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APOSTILA SAÚDE MENTAL NO TRABALHO

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Saúde Mental 
no Trabalho 
 
José Cavalcante Lacerda Junior 
 
PROFESSOR CONTEUDISTA 
 
 
 
 
REITOR DO IFAM 
Antônio Venâncio Castelo Branco 
 
PRÓ-REITORA DE ENSINO 
Lívia de Souza Camurça Lima 
 
PRÓ-REITOR DE PESQUISA, PÓS-GRADUAÇÃO E INOVAÇÃO 
José Pinheiro de Queiroz Neto 
 
PRÓ-REITORA DE EXTENSÃO 
Maria Francisca Morais de Lima 
 
PRÓ-REITOR DE DESENVOLVIMENTO INSTITUCIONAL 
Carlos Tiago Garantizado 
 
PRÓ-REITORA DE PLANEJAMENTO E ADMINISTRAÇÃO 
Josiane Faraco de Andrade Rocha 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
JOSÉ CAVALCANTE LACERDA JUNIOR 
 
Doutor em Ciências do Ambiente e Sustentabilidade na Amazônia (2018). Mestre em 
Educação em Ciências na Amazônia (2014). Especialista em Saúde Mental (2019). 
Graduado em Psicologia (2010), Filosofia (2013) e Pedagogia (2020). Atua como 
professor no Instituto Federal do Amazonas – Ifam, Campus Manaus Distrito Industrial 
– CMDI. Pesquisador no: Grupo de Pesquisa Educação Ambiental com Comunidades 
Urbanas na Amazônia; Grupo de Pesquisa Infância e Educação no Contexto Amazônico 
– GPIECAM; Grupo de Estudo e Pesquisa em Planejamento, Logística e Administração - 
GEPPLA. Tem experiência na área de atendimento clínico em Saúde Mental e possui 
interesse em temas relacionados à infância e adolescência, educação ambiental e 
cidade. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
UNIDADE I 
SAÚDE MENTAL E TRABALHO: DEFINIÇÕES 
 
Entre os temas mais urgentes do contexto contemporâneo encontra-se a saúde 
mental. Durante muito tempo a saúde mental foi tida como uma temática restrita ao 
espaço clínico. No entanto, sua emergência no contexto hodierno apresenta uma 
perspectiva de intensas preocupações interdisciplinares. Uma das razões para tanto é 
o número, cada vez mais expressivo, de pessoas com algum tipo de adoecimento 
mental, onde as causas possuem fontes diversas. 
No âmbito mundial, a preocupação tem como foco o aumento do número de 
pessoas que vivem com a depressão, a qual aumentou 18% entre 2005 e 2015, de 
acordo com relatório global publicado pela Organização Mundial da Saúde – OMS, 
Depression and other common mental disorders: global health estimates, em 2017. No 
Brasil, além da depressão, há uma forte preocupação com os distúrbios vinculado à 
ansiedade, que afetam 9,3% da população1. 
Diante desse contexto, a Saúde Mental ganha, ainda mais, relevância à medida 
que se relaciona com o universo do trabalho. Dessa forma, frente às inúmeras e 
intensas transformações vivenciadas no mundo do trabalho, a OMS observa a urgência 
de práticas, estudos e destinação de recursos para mitigar e evitar não somente os 
custos, mas, sobretudo, as intercorrências sociais em torno dessa temática no campo 
da saúde e da economia. 
Conforme se verifica, a interface saúde mental no trabalho em nossa sociedade 
reveste-se de uma importante temática uma vez que a atenção para a construção 
psíquica do sujeito se constitui à medida que o trabalho se configura como um 
determinante social de saúde. Ao se constituir como sujeito em relação com a 
sociedade, o ser humano constrói, por intermédio de sentido e significados, suas 
vivências e percepções em torno do trabalho. 
O trabalho constitui-se, assim, como um processo, onde o ser humano regula 
sua interação tanto com a natureza quanto com a sociedade, construindo, dessa 
 
1 WORD HEALTH ORGANIZATION. Depression and Other Common Mental Disorders: global health 
estimates. Printed by the WHO Document Production Services, Geneva, Switzerland, 2017. 
 
forma, sua vida.2 O trabalho não é somente mero meio de subsistência, mas de 
produção da própria vida humana, uma vez que consegue objetivar o mundo e 
subjetivar-se enquanto pessoa. Como um ser que interage com o seu meio e elabora 
sentidos e significados, o ser humano produz o universo cultural, o qual é preenchido 
por seus aspectos materiais e simbólicos dentro de um contexto histórico.3 
Destaca-se, também, que a saúde mental no trabalho possui diversas 
abordagens, que perpassam desde os seus impactos na economia (a saúde mental já é 
uma das maiores causas de afastamento no trabalho), nos valores culturais-éticos (o 
valor da vida e o respeito sobre a dignidade da pessoa assentam o ideal 
constitucional), na subjetividade (intensas cobranças para se inserir no competitivo e 
exigente mercado de trabalho obriga uma produção maior, melhor e com menos). A 
compreensão da saúde mental, portanto, é complexa. 
 
