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DESCRIÇÃO Conceitos, métodos e técnicas para execução de sistemas de instalações especiais em edifícios. PROPÓSITO Compreender o conceito dos diversos sistemas de instalações especiais em edifícios para fins de conhecimento e aplicação na prática, sendo eles os sistemas de comunicação, prevenção e combate a incêndios e proteção contra descargas atmosféricas. PREPARAÇÃO Antes de iniciar o conteúdo deste tema, tenha em mãos uma calculadora ou use a calculadora de seu smartphone/computador. OBJETIVOS MÓDULO 1 Reconhecer as instalações de comunicação e de cabeamento estruturado MÓDULO 2 Identificar os recursos de prevenção e combate a incêndios MÓDULO 3 Descrever o conceito de sistemas de proteção contra descargas atmosféricas INTRODUÇÃO Neste tema, vamos aprender sobre legislação e normas estabelecidas para instalações especiais em edifícios: instalações de comunicação e de cabeamento estruturado, instalações de prevenção e combate a incêndios e sistemas de proteção contra descargas atmosférica, além das terminologias e simbologias mais utilizadas. Serão também apresentados os conceitos e as aplicações de cada uma das instalações especiais. SISTEMAS DE INSTALAÇÕES ESPECIAIS EM EDIFÍCIOS MÓDULO 1 Reconhecer as instalações de comunicação e de cabeamento estruturado TELEFONE Ao longo dos anos, a indústria telefônica apresentou um grande salto, passando rapidamente de telefones com fios para aparelhos sem fio, que não necessitam mais de cabeamento. Diante disso, houve diversas modificações de normas técnicas para instalação e disposição de telefones em edificações. Vamos estudá-las agora. NORMAS Veja a seguir normas utilizadas para projetos de telefonia. Apesar de estarem canceladas pela ABNT, elas ainda são utilizadas para fins de referência nesses tipos de projeto. NBR 13.726/1996 Redes telefônicas internas em prédios – Tubulação de entrada telefônica – Projeto. NBR 13.727/1996 Redes telefônicas internas em prédios – Plantas/partes componentes de projeto de tubulação telefônica. NBR 13.300/1996 Redes telefônicas internas em prédios – Terminologia. NBR 14.306/1999 Proteção elétrica e compatibilidade eletromagnética em redes internas de telecomunicações em edificações – Projeto. MANUAL TÉCNICO Redes de telecomunicações em edificações/2001 – Embratel/Sinduscon. ENTRADA TELEFÔNICA A entrada de telefonia segue os mesmos critérios da entrada de energia elétrica, porém deve-se prever um distanciamento mínimo entre seus conduítes e os de eletricidade, antena de TV, interfone, entre outros, para evitar interferências. Sua tubulação de entrada não pode ser de tubo flexível, mas de PVC rígido, ferro esmaltado ou galvanizado. A tubulação de entrada pode ser aérea ou subterrânea. A tubulação será aérea quando: A rede telefônica externa da concessionária no local for aérea. O número de pontos telefônicos previstos para a edificação for igual ou inferior a 21. For determinado pela concessionária na aprovação do projeto de tubulação telefônica do prédio. A tubulação de entrada deve ser subterrânea quando: A rede externa no local for subterrânea. O número de pontos telefônicos previsto para a edificação for superior a 21. O construtor optar por entrada subterrânea por razões estéticas. Houver determinação da concessionária na aprovação do projeto de tubulação telefônica da edificação. A responsabilidade pela instalação do cabo de entrada do prédio até a caixa de distribuição geral (DG) é da concessionária de telefonia. O projeto e a execução da tubulação de entrada cabem ao proprietário ou construtor — que devem ser previamente aprovados pela concessionária de telefonia —, além do fornecimento e da instalação dos cabos telefônicos. CAIXAS DE DISTRIBUIÇÃO As caixas de distribuição devem ser localizadas em áreas comuns, porém em áreas internas e cobertas da edificação, normalmente são localizadas em áreas de serviços, ou seja, de fácil acesso. Nunca devem ser instaladas em halls sociais, áreas que dificultam o acesso a elas, no interior de salão de festas ou atrás de portas. A Caixa principal do prédio ou caixa de Distribuição Geral é aquela que termina e interliga os cabos de rede de telecomunicações externa e o(s) cabo(s) da rede de telecomunicações interna do prédio. É nela que são instalados os dispositivos de supervisão e/ou proteção das operadoras. Já a caixa de distribuição primária é aquela prevista para edificações com vários blocos. Portanto, é a caixa destinada à interligação do(s) cabo(s) à rede interna do prédio com os cabos provenientes da caixa de distribuição geral. As caixas de passagem, de distribuição e de distribuição geral, instaladas dentro do edifício, são dimensionadas sempre em função do número de pontos telefônicos que passam em cada trecho da tubulação. Caixas de passagem garantem a passagem e o acesso à fiação, seja de rede elétrica, telefonia, dados ou televisão. Caixas de passagem garantem a passagem e o acesso à fiação, seja de rede elétrica, telefonia, dados ou televisão. CAIXA DE DERIVAÇÃO As caixas de derivação são utilizadas somente para junção e derivação de dutos retangulares. São normalmente utilizadas em sistemas de distribuição telefônica de piso. CAIXAS DE SAÍDA As caixas de saída podem ser de parede ou de piso. Caixas de saída de parede podem ser embutidas ou aparentes. Elas são de chapa metálica estampada, com furações para eletrodutos, próprias para instalações embutidas em paredes. As caixas de saída instaladas no piso podem ser confeccionadas em chapa metálica ou em material termoplástico. PRUMADA TELEFÔNICA A prumada telefônica de um prédio nada mais é do que o meio físico, disposto verticalmente, destinado à instalação de blocos e cabos telefônicos para atendimento dos andares, ou seja, é a espinha dorsal da tubulação telefônica. Deve ser localizada nas áreas comuns dos edifícios que apresentem maior continuidade vertical do último andar até o andar térreo, onde quase sempre está situada a caixa de distribuição geral. Um prédio pode possuir mais de uma prumada, devido: À existência de obstáculos intransponíveis no trajeto da tubulação vertical, gerando desvios na prumada. À arquitetura da edificação constituída por vários blocos separados sobre uma mesma base. A edifícios que possuam