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Prova final e material SENAI privacidade e protecao de dados

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 AVALIAÇÃO FINAL 
PONTUAÇÃO: 90.00 
Questão 1 
 A LGPD está alicerçada em sete fundamentos, que 
sintetizam e resumem o “para quê essa Lei veio”. 
Dentre eles, podemos citar: 
• respeito à privacidade; 
• liberdade de expressão, de informação, de 
comunicação e de opinião; 
• inviolabilidade da intimidade, da honra e da 
imagem. 
Os fundamentos citados acima constam também 
em qual outro texto da lei brasileira? 
 Código Penal. 
 Código Civil. 
 Direito do Consumidor. 
 Constituição Federal. 
Questão 2 
Para contratar o serviço de um convênio médico, 
Júlia preencheu um cadastro com seu nome 
completo, RG, CPF, endereço e forneceu também 
dados de sua saúde. 
Considerando a abordagem da LGPD em relação 
aos tipos de dados, que tipos de dados ela forneceu 
à empresa? 
 Somente dados pessoais. 
 Tanto dados pessoais quanto pessoais 
sensíveis. 
 Somente dados sensíveis. 
 Tais informações não são consideradas 
dados pela LGPD. 
Questão 3 
 Marcos manteve durante 5 anos uma conta em 
uma rede social, mas resolveu excluí-la. Ele postava 
fotos, acompanhava conteúdos específicos e 
participava de grupos de discussão. 
Nesse caso, o que ocorrerá com o histórico dessas 
informações? 
 Não poderá pedir a exclusão das 
informações, pois excluiu a sua conta. 
 Somente as fotos postadas nunca mais 
serão removidas. 
 Marcos deixou várias pegadas digitais na 
rede e pode solicitar que estas 
informações sejam eliminadas desta rede 
social. 
 Mesmo após excluir a conta, as 
informações podem ser acessadas. 
Questão 4 
Claudio forneceu seus dados pessoais a uma 
imobiliária para a compra de um imóvel e autorizou 
que eles fossem utilizados somente para esta 
finalidade. Desde então, tem recebido vários 
contatos de empresas que lhe oferecem serviços de 
reforma, venda de móveis, eletrodomésticos etc. 
 
De acordo com os direitos que a LGPD determina 
aos titulares dos dados, identifique a alternativa 
correta: 
 Claudio pode solicitar a eliminação de 
seus dados da base de dados da 
imobiliária, além recorrer à Autoridade 
Nacional de Proteção de Dados (ANPD) 
para a defesa dos seus direitos. 
 Claudio pode recorrer ao PROCON pra 
defesa de seus direitos. 
 Claudio não pode solicitar a eliminação de 
seus dados, pois, neste caso, trata-se de 
uma exigência governamental. 
 Como autorizou a utilização dos dados, 
Claudio não pode mais revogar esse 
consentimento. 
Questão 5 
Uma loja online de produtos eletrônicos solicita aos 
seus clientes o preenchimento de um cadastro, 
contendo nome, RG, CPF, endereço, dados 
bancários, etnia e orientação sexual. 
De acordo com os princípios que a LGPD determina 
às organizações ao tratarem os dados dos titulares 
dos dados, identifique a alternativa correta: 
 A empresa está de acordo com os 
princípios de finalidade, adequação e 
necessidade, pois precisa coletar todos 
esses dados para execução de suas 
atividades. 
 Ao solicitar dados referentes à etnia e à 
orientação sexual, à empresa fere os 
princípios de finalidade, adequação e 
necessidade, pois está tratando dados 
além do necessário e que não se 
relacionam com o seu contexto de 
atuação. 
 Desde que haja autorização do titular, a 
empresa pode coletar todos os dados 
citados. 
 A empresa pode coletar todos esses 
dados, desde que não compartilhe com 
outras organizações. 
Questão 6 
Mariana comprou um celular pela internet por meio 
de uma loja online chamada Eletrotec. Ela 
preencheu o cadastro eletrônico com seus dados 
pessoais para a entrega do produto. 
Identifique a alternativa correta, considerando o 
que a LGPD dispõe sobre tratamento dados: 
 Não houve tratamento de dados, pois a 
empresa solicitou dados pessoais básicos 
somente para a entrega do produto. 
 Houve tratamento de dados temporário. 
 Nesse caso, somente caracteriza 
tratamento se a empresa armazenar os 
dados. 
 A empresa coletou e utilizou os dados 
para suas atividades. Portanto, realizou o 
tratamento. 
Questão 7 
Identifique a alternativa correta em relação ao 
objetivo da LGPD: 
 Proteger somente os direitos dos titulares 
dos dados em relação à sua privacidade. 
 Proteger somente os direitos das 
organizações em relação ao tratamento 
de dados pessoais e pessoais sensíveis. 
 Interromper o tratamento de dados, que 
já ocorre por parte dessas organizações. 
 Proteger os interesses dos titulares dos 
dados, em relação à sua privacidade, 
criando mecanismos de controle para 
regular o tratamento de dados por parte 
das organizações. 
Questão 8 
A fim de se adequar à LGPD, uma empresa, após 
análise de riscos, constatou que seus sistemas de 
dados não eram suficientemente seguros para 
impedir o acesso de pessoas não autorizadas aos 
cadastros de seus clientes. Por isso, implementou 
melhorias, como políticas, procedimentos e investiu 
em tecnologia, visando à segurança das 
informações. 
Considerando as diretrizes para governança de 
dados, no que se refere à ideia do Privacy by Design 
(Privacidade no Design), as ações dessa empresa 
refletem quais preceitos? 
 Proativo e segurança. 
 Funcionalidade e transparência. 
 Privacidade no design e respeito. 
 Funcionalidade e segurança. 
 
 
Questão 9 
O sistema de uma ONG (Organização Não 
Governamental), voltada ao atendimento de 
crianças carentes, foi invadido por hackers, 
ocasionado o vazamento dos dados das famílias 
atendidas. 
Identifique a alternativa correta, de acordo com as 
diretrizes da LGPD em relação ao vazamento de 
dados: 
 Por ser tratar de uma ONG, não haverá 
nenhuma sanção administrativa. 
 Além de comunicar o ocorrido aos 
titulares dos dados e à Autoridade 
Nacional de Proteção de Dados (ANPD), a 
ONG poderá sofrer sanções 
administrativas que vai desde uma 
advertência até a proibição parcial ou 
total das atividades. 
 Caso comprove que o vazamento foi 
acidental, não sofrerá nenhuma sanção 
administrativa. 
 Deve somente comunicar aos titulares dos 
dados. 
Questão 10 
Identifique a alternativa correta que traz os 
responsáveis que a LGPD determina no caso de 
vazamentos de dados. 
 Somente o controlador deve responder 
juridicamente e reparar os danos 
causados. 
 Somente o operador deve responder 
juridicamente e reparar os danos 
causados. 
 Tanto o controlador quanto o operador 
devem responder juridicamente e reparar 
os danos causados. 
 O encarregado deve responder 
juridicamente e reparar os danos 
causados. 
 
Para começar 
A Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais nº 13.709/2018 traz 
diretrizes às pessoas e organizações, sejam públicas ou privadas, 
para a realização de qualquer atividade envolvendo dados pessoais, 
com o objetivo de proteger os direitos fundamentais de liberdade e de 
privacidade dos indivíduos. 
Para isso, está alicerçada em sete fundamentos que sintetizam e 
resumem o “para quê essa Lei veio”. 
Clique nos itens a seguir e conheça cada um deles: 
 I - O respeito à privacidadekeyboard_arrow_down 
Visa assegurar o direito fundamental de inviolabilidade à vida 
privada, conforme consta no artigo 5º, inciso X, da Constituição 
Federal de 1988. 
 II - A autodeterminação informativakeyboard_arrow_down 
A pessoa natural (ou cidadão) é protagonista da sua história em 
relação aos direitos sobre sua privacidade, controle e proteção 
de seus dados pessoais e íntimos. 
 III - A liberdade de expressão, de informação, de 
comunicação e de opiniãokeyboard_arrow_down 
São direitos também previstos na Constituição brasileira. Além 
disso, esse item pode ser entendido como uma liberdade nas 
relações entre pessoas e organizações, pois está 
relacionado diretamente ao respeito. 
 IV - A inviolabilidade da intimidade, da honra e da 
imagemkeyboard_arrow_down 
Aqui retoma-se os direitos fundamentais, garantidos ao indivíduo 
no artigo 5º, inciso X, da Constituição Federal de 1988. 
 V - O desenvolvimento econômico e tecnológico e a 
inovaçãokeyboard_arrow_down 
A ideia aqui não é burocratizar ou dificultaro uso dos dados por 
parte das empresas, e sim regular e aprimorar a relação entre 
indivíduos e empresas. 
 VI - A livre iniciativa, a livre concorrência e a defesa do 
consumidorkeyboard_arrow_down 
Este inciso contextualiza a liberdade de forma que sejam 
sempre exploradas as oportunidades em uma perspectiva justa 
e equilibrada. 
 VII - Os direitos humanos, o livre desenvolvimento da 
personalidade, a dignidade e o exercício da cidadania pelas 
pessoas naturaiskeyboard_arrow_down 
Este aspecto conecta essa Lei a todas as outras existentes que 
buscam o desenvolvimento de uma sociedade cada vez mais 
justa. 
Você sabia? 
A Constituição da República Federativa do Brasil de 1988 é a lei 
máxima e fundamental do Brasil, que serve de parâmetro a todas as 
demais leis e define os princípios e diretrizes que regem uma 
sociedade. 
Se fôssemos transformar estes itens em uma ideia, teríamos o 
seguinte: 
 
O respeito é nosso direito e base para as relações entre as pessoas e 
entre pessoas e empresas. Esse direito nos assegura o protagonismo 
da própria história, principalmente no contexto da nossa privacidade 
em relação aos nossos dados. 
No entanto, essa premissa não pode impactar no desenvolvimento da 
sociedade e o equilíbrio nas relações é fundamental para a nossa 
evolução coletiva. 
Assista ao vídeo a seguir e conheça a importância da Lei Geral de 
Proteção de Dados Pessoais para assegurar a privacidade das 
pessoas. 
INTRODUÇÃO À LGPD 
Nesta unidade, você conhecerá o princípio da privacidade no contexto digital, a 
diferença entre dados e informações, como eles são gerados e adquiridos pelas mais 
variadas empresas de diferentes interesses. 
Você verá também a importância dos dados para entidades públicas e privadas e o 
futuro da economia digital do País. 
Para começar 
Estamos nos transformando cada vez mais em uma sociedade conectada ao mundo 
digital, nas suas mais diversas formas, por meio dos dispositivos avançados que a 
tecnologia disponibiliza no mercado. 
Essa transformação acontece exponencialmente, conforme mostram os dados 
apresentados a seguir, referentes à população do Brasil: 
 
Fonte: adaptado de https://wearesocial.com/blog/2020/07/digital-use-around-the-world-
in-july-2020 
Isso significa que, atualmente, 71% da população brasileira está acessando a 
internet e 66% estão nas chamadas mídias sociais, como blogs, Facebook, Twitter, 
Instagram, SlideShare, Youtube, entre outros, realizando todo tipo de interação e 
trocando dados e informações. 
Dados e informações 
Quando falamos da quantidade de dispositivos, pessoas e a crescente expansão da 
internet, precisamos esclarecer alguns pontos importantes e o primeiro deles é 
a diferença entre dados e informações. 
 
