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Neurotransmissão - Tutoria P3

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Kawanny Arruda, FITS - Medicina.
Neurotransmissão
PROBLEMA 3, MÓDULO 2 - ETAPA 3
OBJETIVO 1 - DESCREVER AS ESTRUTURAS, SUBSTÂNCIAS QUÍMICAS E MECANISMOS DE NEUROTRANSMISSÃO (COM
ÊNFASE NA DEFINIÇÃO DOS PRINCIPAIS NEUROTRANSMISSORES E SUAS FUNÇÕES NO SISTEMA NERVOSO CENTRAL)
Neurônio: é a célula nervosa em conjunto com os seus processos.
São excitáveis e especializados na recepção de estímulos e na
condução do impulso nervoso.
★ Vão variar em formato e tamanho;
★ Todos possuem corpo celular com processos chamados de
neuritos na superfície;
★ Esses neuritos podem ser chamados de dendrito ou axônio ⇒
são fibras nervosas.
Se for o neurito responsável por receber informações e conduzir ao
corpo celular, ele é chamado de ⇒ dendrito. Se for um neurito
tubular, longo e único, que vai conduzir os impulsos para longe do
corpo, será o ⇒ axônio.
Os neurônios estão no encéfalo, na medula espinal e nos gânglios
⇒ eles não sofrem divisão e replicação no indivíduo maduro.
Sinapses do SNC
O SNC vai transmitir informação na forma de potenciais de ação, também identificados
como impulsos nervosos que vão se propagar por sucessão de neurônios, um após o outro.
FUNÇÕES SINÁPTICAS DOS NEURÔNIOS:
1. Cada impulso pode ser bloqueado na sua transmissão de um neurônio para o outro;
2. Pode ser transformado de impulso único em impulsos repetitivos;
3. Pode ser integrado a impulsos vindos de outros neurônios para gerar padrões de
impulsos.
TIPOS DE SINAPSES
SINAPSES QUÍMICAS: o primeiro neurônio vai secretar através do seu terminal o
neurotransmissor (também chamado de substância transmissora) ⇒ ele vai atuar em
proteínas receptoras que estão na membrana do neurônio subsequente. Podendo promover:
excitação, inibição ou modificar a sensibilidade da célula.
★ Exemplos de neurotransmissores: acetilcolina, norepinefrina, epinefrina, histamina,
ácido gama-aminobutírico (GABA), glicina, serotonina e glutamato.
Kawanny Arruda, FITS - Medicina.
Condução unidirecional: as sinapses químicas transmitem os sinais em uma só direção, vai do
neurônio pré-sináptico (ele secreta o neurotransmissor) ⇒ para o neurônio pós sináptico
(neurônio em que o neurotransmissor age).
★ Esse princípio de condução unidirecional permite que
os sinais sejam direcionados para alvos específicos.
OBS: nas sinapses elétricas esses sinais são transmitidos em
ambas as direções (do pré-sináptico para o pós, e vice
versa).
⇒ RECEPTORES NEURÓCRINOS Os receptores neurócrinos
encontrados nas sinapses químicas podem ser divididos em
duas categorias: receptores de canal, que são canais
iônicos dependentes de ligante (medeiam a resposta rápida,
alterando o fluxo de íons por meio da membrana -
receptores ionotrópicos), e receptores acoplados à proteína
G (RPG).
SINAPSES ELÉTRICAS: consistem em canais que vão
conduzir eletricidade de uma célula para outra. Nelas se tem
movimento livre dos íons de uma célula para outra, o que
ocorre por meio de estruturas tubulares proteínas ⇒
junções comunicantes (gap).
★ Através dela os potenciais de ação são transmitidos
de fibra muscular lisa para → músculo liso visceral; E
de célula muscular cardíaca → para a próxima no
músculo cardíaco.
FORMAÇÃO DE NEUROTRANSMISSORES: é preciso um
precursor. Exemplo: a acetilcolina é formada a partir de
colina + Acetil-CoA. Neurotransmissor de baixo peso é
sintetizado no terminal axônico, se for de alto peso, é produzido no corpo celular do
neurônio e trazido até o terminal axônico por meio de vesículas.
ANATOMIA FISIOLÓGICA DA SINAPSE:
Neurônio motor anterior: tem corpo celular ou soma (é a maior parte do neurônio) + axônio
único (se estende do corpo celular, deixa a medula espinhal e se incorpora a nervos
periféricos) + dendritos (projeções ramificadas do corpo celular, vão se estender por áreas
vizinhas da medula).
Na superfície dos dendritos e corpo celular, mas principalmente na dos dendritos, estão os
terminais pré-sinápticos, podendo ser excitatórios ou inibitórios ⇒ são porções terminais de
ramificações de axônios de diversos outros neurônios ⇒ se a assemelham a pequenos
botões redondos, por isso também é chamado de botões terminais, pés terminais ou botões
sinápticos.
IDENTIFICAÇÃO CLÁSSICA DE UM NEUROTRANSMISSOR:
1. Deve estar presente no neurônio pré-sináptico;
2.Deve ser liberado por exocitose após despolarização dependente de Ca2 +;
Kawanny Arruda, FITS - Medicina.
3.Deve-se ligar a receptores nas membranas pós-sinápticas;
4.Deve sofrer inativação sináptica por mecanismos específicos.
ESTRUTURA BÁSICA DA SINAPSE
Terminal pré-sináptico ⇒ separado do corpo celular do neurônio pós-sináptico através da →
fenda sináptica.
O terminal tem 2 estruturas com função excitatória ou inibitória da sinapse: 1. Vesículas
transmissoras (contém neurotransmissor que ao ser liberado na fenda vai excitar ou inibir o
neurônio pós sináptico) e 2. Mitocôndrias (fornece ATP para suprir a energia necessária para
produção de novas moléculas da substância transmissora).
Então o potencial de ação chega ao terminal pré-sináptico e a membrana sofre
despolarização ⇒ isso faz com que as vesículas liberam neurotransmissores na fenda
sináptica ⇒ essa liberação traz alterações nas características de permeabilidade da
membrana neural pós-sináptica ⇒ isso leva a excitação ou inibição do neurônio
pós-sináptico.