várias entradas com áreas de circulação independentes. As prumadas podem ser do tipo convencional, poço de elevação ou dirigida, dependendo das características e finalidade do edifício, além do número de pontos telefônicos necessários. A prumada convencional é a mais utilizada, sendo vista em edifícios residenciais, comerciais e industriais em que o número de pontos acumulados é igual ou inferior a 300. Prumada convencional de telefonia. O poço de elevação é utilizado em edifícios de grande porte, com elevado número de pontos telefônicos. O poço nada mais é do que uma série de cubículos alinhados e dispostos verticalmente, interligados por meio de abertura na laje. Poço de elevação para telefonia. FIO TELEFÔNICO Os fios telefônicos internos devem possuir condutores de cobre estanhado, torcidos e isolados com PVC. Eles têm capacidade para dois ou três condutores e sua seção deve ser de 0,6mm, podendo ser usados dentro de dutos ou fixados em paredes e rodapés, com presilhas especiais. Os eletrodutos que abrigam os fios devem ser rígidos, sem costuras ou rebarbas, de ferro galvanizado, metal esmaltado a quente, PVC ou similar. PONTOS TELEFÔNICOS O número de pontos telefônico em edifícios deve ser baseado na tabela a seguir, conforme o manual técnico do Sinduscon. Tipo Base de Cálculo Pontos Residências ou apartamentos Até 2 quartos 2 Até 3 quartos 2 De 4 quartos ou mais 3 Lojas Até 50m² 2 Acima de 50m² 1 + Área 100m² Escritórios Cada 10m² 1 Atenção! Para visualizaçãocompleta da tabela utilize a rolagem horizontal Tabela: Manual Técnico – Redes de Telecomunicações em Edificações – Sinduscon-MG (2020). Previsão mínima de pontos de telecomunicações.Para outros tipos de edificações, devem-se verificar a finalidade e o quantitativo desejados pelo usuário final. Portanto, é importante consultar o manual antes de realizar o projeto final. Para apartamentos populares, e com área inferior a 60m², deve ser previsto um (01) ponto telefônico, independentemente da quantidade de dormitórios. TOMADAS No Brasil, existem atualmente dois tipos de tomadas telefônicas, o RJ-11 e a Telebrás. O plugue RJ-11 é constituído de conectores do tipo 6P4C (6 posições, 4 condutores) com dois dos quatro fios correndo para a caixa de junção. Caixa de saída com terminal RJ-11. Caixa de saída com padrão Telebrás. A tomada padrão Telebrás utiliza um grande plugue, de 4cm x 4cm, com quatro pinos chatos, três dos quais estão no mesmo sentido e o quarto rotacionado em 90 graus para impossibilitar a inserção incorreta do plugue. O plugue RJ-11 vem substituindo a Telebrás, padrão mais antigo no país. SIMBOLOGIA DE TELEFONIA Tubulação no piso, indicação de diâmetro. Tubulação no teto, indicação de diâmetro. Caixa de distribuição geral. Caixa de distribuição ou de passagem. Caixa subterrânea. Caixa de saída, na parede, a 30cm do centro do piso. Caixa de saída, na parede, a 130cm do centro do piso. Caixa de saída no piso. Sumário de contagem (a) pontos por andar; (b) pontos acumulados no andar. Tubulação que sobe. Tubulação que desce. Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal Tabela: Ana Catarina de Abreu CABEAMENTO ESTRUTURADO O cabeamento estruturado foi criado pela necessidade de estruturação e padronização das redes de computadores. É um sistema capaz de atender às necessidades de telecomunicações dos usuários de redes nos mais diferentes tipos de edificações. No cabeamento estruturado, as tomadas podem ser usadas para qualquer aplicação disponível na rede, ou seja, não são específicas para voz, dados ou outro serviço. As principais normas para cabeamento estruturado são as ABNT: NBR 16264:2016 Cabeamento estruturado residencial NBR 14565:2019 Cabeamento estruturado para edifícios comerciais NBR 16665:2019 Cabeamento estruturado para data centers Além desta, existem diversas normas internacionais como as ISO/IEC e as norte-americanas ANSI/TIA, que também tratam desse tema. A NBR 14565 apresenta as especificações para o cabeamento estruturado em um edifício ou conjunto de edifícios comerciais em um campus. Ela especifica os seguintes elementos funcionais do cabeamento para edifícios comerciais: Distribuidor de campus (CD) Backbone de campus Distribuidor de edifício (BD) Backbone de edifício Distribuidor de piso (FD) Cabeamento horizontal Ponto de consolidação (CP) Cabo do ponto de consolidação (cabo do CP) Tomada de telecomunicações multiusuário (MUTO) Tomada de telecomunicações (TO) Equipamento terminal (TE) SUBSISTEMAS Os sistemas de cabeamento em edifícios comerciais contêm até três subsistemas: BACKBONE DE CAMPUS BACKBONE DE EDIFÍCIO CABEAMENTO HORIZONTAL Os subsistemas são interconectados para formar um sistema de cabeamento, como a estrutura ilustrada a seguir. Estrutura de cabeamento Os elementos funcionais dos subsistemas de cabeamento são interconectados para formar uma estrutura hierárquica ESTRUTURA HIERÁRQUICA DO CABEAMENTO javascript:void(0) Subsistemas de cabeamento ESTRUTURA PARA CABEAMENTO CENTRALIZADO Subsistemas de cabeamento javascript:void(0) LOCALIZAÇÃO DOS ELEMENTOS FUNCIONAIS Distribuidores podem ser colocados na Sala de Equipamentos ou nas Salas de Telecomunicações. Localização dos elementos funcionais do cabeamento. A sala de equipamentos é um espaço reservado para a instalação de equipamentos e interconexão de cabeamentos entre computadores distribuídos em um campus ou edifício. Ela deve prever um espaço para a infraestrutura de entrada, onde são feitas as conexões entre o cabeamento externo, de responsabilidade dos provedores de serviço, e o cabeamento interno. Sala de telecomunicações é um espaço dentro do prédio que pode assumir várias funções, tais como distribuidor do edifício, distribuidor de campus ou subsistema de cabeamento horizontal. TIPOS DE CABOS Existem três tipos de cabos de comunicação: CABO COAXIAL É um dos cabos mais utilizados. Um cabo coaxial consiste em um fio de cobre rígido, envolto por um material isolante, que, por sua vez, é envolto por um condutor cilíndrico externo na forma de uma malha metálica entrelaçada ou de uma lâmina metálica. Devido à sua blindagem, oferece melhor barreira ao ruído, permitindo suportar velocidades da ordem de dezenas de megabits por segundo por distâncias significativas, sem a necessidade de regeneração do