Visão psicossocial do ser humano 
O ser humano é, dentre os seres, o que busca a razão do seu existir. Inserido 
em suas circunstâncias históricas, busca desentranhar seus projetos, suas utopias e 
seus desejos. Enquanto ser inacabado e em constante construção, o ser humano 
desvela-se como existência integradora em todas as suas dimensões, isto é, biológicas, 
psíquicas e socais. 
O ser humano é um ser biopsicossocial. Esse entendimento configura um 
entendimento que articula essas unidades numa compreensão holística, a qual 
destaca: 
- o termo bio diz respeito à vida; 
- o termo psico está vinculado as questões da alma; 
- o termo social associa-se à sociedade. 
A visão biopsicossocial integra uma compreensão acerca do ser humano 
sempre pautada na interação dessas características. Elas atuam e interatuam em 
processos dinâmicos, constantes e continuamente abertas. Essa perspectiva não 
permite uma compreensão humana em contextos fragmentados, isolados ou 
 
2 MARX, Karl. O capital: crítica da economia política. Trad. Régis Barbosa e Flávio R. Kothe. 3 ed. São 
Paulo: Nova Cultural, 1988. 
3 BOURDIEU, Pierre. O Poder Simbólico. Tradução de Fernando Tomaz. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 
1989. 
 
estanques. O ser humano é, assim, uma unidade dinâmica, que possibilita a interação 
e a adaptação do ser humano consigo mesmo e com as circunstâncias na qual está 
inserido. 
 
 
É importante destacar essa visão para compreender o entendimento acerca da 
saúde, uma vez que essa noção não comporta a simplória definição de ausência de 
doença. E ainda, a combinação das potencialidades biológicas, psíquicas e sociais 
pontuam a condição de vida do ser humano como algo processual, que por sua vez 
supera modelos mecânicos de causa-efeito. 
De outro modo, a compreensão acerca do que seja saúde não se limita ao 
reconhecimento de determinada doença, mas deve buscar outras maneiras que 
possam promover a saúde. Daí, reconhecer que a combinação das potencialidades 
biológicas, psíquicas e sociais pontua a condição de vida do trabalhador, ajuda-nos a 
pensar o bem-estar do trabalhador. 
 
Essa compreensão do ser humano, em que o indivíduo é o seu corpo, revela 
condições de vida e marcas das experiências vividas e desejada. Situa-se na 
mesma proposta conceitual a visão holística do homem, o elo fundamental 
da qualidade de vida no trabalho4. 
 
Saúde, assim, não é ausência de doença e nem pode ser observada em modelos 
que aglutinam a doença como fator central. Mas, saúde é um processo que integra 
uma condição de “harmonia” entre o sujeito e suas circunstâncias. 
 
4 LIMONGI-FRANÇA, Ana Cristina; ARRELANO, Eliete Bernal. Qualidade de vida no Trabalho. IN.: 
LIMONGI-FRANÇA, Ana Cristina, et al. As pessoas na organização. São Paulo: Editora Gente, 2002, 
p.300. 
BIO
SOCIALPSICO
Expressão do corpo físico
Características genéticas
Heranças hereditárias
Questões da "alma"
Cognição, afeto e volição 
Personalidade
Interações de um grupo
Normas, regras, condutas
Aspectos culturais
 
Conceitos de saúde e saúde mental 
A Organização Mundial de Saúde, em 1948, destaca a saúde como o completo 
estar-estar físico, psíquico e social e não somente como ausência de doença. Essa 
definição aglutina a saúde como um direito a cada ser humano e traz para o bojo das 
discussões a obrigatoriedade do Estado em promover os mecanismos necessários. É 
evidente, que a 
 
[...] amplitude do conceito da OMS[...] acarretou críticas, algumas de 
natureza técnica (a saúde seria algo ideal, inatingível; a definição não pode 
ser usada como objetivo pelos serviços de saúde), outras de natureza 
política, libertária: o conceito permitiria abusos por parte do Estado, que 
interviria na vida dos cidadãos, sob o pretexto de promover a saúde.5 
 
No entanto, é importante recordar que assim como a saúde é processual, a 
elaboração e evolução de seu conceito perpassam as condições da história e os 
elementos que atravessam seus contextos no momento em que são forjados. Dessa 
maneira, esse entendimento oportuniza, contemporaneamente, assentar saúde como 
um direito que está em consonância com todas as condições humanas, desde o direito 
a habitação, um ecossistema saudável e a equidade social. 
A compreensão de saúde insere-se em uma condição de constante construção 
no bojo das interações coletivas e subjetivas. 
 