Fonte: Depositphotos 
Você já viu ou deve ter montado um quebra-cabeça, certo? 
São centenas ou milhares de pequenas pecinhas que quando encaixadas corretamente 
compõem uma imagem. 
E é assim que dados e informações são relacionados: as pequenas pecinhas do 
quebra-cabeça são os dados que, quando organizados e processados, tornam-se 
informações úteis, conforme mostra o esquema a seguir. 
 
Dados pessoais e dados pessoais sensíveis 
A LGPD aborda nossos dados em duas situações: 
Dados pessoais 
 
São aqueles que se traduzem em informação relacionada à pessoa natural (ou 
física) identificada ou identificável, permitindo ou não a individualização do 
titular, direta ou indiretamente, por meio dos dados utilizados. 
Exemplos: nome, nome dos pais, RG, CPF, número da carteira de habilitação etc. 
Em outras palavras, informação identificada refere-se aos dados que identificam 
imediatamente o seu titular, como nome, RG e CPF etc. Já informação 
identificável trata-se de dados que estão relacionados ao titular, mas indiretamente, 
como a placa de um carro, perfis comportamentais (tendências de consumo, gostos e 
interesses), geolocalização (sua localização precisa, por meio do uso do GPS de 
celulares, por exemplo). 
Dados pessoais sensíveis 
São dados pessoais que podem trazer um perigo maior relacionado a situações de 
preconceito ou de segurança às pessoas. 
Exemplos: origem étnica, convicção religiosa, opinião política, filiação a sindicato, 
dados referentes à saúde ou à vida sexual, dado genético ou biométrico, entre outros. 
 
A LGPD tem o objetivo de proteger os direitos fundamentais de liberdade e de 
privacidade e o livre desenvolvimento da personalidade, da pessoa natural. Por 
isso, os dados protegidos pela LGPD são aqueles que se traduzem em informação 
relacionada a pessoa natural identificada ou identificável. 
O valor de seus dados 
Assim que os dados são cruzados e analisados com inteligência de mercado, eles se 
tornam informações e ganham valor. E quando tratados em larga escala, considerando 
os dados de muitas outras pessoas, geram tendências e perfis de consumo que 
movimentam a economia mundial, das pequenas às grandes empresas. 
Para você entender como os dados são transformados em informações, faremos uma 
analogia com a produção de uma cadeira feita de madeira. A madeira é considerada a 
matéria-prima que ganha valor agregado após a produção do móvel. 
 
As organizações, tanto públicas quanto privadas, executam um processo similar quando 
coletam os dados que fornecemos direta ou indiretamente para elas, com ou sem o 
nosso consentimento. 
Esses dados são uma matéria-prima valiosa que, após serem analisados, permitem a 
definição de estratégias de mercado. Por exemplo, os dados coletados no senso 
demográfico, após analisados pelo governo, permitem definir estratégias para o bom uso 
dos recursos públicos, como educação, saneamento básico, cultura, criação de 
programas, entre outros. Já uma empresa privada utiliza os dados coletados dos seus 
clientes para desenvolver e aprimorar produtos e serviços, direcionar publicidade, criar 
experiências personalizadas, entre outras ações. 
 
Saiba mais... 
Clique aqui para entender como a inteligência de mercado funciona. 
Como os dados são coletados? 
A coleta de dados é realizada por meio dos formulários e cadastros que preenchemos 
com nossos dados pessoais, sejam físicos ou eletrônicos, por meio de aplicativos para 
contratação de serviços, por exemplo. 
Essa coleta, que já é um tratamento de dados, conforme você verá na próxima unidade, 
ocorre a todo momento em muitos contextos, nas organizações públicas ou privadas, 
visando diversas finalidades. Para uma empresa realizar atividades de vendas online, 
por exemplo, precisará, no mínimo, dos dados cadastrais, financeiros e do endereço dos 
consumidores para executar seus serviços. Da mesma forma, uma empresa que queira 
implementar o trabalho remoto precisará usar os dados cadastrais para autenticar seus 
funcionários, fazer o controle da jornada de trabalho e mitigar o risco de horas extras, 
mantendo os registros eletrônicos de acesso. 
 
Fonte: Depositphotos 
Na internet, a troca de dados e informações entre as pessoas e o mundo digital começa a 
ocorrer a partir do momento em que nos conectamos pelos nossos celulares e computadores. 
No caso dos celulares que estão conectados a todo momento pelas redes móveis, podemos 
entender que o acesso aos nossos dados é praticamente contínuo. 
Dessa forma, a tecnologia permite individualizar você e seus passos pelo mundo (digital ou 
físico) e também consegue mapear seus interesses. 
Você já deve ter recebido telefonemas ou mensagens de várias organizações, oferecendo 
produtos ou serviços, mesmo não tendo nenhum vínculo ou passado alguma informação 
para essa empresa, certo? 
O caso a seguir exemplifica como esse tipo de situação ocorre: 
 
Fonte: Depositphotos 
Olá, tudo bem? 
Eu sou o Fernando, tenho 33 anos, sou solteiro e professor na área de tecnologia da 
informação. 
Meus hobbies são viajar e cozinhar. 
Utilizo meu celular para uso pessoal e corporativo. Acesso a e-mails, redes sociais, faço 
buscas relacionadas a meu trabalho, viagens e gastronomia. 
Nas minhas próximasférias, gostaria de conhecer uma praia paradisíaca. Pesquisei 
alguns destinos e fiz um cadastro em um site de agência de viagens. Desde então, 
recebo várias ofertas de diárias de hotéis para diversos destinos e de corretoras de 
viagem, além de ofertas de produtos, como pranchas de surf, óculos de sol, protetores 
solar e roupas de verão. 
 
Fonte: Depositphotos 
Perceba, neste exemplo, que, só pelo fato de Fernando ter cadastrado seus dados em 
sites de viagens, ele passou a receber mensagens de ofertas. Isso ocorre porque suas 
informações foram compartilhadas com outras empresas, sem o seu consentimento. 
Clique nos itens a seguir e veja mais dois exemplos ilustrativos de como as empresas 
coletam dados e utilizam as informações. 
 EXEMPLO 1 
 EXEMPLO 2 
 
Um grande site de compras pode analisar quantas pessoas estão comprando televisores, 
suas idades, o horário da compra e o endereço da entrega. A partir desses dados, o site 
conclui: 
Pessoas de idade entre 25-30 anos, de determinada região do país, são mais propensas a 
comprar este produto aos finais de semana e então eles dinamizam as promoções nesses 
dias. 
Fonte: Depositphotos 
Portanto, com o seu perfil traçado, o mercado passa a saber o que você gosta de 
consumir, lugares que gosta de ir, assuntos de interesse, seus gastos, entre outras 
informações. 
A partir do momento em que uma empresa entende a dinâmica do mercado, por meio 
dos dados coletados direta ou indiretamente, ela pode, entre muitas estratégias 
possíveis: 
 
 
Atingir seu público-alvo. 
 
Ampliar a disponibilização de produtos com alta demanda. 
 
Reduzir investimentos em produtos de baixo interesse do público. 
 
Dinamizar seu alcance global em tempo real. 
A coleta e a utilização de dados são importantes e necessárias às atividades das 
organizações públicas e privadas, sendo a moeda da economia digital, de forma geral. 
No entanto, a partir de agora, há uma legislação específica, visando a proteção de dados, 
que determina às organizações diretrizes para a coleta e o uso de dados pessoais dos 
indivíduos. 
Situações como as apresentadas acima, como a coleta e o compartilhamento de dados, 
sejam por meio de formulários físicos ou automáticos, sem a ciência e o consentimento 
do titular dos dados, não são mais permitidas pela LGPD, além de serem passíveis de 
sanções administrativas, conforme você verá mais à frente. 
Saiba mais... 
O Google e o Facebook faturaram, juntos, mais de US$200 bilhões em 2019, o que 
equivale a mais de R$1 trilhão na conversão de moedas atual. 
Apenas para comparação, o PIB do estado de São Paulo em 2019 chegou a R$2 trilhões. 
Isso mostra o potencial de duas empresas que não cobram um único centavo pela 
utilização dos seus principais serviços, sendo, toda essa receita, proveniente apenas da 
venda de anúncios em suas plataformas. 
Clique aqui e conheça as informações que o Google sabe sobre você. 
 
Proteção da privacidade 
Se, por um lado, as grandes empresas disputam nossos dados, por outro, devemos nos 
preocupar com a privacidade dos dados que compartilhamos pela internet, cópias de 
documentos que fornecemos ou simplesmente informamos para preencher determinado 
cadastro. 
Reflexão 
 
“Com todas essas informações disponíveis no mundo digital, como saber se a nossa 
privacidade está assegurada?” 
 
A Constituição Federal de 1988 em seu artigo 5º, inciso X, estabelece o direito à 
proteção da nossa privacidade, assim como a Declaração Universal dos Direitos 
Humanos em seu artigo 12: 
“São invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, 
[…]”. 
 
