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Roteiro de Aprendizagem EAD Metodologia científica 2021 - Semipresencial

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Prévia do material em texto

1
 
 
DISCIPLINA: METODOLOGIA 
CIENTÍFICA 
 
Prof. EVANDRO ABREU 
FIGUEIREDO FILHO 
 
 
 
 
2
 
ESTRUTURA DA DISCIPLINA 
 
Prezado estudante, 
Seja bem-vindo (a) ao estudo da disciplina Metodologia Científica, uma disciplina indispensável 
para um melhor desenvolvimento acadêmico com vistas ao sucesso profissional e à busca 
incessante pela pesquisa científica. Sou o prof. Evandro Abreu Figueiredo Filho e preparei todo esse 
material para você. 
A Metodologia tem como escopo contribuir para a construção do conhecimento em sua formação 
acadêmica, ao oportunizar aos indivíduos uma base completa para a construção de trabalhos 
acadêmicos, como: resenhas, fichamentos, relatórios, artigos científicos, monografias, dentre outros, 
fundamentais para o crescimento cognitivo, científico e crítico dos sujeitos. Ao longo do conteúdo, 
que será estudado, você se defrontará com conhecimentos sobre os “TIPOS DE 
CONHECIMENTO E SEUS ASPECTOS CONCEITUAIS”, a “PESQUISA CIENTÍFICA: 
METODOLOGIA, MÉTODOS E TÉCNICAS DE PESQUISA”, a “PESQUISA 
CIENTÍFICA” e a “ELABORAÇÃO DE PROJETO DE PESQUISA” 
Nesse cenário, para que a ciência comece a ser produzida, alguns aspectos devem ser levados em 
consideração. O primeiro passo para a pesquisa são as observações de fenômenos, ou seja, a partir 
de tais observações, a pesquisa começa a “ganhar corpo”, pois nasce, naquele momento, o objeto do 
estudo; após esse primeiro passo, surgem as inquietações, isto é, elementos que motivam o 
pesquisador a construir o trabalho. A partir daí, o tema é escolhido, o problema (questionamento 
que norteará toda a pesquisa) será construído e as hipóteses testadas. Após esses passos, o cientista 
deverá escolher as referências bibliográficas, ou seja, selecionar os autores que o ajudarão na 
elaboração do estudo, além de outras sequências que farão com que a pesquisa seja de qualidade e 
deixe contributos tanto para a ciência quanto para a sociedade. Sendo assim, você, estudante, tem 
um papel fundamental no processo de aprendizagem da Metodologia Científica, pois, sem dúvida, 
com esse aprendizado, melhorará o seu entendimento com relação a muitos aspectos discutidos na 
sociedade; tal fato trará, como consequência, uma maior aquisição de conhecimentos e isso será 
tratado de maneira pragmática, pois os sujeitos terão um contato mais próximo com assuntos 
variados e estarão aptos para discuti-los em qualquer situação. 
 
 
 
3
 
Para ter sucesso na disciplina, aproveite todas as orientações de estudo apresentadas neste material. 
Realize as leituras obrigatórias, pois além de conterem o conhecimento necessário para o curso e 
para sua carreira, fazem parte das atividades de estudo. Lembre-se, também, de ler os materiais 
complementares, os quais irão auxiliá-lo no aprofundamento dos conteúdos. 
 
 
HABILIDADES E COMPETÊNCIAS 
 
O ensino superior é a preparação para a vida profissional e acadêmica; por isso, nesta disciplina, 
você deverá: 
Competências: 
 Fazer escolhas éticas e responsabilizar-se por suas consequências. 
 Planejar e elaborar projetos de ação e intervenção a partir da análise de necessidades, de forma 
coerente, em contextos diversos. 
 
DINÂMICA DE ESTUDOS 
 
Prezado (a) Aluno (a), 
 
Neste material de estudos, você encontrará todas as orientações e indicações para o 
desenvolvimento da sua formação na disciplina de Metodologia Científica. 
Em cada unidade do material, você terá que realizar as leituras indicadas, pois, além de serem a 
base para as atividades dos fóruns e das avaliações, também serão o alicerce do conhecimento para 
o curso. Para encontrar os livros, indicados neste Material Didático, você, caro estudante, deve 
 
 
 
4
 
acessar o site do Grupo Ceuma e, em seguida, acessar a minha biblioteca; assim, copie o link e cole 
na barra de ferramentas. 
Além desse material, é fundamental que você participe dos fóruns da disciplina. Com relação à 
realização da Avaliação On-line, da Avaliação Regimental e da Avaliação Substitutiva, estas serão 
feitas de acordo com as datas previstas em seu Calendário Acadêmico. 
Sendo assim, esta disciplina está estruturada em 04 unidades no Material Didático. Nesse cenário, 
observe que este percurso formativo vai orientar o seu estudo e você precisará de dedicação a fim 
de cumprir o que está sendo proposto. É importante que você separe algumas horas da sua semana 
para a realização dos estudos e conte sempre com o professor da disciplina para o esclarecimento 
das suas dúvidas pedagógicas e com a equipe acadêmica para as demais informações ou 
orientações. 
Desejo um excelente aprendizado a todos! 
 
Bons Estudos! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5
 
UNIDADE I – TIPOS DE CONHECIMENTO E SEUS ASPECTOS 
CONCEITUAIS 
 
 OBJTEIVOS 
 
 Os objetivos dessa Unidade são: 
 Conhecer os tipos de conhecimento e seus conceitos; 
 Entender os princípios da ciência; 
 Compreender a classificação e a função da ciência. 
 
 FORMAÇÃO TEÓRICA 
 
 
 
A ciência, conforme afirma Ander- Egg (1993), é o conjunto de conhecimentos racionais, certos ou 
prováveis, obtidos metodicamente, sistematizados e verificáveis, que fazem referência a objetos da 
mesma natureza. É também um conjunto organizado dos conhecimentos disponíveis pela 
humanidade. Nesse cenário, a ciência é o maior patrimônio da humanidade; tal patrimônio foi 
obtido, ao longo da evolução, numa trabalhosa conquista através do constante aperfeiçoamento do 
pensamento. 
 
Assim, com o aumento do conhecimento acumulado, fez-se necessária a ordenação ou a 
classificação da ciência; nessas circunstâncias, criou-se a taxionomia ou teoria da classificação que 
determina o objeto de cada área do conhecimento científico. Nesse ambiente, Aristóteles distinguiu 
3 (três) grupos: ciências teóricas (Física, Matemática e Metafísica); ciências práticas (Lógica e 
Moral) e ciências produtivas (Arte e Técnica). 
 
 
 
 
6
 
André-Marie Ampère, por sua vez, classificou a ciência em: ciências cosmológicas (cosmológica e 
fisiológicas) que estudavam a natureza; e as ciências noológicas (noológicas e sociais) que se 
referiam ao raciocínio e às relações dos seres humanos em sociedade. 
 
Na contemporaneidade, a tendência é definir várias áreas de conhecimento e englobar múltiplas 
disciplinas em cada uma delas. Nesse cenário, temos as ciências exatas (matemática, física, 
química); as ciências biológicas (estudo dos seres vivos – botânica, zoologia, genética, dentre 
outras); as ciências geológicas e geográficas (estudos dos fenômenos ligados à terra; as médicas; e 
as sociais (economia, sociologia etc). Nesse sentido, para Chaui (1997, p. 260), a classificação de 
ciência usada hoje é: 
•Ciências Matemáticas ou Lógico-matemáticas: Aritmética, Geografia, Álgebra, Trigonometria, 
Lógica, Física pura, Astronomia pura. 
•Ciências Naturais: Física, Química, Biologia, Geologia, Astronomia, Geografia Física, 
Paleontologia. 
•Ciências Humanas ou Sociais: Psicologia, Sociologia, Antropologia, Geografia Humana, 
Economia, Linguística, Psicanálise, Arqueologia, História. 
•Ciências Aplicadas: Direito, Engenharia, Medicina, Arquitetura, Informática. 
 