APROFUNDANDO: 
 
 
Esta definição traz essencialmente as dimensões subjetivas da produção de saúde, 
afinando-se com as ideias e concepções atuais que caminham para a interdisciplinaridade 
na medida em que ampliam o olhar sobre os diversos aspectos do processo saúde-doença. 
Configura-se então um novo paradigma sanitário: o da produção social da saúde 
(MENDES, 1996) também denominado paradigma biopsicossocial (BELLOCH; OLABARRIA, 
1993; DE MARCO, 2003; SEBASTIANI; MAIA, 2005), alternativo ao paradigma curativista 
anterior (SANTOS; WESTPHAL, 1999). 
Segundo Belloch e Olabarria (1993), os princípios do paradigma biopsicossocial são: 
1. O corpo humano é um organismo biológico, psicológico e social, ou seja, recebe 
informações, organiza, armazena, gera, atribui significados e os transmite, os quais 
produzem, por sua vez, maneiras de se comportar; 
2. Saúde e doença são condições que estão em equilíbrio dinâmico; estão codeterminadas 
por variáveis biológicas, psicológicas e sociais, todas em constante interação; 
3. O estudo, diagnóstico, prevenção e tratamento de várias doenças devem considerar as 
contribuições especiais e diferenciadas dos três conjuntos de variáveis citadas; 
 
5 SCLIAR, Moacyr. PHYSIS: Revista Saúde Coletiva, Rio de Janeiro, 17(1), p. 29-41, 2007, p. 37. 
 
4. A etiologia dos estados de doença é sempre multifatorial. Devem-se considerar os vários 
níveis etiopatogênicos e que todos eles requerem uma investigação adequada; 
5. A melhor maneira de cuidar de pessoas que estão doentes se dá por ações integradas, 
realizadas por uma equipe de saúde, que deve ser composta por profissionais 
especializados em cada uma das três áreas; 
6. Saúde não é patrimônio ou responsabilidade exclusiva de um grupo ou especialidade 
profissional. A investigação e o tratamento não podem permanecer exclusivamente nas 
especialidades médicas. 
Constata-se, porém, que no cenário atual a aplicação destas concepções no cotidiano dos 
serviços de saúde está no início de seu processo de efetivação. O modelo biopsicossocial 
pressupõe ações integradas e interdisciplinares. Porém, necessita de amadurecimento em 
função da formação dos profissionais de saúde, dos modelos de gestão, de financiamento 
e funcionamento do sistema de saúde como um todo (SEBASTIANI; MAIA, 2005). Faz-se 
necessário repensar modelos e práticas atuais (MOTTA; BUSS; NUNES, 2001) e elaborar 
propostas no sentido de resgatar a participação ativa dos profissionais e dos sujeitos na 
produção de saúde, construindo assim, práticas cotidianas em relação a uma vida 
saudável.6 
 
 
Além dessas considerações, é importante destacar que o Plano Nacional de 
Saúde, 2020-20237, destaca que o processo saúde-doença perpassa por determinantes 
e condicionantes. São eles: a alimentação, a moradia, o saneamento básico, o meio 
ambiente, o trabalho, a renda, a educação, o transporte e o lazer. Todos emergem 
como fatores que podem, de alguma forma, influenciar esse processo. 
Percebe-se que se a noção de saúde traz uma dificuldade “lotear” uma 
definição específica. A dificuldade fica mais saliente quando se pensa o binômio 
saúde/doença mental. Na busca de apresentar uma compreensão de normalidade no 
âmbito psíquico vários enfoques foram constituídos, podendo apresentar uma 
perspectiva que por vezes se aglutina em uma análise utópica, outras vezes em uma 
média estatística para uma determinada população ou como um processo, por 
exemplo. 
Sendo assim, embora a OMS não defina oficialmente um conceito de saúde 
mental, é possível destacar o seguinte conceito em torno da saúde mental como “o 
estado de bem-estar no qual o indivíduo realiza as suas capacidades, pode fazer face 
 
