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DISTÚRBIO DO POTÁSSIO ENTER # VALOR NORMAL: 3,5 - 5/5,5 mEq/L - Localização: intracelular (muscular) - Função: excitabilidade neuromuscular - Célula-alvo: muscular VELASCO, I. T., et al, 2020; NETO, O. M. V.; NETO, M. M., 2003 # Controle do K+ Fluxo celular pH Aldosterona Perda de K+ ou H+ no túbulo coletor Adrenalina Insulina *TGI / rins Sobrecarga ou diminuição/perdas NETO, O. M. V.; NETO, M. M., 2003 # < 3,5 mEq/L HIPOK # Causas Aporte calêmico insuficiente Perda do TGI Pós-operatorio de cirurgia abdominal - Em dieta zero + SG 50% - Insulina joga o K+ para dentro da célula > Quem vomita demais, perde K+ pela urina - Acima do piloro -> perda de H+ -> Alcalose -> hipocalemia GOMES, E. B., PEREIRA, H. C. P, 2021; VELASCO, I. T., et al, 2020 # Causas Absorção de K+ pela célula Perda renal de K+ > Beta2-agonista > Glicose + Insulina > Distúrbio ácido-base > Diuréticos: - Osmótico (ex: manitol) - Inibidor da anidrase carbônica (ex: acetozolamida) - Diurético de alça (ex: furosemida) - Diurético tiazídico (ex: hidroclorotiazida) > Hiperaldosteronismo; > Hipertensão renovascular: pelo aumento da aldosterona > Hipomagnesemia GOMES, E. B., PEREIRA, H. C. P, 2021; VELASCO, I. T., et al, 2020 # Causas Perda renal de K+ > Doenças tubulares renais: - ATR tipo I (distal ou coletor): não secreta H+ -> Libera K+ em consequência (em troca de Na+) -> Acidose + HipoK - ATR tipo II (proximal): não reabsorve HCO3- (acidose) -> Na+ puxado para intracelular e libera o K+ para o extracelular - Sind de Batter/Furosemida (henle): bloqueio do carreador NaK2Cl - Sind de Gitelman/HTZ (distal): problema no carregador de Na+ - Sind de Liddle: hiperreabsorção de Na+ mesmo s/ aldosterona. Semelhante ao Hiperaldo. GOMES, E. B., PEREIRA, H. C. P, 2021; VELASCO, I. T., et al, 2020 # Causas Armazenamento Perda de K+ Alcalose metabólica e respiratória Uso de beta 2-agonista Cetoacidose (tratamento com insulina) Vitamina B12 HIPERaldosteronismo Poliúria e diuréticos Vômitos e diarreia VELASCO, I. T., et al, 2020; NETO, O. M. V.; NETO, M. M., 2003 # SILVERTHORNE, 2010 Manifestações clínicas - Fraqueza - Íleo paralítico - Diabetes insipidus nefrogênico - Hipocalemia crônica -> Lesão tubular renal -> vacuolização -> fibrose intersticial -> atrofia tubular -> DRC - Alterações cardíacas (problema na repolarização ventricular): ↓ onda T (achatamento), surgimento da onda U, ↑ QT, ↑ onda P GOMES, E. B., PEREIRA, H. C. P, # Tratamento Reposição de K+ Gravidade: leve (até 3) oral / grave (< 3) EV Xarope KCl 6% - 15-30 mL VO, até de 6/6 horas Caso intolerância, K+ <3, ECG com alterações: reposição EV NaCl 0,45% (210 mL) + KCl 10% (40mL) EV, correr em 4 h NaCl 0,45% (210 mL) + KCl 19,1% (20mL) EV, correr em 4 h GOMES, E. B., PEREIRA, H. C. P, # > 5 a 5,5 mEq/L HIPERK VELASCO, I. T., et al, 2020 # Estratificação - Hipercalemia leve: [K+] 5,0-6,0 mEq/L. - Hipercalemia moderada: [K+] 6-6,5 mEq/L. - Hipercalemia