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AGONISTAS ADRENÉRGICOS

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Agonistas 
adrenérgicos 
 
OS FÁRMACOS ADRENÉRGICOS ATUAM EM RECEPTORES 
QUE SÃO ESTIMULADOS PELA NOREPINEFRINA OU PELA 
EPINEFRINA. 
 
- Alguns fármacos adrenérgicos atuam diretamente no 
receptor adrenérgico (adrenorreceptor), ativando-o e 
sendo denominados simpaticomiméticos. 
- Outros fármacos adrenérgicos bloqueiam a ação dos 
neurotransmissores nos receptores (simpaticolíticos), e 
outros afetam a função adrenérgica, interrompendo a 
liberação de norepinefrina dos neurônios adrenérgicos. 
- Os neurônios adrenérgicos liberam norepinefrina como 
neurotransmissor primário. Esses neurônios são 
encontrados no SNC e também no sistema nervoso 
simpático, onde eles servem de ligação entre os gânglios 
e os órgãos efetores. Os neurônios adrenérgicos e os 
receptores, localizados pré -sinapticamente no neurônio 
ou pós-sinapticamente no órgão efetor, são os locais de 
ação dos fármacos adrenérgicos. 
 
Neurotransmissão nos neurônios 
adrenérgicos 
- A norepinefrina é o neurotransmissor. 
- A neurotransmissão ocorre nos numerosos 
alargamentos semelhantes às contas de um rosário, 
denominados varicosidades. O processo envolve cinco 
etapas: 
• Síntese de norepinefrina - A tirosina é transportada 
por um transportador ligado a Na+ para o axoplasma 
do neurônio adrenérgico, onde é hidroxilada a di-
hidroxifenilalanina (DOPA) pela tirosina hidroxilase.1 
Essa é a etapa limitante da velocidade de síntese de 
norepinefrina. A DOPA é descarboxilada pela 
dopadescarboxilase, formando dopamina no 
citoplasma do neurônio pré-sináptico. 
• Armazenamento de norepinefrina em vesículas – a 
dopamina é então transportada para o interior das 
vesículas por um sistema transportador de aminas 
que também está envolvido na captação da 
norepinefrina pré-formada. A dopamina é 
hidroxilada para formar a norepinefrina pela enzima 
dopamina hidroxilase. 
• Liberação de norepinefrina - A chegada do potencial 
de ação na junção neuromuscular inicia a entrada 
de íons cálcio do líquido extracelular para o 
axoplasma. O aumento no cálcio causa a fusão das 
vesículas com a membrana celular e a liberação de 
seu conteúdo (norepinefrina) na sinapse. 
 
FÁRMACOS COMO A GUANETIDINA BLOQUEIAM ESSA 
LIBERAÇÃO. 
 
• Ligação aos receptores - A norepinefrina liberada 
das vesículas sinápticas difunde-se através do 
espaço sináptico e se liga aos receptores pós-
sinápticos no órgão efetor ou aos receptores pré-
sinápticos no terminal nervoso. 
• Remoção da norepinefrina – a norepinefrina pode: 1) 
difundir-se para fora da fenda sináptica e entrar na 
circulação geral; 2) ser metabolizada a derivados ou 
3) ser capturada por um sistema de transporte que 
a bombeira de volta para o neurônio. 
• Possíveis destinos da norepinefrina captada – pode 
ser sequestrada para futura liberação por outro 
potencial de ação ou pode permanecer no 
citoplasma em um pool protegido. 
 
Adrenorreceptores 
No SNS, várias classes de adrenorreceptores podem ser 
diferenciadas farmacologicamente. Duas famílias dos 
receptores, designadas α e β, fora inicialmente 
identificada com base na resposta aos agonistas 
adrenérgicos epinefrina, norepinefrina e isoproterenol. 
 
RECEPTORES α 
Apresentam respostas fracas ao agonista sintético 
isoproterenol, mas eles respondem às catecolaminas 
naturais epinefrina e norepinefrina. Para os receptores 
α, a ordem de potência é epinefrina > norepinefrina > > 
isoproterenol. Os adrenorreceptores α são subdivididos 
em dois grupos, α1 e α2, com base nas suas afinidades 
por agonistas e bloqueadores a. Por exemplo, os 
receptores α1 têm maior afinidade por fenilefrina do 
que os receptores a2. Ao contrário, a clonidina se liga 
seletivamente aos receptores α2 e tem menor efeito nos 
receptores α1. 
Subtipo 
de 
receptor 
Proteína 
G 
Efetor 
Via de 
sinalização 
α1 Gq/11 Ativa PLC 
IP3, DAG > 
maior [Ca+], 
PKC 
α2 Gi Inibe AC 
Menor [AMPc] 
e PKA 
β1; β2; 
β3 
Gs Ativa AC 
Maior [AMPc] e 
PKA 
 
• α1 – envolve a contração do músculo liso (bexiga, 
útero, brônquios); midríase (dilatação da pupila); 
vasoconstrição (quando há a prevalência da 
adrenalina), relaxa a musculatura do TGI 
(diminuindo a peristalse), aumento da PA. 
• α2 – são receptores inibitórios, atuando no neurônio 
pré-sináptico. Este receptor age em resposta à 
ligação da noradrenalina, esta que quando se liga, 
inibe a própria liberação. 
 