6 PEREIRA, Thaís Thomé Seni Oliveira; BARROS, Monalisa Nascimento dos Santos; AUGUSTO, Maria 
Cecília Nobrega de Almeida. O cuidado em saúde: o paradigma biopsicossocial e a subjetividade em 
foco. Mental, Barbacena, vol. 9, n. 17, p.523-536, dez., 2011, p. 525-526. 
7 MINISTÉRIO DA SAÚDE. Plano Nacional de Saúde – 2020-2023. Brasília/DF, 2020. 
 
ao stress normal da vida, trabalhar de forma produtiva e frutífera e contribuir para a 
comunidade em que se insere”8. 
Saúde mental não é sinônimo de doença mental. Assim como o conceito de 
saúde transcende a ausência de doenças, a saúde mental possui inúmeras implicações 
que solapam sua restrição a uma concepção assentada apenas na doença mental. A 
saúde mental vincula-se a maneira como o ser humano reage diante das demandas da 
vida cotidiana. Dessa maneira, saúde mental não está no âmbito de uma performance 
perfeita ou de uma representação que anule as dificuldades, mas na forma como cada 
ser humano interage. Lembre-se: 
- Saúde Mental está distante da ideia de não ter dificuldades ou conflitos! 
- Saúde Mental leva em consideração os transtornos mentais, mas, não se 
restringe a eles! 
- Saúde Mental diz respeito a nossa capacidade de manejar as situações, o 
reconhecimento de si, a capacidade de relacionar, além da sensação de bem-estar, 
satisfação para com vida, etc. 
Assim, a saúde mental é um processo global que possui sentido e significado no 
aspecto pessoal do ser humano. Dessa forma, é importante destacar que a saúde 
mental é atravessada por inúmeros fatores, entre eles o trabalho. 
 
 
CURIOSIDADADE: 
A fita verde, símbolo da luta pela conscientização da saúde mental surge na década de 
1800, quando o verde era utilizado para representar a pessoas tidas como insanas. No 
Brasil, nos últimos anos, tem-se utilizado mês de janeiro, Janeiro Branco, como período 
para discutir a saúde mental. 
 
 
 
Saúde Mental e o processo de trabalho 
O ser humano em interação com a natureza e com os outros seres humanos 
produz o universo cultural, o qual é preenchido por seus aspectos materiais e 
 
8 COMISSÃO DAS COMUNIDADES EUROPEIAS. O livro Verde. Bruxelas, 2005, p.04. In.: 
<http://ec.europa.eu/justice_home/doc_centre/immigration/work/doc/com_2004_811_pt.pdf>. 
Acessado no dia 29/03/2009. 
 
simbólicos dentro de um contexto histórico9. Nessa perspectiva, suas produções 
abrem espaço para conhecer o seu fazer que se configura como elemento constitutivo 
do “ser” humano. 
Imerso nessa conjuntura, o trabalho emerge como elemento fundamental do 
fazer humano, pois constrói o mundo objetivo e transforma a natureza, assim como 
também constrói e transforma o próprio ser humano, distinguindo-o dos outros seres 
e o conduzindo as novas necessidades no meio social. 
Etimologicamente, o termo trabalho possui uma conotação negativa. Em sua 
composição, a partir do latim tripaliu, sinaliza a indicação de um instrumento de 
açoite, isto é, o termo tri, que significa três, juntamente com o termo paliu, traduzido 
como pau. Conforme se verifica, a palavra trabalhar estaria associada a uma noção de 
sofrimento e dor. Tal sentido foi de uso comum na Antiguidade, tendo esse significado 
atravessado a Idade Média. 
Segundo Hannah Arendt10, com o advento da Era Moderna, o trabalho passa a 
ser extremamente valorizado, pois o trabalho se configura comouma atividade que 
está ligada ao aspecto “artificial” da vida humana, pois, produz algo que é diferente do 
ambiente natural. Arendt faz uma análise do ser humano como um ser de condição, 
partindo de uma definição daquilo que ela considera as três dimensões da vida ativa: a 
ação, o labor e o trabalho. 
O fruto do trabalho se consubstancia em bens de duração, que não se 
consomem instantaneamente no tempo, adquirindo permanência no mundo. Há 
ascensão do “homo faber” como fabricante de coisas que se justificam pela sua 
utilidade, mas também por um caráter imortalizador do seu fazer que justifica a 
constituição de sua identidade. 
 
