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Hanseníase
Aritana F.S. Barbosa 
Dermatologista - Membro Titular Sociedade 
Brasileira de Dermatologia
Dona Joana retorna para entrega de exames 
--- Então doutor o que tenho? Questiona Joana 
--- Consta aqui na conclusão da biópsia que a senhora apresenta múltiplos 
granulomas epitelióides na derme podendo ser considerada causa infecciosa 
por bacilos álcool ácido resistentes. Responde dr. Rafael. 
--- E isso é grave dr? Questiona Joana 
--- Tem tratamento, talvez tenhamos que solicitar o anti PGL 1. Responde dr. 
Rafael. 
--- Nossa dr, não estou entendendo nada, vou chamar minha filha p vc 
explicar melhor, mas fale mais fácil por favor! 
Vamos ajudar dona Joana a entender melhor o que foi 
dito! 
10 min para pesquisa 
Responder em 5 min no máximo 
1) O que são bacilos álcool ácido resistentes? ! letras A até G 
2) O que são granulomas epitelióides ! letras H até N 
3) O que significa anti PGL 1 -! O a Z 
Para final da aula (todos) 
1) Qual seria o diagnóstico e a forma clínica?
Introdução 
❑ Hanseníase é uma doença infecciosa e crônica - Mycobacterium 
leprae; 
❑ Parasita intracelular obrigatório, com afinidade por células cutâneas 
(macrófagos) e neurais (células de Schwann,); 
❑ Bacilo álcool-ácido resistente (BAAR); 
❑ Alta infectividade; 
❑ Baixa patogenicidade e virulência. 
❑Incapacitante; 
❑Faixa - etária economicamente ativa; 
❑Condições sócio – econômicas e ambientais (insalubridade ambiental, renda e escolaridade); 
❑Índia 
❑Brasil 
❑Ambos os sexos (virchowiana H>M - 2:1) 
INTRODUÇÃO 
Introdução
❑ Transmissão: via aérea (gotículas); 
❑ Período incubação: 2 a 7 anos (5-10 anos MB); 
❑ O homem única fonte de infecção 
❑ Diagnóstico: clínico! 
INTRODUÇÃO
❑ Definição de caso (Ministério da Saúde - MS): 
-Lesão(ões) de pele ou alteração de sensibilidade; 
(ØMácula ØPlaca ØInfiltração ØNódulo) 
-Acometimento de nervo(s) periférico (s) associado a alterações 
sensitivas e ou motoras e /ou autonômicas; 
(lesões nos nervos periféricos trigêmeo, facial, ulnar, mediano, radial, 
fibular, tibial ØDor e espessamento dos nervos periféricos ØPerda de 
sensibilidade - olhos, mãos, pés ØPerda de força muscular - pálpebras, 
membros superiores e inferiores) 
-Baciloscopia positiva (+) 
❑ Baciloscopia: raspado dérmico das orelhas, cotovelos e lesão ! 
esfregaço em lâmina ! coloração ziehl-Neelsen 
+ + + + + + 
+ + + + + 
+ + + + 
+ + + 
+ + 
+ 
Positivo: Multibacilar 
Negativo: não exlcui o diagnóstico 
❑ Teste de Mitsuda 
- Avalia resistência 
- Representa desenvolvimento de imunidade celular (th1) 
- positivo: não adoecerá ou forma tuberculóide; 
- Injeção intradérmica de 0,1 ml de antígeno de mitsuda ! 48/72h ! reação de Fernandez 
! 28-30 dias ! tardia ou Mitsuda ! (nódulo) 
INTRODUÇÃO
❑ Th1 ! celular ! 
❑ Th2 ! humoral ! 
Imunidade celular ! 
localizada 
CD8 tuberculóide 
macrófagos
Imunidade humoral ! virchowiana 
LB 
resposta Th1
INTRODUÇÃO
Aspectos imunológicos
Classificação
❑ Madri: 
 Indeterminada 
Tuberculóide 
Virchowiano 
Dimorfo 
Classificação
❑Operacional: 
❑PB: até 5 lesões ou 1 tronco acometido 
❑MB mais de 5 lesões ou mais 
 mais tronco acometido 
Classificação
OMS: 
Paucibacilar (PB): baciloscopia negativa (indeterminados e 
tuberculóides) 
Multibacilar (MB): baciloscopia positiva (virchowianos e dirmorfos) 
 
Indeterminada (PB)
❑ Paucibacilar 
❑ BAAR negativo 
❑ Mitsuda + ou - 
❑ Primeira manifestação da doença 
Histopatológico: inespecífico 
Infiltrado inflamatório dérmico linfocítico perivascular
Indeterminada (PB)
Tuberculóide
•Paucibacilar 
•BAAR negativo 
•Mitsuda fortemente + 
•Alto grau de resistência
histopatológico: granulomas epitelióides com células gigantes 
tipo Langhans envoltos por infiltrado linfocítico peri anexial e 
feixes vasculo – nervosos.