A membrana do terminal pré-sináptico é chamada de
membrana pré-sináptica → ela tem muitos canais de cálcio
dependentes de voltagem, a despolarização faz eles
abrirem, passando íons cálcios para o terminal
pré-sináptico ⇒ a quantidade de substância transmissora
liberada na fenda sináptica é diretamente proporcional ao
número de íons cálcio que entram. Íons cálcio entram no
terminal pré-sináptico e se ligam a proteínas especiais que
ficam na parte interna da membrana pré-sináptica, são
chamadas de sítio de liberação (na imagem, proteína de
ancoragem) ⇒ essa ligação permite abertura dos sítios de
liberação, fazendo com que vesículas com
neurotransmissores liberem seu conteúdo na fenda
sináptica após cada potencial de ação.
Membrana do neurônio pós-sináptico tem as proteínas RECEPTORAS, as moléculas desses
receptores possuem 1. componente de ligação (local de ligação do neurotransmissor que
vem do terminal pré-sináptico); 2. componente ionóforo (atravessa toda a membrana
pós-sináptica até alcançar o interior do neurônio pós-sináptico).
Componente ionóforo pode ser 2:
★ Canais iônicos;
★ Sistema de segundo mensageiro no neurônio pós-sináptico;
A classificação dos neurotransmissores é a seguinte:
● AMINOÁCIDOS: são compostos orgânicos que representam uma grande quantidade
de funções do organismo e que se combinam para formar proteínas. Se encarregam,
basicamente, de manter a energia e o oxigênio, pelo qual são consideradas essenciais
para o processamento do metabolismo.
● PURINAS: são compostos químicos que se encarregam, principalmente, de transportar
informação atuando como mensageiros químicos.
Kawanny Arruda, FITS - Medicina.
● GASOTRANSMISSORES: são um dos compostos químicos mais importantes, já que
realizam múltiplas funções como, por exemplo, ser o maior composto vasodilatador de
todo o organismo.
● PEPTÍDEOS: se encontram distribuídos por toda a membrana que cobre o encéfalo e
se encarregam de emitir uma resposta para o exterior.
● ACETILCOLINA: a acetilcolina é o único neurotransmissor da sua classe, sendo do tipo
excitatório e executando, em algumas ocasiões, alguma função inibidora.
Neurotransmissores convencionais
Neurotransmissores: substâncias químicas liberadas por neurônios nas sinapses para que
eles possam "conversar" com as células vizinhas. Os neurotransmissores convencionais
possuem características básicas em comum:
★ São armazenados em vesículas sinápticas e são liberados quando Cá ²+ entram no
terminal axonal em resposta a um potencial de ação → e vão atuar se ligando a
receptores de membrana da célula pós-sináptica
São divididos em 2 grupos principais:
1. Neurotransmissores com MOLÉCULAS PEQUENAS E DE AÇÃO RÁPIDA;
2. Neuropeptídeo (em geral de ação lenta).Os efeitos do neurotransmissor dependem do seu receptor: alguns são excitatórios ⇒
provocam a deflagração de um potencial de ação no neurônio alvo; outros inibitórios ⇒
dificultam a deflagração de algum potencial de ação no neurônio alvo. Exemplo:
● O glutamato é o principal transmissor excitatório do sistema nervoso central.
● O GABA é o principal neurotransmissor inibitório do cérebro dos vertebrados adultos.
● A glicina é o principal neurotransmissor inibitório da medula espinhal.
Um mesmo neurotransmissor pode possuir as duas funçoẽs: não tem um determinado
receptor para cada neurotransmissor. No lugar disso, um determinado neurotransmissor
pode se ligar a ativar múltiplos receptores proteicos diferentes. DEPENDE DO RECEPTOR
PRESENTE NA CÉLULA (ALVO) PÓS-SINÁPTICA.
NEUROTRANSMISSORES DE MOLÉCULAS PEQUENAS E DE AÇÃO RÁPIDA
São produzidos no citosol do terminal
pré-sináptico, entrando nas vesículas sinápticas
que ficam no terminal através do transporte ativo.
Sempre que o potencial de ação atinge o terminal
pré-sináptico poucas vesículas liberam ao mesmo
tempo seu neurotransmissor na fenda sináptica ⇒
isso ocorre em milissegundos ou menos.
❏ A membrana da vesícula se funde à
membrana da sináptica depois de se abrir
para liberar a substância transmissora →
mas no período de segundos a minutos a
porção da vesícula que estava aderida à
membrana vai se invaginar de volta ao
interior do terminal pré-sináptico e se
desprende para formar nova vesícula.
Kawanny Arruda, FITS - Medicina.
❏ A nova membrana vesicular possui proteínas enzimáticas ou transportadoras para
realizar a síntese e/ou armazenamento da nova substância transmissora na vesícula.
A ação subsequente do neurotransmissores de molécula pequena, nos receptores de
membrana do neurônio pós-sináptico ocorre também em milissegundos ou menos.
Na maioria das vezes o efeito do neurotransmissor é aumentar ou diminuir a condutância
dos canais iônicos. Aumento da condutância do sódio ⇒ provoca excitação; Aumento da
condutância do potássio ou cloreto⇒ causa inibição.
Acetilcolin� - class� 1
É sintetizado no terminal pré-sináptico da acetilcoenzima C por meio da enzima colina
acetiltransferase ⇒ depois de sintetizado é transportado para vesículas específicas. Elas
liberam a acetilcolina na fenda sináptica no momento da transmissão sináptica neuronal⇒
sendo rapidamente hidrolisada a acetato e colina pela enzima colinesterase (ela fica nos
espaços da fenda sináptica) ⇒ e depois das vesículas são recicladas e a colina é
transportada ativamente de volta ao terminal para ser usada na síntese de uma nova
molécula de acetilcolina.
Na junção neuromuscular ⇒ a acetilcolina é excitatória. Mas no coração ⇒ a acetilcolina é
inibitória, reduzindo os batimentos cardíacos. Isso é possível porque 2 tipos de receptores
proteicos diferentes são encontrados nesses dois locais.
★ Receptores de acetilcolina nas células musculares esqueléticas → receptores
nicotínicos de acetilcolina ⇒ canais iônicos que se abrem em resposta a ligação de
acetilcolina, causando despolarização na célula alvo.
