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Resposta Inflamatória: Conceito e Etapas

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Conceito: é uma reação dos tecidos vascularizados a um agente agressor caracterizada 
morfologicamente pela saída de líquidos e de células do sangue para o interstício. 
Sinais cardinais: calor, rubor, dor, tumor e perda da função. 
➢ Rubor = eritema = hiperemia 
➢ Tumor (área com aumento de volume) = edema (acúmulo de líquidos no interstício), 
decorrente de fenômenos vasculares e celulares 
➢ Dor: aumento da sensibilidade por causa da presença de nociceptores que funcionam 
como mediadores químicos. 
Fase aguda: predomínio de células polimorfonucleadas (neutrófilos) 
Fase crônica: predomínio de células mononucleadas (macrófagos e leucócitos) 
 
POR QUE E QUANDO A RESPOSTA INFLAMATÓRIA É ATIVADA? 
 
Agentes lesivos: microrganismos (infecciosos), tecido necrosado, corpos estranhos, reações 
imunes (formação de imunocomplexos) – doenças autoimunes e reações alérgicas, estresse 
metabólico, traumas mecânicos, agentes químicos e agentes físicos. 
Exsudato: é o edema inflamatório. É o líquido com a presença de muitas proteínas e células do 
sistema imune que saem dos vasos sanguíneos e depositam-se nos interstício. *hiperermia ativa 
Transudato: é o edema não inflamatório. É decorrente de uma alteração hemodinâmica. É o 
líquido sem a presença de células imunes. É basicamente somente água. *hiperemia passiva 
 
ORQUESTRAÇÃO DA RESPOSTA INFLAMATÓRIA 
• Reconhecimento de agentes lesivos 
• Recrutamento de células do sistema imune 
• Remoção do agente lesivo 
• Regulação da reposta inflamatória 
• Reparo tecidual 
 
ETAPAS DA RESPOSTA INFLAMATÓRIA 
1- Identificação do antígeno possivelmente hostil por células do hospedeiro (macrófago, 
células dendríticas e mastócitos) 
2- Secreção de mediadores químicos (citocinas) 
3- Indução de alterações hemodinâmicas (vasodilatação dos pequenos vasos sanguíneos) 
4- Recrutamento dos leucócitos circulantes 
5- Ativação dos leucócitos 
6- Tentativa de remoção do patógeno 
FASES DO PROCESSO INFLAMATÓRIO 
 
Fase vascular: marcada pela vasodilatação (aumento do fluxo sanguíneo local -> aumento da 
permeabilidade vascular -> estase vascular) 
• Vasodilatação é abertura da luz do vaso (aumento do calibre) – musculatura lisa relaxa e 
células endoteliais se contraem, aumentando a permeabilidade vascular. Depende de 
mediadores químicos que são substâncias vasoativas (como: histamina) 
• Exsudação: H20 + proteínas (albumina) 
• Leucodiapedese: passagem de leucócitos para o interstício. É importante a participação 
de substâncias químicas (quimiotaxia – efeito atrativo para os leucócitos no local inflamado) 
Fase celular: marcada pela migração de leucócitos e fagocitose. 
➢ Efeito final da inflamação: regeneração (cura) ou reparo (cicatrização). 
➢ Quando a inflamação cessa: presença de citocinas anti-inflamatórias. 
➢ Fase aguda da inflamação: predomínio de neutrófilos (polimorfonucleados) – tempo de 
meia vida de 48hrs. E depois vai ter o predomínio de células mononucleadas (macrófagos) 
 
 
HIPEREMIA ATIVA X PASSIVA 
➢ O edema inflamatório depende do aumento da vasodilatação – mecanismo: hiperemia 
ativa (aumento do volume de sangue na região) 
➢ O aumento da pressão oncótica no interstício favorece ainda mais a formação do edema – 
hiperemia passiva (não é dependente da vasodilatação, tem relação com as forças de 
Starling). 
OBS: Edema não inflamatório – hiperemia passiva apenas 
Resumo: hiperemia ativa (vasodilatação) e hiperemia ativa (forças de Starling) 
 
