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EMPREGADO E EMPREGADOR 1. Com referência ao conceito de empregador, a CLT nos traz a definição dele assim mencionando: "Considera-se empregador a empresa, individual ou coletiva que, assumindo os riscos da atividade econômica, admite, assalaria e dirige prestação pessoal de serviços". Equipara-se a empregador, para efeitos exclusivos da relação de emprego, os profissionais liberais, as instituições beneficentes, as associações recreativas ou outras instituições sem fins lucrativos, que admitirem trabalhadores como empregados. A CLT dispõe ainda que, sempre que uma ou mais empresas, tendo embora cada uma delas personalidade jurídica própria, estiverem sob a direção, controle ou administração de outra, constituindo grupo industrial, comercial ou de qualquer outra atividade econômica, serão, para os efeitos da relação de emprego, solidariamente responsáveis a empresa principal e a cada uma das subordinadas (CLT art. 1º, §§ 1º e 2º). Verifica-se, então, que empregador é a empresa individual (pessoa física que exerce profissionalmente atividade econômica organizada para a produção ou a circulação de bens e serviços - art.966 CC) e coletiva (sociedade cuja definição encontramos no art. 981 do CC). Celebram contratos de sociedade as pessoas que reciprocamente se obrigam a contribuir, com bens e serviços, para o exercício de atividade econômica e a partilha, entre si, dos resultados. Assim também aqueles, por equiparação, profissionais liberais, instituições beneficentes, associações recreativas ou outras instituições sem fins lucrativos. Também é considerado empregador o grupo de empresas considerado como tal, quando uma ou mais empresas, muito embora tendo cada uma delas personalidade jurídica própria, estiverem, sob a direção, controle ou administração de outra, conforme citado no § 2º do artigo 1º. Tem o empregador algumas características, a saber: assumir riscos de sua atividade. Ou seja, tanto os resultados positivos, como os negativos, esses riscos da atividade econômica não podem ser transferidos para o empregado. O empregador admite o empregado, contrata-o para a prestação de serviços, pagando salários. Isto é, remunerando-o pelo trabalho prestado. Dirige o empregador a atividade do empregado, pois tem o primeiro poder sobre o segundo, estabelecendo, inclusive, normas disciplinares no âmbito da empresa. Este poder de direção abrange: a) utilizar a força de trabalho que o empregado coloca à sua disposição, respeitada a especificação do serviço contratado e os direitos do empregado; b) fiscalização - o empregador dá ordens e acompanha sua execução; c) disciplina, aplicando penalidades. 2. Em relação ao empregado a legislação trabalhista diz que "É considerado empregado toda pessoa física que presta serviços de natureza não-eventual a empregador, sob dependência deste e mediante salário, não havendo distinções relativas à espécie de emprego e à condição de trabalhador, nem entre trabalho intelectual, técnico e manual" (CLT art. 3º, parágrafo único). Portanto, para se constatar a condição de empregado é preciso verificar os seguintes requisitos: b) não-eventualidade na prestação de serviços; c) dependência; d) pagamento de salário; e) prestação pessoal de serviços. O empregado só pode ser Pessoa Física, não sendo possível a ele ser pessoa jurídica. Os serviços prestados por pessoa jurídica são regulados pelo Direito Civil. O serviço prestado pelo empregado deve ser de natureza não-eventual, o trabalho deve ser contínuo, não podendo ser episódico, ocasional. Trata-se de uma continuidade na prestação do serviço. Portanto, a legislação do trabalho ampara apenas o trabalho humano pessoal; os serviços prestados por pessoa jurídica não podem ser objeto de um contrato de trabalho. O empregado também se sujeita à dependência, sendo que o mais correto é a subordinação. A subordinação é o aspecto da relação de emprego visto pelo empregado, enquanto o poder de direção é a mesma acepção vista pelo lado do empregador. O empregado é dirigido pelo empregador, a quem se subordina. Se o trabalhador não é dirigido pelo empregador, mas por ele próprio, é autônomo. A subordinação decorre da situação do contrato de trabalho