sinal e sem distorções. CABOS DE PARES TRANÇADOS O cabo de par trançado (twisted pair) pode apresentar blindagem e é formado por dois condutores torcidos, para efeitos de cancelamento de correntes, evitando as interferências eletromagnéticas (EMI) de fontes externas. Em comparação com o cabo coaxial, o cabo de par trançado é um meio de transmissão de menor custo por comprimento, no entanto possui a desvantagem de ser sensível às interferências e ao ruído elétrico. CABOS DE FIBRA ÓPTICA São cabos que utilizam sinais luminosos para a transmissão e recepção dos dados. A fibra óptica é fabricada com material dielétrico, geralmente plástico ou vidro. É utilizada para transportar informação pela propagação da luz, ou seja, a transmissão da informação se dá pelo envio de um sinal de luz codificado, dentro do domínio de frequência do infravermelho, através da estrutura da fibra. As fibras ópticas são imunes a interferências eletromagnéticas e a ruídos eletromagnéticos. São também mais finas e mais leves do que cabos metálicos. São utilizadas em sistemas de comunicação em que as taxas de transmissão se situam entre 1 Mbps e 1Tbps em uma única fibra. Porém, as fibras são frágeis e não possuem uma padronização no mercado. CLASSE DO CABEAMENTO A NBR 14565 especifica as seguintes classes e categorias de desempenho para cabeamento balanceado: CLASSE A Especificada até 100kHz CLASSE B Especificada até 1MHz CLASSE C/CATEGORIA 3 Especificada até 16MHz javascript:void(0) javascript:void(0) javascript:void(0) CLASSE D/CATEGORIA 5E Especificada até 100MHz CLASSE E/CATEGORIA 6 Especificada até 250MHz CLASSE EA/CATEGORIA 6A Especificada até 500MHz CLASSE F/CATEGORIA 7 Especificada até 600MHz CATEGORIA 8 Especificada até 2000 MHz Os cabos classes A, B e C não são reconhecidos para uso em sistemas de cabeamento estruturado, mas podem ser utilizados para aplicações de voz. Os cabos Classe C/Categoria 3 são utilizados para dados em baixas velocidades (10Mb/s), porém já se encontra em desuso. Os cabos categorias 5e, 6, 6a e 7 (classes D, E, EA e F) são usados em edifícios comerciais nos subsistemas de cabeamento horizontal e backbone. Os cabos ópticos são normalmente usados para transmissão laser e oferecem suporte a aplicações de altas velocidades. O uso de cabeamento óptico em edifícios comerciais é mais comum no subsistema de backbone. PADRÃO TOMADA PARA CABEAMENTO O padrão de tomada adotado no Brasil para cabeamento de telecomunicações é o RJ45. Apesar de haver outros padrões de conexão, praticamente todos os equipamentos que operam em rede possuem portas RJ45. javascript:void(0) javascript:void(0) javascript:void(0) javascript:void(0) javascript:void(0) Tomada para cabeamento de telecomunicações RJ45 Trata-se de uma peça de plástico com oito pinos na porta, também chamado de 8P8C. Quatro de seus pinos são usados para enviar e receber dados, enquanto os outros quatro são usados para outras tecnologias ou dispositivos de rede de energia. Podemos verificar que é bem parecido com o de telefonia RJ11, porém o conector RJ45 é usado em redes, enquanto o RJ11 é o conector de cabo usado em aparelhos telefônicos, ADSL e cabos de modem. Além disso, também há diferenças na estrutura do conector. Como apresentado, o RJ11 possuiapenas quatro fios e o RJ 45 oito fios; como consequência, o conector RJ45 é um pouco maior do que o RJ11. SIMBOLOGIA PARA CABEAMENTO ESTRUTURADO A seguir são representados alguns símbolos para cabeamento estruturado, conforme a Norma NBR 14565. Ponto de terminação de rede ou caixa para distribuição a 130cm de seu eixo do piso. Caixa ou gabinete montado em prancha de madeirite tratada, para fixação de blocos. Caixa de passagem a 130cm de seu piso. Ponto de consolidação (CP). Tomada de Telecomunicações (TO) a 30cm do piso. Tomada de Telecomunicações (TO) a 130cm do piso. Tomada de Telecomunicações (TO) a 230cm do piso. Tomada de Telecomunicações (TO) em mobiliário. Tomada de Telecomunicações (TO) em laje ou sob o piso. Tomada de Telecomunicações (TO) no piso. Tubulação que sobe. Tubulação que desce. Barra de terra. Gabinete para blocos e equipamentos. Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal Tabela: Ana Catarina de Abreu VERIFICANDO O APRENDIZADO MÓDULO 2 Identificar os recursos de prevenção e combate a incêndios CONCEITO DE INSTALAÇÕES DE PREVENÇÃO E COMBATE A INCÊNDIOS MEDIDAS E INSTALAÇÕES DE PREVENÇÃO E COMBATE A INCÊNDIOS Em relação à prevenção e ao combate a incêndios, existem medidas e instalações que devem ser utilizadas de acordo com sua ocupação e seu uso. Entre essas medidas, podemos destacar as seguintes: EXTINTORES CHUVEIROS (TAMBÉM CONHECIDOS COMO SPRINKLERS) SINALIZAÇÃO DE SEGURANÇA PLANO DE EMERGÊNCIA E ROTAS DE FUGA CONTROLES DE FUMAÇA CONTROLE DE MATERIAIS DE ACABAMENTO A necessidade e a complexidade de cada uma delas são definidas pelos Códigos de Segurança contra Incêndio e Pânico (COSCIP), no âmbito de cada estado, e está geralmente relacionada ao tipo e à área construída da edificação. A seguir, pode ser vista a Tabela presente em um Anexo dos COSCIP, Decreto nº 46.925 de 05 de fevereiro de 2020, do estado do Rio de Janeiro. Exigências para edificações com área menor ou igual a 900m2 e até 02 pavimentos Medidas de segurança contra incêndio e pânico Grupo / Divisão de ocupação e uso A, D, E, G B C F H I, J, M3 L1 - - - F1, F2, F3, F4, F7, F8, F10 F5, F11 F6 F9 H1, H4 H2, H3 - - Extintores X X X X X X X X X X1 X Sinalização de Segurança X X X X X X X X X X1 X Exigências para edificações com área menor ou igual a 900m2 e até 02 pavimentos Medidas de segurança contra incêndio e pânico Grupo / Divisão de ocupação e uso A, D, E, G B C F H I, J, M3 L1 - - - F1, F2, F3, F4, F7, F8, F10 F5, F11 F6 F9 H1, H4 H2, H3 - - Iluminação de emergência X X X X X X X X X X1 - Saídas de emergência X X X X X X X X X X1 X Plano de emergência - - - - - X2 - - X - - Controle de materiais de acabamento - X - X X X - - X - X Controle de fumaça - - - - - X3,4 - - - - - Atenção! Para visualizaçãocompleta da tabela utilize a rolagem horizontal Tabela: COSCIP-RJ (2020) As principais normas técnicas brasileiras que disciplinam o projeto de instalações de redes de combate a incêndio no Brasil são as seguintes: ABNT NBR 10897 Sistemas de proteção contra incêndio ou