2 processos nessa imagem: diapedese e formação de exsudato 
O leucócito tem que se aproximar do endotélio vascular (marginação) com a presença de 
proteínas chamadas de seletinas – seguido de rolamento – faz uma adesão em certas proteínas 
como a integrina – para a diapedese acontecer. 
Resumo do processo de diapedese: marginação (expressão das seletinas no endotélio vascular 
que se ligam as moléculas de glicoproteínas expressas no leucócitos) – rolamento – integrinas 
mudam a conformação para as moléculas de adesão (PECAM) e faz diapedese. 
ETAPAS DA DIAPEDESE 
1. marginação (ligação das seletinas – glicoproteínas de superfície do leucócito) 
2. rolamento (ativa as integrinas que se ligam as moléculas de adesão) 
3. adesão (espraiamento do leucócito) 
4. diapedese (passagem dos leucócitos pela proteína PECAM) 
5. Fagocitose 
OBS: Lesão endotelial (cisalhamento) ocorre quando o fluxo não é laminar – formação de 
coágulos (trombose) 
MEDIADORES QUÍMICOS DO PROCESSO INFLAMATÓRIO 
 
 
 
A CASCATA DO ÁCIDO ARACDÔNICO 
 
Final da cascata do ácido araquidônico: liberação de prostaglandinas e leucotrienos (mediadores 
lipídicos) 
 
• Prostaglandinas: depende de cicloxigenases (COX). São produzidas pelos mastócitos, 
macrófagos, células endoteliais e muitos outros tipos celulares, e estão envolvidas nas reações 
vasculares e sistêmicas da inflamação. 
- PGi (biologicamente ativa): vasodilatação 
- Tromboxano (biologicamente ativa): vasoconstrição e agregação plaquetária 
- PGD2 e PGE2: antagonistas do tromboxano – causa vasodilatação e aumenta a 
permeabilidade vascular 
• Leucotrienos: depende de lipoxigenase. São produzidos por leucócitos e mastócitos por meio 
da ação da lipoxigenase e estão envolvidos nas reações vasculares e dos músculos lisos e no 
recrutamento de leucócitos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CONSIDERAÇÕES GERAIS 
• As inflamações recebem o nome do tecido ou órgão comprometido + o sufixo ite (Ex: 
apendicite, pleurite, meningite) 
• São adjetivadas com as características morfológicas: ex: apendicite purulenta (formação de 
pus), pleurite fibrinosa (exsudação de fibrina), inflamação granulomatosa 
A importância do reconhecimento dos padrões morfológicos macro e microscópicos é que 
frequentemente fornecem indícios valiosos sobre a causa básica. 
 
INFLAMAÇÕES EXSUDATIVAS 
• INFLAMAÇÃO AGUDA SEROSA 
- Membranas serosas, pele, corrimento nasal (sem infecção bacteriana sobreposta) 
Características gerais do exsudato 
➢ Límpido a discretamento turvo 
➢ Poucas células inflamatórias 
➢ Baixa concentração de fibrina 
Na pele pode ser dividido em: 
➢ Vesícula (do latim: pequena bexiga): edema de até 5mm de diâmetro no interior (intra) 
ou abaixo da epiderme (subepidérmica) – circunscrita por epitélio de revestimento com 
elevação na superfície. 
➢ Bolha: diâmetro superior a 5mm. 
 