★ Receptores de acetilcolina nas células musculares cardíacas → receptores
muscarínicos de acetilcolina ⇒ Eles não são canais iônicos, mas vão acionar as vias
de sinalização que inibem o disparo de potenciais de ação.
É um neurotransmissor FUNDAMENTAL NAS JUNÇÕES NEUROMUSCULARES (onde os
nervos se conectam com os músculos). Em relação aos seus efeitos mais importantes,
destaca a contração muscular, movimento, processos digestivos e neuroendócrinos, e a
ativação de processos cognitivos, como atenção e excitação.
Amina�- class� 2
Classe representada por aminas biogênicas que são sintetizadas a partir de aminoácidos
precursores (todos esses neurotransmissores são derivados de um único aminoácido).
★ Os neurotransmissores do tipo aminas são todos ativos no SNC.
★ O AMINOÁCIDO TIROSINA é convertido em DOPAMINA, NORADRENALINA E
ADRENALINA ⇒ Todas as três moléculas derivadas do triptofano podem agir como
neuro-hormônios
Epinefrina (adrenalina):
É um hormônio, uma vez que viaja através do sangue para atingir diferentes áreas do corpo,
sendo produzida nas glândulas supra-renais acima do rins, mas também é um
neurotransmissor, o que significa que ele age como um intermediário na comunicação entre
neurônios que é estabelecido nos espaços sinápticos.⇒ É o hormônio e o neurotransmissor
das situações em que temos que estar alertas e ativados⇒ ela desencadeia mecanismos de
sobrevivência que são postos em prática em situações de emergência, como aquelas em que
o perigo é percebido ou deve ser reagido rapidamente.
Kawanny Arruda, FITS - Medicina.
Noradrenalina (Norepinefrina):
É o principal neurotransmissor da divisão simpática autônoma do SNP. Está presente na
maioria das fibras simpáticas pós-ganglionares e em muitos neurônios centrais, como no
hipotálamo. O precursor tirosina é convertido em dopamina ⇒ é hidroxilada pela dopamina
beta-hidroxilase em⇒ noradrenalina.
★ Após liberação e interação com receptores, uma parte da noradrenalina é degradada
pela COMT e o restante é recapturado pela terminação nervosa, onde é degradada
pela MAO.
★ A tirosina hidroxilase, a dopamina beta-hidroxilase e a MAO regulam os níveis
intraneuronais de noradrenalina.
Os neurônios que secretam noradrenalina ⇒ NEURÔNIOS ADRENÉRGICOS OU
NORADRENÉRGICOS.
➔ Os receptores adrenérgicos são classificados como alfa1 (pós-sinápticos no sistema
simpático), alfa2 (pré-sinápticos no sistema simpático e pós-sinápticos no encéfalo),
beta1 (no coração) e beta2 (em outras estruturas inervadas pelo sistema simpático).
Os neurônios secretores de norepinefrina que ficam no locus ceruleus, na ponte, enviam
fibras nervosas para áreas encefálicas muito disseminadas no encéfalo, auxiliando no
controle da atividade geral e na disposição da mente, assim como o aumento do nível de
vigília.
★ Excita alguns órgãos e inibe outros.
Dopamina:
Neurotransmissor/centro do prazer. Ela interage com receptores nas fibras nervosas
periféricas e muitos neurônios centrais, como a substância negra, mesencéfalo e hipotálamo.
★ Aminoácido tirosina ⇒ captado por neurônios dopaminérgicos ⇒ convertido em
3,4-dihidroxifenilalanina através da enzima tirosina hidroxilase ⇒ após liberação e
interação com receptores, a dopamina é bombeada ativamente (recaptada) de volta a
terminação nervosa.
★ Quem regula os níveis de dopamina nas terminações nervosas? tirosina hidroxilase e
MAO.
★ O efeito da dopamina é em geral inibitório.
Receptores dopaminérgicos são classificados de D1 a D5. D3 e D4⇒ controle do pensamento;
D2⇒ ativa sistema extrapiramidal.
Serotonina:
Ela trata das nossas emoçẽs, sendo também chamada de 5-hidroxitriptamina ou 5-HT, é
derivada do aminoácido triptofano. Age como inibidor das vias da dor na medula espinhal.
★ Produzida: núcleos da rafe e neurônios da linha mediana da ponte e parte superior do
tronco encefálico;
★ Triptofano ⇒ é hidroxilado pelo triptofano hidroxilase em ⇒ 5-hidroxitriptofano ⇒ em
seguida é descarboxilado em serotonina.
★ Quem controla os níveis de serotonina? captação de triptofano e pela MAO
(Monoamina oxidase) intraneuronal, que degrada a serotonina.
★ Ela é excretada na urina como ácido 5-hidroxi-indolacético.
Histamina:
Sintetizada a partir da histidina, possuiu um papel nas respostas alérgicas, além de atuar
como um neurotransmissor.
Kawanny Arruda, FITS - Medicina.
Aminoácid�- class� 3
Glicina:
Potencializam ou aumentam os efeitos excitatórios do glutamato em um dos receptores
glutamatérgicos. Possui ação similar ao GABA, ocorrendo principalmente nos interneurônios
(células de Renshaw) da medula espinal e nos circuitos que relaxam os músculos agonistas.
Glutamato
Principal neurotransmissor excitatório do SNC, participando desde a ativação mínima para
manter aberta uma via de transmissão até a excitação persistente que culmina num
processo patológico.
★ Também age como neuromodulador, a ação dele em uma sinapse particular depende
dos tipos de receptores que estão na célula alvo.
★ Provavelmenteé sempre excitatório;
Aspartato
É um neurotransmissor excitatório apenas em algumas regiões do cérebro.
GABA (ácido gama-aminobutíruco)
O principal neurotransmissor inibidor no encéfalo. Secretado por terminais pré-sinápticos
em muitas vias sensoriais aferentes, assim como em áreas do córtex cerebral. Os
neurotransmissores inibidores hiperpolarizam as suas células-alvo, abrindo canais de Cl- e
permitindo entrada de cloreto na célula.
★ Ele é derivado do ácido glutâmico ⇒ ele é descarboxilado por glutamato
descarboxilase.
★ GABA interage com seu receptor⇒ é recaptado ativamente para dentro da terminação
nervosa ⇒ é metabolizado.