A súbita e espetacular promoção do labor, da mais humilde e desprezível 
posição à mais alta categoria, como a mais estimada de todas as atividades 
humanas, começou quando Locke descobriu que o ‘labour’ é a fonte de toda 
propriedade; prosseguiu quando Adam Smith afirmou que esse mesmo 
‘labour’ era a fonte de toda riqueza; e atingiu o clímax no ‘system of labor’ 
de Marx, no qual o labor passou a ser a origem de toda produtividade e a 
expressão da própria humanidade do homem11. 
 
9 BOURDIEU, Pierre. O Poder Simbólico. Tradução de Fernando Tomaz. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 
1989. 
10 ARENDT, Hannah. A condição Humana. 15. ed. Forense Universitária: São Paulo, 2008. 
11Idem, p.113. 
 
O trabalho na modernidade conota um ser humano que, ao trabalhar, poderia 
desenvolver seu intelecto como construtor do mundo, tendo como ideais a 
permanência, a estabilidade e a durabilidade. O trabalho realizado pelo ser humano 
demonstra sua utilidade, não somente para si, mas para a sociedade em geral, 
conferindo ao trabalho sua condição glorificação no meio social. 
A hegemonia do capitalismo capitaneada desde a Revolução Industrial 
estabeleceu em nosso tempo o clássico paradigma: “o trabalho dignifica o homem”; 
onde trabalhar significa exercer aquilo que é próprio do ser humano. No entanto, tal 
perspectiva volta-se para os interesses da produção de bens de consumo, que 
possibilita o encadeamento entre riqueza e lucro. 
Nota-se que o trabalho é o elemento constitutivo da condição humana. No 
entanto, tal concepção não é tão homogênea dentro do campo teórico, sofrendo 
críticas como a apresentada por Hannah Arendt12, segundo a qual o trabalho, não é a 
única forma que o ser humano possui para se constituir. Segundo a mesma, o ser 
humano se dá através de outros elementos como a linguagem, o ato de pensar e a 
política. 
Para além dessa perspectiva, nota-se que devido as condições sociais que 
circunstanciam o trabalho, preconiza-se, em sua construção teórica, uma perspectiva 
negativa. Com efeito, “[...] fora do âmbito marxista, o caráter penoso do trabalho não 
é atribuído ao próprio trabalho, mas às condições sociais nas quais ele se desenrola na 
sociedade industrial.”13 
Conforme se verifica, o trabalho constitui-se como um processo, onde o ser 
humano regula sua interação com a natureza realizando dessa forma sua vida14. Dessa 
maneira, consegue objetivar o mundo e subjetivar-se enquanto pessoa. O trabalho não 
é somente mero meio de subsistência, mas de produção da própria vida humana. 
As mudanças no campo do trabalho provocam uma constante qualificação 
profissional e coloca o ser humano na perspectiva de um tempo ideal que se situa 
muito além do tempo real. Neste sentido, gera-se uma discussão acerca da Saúde 
Mental do Trabalhador, que tem como foco a necessidade de compreender os 
 
12 ARENDT, Hannah. A condição Humana. 15. ed. Forense Universitária: São Paulo, 2008. 
13 ABBAGNANO, Nicola. Dicionário de Filosofia. São Paulo: Martins Fontes, 2007, p. 1149. 
14 MARX, Karl. O capital: crítica da economia política. Trad. Régis Barbosa e Flávio R. Kothe. 3 ed. São 
Paulo: Nova Cultural, 1988. 
 
elementos que compõem o universo do trabalho, na tentativa de diminuir os agentes 
estressores na dinâmica produtiva cotidiana. 
 
APROFUNDANDO: 
 
 
Trabalho formal 
O trabalho formal, que também é o mais popular, consiste no emprego que garante ao 
empregado assinatura na carteira de trabalho de acordo com a CLT e benefícios como vale 
alimentação, transporte, férias, 13º salário e outros. Os trabalhadores formais recebem 
salário mensal e comprovado por meio de holerites ou contracheques, estão amparados 
por lei e tem direito a aposentadoria de acordo com as condições previstas na legislação 
vigente. 
 
Trabalho informal 
Já o trabalho informal é aquele que ocorre quando o empregado não possui registro na 
carteira de trabalho e, consequentemente, também não recebe os benefícios 
determinados pela CLT (Consolidação das Leis de Trabalho), como licenças, férias, 
aposentadoria, seguro-desemprego, FGTS e outros. Apesar de ser bem popular, o trabalho 
informal conta com alguns inconvenientes, como dificuldade para acesso a aposentadoria 
e falta de garantias/benefícios trabalhistas. 
 