em que está o sujeito a receber ordens, em decorrência do poder de direção do empregador, do seu poder de comando. Vê-se que o contrato de trabalho é oneroso. O empregado é uma pessoa que recebe salários pela prestação de serviços ao empregador. O contrato de trabalho é pessoal, ou seja, é feito em função de certa e específica pessoa, que é o empregado, não podendo este fazer-se substituir por outra pessoa, em razão do elemento que existe neste contrato. Empregado, portanto, é a pessoa física que presta serviços de natureza contínua ao empregador, pessoalmente, sob subordinação e mediante pagamento de salário. AutônomosEventualAvulsoTemporário Lei nº 8212/1991Lei nº 8212/1991Lei nº 8212/1991Lei nº 6019/1074 Trabalhador Autônomo é a pessoa física que exerce, por conta própria atividade econômica de natureza urbana, com fins lucrativos ou não. O Trabalhador Eventual é a pessoa física contratada apenas para trabalhar em certa ocasião específica, em atividade diversa da atividade-fim do tomador: trocar uma instalação elétrica, consertar o encanamento, etc. Terminado o evento, o trabalhador não irá mais ao local. Trabalhador Avulso são todos os que, sem vínvulo empregatício, prestam, para diversas empresas, serviços de natureza urbana ou rural, com intervenção obrigatória do sindicato da categoria ou órgão gestor de mão-de-obra. O trabalhador temporário é pessoa física contratada por empresa de trabalho temporário, para a prestação de serviçp destinado a atender à necessidade transitória de substituição de pessoal regular e permanente ou a acréscimo extraordinário de tarefas de outras empresas. O trabalhador temporário é empregado da empresa de trabalho temporário, embora preste serviços no estabelecimento do tomador de serviços ou cliente. Não se submete à CLT; não há subordinação; postula seus direitos na Justiça do Trabalho É contratado diretamente pelo tomador do serviço; não há habitualidade; postula seus direitos na Justiça do Trabalho. Ex: chapa, chaveiro, bóia-fria É um trabalhador esporádico; só pode ser contratado com a intermediação de um sindicato.A CF, pelo art. 7º inciso XXXIV, equiparou os avulsos aos empregados no que diz respeito aos seus direitos. Ex: estivador; conferente de carga e descarga; carregador de bagagem em portos A empresa de trabaho temporário coloca-o para trabalhar por um período máximo de 3 meses na empresa tomadora de serviços. È caso de contrato de trabalho por prazo determinado. O Art. 12 da Lei nº 6019/74 estabelece as vantagens aplicáveis ao trabalhador temporário. TRABALHADOR Planilha1 TRABALHADOR ESTÁGIO EMPREGADO Autônomos Eventual Avulso Temporário Estagiário Rural Doméstico Aprendiz Lei nº 8212/1991 Lei nº 8212/1991 Lei nº 8212/1991 Lei nº 6019/1074 Lei 11.788/2008 Lei nº 5889/73 LC nº 1250/2015 Trabalhador Autônomo é a pessoa física que exerce, por conta própria atividade econômica de natureza urbana, com fins lucrativos ou não. O Trabalhador Eventual é a pessoa física contratada apenas para trabalhar em certa ocasião específica, em atividade diversa da atividade-fim do tomador: trocar uma instalação elétrica, consertar o encanamento, etc. Terminado o evento, o trabalhador não irá mais ao local. Trabalhador Avulso são todos os que, sem vínvulo empregatício, prestam, para diversas empresas, serviços de natureza urbana ou rural, com intervenção obrigatória do sindicato da categoria ou órgão gestor de mão-de-obra. O trabalhador temporário é pessoa física contratada por empresa de trabalho temporário, para a prestação de serviçp destinado a atender à necessidade transitória de substituição de pessoal regular e permanente ou a acréscimo extraordinário de tarefas de outras empresas. O trabalhador temporário é empregado da empresa de trabalho temporário, emborapreste serviços no estabelecimento do tomador de serviços ou cliente. Estágio é o ato educativo escolar, supervisionado, desenvolvido no ambiente de trabalho, que visa à preparação para o trabalho produtivo de educandos que estajam frequentando o ensino regular em instituições de educação superior, de educação profissional, de ensino médio, da educação especial e dos anos finais do ensino fundamental, na modalidade profissional da educação de jovens e adultos. O