Essas ciências subdividem-se em ramos específicos, com novas delimitações de objeto e de 
método de investigação. Por exemplo: a Biologia pode subdividir-se em: Botânica, Zoologia, 
Fisiologia, Genética; a Sociologia pode subdividir-se em: Sociologia da Educação, Sociologia 
Ambiental, Sociologia da Administração, Sociologia da Arte, Sociologia do Conhecimento etc. 
 
Qualquer que seja a sua classificação, a ciência sempre trabalha para o bem-estar da sociedade, 
procura, a todo custo, trazer benefícios para a população e esta por sua vez está sempre desejosa por 
adquirir qualidade de vida, e isso perpassa pelos estudos, métodos, acertos ou até mesmo desacertos 
por parte de pesquisadores, cientistas que, incessantemente, trabalham em prol de uma coletividade. 
Assim sendo,jamais deve-se desqualificar ou minimizar o papel de protagonismo exercido pelos 
cientistas e os contributos deixados por eles. Lembre-se de que um país que não valoriza a ciência e 
 
 
 
7
 
não se preocupa com a qualidade da educação jamais chegará ao topo, ou seja, dificilmente atingirá 
índices de desenvolvimento. 
 
A ciência também possui algumas funções, assim tem-se: produzir explicações naturais precisas de 
como a natureza funciona, quais os seus elementos e de como o universo chegou ao que é agora; 
outra função é a construção do conhecimento e da compreensão, independente das suas potenciais 
aplicações, isto é, resolver um problema ou desenvolver uma tecnologia. 
 
Portanto, todos os conhecimentos construídos pela ciência podem ser questionados e corrigidos, 
pois não existem verdades absolutas, mas relativas; nenhuma ideia atrelada à ciência está provada 
para sempre, ela pode ser modificada. 
 
Baseado em tudo o que já vimos até agora, é importante a percepção sobre os tipos de 
conhecimento existentes. Estes podem ser divididos em: conhecimento popular, conhecimento, 
filosófico, conhecimento religioso e conhecimento científico. Entretanto, faz-se mister o 
entendimento do que seja conhecer. 
Conhecer é uma relação que se estabelece entre o sujeito que conhece e o objeto ou fenômeno-alvo 
da pesquisa. Os povos da antiguidade faziam “o conhecer” mediante a catalogação de observações 
feitas. 
Nesse cenário, o conhecimento, isto é, aquilo que se sabe sobre um objeto, representa uma 
dualidade: de um lado o sujeito cognoscente (que pode conhecer) e do outro o objeto a ser 
conhecido. 
Conhecimento popular 
 
O conhecimento popular é valorativo por excelência, pois se fundamenta numa seleção operada 
com base em estados de ânimo e emoções: como o conhecimento implica uma dualidade de 
realidades, isto é, de um lado o sujeito cognoscente e, de outro, o objeto conhecido, e este é 
possuído, de certa forma, pelo cognoscente, os valores do sujeito impregnam o objeto conhecido. É 
 
 
 
8
 
também reflexivo, mas, estando limitado pela familiaridade com o objeto, não pode ser reduzido a 
uma formulação geral. A característica de assistemático baseia-se na organização particular das 
experiências próprias do sujeito cognoscente, e não em uma sistematização das ideias, na procura de 
uma formulação geral que explique os fenômenos observados, aspecto que dificulta a transmissão, 
de pessoa a pessoa, desse modo de conhecer. É verificável, visto que está limitado ao âmbito da 
vida diária e diz respeito ao que se pode perceber no dia a dia. Finalmente, é falível e inexato, pois 
se conforma com a aparência e com o que se ouviu dizer a respeito do objeto. Em outras palavras, 
não permite a formulação de hipóteses sobre a existência de fenômenos situados além das 
percepções objetivas. 
 
Conhecimento filosófico 
 
O conhecimento filosófico é valorativo, pois seu ponto de partida consiste em hipóteses, que não 
poderão ser submetidas à observação: “as hipóteses filosóficas baseiam-se na experiência, portanto, 
este conhecimento emerge da experiência e não da experimentação” (TRUJILLO FERRARI, 1974, 
p. 12); por esse motivo, o conhecimento filosófico é não verificável, já que os enunciados 
das hipóteses filosóficas, ao contrário do que ocorre no campo da ciência, não podem ser 
confirmados nem refutados. É racional, em virtude de consistir num conjunto de enunciados 
logicamente correlacionados. Tem a característica de sistemático, pois suas hipóteses e enunciados 
visam a uma representação coerente da realidade estudada, numa tentativa de apreendê-la em sua 
totalidade. Por último, é infalível e exato, visto que, quer na busca da realidade capaz de abranger 
todas as outras, quer na definição do instrumento capaz de apreender a realidade, seus postulados, 
assim como suas hipóteses, não são submetidos ao decisivo teste da observação (experimentação). 
Portanto, o conhecimento filosófico é caracterizado pelo esforço da razão pura para questionar os 
problemas humanos e poder discernir entre o certo e o errado, unicamente recorrendo às luzes da 
própria razão humana. 
O conhecimento científico abrange fatos concretos, positivos, e fenômenos perceptíveis pelos 
sentidos, através do emprego de instrumentos, técnicas e recursos de observação. Já o objeto de 
análise da filosofia são ideias, relações conceptuais, exigências lógicas que não são redutíveis a 
 
 
 
9
 
realidades materiais e, por essa razão, não são passíveis de observação sensorial direta ou indireta 
(por instrumentos), como a que é exigida pela ciência experimental. 
O método por excelência da ciência é o experimental: ela caminha apoiada nos fatos reais e 
concretos, afirmando somente aquilo que é autorizado pela experimentação. Ao contrário, a 
filosofia emprega “o método racional, no qual prevalece o processo dedutivo, que antecede a 
experiência, e não exige confirmação experimental, mas somente coerência lógica” (RUIZ, 1979, p. 
110). O procedimento científico leva a circunscrever, delimitar, fragmentar e analisar o que se 
constitui o objeto da pesquisa, atingindo segmentos da realidade, ao passo que a filosofia encontra-
se sempre à procura do que é mais geral, interessando-se pela formulação de uma concepção 
unificada e unificante do universo. Para tanto, procura responder às grandes indagações do espírito 
humano e, até, busca leis universais que englobem e harmonizem as conclusões da ciência. 
 
Conhecimento religioso 
 
O conhecimento religioso, isto é, teológico, apoia-se em doutrinas que contêm proposições sagradas 
(valorativas), por terem sido reveladas pelo sobrenatural (inspiracional). Por esse motivo, tais 
verdades são consideradas infalíveis e indiscutíveis (exatas). É um conhecimento sistemático do 
mundo (origem, significado, finalidade e destino) como obra de um criador divino; suas 
evidências não são verificáveis: nele está sempre implícita uma atitude de fé perante um 
conhecimento revelado. 
O conhecimento religioso ou teológico parte do princípio de que as verdades tratadas são 
infalíveis e indiscutíveis, por consistirem em revelações da divindade (sobrenatural). A adesão das 
pessoas passa a ser um ato de fé, pois a visão sistemática do mundo é interpretada como decorrente 
do ato de um criador divino, cujas evidências não são postas em dúvida nem sequer verificáveis. 
A postura dos teólogos e cientistas diante da teoria da evolução das espécies, particularmente 
do Homem, demonstra as abordagens diversas: de um lado, as posições dos teólogos fundamentam-
se nos ensinamentos de textos sagrados; de outro, os cientistas buscam, em suas pesquisas, fatos 
concretos capazes de comprovar (ou refutar) suas hipóteses. Na realidade, vai-se mais longe. Se o 
fundamento do conhecimento científico consiste na evidência dos fatos observados e 
experimentalmente controlados, e o do conhecimento filosófico e de seus enunciados, na evidência 
 
 
 
1
0
 
lógica, fazendo com que em ambos os modos de conhecer deve a evidência resultar da pesquisa dos 
fatos ou da análise dos conteúdos dos enunciados, no caso do conhecimento teológico o fiel não se 
detém nelas à procura de evidência, pois a toma da causa primeira, ou seja, da revelação divina. 
 
