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APG S11P1 - GRAVIDEZ NA ADOLESCENCIA

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Objetivos 
1. Compreender as mudanças fisiológicas da 
gravides. 
2. Entender as complicações da gravidez na 
adolescência 
3. Discorrer sobre os critérios diagnósticos e manejo 
das manifestações clinicas da gravidez 
 
Introdução 
A gestação ocorre quando o oócito é fertilizado pelo 
espermatozoide e implantado na parede uterina. 
Posteriormente, uma sequência de eventos determina 
a evolução da gestação. Esses eventos são 
controlados por hormônios maternos e placentários 
secretados ao longo da gestação. O nascimento 
ocorre 38 semanas após a fertilização, por meio do 
parto, quando fatores hormonais e mecânicos 
determinam a expulsão do feto e da placenta. Após o 
nascimento, a lactação é estimulada por fatores 
neuroendócrinos, responsáveis pela produção e 
ejeção do leite. Para isso, modificações 
anatomofuncionais das glândulas mamárias ocorrem 
ao longo da gestação. O entendimento desses eventos 
nos fornece a compreensão da organização 
fisiológica do ciclo reprodutor humano. 
 
Endocrinologia da gestação 
A gestação tem uma duração de 40 semanas. Seu 
inicio é marcado a partir do 1º dia da última gestação 
(DUM), apesar de a fertilização ocorrer supostamente 
após essa data. O DUM foi escolhido pela clínica 
médica por ser um evento facilmente identificado. Por 
isso, a idade embriológica marcada pela fecundação 
terá, aproximadamente, duas semanas a menos que 
a idade gestacional. 
 
Como vimos, as células formadoras da placenta 
secretam hCG, responsável pela manutenção do 
corpo lúteo e, consequentemente, por sua continua 
secreção de progesterona e estrógenos. O hCG pode 
ser detectado no sangue da gestante por volta do 
oitavo dia após a fertilização. Sua detecção e 
quantificação são utilizadas como diagnóstico 
químico da gestação. O diagnóstico clínico é realizado 
por meio de ultrassonografia, para que ocorra a 
identificação do saco gestacional - o início da 
formação placentária. 
 
A placenta é um importante órgão endócrino, uma vez 
que secreta diversos hormônios com ações no 
organismo materno e fetal, indispensáveis para o 
adequado desenvolvimento da gestação. Além disso, 
é através da placenta que ocorrem as trocas gasosas 
de O, e CO, entre mãe e feto, bem como a transferência 
de nutrientes para o feto e a eliminação de produtos 
metabólitos. Além das funções nutricionais, 
respiratórias e endócrinas identificadas acima, a 
placenta também participa da proteção fetal, 
impedindo a passagem de alguns microrganismos e 
permitindo a passagem de anticorpos maternos. 
Entretanto, determinados vírus, como o da AIDS, 
rubéola, sarampo, catapora, entre outros, podem 
atravessar essa barreira. 
 
A conexão entre a mãe e o feto é realizada através do 
cordão umbilical, formado por duas artérias, que 
transportam sangue fetal desoxigenado para a 
placenta, e uma veia, que transporta sangue 
oxigenado para o feto. O cordão umbilical é envolvido 
por uma membrana denominada âmnio, e seu 
comprimento pode variar entre 30 cm e 100 cm. As 
artérias e a veia umbilicais se ramificam em capilares 
dentro das vilosidades coriônicas, que são banhadas 
por sangue materno, onde ocorrerão as trocas 
materno-fetais. Desse modo, o feto recebe nutrientes 
e oxigênio provenientes do sangue materno pela via 
umbilical, enquanto os resíduos metabólicos deixam o 
feto pelas artérias umbilicais, por meio da difusão 
entre os capilares coriônicos e o sangue materno. Após 
Gravidez 
na adolescência 
o nascimento, o cordão umbilical é amarrado e 
cortado, separando o bebê da placenta e da mãe. O 
pequeno pedaço de cordão que permanece aderido 
ao bebê murcha e cai após aproximadamente 14 dias, 
formando a cicatriz umbilical. 
 