★ Efeito inibitório.
Os receptores de GABA são classificados como GABAA (ativam canais de cloro) e GABAB
(potencializam a formação de AMPc). Os receptores GABA-A são o local de ação de vários
fármacos neuroativos, incluindo benzodiazepínicos, barbitúricos, picrotoxina e muscimol. O
álcool também se liga aos receptores GABA-A. Os receptores GABA-B são ativados pelo
baclofeno, utilizado para tratar espasmos musculares
Óxid� nítric�- class� 4
Secretado por terminais nervosos em áreas encefálicas ⇒ são responsáveis pelo
comportamento a longo prazo e a memória. Ele NÃO É FORMADO E ARMAZENADO EM
VESÍCULAS NO TERMINAL PRÉ-SINÁPTICO (como ocorre nos outros neurotransmissores) ⇒
ele é sintetizado instantemente conforme a sua necessidade → e a então é difundido para
fora os neurônios pós-sinápticos adjacentes.
★ Produzido: a partir da arginina pelo óxido nítrico sintase;
★ Vão estimular a síntese dele: neurotransmissores que aumentam o cálcio intracelular.
Exemplo: glutamato, substância P e acetilcolina.
Fontes: guyton e
https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/dist%C3%BArbios-neurol%C3%B3gicos/neurotransmiss%C3%A3o/neurotransmis
s%C3%A3o
https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/dist%C3%BArbios-neurol%C3%B3gicos/neurotransmiss%C3%A3o/neurotransmiss%C3%A3o
https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/dist%C3%BArbios-neurol%C3%B3gicos/neurotransmiss%C3%A3o/neurotransmiss%C3%A3o
Kawanny Arruda, FITS - Medicina.
Neuropeptíde�
Eles não são sintetizados no citosol dos terminais pré-sinápticos, mas sim como partes
integrais de grandes moléculas proteicas pelos ribossomos que ficam no corpo celular do
neurônio. São compostos por três ou mais aminoácidos e são maiores que as pequenas
moléculas transmissoras.
★ Eles têm em geral potencial de mil vezes ou maior que os neurotransmissores de
molécula pequena.
★ Provocam ações mais prolongadas.
Eles incluem as endorfinas e encefalinas, que inibem a dor; a substância P, que transporta os
sinais da dor; e o neuropeptídeo Y, que estimula a fome e pode prevenir convulsões.
Neurotransmissores não convencionais
Duas classes de transmissores não convencionais são os endocanabinoides e os
neurotransmissores gasosos (gases solúveis, como óxido nítrico e monóxido de carbono).
moléculas são não convencionais, pois não são armazenadas em vesículas sinápticas e
talvez possam transmitir mensagens do neurônio pós-sináptico para o neurônio
pré-sináptico. Além disso, ao invés de interagir com receptores da membrana plasmática de
Kawanny Arruda, FITS - Medicina.
suas células-alvo, os neurotransmissores gasosos podem atravessar a membrana celular e
agir diretamente nas moléculas dentro da célula.
OBJETIVO 2 - ENTENDER A FISIOPATOLOGIA DA DEPRESSÃO (INCLUINDO O MECANISMO NEUROBIOLÓGICO)
A depressão de acordo com a OMS: patologia psiquiátrica crônica caracterizada
principalmente por uma tristeza profunda, recorrente e aparentemente sem fim. Essa doença
é uma das reações do indivíduo ao lidar com perdas (emprego ou contexto social
estruturante) ⇒ o que pode induzir a fragmentação da identidade psíquica.
➔ A depressão faz parte dos transtornos de humor, que são um grupo de condições
clínicas caracterizadas pela perda do senso de controle das expressões afetivas e pela
experiência subjetiva de grande sofrimento.
EPIDEMIOLOGIA - As mulheres são cerca de duas vezes mais atingidas que os homens, com
tendência de diminuição dessa diferença após a idade adulta:
★ A prevalência é o maior e o inicio é mais precoce em indivíduos brancos em
comparação com indivíduos negros;
★ O primeiro episódio costuma ocorrer em faixa etária jovem: ▪ Cerca de 40% apresentam
seu primeiro episódio antes dos 20 anos ▪ 50% dos 20 anos ao 50 anos ▪ E apenas 10%
após os 50 anos
Na depressão, deve haver obrigatoriamente
presença de humor depressivo ou perda de
interesse ou prazer durante pelo menos duas
semanas, além de outros sintomas
relacionados, tais como alterações
psicomotoras e de sono, redução no grau de
concentração, variação de peso corporal e
perda de energia (O diagnóstico é baseado em
critérios como o DSM-IV (Diagnostic and
Statistical Manual of Mental Disorders).
Os sistemas monoaminérgicos se originam em pequenos núcleos no tronco cerebral e
mesencéfalo e projetam-se difusamente pela córtex e sistema límbico. Esses sistemas são
compostos por neurônios que contêm norepinefrina (NE), serotonina (5-HT) e dopamina (DA).
Junto com a acetilcolina (ACh), eles exercem efeitos de modulação e integração sobre outras
atividades corticais e subcorticais e estão envolvidos na regulação da atividade
psicomotora, apetite, sono e, provavelmente, do humor.
TEORIA MONOAMINÉRGICA DA DEPRESSÃO
Foi através dela que inicialmente foram explicadas as bases biológicas dos transtornos
depressivos. Basicamente ela propõe que a depressão é uma consequência da MENOR
DISPONIBILIDADE de aminas biogênicas cerebrais. E quem seria essas aminas? A Serotonina,
a noradrenalina e/ou dopamina. ⇒ Essa hipótese sofreu reforço pelo MECANISMO DE AÇÃO
DOS ANTIDEPRESSIVOS, visto que eles aumentam a disponibilidade desses
neurotransmissores na fenda sináptica, o que pode acontecer pelo processo inibição
(seletivo ou não) de suas recaptaões, ou pela inibição da MAO, que é a enzima responsável
pela degradação (inibidores da monoaminoxidade)..
➔ Há muito tempo, o tratamento do transtorno depressivo se baseava em normalizar os
níveis das monoaminas.