estagiário irá trabalhar para aprender. O estágio não cria vínculo empregatício . Empregado rural é a pessoa física que, em proriedade rural ou prédio rustico, presta serviços com continuidade a empregador rural, mediante dependência e salário. O elemento preponderante para caracterização do empregado é a atividade agroeconômica do empregador. O empregado doméstico presta serviços continuados, subordinados, de forma onerosa e pessoal e de finalidade não lucrativa à pessoa ou à família, para o âmbito residencial destas, por mais de 2 dias por semana. Aprendiz é a pessoa que está entre 14 e 24 anos (art. 428 da CLT) e que irá se submeter à aprendizagem, salvo o deficiente. A aprendizagem é um contrato de trabalho especial, ajustado por escrito e por prazo determinado, devendo o empregado ser registrado desde o primeiro dia de trabalho. O contrato de aprendizagem não poderá ultrapassar o prazo de dois anos. Não se submete à CLT; não há subordinação; postula seus direitos na Justiça do Trabalho É contratado diretamente pelo tomador do serviço; não há habitualidade; postula seus direitos na Justiça do Trabalho. Ex: chapa, chaveiro, bóia-fria É um trabalhador esporádico; só pode ser contratado com a intermediação de um sindicato.A CF, pelo art. 7º inciso XXXIV, equiparou os avulsos aos empregados no que diz respeito aos seus direitos. Ex: estivador; conferente de carga e descarga; carregador de bagagem em portos A empresa de trabaho temporário coloca-o para trabalhar por um período máximo de 3 meses na empresa tomadora de serviços. È caso de contrato de trabalho por prazo determinado. O Art. 12 da Lei nº 6019/74 estabelece as vantagens aplicáveis ao trabalhador temporário. Estagiário não é empregado; no estágio, o estagiário deverá aplicar na prática o que aprende na escola. O estágio tem por objetivo a formação profissional do estagiário, tendo finalidade pedagógica, embora haja pessoalidade, subordinação, continuidade e uma forma de contraprestação. A CF/88 igualou os direitos dos trabalhadores urbanos e rurais. Não se aplica a CLT ao empregado rural, salvo se houver determinação em sentido contrário (art. 7º, b, da CLT) Ex: mordomo, cozinheira, motorista, jardineiro O Aprendiz, diferentemente do estagiário, será sempre empregado, tendo contrato de trabalho (uma espécie de contrato de trabalho especial) ESTÁGIO EstagiárioRuralDomésticoAprendiz Lei 11.788/2008Lei nº 5889/73LC nº 1250/2015 Estágio é o ato educativo escolar, supervisionado, desenvolvido no ambiente de trabalho, que visa à preparação para o trabalho produtivo de educandos que estajam frequentando o ensino regular em instituições de educação superior, de educação profissional, de ensino médio, da educação especial e dos anos finais do ensino fundamental, na modalidade profissional da educação de jovens e adultos. O estagiário irá trabalhar para aprender. O estágio não cria vínculo empregatício . Empregado rural é a pessoa física que, em proriedade rural ou prédio rustico, presta serviços com continuidade a empregador rural, mediante dependência e salário. O elemento preponderante para caracterização do empregado é a atividade agroeconômica do empregador. O empregado doméstico presta serviços continuados, subordinados, de forma onerosa e pessoal e de finalidade não lucrativa à pessoa ou à família, para o âmbito residencial destas, por mais de 2 dias por semana. Aprendiz é a pessoa que está entre 14 e 24 anos (art. 428 da CLT) e que irá se submeter à aprendizagem, salvo o deficiente. A aprendizagem é um contrato de trabalho especial, ajustado por escrito e por prazo determinado, devendo o empregado ser registrado desde o primeiro dia de trabalho. O contrato de aprendizagem não poderá ultrapassar o prazo de dois anos. Estagiário não é empregado; no estágio, o estagiário deverá aplicar na prática o que aprende na escola. O estágio tem por objetivo a formação profissional do estagiário, tendo finalidade pedagógica, embora haja pessoalidade, subordinação, continuidade e uma forma de contraprestação. A CF/88 igualou os direitos dos trabalhadores urbanos e rurais. Não se aplica a CLT ao empregado rural, salvo se houver determinação em sentido contrário (art. 7º, b, da CLT) Ex: mordomo, cozinheira, motorista, jardineiroO