chuveiros automáticos – Requisitos ABNT NBR 13714 Sistemas de hidrantes e de mangotinhos para combate a incêndio ABNT NBR 12693:2013 Sistema de proteção por extintores de incêndio ABNT NBR 15808:2017 Extintores de incêndio portáteis ABNT NBR 15809:2017 Extintores de incêndio sobre rodas Neste módulo, estudaremos um pouco sobre as instalações especiais de extintores e de chuveiros automáticos (sprinklers). INSTALAÇÕES DE EXTINTORES DE INCÊNDIO Dá-se o nome de extintores de incêndio aos aparelhos de acionamento manual, constituídos de recipiente e acessórios e contendo o agente extintor destinado a combater princípios de incêndio. Extintor de incêndio Extintores de incêndio podem ser portáteis ou sobre rodas, sendo que os primeiros são aqueles que possuem massa total até 245kgf, e os últimos os que possuem massa total acima de 245kgf. Extintor de incêndio Os extintores de incêndio são classificados de acordo com o material com que combatem o fogo. Antes, porém, vamos entender o tipo de fogo, que pode ser classificado em três categorias, conforme descrito a seguir: FOGO CLASSE A Fogo envolvendo materiais combustíveis sólidos, tais como madeiras, tecidos, papéis, borrachas, plásticos termoestáveis e outras fibras orgânicas, que queimam em superfície e profundidade, deixando resíduos. FOGO CLASSE B Fogo envolvendo líquidos e/ou gases inflamáveis ou combustíveis, plásticos e graxas que se liquefazem por ação do calor e queimam somente em superfície. FOGO CLASSE C Fogo envolvendo equipamentos energizados, fios, cabos, quadros elétricos e similares, onde devem ser utilizados extintores não condutores de eletricidade para proteger seus operadores. Desse modo, os extintores podem conter os seguintes agentes: javascript:void(0) javascript:void(0) javascript:void(0) Água Espuma mecânica Espuma química Pó químico Dióxido de carbono (CO2) Compostos halogenados Devem ser escolhidos extintores com graus de capacidade extintora adequados para os tipos de fogo mencionados. Assim, para combatermos fogos da classe A, devem ser selecionados extintores com carga d ´água ou de espuma mecânica. Para combatermos fogos da classe B, devem ser utilizados extintores com carga de espuma mecânica, dióxido de carbono, de compostos halogenados ou de pó químico. Contudo, se gases inflamáveis estiverem envolvidos, devem-se selecionar apenas extintores com carga de pó químico. Para os fogos de classe C, devem ser utilizados extintores com carga de dióxido de carbono, de compostos halogenados ou de pó químico. VOCÊ SABIA? Você já viu um extintor dentro de um veículo? Ele possui um pó químico que combate tanto o fogo A, como o fogo B e o C. É o chamado de Extintor ABC e possui sempre, de acordo com o Conselho Nacional de Trânsito, capacidade de 01kg. O volume e a quantidade de material alocado dentro dos extintores são organizados de modo a formarem uma “capacidade extintora mínima”. É daí que são definidos os volumes dos extintores a serem vendidos no mercado, que devem encerrar, no mínimo, a sua “capacidade extintora mínima”. javascript:void(0) CAPACIDADE EXTINTORA MÍNIMA Medida do poder de extinção de fogo de um extintor, obtida em ensaio prático normalizado (NBR 12693). Cada pavimento deve possuir no mínimo duas unidades extintoras, sendo uma para incêndio classe A e outra para incêndio classes B e C. De acordo com esse número, podem-se instalar duas unidades extintoras de pó ABC. Se a área construída da edificação for menor do que 50m2, pode ser instalada apenas uma unidade extintora ABC. Além da área, outra variável que deve ser considerada na escolha dos extintores é a distância máxima a ser percorrida, que varia em função do risco de incêndio. Quanto mais alta a carga de incêndio específica, calculada em MJ/m2, maior é o risco, que pode ser classificado como baixo, médio ou alto. Para o caso do COSCIP-RJ, por exemplo, a tabela da determinação das áreas e distâncias é a dada a seguir: Determinação da unidade extintora mínima, área e distância a serem percorridas para o dimensionamento de extintores de incêndio para classe A, B e C. Extintor / risco Risco Pequeno Médio 1 e 2 Grande Área máxima protegida por 01 (uma) unidade extintora 250 m2 150 m2 100 m2 Distância máxima percorrida 20 m 15 m 10 m Atenção! Para visualizaçãocompleta da tabela utilize a rolagem horizontal Tabela: COSCIP-RJ, Nota Técnica NT 2-01 (2020) REDES DE CHUVEIROS AUTOMÁTICOS De acordo com a NBR 10897, um sistema de chuveiros automáticos consiste em um sistema integrado de tubulações aéreas e subterrâneas alimentado por uma ou mais fontes de abastecimento automático de água. A parte do sistema de chuveiros automáticos acima do piso consiste em uma rede de tubulações instalada em construções, normalmente junto ao teto, onde são conectados chuveiros automáticossegundo um padrão regular. Uma rede de chuveiros automáticos apresenta os seguintes componentes: CHUVEIROS AUTOMÁTICOS Dispositivos para extinção ou controle de incêndios, que funcionam automaticamente quando seu elemento termossensível é aquecido à sua temperatura de operação ou acima dela, permitindo a descarga da água sobre uma área específica. Os chuveiros automáticos podem ser classificados ainda pela temperatura com que rompem, o que é identificado pela cor de sua ampola interna. A foto a seguir mostra um chuveiro que rompe quando a temperatura chega a 68°C. Chuveiro automático Quanto ao sistema, os chuveiros automáticos podem ainda ser de ação prévia, de dilúvio, de tubo molhado, de tubo seco, ou até mesmo de duas categorias ao mesmo tempo, como os chuveiros automáticos de ação prévia e de tubo seco. RAMAIS Ramificações onde os chuveiros automáticos são instalados diretamente. TUBULAÇÕES SUBGERAIS São aquelas que alimentam os ramais. TUBULAÇÕES GERAIS São aquelas que alimentam as subgerais. COLUNA DE ALIMENTAÇÃO Tubulações verticais de um sistema de chuveiros automáticos. COLUNA PRINCIPAL DE ALIMENTAÇÃO DO SISTEMA Tubulação não subterrânea, horizontal ou vertical, localizada entre a fonte de abastecimento de água e as tubulações gerais e subgerais. Conta ainda com uma válvula de controle e um dispositivo de alarme de vazão de água. Quanto aos riscos de incêndio, classificá-los é importante para determinar melhores soluções e arranjos para os chuveiros, de modo a atender à necessidade do ambiente. Existem quatro classificações, a saber: 1 Ocupação de risco leve: ocupações isoladas em que o volume e/ou combustibilidade do conteúdo no ambiente são baixos, tais como edifícios residenciais, escolas, escritórios, hospitais, hotéis e motéis e outros. Ocupação de risco moderado: ocupações isoladas em que o volume e/ou a combustibilidade do conteúdo no ambiente são médios, tais como bebidas, confecções, couros e fabricação de eletrônicos. 