A eficácia desses antidepressivos não atinge 100% dos indivíduos que possuem depressão e
não são agudamente eficazes → isso basicamente sugere que somente a deficiência na
Kawanny Arruda, FITS - Medicina.
sinalização dessas monoaminas não são o suficiente para explicar a
causa da depressão.
A serotonina é o neurotransmissor mais associado à depressão,
isso porque existe um amplo efeito dos inibidores seletivos de
recaptação de serotonina (ISRSs) sobre o tratamento da
depressão. Um exemplo desses inibidores: fluoxetina.
HIPÓTESE IMUNOLÓGICA
Diz que os sintomas relacionados à depressão são causados por uma ELEVAÇÃO NA
PRODUÇÃO DE CITOCINAS PRÓ-INFLAMATÓRIAS ⇒ elas atuariam como neuromoduladores
intervindo em aspectos neuroquímicos, neuroendócrinos e comportamentais dos transtornos
depressivos.
Essa hipótese foi levantada diante dos estudos que apresentavam relação entre o sistema
imune e SNC, evidenciando que estados físicos e psicológicos humanos, como problemas em
família, luto e desemprego, estariam associados a atividade de neutrofilos e macrofágos,
além da reduçao de atividade de algumas células, como a NK e na resposta de linfócitos a
mitógenos.
SUPORTE NEUROENDÓCRINO
O suporte neuroendócrino estudado na depressão é o hipotálamo-hipófise-adrenal (HHA) e
SUA CONEXÃO COM ESTRUTURAS DO SISTEMA LÍMBICO, como o hipocampo. Os estudos
mostram que APROXIMADAMENTE METADE DOS INDIVÍDUOS DOENTES APRESENTA
INTENSA ATIVAÇÃO DESSE EIXO, o que pode ser causado pelo estresse crônico, que reduz
sua inibição, aumentando a produção e a liberação de glicocorticóides.
★ A recorrência ou persistência da doença e a falta de tratamento antidepressivo podem
favorecer a diminuição gradual do volume hipocampal, que por sua vez, pode explicar
os problemas de memória de alguns pacientes, e também vários outros sintomas do
transtorno.
★ Alterações dos hormônios tireoidianos podem causar depressão e mania.
https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/BUOS-A3YF3Z/1/lucelia_tcc.pdfFATORES NEUROTRÓFICOS
Neurotrofinas: família de proteínas que causam a diferenciação e sobrevivência de
neurônios, participando também da modulação da transmissão e plasticidade sináptica.
★ Pertencem a essa família: NGF (fator de crescimento do nervo), BDNF e neurotrofina 3 (
NT-2), NT - 4/5 e NT - 6 ⇒ todas essas proteínas são sintetizadas no RE e clivadas em
moléculas que sofrem modificações → e resultam nas vesículas secretoras.
Os fatores neurotróficos medeiam várias funções celulares através da ativação de receptores
e expressão dos genes que estão integralmente envolvidos na regulação da
neuroplasticidade e saúde celular. A maior parte das funções das neurotrofinas são
mediadas pelo receptor tirosina-quinase relacionada à tropomiosina.
BDNF (fator Neurotrófico Derivado do Cérebro)
Ele promove mudanças funcionais e estruturais nos neurônios, sendo importante para
regular atividade sináptica e plasticidade. Estresse crônico ⇒ diminui expressão de BDNF e
inibe fosforilação de CREB (proteína ligante ao elemento de resposta ao AMPc) no giro
dentado ⇒ essa redução dos níveis de BDNF em indivíduos já deprimidos agrava a
depressão. Além da diminuição de BDNF após o estresse crônico, outras neurotrofinas
também são diminuídas, isso diminui a formação dendrítica o que aumenta a
vulnerabilidade da célula. Porém, o tratamento com antidepressivo proporciona o aumento
de fatores neurotróficos⇒ restabelecendo esses níveis aos valores normais.
https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/BUOS-A3YF3Z/1/lucelia_tcc.pdf
Kawanny Arruda, FITS - Medicina.
★ O BDNF parece ser imprescindível para o crescimento da célula, pois permite
mudanças nas sinapses entre os neurônios (plasticidade sináptica) ao longo da vida,
desempenhando um papel importante para a sobrevivência celular.
http://www.revistaneurociencias.com.br/edicoes/2012/RN2004/revisao%2020%2004/730%20revis
ao.pdf (MArcadores biológicos da depressão - fatores neurotróficos + BDNF)
OBJETIVO 3 - COMPREENDER A AÇÃO DOS ANTIDEPRESSIVOS NO PROCESSO DE NEUROTRANSMISSÃO (ÊNFASE NO
MECANISMO DE BLOQUEIO DE RECAPTAÇÃO DE NEUROTRANSMISSÕES)
O Canadian Network for Mood and Anxiety Treatments (CANMAT) define como
antidepressivos de primeira escolha aqueles que, além de eficácia, exibem maior segurança
e tolerabilidade em relação aos demais.
Recaptação neuronal: é uma das formas de encerrar a resposta celular. Nesse caso, o
neurotransmissor volta ao terminal pré-sináptico, e lá pode ser reutilizado ⇒ isso acontece
com neurotransmissores como serotonina e glutamato.
Duas classes de antidepressivos existiam até os anos 80 ⇒ tricíclicos (ADTs) e inibidores de
monoaminoxidase (IMAOs) ⇒ eles eram eficazes, porém com muitos efeitos colaterais devido
a INESPECIFICIDADE DE SUA AÇÃO FARMACOLÓGICA, sendo potencialmente letais em casos
de superdosagem. Atualmente existem novas classes de antidepressivos que foram
elaborados com moléculas desprovidas dos efeitos colaterais dos heterocíclicos,
diferenciando-se dos ADTs e IMAOs, irreversíveis pela seletividade farmacológica,
modificando e atenuando os efeitos colaterais.
A grande dificuldade em entender os antidepressivos, está no tempo em que ele começará a
fazer efeito. Todos os antidepressivos possui uma latência mínima de 15 dias (varia com
organismo) ⇒ ao utilizarmos, ocorre AUMENTO de NÚMERO DE NEUROTRANSMISSORES na
fenda sináptica ⇒ por um lado esse aumento é bom, mais neurotransmissores estarão se
ligando nos neurônios pós-sináptico ⇒ mas esse excesso de neurotransmissores na fenda
sináptica faz com que ocorra mais ligações em autoreceptores, ocasionando FEEDBACK
NEGATIVO → uma forma de avisar ao neurônio pré sináptico (que é o que libera ao
neurotransmissor) que ele está liberando muito neurotransmissor, então isso faz com que ele
pare de liberar. Com o tempo do uso dos antidepressivos, ocorre a dessensibilização dos
auto- receptores, eles perdem a capacidade de reconhecer os neurotransmissores e
interrompem o feedback negativo.