Aprendiz, diferentemente do estagiário, será sempre empregado, tendo contrato de trabalho (uma espécie de contrato de trabalho especial) EMPREGADO Planilha1 TRABALHADOR ESTÁGIO EMPREGADO Autônomos Eventual Avulso Temporário Estagiário Rural Doméstico Aprendiz Lei nº 8212/1991 Lei nº 8212/1991 Lei nº 8212/1991 Lei nº 6019/1074 Lei 11.788/2008 Lei nº 5889/73 LC nº 1250/2015 Trabalhador Autônomo é a pessoa física que exerce, por conta própria atividade econômica de natureza urbana, com fins lucrativos ou não. O Trabalhador Eventual é a pessoa física contratada apenas para trabalhar em certa ocasião específica, em atividade diversa da atividade-fim do tomador: trocar uma instalação elétrica, consertar o encanamento, etc. Terminado o evento, o trabalhador não irá mais ao local. Trabalhador Avulso são todos os que, sem vínvulo empregatício, prestam, para diversas empresas, serviços de natureza urbana ou rural, com intervenção obrigatória do sindicato da categoria ou órgão gestor de mão-de-obra. O trabalhador temporário é pessoa física contratada por empresa de trabalho temporário, para a prestação de serviçp destinado a atender à necessidade transitória de substituição de pessoal regular e permanente ou a acréscimo extraordinário de tarefas de outras empresas. O trabalhador temporário é empregado da empresa de trabalho temporário, embora preste serviços no estabelecimento do tomador de serviços ou cliente. Estágio é o ato educativo escolar, supervisionado, desenvolvido no ambiente de trabalho, que visa à preparação para o trabalho produtivo de educandos que estajam frequentando o ensino regular em instituições de educação superior, de educação profissional, de ensino médio, da educação especial e dos anos finais do ensino fundamental, na modalidade profissional da educação de jovens e adultos. O estagiário irá trabalhar para aprender. O estágio não cria vínculo empregatício . Empregado rural é a pessoa física que, em proriedade rural ou prédio rustico, presta serviços com continuidade a empregador rural, mediante dependência e salário. O elemento preponderante para caracterização do empregado é a atividade agroeconômica do empregador. O empregado doméstico presta serviços continuados, subordinados, de forma onerosa e pessoal e de finalidade não lucrativa à pessoa ou à família, para o âmbito residencial destas, por mais de 2 dias por semana. Aprendiz é a pessoa que está entre 14 e 24 anos (art. 428 da CLT) e que irá se submeter à aprendizagem, salvo o deficiente. A aprendizagem é um contrato de trabalho especial, ajustado por escrito e por prazo determinado, devendo o empregado ser registrado desde o primeiro dia de trabalho. O contrato de aprendizagem não poderá ultrapassar o prazo de dois anos. Não se submete à CLT; não há subordinação; postula seus direitos na Justiça do Trabalho É contratado diretamente pelo tomador do serviço; não há habitualidade; postula seus direitos na Justiça do Trabalho. Ex: chapa, chaveiro, bóia-fria É um trabalhador esporádico; só pode ser contratado com a intermediação de um sindicato.A CF, pelo art. 7º inciso XXXIV, equiparou os avulsos aos empregados no que diz respeito aos seus direitos.Ex: estivador; conferente de carga e descarga; carregador de bagagem em portos A empresa de trabaho temporário coloca-o para trabalhar por um período máximo de 3 meses na empresa tomadora de serviços. È caso de contrato de trabalho por prazo determinado. O Art. 12 da Lei nº 6019/74 estabelece as vantagens aplicáveis ao trabalhador temporário. Estagiário não é empregado; no estágio, o estagiário deverá aplicar na prática o que aprende na escola. O estágio tem por objetivo a formação profissional do estagiário, tendo finalidade pedagógica, embora haja pessoalidade, subordinação, continuidade e uma forma de contraprestação. A CF/88 igualou os direitos dos trabalhadores urbanos e rurais. Não se aplica a CLT ao empregado rural, salvo se houver determinação em sentido contrário (art. 7º, b, da CLT) Ex: mordomo, cozinheira, motorista, jardineiro O Aprendiz, diferentemente do estagiário, será sempre empregado, tendo contrato de trabalho (uma espécie de contrato de trabalho especial)
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