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Agentes Hematopoieticos, hemostáticos e anticoagulantes
Hematopoiese: 
Processo iniciado por células tronco 
indiferenciadas que formam células do sangue 
(glóbulos brancos, glóbulos vermelhos e 
hemácias) e plaquetas. Este processo ocorre na 
medula óssea. Existe a hematopoiese pré-natal e 
a pós-natal; na vida intra-ulterina, a primeira 
estrutura hematopoiética de um mamífero é o 
saco vitelineo (a medida que o feto vai se 
desenvolvendo dá lugar a hematopoiese 
realizada por fígado, baço e medula óssea), 
quando o indivíduo nasce, todos os ossos do 
corpo passam a realizar hematopoiese na medula 
óssea, e na medida que o indivíduo vai crescendo 
e desenvolvendo somente ossos longos (nas 
epifases), ossos chatos e o esterno, passam a 
realizar a hematopoiese na medula óssea. No 
entanto, em algumas situações, como em casos 
de anemia grave, ocorre a hematopoiese 
extramedular, isto é a medula óssea não 
consegue produzir as células do sangue que o 
organismo precisa, portanto, órgãos como fígado, 
baço e rim, voltam com a função hematopoiética 
de forma compensatória. Para que a 
hematopoiese ocorra de forma eficiente, são 
necessários alguns elementos, sendo elas a 
vitamina B9 (ácido fólico) e a vitamina B12 
(cianocobalamina) e de fatores de crescimento 
hematopoiéticos que são proteínas que regulam 
o processo de diferenciação e proliferação das 
células do sangue. 
O sistema hematopoiético é formado por medula 
óssea, linfonodos, timo e sangue. Os órgãos 
complementares são baço, fígado e rins. Este 
sistema garante a produção de células do sangue 
para o organismo de forma que essas células 
garantirão o transporte de oxigênio, a defesa do 
organismo e o reparo de tecidos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Eritropoese: 
Processo biológico dentro da hematopoiese. 
Refere-se somente a formação de hemácias pela 
medula óssea (pós-natal). O controle do processo 
eritropoetico é feito pela eritropoetina 
(hormônio) e regulado por vitaminas e minerais. 
A função principal da eritropoiese é garantir a 
quantidade necessária de hemácias ao organismo 
para que haja o transporte eficiente de oxigênio 
dos pulmões para os tecidos. Em determinadas 
situações (como em hipóxia- concentração baixa 
de oxigênio), pode haver o estímulo da 
eritropoiese, consequentemente nessas situações 
haverá uma produção mais acelerada de 
hemácias pela medula óssea, para aumentar a 
capacidade de transporte de oxigênio. A 
estimulação da eritropoiese é uma adaptação do 
organismo a longo prazo, em situações de 
hipoxia, o organismo abre mão de mecanismos 
compensatórios a curto prazo, como aumento da 
FC, da FR, vasoconstrição, aumento do volume de 
sangue ejetado pelo coração, no entanto, não são 
mecanismos que se sustentam por muito tempo. 
A eritropoiese é um mecanismo de longo prazo 
porque é demora cerca de 48h para se 
estabelecer, e a partir do 3° ao 5° dia a 
eritropoiese atinge seu pico, isto é, a máxima 
produção de hemácias pela M.O. Este estímulo 
ocorre principalmente em situações de hipóxia 
renal, porque a eritropoietina é produzida nos 
rins, e em casos de hipóxia este hormônio é 
produzido em maior quantidade, chegará a M.O. 
A eritropoietina é produzida por células do córtex 
renal e em situações de alterações de tensão de 
oxigênio no organismo, como anemia, situação 
de isquemia, essas células produzem mais 
eritropoietina. Na M.O, a eritropoietina estimula 
a diferenciação, a maturação e a proliferação dos 
precursores dos eritrócitos, fazendo com que o 
tempo de maturação das hemácias seja 
encurtado, caindo mais rapidamente na corrente 
sanguínea os reticulócitos (hemácias imaturas, 
mas que rapidamente acaba o processo de 
maturação) 
 
 
 
 
 
 
 
Homeostasia: 
É a capacidade do próprio organismo, ou de um 
sistema se auto-regular, fazendo com que ele se 
mantenha em estado de equilíbrio de 
características físico-químicas. A eritropoiese 
contribui com a homeostasia do organismo 
através de 3 fatores: 
➔ Quantidade de O2 que chega as células 
➔ Produção e liberação de eritropoetina 
➔ Centros eritropoéticos da medula óssea 
(lugares específicos da M.O onde a EPO 
age estimulando a diferenciação e a 
proliferação de células do sangue, 
especificamente das hemácias). 
 