 
Figura 1. útero gravídico, com detalhe aumentado para região da 
placenta e cordão umbilical. 
 
No terceiro mês de gestação, a placenta está 
totalmente desenvolvida, e tem o formato de uma 
panqueca. Neste momento, ela assume a secreção 
dos hormônios responsáveis pelo desenvolvimento da 
gestação, antes secretados também pelo corpo lúteo. 
Esses hormônios são: 
→ Gonadotrofina coriônica humana. 
→ Lactogênio placentário humano. 
→ Estrógeno. 
→ Progesterona. 
 
A secreção de hCG pela placenta em 
desenvolvimento, responsável pela manutenção do 
corpo lúteo, tem o seu pico de produção no 3° mês de 
gestação. Posteriormente, sua secreção diminui, 
mantendo-se baixa até o final da gestação. A queda 
de hCG e, consequentemente, a degeneração do 
corpo lúteo ocorrem no momento em que a placenta 
assume a produção de estrógeno e progesterona, 
necessários para a manutenção da gestação. Caso a 
degeneração do corpo lúteo ocorra antes disso, a 
gestação será interrompida, O hCG também é 
responsável por estimular a produção de testosterona 
pelos testículos, que terá importante função no 
desenvolvimento das características sexuais 
masculinas e na migração dos testículos para dentro 
do escroto durante o desenvolvimento fetal. 
 
 
O hormônio lactogênio placentário humano (hPL) 
apresenta semelhança estrutural e funcional com o 
hormônio do crescimento e com a prolactina. Está 
envolvido com o desenvolvimento e crescimento das 
mamas, apesar de ele não ser necessário para que 
ocorra a lactação. Sua principal função está 
relacionada com a alteração do metabolismo 
materno, diminuindo o uso de glicose pela mãe e 
disponibilizando mais glicose para o feto. Além disso, 
ele fornece fonte alternativa de glicose para a mãe, 
promovendo a liberação de ácidos graxos do tecido 
adiposo materno. 
 
O estrógeno e a progesterona são secretados de 
maneira crescente ao longo de toda a gestação 
(Gráfico 5.1). Os estrógenos são responsáveis pelo 
crescimento e desenvolvimento do útero e dos ductos 
mamários como resultado da estimulação da síntese 
proteica. Além disso, promovem o acúmulo de líquido 
e a maior vascularização uterina. A progesterona tem 
importante função na inibição das contrações 
uterinas, proporcionando a manutenção do embrião 
no útero. Ela também participa do crescimento e 
desenvolvimento dos alvéolos das glândulas 
mamárias para a futura produção de leite, bem como 
do aumento da ventilação pulmonar para atender ao 
aumento da demanda de oxigênio pelo organismo 
materno e fetal. 
 
A elevada secreção de estrógeno e progesterona 
durante a gestação mantém a inibição sobre a 
secreção dos hormônios gonadotróficos FSH e LH, 
impedindo a ovulação durante a gestação. Além disso, 
os altos níveis de progesterona tornam o muco 
secretado pelas glândulas cervicais mais espesso, 
formando um tampão na entrada do colo uterino, 
impedindo a entrada de espermatozoides durante o 
ato sexual. Esse tampão também fornece importante 
proteção contra a entrada de microrganismo na 
cavidade uterina. 
 
Modificações anatomofuncionais 
Diversas modificações anatomofuncionais ocorrem no 
organismo materno durante a gestação em resposta 
à presença do feto e da placenta. Os altos níveis de 
hormônios secretados pela placenta e as demandas 
energéticas do feto causam importantes adaptações 
sistêmicas. Essas adaptações podem ser observadas 
no sistema cardiovascular, respiratório, endócrino, 
digestório, renal, bem como no sistema nervoso 
central. Além disso, o crescimento uterino promove 
modificações mecânicas do sistema 
musculoesquelético. 
 