As efusões são acúmulo de líquido em cavidades naturais (ex: peritônio, pleura e pericárdio) 
EFUSÃO SEROSA 
 
EFUSÃO SERO-HEMORRÁGICA 
 
• INFLAMAÇÃO AGUDA MUCOSA OU CATARRAL 
- Ocorre em membranas mucosas 
- Exsudato é viscoso, com alto teor de mucina, cor e celularidade variável (leucócitos na superfície 
das mucosas, com descamação do epitélio e secreção de muco – catarro) 
 
• INFLAMAÇÃO AGUDA FIBRINOSA 
- Exsudato rico em fibrina que se deposita na superfície da serosa 
- Característico de inflamação no revestimento de cavidade corporais, como pericárdio e pleura 
- Película amarelada, com aspecto rugoso ou filamentoso sobre a superfície lisa e brilhante das 
serosas (pericárdio) 
 
• PERICARDITE FIBRINOSA 
 
• INFLAMAÇÃO AGUDA PSEUDOMEMBRANOSA 
- Normalmente de origem bacteriana- ex: difteria e colite membranosa 
- As bactérias produzem toxinas que causam a necrose do epitélio, iniciando os fenômenos de 
exsudação de células e fibrina 
- A fibrina forma uma camada espessa sobre a mucosa, tomando o aspecto de uma membrana 
(pseudomembranosa) 
- Geralmente de aspecto esbranquiçado (rede de fibrina na mucosa) 
 
OBS: diferença de inflamação fibrinosa e inflamação pseudomembranosa: 
- Inflamação fibrinosa- deposito intenso sobre membrana serosa 
- Inflamação pseudomembranosa – necrose precede e o depósito intenso é sobre membrana 
mucosa 
• INFLAMAÇÃO AGUDA PURULENTA (OU SUPURATIVA) 
- Ocorre em qualquer tecido 
- Principal característica: formação de pus (tecido de necrose liquefativa) 
- Agentes causadores: bactériaspiogênicas (Estafilococos e estreptococos) 
- Material viscoso, espesso, turvo, amarelo-esverdeado, constituído de duas partes: 
 - Parte fluída: plasma e produto da liquefação dos tecidos lesados 
 - Parte sólida: piócitos (neutrófilos, macrófagos, eosinófilos) e debris celulares 
 
 
SUBTIPOS DE INFLAMAÇÃO AGUDA PURULENTA 
➢ Empiema: coleção de pus em uma cavidade natural - mais comum é o empiema subdural 
 
OBS: diferença entre empiema e efusão: 
- Empiema: acúmulo de pus em cavidade natural (origem bacteriana) 
- Efusão: acúmulo de líquido não contaminado (seroso) 
➢ Pústula: vesículas preenchidas por pus (superficiais) em pele e mucosas (diâmetro < 5mm) 
 
➢ Abscesso: coleção circunscrita de pus no interior de uma cavidade patológica revestida 
por membrana piogênica em órgãos parenquimatosos (exsudato purulento se acumula na 
cavidade neoformada) 
 
OBS: Na segunda imagem é possivel ver a hiperemia ativa (envolta), área necrótica no centro 
➢ Furúnculo: é um abscesso na derme que afeta o folículo piloso e nas glândulas sebáceas; 
causado por Staphylococcus aureus. 
 
➢ Flegmão: inflamação aguda purulenta difusa que se dissocia e infiltra o tecido conjuntivo, 
sem membrana piogênica (exsudato purulento infiltra os tecidos sem formar cavidade 
patológica) 
 
INFLAMAÇÕES ALTERNATIVAS 
- Alteram a morfologia do tecido 
- Lesão de continuidade 
 
➢ Erosão: perda de continuidade mais superficial que não ultrapassa a musculatura mucosa 
➢ Úlcera: perda de continuidade mais profunda que atinge o tecido conjuntivo 
 
 
INFLAMAÇÃO INESPECÍFICA 
• INFLAMAÇÃO CRÔNICA NÃO GRANULOMATOSA 
- Infiltrado inflamatório difuso - presença de macrófagos, linfócitos e plasmócitos (mononucleares) 
- Pode apresentar fenômenos reparativos com presença de fibroblastos 
- Normalmente, os fenômenos exsudativos são mais brandos 
- Pode haver a presença de fenômenos adaptativos- como hiperplasia e metaplasia 
 