Conhecimento científico 
 
Finalmente, o conhecimento científico é real (factual), porque lida com ocorrências ou fatos, isto é, 
com toda “forma de existência que se manifesta de algum modo” (TRUJILLO FERRARI, 1974, p. 
14). Constitui um conhecimento contingente, pois suas proposições ou hipóteses têm sua veracidade 
ou falsidade conhecida através da experiência e não apenas por meio da razão, como ocorre no 
conhecimento filosófico. É sistemático, visto que se trata de um saber ordenado logicamente, 
formando um sistema de ideias (teoria) e não conhecimentos dispersos e desconexos. Possui a 
característica da verificabilidade, a tal ponto que as afirmações(hipóteses) que não podem ser 
comprovadas não pertencem ao âmbito da ciência. Constitui-se em conhecimento falível, em virtude 
de não ser definitivo, absoluto ou final e, por isso, é aproximadamente exato: novas proposições e o 
desenvolvimento de técnicas podem reformular o acervo de teoria existente. 
Apesar da separação metodológica entre os tipos de conhecimento popular, filosófico, religioso 
e científico, no processo de apreensão da realidade do objeto o sujeito cognoscente pode penetrar 
nas diversas áreas: ao estudar o homem, por exemplo, pode tirar uma série de conclusões sobre sua 
atuação na sociedade, com base no senso comum ou na experiência cotidiana; pode analisá-lo como 
um ser biológico, verificando, através de investigação experimental, as relações existentes entre 
determinados órgãos e suas funções; pode questioná-lo quanto à sua origem e destino, assim como 
quanto à sua liberdade; finalmente, pode observá-lo como ser criado pela divindade, à sua imagem e 
semelhança, e meditar sobre o que dele dizem os textos sagrados. 
Essas formas de conhecimento podem coexistir na mesma pessoa: um cientista, voltado, por 
exemplo, ao estudo da física, pode ser crente praticante de determinada religião, estar filiado a um 
sistema filosófico e, em muitos aspectos de sua vida cotidiana, agir segundo conhecimentos 
provenientes do senso comum. 
 
 
 
 
 
1
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A respeito desse tema, assista ao vídeo “ Os tipos de conhecimento”. 
Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=d1Ur7y6_J2Q 
 
 
 
 
Clique aqui https://www.youtube.com/watch?v=QA0PD7eu4yE e: veja, também, o vídeo “O que é ciência? 
 
 
Leia o Capítulo 3 de MARCONI, Marina de Andrade; LAKATOS, Eva Maria. Fundamentos de 
Metodologia Científica. 8. ed. São Paulo: Atlas, 2017. 
Link do livro: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788597010770/cfi/6/10!/4/2@0:0 
 
 
https://www.youtube.com/watch?v=_Inxi5DXI5k
https://www.youtube.com/watch?v=d1Ur7y6_J2Q
https://www.youtube.com/watch?v=_Inxi5DXI5k
https://www.youtube.com/watch?v=_Inxi5DXI5k
https://www.youtube.com/watch?v=_Inxi5DXI5k
https://www.youtube.com/watch?v=_Inxi5DXI5k
https://www.youtube.com/watch?v=QA0PD7eu4yE
https://www.youtube.com/watch?v=0us8Oq7TeUg
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788597003505/cfi/6/18!/4@0:0
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788597003505/cfi/6/18!/4@0:0
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788597010770/cfi/6/10!/4/2@0:0
 
 
 
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2
 
UNIDADE II – PESQUISA CIENTÍFICA: METODOLOGIA, 
MÉTODOS E TÉCNICAS DE PESQUISA 
 
 OBJETIVOS 
 
 Os objetivos dessa Unidade são: 
 Conhecer os tipos de pesquisa existentes; 
 Compreender as fases da pesquisa; 
 Perceber o processo de construção de um projeto de pesquisa. 
 
 FORMAÇÃO TEÓRICA 
 
 
A metodologia é um conjunto de abordagens, técnicas e processos utilizados pela ciência para 
formular e resolver problemas de aquisição objetiva do conhecimento, de uma maneira sistemática. 
“Ela é muito mais do que algumas regras de como fazer uma pesquisa, pois auxilia a refletir e 
propicia um “novo” olhar sobre o mundo: um olhar científico, curioso, indagador e criativo” 
(MIRIAN GOLDENBERG). 
 
Assim sendo, enquanto na lógica formal recorre-se à abstração da matéria, procurando-se fazer com 
que o pensamento concorde consigo mesmo, a lógica aplicada aborda o problema de se pôr o 
pensamento de acordo com o objeto; para tanto, indica o processo a ser seguido, ou seja, o caminho 
a ser percorrido, tendo em vista o objetivo a ser atingido, que é a verdade; nessa perspectiva, a 
metodologia é este conjunto de processos que etimologicamente tem o significado de caminho para 
se chegar a um fim. 
 
Nesse contexto, a preocupação em descobrir e explicar a natureza vem desde os primórdios da 
humanidade, quando as duas principais questões referiam-se às forças da natureza, a cuja mercê 
viviam os homens, e à morte. O conhecimento mítico voltou-se à explicação desses fenômenos, 
 
 
 
1
3
 
atribuindo-os a entidades de caráter sobrenatural. A verdade era impregnada de noções supra-
humanas e a explicação fundamentava-se em motivações humanas, atribuídas a forças e potências 
sobrenaturais. 
À medida que o conhecimento religioso se voltou, também, para a explicação dos fenômenos 
da natureza e do caráter transcendental da morte, como fundamento de suas concepções, a verdade, 
tida como revelação da divindade, revestiu-se de caráter dogmático. Explicavam-se os 
acontecimentos através de causas primeiras – os deuses –, e o acesso dos homens ao conhecimento 
derivava da inspiração divina. O caráter sagrado das leis, da verdade, do conhecimento, como 
explicações sobre o homem e o universo, determina uma aceitação não crítica de tudo o que 
acontece, deslocando o foco das atenções para a explicação da natureza da divindade. 
O conhecimento filosófico, por seu lado, volta-se para a investigação racional na tentativa de 
captar a essência imutável do real, através da compreensão da forma e das leis da natureza. 
O senso comum, aliado à explicação religiosa e ao conhecimento filosófico, orientou as 
preocupações do homem com o universo. Somente no século XVI é que se iniciou uma linha de 
pensamento que propunha encontrar um conhecimento da realidade embasado em maiores 
garantias. Não se buscam mais as causas absolutas ou a natureza íntima das coisas; ao contrário, 
procura-se compreender as relações entre elas, assim como a explicação dos acontecimentos, 
através da observação científica aliada ao raciocínio. 
Com o passar do tempo, muitas modificações foram introduzidas nos métodos existentes, 
inclusive surgiram outros novos. Para tal, consideramos, como Bunge (1980), que o método 
científico é a teoria da investigação. Esta alcança seus objetivos, de forma científica, quando 
cumpre ou se propõe cumprir as variadas etapas da pesquisa (MARCONI; LAKATOS, 2017). 
 
Assim, tem-se, a seguir, os principais métodos científicos: 
Método indutivo – é aquele em que se utiliza a indução, processo mental em que, partindo-se 
de dados particulares, devidamente constatados, pode-se inferir uma verdade geral ou universal não 
contida nas partes examinadas. 
 Exemplo 1: 
 
 
 
1
4
 
 O corvo 1 é negro. 
 O corvo 2 é negro. 
 O corvo 3 é negro. 
 O corvo n é negro. 
 _________________ 
 (Todo) corvo é negro. 
 
Método indutivo 
 Exemplo 2: 
 Cobre conduz energia. 
 Zinco conduz energia. 
 Cobalto conduz energia. 
 Ora, cobre, zinco e cobalto são metais. 
 ____________________ 
 Logo, (todo) metal conduz energia. 
 
 
O método indutivo realiza-se em três etapas: 
1. Observação dos fenômenos. 
2. Descoberta da relação entre eles. 
 
 
 
1
5
 
3. Generalização da relação. 
Exemplo: 
Observo que Pedro, José, João, etc. são mortais; verifico a relação entre ser homem e ser mortal; 
generalizo dizendo que todos os homens são mortais. 
 