 
RECEPTORES β 
Para os receptores β, a ordem de potência é 
isoproterenol > epinefrina > norepinefrina. Os 
adrenorreceptores β podem ser subdivididos em três 
grupos principais, β1, β2 e β3. 
 
• β1 – receptor presente principalmente nas células 
do coração. Aumenta a contração cardíaca, em 
resposta, observamos o aumento do débito cardíaco 
e da força de contração; cronotropismo (frequência 
cardíaca), inotropismo (força de contração 
positivos), taquicardia 
• β2 – receptor que apesar de ter a isopropelina como 
maior influenciadora de suas ações, há também a 
presença considerável de adrenalina. Presente 
principalmente nos brônquios. Relaxa a musculatura 
do TGI, útero, bexiga, ciliar, veias seminais; vasos 
(vasodilatação), brônquios (broncodilatação); 
diminui a produção de histamina. 
• β3 – são encontrados nos adipócitos e atuam na 
quebra de lipídios (lipólise). 
 
Catecolaminas 
- Epinefrina/adrenalina 
- Norepinefrina/noradrenalina 
- Isoproterenol 
- Dopamina. 
Todos esses são compostos derivados da tirosina. 
 
Agonistas não seletivos 
1) Epinefrina (Adrenalina) 
• Atuação – a1 – a2/ B1 e B2 
• Ações – vasoconstrição (a1), inotropismo e 
cronotropismo positivo (B1) e broncodilatação (B2). 
• Uso terapêutico – asma aguda, choque anafilático e 
cardiogênico, parada cardíaca, vasoconstritor 
associado a anestesia locais. 
• Efeitos adversos – hipertensão, vasoconstrição, 
arritmias e taquicardia. 
 
2) Norepinefrina (Noradrenalina) 
• Atuação – a1, a2 e B1 
• Ações: vasoconstrição (a1), bradicardia por reflexo 
vagal. 
• Uso terapêutico – tratamento do cheque séptico 
• Efeitos adversos – os mesmos da epinefrina 
 
3) Dopamina 
• Atuação – a1 e B1 
• Ações – vasodilatação, aumento da perfusão renal e 
inotropismo +. 
• Uso terapêutico – tratamento do choque, 
insuficiência cardíaca congestiva (ICC), elevação da 
PA e insuficiência renal. 
• Efeitos adversos – os mesmos da epinefrina 
 
Agonistas a1 
1) Fenilefrina 
• Ações – vasoconstrição e midríase 
• Uso terapêutico – descongestionante nasal 
• Efeitos adversos – hipertensão, bradicardia reflexa 
 
Agonistas a2 
1) Clonidina 
• Ações – inibe a liberação de NE 
• Uso terapêutico – tratamento da hipertensão 
• Efeitos adversos – sonolência, sedação, hipotensão 
postural, edema. 
 
2) Metildopa 
• Ações – forma a metil-norepinefrina 
• Uso terapêutico – tratamento da hipertensão 
• Efeitos adversos – hipotensão, diarreia. 
 
Agonista b1 
1) Isoprenalina 
• Ações – ativa receptores B1 e B2, efeitos inotrópicos 
e cronotrópicos + e broncodilatação 
• Uso terapêutico – pouco utilizado devido a baixa 
seletividade 
• Efeitos adversos – taquicardia e arritmias 
 
2) Dobutamina 
• Ações – inotropismo e cronotropismo + 
• Uso terapêutico – choque cardiogênico 
• Efeitos adversos - arritmias 
 
Agonistas b2 
1) Salbutamol, Terbutalina, Fenoterol, Clembuterol, 
Albuterol 
• Ações – broncodilatador (B2) e com ação variada em 
B1. 
• Uso terapêutico – tratamento de asma brônquica e 
relaxamento do útero 
• Efeitos adversos – taquicardia, arritmias, tumores, 
vasodilatação periférica. 
 
Simpáticomiméticos de ação indireta 
1) Efedrina 
• Ações – inibe a recaptação de NE 
• Uso terapêutico – pouca utilidade 
• Efeitos adversos – hipertensão, taquicardia e insônia 
 
2) Anfetaminas e metilfenidato 
• Ações – inibe a recaptação de monoaminas na fenda 
sináptica 
• Uso terapêutico – TDAH 
• Efeitos adversos – mesmo da efedrina e psicoses. 
 
PODEM CAUSAR DEPENDÊNCIA QUÍMICA.

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