Tuberculóide
Virchowiana
Multibacilar 
BAAR + ou – 
Mitsuda negativo 
Sem resistência celular
Histopatológico: retificação de cones epiteliais; infiltrado inflamatório difuso na 
derme e hipoderme composto de histiócitos espumosos (células de virchow) e 
linfócitos. 
Faixa de Unna ou zona de Grenz 
Fite Faraco ou Ziel Neelsen: bacilos em 100% dos casos
Virchowiana
Dimorfo
Grande maioria 
Multibacilar 
BAAR + ou – 
Mitsuda negativa ou discretamente +
Dimorfo
Histopatológico: granulomas epitelióides difuso com poucos linfócitos e sem 
células gigantes; 
Faixa de Unna 
Baar em quantidade moderada 
Diagnóstico complementar
• Pesquisa de BAAR do raspado dérmico (BAAAR): - paucibacilares e - ou + 
nos multibacilares ; 
• Mitsuda: imunidade celular -> tende a ser positivo nos paucibacilares e 
negativo nos multibacilares 
• Histopatológico de pele: 
Indeterminada: inespecífico 
Tuberculóide: granulomas perineural e anexiais 
Virchowiana: infiltrado linfocítico difuso com predomínio de histiócitos e 
células gigantes 
• Anti PGL 1 – anticorpo contra GLP 1 (glicolipídio fenólico 1) – componente 
da membrana plasmática do M. leprae
Diagnóstico complementar
• Histamina 
Ausência do eritema reflexo secundário 
• Pilocarpina 
Cloridrato de pilocarpina 0,5-1,0 % ! sudorese após 5 min 
MH prova incompleta 
• PCR 
Amplificação do DNA do M. Leprae
Manifestações otorrinolaringológicas
Nariz: 
Infiltração mucosa, obstrução nasal, rinorreia purulenta ou sanguinolenta,anosmia 
ulcerações, perfuração de septo, destruição de cornetos e cartilagens --: nariz em 
sela ou tapir. 
Orofaringe 
Infiltrações e nódulos na faringe, nasofaringe e tonsilas, sinequias e atresias na 
faringe 
Disfonia e deglutição 
Laringe 
Rouquidão (imobilização cordas vocais) 
Dor, dificuldade respirar (obstrução) (epiglote)
Manifestações oftalmológicas
Pálpebras 
Lagoftalmo por paralisia do músculo orbicular por lesão do nervo facial (ramos zigomático e 
temporal); 
Ectrópio 
Entrópio 
Ptose nos casos graves de MHV e Dimorfos virchowianos 
Aparelho lacrimal 
Diminuição produção de lágrima, ardência e ressecamento 
Dacriocistite: infecção do saco lacrimal por retenção da lágrima (pseudomonas ou onemococos) 
Epífora: extravasamento da lágrima pela pálpebra inferior por ectrópio ou obstrução do canal 
nasolacrimal 
Córnea 
Anestesia da córnea e da conjuntiva por lesão do ramo oftálmico do nervo trigêmeo 
Queratite e degeneração da córnea 
Manifestações sistêmicas
❑ Caso multibacilares (MHV, D e raramente T) 
❑ Por via hematogênica ou linfohematogênica: surtos reacionais ou 
amiloidose secundária; 
❑ Raramente com manifestações funcionais exceto na laringe e testículo ! 
processos cicatriciais e nos rins (amiloidose) 
Tratamento 
PB adulto
Tratamento 
PB infantil
Tratamento 
MB adulto
MB infantil
Tratamento Estados Reacionais
Reação tipo I – reversa 
• Mais comum durante o tratamento; 
• Casos MHT ou D 
• Liberação de grande quantidade de 
antígenos do M Leprae ! depósitos de 
imunocomplexos nos vasos 
Quadro clínico: 
▪ Súbito 
▪ Aumento de lesões ou reavivamento das 
lesões antigas 
▪ Edema em mãos e pés 
▪ Neurite 
▪ Descamação 
Tratamento 
Estados Reacionais
Reação tipo II – eritema nodoso hansênico 
• Mais comum em virchowianos e durante o tratamento 
• Mediada por imunocomplexos 
• Paniculite lobular 
• Pode ocorrer anos após o tratamento (reexposição a 
antígenos encarcerados ou reaparecimento dos bacilos) 
• Quadro clínico: 
• Placas e nódulos eritemato violáceos 
• Face e membros 
• Sintomas gerais (febre, mal estar, artralgias) 
• Neurite 
• Orquite 
• Hepatoesplenomegalia e tromboses 
Tratamento
Profilaxia
BCG 
Contatos intradomiciliares sem sinais e sintomas de 
hanseníase no momento da avaliação 
Sem cicatriz: 1 dose 
1 cicatriz: 1 dose 
2 cicatrizes: nenhuma

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