DE CITAÇÃO (APUD) É a menção de parte de um texto do qual não se teve acesso ao documento original e se tomou conhecimento através de uma outra fonte. Para apresentar a “citação de citação”, utiliza-se a palavra em latim “apud”, que significa: citado por; conforme; segundo. Apud deve ser utilizada, ratificando, quando não há a possibilidade de acesso ao documento original. Cabe registrar que deve se evitar o uso dela. No texto, a palavra “apud” deve estar sempre em itálico. Veja como citar: (MORGAN, 1999, apud SENGE, 2012, p. 25) ou Morgan (1999, apud SENGE, 2012, p. 25) explica que .... Referências Outro elemento essencial para a produção de trabalhos acadêmicos são as referências. De acordo com a NBR 6023, referência é um “Conjunto padronizado de elementos descritivos, retirados de um documento, que permite sua identificação individual” (NBR 6023, 2002, item 3.9). É a lista que contém todas as obras citadas no Referencial Teórico, dispostas em ordem alfabética, conforme as instruções contidas na NBR 6023:2002. Tais instruções buscam melhorar formalmente a organização dos documentos, facilitando a busca e a recuperação de informações e a comunicação no âmbito acadêmico. Exemplos: 1º - Livros com um autor SOBRENOME(S) DO AUTOR, PRENOME(S) (INICIAIS). Título da obra: subtítulo. Edição. Local de publicação (Cidade): Editora, ano de publicação. Paginação total da obra. KON, A. Economia de Serviços: teoria e evolução no Brasil. Rio de Janeiro: Elsevier, 2004. 433p. 3 7 2- Com Indicação de Dois ou Três Autores SOBRENOME(S) DO PRIMEIRO AUTOR, PRENOME(S) (INICIAIS); SOBRENOME(S) DO SEGUNDO AUTOR, PRENOME(S) (INICIAIS); SOBRENOME(S) DO TERCEIRO AUTOR, PRENOME(S) (INICIAIS). Título da obra: subtítulo. Edição. Local de publicação (Cidade): Editora, ano de publicação. Paginação total da obra. PINDYCK, R. S.; RUBINFELD, D. L. Microeconomia. 7ª edição. São Paulo: Pearson, 2010. 647p. 3º - Com Indicação de Mais de Três Autores SOBRENOME(S) DO(S) AUTOR(ES), PRENOME (INICIAIS) et al. Título da obra: subtítulo. Edição. Local de publicação (Cidade): Editora, ano de publicação. Paginação total da obra. Observação: Cita-se no Referencial Teórico o primeiro autor seguido da expressão et al. MELO, H. P. et al. O Setor Serviços no Brasil: uma visão global – 1985/95. Texto para Discussão nº 549, IPEA, Rio de Janeiro, 1998. 36p. 4º - Autoria corporativa (Instituição) AUTOR ENTIDADE POR EXTENSO EM MAIÚSCULAS. Título da obra: subtítulo. Edição. Local de publicação (Cidade): Editora, ano de publicação. Paginação total da obra. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Censo Demográfico 2010 – Cachoeira, Bahia. Rio de Janeiro: 2011. Disponível em: <http://www.ibge.gov.br/cidadesat/topwindow.htm?>. Acesso em 04 fev. 12. 5º - Nomes com Sufixos (Júnior, Neto, Filho etc.). SOBRENOME(S) DO(S) AUTOR(ES) INCLUINDO SUFIXO, PRENOME(S) (INICIAIS). Título da obra: subtítulo. Edição. Local de publicação (Cidade): Editora, ano de publicação. Paginação total da obra. BACELAR FILHO, J. A. Esboço sócio histórico da cidade de Cachoeira. Fundação do Patrimônio Artístico Cultural. Salvador, 1975. 18 p. mimeografado. 3 8 6º - Capítulo de Livro Com Autoria Distinta da Obra no Todo SOBRENOME(S) DO(S) AUTOR(ES) DA PARTE REFERENCIADA, PRENOME(S) (INICIAIS). Título da parte referenciada: subtítulo da parte. In: SOBRENOME(S) DO(S) AUTOR(ES), PRENOME(S) (INICIAIS). Título da publicação: subtítulo. Edição. Local de publicação (Cidade): Editora, ano de publicação. Capítulo (quando houver numeração), páginas (inicial e final do capítulo referenciado). TINOCO, M. A. C.; RIBEIRO, J. L. D.; ALONSO, M. G. C. Aplicação de técnicas de gestão de serviços para aprimoramento dos serviços internos de uma empresa. In: CARVALHO, M. M. et al. Gestão de Serviços: casos brasileiros. São Paulo: Atlas, 2013. cap. 8, p. 129-145. 7º - Teses, dissertações e monografias. SOBRENOME(S) DO(S) AUTOR(ES), PRENOME(S) (INICIAIS). Título da tese: subtítulo. Ano de depósito. Folhas ou páginas*. Forma (Grau e Área) – Unidade onde foi defendida, Local de defesa (Cidade), ano de defesa (mencionada na folha de aprovação, se houver). • para as dissertações impressas frente e verso usar páginas. OLIVEIRA, L.C.S. Reflexos da Implantação da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB) na economia de serviços do município de Cachoeira. 2012. 152 f. Dissertação (Mestrado em Políticas Públicas, Gestão do Conhecimento e Desenvolvimento Regional) – Universidade do Estado da Bahia, Salvador, 2012. 8º - Artigos de periódicos em meio eletrônico SOBRENOME(S) DO(S) AUTOR(ES), PRENOME(S) (INICIAIS). Título do artigo: subtítulo. Título do periódico abreviado, Local de publicação (Cidade), volume, fascículo, paginação inicial e final do artigo, período e ano de publicação. Disponívelem: <endereço eletrônico>. Acesso em: dia, mês e ano. PEDRÃO, F. Novos e Velhos Elementos da Formação Social do Recôncavo da Bahia de Todos os Santos. Recôncavos: Revista do Centro de Artes, Humanidades e Letras, vol. 1 (1) 2007, p.08 – 22. Disponível em: <http://www.olhando.com.br/reconcavos/n01/pdf/pedrao.pdf>. Acesso em: 13 mai.10. 