grave: -[K+] ≥ 6,5 mEq/L. -Alterações eletrocardiográficas e [K+] ≥ 5,5 mEq/L. -Sintomas de hipercalemia (fraqueza, paralisia flácida, palpitações ou parestesia) e [K+] ≥ 5,5 mEq/L VELASCO, I. T., et al, 2020 # Causas Liberação de K+ Retenção de K+ Acidose metabólica Destruição celular (rabdomiólise, lise tumoral, hemólise*) β-bloqueadores HIPOaldosteronismo Insuficiência renal Doenças tubulares renais Carga de potássio endógena e exógena VELASCO, I. T., et al, 2020; NETO, O. M. V.; NETO, M. M., 2003 # Manifestações clínicas - Pode ser desde assintomático até parada cardíaca - Fraqueza muscular (ascendente e progressiva) - Alterações cardíacas: ↑ onda T, ↓ QT, ↓ onda P, QRS alargado VELASCO, I. T., et al, 2020; NETO, O. M. V.; NETO, M. M., 2003 # VELASCO, I. T., et al, 2020 P Q R S T # VELASCO, I. T., et al, 2020 # Tratamento 1ª MEDIDA: Se ECG alterado = estabilização da membrana Gluconato de cálcio 10% EV (1 amp (10mL), 2-5 min) em bolus Pode repetir após 5 minutos, se persistirem as alterações no ECG Em pacientes digitalizados = dose deve ser diluída em 100ml de SG 5% e infundida em 20 a 30min Deve-se ressaltar que o cálcio não diminui a concentração sérica de potássio, apenas antagoniza sua ação “tóxica” sobre o miocárdio. VELASCO, I. T., et al, 2020; NETO, O. M. V.; NETO, M. M., 2003 # Tratamento 2ª MEDIDA: reduzir o K+ = armazenar na célula Glicoinsulinoterapia (insulina regular 10 UI + SG 10% 500mL ou 100mL de glicose 50%) EV em BI (infundir de 30-60 minutos) Pode ser repetido de 4/4h ou até 2/2h caso os níveis de K+ permaneçam elevados VELASCO, I. T., et al, 2020 # Tratamento 2ª MEDIDA: reduzir o K+ = armazenar na célula Beta 2-agonista inalatório: Salbutamol 5mg/mL - inalação 10-20 mg + SF 10mL em 10 min Bicarbonato (se acidose): NaHCO3 8,4% 150mL + SG 5 % 850mL EV, correr em 2-4 horas VELASCO, I. T., et al, 2020; NETO, O. M. V.; NETO, M. M., 2003 # Tratamento 2ª MEDIDA: eliminação do K+ = perda renal ou digestiva Furosemida 40-80 mg EV até 4/4 horas Resina de troca – ex.: Poliestirenosulfonato de cálcio (Sorcal®) Sorcal 30-60 g VO, diluído em 100mL de manitol, a cada 4 ou 8h VELASCO, I. T., et al, 2020 # Tratamento Refratários: diálise (hemodialise, preferencialmente) - Pode normalizar os níveis de K+ em 15 a 30 min - Está indicada na insuficiência renal (aguda ou crônica) VELASCO, I. T., et al, 2020; NETO, O. M. V.; NETO, M. M., 2003 # Referências GOMES, E. B., PEREIRA, H. C. P - Distúrbios do potássio - 1º ed., Vitalle – Revista de ciência da saúde v. 33, n. 1 - Rio Grande [RS]: 2020 NETO, O. M. V.; NETO, M. M. - DISTÚRBIOS DO EQUILÍBRIO HIDROELETROLÍTICO. Medicina, Ribeirão Preto 36: 325 - 337, apr./dec. 2003 SILVERTHORN, Dee Unglaub – Fisiologia humana: uma abordagem integrada – 5ª ed. Porto Alegre: Artmed, 2010 VELASCO, I. T., et al - Medicina de emergência: abordagem prática - 14 ed., rev., atual. e ampl. - Barueri [SP]: Manole, 2020
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