“Ninguém será sujeito a interferências em sua vida privada, em sua família, em 
seu lar ou em sua correspondência, nem a ataques à sua honra e reputação. 
Todo ser humano tem direito à proteção da lei contra tais interferências ou 
ataques”. 
A privacidade, além de direito assegurado, é também pilar fundamental para o 
equilíbrio nas relações humanas, de forma que o indivíduo contribua na sua essência 
para a construção de um mundo melhor, de forma livre e conforme suas convicções. 
A preocupação em preservar a privacidade do indivíduo foi expressa no fundamento 
da autodeterminação informativa, que protege os direitos do titular sobre seus dados, 
ou seja, é assegurado ao indivíduo o poder de decidir sobre seus dados quanto ao uso 
que as organizações farão dele, sejam públicas ou privadas. 
Nesse contexto, cabe apresentar a revogação da MP (Medida Provisória) 945 que 
autorizava o Estado a utilizar dados pessoais de toda população em estratégias de gestão 
pública, aplicadas durante a pandemia da COVID-19. Tal revogação se tornou marco 
histórico no Brasil em termos de proteção de dados pessoais. 
Saiba mais... 
Clique aqui e leia o artigo sobre a autodeterminação informativa e a decisão do STF 
sobre a MP 954/2020, publicado pelo advogado, professor e árbitro especializado em 
Direito Digital e Proteção de Dados desde 2004, Rony Vainzof. 
O coletivo deste mundo em que vivemos é a soma de bilhões de diferenças que tornam 
únicos cada um dos seres humanos. 
Assim, essa proteção que já existe no mundo real é transferida para o mundo digital à 
medida que avançamos na transição do mundo físico para o mundo digital, carregando a 
privacidade sobre a nossa vida e nossos dados para este novo ambiente. 
 
 
Dessa forma, não distante da preocupação com o nosso futuro, está a preocupação com 
o nosso passado, ou seja, com as pegadas digitais que vamos deixando nas diversas 
interações que fazemos. Esse termo remete ao histórico de dados e informações que 
inserimos na internet e nunca mais serão removidos, como, por exemplo, uma 
fotografia. 
Sendo assim, o uso da internet requer os mesmos cuidados que temos ao cruzarmos uma 
rua, por exemplo, onde devemos prestar atenção no trânsito e olhar para ambos os lados 
antes de “clicarmos em qualquer link”. 
Você já deve ter lido diversas notícias, ao longo dos últimos anos, sobre o vazamento de 
informações íntimas. Um caso muito divulgado foi o da atriz Carolina Dieckmann, em que 
hackers acessaram seus e-mails e capturaram informações que foram utilizadas para o crime 
de extorsão. 
Esse tipo de situação preocupa as entidades mundiais no que se refere à proteção de 
crianças e adolescentes, ainda mais vulneráveis a esse tipo de exposição, uma vez que por 
serem considerados “nativos digitais” utilizam frequentemente computadores, videogames e 
celulares. 
 
Fonte: Depositphotos 
Saiba mais... 
Clique aqui para ler a notícia completa sobre o caso Carolina Dieckmann. 
Clique aqui para conhecer a lei Carolina Dieckmann. 
Clique aqui e conheça 13 dicas para navegar com mais segurança na internet. 
Importância da LGPD para a economia digital 
A coleta e a utilização de dados são relevantes para a economia digital, para que 
serviços sejam aprimorados e prestados de forma cada vez melhores, seja por 
organizações privadas, seja para execução de políticas públicas. O uso dos dados é, nos 
dias de hoje, determinante para a evolução das relações e se faz necessário para uma 
gestão cada vez mais eficaz, eficiente, rápida e precisa. 
Nesse sentido, a LGPD é uma ferramenta reguladora que atua na relação entre pessoas e 
organizações, visando a proteção dos dados pessoais e pessoais sensíveis do indivíduo. 
É importante salientar que a LGPD não visa impedir, tampouco proibir, qualquer tipo de 
operação com dados pessoais, mas sim protegê-los, estabelecendo regras específicas 
para que tais operações sejam realizadas com segurança, preservando, assim, a 
privacidade das pessoas, diante da rápida evolução tecnológica, em que os dados são 
coletados automaticamente. 
 
Fonte: Pixabay 
Nesse propósito, busca-se o equilíbrio dessas relações, de forma que o progresso social 
mundial seja desenvolvido sob o amparo legal, ético e responsável. 
Saiba mais... 
Clique aqui e leia sobre a importância do avanço nas leis de proteção de dados. 
Cliqueaqui e leia o texto publicado pela Associação dos Advogados de São Paulo 
(AASP) sobre privacidade e ética no mundo digital. 
Clique aqui e leia sobre a LGPD e os impactos na administração pública. 
GLOSSÁRIO 
 
Exercícios 
Questão 1 
A LGPD distingue dados pessoais de pessoais sensíveis. Identifique a alternativa que traz somente exemplos de dados 
pessoais sensíveis: 
 
A. RG, CNH e origem racial ou étnica 
Ops! Resposta incorreta. RG e CNH são dados pessoais. A resposta 
correta é a alternativa d. 
 
B. Opinião política, convicção religiosa e nome dos pais 
Ops! Resposta incorreta. Nome dos pais é dado pessoal. A resposta 
correta é a alternativa d. 
 
C. Nome, nome dos pais e data de nascimento 
Ops! Resposta incorreta. Nome, nome dos pais e data de nascimento 
são dados pessoais. A resposta correta é a alternativa d. 
 
D. Dado referente à saúde ou à vida sexual e dado genético ou 
biométrico 
checkParabéns, resposta correta. Os dados pessoais sensíveis 
avançam na descrição da intimidade e personalidade. 
 
E. Origem racial ou étnica, convicção religiosa e número da 
carteira de habilitação 
Ops! Resposta incorreta. Número de carteira de habilitação é dado 
pessoal. A resposta correta é a alternativa d. 
 
Questão 2 
A afirmação abaixo, é verdadeira ou falsa? 
 
A. Sabrina fez uma compra em uma loja física e preencheu um 
cadastro com dados pessoais para participar de uma promoção. A 
partir desse dia, ela começou a receber telefonemas e mensagens de 
outras empresas ofertando produtos e serviços, por isso teve sua 
privacidade violada. 
Falso Verdadeiro 
checkParabéns! A afirmação em destaque é verdadeira. A loja 
compartilhou sem consentimento os seus dados com outras empresas 
e portanto violou a sua privacidade. 
 
Questão 3 
Escolha verdadeiro ou falso, para as afirmações a seguir. 
 
A. Os dados pessoais sensíveis são aqueles que identificam 
imediatamente o seu titular, como nome, RG e CPF. 
Falso Verdadeiro 
checkParabéns! Resposta correta. 
 
B. A privacidade é pilar fundamental para o equilíbrio nas relações 
humanas. 
Falso Verdadeiro 
checkParabéns! Resposta correta. 
 
C. Pegadas digitais remetem ao histórico de dados e informações que 
inserimos na internet e que podem ser removidos. 
Falso Verdadeiro 
checkParabéns! Resposta correta. 
 
D. A Constituição Federal de 1988 estabelece o direito à proteção da 
nossa privacidade. 
Falso Verdadeiro 
checkParabéns! Resposta correta. 
 
Questão 4 
Relacione corretamente: 
1. Matéria-prima valiosa para as empresas, que ganha valor após serem analisados, 
permitindo às empresas definirem estratégias de marketing. 
Selecione a alternativa correta 
Dados
 
2. Refere-se ao individuo e está relacionada à proteção de seus dados pessoais e dados 
pessoais sensíveis. 
Selecione a alternativa correta 
Privacidade
 
3. Tem valor agregado e é resultado do processamento e análise dos dados. 
Selecione a alternativa correta 
Informações
 
4. Está conectado a todo momento pelas redes móveis e concentra a maioria das nossas 
interações, na troca de dados e informações com as empresas. 
Selecione a alternativa correta 
Celular
 
VERIFICAR RESPOSTA 
Resumindo 
Nesta unidade, você estudou que, em uma sociedade cada vez mais conectada ao mundo 
digital, a quantidade de dados e informações geradas pelas pessoas na rede cresce 
exponencialmente, bem como a coleta e o uso deles pelas organizações. Nesse contexto, 
a Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD) tem por objetivo proteger os dados 
pessoais, preservando a privacidade das pessoas, ao determinar às organizações 
diretrizes para o tratamento de dados pessoais dos indivíduos, evitando práticas 
abusivas e criminosas. 
Você estudou também que os dados pessoais, físicos ou eletrônicos, são insumos 
imprescindíveis às organizações, tanto privadas, utilizados para definirem suas 
estratégias de mercado e aprimorar produtos e serviços, quanto públicas, para definição 
da aplicação dos recursos públicos. 
Portanto, a LGPD não tem o intuito de engessar o desenvolvimento tecnológico e 
econômico, mas sim regulamentar o tratamento dos dados para que sejam utilizados de 
forma ética e responsável. 
Avance para a unidade 2 e conheça quais direitos a LGPD assegura aos titulares dos 
dados. 
 
DIREITOS ASSEGURADOS 
Nesta unidade, você conhecerá todos os direitos que a LGPD 
assegura aos titulares dos dados. 
Para começar 
Na unidade anterior, você viu as diferenças entre dados e informações, como seus dados 
circulam pela internet, a diferença entre dados pessoais e pessoais sensíveis e o que é a 
LGPD nesse contexto da privacidade. 
Quando falamos de proteção de dados pessoais, devemos reconhecer a 
autodeterminação informativa. E a LGPD trata esse fundamento assegurando a pessoa 
natural (eu e você) como titular do poder de decisão sobre o tratamento das informações 
por parte das empresas. 
Por tratamento de dados, a lei dispõe a seguinte informação: 
 
 
Toda operação realizada com dados pessoais, como coleta, produção, recepção, 
classificação, utilização, acesso, reprodução, transmissão, distribuição, 
processamento, arquivamento, armazenamento, eliminação, avaliação ou 
controle da informação, modificação, comunicação, transferência, difusão ou 
extração. 
 