Método dedutivo – a racionalização e a combinação de ideias em sentido interpretativo possuem 
mais valor que a experimentação caso a caso, ou seja, utiliza-se a dedução, raciocínio que caminha 
do geral para o particular. 
Possui como característica: 
- Argumentos Condicionais. 
- Dois argumentos condicionais válidos: “afirmação do antecedente” e “negação do consequente”. 
- Afirmação do antecedente: Se p, então q.Ora, p. 
 Então, q. 
 
 Se José (P) tirar nota inferior a 5, (Q)será reprovado. 
 – José tirou nota inferior a 5. (P) 
 – José será reprovado. (Q) 
 
 Se uma criança for frustrada em seus esforços para conseguir algo (P), então (Q) 
reagirá através da agressão. 
 – Ora, esta criança sofreu frustração (P) . 
 – Então, reagirá com agressão. (Q) 
 
Negação do consequente: Se p, então q. 
 Ora, não-q. 
 Então, não-p. 
 Se a água ferver (P), então a temperatura alcança 100°C. (Q) 
 – A temperatura não alcançou 100°C. (NÃO –Q) 
 – Então a água não ferverá. (NÃO – P) 
 
 
 
1
6
 
 Se José for bem nos exames (P), então tinha conhecimento das matérias. (Q) 
 – Ora, José não tinha nenhum conhecimento das matérias. (NÃO –Q) 
 – Então, José não foi bem nos exames. (NÃO – P) 
 
Método de experimentação 
É um conjunto de procedimentos que se estabelecem para verificar as hipóteses. Ela sempre se 
realiza em situação de laboratório, ou seja, controlando-se as circunstâncias e variáveis capazes de 
interferir na relação causa/efeito estudada. 
 
Método dialético – junção das abordagens indutivas e dedutivas. 
 
A PESQUISA 
 
Com relação à pesquisa, vale destacar os conceitos, os seus tipos e as suas fases, 
indispensáveis para a organização dos trabalhos acadêmicos. Assim, a pesquisa é a busca de 
solução a um problema que alguém queira saber a resposta; é o caminho para se chegar à 
ciência, ao conhecimento. Portanto, pesquisar significa, de forma bem simples, procurar 
respostas para indagações propostas. 
 
Nesse sentido, existem vários tipos de pesquisa: 
 
Quanto à natureza: 
• Pesquisa Básica: objetiva gerar conhecimentos novos úteis para o avanço da ciência 
sem aplicação prática prevista. Envolve verdades e interesses universais. 
• Pesquisa Aplicada: objetiva gerar conhecimentos para aplicação prática, dirigida à 
solução de problemas específicos. Envolve verdades e interesses locais. 
 
 
 
 
 
 
1
7
 
Quanto à abordagem do problema: 
• Pesquisa Qualitativa: 
• A interpretação dos fenômenos e a atribuição de significados. 
• É descritiva. 
• Os pesquisadores tendem a analisar seus dados indutivamente. 
• O processo e seu significado são os focos principais de abordagem. 
LIDA COM FENÔMENOS 
 
• Pesquisa Quantitativa: 
• Considera o que pode ser quantificável. 
• Traduzir em números opiniões e informações para classificá-las e analisá-las. 
• Requer o uso de recursos e de técnicas estatísticas. 
LIDA COM FATOS 
 
 
Quanto aos seus objetivos: 
 
• Pesquisa Exploratória: objetiva a maior familiaridade com o problema, tornando-o 
explícito, ou à construção de hipóteses. 
• Pesquisa Descritiva: visa descrever as características de determinada população ou 
fenômeno, ou o estabelecimento de relações entre variáveis. 
• Pesquisa Explicativa: visa identificar os fatores que determinam ou contribuem para 
a ocorrência dos fenômenos. Aprofunda o conhecimento da realidade porque explica 
a razão, o porquê das coisas. 
 
Quanto aos procedimentos técnicos: 
 
• Pesquisa Bibliográfica 
• Pesquisa Documental 
• Pesquisa Experimental 
 
 
 
1
8
 
• Levantamento 
 
Pesquisa Bibliográfica: 
 
Constitui-se numa preciosa fonte de informações, com dados já organizados e 
analisados e ideias prontas. 
 Livros, publicações periódicas (jornais, revistas etc.), gravações de áudio e vídeo, websites, 
relatórios de simpósios/seminários, anais de Congressos etc. 
 Observar diretamente. 
 Levantamento ou estudo de caso. 
 
Pesquisa Documental: 
 
 São as fontes de informação bibliográfica que ainda não receberam organização, tratamento 
analítico e publicação (tabelas estatísticas, relatórios de empresas, documentos informativos 
arquivados em repartições públicas, associações, igrejas, hospitais, sindicatos, fotografias, 
obras originais de qualquer natureza, correspondência pessoal ou comercial etc.). 
 
 
Pesquisa Experimental: 
 
Faz-se experiência, ou seja, um fato/fenômeno/processo da realidade é produzido com o 
objetivo de descobrir os fatores que os produzem ou que por eles sejam produzidos. 
1 - Escolhe-se o objeto de estudo (fato/fenômeno), 2 - seleciona-se as variáveis (fatores 
naturais ou artificiais que possam provocar variações no padrão observado do fato) e 3 - 
escolhe-se os instrumentos (maneiras de controlar e observar os efeitos por amostragem, 
quase sempre impossível de ser totalmente contemplado). 
 
 
Levantamento: 
 
 
 
1
9
 
 
Levantar informações a respeito dos dados que se deseja obter perguntando diretamente a 
um grupo de interesse. 
Desenvolve –se em três etapas: 1 – selecionar uma amostra significativa; 2 – aplicar 
questionários ou formulários, ou entrevistar diretamente os indivíduos; 3 – os dados são 
então tabulados e analisados quantitativamente, com o auxílio de cálculos estatísticos. 
 
FASES DA PESQUISA 
 
 
 
1. Escolha do tema e elaboração do projeto da pesquisa; 
2. Coleta de Material/Informações; 
3. Seleção e organização do material coletado; 
4. Redação final e divulgação. 
 
Escolha do tema 
 
 O que vou pesquisar? 
 Um aspecto ou uma área de interesse de um assunto que se deseja provar ou 
desenvolver; 
 Assunto interessante para o pesquisador; 
 Originalidade não é pré-requisito; 
 Fontes de assuntos: vivência diária, questões polêmicas, reflexão, leituras, 
conversações, debates, discussões. 
 
Revisão de literatura 
 
 Quem já pesquisou algo semelhante? 
 Busca de trabalhos semelhantes ou idênticos; 
 Pesquisas e publicações na área. 
 
 
 
2
0
 
 
Justificativa 
 
 Por que estudar esse tema? 
 Vantagens e benefícios que a pesquisa irá proporcionar; 
 Importância pessoal, cultural, científica e social; 
 Deve ser convincente. 
 
Formulação do problema 
 
 Que respostas estou disposto a responder? 
 Definir claramente o problema; 
 Delimitá-lo em termos de tempo e espaço. 
 Determinação de objetivos 
 O que pretendo alcançar com a pesquisa? 
 Objetivo geral – qual o propósito da pesquisa? 
 Objetivos específicos – abertura do objetivo geral em outros menores (possíveis capítulos). 
 
Referencial teórico 
 
 Envolve a montagem do quadro referencial teórico, de abordagem clássica ou atual, ligado 
diretamente ao problema de pesquisa, que o aluno utilizará para obter subsídios, visando 
definir, com mais clareza, os diversos aspectos a serem objeto de levantamento de campo. 
 É a construção de uma base conceitual organizada e sistematizada do conhecimento 
disponível pertinente a ser pesquisado. 
 Buscam-se teorias, abordagens e estudos que permitam compreender o fenômeno de 
múltiplas perspectivas. 
 O papel do pesquisador é de promover um diálogo entre diferentes autores. 
 
 
 
 
 
2
1
 
Metodologia 
 
 Como se procederá a pesquisa? 
 Caminhos para se chegar aos objetivos propostos; 
 Qual o tipo de pesquisa? 
 Qual o universo da pesquisa? 
 Será utilizada a amostragem? 
 Quais os instrumentos de coleta de dados? 
 Como foram construídos os instrumentos de pesquisa? 
 Qual a forma que será usada para a tabulação de dados? 
 Como interpretará e analisará os dados e informações? 
 Explicitar a metodologia de pesquisas de campo ou de laboratório é bastante importante. 
 Pesquisa bibliográfica – leitura como material primordial 
 Indicar como pretende acessar suas fontes de consulta, fichá-las, lê-las e resumi-las, 
construir seu texto etc. 
 
