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Resumo - Climaterio e Menopausa

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Caderno 
de
Ginecologia 
Gabriel Bagarolo Petronilho 
Medicina - FAG 
TXVIII
2022/1
Gabriel Bagarolo Petronilho
Climatério e Menopausa
●Climatério período compreendido entre o final da fase reprodutiva a até a falência ovariano.
●Menopausa corresponde à data da última menstruação (DUM). É a representação do fim da 
função reprodutiva natural.
O diagnóstico clínico da menopausa é realizado apenas retrospectivamente, ou seja, depois de 
12 meses consecutivos de amenorreia, que não seja explicada por outra causa patológica ou 
fisiológica. 
A idade média do início da menopausa é de 45 a 55 anos; antes do 40 anos menopausa precoce e 
após os 55 anos menopausa tardia. 
Fisiologia 
A mulher possui a formação de todos os seus folículos na vida intra-uterina. Ao redor da 20ª 
semana é o período em que ela apresenta seu maior número de folículos primordiais, cerca de 7 
milhões. 
Ao nascer, a mulher apresenta 1-2 milhões ovos e durante toda a sua vida ela vai perdendo 
quantidade. 
Na menopausa, há uma redução importante na produção hormonal da mulher - estrogênicos. 
Devido essa baixa concentração de estrogênicos, locais do corpo onde há receptores para eles - 
pele, coração, ossos, vagina, mamas, vasos, útero, bexiga - sofrem com a carência, podendo 
causar todos os sintomas do quadro clínico da menopausa em intensidade e apresentação variada. 
A alteração mais frequente do climatério pré-menopausa é a a diminuição dos folículos ovariano 
com diminuição da produção de estrógeno e inibina A e B, aumentando por feedback os níveis de 
FSH (principalmente) e LH. 
O aumento do FSH proporciona o aumento da produção de androgênios que sofrem conversão 
periférica pela ação de aromatosa para estrona (gordura, musculatura, etc).
Após a menopausa, a hipófise estimulada pelo GnRH, libera maior quantidade de FSH e LH em 
uma tentativa de induzir os ovários a uma adequada produção de estradiol. Entretanto, esses 
níveis de estradiol permanecem inferiores a 20pg/mL. 
Uma mulher com idade próxima aos 50 anos, com amenorreia e quadro clínico característico não 
precisa de investigação laboratorial para estabelecimento do diagnóstico de menopausa. 
Contudo, o diagnóstico laboratorial para estado pós-menopausa é de FSH >40mUI/mL e 
estradiol (E₂) <20pg/mL. 
Clínica 
Sintomas iniciais mais comuns: sudorese noturna (fogachos, ondas de calor), fadiga, insônia, 
dores de cabeça, alterações na pele e humor, sangramentos irregulares. 
Os sintomas vasomotores (fogachos) ocorrem em 60-80% das mulheres. Ele é caracterizada por 
um calor intenso me face, pescoço, parte superior do tronco e nos braços. 
O fogacho pode gerar insônia, irritabilidade, cansaço e redução na capacidade de concentração. 
O estrogênio, que falta na menopausa, possui efeito positivo no humor que causa sensação de 
bem-estar, devido estímulo do sistema adrenérgico e serotoninérgico.
→
→
A atrofia urogenital pode trazer uma série de sintomas como ressecamento vaginal, dispareunia, 
vaginites, urgência urinária, disúria, uretrites atróficas e agravamento da incontinência urinária. 
A falta do estrogênio causa uma alteração do pH vaginal para 6-8, gerando uma menor 
resistência contra organismo patógenos e podendo levar a uma vaginite atrófica - pH vaginal 
normal entre 4,5 e 5. 
Osteoporose Pós-Menopausa
A osteoporose é um problema comum nas mulheres, especialmente após a menopausa. Ela é 
definida como redução da massa óssea, alteração na microestrutura óssea, levando ao aumento 
da fragilidade óssea e fraturas por traumas de baixa energia. 
As fraturas por fragilidade óssea podem acometer até 40% das mulheres brancas após os 50 
anos. 
A osteoporose geralmente é crônica, insidiosa e que evolui, na maioria das vezes, sem sintomas. 
Dores musculoesqueléticas podem decorrer de fraturas ou de deformidades, como cifose. 