Antidepressivo tricíclico (ADT): são a classe de antidepressivos mais antigas. Seu
mecanismo de ação: INIBIR A RECEPTAÇÃO DE NORADRENALINA E SEROTONINA (5-HT)
através do bloqueio dos transportadores NET e SERT ⇒ se eles inibem a receptação, isso
significa que a disponibilidade desses neurotransmissores é aumentada na fenda sináptica.
http://www.revistaneurociencias.com.br/edicoes/2012/RN2004/revisao%2020%2004/730%20revisao.pdf
http://www.revistaneurociencias.com.br/edicoes/2012/RN2004/revisao%2020%2004/730%20revisao.pdf
Kawanny Arruda, FITS - Medicina.
Eles também antagonizam (se manifestam contrariamente) receptores
muscarínicos/colinérgicos (Ach), histamínicos (H1) e adrenérgicos (Alfa1) ⇒ isso resulta nos
seus efeitos colaterais/adversos.
★ Principais fármacos representantes: clomipramina, nortriptilina, amitriptilina e
imipramina.
★ Efeitos colaterais: relacionado com as ações nos receptores em que os antidepressivos
agem ⇒ temos as ações anticolinérgicas (Ach), Anti-histamínicas (H1) e
Antiadrenérgicas (Alfa 1).
★ Também pode ocorrer uma toxicidade cardíaca,
diminuição da libido (devido ao aumento da
serotonina), arritmias (devido ao prolongamento
do intervalo QT), hipotensão ortostática (devido
ao bloqueio dos receptores alfa adrenérgicos),
redução do limiar convulsivo e alterações
cognitivas.
Inibidores Seletivos da Recaptação de Serotonina
(ISRS): seu mecanismo de ação: INIBIR RECAPTAÇÃO
DE SEROTONINA (5-HT), aumentando assim sua
disponibilidade e atividade na fenda sináptica. São
muito seguros pois possuem baixa toxicidade, além de
mínimos efeitos anticolinérgicos, 1-adrenérgicos, e
histaminérgicos devido a baixa afinidade por esses
receptores.
★ Principais fármacos: paroxetina, fluoxetina, sertralina, fluvoxamina, citalopram e
escitalopram.
★ Efeitos colaterais: náuseas, vômitos, diarreias, cefaleia, insônia, agitação, tremores,
perda ou ganho de peso e disfunção sexual.
Inibidores Da Recaptação de Serotonina e Noradrenalina (IRSN): seu mecanismo de ação:
Inibir A Recaptação De Serotonina E Noradrenalina ⇒ aumentando assim a sua
disponibilidade e atividade na fenda sináptica. Tem baixa afinidade dopaminérgica + sem
ação muscarínica/colinérgica, histamínica e adrenérgica.
★ Principais fármacos representantes: duloxetina, desvenlafaxina e venlafaxina.
★ Efeitos colaterais: náuseas, vômitos, constipação, diarréia, cefaléia, insônia, vertigem,
xerostomia, prurido, disfunção sexual e cefaleia. Em pacientes hipertensos: uso deve
ser limitado.
Inibidores Da Monoaminoxidase (IMAO): seu mecanismo de ação: inibir a enzima
monoamina oxidase (MAO), responsável pela degradação de serotonina (5-ht), noradrenalina
(NA) e Dopamina (DA) dentro do neurônio pré sináptico.
★ Principais fármacos: moclobemida, tranilcipromina.
★ Efeitos colaterais: hipotensão postural, ganho de peso, efeitos anticolinérgicos (boca
seca, visão turva, constipação e retenção urinária), estimulação central, ganho de
peso, toxicidade hepática e disfunção sexual.
https://www.google.com/search?rlz=1CAISMM_enBR943&q=amitriptilina&spell=1&sa=X&ved=2ahUKEwiOpKv_9tPvAhXsH7kGHZ4oDU0QkeECKAB6BAgBEDQ
Kawanny Arruda, FITS - Medicina.
Antidepressivos atípicos:
⇒ TRAZODONA: mecanismo de ação que inibe a recaptação da 5HT e noradrenalina através
do antagonismo dos receptores 5 HT-2 e alfa-1-adrenérgicos. Apresenta também atividade
histamínica relacionada aos seus efeitos colaterais: cefaléia, xerostomia, sonolência, náuseas,
constipação intestinal e dispepsia.
⇒ TIANEPTINA: mecanismo de ação consiste no aumento da velocidade da recaptação de
serotonina. Efeitos colaterais: náuseas, constipação intestinal, dispepsia, sonolência, cefaléia,
xerostomia e vertigens.
⇒ REBOXETINA: mecanismo de ação é inibir seletivamente a recaptação de noradrenalina e
antagonizar os receptores alfa-2. Efeitos colaterais: taquicardia, impotência, hesitação ou
retenção urinária, insônia, constipação intestinal, impotência, sudorese excessiva e
xerostomia.
⇒ BUPROPIONA: mecanismo de ação é inibir seletivamente a recaptação de noradrenalinae dopamina com efeito mínimo na recaptação de serotonina. Efeitos colaterais: cefaléia,
insônia, irritabilidade, ansiedade, erupção cutânea, diminuição do apetite, xerostomia e
constipação intestinal.
⇒ MIRTAZAPINA: mecanismo de ação é antagonista de auto receptores alfa-2-adrenérgicos
estimulando a neurotransmissão de noradrenalina. Também é agonista de receptores
5-HT1A e antagonista dos receptores 5-HT2 e 5-HT3. Efeitos colaterais: sonolência, sedação,
xerostomia, ganho de peso, aumento do apetite e tontura.