As adaptações do sistema cardiovascular iniciam-se 
no primeiro trimestre gestacional com o aumento do 
volume sanguíneo, bem como da frequência cardíaca. 
Ao mesmo tempo, o débito cardíaco (volume de 
sangue ejetado pelo coração por minuto encontra-se 
com um aumento em torno de 80% no final da 
gestação, o que garante as demandas adicionais do 
feto por nutrientes e oxigênio. Apesar do aumento do 
débito cardíaco, no segundo trimestre gestacional 
podemos observar uma queda na pressão arterial 
sistêmica em consequência da vasodilatação 
periférica, causada pelos altos níveis de progesterona 
somados à liberação de substâncias vasodilatadoras. 
Próximo ao parto, a pressão arterial retorna aos níveis 
pré-gravídicos.O consumo de oxigênio pela gestante encontra-se 
elevado, levando ao aumento da ventilação pulmonar 
(volume de ar inalado e expirado por minuto). 
Entretanto, a frequência respiratória sofre pouca 
alteração, uma vez que a ventilação é facilitada pela 
broncodilatação, provocada pela presença da 
progesterona. Os relatos de náuseas e vômitos no 
primeiro trimestre gestacional têm sido associados 
aos altos níveis de hCG nesse período. Outras queixas 
referentes ao sistema gastrointestinal se referem à 
constipação, provocada pela diminuição dos 
movimentos peristálticos em resposta à presença da 
progesterona. Além disso, o aumento do volume 
uterino causa pressão sobre a bexiga urinária, 
aumentando a frequência e a urgência de micção, 
bem como a incontinência de esforço. 
 
 
Figura 2. posicionamento fetal no final da gravidez 
O aumento uterino também é responsável por 
modificações posturais, ocasionadas pela 
modificação do centro de gravidade da gestante. Para 
manter o equilíbrio, a gestante aumenta a base de 
apoio, afastando os pés durante a marcha, além de 
aumentar a lordose lombar, com o intuito de 
reorganizar o seu centro gravitacional. O aumento da 
curvatura lombar é a causa de constantes 
reclamações de dores nessa região, principalmente 
no último trimestre gestacional. 
 
 
 
A hiperpigmentação da pele pode ocorrer em 
algumas gestantes. Sua causa também está 
relacionada aos altos níveis de progesterona, que 
indiretamente estimulam a produção de melanina, 
provocando o aumento da pigmentação na face, mas 
aréolas e na linha alba da parte inferior do abdômen. 
 
 
 
O ganho de peso na gestante é devido a uma série de 
fatores, como por exemplo: crescimento fetal, 
crescimento da placenta e anexos, líquido amniótico, 
crescimento das mamas, aumento da volemia 
(quantidade de sangue circulando no corpo), 
aumento da massa uterina e aumento da massa 
adiposa (mamas e região pélvica). Em relação a 
nutrição durante a gravidez, o crescimento fetal é 
maior durante o último trimestre, duplicando de peso. 
Comumente a mãe não absorve proteínas, cálcio, 
fosfatos e ferro suficientes pela dieta para suprir as 
necessidades extras do feto. Entretanto, antecipando 
essas necessidades extras, o corpo da mãe já 
armazenou essas substâncias (parte na placenta, mas 
a maioria nos depósitos normais da mulher). 
 