É importante ressaltar que a lista de operações citada pela LGPD não é restrita, mas, 
sim, exemplificativa, ou seja, podem ocorrer outras operações com tratamentos de 
dados, além das relacionadas acima. 
 
Por exemplo, imagine que ao comprar itens em uma pequena loja de seu bairro, abrir 
uma conta em uma rede social ou preencher um formulário em alguma loja, para 
participar de uma promoção, você fornece alguns de seus dados pessoais. Esses dados, 
armazenados ou não, podem ser repassados ou vendidos para outras organizações que 
repassam para outros e outros, criando várias listas de clientes. 
Nessas situações, todas as organizações fizeram o tratamento de seus dados pessoais, 
independentemente de seu conhecimento. 
Portanto, tratamento de dados pessoais significa praticar alguma atividade que envolva 
os dados de uma pessoa. 
De acordo com a LGPD, as organizações não podem agir como se fossem proprietárias 
dos nossos dados, sejam eles pessoais (RG, CPF etc.) ou pessoais sensíveis (origem 
racial, religião etc.) e tratá-los como bem entenderem. Pelo contrário, devem sempre 
fazer o uso ético, seguro e responsável, informando o que fazem com eles, e avaliar ao 
menos uma base legal, como o nosso consentimento, seja para uma obrigação legal ou 
para execução de contratos, por exemplo. 
Nesse sentido, a LGPD estabelece diversos direitos, visando nos proteger em relação à 
coleta, ao tratamento e ao compartilhamento de dados pessoais por parte de qualquer 
tipo de organização de diferentes setores e serviços, seja pública ou privada. 
Direitos dos indivíduos 
Para que possamos exercer o poder de titularidade das nossas próprias informações, 
devemos reconhecer os seguintes direitos: 
Clique na imagem abaixo para ampliá-la. 
 
Siga em frente e conheça cada um dos direitos atrelados à relação pessoa x dados x 
empresa. 
Confirmação da existência de tratamento 
Esse direito trata-se de: 
 
Exigir o conhecimento e a confirmação sobre a existência de um possível tratamento 
dos seus dados. 
Esse conhecimento refere-se à nossa análise quanto ao uso dos dados que fornecemos 
antes de decidir comprar um produto, contratar um serviço ou até mesmo navegar por 
um site. 
 
Fonte: Depositphotos 
Por exemplo: 
Você se lembra do Fernando? Nós o conhecemos na Unidade 1 deste curso. 
Imagine que ele resolve comprar um automóvel e visita o site de uma montadora de 
veículos para pesquisar por vários modelos. Então, ele vai até a concessionária e realiza 
a compra. 
 
Fonte: Depositphotos 
Toda essa interação gerou vários dados e informações sobre ele (RG, CPF, endereço 
residencial, número de celular, e-mail, filiação, estado civil, entre outros)e um 
questionamento: 
Como a concessionária fará uso desses dados, seja em uma simples pesquisa de 
satisfação, seja na compra efetiva do bem? Haverá compartilhamento dessas 
informações para organizações que vendam acessórios ou corretoras de seguro, por 
exemplo? 
 
Fonte: Depositphotos 
Assim, é necessário que o comprador, neste caso, o Fernando, tenha a preocupação com 
a privacidade dos seus dados, principalmente em relação ao tratamento que será 
realizado. Exigir esse conhecimento é o primeiro dos seus direitos assegurados pela 
Lei. 
Importante! 
A confirmação de existência de tratamento ou o acesso aos dados pessoais deve ser 
providenciada mediante requisição do titular: 
 em formato simplificado, imediatamente; ou 
 por meio de declaração clara e completa, fornecida no prazo de até 15 (quinze) dias, 
contado da data do requerimento do titular, indicando a origem dos dados, a 
inexistência de registro, os critérios utilizados e a finalidade do tratamento, 
observados os segredos comercial e industrial. 
Informação sobre a possibilidade de não fornecer consentimento e as 
consequências da negativa 
Ao conhecer o tratamento que a organização realizará em seus dados, é muito 
importante que você o avalie. A lei permite, em alguns casos, que você decida se deseja 
ou não autorizar determinado tratamento e que você mude de ideia sempre que quiser. 
 
Considere um diferencial se a organização lhe fornecer explicações sobre o tratamento, 
apresentando as implicações, caso você não os compartilhe, ou eventuais benefícios que 
você terá em fornecer suas informações. 
No entanto, no caso de cumprimento de obrigação legal, interesses legítimos de uso dos 
nossos dados por parte do Governo ou exercício regular de direito da organização, não 
poderemos nos opor a esse tratamento. 
Clique nos itens a seguir e veja alguns exemplos. 
 COMPRA DE AUTOMÓVEL 
 DADOS CADASTRAIS EDUCACIONAIS 
 
 
Fonte: Depositphotos 
Na compra de um carro, é necessário que a organização compartilhe os dados do 
proprietário com os órgãos governamentais. 
Para todos os outros casos, o tratamento das informações pode ser questionado a 
qualquer momento e a Lei permite a prerrogativa de nos opormos ao dado 
tratamento, caso o consideremos incompatível com nossos interesses pessoais. 
 
A organização deve sempre oferecer a opção do não consentimento. Clareza e 
transparência no tratamento dos dados pessoais são características que selecionam e 
fortalecem o posicionamento das boas organizações no mercado. 
Portanto, ter a liberdade de permitir ou não o tratamento dos seus dados, de acordo com 
cada caso, é mais um direito garantido pela LGPD. 
Revogação do consentimento 
 
No caso de o tratamento lhe parecer incompatível com o que foi apresentado ou a 
organização não esclarecer o uso que fará de seus dados, a LGPD lhe permite 
a revogação, que é o arrependimento do consentimento emitido incialmente. 
Imagine que Fernando consentiu que a concessionária fizesse o armazenamento 
de seus dados pessoais, mas não consentiu que ela os compartilhasse com outras 
organizações, como empresas de seguro, por exemplo. Caso a empresa faça esse 
compartilhamento, ela estará violando o acordo que firmou com o titular das 
informações. 
Nesse caso, Fernando tem o direito de solicitar à concessionária a revogação do 
consentimento para armazenar seus dados. 
Fonte: Depositphotos 
Conforme já mencionado, esse arrependimento na revogação total ou parcial do 
tratamento só é possível se a lei permitir, pois alguns dados fazem parte das estratégias 
de gestão do Governo, além de poderem ser utilizados por entidades privadas para 
cumprimento de obrigação legal ou exercício regular de direito, independentemente da 
vontade do titular. 
Acesso aos dados 
Após conhecermos e entendermos o tratamento dos dados, podemos solicitar, a 
qualquer momento, o acesso às nossas informações. 
 
O benefício desse direito consiste em conhecer quais dados foram coletados e estão 
sendo tratados pela organização. 
Assim, você saberá e poderá analisar se a organização detém mais informações sobre 
você do que você forneceu. 
Acesso facilitado às informações 
De acordo com o artigo 9º da LGPD, a organização deve promover ao titular o acesso 
facilitado às informações sobre o tratamento de seus dados, disponibilizando-os de 
forma clara para o atendimento do princípio do livre acesso, contendo os seguintes 
itens: 
 Finalidade específica do tratamento. 
 Forma e duração do tratamento, observados os segredos comercial e industrial. 
 Informações de contato do controlador de dados, ou seja, a quem competem as 
decisões referentes ao tratamento de dados pessoais. Você estudará o papel do 
controlador mais à frente, na unidade 4. 
 Informações sobre o uso compartilhado de dados pelo controlador e a finalidade. 
 Responsabilidades dos agentes que realizarão o tratamento. 
 Menção explícita aos direitos do titular. 
Além disso, a LGPD determina que, nos casos em que o consentimento é requerido, ele 
será considerado nulo, caso as informações fornecidas ao titular tenham conteúdo 
enganoso ou abusivo ou não tenham sido apresentadas previamente. 
Caso haja também mudanças da finalidade para o tratamento de dados pessoais não 
compatíveis com o consentimento original, a organização deverá informar 
previamente o titular sobre tais mudanças, podendo o titular revogar o 
consentimento se discordar das alterações. 
Ou, ainda, quando o tratamento de dados pessoais for condição para o fornecimento de 
produto ou de serviço ou para o exercício de direito da organização, o titular deverá ser 
informado com destaque sobre esse fato e sobre os meios pelos quais o titular poderá 
exercer os seus direitos. 
Correção de dados 
 
Após consultar seus dados, você poderá alterá-los se identificar informações 
incompletas, incorretas ou desatualizadas. 
Essa possibilidade permite que você atualize seu endereço de e-mail ou residencial com 
o objetivo, por exemplo, de receber corretamente a fatura ou boleto para o pagamento 
de suas obrigações. 
Isso evita que você tenha problemas, caso não receba esses documentos, como ter seu 
nome negativado nos órgãos de controle ao crédito, por exemplo. 
Portabilidade de dados 
O direito à portabilidade assegura ao titular a possibilidade de transferir seus dados 
pessoais para outra organização, de forma análoga aos casos de portabilidade de 
financiamento entre bancos. 
 
Essa alternativa também pode ocorrer para transferências de dados entre escolas, no 
caso de mudança do aluno de instituição, por exemplo. 
Importante! 
A portabilidade dos dados para outro fornecedor de serviço ou produto deve ser 
realizada mediante requisição expressa, de acordo com a regulamentação da autoridade 
nacional, observados os segredos comercial e industrial. 
Anonimização, bloqueio ou eliminação de dados desnecessários, 
excessivos ou tratados em desconformidade 
 
De acordo com o inciso XI do artigo 5º da LGPD, anonimização trata-se de: 
“utilização de meios técnicos razoáveis e disponíveis no momento do tratamento, por 
meio dos quais um dado perde a possibilidade de associação, direta ou indireta, a um 
indivíduo”. 
Anonimização 
O procedimento de anonimização elimina a possibilidade de identificação do indivíduo 
a partir do tratamento de seus dados, observadas determinadas condições e 
circunstâncias previstas na LGPD. 
 