Tratamento com antidepressivos de classes diferentes ⇒ eleva a capacidade da
disponibilidade sináptica de um ou mais neurotransmissores por meio da ação em diversos
receptores e enzimas específicas ⇒ apesar dessa elevada disponibilidade, ainda existe uma
delonga para se obter uma resposta clínica (de 2 a 4 semanas), o que sugere que a resolução
dos sintomas da depressão requer mudanças adaptativas a longo prazo. Uma das hipóteses
propostas para explicar tal delonga é a dessensibilização dos receptores pré-sinápticos
(STAHL,1997).
OBJETIVO 4 - CITAR EXEMPLOS DE SUBSTÂNCIAS QUE PODEM INTERFERIR NA NEUROTRANSMISSÃO (BEBIDAS, DROGAS,
MEDICAMENTOS, ETC)
★ DROGAS DEPRESSORAS: álcool, heroína;
★ DROGAS ESTIMULANTES: cocaína, anfetaminas, ecstasy ou 3,4-metilenodioxi-N
Metilanfetamina (MDMA);
★ DROGAS PERTURBADORAS (ALUCINÓGENAS): cannabis, dietilamida do ácido lisérgico
(LSD).
Estas drogas têm a capacidade de alterar a ação dos neurotransmissores através dos seus
recetores ou dos seus transportadores ⇒ elas alteram a comunicação entre as células,
gerando uma plasticidade sináptica que pode causar mudanças irreversíveis no cérebro ⇒
essa alteração afeta o processo de aprendizagem, memória e outros sistemas
neurocognitivos.
Álcoo�:
Ele atua como depressor do SNC, pois tem efeitos sedativos, hipnóticos e anestésicos. seu
consumo crônico provoca ALTERAÇÕES NAS SINAPSES QUÍMICAS ⇒ elas são fruto de um
desequilíbrio entre os neurotransmissores excitatórios e inibitórios. No SNC, o álcool vai
interagir com os receptores inibitórios GABA do tipo A, potencializando o seu efeito e
Kawanny Arruda, FITS - Medicina.
antagonizando os receptores excitatórios NMDA (N-metil D-Aspartato - aminoácido
excitatório agonista do neurotransmissor).
O álcool aumenta o fluxo de íons Cl por meio dos canais receptores GABA para dentro da
célula → potencializando a inibição neuronal. Ele também exerce ação inibitória sobre os
receptores NMDA → diminuindo o fluxo de Ca²+ através dos receptores, isso gera
comprometimento na comunicação entre neurônios e estrutura das sinapses.
O DESENVOLVIMENTO DE TOLERÂNCIA está relacionado com a diminuição da
funcionalidade dos receptores GABA, que se deve a um decréscimo no número de receptores,
e com a diminuição da sensibilidade devido a alterações nas subunidades destes receptores.
Anfetamina�:
São drogas sintetizadas em laboratórios, são simpaticomiméticos ( substâncias que imitam
os efeitos do hormônio epinefrina (adrenalina) e do hormônio/neurotransmissor
norepinefrina) derivados da feniletilamina. Podem ser pó, líquidos, cápsulas ou comprimidos.
Administradas por via oral, nasal ou intravenosa. Os seus EFEITOS SIMPATICOMIMÉTICOS
traduzem-se através de um aumento da frequência cardíaca, da pressão arterial e do estado
de alerta.
A nível sináptico AS ANFETAMINAS AGEM AUMENTANDO A EXOCITOSE DE norepinefrina,
serotonina e dopamina ao contrário de uma sinapse normal. Como resultado essa ação age
no eixo cerebrospinal, córtex, tronco encefálico e bulbo o que reduz a fadiga e causa
insônia. A redução do apetite se faz devido a anfetamina agir nos núcleos da fome do
hipotálamo. Pode causar também midríase (dilatação da pupila) , taquicardia, hipertensão e
arritmias.
LSD:
O LSD é absorvido via sub-lingual e apresenta-se como pequenos selos com uma quantidade
diminuta da droga. Várias regiões do cérebro são afetadas pelo LSD, mas seu mecanismo de
ação atua principalmente na atividade agonista da serotonina.
★ As principais áreas “distorcidas” do cérebro sob efeito da droga são as relacionadas a
sensopercepção, o que explica as alucinações e distorções do juízo de realidade.
Interferênci� n� �ocit��:
Na exocitose se tem o processo de liberação do neurotransmissor. Primeiro o potencial de
ação despolariza a membrana do terminal pré-sináptico⇒ os canais de cálcio dependentes
de voltagem se abrem, ocorrendo influxo de cálcio para o terminal pré-sináptico ⇒ o cálcio
se liga a calmodulina, formando o complexo cálcio+calmodulina e ativando a tubulino
quinase, responsável por fosforilar os microtúbulos ⇒ ao ocorrer a fosforilação, as vesículas
que estavam presas aos microtúbulos vão em direção a membrana pré-sináptica, elas
poderiam ir em qualquer direção, mas não vão, pois existem proteínas de atração entre a
vesícula e a membrana pré-sináptica, essas proteínas se chamam SNARES, na vesícula se
tem a V-Snare e no terminal a T-Snare ⇒ elas se unem e formam um complexo de fusão, isso
ativa a ATPase e fosfolipase ⇒ ocorrendo afastamento dos fosfolipídeos e, finalmente, os
neurotransmissores são liberados na fenda sináptica.
⇒ A TOXINA BOTULÍNICA, conhecida como botox, impede a fusão das snares, ela
bloqueia a V-Snare, impedindo a liberação do neurotransmissor. Ela impede a exocitose das
vesículas de acetilcolina ⇒ impedindo a contração muscular no local onde foi aplicada ⇒
não se criam rugas.
Interferênci� n� recaptaçã� neurona�:
Kawanny Arruda, FITS - Medicina.
Recaptação neuronal: é uma das formas de encerrar a resposta celular. Nesse caso, o
neurotransmissor volta ao terminal pré-sináptico, e lá pode ser reutilizado ⇒ isso acontece
com neurotransmissores como serotonina e glutamato.
⇒ ANFETAMINAS (estasy ou MDMA): são substâncias simpaticomiméticas, ou seja, elas
aumentam a atividade simpática. Elas VÃO INIBIR A RECAPTAÇÃO DE NORADRENALINA,
aumentando a concentração dela na fenda sináptica. Isso ocorre porque as anfetaminas
entram no citosol do neurônio pré-sináptico, e sofrem vesiculação, vão ocupar o espaço da
noradrenalina. Ou seja, ela compete pela recaptação e ainda leva a o processo de captação
reversa, que estimula a liberação de noradrenalina.