Tecido de granulação (famosa casquinha): presença de angiogênese, infiltrado inflamatório 
mononuclear e presença de fibroblasto. O fator de crescimento envolvido nesse processo é 
VEGF. 
INFLAMAÇÃO ESPECÍFICA 
• INFLAMAÇÃO CRÔNICA GRANULOMATOSA 
- O exsudato inflamatório se organiza de forma a conter o agente lesivo - essa organização é 
denominada granuloma 
- Pode apresentar área central de necrose 
ex: necrose caseosa = granuloma tuberculoso; necrose gomosa = granuloma sifilítico 
- 2 tipos: 
➢ Imunogênico (epitelióide)- induzido por agente infeccioso de difícil resolução. 
- Exsudato contendo muitos linfócitos circundando células epitelióides (seta branca) e 
gigantócitos (seta vermelha); ausência de necrose (típico da doença de Crohn) 
- Linfócitos T ativados + macrófagos ativados em formato gigantócitos - céls de Langhans 
(múltiplos núcleos na periferia) + área de necrose central (típico da tuberculose 
➢ Não imunogênico - induzido pela presença de partículas insolúveis de difícil eliminação. 
- Macrófagos em formato de gigantócitos do tipo corpo estranho (múltiplos núcleos distribuídos 
irregularmente) circundando corpo estranho 
 
 
1- Granuloma imunogênico 2- granuloma não imunogênico 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Conceito: restauração da arquitetura e da função dos tecidos após a lesão. A habilidade de 
reparar o dano causado por agressão toxica e por inflamação é crítica para sobrevivência de um 
organismo. 
- O termo reparo é frequentemente usado para tecidos parenquimatosos e conjuntivos 
- O termo cura é empregado para os epitélios de superfícies 
 
O reparo de tecidos lesados ocorre por meio de dois tipos de reações: 
• Regeneração através da proliferação de células não lesadas e da maturação das células tronco 
teciduais 
• Deposição de tecido conjuntivo para formar uma cicatriz 
PROLIFERAÇÃO CELULAR 
A forma de reparo dos tecidos é determinada por sua capacidade de proliferação intrínseca: 
 
TECIDOS LÁBEIS OU INSTÁVEIS 
Nos tecidos lábeis as células lesadas são rapidamente substituídas por meio da proliferação de 
células residuais e pela diferenciação de células-tronco, contando que a membrana basal 
subjacente esteja intacta. 
- Sistemas linfoides e hematopoiéticos 
Ex: medula óssea, epitélio de superfície – pele, cavidade oral, útero, TGI e urinário 
OBS: esses tecidos podem regenerar-se prontamente após a lesão, desde que tenha uma reserva 
de células tronco. 
TECIDOS ESTÁVEIS 
São capazes de se dividir em resposta a lesão ou a perda de massa tecidual. 
Ex: células parenquimatosas, fígado, rim, células endoteliais, fibroblastos e células musculares 
OBS: Com exceção do fígado, os tecidos estáveis têm capacidade limitada de se regenerar após 
eventuais lesões. 
TECIDOS PERMANENTES 
Capacidade limitada de regeneração. 
Nos tecidos permanentes, o reparo é caracteristicamente realizado pela formação de cicatriz. 
Qualquer capacidade proliferativa que possa existir nesses tecidos é insuficiente para produzir 
regeneração dos tecidos após as lesões. 
Ex: maioria dos neurônios e células do musculo cardíaco 
OBS: o musculo esquelético é classificado como um tecido permanente, mas as células satélites 
atraídas para a bainha endomisial fornecem certa capacidade regenerativa para o musculo. 
 
 
O QUE CONTROLA A PROLIFERAÇÃO CELULAR? 
 
Mediadores químicos pro-inflamatórios: ativam a linhagem M1 dos macrófagos 
Mediadores químicos anti-inflamatórios ativam a linhagem M2 dos macrófagos: diminuição das 
citocinas inflamatórias 
- Sinalizadores: PAMPs e DAMPs 
Obs: quando esses sinalizadores começam a diminuir esses sinalizadores, a resposta inflamatória 
vai atuar. 
 