Pseudonimização 
 
Este é outro procedimento que deve ser aplicado neste contexto. A LGPD traz o 
seguinte conceito para pseudonimização: 
“(...) tratamento por meio do qual um dado perde a possibilidade de associação, direta 
ou indireta, a um indivíduo, senão pelo uso de informação adicional mantida 
separadamente pelo controlador em ambiente controlado e seguro”. 
Em outras palavras, é como se as informações fossem embaralhadas e armazenadas em 
locais diferentes e, para serem utilizadas ou serem identificadas, devem ser reunidas e 
reorganizadas.No exemplo do quebra-cabeça, apresentado na unidade anterior, a imagem é 
desconstruída e as peças são armazenadas em locais diferentes. 
Por que anonimizar ou pseudonimizar? 
Essas técnicas visam zelar pela privacidade do indivíduo, assegurando igualdade entre 
todos, evitando discriminação ou que, no caso de acessos indevidos aos nossos dados, 
eles possam ser identificados e utilizados. 
Portanto, essas duas alternativas são nossos direitos e principalmente deveres da 
organização, perante os dados do titular. 
Saiba mais... 
Clique nos links abaixo e conheça mais sobre técnicas para a anonimização e 
pseudonimização de dados. 
Clique aqui para realizar a leitura do artigo “Anonimização de dados e LGPD: Conheça 
melhor”. 
Clique aqui para realizar a leitura do artigo “Anonimização e pseudonimização são o 
suficiente?”. 
Eliminação de dados pessoais tratados 
Caso não deseje mais que seus dados sejam tratados pela organização, você tem o direito de 
solicitar a eliminação deles de sua base de dados. 
 
No entanto, a organização deve manter os dados se tiver de cumprir determinado 
requisito legal ou por exercício regular de um direito. 
É fundamental que a eliminação das informações seja realizada conforme documentos e 
procedimentos internos da organização, atendendo às boas práticas de segurança da 
informação. 
ATENÇÃO! 
 
Amassar e jogar no lixo papel contendo dados pessoais de alunos de uma escola ou de 
clientes, por exemplo, é totalmente contrário à proteção da privacidade. Esse descarte 
irresponsável está previsto na LGPD e tipifica violação passível de severas sanções. 
Saiba mais... 
A ISO 27002, em seu tópico 10.7.2, preceitua que: 
“Convém que as mídias sejam descartadas de forma segura e protegida quando não 
forem mais necessárias por meio de procedimentos formais.” 
O item “a” esclarece que: “mídias contendo informações sensíveis sejam guardadas e 
destruídas de forma segura e protegida, como, por exemplo, através de incineração ou 
trituração [...]”. 
Por mídias entende-se fitas, discos, pendrives, HDs, CDs e DVDs, papéis etc. 
Clique aqui e conheça a Norma Brasileira ABNT NBR ISO/IEC 27002 na íntegra. 
Compartilhamento de dados 
 
Caso a organização tenha que compartilhar seus dados com outras entidades públicas ou 
privadas, deverá informá-lo sobre este trâmite. 
Comunicar esse compartilhamento faz parte do processo de tratamento que deve ser 
informado de modo claro e transparente ao titular dos dados e pode estar também 
relacionado ao seu consentimento, nos casos em que a Lei autoriza. 
A transferência de dados entre entidades privadas pode ocorrer no navegador de nossos 
computadores, por meio do uso dos cookies. Trata-se de arquivos que são gerados por 
sites que visitamos e que são salvos em nosso computador, por meio do navegador, a 
fim de nos identificar, personalizar a página de acordo com nosso perfil etc. Neles são 
armazenados fragmentos de dados que podem ser lidos ou transferidos a outros sites 
sem nosso consentimento, até agora. 
ATENÇÃO! 
 
Fique sempre atento às autorizações que são requeridas em sites e aplicativos. 
Saiba mais... 
Clique aqui e realize a leitura do artigo “O que são 'cookies' na web e quais riscos eles 
representam?”. 
Clique aqui e realize a leitura do artigo ”O que são cookies? Entenda os dados que os 
sites guardam sobre você”. 
Revisão de decisões tomadas unicamente com base em tratamento 
automatizado de dados pessoais 
 
De acordo com o artigo 20, a LGPD determina que: 
“O titular dos dados tem direito a solicitar a revisão de decisões tomadas unicamente 
com base em tratamento automatizado de dados pessoais que afetem seus interesses, 
incluídas as decisões destinadas a definir o seu perfil pessoal, profissional, de consumo 
e de crédito ou os aspectos de sua personalidade.” 
Isso significa que a LGPD busca minimizar os riscos desencadeados pelo crescente uso 
de algoritmos e inteligência artificial (IA) para realização de julgamentos e avaliações 
das pessoas. 
Por exemplo, uma mídia social consegue analisar as preferências de um usuário por 
meio de postagens, curtidas, localização, serviços acessados, histórico etc. Dessa forma, 
ela vai disponibilizar a esse usuário determinadas informações, restringir outras, atraí-lo 
para o consumo de determinado produto por meio da personalização de anúncios ou até 
mesmo manipular uma opinião. 
Portanto, para garantir o mínimo de transparência dessas ações, a LGPD determina que 
a organização controladora dos dados deverá fornecer, sempre que solicitadas pelo 
titular, informações claras e adequadas a respeito dos critérios e dos procedimentos 
utilizados para a decisão automatizada, observados os segredos comercial e industrial. 
Saiba mais... 
Clique aqui e saiba mais como os algoritmos funcionam na internet. 
Violação de direitos 
Se algum dos direitos que a Lei assegura for descumprido total ou parcialmente, ou se 
você estiver desconfortável com alguma situação, você deve contatar, primeiramente, a 
organização que violou seus direitos. 
Caso a reclamação não seja solucionada no prazo estabelecido em regulamentação, você 
pode, então, acionar a Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD) para a 
defesa dos seus direitos. 
De acordo com o artigo 55-J, inciso V, compete à ANPD: 
“apreciar petições de titular contra controlador após comprovada pelo titular a 
apresentação de reclamação ao controlador não solucionada no prazo estabelecido em 
regulamentação; 
Saiba mais... 
Clique aqui e conheça a ANPD. 
 
Proteção de dados de crianças e adolescentes 
O direito à privacidade é fundamental para a manutenção das relações sociais e proteger 
esse direito dos mais vulneráveis, como as crianças e os adolescentes, é 
responsabilidade de todos. 
O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) considera que crianças são as pessoas 
até 12 anos de idade incompletos, e adolescentes são aquelas entre 12 e 18 anos de 
idade. 
E, para estes casos, a LGPD define que o tratamento deverá ser realizado em seu melhor 
interesse e com o consentimento específico, no caso de crianças, de pelo menos um dos 
pais ou responsável legal. 
A importância desse cuidado é assegurar que os dados pessoais dos menores estejam 
amparados por todas as leis aplicáveis neste país. 
Aqui, cabe observar a importância de se atentar para o acesso a jogos e aplicativos, que 
solicitam informações para o cadastro e acesso a serviços. 
Como tutor e responsável, é muito importante estar atento ao fornecimento desses 
dados, pois muitas dessas organizações que atuam no mercado digital não possuem sede 
operacional no Brasil e, como o acesso a domínios estrangeiros é irrestrito, elas podem 
não estar adequadas à nossa legislação. 
 
Assim, o direito sobre o tratamento das informações das crianças e adolescentes pode 
ficar comprometido pela restrição de alcance da lei nacional. 
Saiba mais... 
Clique aqui e entenda o tratamento de dados de crianças e adolescentes. 
Clique aqui para ler a cartilha “Adolescentes e o risco de vazamento de imagens íntimas 
na internet”. 
 
Infração aos direitos garantidos pela LGPD 
A LGPD visa proteger os direitos do cidadão em relação à privacidade dos seus 
dados. As situações mencionadas a seguir podem tipificar infração a esses direitos, a 
partir de sua vigência. 
Contatos suspeitos 
Ao receber um telefonema, mensagem ou qualquer outro tipo de contato por parte de 
algumas organizações, devemos questionar: 
 
Esse tipo de situação mostra como nossos dados e informações circulavam pela rede 
entre as organizações de forma irrestrita, até agora. 
Você já deve ter ouvido falar no termo SPAM, sigla de Sending and Posting 
Advertisement in Mass, que em português significa Envio e Postagem de Publicidade 
em Massa. 
O envio dessas publicidades ocorre desrespeitando a privacidade da pessoa e pode 
causar prejuízos e muito incômodo. 
 
Requisição de dados 
Outra situação é nos depararmos com a requisição dedados pessoais, como nome, 
telefone, endereço, sem termos finalizado a contratação ou compra de determinado 
serviço. Neste caso, também devemos questionar: 
 
É como se, ao entrar em um restaurante, você fosse impedido de escolher o prato sem 
antes fornecer alguns de seus dados pessoais. 
A partir da vigência da Lei, os casos de não cumprimento da Legislação serão muito 
comuns, pois o processo de adequação exige que a organização reveja suas estratégias 
de mercado, processos e procedimentos internos. 
É fundamental que os profissionais das organizações estejam alinhados às políticas, aos 
códigos de ética e treinados para que atuem na defesa dos interesses da pessoa, evitando 
a abertura de prerrogativas nos interesses pessoais. 
Saiba mais... 
Há vários casos na mídia que ferem os direitos assegurados pela LGPD. 
Clique aqui e observe como uma operadora de telefonia foi impedida, em 2014, de 
exigir cadastro para então disponibilizar informações sobre serviços. 
Clique aqui e conheça o caso de farmácia que compartilhou uma receita, pela internet, 
contendo informações de segredo profissional, no tratamento e uso de medicamentos no 
combate ao COVID-19, contendo informações pessoais sensíveis, de extremo sigilo. 
Clique aqui e entenda mais sobre os tipos e como é realizada a prática de Spam. 
GLOSSÁRIO 
 
Exercícios 
Questão 1 
Toda operação realizada com dados pessoais, como coleta, produção, recepção, classificação, utilização, acesso, reprodução, 
transmissão, distribuição, processamento, arquivamento, entre outros, corresponde a: 
 
A. SPAM 
Ops! SPAM é sigla de Sending and Posting Advertisement in Mass, 
que em português significa Envio e Postagem de Publicidade em 
Massa. 
 
B. Tratamento de dados 
checkParabéns! Resposta Correta. Tratamento de dados pessoais 
significa praticar alguma atividade que envolva os dados de uma 
pessoa. 
 