Existe também uma terceira modalidade que muitas pessoas englobam no trabalho 
informal, mas que possui suas particularidades, que é o trabalho autônomo. O profissional 
autônomo, ou liberal, não usufrui de direitos do trabalhador formal, mas possui 
regulamentação geral e contribuição tributária específicas. 
 
Tipos de trabalho 
Independentemente de ser formal ou informal, há algumas classificações ou tipos, alguns 
deles são assalariados com registro em carteira, mas outros não. Vejamos alguns 
exemplos: 
 
Autônomo 
O trabalhador autônomo, por sua vez, é aquele que presta serviços por conta própria e 
garante a sua renda mesmo sem qualquer tipo de vínculo empregatício (seja ele formal ou 
informal). O profissional autônomo geralmente é especializado em algum segmento do 
mercado e atua por conta própria. Muitos autônomos, inclusive, optam por se tornarem 
MEI – Micro Empreendedores Individuais, já que assim podem recolher tributos 
simplificados de modo legalizado. O autônomo é remunerado pelo trabalho que presta ou 
do lucro dos produtos que vende. 
 
Voluntário 
O trabalho voluntário é aquele em que a pessoa presta os seus serviços (em tempo integral 
ou parcial) livremente, sem receber dinheiro ou outra forma de remuneração em troca. 
Geralmente esse tipo de trabalho é prestado para instituições sem fins lucrativos, igrejas, 
ONGs ou organizações que apoiam alguma causa social. Resumidamente, esse tipo de 
trabalho mobiliza pessoas e não é remunerado. é uma atividade muito grande em vários 
países e no Brasil tem muito a crescer. 
 
Freelancer 
O trabalho freelancer, consiste na prestação de serviços do profissional para a empresa 
por um período ou para um projeto temporário. Neste caso considera-se a prestação de 
serviços para mais de uma empresa o que não configura um vínculo trabalhista. Ele é mais 
 
comum em algumas atividades como nas artes, comunicação, tecnologia da informação e 
outros. O freelancer é remunerado pelo serviço que presta 
 
Assalariado 
É a principal atividade de trabalho no país, onde uma pessoa presta seus serviços a uma 
empresa ou a outra pessoa, com a finalidade de receber remuneração pelo trabalho 
prestado. Este tipo de atividade está regulamentada pela CLT que é a Consolidação das 
Leis Trabalhistas no Brasil. O empregado tem direito ao registro na carteira profissional e a 
todos os direitos e garantias que a lei estabelece. O assalariado é remunerado pelo salário 
 
Empresário / Empreendedor 
Muito gente pode até achar estranho, mas ser empresário é também uma forma de 
trabalho, afinal, ele presta seus serviços à sua própria empresa e como tal também é 
remunerado por isso. No caso do empresário o seu salário é conhecido como pro-labore e 
funciona como um salário comum, inclusive com recolhimento de INSS para fins de 
aposentadoria. Além do pro-labore, ele ainda goza dos lucros e dividendos proveniente do 
desempenho da empresa. O empresário ou empreendedor é remunerado pelo pro-labore 
e/ou pelo lucro da empresa, também chamado de dividendos. 
 
 
 
Profissionais liberais 
Profissionalliberal é parecido com autônomo, mas são diferentes. O autônomo vimos 
anteriormente e o profissional liberal é aquele que tem nível técnico ou superior e que 
exerce sua profissão, geralmente regulamentada, como prestador de serviços ou 
constituindo empresa. Neste grupo estão os médicos, engenheiros, dentistas, advogados, 
entre outros. Não é uma atividade informal e geralmente sua forma de trabalho está de 
alguma forma definida pelo conselho da sua profissão, como a OAB para os advogados, 
CRM para os médicos, CRO para os dentistas e assim por diante. O profissional liberal é 
remunerado pelo serviço que presta 
 
Trabalho doméstico 
Trabalho doméstico é aquele realizado em casa nas atividades cotidianas no dia-a-dia, seja 
nas tarefas de limpeza, preparo das refeições, organização da casa, cuidado com os filhos, 
dentre outras atividades tão comuns e tão necessárias na vida de todas as famílias. Este 
tipo de trabalho, embora importantíssimo, nem sempre é muito reconhecido, aliás, em 
muitos cenários ele nem é lembrado. 
 