 
 
- TGB (fibrose), TGA, VEGF (angiogênese), EGF+ 
MATRIZ EXTRACELULAR (MEC) 
Influência o crescimento e a diferenciação celular. Forma: matriz intersticial e membrana basal. 
REGENERAÇÃO 
Conceito: restituição do tecido perdido ou danificado por tecido morfo-funcionalmente idêntico. 
• Proliferação de células não lesionadas 
• Células residuais com capacidade de divisão celular 
• Células tronco teciduais 
• Integridade da matriz extracelular (MEC) 
REGENERAÇÃO HEPÁTICA 
- Proliferação dos hepatócitos remanescentes 
- Contribuição de células progenitoras – nos canais de Hering 
- IL-6 (mediador químico pró-inflamatório) que nesse caso é produzido por células de kupffer 
que estimula a regeneração do fígado. 
 
FORMAÇÃO DE CICATRIZ 
A cicatrização ocorre se a lesão tecidual for grave ou crônica, resultando em dano as células 
parenquimatosas, ao epitélio e a estrutura de tecidos conjuntivos ou se as células que não se 
dividem forem lesadas. 
 
Etapas: (MUITO IMPORTANTE) 
1. Inflamação 
2. Angiogênese 
3. Formação do tecido de granulação 
4. Remodelamento do tecido conjuntivo (maturação e reorganização do TC) – cicatriz 
 
• Macrófagos 
- Eliminar: agentes agressores e tecido morto 
- Fornecer: fatores de crescimento para proliferação celular 
- Secretar: citocinas que estimulam a proliferação de fibroblastos e a síntese e deposição de 
tecido conjuntivo 
• Angiogênese: é o processo de desenvolvimento de novos vasos sanguíneos a partir dos 
vasos sanguíneos existentes. É fundamental no reparo em locais de lesão. 
- NO (óxido nítrico): vasodilatação e abertura da luz vascular 
- VEGF (fator de crescimento endotelial vascular): aumento da permeabilidade endotelial 
vascular, migração e proliferação. 
- Separação dos periquitos da superfície abluminal e quebra da membrana basal, de modo a 
permitir a formação de um broto vascular. 
- Migração de células endoteliais em direção a área de lesão tecidual. 
- Proliferação de células endoteliais logo atras das células migratórias orientadoras (“de ponta”) 
- Recrutamento de células periendoteliais (periquitos para pequenos capilares e células 
musculares lisas para vasos maiores) para formar o vaso maduro 
- Supressão daproliferação, com migração endotelial e deposição da membrana basal. 
As enzimas na MEC, com destaque para as metaloproteinases de matriz (MMPS) e elastases, 
degradam a MEC para permitir o remodelamento e extensão do tubo vascular. 
• Tecido de granulação: a migração e a proliferação de fibroblastos, bem como a deposição 
de tecido conjuntivo frouxo, junto com os vasos e leucócitos entremeados, formam o tecido 
de granulação. 
 
➢ Zona de tecido conjuntivo maduro: porção mais antiga, com presença de cicatriz de 
colágeno, mas ainda é vascularizado 
➢ Zona de proliferação capilar 
➢ Zona de brotos capilares: ocorre a mitose das células endoteliais e onde vão se diferenciar 
permitindo a passagem do sangue. Nessa área os vasos possuem permeabilidade 
aumentada e formam-se arcos anastomóticos. 
➢ Zona de debris necróticos: formada por restos celulares, fibrina e sangue coagulado. 
 
