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Resumo – Neutropenia febril A neutropenia induzida por quimioterapia (quadro comumente observado), quando acompanhada por febre, deve ser tratada como uma emergência oncológica e é um quadro especialmente desafiante. A mielossupressão induzida por quimioterapia, em especial o quadro de neutropenia originado desta, é uma das toxicidades que mais afetam a progressão do tratamento. A descoberta de casos neutropenia febril (NF), frequentemente, leva ao adiamento ou interrompimento da quimioterapia em curso. Para chegar ao diagnóstico de NF alguns parâmetros devem ser adotados; primeiramente, a neutropenia é classificada em 3 graus, sendo eles simplesmente neutropenia (contagem absoluta de neutrófilos < 1 x 109 / L), neutropenia grave (contagem absoluta de neutrófilos < 0,5 x 109 / L) e neutropenia severa (contagem absoluta de neutrófilos < 0,1 x 109 / L); Já a febre em um doente neutropênico se define como uma única medica oral ou timpânica maior ou igual a 38,3 °C, ou uma temperatura maior ou igual a 38°C por mais de uma hora. Esse quadro se deve a instalação de infecções oportunistas nesse momento em que a defesa do corpo está precária e, devido ao risco gerado por essa complicação, recomenda-se que no máximo uma hora após a detecção da NF seja iniciado o tratamento com antibioterapia empírica e de largo espectro. A neutropenia febril pode ainda ser classificada em 3 de acordo com o conhecimento sobre sua manifestação, sendo elas: Infecção documentada microbiologicamente, infecção documentada clinicamente e febre não explicada. Acerca da patogênese dessa síndrome, alguns fatores podem estar relacionados: efeito da quimioterapia no sistema imunológico e nas barreiras mucosas e falha nas defesas do doente devido a neoplasia em curso. Quanto ao primeiro, o frequente enfraquecimento, em especial da mucosa intestinal, está diretamente relacionado a episódios de NF haja vista que esta é uma das principais barreiras do corpo. Em relação ao segundo, a obstrução de vasos linfáticos, vias biliares, arvore brônquica, sistema urinário ou gastrointestinal pelos tumores ou secundaria a procedimentos cirúrgicos também são causas frequentes e infecção. Defeitos imunológicos com relação com deficiências hematológicas induzidas em conjunto com a mielossupressão representa um risco para o corpo do paciente, devido a queda significativa do sistema de defesa e, além de defeitos no quantitativo de células de defesa, a quimioterapia também induz a alguns defeitos funcionais e a uma consequente fagocitose dessas células.
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