Coleta de dados 
 
 Como será o processo de coleta de dados? 
 Como? Através de que meios? Por quem? Quando? Onde? 
 Paciência. 
 
 Tabulação dos dados 
 
 Como organizar os dados obtidos? 
 Recursos: índices, cálculos estatísticos, tabelas, quadros e gráficos. 
 
 Análise e discussãodos resultados 
 
 Como os dados coletados serão analisados? 
 
 
 
2
2
 
 Confirmar ou refutar hipótese anunciada. 
 
 Conclusão da análise dos resultados 
 
 Sintetizar os resultados obtidos; 
 Evidenciar as conquistas alcançadas com o estudo; 
 Indicar as limitações e as reconsiderações. 
 
 
Redação e apresentação do trabalho científico 
 
 Redigir relatório de pesquisa: monografia, dissertação ou tese. 
 Segundo normas preestabelecidas. 
 
 
. 
Acompanhe o vídeo “ O que é uma pesquisa quantitativa e qualitativa” ATRAVÉS DO LINK: 
https://www.youtube.com/watch?v=xfa7AdaJoQg . 
 
Assista também ao vídeo sobre “Projeto de pesquisa – etapas (fases)” ATRAVÉS DO LINK: 
https://www.youtube.com/watch?v=wkAb_EcW3Fg . 
 
 
Leia o capítulo 4 de MARCONI, Marina de Andrade; LAKATOS, Eva Maria. Fundamentos 
de Metodologia Científica. 8. ed. São Paulo: Atlas, 2017. (Sobre os tipos de Métodos da 
pesquisa). 
 
Link do livro: 
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788597010770/cfi/6/2!/4/2@0:0 
https://www.youtube.com/watch?v=y4rJoH9dmfI
https://www.youtube.com/watch?v=xfa7AdaJoQg
https://www.youtube.com/watch?v=wkAb_EcW3Fg
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788597003505/cfi/6/18!/4@0:0
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788597003505/cfi/6/18!/4@0:0
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788597010770/cfi/6/2!/4/2@0:0
 
 
 
2
3
 
 
 
 
Leia, também, as páginas compreendidas entre 131 e 141, acerca dos tipos de pesquisa, do livro 
de LOZADA, Gisele; NUNES, Karina da Silva. Metodologia Científica. Porto Alegre: Sagah 
Educação, 2019. 
 
Link do livro: 
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788595029576/cfi/0!/4/2@100:0.00 
 
 
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788595029576/cfi/0!/4/2@100:0.00
 
 
 
2
4
 
 
Leia, ainda, o capítulo 7 sobre as fases da pesquisa do livro de SANTOS, João Almeida; 
PARRA FILHO, Domingos. Metodologia Científica. 2. Ed. São Paulo: Cengage Learning, 
2011. 
 
Link do livro: 
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788522112661/cfi/0!/4/2@100:0.00 
 
 
 
UNIDADE III – PESQUISA CIENTÍFICA 
 
 OBJETIVOS 
 
Os objetivos desta Unidade são: 
 Identificar os principais instrumentos de coleta de dados de uma pesquisa; 
 Conhecer os tipos de trabalhos acadêmicos; 
 Entender a construção de resenhas, resumos, fichamentos e demais trabalhos científicos. 
 
 
 FORMAÇÃO TEÓRICA 
 
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788522112661/cfi/0!/4/2@100:0.00
 
 
 
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5
 
INSTRUMENTOS DE COLETAS DE DADOS 
 
Depois da formulação da hipótese, é chegada a hora de se preparar para começar o trabalho 
propriamente dito, ou seja, coletar os dados e levantar as informações de que precisamos para testar 
uma hipótese. 
 
Nesse contexto, várias são as formas de se coletar os dados, o pesquisador deve levar em conta o 
contexto e o objetivo da pesquisa. Em geral, as informações podem ser colhidas de fontes primárias 
ou de fontes secundárias, cada qual utiliza os seus próprios instrumentos. Além da escolha do 
instrumento, é preciso decidir se trabalharemos com perguntas abertas ou fechadas. 
 
Nesse cenário, temos alguns instrumentos de coletas de dados. Os principais são: 
 
Questionário – é o instrumento ideal quando se quer medir dados com mais precisão; nesse caso, o 
papel do pesquisador é formular as perguntas que serão respondidas, no papel, pelo participante. 
O pesquisador deve sempre orientar o participante a não escrever o seu nome, o anonimato pode 
deixá-lo confortável para revelar o que ele realmente acha sobre o assunto. Assim, o questionário 
também facilita a tabulação e a análise dos dados, além da objetividade na coleta, pois, ao contrário 
da entrevista, não exige uma participação ativa do pesquisador, o que ajuda a reduzir sua influência 
sobre os resultados. 
 
Entrevista – não é apenas um bate-papo, é uma conversa que tem por fito obter dados para a 
pesquisa. É muito utilizada em pesquisas ligadas às ciências sociais e humanas, como: a 
Linguística, a Sociologia, a Antropologia e a Psicologia. 
Ela serve para levantar informações que não encontramos em fontes bibliográficas, entretanto 
podemos obter nas conversas com as pessoas. 
 
Quando for preparar a entrevista, o pesquisador deve: 
 
 
 
2
6
 
- Ter um objetivo claro; 
- Conhecer antecipadamente o entrevistado; 
- Marcar, com antecedência, o local e o horário da entrevista; 
- Escolher um entrevistado que domine o assunto a ser tratado etc. 
 
TIPOS DE TRABALHOS ACADÊMICOS E CIENTÍFICOS 
 
Há uma variedade enorme de trabalhos acadêmicos sendo produzidos. Cada texto possui suas 
particularidades com o intuito de atender às demandas propostas pelas universidades e faculdades 
que trabalham com uma gama infinita de cursos nas várias áreas de conhecimento. 
Nessa perspectiva, os principais trabalhos são: 
RESENHA 
Não deixa de ser uma condensação do texto, mas também há a análise interpretativa do texto lido. É 
um resumo crítico, deve existir uma apreciação crítica sobre a obra. 
 Como fazer a resenha? Primeiramente deve-se resumir o conteúdo e depois fazer a transição para a 
crítica, seguindo o esquema: 
a) introdução 
b) desenvolvimento 
c) conclusão 
d) crítica (quando for feita à parte) 
A resenha é muito utilizada em jornais e revistas. 
A resenha é um tipo de trabalho que necessita que se tenha domínio do assunto abordado. Somente 
o conhecimento profundo permitirá estabelecer comparações e fornecerá a maturidade intelectual 
necessária para a emissão de qualquer julgamento de valor, ou seja, dizer se concorda ou discorda 
das considerações apresentadas pela obra e texto a ser resenhado. Muito utilizado nos meios 
 
 
 
2
7
 
acadêmicos, esse recurso pode ser utilizado para relatar qualquer acontecimento da realidade: um 
filme, uma peça teatral, um evento esportivo, etc. além de livros (inteiros ou em partes) e textos 
diversos. 
Ao elaborar uma resenha é preciso ter um objetivo, ou seja, sua intenção pode ser, por exemplo, 
fazer publicidade ou adquirir conhecimento sobre o objeto. A partir desse objetivo, deve-se 
determinar os pontos relevantes, informar seu custo de produção, mas é imprescindível destacar os 
dados referentes ao autor da obra. 
A resenha é, portanto, um texto que apresenta informações selecionadas e resumidas sobre o 
conteúdo de outro texto, trazendo, além das informações, comentários e avaliações do resenhista. 
 