 
Mudanças no sistema circulatório 
O sistema cardiovascular sofre mudanças 
progressivas durante a gestação e o parto, resultando 
em alterações hemodinâmicas características destes 
períodos. 
→ O fluxo de sangue através da placenta e o débito 
cardíaco Distribuição do aumento do débito (produto 
do volume sistólico pela frequência cardíaca) 
cardíaco durante a gustação na mulher materno 
aumentam: na 27ª semana o fluxo tem aumentado de 
30 a 40% acima do normal. Mas, o DC diminui até um 
pouco acima do normal durante as últimas 8 
semanas; 
→ O volume de sangue materno aumenta: 30% acima 
do normal (última metade da gestação), devido à 
aldosterona e ao estrogênio que aumentam muito 
durante a gravidez, e à maior retenção de líquido pelos 
rins; 
→ A medula óssea fica mais ativa, e produz hemácias 
extras circulantes no excesso de volume de líquido; 
→ Devido ao aumento do metabolismo e ao tamanho 
da mãe aproximadamente 20% acima do normal: 
→ Quantidade proporcional de CO2 é formada; 
→ Altos níveis de progesterona aumentam a 
sensibilidade do centro respiratório ao dióxido de 
carbono; 
→O útero em crescimento pressiona os conteúdos 
abdominais para cima, fazendo uma pressão 
ascendente contra o diafragma, de maneira que a 
excursão total do diafragma diminui. 
Consequentemente, a frequência respiratória 
aumenta para manter a ventilação extra; 
→ A taxa de formação de urina na gestante 
geralmente é maior devido ao aumento da ingestão 
de líquido e a maior carga ou produtos excretórios; 
→Há uma maior reabsorção para o sódio, cloreto, 
potássio e água, em decorrência da produção de 
hormônios esteroides; 
→A filtração glomerular e de fluxo sanguíneo renal 
aumentam devido à vasodilatação da artéria renal; 
→Normalmente, o volume do líquido amniótico fica 
entre 500 ml a 1 litro: 
→ A água do líquido amniótico pode ser substituída a 
cada três horas e os eletrólitos (sódio e potássio) uma 
vez a cada 15 horas (média); 
→Grande parte do líquido amniótico é derivado da 
excreção renal do feto e em grande parte dele ocorre 
absorção através do trato gastrointestinal e dos 
pulmões do feto. 
 
Mudanças hematológicas 
→Ocorre aumento fisiológico do volume plasmático 
(50%), o que causa hemodiluição, causando anemia 
fisiológica (isso porque o aumento da massa 
eritrocitária, que é de 20 a 30%, é proporcionalmente 
menor ao aumento do plasma, que é de 50%). 
→ Leucocitose sem desvio à esquerda (isto é: os 
bastões devem estar normais) 
→ Tendência pró-coagulante: ocorre aumento do 
fibrinogênio e da maioria dos fatores de coagulação. 
Diminuem: fibrinólise e fatores XI e XIII. 
 
Mudanças osteoarticulares: 
→Marcha anserina; 
→ Relaxamento dos ligamentos por ação da 
progesterona. 
 
Mudanças pulmonares 
Há uma tendência à hiperventilação da seguinte 
forma: 
→ Expansão do tórax 
→	Expiração 
→Volume corrente. 
→ Gasometria: alcalose respiratória compensada 
(IpaCO2, o que dá uma sensação de dispneia 
fisiológica, mesmo frente a um exame físico normal). 
 
Mudanças urinárias 
→ Taxa de filtração glomerular (50%): ↓ Ureia e 
creatinina; glicosúria fisiológica. 
→ Compressão ureteral: dilatação pielocalicial maior à 
direita. 
 
Mudanças gastrointestinais 
→ Relaxa esfíncter esofagiano (predisposição ao 
refluxo); 
→ Redução do esvaziamento gástrico (tendência à 
broncoaspiração); 
→Relaxa vesícula (maior risco de cálculos). OBS: 1ª 
cirurgia não-obstétrica mais realizada: 
apendicectomia; 2ª cirurgia: colecistectomia. 
→ Diminuição da peristalse (constipação). 
→ Redução da secreção ácida (diminuição da 
incidência de úlcera péptica). 
 
Diagnóstico laboratorial 
• Cerca de 1 semana após a fertilização, o trofoblasto 
implantado no endométrio começa a liberar 
gonadotrofina coriônica humana (hCG) em 
quantidades crescentes – detecção no plasma e na 
urina materna entre 8-11 dias após a concepção 
• Pico: 60-90 dias de gravidez (divergente – alguns 
consideram entre 8-10 semanas; outros entre 12-14 
semanas) – REZENDE: 10 SEMANAS. 
• Falsos positivos – 2-25 UI/ml 
• Sensibilidade para detecção entre 25-30 mUI/ml 
• Na prática: positivo para gravidez acima de 
25mUI/ml; negativo abaixo de 5mUI/ml 
• A detecção de hCG é a base do diagnóstico 
laboratorial na gravidez 
• Duplica no plasma entre 2-3 dias 
 