Trabalho forçado / escravo 
O trabalho forçado é aquele em que o indivíduo é obrigado a fazer algo contra a sua 
vontade. Esse tipo de trabalho é ilegal e geralmente reflete em tráfego de pessoas, órgãos 
ou outros modos de ‘escravidão moderna’. Teoricamente não era para ele existir, mas de 
alguma forma ele existe. Contudo, quando identificado ele é combatido, e os responsáveis 
podem ser processados por prática de trabalho escravo.15 
 
 
 
 
 
 
 
15 GUIA TRABALHO. Tipos de trabalho formal e informal, voluntário, autônomo e outros. In.: 
<https://www.guiatrabalho.com.br/tipos-de-trabalho.html>. Acesso no dia 17 de julho de 2020. 
https://www.guiatrabalho.com.br/tipos-de-trabalho.html
 
PARA REFLEXÃO!!! 
 
 
SAÚDE MENTAL 
 
Fui convidado a fazer uma preleção sobre saúde mental. Os que me convidaram supuseram que eu, na 
qualidade de psicanalista, deveria ser um especialista no assunto. E eu também pensei. Tanto que 
aceitei. 
Mas foi só parar para pensar para me arrepender. Percebi que nada sabia. Eu me explico. Comecei o 
meu pensamento fazendo uma lista das pessoas que, do meu ponto de vista, tiveram uma vida mental 
rica e excitante, pessoas cujos livros e obras são alimento para a minha alma. Nietzsche, Fernando 
Pessoa, Van Gogh, Wittgenstein, Cecília Meireles, Maiakovski. E logo me assustei. Nietzsche ficou louco. 
Fernando Pessoa era dado à bebida. Van Gogh matou-se. Wittgenstein alegrou-se ao saber que iria 
morrer em breve: não suportava mais viver com tanta angústia. Cecília Meireles sofria de uma suave 
depressão crônica. Maiakoviski suicidou-se. 
Essas eram pessoas lúcidas e profundas que continuarão a ser pão para os vivos muito depois de nós 
termos sido completamente esquecidos. Mas será que tinham saúde mental? Saúde mental, essa 
condição em que as ideias comportam-se bem, sempre iguais, previsíveis, sem surpresas, obedientes ao 
comando do dever, todas as coisas nos seus lugares, como soldados em ordem unida, jamais permitindo 
que o corpo falte ao trabalho, ou que faça algo inesperado; nem é preciso dar uma volta ao mundo num 
barco a vela, basta fazer o que fez a Shirley Valentine (se ainda não viu, veja o filme) ou ter um amor 
proibido ou, mais perigoso que tudo isso, a coragem de pensar o que nunca pensou. 
Pensar é uma coisa muito perigosa… Não, saúde mental elas não tinham… Eram lúcidas demais para 
isso. Elas sabiam que o mundo é controlado pelos loucos e idosos de gravata. Sendo donos do poder, os 
loucos passam a ser os protótipos da saúde mental. Claro que nenhum dos nomes que citei sobreviveria 
aos testes psicológicos a que teria de se submeter se fosse pedir emprego numa empresa. Por outro 
lado, nunca ouvir falar de político que tivesse depressão. Andam sempre fortes em passarelas pelas ruas 
da cidade, distribuindo sorrisos e certezas. 
Sinto que meus pensamentos podem parecer pensamentos de louco e por isso apresso-me aos devidos 
esclarecimentos. Nós somos muito parecidos com computadores. O funcionamento dos computadores, 
como todo mundo sabe, requer a interação de duas partes. Uma delas chama-se hardware, literalmente 
“equipamento duro”, e a outra denomina-se software, “equipamento macio”. Hardware é constituído 
por todas as coisas sólidas com que o aparelho é feito. O software é constituído por entidades 
“espirituais” – símbolos que formam os programas e são gravados nos disquetes. Nós também temos 
um hardware e um software. 
O hardware são os nervos do cérebro, os neurônios, tudo aquilo que compõe o sistema nervoso. O 
software é constituído por uma série de programas que ficam gravados na memória. Do mesmo jeito 
como nos computadores, o que fica na memória são símbolos, entidades levíssimas, dir-se-ia mesmo 
“espirituais”, sendo que o programa mais importante é a linguagem. 
Um computador pode enlouquecer por defeitos no hardware ou por defeitos no software. Nós também. 
Quando o nosso hardware fica louco há que se chamar psiquiatras e neurologistas, que virão com suas 
poções químicas e bisturis consertar o que se estragou. Quando o problema está no software, 
entretanto, poções e bisturis não funcionam. 
Não se conserta um programa com chave de fenda. Porque o software é feito de símbolos e, somente 
símbolos, podem entrar dentro dele. Ouvimos uma música e choramos. Lemos os poemas eróticos de 
Drummond e o corpo fica excitado. Imagine um aparelho de som. Imagine que o toca-discos e os 
acessórios, o hardware, tenham a capacidade de ouvir a música que ele toca e se comover. Imagine 
mais, que a beleza é tão grande que o hardware não a comporta e se arrebenta de emoção! 
Pois foi isso que aconteceu com aquelas pessoas que citei no princípio: 
A música que saia de seu software era tão bonita que seu hardware não suportou… Dados esses 
pressupostos teóricos, estamos agora em condições de oferecer uma receita que garantirá, àqueles que 
a seguirem à risca, “saúde mental” até o fim dos seus dias. 
Opte por um software modesto. Evite as coisas belas e comoventes. 
 