Ex. “[...] É sensacional! Méritos para o estreante, roteirista e diretor Sylvain Chomet, que criou um 
universo charmoso e criativo, no qual opta por espelhar-se no cinema mudo apresentando uma 
mistura de raros diálogos, canções e movimentos. Além da simples história que exibe uma trama 
cativante e envolvente, o encanto certamente está no gráfico em 2D, devido aos divertidos traços 
caricaturados das feições humanas e dos ambientes com cores leves. [...]” 
(MORGAN, Ricardo. As Bicicletas de BelleVille. In: MACHADO, Ana Rachel; LOUSADA, 
Eliane; ABREU-TARDELLI9, Lilia Santos. Resenha. São Paulo: Parábola Editorial, 2004. P.17) 
Esse fragmento foi extraído da resenha de um filme. Note que os termos sensacional, charmoso, 
criativo, simples etc. representam a opinião do resenhista. Ele procurou – e conseguiu: mostrar as 
informações de forma resumida, mostrar as informações mais relevantes e posicionar-se 
criticamente em relação ao objeto resenhado. 
 
A resenha pode ser redigida de forma clara, a partir de conhecimento profundo e detalhado e: 
• em linguagem dissertativa, embora objetiva, acrescentando todas as impressões pessoais 
que o texto suscitar; 
• Usando todos os adjetivos, advérbios e outros complementos que sejam necessários à 
expressão do seu pensamento e considerações; 
• Se necessário, repetir frases inteiras do texto original, mencionando adequadamentea fonte; 
• Usar a ordem que melhor atenda aos objetivos e destinatários a que a resenha se destine. 
 
 
 
2
8
 
 
FICHAMENTO 
Uma das principais dificuldades encontradas por pesquisadores e alunos consiste em não saber o 
que fazer com os textos acadêmicos para desenvolver os trabalhos extraclasse. Um procedimento 
simples e que resolve grande parte dessas dificuldades reside na confecção e organização de 
fichamentos. Assim, estes são um recurso de armazenagem de informações, imprescindível, na 
elaboração de trabalhos acadêmicos e monografias. 
 
Nesse contexto, depois de se fazer um bom fichamento de um texto, ou livro, não há a necessidade 
de se recorrer ao original, só quando houver a precisão de rever, ou reconstruir conceitos; assim, 
você ganhará tempo. Nesse cenário, o processo de confecção dos fichamentos proporciona uma 
compreensão maior e melhor do conteúdo estudado, pois é uma forma de investigação que se 
caracteriza pelo ato de registrar todo o material necessário à compreensão de um texto ou tema. 
Para isso, é preciso usar fichas que facilitam a documentação e preparam a execução do trabalho. 
Não só, mas é também uma forma de estudar / assimilar criticamente os melhores texto / temas de 
sua formação acadêmico-profissional. 
 
Nessas circunstâncias, o fichamento constitui um valioso recurso de estudo; a prática contínua da 
confecção de fichamentos proporciona ao pesquisador a capacidade de alterar o seu ponto de vista e 
julgamento quando precisar escrever sobre determinado assunto. Um fichário do conteúdo (TEMA) 
escolhido possibilita não só a prática de uma redação eficaz, como também o enriquecimento 
cultural. 
 
 
Um Fichamento completo deve apresentar os seguintes dados: 
 
1. Indicação bibliográfica – mostrando a fonte da leitura. 
2. Resumo – sintetizando o conteúdo da obra. Trabalho que se baseia no esquema (na introdução, 
pode fazer uma pequena apresentação histórica ou ilustrativa). 
 
 
 
2
9
 
3. Citações – apresentando as transcrições significativas da obra. 
4. Comentários – expressando a compreensão crítica do texto, baseando-se ou não em outros 
autores e outras obras. 
5. Ideação – colocando em destaque as novas ideias que surgiram durante a leitura reflexiva. 
 
MODELO DE FICHAMENTO 
________________________________________________________ 
Indicação bibliográfica (conforme as normas da ABNT) 
________________________________________________________ 
1ª parte: apresentação objetiva das ideias do autor 
 1 – Resumo (baseado no esquema) 
 2 – Pequenas citações (entre aspas e páginas) 
________________________________________________________ 
2ª parte: elaboração pessoal sobre a leitura 
 1 – Comentários (parecer e crítica) 
 2 – Ideação (novas perspectivas) 
 ________________________________________________________ 
 
 
TIPOS DE FICHAMENTO 
 
1. Bibliográfico 
(catalogação bibliográfica) 
2. Citação 
(transcrição) 
3. Resumo 
(de conteúdo) 
4. Opinião 
(de comentário ou analítico) 
 
 
 
 
3
0
 
FICHAMENTO DE CITAÇÃO (transcrição) 
 
É o tipo de fichamento que vai ser composto de citações do próprio autor da obra lida. É a 
transcrição literal do texto. 
Após leitura sistemática da obra, o pesquisador sublinha frases, parágrafos, partes que expressam a 
ideia principal do autor. Partes estas que podem ser transcritas no seu trabalho de pesquisa (artigo, 
monografia, ensaio...). 
 
 
FICHAMENTO CRÍTICO (de comentário ou analítico) 
 
É neste tipo de ficha que o pesquisador vai além de descrever o conteúdo da obra lida, ele 
interpreta, incluindo uma crítica pessoal às ideias expressas pelo autor da obra. O fichamento 
crítico é a base, juntamente com o de resumo, para a construção de resenhas. 
Lakatos e Marconi (2003) afirmam que o fichamento crítico pode apresentar um comentário sobre a 
forma pela qual o autor desenvolve seu trabalho no que se refere aos aspectos metodológicos. 
 
Desse modo, o fichamento crítico: 
 
- É uma análise crítica do conteúdo, tomando com referencial a própria obra; 
- É uma interpretação de um texto obscuro para torná-lo mais claro; 
 - É a comparação da obra com outros trabalhos sobre o mesmo tema; 
- É a explicitação da importância da obra para o estudo em pauta. 
- É a elaboração pessoal sobre a leitura, e deve conter: 
1. Comentários (parecer e crítica) 
2. Ideação (novas perspectivas) 
 
 
 
RESUMO 
 
 
 
3
1
 
 É a condensação de conteúdo, sem análise crítica ou interpretação. Deve ter o mesmo 
vocabulário do autor e seguir a mesma ordem do texto. 
O resumo deve ter: 
 a) brevidade 
 b) clareza 
 c) fidelidade 
 Segundo a Associação Brasileira de Normas Técnicas) Resumo é a “apresentação concisa 
das ideias de um texto” - Norma NBR 6028. 
 
 
É um tipo de redação informativo-referencial que se ocupa de reduzir um texto a suas ideias 
principais. Em princípio, o resumo é uma paráfrase e pode-se dizer que dele não devem fazer parte 
comentários; ele engloba duas fases: a compreensão do texto e a elaboração de um novo. A 
compreensão implica análise do texto e checagem das informações colhidas com aquilo que já se 
conhece. 
RESUMO é uma apresentação sintética e seletiva das ideias de um texto, ressaltando a progressão e 
a articulação delas. Nele devem aparecer as principais ideias do autor do texto. 
 
Nessas circunstâncias, o RESUMO é um texto, portanto deve ser Uno, Coerente, Coeso: 
• UNIDADE: Interligação entre suas partes, que deverão convergir para um direcionamento 
único. 
• COERÊNCIA: As ideias apresentadas devem ser coerentes e não contraditórias. 
• COESÃO: Os elementos da frase devem estabelecer os nexos entre as partes do texto. 
 
Artigo / artigo científico – “texto com autoria declarada, que apresenta e discute ideias, métodos, 
técnicas, processos e resultados nas diversas áreas do conhecimento.” (ABNT, NBR 6022:1994, 
p.1) 
 
Monografia – Trabalho que descreve um estudo minucioso de um tema relativamente restrito. Sua 
principal característica não é a extensão, mas a dissertação completa de um determinado tema em 
 
 
 
3
2
 
que o(a) autor(a), de posse de conhecimentos fundamentais, deve apresentar uma contribuição 
relevante, original e pessoal à ciência. 
 
Veja o vídeo “Tipos de trabalhos acadêmicos e tipos de TCC”, disponível em: 
https://www.youtube.com/watch?v=sL48ovMqRi0 . 
 
Assista ao vídeo “Como fazer um fichamento?”, disponível em: 
https://www.youtube.com/watch?v=WFnIGdgcff8 . 
 