3 9 9º - Mesma Autoria da Obra em duas referências. A indicação do(s) autor(es) na obra do todo é representada por um traço de 6 toques sublineares, em substituição ao nome do(s) autor(es). MARX, K. O Capital. Vol. I, São Paulo: Nova Cultural, 1988. ______. O Capital. Vol. II, São Paulo: Nova Cultural, 1988. Leia o capítulo 21 sobre “Como redigir o projeto de pesquisa?” de GIL, Antônio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. 6.ed. São Paulo: Atlas, 2018. Link do livro: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788597012934/cfi/6/58!/4/2/4@0:0 Assista ao vídeo: Trabalhos acadêmicos (pré-textuais e pós-textuais). Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=Kq3ZmDZYAJc Assista ao vídeo: Como e quando utilizar apêndices e anexos? Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=7Ka1QqWT7Cc https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788597003505/cfi/6/18!/4@0:0 https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788597012934/cfi/6/58!/4/2/4@0:0 https://www.youtube.com/watch?v=Kq3ZmDZYAJc https://www.youtube.com/watch?v=7Ka1QqWT7Cc 4 0 Assista ao vídeo: Como fazer citação direta e indireta seguindo as normas da ABNT. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=KgOxdpAG-q8 https://www.youtube.com/watch?v=KgOxdpAG-q8 4 1 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BÁSICA MARCONI, Marina de Andrade; LAKATOS, Eva Maria. Fundamentos de Metodologia Científica. 8. ed. São Paulo: Atlas, 2017. https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788597010770/cfi/6/10!/4/2@0:0 LOZADA, Gisele; NUNES, Karina da Silva. Metodologia Científica. Porto Alegre: Sagah Educação, 2019. https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788595029576/cfi/0!/4/2@100:0.00 SANTOS, João Almeida; PARRA FILHO, Domingos. Metodologia Científica. 2. Ed. São Paulo: Cengage Learning, 2011. https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788522112661/cfi/0!/4/2@100:0.00 COMPLEMENTAR GIL, Antônio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. 6.ed. São Paulo: Atlas, 2018. https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788597012934/cfi/6/2!/4/2@0:0 NASCIMENTO, Luiz Paulo do. Elaboração de projetos de pesquisa: monografia, dissertação, tese e estudo de caso, com base em metodologia científica. São Paulo: Cengage Learning, 2012. https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788522126293/cfi/4!/4/4@0.00:6.89 GIL, Antônio Carlos. Metodologia do ensino superior. 5. Ed. São Paulo: Atlas, 2020. https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788597023954/cfi/6/10!/4/8/2@0:0 ANDRADE, Maria Margarida de. Introdução à metodologia do trabalho científico: elaboração de trabalhos na graduação. 10. Ed. São Paulo: Atlas, 2010. https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788522478392/cfi/3!/4/4@0.00:60.5 OUTROS AUTORES CONSULTADOS FACHIN, Odília. Fundamentos de metodologia: noções básicas em pesquisa científica. 6. Ed. São Paulo: Saraiva, 2017. https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788502636552/cfi/4!/4/4@0.00:0.00 DEMO, Pedro. Introdução à metodologia da ciência. São Paulo: Atlas, 2013. https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788522466030/cfi/3!/4/4@0.00:60.5 https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788597003505/cfi/6/18!/4@0:0 https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788597003505/cfi/6/18!/4@0:0 https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788597010770/cfi/6/10!/4/2@0:0 https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788595029576/cfi/0!/4/2@100:0.00 https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788522112661/cfi/0!/4/2@100:0.00 https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788597012934/cfi/6/2!/4/2@0:0 https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788522126293/cfi/4!/4/4@0.00:6.89 https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788597023954/cfi/6/10!/4/8/2@0:0 https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788522478392/cfi/3!/4/4@0.00:60.5 https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788502636552/cfi/4!/4/4@0.00:0.00 https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788522466030/cfi/3!/4/4@0.00:60.5 4 2 MARCONI, Marina de Andrade; LAKATOS, Eva Maria. Metodologia científica. 7. Ed. São Paulo: Atlas, 2017. https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788597011845/cfi/6/10!/4/2@0:0 AZEVEDO, Celicina Borges. Metodologia científica: ao alcance de todos. 3. Ed. Barueri, SP: Manole, 2013. https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788520450116/cfi/5!/4/4@0.00:0.00 https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788597011845/cfi/6/10!/4/2@0:0 https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788520450116/cfi/5!/4/4@0.00:0.00
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