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Ascaris lumbricioides Ascaríase é o parasitismo desenvolvido no homem por um grande nematóides, Ascaris lumbricoides. Em 1947, Stoll calculou que 30% da população mundial albergavam o parasito. Na maioria dos casos a infecção é leve e clinicamente benigna. As crianças pequenas são as mais atingidas. Os áscaris são vermes longos, cilíndricos e com extremidades afiladas. Macho e fêmea apresenta diferenças morfológicas e de tamanho. As fêmeas (20- 35 cm) são maiores e mais grossas, tendo a parte anterior retilínea ou ligeiramente encurvada. Os machos (12-20 cm) são facilmente reconhecíveis pelo enrolamento ventral, espiralado, de sua extremidade caudal. Localizam-se de preferência no duodeno ou no jejuno. Mas nas infecções intensas, todo o intestino delgado é povoado. Os vermes adultos utilizam os materiais semidigeridos e outros, contidos geralmente em abundância na luz intestinal. Os áscaris mantêm-se em atividade continua, movendo-se contra a corrente peristáltica. Algumas vezes fixam-se momentaneamente à mucosa, por meio de seus lábios. Migrações mais extensas dos vermes adultos podem ocorrer, de preferência nas crianças fortemente parasitadas, não sendo muito rara a eliminação de vermes pela boca ou pelas narinas. Quando ocorre a fecundação são postos pelo helminto, os ovos férteis, que contém célula germinativa não-segmentada, com cor castanha, forma arredondada, dupla membrana e membrana externa mamilonada. As fêmeas não-fecundadas podem eliminar ovos inférteis que são incapazes de uma evolução posterior. O ovo infértil tem forma alongada, uma dupla membrana, membrana externa mamilonada e irregular e citoplasma granuloso. O embrionamento dos ovos dá-se no meio exterior e requer a presença de oxigênio, pois nesta fase o parasito queima suas reservas lipídica e apresenta metabolismo aeróbio. Outros fatores que influenciam no desenvolvimento larvário são a temperatura e umidade. Depois de um período de 15 dias, o ovo se transforma em L1, depois de um período de uma semana, sofre a maturação e transforma-se em L2, só depois desse processo se transforma em L3 e está pronto para infectar. São super resistente e sobrevivem de 1-2 anos no ambiente. -Infecção Para a infecção ocorrer pela ingestão ou deglutição do ovo do tipo L3, sofrem eclosão e liberam a larva contaminante. Começa com a invasão na mucosa intestinal, ao nível do cécum, e penetrar na circulação sanguínea ou linfática. Quer através do sistema porta intra-hepático e veia cava inferior, quer através do canal torácico e veia cava superior, as larvas chegam ao coração direito e são levadas para o pulmão. No pulmão, onde chegam 4 a 5 depois da ingestão dos ovos, as larvas do segundo estágio encontram o meio favorável para continuar sua evolução. Por volta do oitavo ou nono dia, sofrem a segunda muda, transformando-se em larva de terceiro estádio. Nesta fase, atravessam a parede que separa os capilares das cavidades alveolares e, nos alvéolos pulmonares, realizam sua terceira muda. Chegando aos bronquíolos, os parasitos passam a ser arrastado com o muco pelos movimentos ciliares da mucosa. Sobem pela traqueia e laringe, para serem finalmente deglutidos com as secreções brônquicas e alcançarem passivamente o estômago e o intestino. No intestino dá-se a quarta e última muda, que os transforma em adultos jovens. O desenvolvimento sexual completa-se em cerca de dois meses e, em geral, aos dois meses e meio as fêmeas começam a pôr ovos. Resistência No intestino a longevidade pode ser de 1 a 2 anos 1 a cada 6 pessoas tem manifestações clínicas A mudança de temperatura pode afetar na resistência É sua destruição pode acontecer com sabão neutro. O sistema imunológico responde vigorosamente à presença de larvas de segundo ou terceiro estágio, em migração pelos tecidos do hospedeiro, e elabora anticorpos específicos contra os antígenos decretados ou liberados por ocasião das ecdises. As larvas de estágios posteriores e os vermes adultos são menos antigênicos e estimulam apenas a produção de anticorpos não-funcionais, isto é, de anticorpos que não protegem o organismo hospedeiro contra reinfecções, mas constituem bons indicadores do parasitismo, como fixadores de complemento, as precipitinas e as aglutininas. A resposta imunológica na ascaríase é antes alérgica que protetorado e envolve elevadas concentrações de IgE no soro, desgranulação de mastócito, urticária transitória e problemas respiratórios Síndrome de Loeffer Bastante comum em crianças, há febre, tosse e eosinofilia sanguínea elevada que persiste por muito dias. O exame radiológico mostra os campos pulmonares semeados de pequenas manchas isoladas que desaparecem espontaneamente. Nos indivíduos com hipersensibilidade, mesmo um pequeno número de larvas é capaz de desencadear processos pulmonares e, especialmente asma. Alguns parasitas que tem em seu ciclo de vida a necessidade de maturação das larvas no pulmão como: Stroonglyoides stercoralis, Ancylostoma duodenale, Toxocara canis e Ascaris lumbricoise. Ciclo pulmonar da larva, alguns pacientes apresentam manifestações pulmonares: Tosse seca (ou produtiva) Broncoespasmo Dispneia Sibilos Desconforto retroesternal O quadro clínico é brando e efêmero; eosinofilia (10-30%), que costuma ceder ou diminuir após o término do ciclo pulmonar larvário. Caso assintomáticos são muito comum em adultos. Os sintomas são irritabilidade, desconforto abdominal, dor epigástrica, cólicas intermitentes e má digestão Complicações na fase crônica A ação irritativo desenvolvida pelos vermes diretamente sobre a parede intestinal e seu acúmulo em volumosos novelos conduzem algumas vezes à produção de espasmos e de obstrução intestinal, peritonite com ou sem perfuração do intestino, volvo ou intussucepção Em crianças fortemente parasitadas, uma obstrução ao nível da válvula ileocecal pode ocorre espontaneamente ou em seguida a um tratamento anti-helmíntico. Localização ectópica O verme adulto tem uma grande temdencia de explorar cavidades levando eventualmente a penetra do apêndice cecal. Pode invadir o fígado e produzir um abcesso hepático. Pode invadir também as vias biliares simulando os quadros de colecistite, de colelitíase. O pâncreas pode ser afetado produzindo pancreatite aguda, na maioria das vezes fatal. O estômago também pode ser invadido por tal parasita. * O ovo L3 é resistente ao suco gástrico e precisa do HCl para completar o ciclo Diagnóstico Métodos de suspensão, como o de Faust (para ovos férteis) Sedimentação de Lutz ou de Hoffman (para ovos inférteis) EPF- o diagnóstico é feito pelo encontro de ovos nas evacuações do paciente. Tratamento Albendazol (ovocida, larvicida e vermicida) Mebendazol Ivermectina Tais drogas não são indicadas para casos complicados, podem causar agitação, antes de matar o verme, não sendo seguro Para casos de obstrução intestinal Citrato de piperazina Ecologia e epidemiologia Higiene e as condições e vida são precárias Ascaridíase é a verminose mais frequente no mundo. As populações de baixo rendimento socioeconômico estão mais propensas a conviverem com más condições de higiene e saneamento básico, apresentando uma prevalência mais alta. Controle e educação sanitária A repetição periódica dos tratamentos é indispensável Reduzir a poluição do solo e as reinfecções em cada domicílio Lavar frutas e verduras consumidos crus
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