Leia o capítulo 11 de MARCONI, Marina de Andrade; LAKATOS, Eva Maria. Fundamentos de 
Metodologia Científica. 8. ed. São Paulo: Atlas, 2017. (Sobre os tipos de trabalhos científicos). 
Link do livro: 
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788597010770/cfi/6/2!/4/2/4@0:0.0795 
 
 
 
 
Leia, também, as páginas compreendidas entre 171 e 211 acerca dos instrumentos de coleta de 
dados do livro de LOZADA, Gisele; NUNES, Karina da Silva. Metodologia Científica. Porto 
Alegre: Sagah Educação, 2019. 
https://www.youtube.com/watch?v=sL48ovMqRi0
https://www.youtube.com/watch?v=WFnIGdgcff8
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788597003505/cfi/6/18!/4@0:0
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788597003505/cfi/6/18!/4@0:0
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788597010770/cfi/6/2!/4/2/4@0:0.0795
 
 
 
3
3
 
 
Link do livro: 
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788595029576/cfi/170!/4/2@100:0.00 
 
 
 
 
 
 
UNIDADE IV – ELABORAÇÃO DE PROJETO DE PESQUISA 
 
 OBJETIVOS 
 
 Os objetivos dessa Unidade são: 
 Conhecer os elementos pré-textuais, textuais e pós-textuais de um trabalho acadêmico; 
 Entender as regras preestabelecidas pela ABNT. 
 
 FORMAÇÃO TEÓRICA 
 
Agora que vimos, nas unidades anteriores, os conceitos de ciência, de metodologia, de pesquisa, os 
tipos de conhecimento, os tipos de pesquisa, as fases da pesquisacientífica, dentre outros assuntos, 
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788595029576/cfi/170!/4/2@100:0.00
 
 
 
3
4
 
é interessante que possamos entender as normas preestabelecidas pela ABNT -Associação 
Brasileira de Normas Técnicas – para a normalização dos trabalhos acadêmicos. 
 
Começaremos a falar sobre as citações. 
 
CITAÇÕES 
 
São Informações retiradas de outras fontes mencionadas no texto para complementar as ideias do 
autor da pesquisa, embasando o assunto abordado, dando respaldo à sua interpretação. 
Sempre que o pensamento de um autor for mencionado é necessário colocar seu sobrenome e ano 
da obra no momento da citação, em respeito aos direitos autorais. A referência completa da obra 
citada também deve constar nas referências. As chamadas pelo sobrenome do autor devem vir em 
letras maiúsculas, quando optar por colocar dentro do parênteses, e minúsculas, quando optar por 
colocar fora do parênteses. 
 
As citações são usadas para: 
 
 Dar credibilidade ao trabalho científico; 
 Fornecer informações sobre os trabalhos desenvolvidos na área pesquisada; 
 Comparar pontos de vista, sejam semelhantes ou divergentes, sobre o assunto ou o objeto da 
pesquisa. 
 
Tipos de citação 
• CITAÇÃO DIRETA. 
• CITAÇÃO INDIRETA. 
• CITAÇÃO DE CITAÇÃO. 
 
CITAÇÕES DIRETAS 
 
 
 
 
3
5
 
São transcrições literais de um texto ou parte dele, ou seja, quando um texto citado for transcrito 
fielmente obedecendo às características originais quanto à redação, ortografia e pontuação. 
As citações diretas podem ser transcritas de duas formas: 
• Com até três linhas 
• Com mais de três linhas 
 
Citação direta com até 3 linhas 
São apresentadas dentro do texto destacadas entre aspas duplas. Por se tratar de uma citação direta, 
a indicação da paginação é obrigatória. 
Exemplo: 
 “Camélias são flores lindas – tão perfeitas, algumas brancas, outras vermelhas” (ALVES, 2003, p. 
58). 
Segundo Alves (2003, p. 58), “Camélias são flores lindas – tão perfeitas, algumas brancas, outras 
vermelhas”. 
 
Citação direta com mais de 3 linhas 
 
Devem obedecer ao recuo de quatro centímetros da margem esquerda, sem aspas, com fonte menor 
que a do texto e espacejamento simples entre linhas. 
Exemplo: 
Há quatro instituições básicas que não podem ser esquecidas, quando se 
pretende entender o que foi o século XIX, e suas conseqüência para o 
século imediatamente posterior. Dessas instituições duas são de natureza 
econômica e duas de natureza política (MOTTA, 1986, p. 49). 
 
Citações indiretas (Paráfrase) 
 
Trata-se de um texto baseado em uma obra consultada. Nas citações indiretas, reproduz-se 
fielmente as ideias contidas no texto consultado, embora seja escrito com outras palavras. 
Não dispensa a indicação de autoria.( Fonte 12, espaço 1,5 sem aspas, autor e ano. 
 
 
 
3
6
 
Exemplo: 
Segundo Alves (2003), os poetas são criaturas que aprendem a brincar com as palavras e delas fazer 
belas frases. 
 
CITAÇÃO DE CITAÇÃO (APUD) 
 
É a menção de parte de um texto do qual não se teve acesso ao documento original e se tomou 
conhecimento através de uma outra fonte. 
 
Para apresentar a “citação de citação”, utiliza-se a palavra em latim “apud”, que significa: citado 
por; conforme; segundo. Apud deve ser utilizada, ratificando, quando não há a possibilidade de 
acesso ao documento original. Cabe registrar que deve se evitar o uso dela. No texto, a palavra 
“apud” deve estar sempre em itálico. Veja como citar: 
(MORGAN, 1999, apud SENGE, 2012, p. 25) ou Morgan (1999, apud SENGE, 2012, p. 25) 
explica que .... 
Referências 
Outro elemento essencial para a produção de trabalhos acadêmicos são as referências. De acordo 
com a NBR 6023, referência é um “Conjunto padronizado de elementos descritivos, retirados de um 
documento, que permite sua identificação individual” (NBR 6023, 2002, item 3.9). 
É a lista que contém todas as obras citadas no Referencial Teórico, dispostas em ordem alfabética, 
conforme as instruções contidas na NBR 6023:2002. 
Tais instruções buscam melhorar formalmente a organização dos documentos, facilitando a busca e 
a recuperação de informações e a comunicação no âmbito acadêmico. 
 
Exemplos: 
1º - Livros com um autor 
SOBRENOME(S) DO AUTOR, PRENOME(S) (INICIAIS). Título da obra: subtítulo. Edição. 
Local de publicação (Cidade): Editora, ano de publicação. Paginação total da obra. 
KON, A. Economia de Serviços: teoria e evolução no Brasil. Rio de Janeiro: Elsevier, 2004. 433p. 
 
 
 
 
3
7
 
2- Com Indicação de Dois ou Três Autores 
SOBRENOME(S) DO PRIMEIRO AUTOR, PRENOME(S) (INICIAIS); SOBRENOME(S) DO 
SEGUNDO AUTOR, PRENOME(S) (INICIAIS); SOBRENOME(S) DO TERCEIRO AUTOR, 
PRENOME(S) (INICIAIS). Título da obra: subtítulo. Edição. Local de publicação (Cidade): 
Editora, ano de publicação. Paginação total da obra. 
PINDYCK, R. S.; RUBINFELD, D. L. Microeconomia. 7ª edição. São Paulo: Pearson, 2010. 
647p. 
 
3º - Com Indicação de Mais de Três Autores 
SOBRENOME(S) DO(S) AUTOR(ES), PRENOME (INICIAIS) et al. Título da obra: subtítulo. 
Edição. Local de publicação (Cidade): Editora, ano de publicação. Paginação total da obra. 
Observação: Cita-se no Referencial Teórico o primeiro autor seguido da expressão et al. 
MELO, H. P. et al. O Setor Serviços no Brasil: uma visão global – 1985/95. Texto para Discussão 
nº 549, IPEA, Rio de Janeiro, 1998. 36p. 
 
4º - Autoria corporativa (Instituição) 
AUTOR ENTIDADE POR EXTENSO EM MAIÚSCULAS. Título da obra: subtítulo. Edição. 
Local de publicação (Cidade): Editora, ano de publicação. Paginação total da obra. 
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Censo Demográfico 2010 – Cachoeira, Bahia. Rio 
de Janeiro: 2011. Disponível em: <http://www.ibge.gov.br/cidadesat/topwindow.htm?>. Acesso em 
04 fev. 12. 
 