C. ANPD 
Ops! ANPD é sigla de Autoridade Nacional de Proteção de Dados. 
 
D. Uso dos cookies 
Ops! Os cookies são pequenos arquivos que são salvos no 
computador do usuário, por meio do navegador. 
 
E. ISO 27002 
Ops! A ISO 27002 é a norma de boas práticas para gestão de 
segurança da informação. 
 
 
Questão 2 
Em relação aos direitos dos indivíduos, selecione a opção correta para cada afirmação. 
1. Consiste em conhecer quais dados foram coletados e estão sendo 
tratados pela organização. 
Selecione a alternativa correta 
Acesso aos dados
 
checkParabéns! Resposta correta. 
2. Tratamento por meio do qual um dado perde a possibilidade de 
associação, direta ou indireta, a um indivíduo. 
Selecione a alternativa correta 
Pseudonimização
 
checkParabéns! Resposta correta. 
3. Permite o arrependimento da autorização emitida incialmente. 
Selecione a alternativa correta 
Revogação do consentimento
 
checkParabéns! Resposta correta. 
4. Possibilita a transferência de seus dados pessoais para outra 
organização. 
Selecione a alternativa correta 
Portabilidade
 
checkParabéns! Resposta correta. 
Questão 3 
João tem um filho, Gabriel, de 11 anos, que adora assistir a vídeos na internet e jogar games de aplicativos. Ele concedeu à 
Gabriel a total liberdade de acessar qualquer conteúdo e baixar o aplicativo que quiser no celular, pois já conversou com o filho 
sobre esse assunto e apresentou quais cuidados deverá tomar em relação à navegação pela internet. 
A ação de João é considerada: 
 
A. Correta, pois seu filho já tem a maturidade de escolher os 
aplicativos que são considerados compatíveis com a idade dele. 
Ops! Resposta incorreta. A resposta correta é a alternativa “c”. De 
acordo com o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), Gabriel 
ainda é considerado uma criança por ter 11 anos. Por isso, João deve 
sempre acompanhar o que seu filho está acessando e baixando, pois 
ele é o responsável. 
 
B. Correta, pois João já conversou com Gabriel sobre os cuidados 
a serem tomados na internet. 
Ops! Resposta incorreta. A resposta correta é a alternativa “c”. De 
acordo com o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), Gabriel 
ainda é considerado uma criança por ter 11 anos. Por isso, João deve 
sempre acompanhar o que seu filho está acessando e baixando, pois 
ele é o responsável. 
 
C. Errada, João deve sempre acompanhar o que seu filho está 
acessando e baixando, pois ele é responsável por Gabriel, que é 
considerado vulnerável por ainda ser uma criança. 
checkParabéns! Resposta correta. De acordo com o Estatuto da 
Criança e do Adolescente (ECA), Gabriel ainda é considerado uma 
criança por ainda ter 11 anos. 
 
D. Errada, pois é João quem deve baixar os aplicativos para seu 
filho. 
Ops! Resposta incorreta. A resposta correta é a alternativa “c”. De 
acordo com o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), Gabriel 
ainda é considerado uma criança por ter 11 anos. Por isso, João deve 
sempre acompanhar o que seu filho está acessando e baixando, pois 
ele é o responsável. 
 
E. Correta, pois João não tem muita familiaridade com tecnologias 
e Gabriel tem facilidade em utilizar esses recursos. 
Ops! Resposta incorreta. A resposta correta é a alternativa “c”. De 
acordo com o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), Gabriel 
ainda é considerado uma criança por ter 11 anos. Por isso, João deve 
sempre acompanhar o que seu filho está acessando e baixando, pois 
ele é o responsável. 
 
Questão 4 
Escolha verdadeiro ou falso para as afirmações a seguir, considerando os direitos assegurados pela LGPD aos titulares dos 
dados: 
 
A. Ana realizou a compra de uma televisão em uma loja física de 
comércio eletrônico. No momento de preencher o cadastro, o 
vendedor solicitou sua autorização para compartilhar suas 
informações com a empresa de seguros, para que ela tivesse o 
benefício de garantia estendida com valor reduzido. Neste caso, Ana 
tem o direito de autorizar o compartilhamento de seus dados pessoais. 
Falso Verdadeiro 
checkParabéns! Resposta correta. Ao conhecer o tratamento que a 
empresa realizará em seus dados, a lei permite que Ana decida se 
deseja ou não autorizar o tratamento deles. 
 
B. Júlia, ao matricular sua filha Carolina de 8 anos na escola, 
autorizou o compartilhamento dos dados da menina. Algum tempo 
depois, leu na internet sobre o vazamento de dados dos alunos de 
uma escola, por isso solicitou a revogação total do compartilhamento 
com qualquer tipo de organização pública ou privada. Nesta situação, 
Júlia tem razão, pois está amparada pelo Estatuto da Criança e do 
Adolescente (ECA). 
Falso Verdadeiro 
clearOps! Resposta incorreta. A afirmação é falsa. Júlia pode revogar 
parcialmente o tratamento dos dados da filha, pois informações, como 
rendimentos, presenças etc., precisam ser compartilhadas com o 
Governo, por comporem a base nacional de gestão educacional. 
 
C. Pedro possui um cadastro em plataforma de vídeos há 3 anos. 
Recentemente, ele solicitou o acesso aos dados que essa empresa 
possui sobre ele, bem como o tipo de tratamento aplicado. A empresa 
lhe informou que se tratam de informações estratégicas e sigilosas, 
por isso não poderia atendê-lo. Neste caso, a empresa está amparada 
pela LGPD, pois trata-se de um segredo comercial. 
Falso Verdadeiro 
checkParabéns! Resposta correta. Pedro, como titular dos dados, tem 
o direito de conhecer quais dados foram coletados e estão sendo 
tratados pela empresa. 
 
D. Maria fez uma compra pela internet em uma loja virtual de roupas. 
O produto solicitado chegou atrasado e com defeito. Além disso, ela 
não foi bem atendida no pós-venda, pois enviava vários e-mails e não 
obtinha resposta. Diante do descontentamento, ela solicitou a 
eliminação de seu cadastro, porque não deseja receber nenhum tipo 
de anúncio. Neste caso, a empresa deve eliminar as informações, 
atendendo ao determinado na Lei Geral de Proteção de Dados 
Pessoais (LGPD). 
Falso Verdadeiro 
checkParabéns! Resposta correta. Como não deseja mais que seus 
dados sejam tratados pela empresa, Maria tem o direito de solicitara 
eliminação deles da base de dados da empresa. 
 
Resumindo 
Nesta unidade, você viu que reconhecer os direitos garantidos pela LGPD é um passo 
muito importante para a proteção da nossa privacidade. Mas exercer esse direito vai 
além da proteção e permite a regulamentação do mercado, forçando a adequação das 
organizações e a transformação da realidade digital ou não. 
Além disso, esse reconhecimento nos traz uma outra perspectiva que será apresentada 
na próxima unidade. Ao entendermos os nossos direitos como cidadãos, deveremos 
estar atentos às nossas responsabilidades enquanto partes de uma organização, na 
proteção da privacidade das outras pessoas a quem, de alguma forma, atendemos na 
oferta de nossos produtos e/ou serviços. 
Avance para a unidade 3 e conheça os deveres e as responsabilidades que a LGPD 
determina às empresas. 
 
 
DEVERES E RESPONSABILIDADES 
Nesta unidade, você conhecerá os deveres e as responsabilidades que as 
organizações devem cumprir ao tratarem os dados de seus clientes, parceiros, 
funcionários e de todas as pessoas a que elas tiverem acesso. 
Para começar 
Nas unidades anteriores, você viu os direitos que a LGPD assegura a todo cidadão, 
perante a privacidade e a titularidade dos seus dados nas relações com as empresas, 
instituições, associações, órgãos públicos, ONGs (Organizações Não Governamentais), 
entre outros. 
Dessa forma, é importante lembrar que a Lei não visa interromper o tratamento de 
dados, que já ocorre por parte dessas organizações. Seu objetivo é regular e proteger os 
nossos interesses, de forma que sejam criados mecanismos de controle para uma relação 
saudável e equilibrada entre elas (organizações) e as pessoas. 
É importante ressaltar que os direitos que, por um lado, são assegurados aos cidadãos, 
por outro, se tornam parte dos deveres e das responsabilidades das organizações, ao 
tratarem os dados pessoais de seus clientes, parceiros, funcionários e de todas as pessoas 
que, por ventura, a elas tiverem acesso. 
 
Em linhas gerais, os deveres de toda organização são zelar pela nossa privacidade e 
respeitar os nossos interesses. 
Requisitos para a realização do tratamento de dados 
As organizações devem analisar e enquadrar o tratamento de dados que já realizam 
ou pretendem realizar dentro de ao menos uma das bases legais previstas na LGPD, 
como, por exemplo: 
 mediante o consentimento do titular; 
 para cumprimento de obrigação legal; 
 pela administração pública, para o tratamento e uso compartilhado de dados 
necessários à execução de políticas públicas previstas em leis; 
 para a proteção da vida ou da segurança física do titular ou de terceiro; 
 para a tutela da saúde, exclusivamente, em procedimento realizado por profissionais 
de saúde, serviços de saúde ou autoridade sanitária, entre outros. 
Saiba mais... 
O artigo 7º da LGPD determina as hipóteses para o tratamento de dados pessoais e 
o artigo 11º traz as hipóteses para o tratamento de dados pessoais sensíveis. 
Clique aqui e conheça todas as hipóteses na íntegra. 
Deveres das organizações perante os direitos dos titulares dos dados 
Para assegurar os nossos direitos, as organizações precisam mapeá-los e traduzi-los na 
perspectiva da LGPD. Elas devem avaliar toda a estrutura de dados, de forma que seja 
feita uma adequação no modelo atual de negócio para comportar a nova realidade sobre 
a privacidade do indivíduo. É como se o atual modelo de negócio fosse comparado com 
a proposta da Lei, na utilização de um checklist, por exemplo. 
 