Testes imunológicos – qualitativos 
Produção de anticorpos contra hCG humano. São 
adicionados a urina humana. Devem ser solicitados 
somente com 10-14 dias de atraso menstrual 
• Inibição da aglutinação do látex – sensibilidade de 
1.500-3.500 UI/litro 
• Inibição da hemaglutinação – resultado em 2h. 750-
1.000 UI/litro 
• Hemaglutinação passiva reversa – sensível desde 75 
UI/L. Pode ser realizado com 3 dias de atraso menstrual 
 
Testes radioimunológicos 
– Alta reação cruzada com LH. Diagnóstico com 10-18 
dias de concepção e sensibilidade de 5mUI/ml. bHCG 
- Teste ELISA – quantitativo. bHCG. Mais sensível. 
Algumas considerações... 
• Beta-hCG > 1.000 mUI/ml – gestação em 95% dos 
casos. Elevações acentuadas podem estar 
relacionadas a gestação múltipla ou a neoplasia 
trofoblástica gestacional 
• Elevação inferior ao esperado ou diminuição dos 
valores quantitativos de beta-hCG no início da 
gestação – gestação anormal (ectópica, 
abortamento...) 
• Falsos-positivos – uso de psicotrópicos (fenotiazidas, 
antidepressivos, anticonvulsivantes, hipnóticos); uso 
de anticoncepcionais orais (surtos de escape de LH); 
hipertireoidismo; reações cruzadas com anticorpos; 
fator reumatoide; anticorpos anti heterofilos; proteínas 
ligantes; aumento de LH hipofisário; neoplasias 
produtoras de hCG 
• Falsos negativos – urinas de baixa densidade 
(grandesvolumes); duas primeiras semanas de atraso 
menstrual; segundo trimestre 
 
Diagnóstico clínico da gestação 
• Atraso menstrual superior a 12 semanas – exame 
clínico – diagnóstico em 90% das pacientes por meio 
dos sinais clínicos, sintomas e exame físico 
 
Gravidez na adolescência 
Do ponto de vista biológico, dentre as consequências 
da gravidez para a adolescente, citam-se maiores 
incidências de síndrome hipertensiva da gravidez 
(SHG), anemia, diabetes gestacional, complicações no 
parto, determinando aumento da mortalidade 
materna e infantil. É importante notar que alguns 
estudos têm demonstrado aumento na incidência de 
intercorrências pré-natais, intraparto e pós-parto 
entre gestantes adolescentes. 
 
No tocante aos problemas com o recém-nascido, a 
gravidez na adolescência está associada a taxas mais 
elevadas de baixo peso ao nascer (BPN), parto pré-
termo, doenças respiratórias e tocotraumatismo, além 
de maior frequência de complicações neonatais e 
mortalidade infantil. 
 
 
 
 
 
Referências 
AZEVEDO, Walter Fernandes de; DINIZ, Michele Baffi; 
FONSECA, Eduardo Sérgio Valério Borges da; AZEVEDO, 
Lícia Maria Ricarte de; EVANGELISTA, Carla Braz. 
Complicações da gravidez na adolescência: revisão 
sistemática da literatura. einstein (São Paulo), São 
Paulo, v. 13, n. 4, p. 618-626, jun. 2015. 
 
CAROMANO, Fátima Aparecida. Adaptações 
fisiológicas do período gestacional. Fisioterapia Brasil, 
v. 7, n. 5, p. 375-380, 2006. 
 
Guanabara Koogan. 2ª ed, 1996. -SILVERTHORN, D. 
Fisiologia Humana: Uma Abordagem Integrada, 7ª 
Edição, Artmed, 2017. 
 
BLACK, Amanda Y.; FLEMING, Nathalie A.; ROME, Ellen S. 
Pregnancy in adolescents. Adolescent medicine: State 
of the art reviews, v. 23, n. 1, p. 123-38, xi, 2012.

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