★ A nível sináptico as anfetaminas agem aumentando a exocitose de norepinefrina,
serotonina e dopamina ao contrário de uma sinapse normal. Como resultado essa
ação age no eixo cerebrospinal, córtex, tronco encefálico e bulbo o que reduz a fadiga
e causa insônia. A redução do apetite se faz devido a anfetamina agir nos núcleos da
fome do hipotálamo. Pode causar também midríase, taquicardia, hipertensão e
arritmias
⇒ COCAÍNA: bloqueia a recaptação neuronal, promovendo
hiperatividade simpática.
O mecanismo de ação da cocaína consiste em sua ligação à enzima
MAO (Monoamína Oxidase), este sendo um recaptador no processo
de endocitose da dopamina, serotonina e noradrenalina. Como
resultado estes neurotransmissores passam mais tempo na fenda
sináptica agindo principalmente na via mesolímbica (via da
recompensa).
⇒ CAFEÍNA: A adenosina é um neurotransmissor que induz ao sono
e diminui naturalmente a atividade cerebral. A cafeína age
impedindo que a adenosina se ligue aos receptores tornando estes
mais ativos.
⇒ TAURINA: No sistema nervoso a taurina age como um antagonista
para o GABA, sendo ainda mais potente com a cafeína na
composição dos energéticos. O que justifica o estado de alerta de
quem consome o produto.
Interferênci� n� degradaçã� e�imátic�:
As substâncias que interferem na degradação de
neurotransmissores são ⇒ ORGANOFOSFORADOS e CARBAMATOS,
elas inibem a enzima acetilcolinesterase, impedindo a degradação
da acetilcolina na fenda → isso vai com que aumente a acetilcolina
e, dessa forma, os efeitos dela.
Kawanny Arruda, FITS - Medicina.
Bas� d� víci� - sistem� d� recompens�:
http://bio-neuro-psicologia.usuarios.rdc.puc-rio.br/assets/a%C3%A7%C3%A3o_das_drogas_pt_1.pdf https://bdigital.ufp.pt/bitstream/10284/4827/1/PPG_21587.pdf
OBJETIVO 5 - DESCREVER OS BENEFÍCIOS DA PSICOTERAPIA PARA O QUADRO DE DEPRESSÃO
A psicoterapiaé uma forma e uma oportunidade para que o indivíduo possa expressar e
discutir sentimentos. A ideia da psicoterapia é trabalhar a resolução de questões de vida
que possam estar interligadas com a origem da depressão⇒ a psicoterapia vai trabalhar no
desenvolvimento de atitudes mais positivas e em formas de lidar com as situações.
❏ Em alguns casos, somente a psicoterapia é suficiente. Em outros, será preciso uma
combinação com medicamentos para uma maior taxa de resposta.
❏ As linhas de tratamento mais eficazes: terapia interpessoal + terapia
cognitivo-comportamental + terapia de solução de problemas.
A raiva e o estresse constantes são os principais contribuintes para a hipertensão e uma
série de problemas de saúde relacionados. Linden e Moseley (2006) descobriram que a
psicoterapia produziu o mesmo nível de reduções da pressão arterial sistólica que os
medicamentos anti-hipertensivos.
Atualmente o tratamento farmacológico é o principal tratamento para episódios atuais de
TDM, contudo sem evidências suficientes de sua capacidade em proteger o paciente contra
recaídas ou reincidências ⇒ A proposta das psicoterapias é justamente esta: buscar uma
melhora substancial a longo prazo.
Para a terapia cognitiva o ser humano exerce três funções básicas para que se efetive a vida
de relação: PENSA, SENTE e AGE → Esses três elementos são base de como você se interage
consigo mesmo e com o mundo.
O modelo cognitivo-comportamental parte do pressuposto que nossos PENSAMENTOS
influenciam nossas EMOÇÕES e por conseguinte, causa as REAÇÕES DE COMPORTAMENTO
que venhamos a ter → Ou seja, emoções e comportamentos são influenciados pela forma
que a pessoa enxerga os eventos que lhe acontece no dia a dia → Não é a situação por si só
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Kawanny Arruda, FITS - Medicina.
que causa a mudança do humor, a forma que a INTERPRETAMOS é mais significativa, e por
sua vez é através da interpretação que teremos certos SENTIMENTOS e certas REAÇÕES
COMPORTAMENTAIS.
A psicoterapia ajuda pessoas com depressão:
★ Compreende os comportamentos, emoções e ideias que contribuem para o seu estado
depressivo.
★ Compreende e identifica os problemas ou eventos da vida - como uma doença grave,
uma morte na família, uma perda de emprego ou um divórcio - que contribuem para a
depressão e os ajudam a compreender quais aspectos desses problemas eles podem
ser capazes de resolver ou melhorar.
★ Recupera a sensação de controle e prazer na vida.
★ Aprenda técnicas de enfrentamento e habilidades de resolução de problemas.
Quais são os tipos de terapia?
A terapia pode ser administrada em uma variedade de formatos, incluindo:
⇒INDIVIDUAL: Essa terapia envolve apenas o paciente e o terapeuta.
⇒GRUPO: Dois ou mais pacientes podem participar da terapia ao mesmo tempo. Os
pacientes podem compartilhar experiências e aprender que outras pessoas sentem o mesmo
e tiveram as mesmas experiências.
⇒CASAIS: Esse tipo de terapia ajuda os cônjuges e parceiros a entender por que seu ente
querido tem depressão, quais mudanças na comunicação e no comportamento podem
ajudar e o que eles podem fazer para lidar com a situação.
⇒ FAMÍLIA: Como a família é uma parte fundamental da equipe que ajuda as pessoas com
depressão a melhorar, às vezes é útil que os membros da família entendam o que seu ente
querido está passando, como eles próprios podem lidar com a situação e o que podem fazer
para ajudar.
https://my.clevelandclinic.org/health/treatments/9300--psychotherapy-for-depression
http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1808-56872016000100007
https://my.clevelandclinic.org/health/treatments/9300--psychotherapy-for-depression
http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1808-56872016000100007

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