2 3 Ocupação de risco extraordinário: ocupações ou parte delas em que se empregam líquidos inflamáveis e/ou combustíveis de alto volume e combustividade, tais como asfalto, fogos de artifício, colas inflamáveis, solventes. Ocupação de risco pesado: ocupações ou parte delas em que se empregam líquidos inflamáveis e/ou combustíveis e/ou produtos de alta combustividade, como borracha, papel e papelão. 4 O sistema ainda pode ser decomposto em quatro subsistemas: Fonte de abastecimento de água: um suprimento de água exclusivo que permita uma operação automática, com capacidade suficiente para atender adequadamente à demanda do sistema. Pode ser um reservatório elevado, semienterrado ou subterrâneo. Sistema de pressurização: é preciso agregar um dispositivo de pressurização para garantir vazão e pressão adequadas ao sistema para seu pleno funcionamento. Isso geralmente é realizado por meio de um conjunto motobomba, que deve dispor ainda de dispositivo para partida automática por queda de pressão hidráulica. O sistema também deve instalar uma outra bomba de pressurização (Bomba JOCKEY) para compensar pequenos e eventuais vazamentos. Válvula de governo e alarme (VGA): válvula de retenção com uma série de orifícios roscados para ligação de dispositivos de segurança e alarme, como manômetros, linhas de alarme e válvulas de drenagem para esvaziar o sistema e reabastecer os chuveiros atingidos com fogo. Rede de distribuição: o sistema de distribuição é outro elemento do sistema composto por uma rede de tubulações que liga a VGA aos chuveiros automáticos. A rede de chuveiros automáticos e seus componentes descritos podem se organizar de quatro modos diferentes, como descrito a seguir: A instalação e o arranjo dos chuveiros possuem duas condicionantes principais: o espaçamento entre eles e a limitação na área de cobertura de cada chuveiro. Quanto às distâncias máximas entre ramais e ramais e chuveiros, são classificadas de acordo com a classe de risco de ocupação, conforme a tabela a seguir: Classe de risco de ocupação Distâncias máximas entre ramais e entre chuveiros e ramais (m) Leve 4,6 Classe de risco de ocupação Distâncias máximas entre ramais e entre chuveiros e ramais (m) Ordinário 4,6 Extraordinário 3,7 (4,6 se densidade menor que 10,2mm/min) Atenção! Para visualizaçãocompleta da tabela utilize a rolagem horizontal Tabela: NBR 10897 (2008) A área máxima de cobertura por chuveiro também é determinada em função da classe de risco da ocupação, conforme pode ser visto na tabela a seguir: Classe de risco de ocupação Área máxima Leve 18,6m2 (Tabela)/20,9m2 (Dimensionamento hidráulico) Ordinário 12,1m2 Extraordinário 8,4m2 (Tabela)/9,3m2 ou 12,1m2 (Dimensionamento hidráulico) Atenção! Para visualizaçãocompleta da tabela utilize a rolagem horizontal Tabela: NBR 10897 (2008) DIMENSIONAMENTO DA REDE DOS CHUVEIROS AUTOMÁTICOS Existem dois tipos de dimensionamento de rede de chuveiros automáticos: por tabela e por dimensionamento hidráulico, que considera dados como a perda de carga. Neste módulo, vamos ver apenas o primeiro modo. No dimensionamento por tabela, devem ser utilizadas as tabelas e recomendações a seguir para dimensionar a rede: Diâmetro nominal Quantidade máxima de chuveiros - tubo de aço Quantidade máxima de chuveiros - tubo de cobre Número dechuveiros: risco leve 25 2 chuveiros 2 chuveiros 32 3 chuveiros 3 chuveiros 40 5 chuveiros 5 chuveiros 50 10 chuveiros 12 chuveiros 65 30 chuveiros 40 chuveiros 80 60 chuveiros 65 chuveiros 90 100 chuveiros 115 chuveiros Número dechuveiros: risco ordinário 25 2 chuveiros 2 chuveiros 32 3 chuveiros 3 chuveiros 40 5 chuveiros 5 chuveiros 50 10 chuveiros 12 chuveiros Diâmetro nominal Quantidade máxima de chuveiros - tubo de aço Quantidade máxima de chuveiros - tubo de cobre 65 20 chuveiros 25 chuveiros 80 40 chuveiros 45 chuveiros 90 65 chuveiros 75 chuveiros 100 100 chuveiros 115 chuveiros 125 160 chuveiros 180 chuveiros 150 275 chuveiros 300 chuveiros Atenção! Para visualizaçãocompleta da tabela utilize a rolagem horizontal Tabela: NBR 10897 (2008) VAMOS FAZER UM EXERCÍCIO POR MEIO DO QUAL PODEREMOS PRATICAR AS DEFINIÇÕES VISTAS AQUI E APLICÁ-LAS A UM DIMENSIONAMENTO DE CHUVEIROS AUTOMÁTICOS. UM SISTEMA DE CHUVEIROS AUTOMÁTICOS PARA UMA CONSTRUÇÃO COM UM PAVIMENTO DE ESCRITÓRIOS (RISCO LEVE) DE 30M X 15M DE TERRENO É PROJETADO. DETERMINE O AFASTAMENTO ENTRE CHUVEIROS QUE DEVE SER OBEDECIDO. RESPOSTA Trata-se de uma área de risco e ocupação leve. Então, de acordo com a tabela a seguir, a distância máxima entre ramais e entre chuveiros e ramais é de 4,6m. Classe de risco de ocupação Distâncias máximas entre ramais e entre chuveiros e ramais (m) Leve 4,6 Ordinário 4,6 Extraordinário 3,7 Atenção! Para visualizaçãocompleta da tabela utilize a rolagem horizontal Tabela: NBR 10897 (2008) DETERMINE A ÁREA MÁXIMA DE COBERTURA ENTRE CHUVEIROS. RESPOSTA A área máxima de cobertura de chuveiros também deve ser determinada por uma tabela. Dessa maneira, a área de cobertura é de 18,6m2 para um risco de ocupação leve. Classe de risco de ocupação Área máxima Leve 18,6m2 (Tabela)/21m2 (Dimensionamento hidráulico) Ordinário 12m2 Classe de risco de ocupação Área máxima Extraordinário 8,4m2 (Tabela)/9,6m2 (Dimensionamento hidráulico) Atenção! Para visualizaçãocompleta da tabela utilize a rolagem horizontal Tabela: NBR 10897 (2008) VERIFICANDO O APRENDIZADO MÓDULO 3 Descrever o conceito de sistemas de proteção contra descargas atmosféricas. INTRODUÇÃO AO SPDA NORMAS O Brasil é o país com a maior incidência de raios do mundo. Raios podem resultar em prejuízos como: Danos à estrutura e ao seu conteúdo. Falhas aos sistemas eletroeletrônicos associados. Ferimentos a seres vivos dentro ou perto das estruturas, podendo ser estendidos às vizinhanças da estrutura ou até mesmo ao