A Lei consolida alguns princípios, estabelecendo um direcionamento e uma 
padronização das responsabilidades das organizações perante os interesses e direitos dos 
titulares dos dados a serem atendidos. 
A imagem abaixo mostra cada um deles. Clique nela para ampliá-la. 
 
Finalidade 
 
A finalidade é uma condição que determina o motivo pelo qual os dados pessoais serão 
tratados pelas organizações. Dela deriva os dados mínimos necessários para se alcançar 
determinado objetivo. 
É preciso que o tratamento a ser realizado com o dado pessoal tenha propósitos 
legítimos, específicos, explícitos e informados ao indivíduo, sem possibilidade de 
tratamento posterior de forma incompatível com essas finalidades. 
Pense o tipo de tratamento de dados que sua empresa precisa fazer e faça as seguintes 
perguntas: 
 Qual a finalidade de coletar dados pessoais e armazená‐los? 
 Há alguma conexão direta entre os dados pessoais e/ou pessoais sensíveis na 
execução da atividade? 
 Se tiver que coletar dados pessoais e/ou pessoais sensíveis, qual será a finalidade? 
Exemplo: 
Uma organização escolar que solicita os dados dos alunos e de seus pais para uma 
matrícula, por exemplo, não pode utilizá-los para enviar publicidade ou ofertas de 
produtos, se não tiver descrito que esta é uma das finalidades no tratamento dos dados 
pessoais. 
 
Fonte: Pixabay 
Adequação 
Deverá haver, obrigatoriamente, uma exata correspondência entre o que foi 
informado com o que de fato é executado. 
 
Não basta apenas informar ao titular sobre os possíveis tratamentos. Assim, ao iniciar o 
tratamento dos dados, com a sua coleta, a empresa deverá respeitar a decisão do 
indivíduo. 
Pensando na finalidade, deve ser feita uma adequação visando o alinhamento do 
tratamento com o propósito. 
Exemplo: 
Uma organização escolar precisa coletar e armazenar dados sobre a saúde de seus 
alunos. Já uma empresa de e-commerce de produtos alimentícios não precisa conhecer 
esse tipo de dado, que é caracterizado como um dado sensível pela LGPD. 
 
Fonte: Pixabay 
Necessidade 
 
Essa responsabilidade de atender à necessidade de finalidade e adequação busca 
determinar que a empresa não realize o tratamento dos dados além do necessário. 
Esse necessário é relativo ao desempenho da atividade de tratamento do dado almejado 
pela organização. 
Portanto, o mapeamento adequado dos processos internos é fundamental para assegurar 
maturidade nas estratégias e nas suas adequações. 
 
Fonte: Pixabay 
Exemplo: 
Uma loja de calçados solicita que você preencha uma ficha extensa com seus dados 
pessoais e pessoais sensíveis e, entre os campos de preenchimento, quer saber qual a sua 
convicção religiosa. A pergunta que deve ser feita é: 
Qual a necessidade de uma loja de calçados saber a sua convicção religiosa? 
ATENÇÃO! 
 
Tratar mais dados do que o necessário cria riscos que podem prejudicar o indivíduo e 
tornar a empresa suscetível às sanções previstas na LGPD, como advertência e multas. 
Livre acesso 
A empresa deve assegurar livre acesso aos dados do titular. 
Essa postura estabelece uma relação transparente e responsável, pois permite que o 
indivíduo audite, de certa forma, as suas próprias informações e seja parceiro da 
empresa na sinalização de sua insatisfação com algum tratamento realizado. 
 
E isso tem impacto direto na experiência do usuário como um todo e pode impactar 
positivamente na imagem que o cliente ou usuário constrói da instituição. 
Exemplo: 
O projeto do Google citado na unidade 1 (takeout.google.com) permite que usuários de 
produtos, como YouTube e Gmail, façam download dos seus dados, permitindo seu 
livre acesso. 
Qualidade dos dados 
 
É fundamental que os dados estejam corretos e atualizados de forma que erros não 
gerem prejuízos aos titulares. 
É importante que existam mecanismos de validação das informações, desde o momento 
de sua coleta, para que um número de CPF não seja coletado e armazenado 
incorretamente, por exemplo. 
O processo de desenvolvimento da qualidade dos dados vai além da relação organização 
x pessoa x dados pessoais. Ela determina mudança e aprimoramento dos processos 
internos e no fluxo dos dados e informações que circulam no ciclo do negócio. 
Segurança 
 
Considerando que a organização se torna portadora das informações, a partir de sua 
coleta, deve atentar-se à utilização de medidas técnicas e administrativas aptas a 
proteger os dados pessoaisde acessos não autorizados e de situações acidentais ou 
ilícitas. 
De nada adianta assegurar a finalidade, garantir transparência, livre acesso e não ter 
políticas internas, processos, procedimentos e tecnologias atuais para efetivar a 
adequação aos preceitos da LGPD, protegendo a segurança dos dados. 
Segurança da Informação (dados) X Privacidade 
Segurança da Informação (dados) e Privacidade são conceitos complementares. 
Clique nos itens a seguir e conheça cada um deles: 
 SEGURANÇA DE DADOS 
 PRIVACIDADE 
 
 
A segurança da informação não se limita a proteger os dados pessoais na privacidade do 
indivíduo. Ela vai além e engloba toda a segurança das informações que circulam pela 
organização. 
Saiba mais... 
Clique aqui e conheça um estudo divulgado pela IBM, em que ela compartilha que 96% 
dos brasileiros acreditam que as empresas não protegem seus dados pessoais. 
Prevenção 
É preciso desenvolver uma nova perspectiva conjunta de prevenção e proteção dos 
dados que estão ou estarão sob responsabilidade direta e indireta de todos. 
 
A prevenção exige uma mudança na estrutura de pensamento das pessoas e na 
forma como participam dos processos, até então executados. 
O desenvolvimento de políticas internas, treinamentos, atualizações de conhecimento e 
também uso de sistemas e tecnologias modernas compreendem detalhes que, somados, 
ampliam a capacidade de prevenção a incidentes relativos à privacidade dos indivíduos. 
Não discriminação 
 
A discriminação é vedada e combatida em todos os âmbitos da relação social, como 
no caso de você ter seu cadastro ou acesso a um determinado serviço suspenso por 
questões religiosas, políticas ou de saúde, por exemplo. 
O tratamento dos dados pessoais deve criar oportunidades que atendam aos interesses 
dos titulares e das empresas, mas nunca será utilizado em caráter discriminatório, de 
forma que possa segregar a humanidade em suas características íntimas. 
Responsabilização e prestação de contas 
 
O princípio da responsabilização não deve transmitir a ideia punitiva perante o texto da 
Lei e sim a postura de responsabilidade e diligência na tratativa dos dados. 
Essa responsabilização deve coexistir na missão, na visão e na oferta dos produtos e 
serviços da organização. Essa demonstração de medidas eficazes e capazes de 
comprovar a observância da LGPD deve coexistir com as demais obrigações da 
organização. 
Nesse caso, o uso de tecnologias modernas, treinamentos e capacitações também 
colaboram para demonstrar a responsabilidade e a prestação de contas de parte das 
ações tomadas pelas organizações. 
Transparência 
Ser transparente, informando claramente o tratamento realizado com dados pessoais 
diferencia a organização que respeita o interesse das pessoas. 
 
Se antes o tratamento de dados era realizado sem fiscalização, a palavra de ordem passa 
a ser confiança. Para isso, é necessário que a ética e a responsabilidade estejam 
presentes em todas as ações de uma organização. 
A transparência é uma conduta que, de certa forma, engloba todos os outros princípios 
já citados. 
 
Fonte: Pixabay 
Exemplo: 
Um site informa e solicita a você autorização para utilizar cookies, conforme orienta a 
LGPD. Você não autoriza, mas mesmo assim, o site executa essa ação, ferindo o dever 
da transparência. 
E, nesse contexto de transparência, cabe ressaltar que o uso de uma linguagem simples e 
didática oferece ao cidadão maior oportunidade de compreensão das informações 
referentes ao tratamento de seus dados. 
Assim, é fundamental evitar termos jurídicos e fazer uso da proposta do legal 
design (visual law em inglês) que busca traduzir os termos para uma linguagem mais 
acessível à toda população. 
Saiba mais... 
Clique aqui e conheça mais sobre legal design e visual law. 
Todos esses princípios representam a responsabilidade das organizações em relação ao 
escopo de atividades por elas desenvolvidas, no que se refere ao mapeamento detalhado 
dos fluxos e processos que envolvem a utilização de dados pessoais. Essas atitudes 
visam proteger a privacidade do indivíduo. 
Dessa forma, asseguramos o protagonismo das pessoas nas suas próprias histórias, sem 
invadirmos os seus espaços e respeitando suas privacidades, de forma que, ao mesmo 
tempo, possibilite que as organizações continuem realizando os seus trabalhos. 
 
 
Exercícios 
Questão 1 
Ao olharmos para os deveres que uma organização tem sobre a proteção dos dados e a privacidade do indivíduo, identifique a 
alternativa correta: 
 
A. Ao definir tais deveres, a LGPD tem o objetivo de dificultar o 
tratamento de dados pessoais. 
Ops! Resposta incorreta. A LGPD não tem o objetivo de dificultar o 
tratamento de dados e, sim, regular as relações entre as pessoas e as 
organizações. 
 
B. As organizações não precisam se preocupar com a privacidade 
do indivíduo, pois esta responsabilidade é da própria pessoa. 
Ops! Resposta incorreta. A partir do momento em que as 
organizações tratam dados pessoais, elas devem se preocupar com a 
privacidade do indivíduo. 
 
C. As organizações devem enquadrar o tratamento de dados que 
já realizam ou pretendem realizar dentro de, ao menos, uma das 
bases legais previstas na LGPD. 
checkParabéns, resposta correta! Os artigos 7º e 11º da LGPD 
determinam as hipóteses para o tratamento de dados pessoais e 
dados pessoais sensíveis, nas quais as organizações devem justificar 
o tratamento de dados. 
 
D. A organização não precisa informar sobre o tratamento dos 
dados pessoais, apenas dos dados pessoais sensíveis. 
Ops! Resposta incorreta. Segundo o princípio relacionado à 
transparência, a organização deve informar claramente o tratamento 
realizado com os dados pessoais e os dados pessoais sensíveis. 
 