Células envolvidas na cicatrização: células endoteliais, fibroblasto e macrófago. 
Durante a evolução do tecido de granulação os fibroblastos adquirem características especiais 
que os diferem de fibroblastos normais: formam-se filamentos contrateis em seu citoplasma 
sendo responsáveis por contração desse tecido e essas células são conhecidas como 
miofibroblastos. 
CURA DE FERIDAS CUTÂNEAS 
- Envolve tanto a regeneração epitelial quanto a formação de cicatriz de tecido conjuntivo. 
- Com base na natureza e no tamanho da ferida, diz-se que a cura dos ferimentos da pele ocorre 
por primeira ou segunda intenção. 
• CURA DE FERIDAS CUTÂNEAS – POR PRIMEIRA INTENÇÃO (só envolve a primeira camada)
 
- Rápida ativação das vias de coagulação 
- Só atinge a primeira camada 
- A liberação de VEGF leva ao aumento da permeabilidade do vaso e ao edema 
- No prazo de 24 horas, os neutrófilos podem ser vistos na margem da incisão, migrando rumo 
ao coágulo de fibrina. 
- Crosta de ferida 
- 24 ou 48 horas: células epiteliais de ambos os lados já começaram a migrar e proliferar ao longo 
da derme 
- No terceiro dia, os neutrófilos já foram amplamente substituídos pelos macrófagos e, 
progressivamente, o tecido de granulação invade o espaço da incisão. 
- No quinto dia, a neovascularização alcança seu pico. 
- A migração de fibroblastos e proliferação desencadeada por fatores de crescimento 
- Os fibroblastos produzem proteína da MEC, e as fibrilas de colágeno (“cimento biológico”) 
tornam-se mais abundantes. 
- Segunda semana: acúmulo contínuo de colágeno e de proliferação de fibroblastos. O infiltrado 
inflamatório, o edema e o aumento de vascularidade estão substancialmente diminuídos. 
Processo de “empalidecimento” 
- Fim do primeiro mês: a cicatriz compreende um tecido conjuntivo celular em grande parte 
desprovido de células inflamatórias, coberto por uma epiderme essencialmente normal. 
Entretendo, 
Diferença principal entre regeneração e cicatrização: 
-Preservação da lâmina própria: regeneração 
-Lesão de lâmina própria (atinge a submucosa ou a derme): cicatrização 
• CURA DE FERIDAS CUTÂNEAS – POR SEGUNDA INTENÇÃO (envolve outras camadas) 
- Quando a perda de células ou tecidos é mais extensa, como ocorre em grandes feridas, 
abcessos, ulcerações e na necrose isquêmica (infarto) de órgãos parenquimatoso, o processo de 
reparo envolve uma combinação de regeneração e cicatrização. 
- A reação inflamatória é mais intensa, há desenvolvimento abundante de tecido de granulação, 
acúmulo de MEC e formação de uma grande cicatriz, além de uma contração da ferida pela ação 
de miofibroblastos. 
 
ANORMALIDADES NO REPARO 
1. Ulceração 
2. Deiscência 
3. Cicatriz hipertrófica – quelóide 
4. Granulação exuberante 
5. Contração 
 
• Ulceração: formação inadequada de tecido de granulação ou a formação podem levar a 
dois tipos de complicações: feridas que não cicatrizam também se formam em áreas com 
perda de sensibilidade. Essas úlceras neuropáticas são ocasionadas em pacientes com 
neuropatia periférica diabética. 
 
• Deiscência ou ruptura de uma ferida: ex: cirurgia de abdome, vômitos, tosse, 
vascularização inadequada, neuropatia diabética. 
 
• Cicatriza hipertrófica e queloide: são duas condições em que há formação excessiva de 
tecido conjuntivo em cicatriz cutânea. 
➢ Cicatriz hipertrófica: tende a regredir com o tempo 
➢ Queloide: forma tumorações nas áreas de cicatrização, mesmo em feridas 
pequenas, podendo não regredir ou sofrer agressões muito lenta. 
 
• Granulação exuberante: formação excessiva de tecido de granulação, protusão acima do 
nível da pele “carne esponjosa” 
 
 
• Contração de cicatriz:

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