meio ambiente. Para reduzir as perdas causadas pelas descargas atmosféricas, podemser necessárias medidas de proteção. Por isso, é de grande importância a utilização de um sistema de proteção contra descargas atmosféricas (SPDA) nas instalações. O SPDA consiste em interceptar uma descarga atmosférica para a estrutura, via subsistema de captação, conduzir a corrente de descarga seguramente para a terra, via subsistema de descida, e dispersar a corrente na terra, via subsistema de aterramento. A norma utilizada no Brasil para sistemas de proteção contra descargas atmosféricas é a ABNT NBR 5419 – Proteção contra descargas atmosféricas, que é dividida em 4 capítulos: Princípios gerais Gerenciamento de risco Danos físicos a estruturas e perigos à vida Sistemas elétricos e eletrônicos internos na estrutura Em 2015, o termo SPDA deixou de ser o tema único e passou a apresentar também uma área específica de proteção: MPS – medidas de proteção contra surtos. O SPDA continua tratando da proteção contra danos físicos à estrutura e risco à vida, enquanto as MPS são voltadas à proteção dos sistemas elétricos e eletrônicos instalados na estrutura a ser protegida. SPDA Sistema de proteção contra descargas atmosféricas CLASSIFICAÇÃO DAS ESTRUTURAS Vamos utilizar os níveis de proteção indicados pela NBR 5419 (2005), em que é especificado pela função do tipo de estrutura. 1 ETI (equipamentos de tecnologia da informação) podem ser instalados em todos os tipos de estrutura, inclusive estruturas comuns. É impraticável a proteção total contra danos causados pelos raios dentro dessas estruturas; não obstante, devem ser tomadas medidas (conforme a ABNT NBR 5410), de modo a limitar os prejuízos a níveis aceitáveis. 2 javascript:void(0) Estruturas de madeira: nível III; estruturas nível IV. Estruturas contendo produtos agrícolas potencialmente combustíveis (pós de grãos) sujeitos à explosão são consideradas com risco para arredores. Classificação da Estrutura Tipo de estrutura Efeitos das descargas atmosféricas Nível de proteção Estruturas comuns 1 Residências Perfuração da isolação de instalações elétricas, incêndio e danos materiais. Danos normalmente limitados a objetos no ponto de impacto ou no caminho do raio. III Fazendas e estabelecimentos agropecuários Risco direto de incêndio e tensões de passos perigosos. Risco indireto devido à interrupção de energia e risco de vida para animais devido à perda de controles eletrônicos, ventilação, suprimento de alimentação e outros. III ou IV 2 Teatros, escolas, lojas de departamentos, áreas esportivas e igrejas Danos a instalações elétricas (por exemplo, iluminação) e possibilidade de pânico. Falha do sistema de alarme contra incêndio, causando atraso no socorro. II Bancos, companhias de seguro, comerciais e outros Como já mencionado, além de efeitos indiretos com a perda de comunicações, falha dos computadores e perda de dados. II javascript:void(0) javascript:void(0) Classificação da Estrutura Tipo de estrutura Efeitos das descargas atmosféricas Nível de proteção Hospitais, casas de repouso e prisões Como para escolas, além dos efeitos indiretos para pessoas em tratamento intensivo, dificuldade de resgate de indivíduos imobilizados. II Indústrias Efeitos indiretos conforme o conteúdo das estruturas, variando de danos pequenos a prejuízos inaceitáveis e perda de produção. III Museus e locais arqueológicos Perda de patrimônio cultural insubstituível. II Estruturas com risco confinado Estações de telecomunicação, usinas elétricas, indústrias Interrupção inaceitável de serviço público por breve ou longo período. Risco indireto às imediações devido a incêndios e outros com risco de incêndio. I Estruturas com risco para os arredores Refinarias, postos de combustível, fábricas de fogos e munição Risco de incêndio, explosão da instalação e seus arredores. I Estruturas com risco para o meio ambiente Indústrias químicas, usinas nucleares, laboratórios bioquímicos Riscos de incêndio e falhas de operação, com consequências perigosas para o local e para o meio ambiente. I Atenção! Para visualizaçãocompleta da tabela utilize a rolagem horizontal Classificação de estruturas para determinação do nível de proteção. Tabela: B.6 da NBR 5419 (2005). MÉTODOS PARA PROTEÇÃO Subsistemas de captação podem ser compostos por qualquer combinação dos seguintes elementos: HASTES (INCLUINDO MASTROS) CONDUTORES SUSPENSOS CONDUTORES EM MALHA Os métodos de proteção definidos pela Norma 5419 são: MÉTODO DE HASTES O método também é conhecido como método de Franklin, em homenagem ao seu inventor, Benjamin Franklin, que construiu o primeiro em 1760. É baseado em um cone, formado por um mastro cujo ângulo é especificado em função do nível de proteção e da altura. Podemos encontrar o raio da base do cone e sua área pelas fórmulas e R = H ∙ tgα , respectivamente. MÉTODO DA ESFERA ROLANTE Também conhecido como método eletrogeométrico, em que uma esfera imaginária rola ao redor e no topo da estrutura em todas as direções possíveis de uma edificação. Utiliza mastros para- raios e anéis captores horizontais, cuja geometria é definida pela esfera cujo raio depende do nível de proteção. S = π ∙ R2 MÉTODO DAS MALHAS Também conhecido como Gaiola de Faraday, nele os condutores circundam a estrutura e assim efetuam malhas sobre ela. Utilizam-se como captores um conjunto de terminais aéreos e condutores em malha fixados na estrutura a ser protegida, envolvendo-a. A cada distanciamento máximo dos condutores da malha previsto em norma, são instalados mais condutores em volta da estrutura. Por fim, ligam-se os condutores de descida com os condutores em volta da estrutura e as hastes de aterramento, finalizando desse modo a gaiola. Os métodos 2 e 3 são indicados para todos os casos, porém o método 1 é adequado para edifícios, mas está sujeito ao limite de altura, indicado na tabela e figura a seguir. Método de proteção Classe do SPDA Raio da esfera rolante – R (m) Máximo afastamento dos condutores da malha (m) Ângulo de proteção I 20 5x5 Ver Figura II 30 10x10 III 45 15x15 IV 60 20x20 Atenção! Para visualizaçãocompleta da tabela utilize a rolagem horizontal Valores máximos dos raios da esfera rolante, tamanho da malha e ângulo. Tabela: 2 da NBR 5419 - Parte 3 (2015) α NOTA 1: Para valores