Solicitação de densitometria óssea - é solicitado para pacientes com pais com história de 
fratura de quadril, artrite reumatoide, fumantes atuais e/ou que ingerem álcool excessivamente. 
Tratamento prática de atividade física regular, diminuir o consumo de psicotrópicos e evitar 
hábitos nocivos, cuidar do ambiente diário e consumir dieta rica em cálcio (1,2 a 1,5 g/dia) e 
vitamina D (700UI).
Menopausa Precoce 
A menopausa precoce é definida quando se instala antes dos 40 anos de idade. 
Pode ocorrer espontaneamente, como manifestação de doença autoimune, induzida por iatrogenia 
médica, alterações genéticas, medicação, irradiação ou cirurgia.
Conduta tratamento da causa base, terapia de reposição hormonal (preservação da massa 
óssea e manutenção do trofismo urogenital). 
Métodos de fertilização assistida são recomendados para pacientes jovens que não possuem 
filhos e têm o desejo. 
Conduta Frente à Mulher no Climatério 
Orientação e esclarecimento sobre essa fase de modificações no organismo devido à carência 
hormonal, manutenção da saúde, prevenção de doenças e rastreamento de neoplasias, avaliação 
criteriosa para TRH. 
Mulher com idade próxima dos 50 anos, amenorréia e quadro clínico característico não necessita 
de investigação laboratorial hormonal para estabelecimento do diagnóstico do climatério ou 
menopausa. É diferente de uma paciente que é histerectomizada e começou com sintomas que 
pode fazer exame laboratorial para definir. 
FSH > 25mUI/mL - pode considerar menopausa. 
Deve ser feito uma anamnese bem feita, exame físico completa, colpocitologia oncótica 
(preventivo até 64 anos), mamografia, avaliação endometrial (paciente na menopausa com 
sangramento vaginal isolado) e prevenção de CA colorretal  
Gabriel Bagarolo Petronilho
:
Gabriel Bagarolo Petronilho
Fatores de Risco para CA de Mama
São fatores de risco para CA de mama: menarca precoce e menopausa tardia, nuliparidade, 
primeiro filho acima dos 30 anos, obesidade - todas essas primeira são relacionada a maior 
exposição estrogênica - , hiperplasia ductais, CA de mama prévio em uma das mamas, HF de CA 
de mama e raça caucasiana. 
USG Endométrio pede a paciente que apresenta sangramento pós-menopausa. 
Mulher pós-menopausa - sem reposição hormonal o endométrio deve medir até 5mm 
Mulher com reposição hormonal - até 10mm.
Histeroscopia - visualização total da cavidade uterina e permite a associação da biópsia 
dirigidas. 
Terapia de Reposição Hormonal 
Mulher com sintomatologia clínica após a análise individual dos riscos e benefícios para a 
paciente pode ser considerado a implementação de TRH. 
Exames laboratoriais perfil lipídico, glicemia, TSH, EQU, pesquisa de sangue oculto nas 
fezes e densitometria óssea são parte da avaliação do paciente. 
Para iniciar a TRH devemos ter uma mamografia em mãos normal e uma PA normal. 
A indicação de TRH é o tratamento para sintomas do climatério.
Outra indicação: tratamento da atrofia urogenital e prevenção de osteoporose. 
Na TRH é utilizado estrógeno + progesterona. A progesterona é dada a paciente que ainda 
possui útero para a proteção endometrial. Já o estrogênio isolado é somente para pacientes 
histerectomizadas. 
Estrogênio via vaginal para paciente com queixas exclusivamente urogenitais - não tem outras 
queixas a não ser o ressecamento urogenital- 2-3x/semana 
Contraindicações da TRH
- CA de mama ou endométrio prévio 
- Sangramento genital de origem desconhecuda 
- Antecedentes de doenças tromboembólicas 
- Doença hepática grave 
Obs.:estrogênio tópico não tem potencial trombogênico.
Riscos da TRH 
A TRH pode provocar surgimento ou aumentar ainda mais a PA. 
CA de mama - estudo WHI detectou aumento do diagnóstico de carcinoma de mama. 
Detectado após o 5º ano de tto. 
AVC - eleva o risco de AVC isquêmico 
:
Tratamento Não Hormonal
- Placebo 
- IRS 
- Clinidina, propranolol e vitamina E 
- Fitoestrogênio - literatura ainda é controversa. 
Gabriel Bagarolo Petronilho

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