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EMERGÊNCIAS OBSTÉTRICAS Discentes: Lilian Garcia, Lorena Leão, Lua-Naya, Maria Carvalho, Matheus Libarino, Thais Santana e Yuri Lisboa Docente: Cristiane Disciplina: Habilidades Médicas VII ITABUNA-BA NOVEMBRO-2021 Prolapso do cordão Umbilical Prolapso do cordão umbilical O prolapso de cordão é uma condição na qual o cordão umbilical se encontra numa posição em frente à parede da apresentação fetal. Procidência x prolapso: Procidência é a presença do cordão antes da apresentação, estando o saco ameniótico íntegro, e prolapso se o cordão apresentar-se após a amniorrexe. Prolapso do cordão umbilical Fatores de risco: Multiparidade, amniorrexe prematura, placenta baixa, polidraminio, gemelaridade, apresentação pélvica( sobretudo córmica), prematuridade e cordão longo. Diagnóstico: Quando há prolapso, consegue-se palpar o cordão na vagina e, às vezes, ele ultrapassa a vulva. Durante o exame deve-se tomar cuidado para não aumentar o prolapso, principalmente durante a tentativa de reconhecer o pulso das artérias umbilicais. OBS! Sempre deve-se estabelecer o diagnóstico da vitalidade fetal. Prolapso do cordão umbilical Prolapso do cordão umbilical Conduta: O fator determinante do sucesso do tratamento é o tempo transcorrido entre o diagnóstico e a resolução da gestação. Portanto, o prolapso de cordão deve ser manejado como uma emergência obstétrica e a conduta deve ser o parto cesáreo. A monitorização da frequência cardíaca fetal deve ser contínua, até a realização do parto. EMBOLIA DO LIQUÍDO AMINIÓTICO DEFINIÇÃO A embolia por líquido amniótico é uma entidade clínica rara, muitas vezes fatal, caracterizada pela entrada de componentes do líquido amniótico na circulação materna e a liberação de vários mediadores endógenos primários e secundários, que promovem suas principais alterações fisiopatológicas. FATORES DE RISCO Idade materna > 35 anos Cesariana ou parto vaginal instrumentado Polidramnio Laceração cervical ou rotura uterina Placenta prévia Eclampsia ou angustia fetal FISIOPATOLOGIA A entrada de LA na circulação materna provavelmente se dá através das veias endocervicais, do sítio de inserção placentária ou do local de trauma uterino. Fenômenos imunológicos, devido à ativação do complemento, consumo de C3 e C4 circulatórios, com a consequência de colapso pulmonar As alterações da ELA sobre o tecido pulmonar decorrem da presença de componentes do LA na circulação sistêmica, o que promove a liberação de mediadores endógenos primários e secundários, que medeiam a resposta imunoinflamatória. Vasoconstrição e aumento transitório da resistência vascular pulmonar Inotropismo miocárdico com insuficiência ventricular esquerda, aumento do edema pulmonar e hipotensão sistêmica Resposta neurológica à alteração hemodinâmica e respiratória, que pode incluir náuseas, confusão ou coma FISIOPATOLOGIA MANIFESTAÇÕES CLINICAS Apresenta-se clinicamente como colapso cardiovascular agudo e repentino, hipotensão arterial sistêmica, arritmia cardíaca, cianose, dispneia ou falência respiratória, edema pulmonar ou síndrome da angústia respiratória do adulto (SARA), alteração do estado mental, e hemorragia. Separadamente ou em combinação, em diferentes níveis de gravidade Constituem premonição de ELA o surgimento de dispneia, precordialgia, sensação de frio, escotomas visuais, ansiedade extrema, pânico, disestesia em dedos das mãos, náuseas e vômitos DIAGNÓSTICO Suspeita-se de ELA quando a parturiente apresenta a sintomatologia assinalada na ausência de outra condição médica que a justifique Pode haver leucocitose Aumento do tempo de protrombina e do tempo de tromboplastina parcial ativa e diminuição do nível de fibrinogênio. C3 e C4 do complemento diminuem As enzimas cardíacas podem estar elevadas e a gasometria arterial poderá evidenciar hipoxemia As alterações radiológicas do tórax mais comuns consistem em áreas homogêneas e/ou heterogêneas, com aumento da opacidade, bilateralmente