de H (m) acima dos valores finais de cada curva (classes I a IV) são aplicávei apenas os métodos da esfera rolante e das malhas. NOTA 2: H é a altura do captor acima do plano de referência da área a ser protegida. NOTA 3: O ângulo não será alterado para valores de H abaixo de 2m. Ângulo de proteção correspondente à classe de SPDA. CAPTAÇÃO E DESCIDA MATERIAIS DOS CONDUTORES DE CAPTAÇÃO E DESCIDA Os materiais para condutores de captação e descida podem ser aqueles já pertencentes às construções, como coberturas metálicas, tubulações metálicas, grades etc., contanto que exista continuidade entre as partes e possuam espessuras mínimas, conforme a tabela a seguir. A T Previne a perfuração, pontos quentes ou ignição. B T’ Somente para chapas metálicas, se não for importante prevenir a perfuração, pontos quentes ou problemas com ignição. Classe do SPDA Material Espessura a t (mm) Espessura b t’ (mm) I a IV Chumbo - 2,0 Aço (inoxidável galvanizado a quente) 4 0,5 Titânio 4 0,5 Cobre 5 0,5 Alumínio 7 0,65 Zinco - 0,7 Atenção! Para visualizaçãocompleta da tabela utilize a rolagem horizontal Espessura mínima de chapas metálicas ou tubulações metálicas. Tabela: 3 da NBR 5419 – Parte 3 (2015) Os materiais que não fazem parte da construção e que são utilizados nos subsistemas de captação e descidas são especificados na tabela a seguir. D javascript:void(0) javascript:void(0) Espessura, comprimento e diâmetro indicados na tabela referem-se aos valores mínimos, sendo admitida uma tolerância de 5 %, exceto para o diâmetro dos fios das cordoalhas, cuja tolerânciaé de 2 %. E A cordoalha cobreada deve ter uma condutividade mínima de 30 % IACS (International Annealed Copper Standard). A O recobrimento a quente (fogo) deve ser conforme a ABNT NBR 6323. B Aplicável somente a minicaptores. Para aplicações em que esforços mecânicos, por exemplo, força do vento, não forem críticos, é permitida a utilização de elementos com diâmetro mínimo de 10mm e comprimento máximo de 1m. C Composição mínima AISI 304 ou composto por: cromo 16 %, níquel 8 %, carbono 0,07 %. Material Configuração Área da seção mínima (mm²) Comentários d Cobre Fita maciça 35 Espessura 1,75mm javascript:void(0) Material Configuração Área da seção mínima (mm²) Comentários d Arredondado maciço d 35 Diâmetro 6mm Encordoado 35 Diâmetro de cada fio cordoalha 2,5mm Arredondado maciço b 200 Diâmetro 16mm Alumínio Fita maciça 70 Diâmetro 3mm Arredondado maciço 70 Diâmetro 9,5mm Encordoado 70 Diâmetro de cada fio cordoalha 3,5mm Arredondado maciço b 200 Diâmetro 16mm Aço cobreado IACS 30% e Arredondado maciço 50 Diâmetro 8mm Encordoado 50 Diâmetro de cada fio cordoalha 3mm Alumínio cobreado IACS 64% Arredondado maciço 50 Diâmetro 8mm javascript:void(0) javascript:void(0) javascript:void(0) javascript:void(0) javascript:void(0) Material Configuração Área da seção mínima (mm²) Comentários d Encordoado 70 Diâmetro de cada fio cordoalha 3,6mm Aço galvanizado a quente a Fita maciça 50 Espessura mínima 2,5mm Arredondado maciço 50 Diâmetro 8mm Encordoado 50 Diâmetro de cada fio cordoalha 1,7mm Arredondado maciço b 200 Diâmetro 16mm Aço inoxidável c Fita maciça 50 Espessura 2mm Arredondado maciço 50 Diâmetro 8mm Encordoado 70 Diâmetro de cada fio cordoalha 1,7mm Arredondado maciço b 200 Diâmetro 16mm Atenção! Para visualizaçãocompleta da tabela utilize a rolagem horizontal Material, configuração e área de seção mínima dos condutores de captação, hastes. Tabela: 6 da NBR 5419 – Parte 3 (2015). javascript:void(0) javascript:void(0) javascript:void(0) javascript:void(0) javascript:void(0) DESCIDAS O material dos condutores de captação e descidas foram especificados na tabela do item anterior. O espaçamento médio entre os condutores de descida e entre os anéis condutores é apresentado na tabela a seguir, conforme a norma. Classe do SPDA Distâncias (m) I 10 II 10 III 15 IV 20 NOTA: É aceitável que o espaçamento dos condutores de descidas tenha no máximo 20% além dos valores acima. Atenção! Para visualizaçãocompleta da tabela utilize a rolagem horizontal Valores típicos de distância entre os condutores de descida e entre os anéis condutores de acordo com a classe de SPDA. Tabela: 4 da NBR 5419 – Parte 3 (2015). Um condutor de descida deve ser instalado, preferencialmente, em cada canto saliente da estrutura, além dos demais condutores impostos pela distância de segurança calculada. Além disso, o número de condutores de descida não pode ser inferior a dois. Esses condutores devem ser posicionados de modo que haja uma distância de segurança entre eles e quaisquer portas e janelas, conforme a NBR 5419:2015. ATERRAMENTO Para subsistemas de aterramento, na impossibilidade do aproveitamento das armaduras das fundações, deve ser utilizado condutor em anel, externo à estrutura a ser protegida, em contato com o solo por pelo menos 80 % de seu comprimento total, ou elemento condutor interligando as armaduras descontínuas da fundação (sapatas). O eletrodo de aterramento em anel deve ser enterrado na profundidade de no mínimo 0,5m e ficar posicionado à distância aproximada de 1m ao redor das paredes externas. As configurações e dimensões mínimas dos condutores do subsistema de aterramento são dadas pela tabela a seguir. F A cordoalha cobreada deve ter uma condutividade mínima de 30 % IACS (International Annealed Copper Standard). D Espessura, comprimento e diâmetro indicados na tabela referem-se aos valores mínimos, sendo admitida uma tolerância de 5 %, exceto para o diâmetro dos fios das cordoalhas cuja tolerância é de 2 %. C Composição mínima AISI 304 ou composto por: cromo 16 %, níquel 8 %, carbono 0,07 %. A O recobrimento a quente (fogo) deve ser conforme ABNT NBR 6323. B Aplicável somente a minicaptores. Para aplicações em que esforços mecânicos, por exemplo, força do vento, não forem críticos, é permitida a utilização de elementos com diâmetro mínimo de 10mm e comprimento máximo de 1m. G Esta tabela não se aplica aos materiais utilizados como elementos naturais de um SPDA. E Sempre que os condutores estiverem em contato direto com o solo devem atender às prescrições desta tabela. Material Configuração Dimensões mínimas f Comentários d Eletrodo cravado (Diâmetro) Eletrodo não cravado Cobre Encordoado c - 50mm² Diâmetro de cada fio cordoalha 3mm