A beleza é perigosa para o hardware. Cuidado com a música… Brahms, Mahler, Wagner, Bach são 
especialmente contra-indicados. Quanto às leituras, evite aquelas que fazem pensar. Tranquilize-se há 
uma vasta literatura especializada em impedir o pensamento. Se há livros do doutor Lair Ribeiro, por 
que se arriscar a ler Saramago? 
Os jornais têm o mesmo efeito. Devem ser lidos diariamente. Como eles publicam diariamente sempre a 
mesma coisa com nomes e caras diferentes, fica garantido que o nosso software pensará sempre coisas 
iguais. E, aos domingos, não se esqueça do Silvio Santos e do Gugu Liberato. 
Seguindo essa receita você terá uma vida tranquila, embora banal. 
Mas como você cultivou a insensibilidade, você não perceberá o quão banal ela é. E, em vez de ter o fim 
que tiveram as pessoas que mencionei, você se aposentará para, então, realizar os seus sonhos. 
Infelizmente, entretanto, quando chegar tal momento, você já terá se esquecido de como eles eram.16 
 
 
 
SÍNTESE PESSOAL DA APRENDIZAGEM 
 
Após ler, assistir e ouvir informações sobre a Saúde Mental e Trabalho, segue 
abaixo algumas questões, que você pode utilizar para organizar e sistematizar sua 
aprendizagem pessoalmente. 
- Caracterize o ser humano na visão biopsicossocial! 
- Qual é o conceito de saúde propagado pela OMS? 
- Como podemos caracterizar saúde mental? 
- Qual conceito de trabalho apresentado por Arendt? 
- Diferencie trabalho formal e trabalho não formal! 
BOA SÍNTESE!!! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
16 ALVES, Rubem. Saúde Mental. In.:<< https://egov.ufsc.br/portal/conteudo/sa%C3%BAde-mental-por-
rubem-alves>>. Acessado no dia 18 de julho de 2020. 
 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 
ABBAGNANO, Nicola. Dicionário de Filosofia. São Paulo: Martins Fontes, 2007. 
ALVES, Rubem. Saúde Mental. In.: 
<<https://egov.ufsc.br/portal/conteudo/sa%C3%BAde-mental-por-rubem-alves>>. 
Acessado no dia 18 de julho de 2020. 
ARENDT, Hannah. A condição Humana. 15.ed. Forense Universitária: São Paulo, 2008. 
BOURDIEU, Pierre. O Poder Simbólico. Tradução de Fernando Tomaz. Rio de Janeiro: 
Bertrand Brasil, 1989. 
COMISSÃO DAS COMUNIDADES EUROPEIAS. O livro Verde. Bruxelas, 2005, p.04. In.: 
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LIMONGI-FRANÇA, Ana Cristina; ARRELANO, Eliete Bernal. Qualidade de vida no 
Trabalho. IN.: LIMONGI-FRANÇA, Ana Cristina, et al. As pessoas na organização. São 
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MARX, Karl. O capital: crítica da economia política. Trad. Régis Barbosa e Flávio R. 
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MINISTÉRIO DA SAÚDE. Plano Nacional de Saúde – 2020-2023. Brasília/DF, 2020. 
PEREIRA, Thaís Thomé Seni Oliveira; BARROS, Monalisa Nascimento dos Santos; 
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biopsicossocial e a subjetividade em foco. Mental, Barbacena, vol. 9, n. 17, p.523-536, 
dez., 2011. 
SCLIAR, Moacyr. PHYSIS: Revista Saúde Coletiva, Rio de Janeiro, 17(1), p. 29-41, 2007. 
GUIA TRABALHO. Tipos de trabalho formal e informal, voluntário, autônomo e 
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WORD HEALTH ORGANIZATION. Depression and Other Common Mental Disorders: 
global health estimates. Printed by the WHO Document Production Services, Geneva, 
Switzerland, 2017.

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