5º - Nomes com Sufixos (Júnior, Neto, Filho etc.). 
SOBRENOME(S) DO(S) AUTOR(ES) INCLUINDO SUFIXO, PRENOME(S) (INICIAIS). Título 
da obra: subtítulo. Edição. Local de publicação (Cidade): Editora, ano de publicação. Paginação 
total da obra. 
BACELAR FILHO, J. A. Esboço sócio histórico da cidade de Cachoeira. Fundação do 
Patrimônio Artístico Cultural. Salvador, 1975. 18 p. mimeografado. 
 
 
 
 
 
3
8
 
6º - Capítulo de Livro Com Autoria Distinta da Obra no Todo 
SOBRENOME(S) DO(S) AUTOR(ES) DA PARTE REFERENCIADA, PRENOME(S) 
(INICIAIS). Título da parte referenciada: subtítulo da parte. In: SOBRENOME(S) DO(S) 
AUTOR(ES), PRENOME(S) (INICIAIS). Título da publicação: subtítulo. Edição. Local de 
publicação (Cidade): Editora, ano de publicação. Capítulo (quando houver numeração), páginas 
(inicial e final do capítulo referenciado). 
TINOCO, M. A. C.; RIBEIRO, J. L. D.; ALONSO, M. G. C. Aplicação de técnicas de gestão de 
serviços para aprimoramento dos serviços internos de uma empresa. In: CARVALHO, M. M. et al. 
Gestão de Serviços: casos brasileiros. São Paulo: Atlas, 2013. cap. 8, p. 129-145. 
 
7º - Teses, dissertações e monografias. 
SOBRENOME(S) DO(S) AUTOR(ES), PRENOME(S) (INICIAIS). Título da tese: subtítulo. Ano 
de depósito. Folhas ou páginas*. Forma (Grau e Área) – Unidade onde foi defendida, Local de 
defesa (Cidade), ano de defesa (mencionada na folha de aprovação, se houver). 
• para as dissertações impressas frente e verso usar páginas. 
OLIVEIRA, L.C.S. Reflexos da Implantação da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia 
(UFRB) na economia de serviços do município de Cachoeira. 2012. 152 f. Dissertação 
(Mestrado em Políticas Públicas, Gestão do Conhecimento e Desenvolvimento Regional) – 
Universidade do Estado da Bahia, Salvador, 2012. 
 
8º - Artigos de periódicos em meio eletrônico 
SOBRENOME(S) DO(S) AUTOR(ES), PRENOME(S) (INICIAIS). Título do artigo: subtítulo. 
Título do periódico abreviado, Local de publicação (Cidade), volume, fascículo, paginação inicial 
e final do artigo, período e ano de publicação. Disponívelem: <endereço eletrônico>. Acesso em: 
dia, mês e ano. 
PEDRÃO, F. Novos e Velhos Elementos da Formação Social do Recôncavo da Bahia de Todos os 
Santos. Recôncavos: Revista do Centro de Artes, Humanidades e Letras, vol. 1 (1) 2007, p.08 – 22. 
Disponível em: <http://www.olhando.com.br/reconcavos/n01/pdf/pedrao.pdf>. Acesso em: 13 
mai.10. 
 
 
 
 
3
9
 
9º - Mesma Autoria da Obra em duas referências. 
A indicação do(s) autor(es) na obra do todo é representada por um traço de 6 toques sublineares, em 
substituição ao nome do(s) autor(es). 
MARX, K. O Capital. Vol. I, São Paulo: Nova Cultural, 1988. 
______. O Capital. Vol. II, São Paulo: Nova Cultural, 1988. 
 
 
Leia o capítulo 21 sobre “Como redigir o projeto de pesquisa?” de GIL, Antônio Carlos. Como 
elaborar projetos de pesquisa. 6.ed. São Paulo: Atlas, 2018. 
 
Link do livro: 
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788597012934/cfi/6/58!/4/2/4@0:0 
 
 
 
 
Assista ao vídeo: Trabalhos acadêmicos (pré-textuais e pós-textuais). Disponível em: 
https://www.youtube.com/watch?v=Kq3ZmDZYAJc 
 
Assista ao vídeo: Como e quando utilizar apêndices e anexos? Disponível em: 
https://www.youtube.com/watch?v=7Ka1QqWT7Cc 
 
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788597003505/cfi/6/18!/4@0:0
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788597012934/cfi/6/58!/4/2/4@0:0
https://www.youtube.com/watch?v=Kq3ZmDZYAJc
https://www.youtube.com/watch?v=7Ka1QqWT7Cc
 
 
 
4
0
 
Assista ao vídeo: Como fazer citação direta e indireta seguindo as normas da ABNT. Disponível 
em: https://www.youtube.com/watch?v=KgOxdpAG-q8 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
https://www.youtube.com/watch?v=KgOxdpAG-q8
 
 
 
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 
 
BÁSICA 
MARCONI, Marina de Andrade; LAKATOS, Eva Maria. Fundamentos de Metodologia 
Científica. 8. ed. São Paulo: Atlas, 2017. 
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788597010770/cfi/6/10!/4/2@0:0 
 
LOZADA, Gisele; NUNES, Karina da Silva. Metodologia Científica. Porto Alegre: Sagah 
Educação, 2019. 
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788595029576/cfi/0!/4/2@100:0.00 
 
SANTOS, João Almeida; PARRA FILHO, Domingos. Metodologia Científica. 2. Ed. São Paulo: 
Cengage Learning, 2011. 
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788522112661/cfi/0!/4/2@100:0.00 
 
COMPLEMENTAR 
GIL, Antônio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. 6.ed. São Paulo: Atlas, 2018. 
 https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788597012934/cfi/6/2!/4/2@0:0 
 
NASCIMENTO, Luiz Paulo do. Elaboração de projetos de pesquisa: monografia, dissertação, 
tese e estudo de caso, com base em metodologia científica. São Paulo: Cengage Learning, 2012. 
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788522126293/cfi/4!/4/4@0.00:6.89 
GIL, Antônio Carlos. Metodologia do ensino superior. 5. Ed. São Paulo: Atlas, 2020. 
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788597023954/cfi/6/10!/4/8/2@0:0 
 
ANDRADE, Maria Margarida de. Introdução à metodologia do trabalho científico: elaboração 
de trabalhos na graduação. 10. Ed. São Paulo: Atlas, 2010. 
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788522478392/cfi/3!/4/4@0.00:60.5 
 
 
 
OUTROS AUTORES CONSULTADOS 
 
FACHIN, Odília. Fundamentos de metodologia: noções básicas em pesquisa científica. 6. Ed. São 
Paulo: Saraiva, 2017. 
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788502636552/cfi/4!/4/4@0.00:0.00 
 
DEMO, Pedro. Introdução à metodologia da ciência. São Paulo: Atlas, 2013. 
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788522466030/cfi/3!/4/4@0.00:60.5 
 
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788597003505/cfi/6/18!/4@0:0
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788597003505/cfi/6/18!/4@0:0
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788597010770/cfi/6/10!/4/2@0:0
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788595029576/cfi/0!/4/2@100:0.00
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788522112661/cfi/0!/4/2@100:0.00
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788597012934/cfi/6/2!/4/2@0:0
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788522126293/cfi/4!/4/4@0.00:6.89
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788597023954/cfi/6/10!/4/8/2@0:0
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788522478392/cfi/3!/4/4@0.00:60.5
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788502636552/cfi/4!/4/4@0.00:0.00
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788522466030/cfi/3!/4/4@0.00:60.5
 
 
 
4
2
 
MARCONI, Marina de Andrade; LAKATOS, Eva Maria. Metodologia científica. 7. Ed. São 
Paulo: Atlas, 2017. 
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788597011845/cfi/6/10!/4/2@0:0 
 
AZEVEDO, Celicina Borges. Metodologia científica: ao alcance de todos. 3. Ed. Barueri, SP: 
Manole, 2013. 
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788520450116/cfi/5!/4/4@0.00:0.00 
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788597011845/cfi/6/10!/4/2@0:0
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788520450116/cfi/5!/4/4@0.00:0.00

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