Arredondado maciço c - 50mm² Diâmetro 8mm Fita maciça c - 50mm² Espessura 2mm javascript:void(0) javascript:void(0) javascript:void(0) javascript:void(0) javascript:void(0) Material Configuração Dimensões mínimas f Comentários d Eletrodo cravado (Diâmetro) Eletrodo não cravado Arredondado maciço 15mm - Tubo 20mm - Espessura da parede 2mm Aço galvanizado a quente Arredondado maciço a,b 16mm Diâmetro 10mm - Tubo a,b 25mm - Espessura da parede 2mm Fita maciça a - 90mm² Espessura 3mm Encordoado - 70mm² - Aço cobreado Arredondado maciço d Encordoado g 12,7mm 70mm² Diâmetro de cada fio da cordoalha3,45mm Aço inoxidável e Arredondado maciço Fita maciça 15mm Diâmetro 10mm 100mm² Espessura mínima 2mm Atenção! Para visualizaçãocompleta da tabela utilize a rolagem horizontal javascript:void(0) javascript:void(0) javascript:void(0) javascript:void(0) javascript:void(0) javascript:void(0) javascript:void(0) javascript:void(0) javascript:void(0) javascript:void(0) Material, configuração e dimensões mínimas de eletrodo de aterramento. Tabela: 7 da NBR 5419 – Parte 3 (2015). As hastes de aço recobertas com cobre (cooperweld), em geral de 2,40 ou 3,00m 3 5/8”, são utilizadas como eletrodos de aterramento complementares, cravadas na terra. A resistência de aterramento deve ser medida, e recomenda-se que seu valor seja inferior a 10ohms, de modo a obter uma rápida dissipação da corrente da descarga elétrica. PROTEÇÃO DE EQUIPAMENTOS Os Dispositivos de Proteção contra Surtos (DPS) devem ser instalados como parte integrante da proteção do SPDA. Trata-se de um dispositivo destinado à proteção contra sobretensões e desvios de correntes de surtos transitórias provocados por descargas diretas ou indiretas na rede elétrica, causadas tanto por raios como por manobras no sistema elétrico. O aumento repentino na tensão da rede (surtos) pode causar sérios danos a equipamentos eletroeletrônicos e à própria instalação elétrica. Todos os ambientes que possuam equipamentos conectados à rede elétrica ou a linhas de dados, como telefonia, internet e TV, estão expostos aos malefícios dos surtos elétricos. Portanto, os DPS são dispositivos importantes e fazem parte do SPDA. Exemplo de Dispositivos de Proteção contra Surtos (DPS) SIMBOLOGIA USADA EM PROJETO DE SPDA A seguir são apresentados alguns símbolos usados em projeto de SPDA. Haste de aterramento com caixa de inspeção. Malha de captação. Caixa de passagem a 130cm do seu piso. Barra chata de alumínio. Cabo de descida isolado. Caixa de Equalização de Potencial. Captor Franklin. Terminal aéreo. Haste de aterramento. Cabo que sobe. Cabo que desce. Atenção! Para visualizaçãocompleta da tabela utilize a rolagem horizontal VERIFICANDO O APRENDIZADO CONCLUSÃO CONSIDERAÇÕES FINAIS Neste tema, aprendemos sobre os principais critérios e os princípios básicos dos sistemas de instalações especiais em edifícios. Vimos algumas normas regulamentadoras que são fundamentais para garantir a segurança e o bom funcionamento dos sistemas de telefonia e cabeamento estruturados, das instalações de prevenção e combate a incêndios e dossistemas de proteção contra descargas atmosféricas. Também compreendemos as instalações e os materiais utilizados nas instalações de comunicação e cabeamento e os sistemas de proteção contra descargas atmosféricas. Igualmente, aprendemos a identificar e reconhecer os recursos de prevenção e combate a incêndios. Além disso, conhecemos a simbologia e a terminologia utilizadas nos diferentes sistemas especiais apresentados. PODCAST Os especialistas Ana Catarina de Abreu e Giuseppe Miceli Júnior vão fazer um resumo sobre os tópicos abordados no tema. AVALIAÇÃO DO TEMA: REFERÊNCIAS ABRASIP-SINDUSCON-MG. Manual técnico: redes de telecomunicações em edificações. Coordenação de Eduardo Henrique Moreira. 3. ed. Belo Horizonte: ABRASIP-SINDUSCON-MG, 2017. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 5419: Proteção contra descargas atmosféricas. Rio de Janeiro: ABNT, 2018. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 10897 – Sistemas de proteção contra incêndio ou chuveiros automáticos – Requisitos. Rio de Janeiro: ABNT, 2008. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 12693:2013 - Sistema de proteção por extintores de incêndio. Rio de Janeiro: ABNT, 1993. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 13714 – Sistemas de hidrantes e de mangotinhos para combate a incêndio. Rio de Janeiro: ABNT, 2000. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 15808:2017 - Extintores de incêndio portáteis. Rio de Janeiro: ABNT, 2017. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 15809:2017 - Extintores de incêndio sobre rodas. Rio de Janeiro: ABNT, 2017. CARVALHO JÚNIOR, R. Instalações elétricas e o projeto de arquitetura. 7 ed. São Paulo: Blucher, 2016. Biblioteca Virtual. CREDER, H. Instalações Elétricas. 16. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2018. CRUZ, E. C. A.; ANICETO, L. A. Instalações Elétricas: fundamentos, prática e projetos em instalações residenciais e comerciais. 3. ed. São Paulo: Érica, 2019. ESTADO DO RIO DE JANEIRO. Decreto nº 46.925, de 05 de fevereiro de 2020. Constituição (2020). Decreto nº 46.925, de 05 de fevereiro de 2020. Rio de Janeiro, RJ, 06 fev. 2020. Consultado em meio eletrônico em: 27 jan. 2021. GEBRAN, A. P.; RIZZATO, F. A. P. Instalações Elétricas Prediais. Porto Alegre: Bookman, 2017. LIMA FILHO, D. L. Projetos de Instalações Elétricas Prediais. 12. ed. São Paulo: Érica, 2011. LUMMERTZ, R. S. et al. Cabeamento estruturado. Porto Alegre: SAGAH, 2019. MARIN, P. S. Cabeamento Estruturado. 2. ed. São Paulo: Érica, 2020. NERY, N. Instalações Elétricas – Princípios e Aplicações. 3. ed. São Paulo: Érica, 2012. EXPLORE+ Para saber mais sobre os assuntos tratados neste tema, leia o Manual técnico: redes de telecomunicações em edificações - SINDUSCON-MG para o sistema de telefonia e cabeamento estrutura. Leia também a Norma 5419 (2015) para o sistema de proteção contra descargas atmosféricas e a NBR 10897 para o sistema de proteção contra incêndio, além das normas associadas. CONTEUDISTAS Ana Catarina Almeida Filizola de Abreu CURRÍCULO LATTES Giuseppe Miceli Junior CURRÍCULO LATTES javascript:void(0); javascript:void(0);
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