Questão 2 
A loja virtual Elektra, de móveis e eletrodomésticos, ao realizar a venda de seus produtos, coleta algumas informações de seus 
clientes, como nome, RG, CPF, telefone, endereço e gênero. 
Identifique a alternativa correta: 
 
A. A loja pode coletar a informação que quiser, desde que exclua 
os dados posteriormente. 
Ops! Resposta incorreta. A coleta como um tratamento de dados 
também deve ser informada e consentida, a menos que atenda 
alguma exigência legal. 
 
B. A loja pode coletar tais informações desde que tenha propósitos 
legítimos, específicos, explícitos e informados ao indivíduo. 
checkParabéns! Resposta correta. Ao coletar dados pertinentes à 
execução de sua atividade, a empresa está respeitando o princípio da 
finalidade. 
 
C. A loja pode coletar a informação que quiser e não precisa 
informar o titular. 
Ops! Resposta incorreta. A organização precisa informar o titular. 
 
D. A loja deve sempre coletar todas as informações 
possíveis sobre o indivíduo. 
Ops! Resposta incorreta. A organização deve sempre coletar somente 
os dados necessários para o desenvolvimento da atividade, 
lembrando dos riscos de tratar dados além do necessário. 
 
E. Segundo a LGPD, as organizações não podem mais coletar 
dados dos titulares. 
Ops! Resposta incorreta. A LGPD veio para regulamentar e não 
impedir ou prejudicar o desenvolvimento das atividades por parte das 
empresas. 
 
Questão 3 
Uma empresa de RH coletou, por meio de um formulário digital, dados pessoais dos candidatos, como nome, idade, endereço, 
formação educacional e estado de saúde. Durante a análise dos dados, os recrutadores fizeram uso dessas informações para 
determinar a seleção dos participantes, justificando a aderência dos perfis à vaga oferecida. 
Diante desse contexto, preencha as afirmações a seguir com verdadeiro ou falso, de acordo com as premissas da LGPD: 
 
A. A empresa pode coletar todos esses dados desde que os utilize somente para a 
finalidade de recrutamento. 
Falso Verdadeiro 
 
B. A empresa pode coletar todos esses dados desde que informe o candidato. 
Falso Verdadeiro 
 
C. O estado de saúde do candidato é um dado sensível desnecessário para a finalidade 
de recrutamento. 
FalsoVerdadeiro 
 
D. A empresa pode coletar todos esses dados desde que não utilize tais informações 
para discriminar o candidato. 
Falso Verdadeiro 
 
VERIFICAR RESPOSTA 
Questão 4 
Uma escola coleta e armazena dados pessoais e pessoais sensíveis de seus alunos, que são menores de idade. Esses dados 
ficam arquivados em pastas dentro de um armário na secretaria da escola, que fica próxima ao portão de entrada e à rua. 
Muitas pessoas passam pelo local e não há câmeras de segurança, controles de acesso e nenhum mecanismo de proteção 
deste armário, que contém uma simples tranca. 
Identifique a alternativa que indica quais princípios da LGPD estão sendo desrespeitados neste caso: 
 
A. Finalidade e adequação. 
Ops! Resposta incorreta. A resposta correta é a alternativa D. Ao 
deixar os dados dos alunos suscetíveis à exposição, a escola não está 
atendendo aos princípios de prevenção e segurança, no que se refere 
a adequação de processos, procedimentos e tecnologias para 
proteger os dados que estão sob sua responsabilidade. 
 
B. Livre acesso e qualidade dos dados. 
Ops! Resposta incorreta. A resposta correta é a alternativa D. Ao 
deixar os dados dos alunos suscetíveis à exposição, a escola não está 
atendendo aos princípios de prevenção e segurança, no que se refere 
a adequação de processos, procedimentos e tecnologias para 
proteger os dados que estão sob sua responsabilidade. 
 
C. Não discriminação e transparência. 
Ops! Resposta incorreta. A resposta correta é a alternativa D. Ao 
deixar os dados dos alunos suscetíveis à exposição, a escola não está 
atendendo aos princípios de prevenção e segurança, no que se refere 
a adequação de processos, procedimentos e tecnologias para 
proteger os dados que estão sob sua responsabilidade. 
 
D. Prevenção e Segurança. 
checkParabéns! Resposta correta. Ao deixar os dados dos alunos 
suscetíveis à exposição, a escola não está atendendo aos princípios 
de prevenção e segurança, no que se refere a adequação de 
processos, procedimentos e tecnologias para proteger os dados que 
estão sob sua responsabilidade. 
 
Resumindo 
Nessa unidade, você viu que as organizações não são proprietárias dos dados das 
pessoas. Portanto, para assegurarem os direitos dos titulares e a proteção desses dados, é 
imprescindível que avaliem todo o processo de tratamento de dados pessoais que já 
realizam ou pretendem realizar, justificando-o em, ao menos, uma das bases legais 
previstas na LGPD e respeitem todos os princípios estabelecidos, como finalidade, 
adequação, necessidade, livre acesso do titular às suas informações, entre outros, para 
que a relação com as pessoas seja feita com clareza, transparência e responsabilidade, 
evitando, assim, riscos que podem prejudicar o indivíduo e tornar a empresa suscetível a 
sanções e multas altíssimas. 
Você viu também que é fundamental que as organizações ajam de forma preventiva, 
garantindo a segurança das informações, mapeando e tratando todos os riscos inerentes 
aos tratamentos a que fizerem uso. 
Avance para a unidade 4 e conheça as boas práticas de governança, a fim de garantir os 
padrões de segurança e privacidade. 
GOVERNANÇA PARA PROTEÇÃO 
DA PRIVACIDADE 
Nesta unidade, você conhecerá as boas práticas de governança de dados, a fim de 
garantir os padrões de segurança e privacidade. 
Para começar 
Até aqui, você viu que a LGPD trouxe grandes mudanças na proteção da privacidade 
dos dados, estabelecendo novos direitos para as pessoas, bem como responsabilidades 
para as organizações. 
Por isso, esse novo momento exige delas (organizações) a reavaliação dos processos 
internos, além do mapeamento das atividades que, de alguma forma, tratam dados 
pessoais. 
 
Essa adequação é um processo constante e contínuo que deve conectar o propósito de 
todas as áreas e departamentos, no que chamamos aqui de Governança de dados. 
Pode-se dizer que a governança envolve a implementação de regras, práticas, processos, 
procedimentos e controles, visando o crescimento de uma organização de forma 
organizada e sustentável, respeitando a legislação e a sociedade como um todo. 
No contexto da administração de empresas, esse entendimento é conhecido 
como governança corporativa. 
Segundo o Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC, 2019), essa 
expressão significa: 
Sistema pelo qual as empresas e demais organizações são dirigidas, 
monitoradas e incentivadas, envolvendo os relacionamentos entre sócios, 
conselho de administração, diretoria, órgãos de fiscalização e controle e demais 
partes interessadas. 
 
As boas práticas de governança corporativa convertem princípios básicos em 
recomendações objetivas, alinhando interesses com a finalidade de preservar e 
otimizar o valor econômico de longo prazo da organização, facilitando seu 
acesso a recursos e contribuindo para a qualidade da gestão da organização, 
sua longevidade e o bem comum. 
Nesse sentido, a governança corporativa abarca também a governança de dados que, de 
acordo com o DAMA - Data Maturity Body of Knowledge (2017, p. 67), trata-se de: 
exercício de autoridade e controle (planejamento, monitoramento e execução) 
sobre o gerenciamento de ativos de dados. 
A LGPD determina que as organizações implementem regras e boas práticas de 
governança, com procedimentos específicos para todas as pessoas envolvidas no 
tratamento de dados pessoais e que seja aplicável a todo o conjunto de dados pessoais 
que estejam sob seu controle, independentemente do modo como se realizou sua coleta. 
Saiba mais... 
Clique aqui e saiba mais sobre governança corporativa. 
Siga em frente e conheça alguns princípios e práticas de segurança e governança que 
contribuem para proteção da privacidade. 
Governança de dados 
Uma das características da governança de dados, no contexto da LGPD, é a ideia 
do Privacy by Design ou Privacidade no Design, em português. Tal ideia envolve os 
seguintes preceitos ou princípios. 
Clique nos ícones abaixo para conhecer cada um deles. 
 
 
 
 
 
 
 
A soma desses sete preceitos determina um outro conceito conhecido por Privacy by 
Default ou Privacidade por Padrão, em português, que resume a importância de a 
privacidade ser incorporada no desenvolvimento de todas atividades, sempre como 
um padrão a ser seguido e mantido. 
 
Agentes de tratamento de dados 
Para que a governança de dados cumpra sua função, é fundamental que todas as 
pessoas da organização estejam alinhadas e em sintonia com o propósito da LGPD. 
Além disso, devem existir e coexistir, dentre elas, duas figuras importantes nesse 
contexto: controlador e operador. 
Clique nos itens a seguir para conhecer o papel de cada um deles. 
 CONTROLADOR 
 OPERADOR 
 
Segundo a Lei, o controlador é pessoa natural ou jurídica, de direito público ou privado, 
a quem competem as decisões referentes ao tratamento de dados pessoais. 
Encarregado 
A LGPD também determina que seja nomeado um responsável, conhecido 
como encarregado, que é a pessoa indicada pelo controlador e pelo operador para atuar 
como canal de comunicação entre o controlador, os titulares dos dados e 
a Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD). Esse profissional também 
pode ser denominado DPO (Data Protection Officer) ou Oficial de Proteção de Dados, 
em português. 
Ele também deve orientar os funcionários e os contratados da entidade a respeito das 
práticas a serem tomadas em relação à proteção de dados pessoais e executar as demais 
atribuições determinadas pelo controlador ou estabelecidas em outras normas. 
Importante! 
De acordo com a LGPD, agentes de tratamento são os controladores e os 
operadores, responsáveis pelo cumprimento da lei, e serão os responsabilizados no 
caso de descumprimento dela. O encarregado não é agente de tratamento, mas 
cumpre um papel fundamental para os agentes de tratamento na avaliação constante de 
conformidade para a respectiva organização que ele atende. 
Acompanhe o exemplo prático a seguir para entender

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