difusas, semelhantes ao edema agudo de pulmão de outra causa etiológica TRATAMENTO Suporte diretamente relacionado à oxigenação, ao débito cardíaco, à pressão sanguínea e à correção da coagulopatia Em caso de PCR materna, a RCP imediatamente e, se a idade gestacional permitir, considerar a realização de parto cesariano O objetivo inicial do tratamento é a rápida correção da instabilidade hemodinâmica materna, que inclui o tratamento da hipóxia e da hipotensão A hemorragia obstétrica deve ser prevenida de forma agressiva por tamponamento do útero com balão, podendo se tornar alternativa a embolização da artéria uterina A correção da coagulopatia pode ser feita com o uso de plasma fresco congelado, concentrado de hemácias e plaquetas. Retenção e acretismo placentário Retenção Placentária Definição: Quando não ocorrer a dequitação da placenta em 30 minutos Aumenta o risco de hemorragias Fatores etiopatogênicos: Deslocamento retardo Encarceramento da placenta Retenção de fragmentos Pode ocorrer quando o útero se contrai insuficientemente; Aderências placentárias adquirem caráter anatômico anormal. Deslocamento Retardado Acontece em casos de perturbações da contração uterina localizadas no segmento (anéis de constrição); A contração espasmódica do orifício cervical, logo após o parto, aprisiona a placenta no corpo uterino; O toque vaginal encontra anel espessado e tenso. Encarceramento Retenção de membranas, principalmente quando quando o mecanismo do secundamento é do tipo Baudelocque-Schultze. Retenção de cotilédones surge com mais frequência na extração manual da placenta. Consequência da retenção desses fragmentos Hemorragia. Para o diagnóstico, é fundamental o exame circunstanciado da placenta delivrada, que certifica ou não a sua integridade. Retenção de fragmentos placentários Deve-se individualizar, levar em consideração o estado hemodinâmico e conduzir de 2 formas: Tratamento da hemorragia: reposição volêmica, cristaloides, PCR. Tratamento da retenção: Ocitocina, Manobra de Credé, Extração manual e Histerectomia. Tratamento Inversão uterina aguda O que é? Trata-se da invaginação do fundo uterino, em formato de dedo de luva, que pode alcançar o segmento inferior, ultrapassá-lo, chegar à vagina (inversão parcial) e surgir fora da vulva (inversão total). Montenegro, 2017 Inversão uterina aguda Frequência rara; Inesperado e grave; Antes, durante ou após descolamento e expulsão da placenta; Espontâneo; Erros de conduta na assistência ao terceiro período; Montenegro, 2017 Etiologia Montenegro, 2017 Atonia uterina Esvaziamento súbito Expressão violenta Tração exagerada do cordão umbilical Espontânea ou recidivante Quadro clínico e diagnóstico Diagnóstico: fuga da matriz + choque + hemorragia Montenegro, 2017 Fundo de útero deprimido Desaparecimento do corpo no abdome Massa uterina na vagina ou fora dela Tratamento Profilaxia: obediência aos bons preceitos de assistência ao secundamento; Manobra de taxe; Operação de Huntington; Montenegro, 2017 Manobra de taxe “mão apreende o órgão, enquanto os dedos distendem a porção constritora e a palma faz pressão ao empurrar para cima o corpo invertido, seguindo a direção do eixo da pelve” Montenegro, 2017 Operação de Huntington “preensão da zona invertida, por meio de pinças de garra aplicadas a cada lado do rebordo que limita a zona invaginada; traciona-se o útero para cima, colocando-se outras pinças mais embaixo, e assim sucessivamente, até a desinversão total do órgão” tamponamento (colunização) vaginal cerrado durante algumas horas ou cateter-balão Montenegro, 2017 Copyrights apply HEMORRAGIA PÓS-PARTO (HPP) Hemorragia pos parto Definição Perda sanguinea acima de 500ml apos parto vaginal ou acima de 1000ml por cesárea em 24 horas ou perda capaz de causar instabilidade hemodinamica Considera-se maciça quando: é superior a 2000ml ou precise de transfusão de 1200ml, ou queda de hb≥4g/dl Classificação Primária: primeiras 24 horas após parto: atonia(principal