 
É um hormônio glicoproteico produzido pelos rins 
(90%, pelas células corticais) e pelo fígado (10% 
especialmente na vida pré-natal). Controla a 
diferenciação, proliferação e sobrevivência de 
precursores eritroides. Quando há situações de 
hipóxia, tem que aumentar a eritropoietina 
produzida, principalmente pelos rins, isso fará 
com que haja menor tempo de maturação de 
precursores eritroides na M.O, para que haja 
maior liberação de reticulócitos na circulação, 
para que haja maior transporte de O2 na 
circulação e se combata a situação de hipóxia. 
Portanto, os níveis séricos da eritropoietina estão 
relacionados com a baixa tensão de O2. As duas 
funções primárias da EPO são manter a 
concentração de eritrócitos constantes e em 
casos de desequilíbrio (baixa concentração de 
eritrócitos) acelerar a sua reposição. 
 
 
 
 
 
 
O fígado como um órgão auxiliar na produção de 
eritropoietina, situação de hipoxia libera nos rins 
a enzima de fator eritropoético renal que cai na 
circulação e chega no fígado e atua sobre o 
eritropoetinogênio, que é inativo no fígado, que 
com tal fator este se transforma na EPO. 
Deve haver um mecanismo de feedback negativo 
para que a produção da EPO seja reduzida, para 
isso existe o fator indutor de hipóxia (é sensível 
as elevadas concentrações de oxigênio), quando 
isto ocorre o fator indutor de hipóxia é ativado e 
nos rins, inibe a transcrição do gene responsável 
pela codificação de EPO nos rins, evitando 
problemas cardiovasculares como viscosidade 
sanguínea elevada, hipertensão e 
tromboembolismo. 
Há alguns agentes que ativam, aumentam ou 
diminuir a EPO. Eritropoetina (EPO) 
Hormônios andrógenos são estimulantes de EPO, 
enquanto hormônios estrógenos são inibidores 
de EPO, por este motivo os mamíferos machos 
possuem maior quantidade de hemácias em 
relação as fêmeas. 
 
 
É importante na eritropoiese para a produção da 
molécula heme, um dos componentes da 
hemoglobina (constituinte da hemácia). O núcleo 
do anel hêmico é constituído por Fe, juntamente 
com as cadeias globina formam a hemoglobina. 
Cada hemácia é constituída por 1 hemoglobina 
com 4 moléculas heme (4 átomos de Ferro 
ferroso (Fe⁺²)) é no átomo de ferro que o O2 irá 
ligar para que haja o transporte de O2 pelas 
hemácias. Logo, há uma fixação reversível de O2 
na hemoglobina para ser transportada dos 
pulmões para os tecidos. 
Em situações de baixa concentração de Fe no 
organismo, pode ocorrer uma anemia ferropriva, 
que acomete principalmente leitões e bezerros, 
apesar da doença nutricional ser raro, é comum 
em neonatos, visto que o leite materno é pobre 
em ferro. A deficiência de Fe no organismo 
também pode ser por processos hemorrágicos; o 
uso crônico de anti-inflamatório não esteroidais 
que causam danos severos como úlceras na 
mucosa gástrica, gerando sangramento pode 
provocar deficiência de Fe; a deficiência de Cu, 
também pode levar a deficiência de Fe, porque o 
Cu auxilia na absorção do Fe na dieta. 
 
 
Cianocobalamina, trata-se de um cofator 
essencial para diversos processos, como na 
maturação do núcleo, tendo em visto que é 
essencial na formação da molécula de DNA e 
RNA, consequentemente, a deficiência de B12 
pode causar transtornos hematológicos, 
neurológicos e cardiovasculares. Especificamente 
na M.O, a deficiência da vit. B12 causa uma 
menor produção de hemácia, 
consequentemente, menor liberação de 
hemácias pela M.O no sangue, por causar uma 
maturação incorreta de eritrócitos e menos 
proliferação. A manifestação clínica, decorrente 
da deficiência é pela anemia perniciosa,que é um 
tipo de anemia megaloblástica, porque são 
formadas células maiores, com núcleo imaturo e 
membrana fina, frágil e essas células são 
chamadas de megaloblásticos, devido ao seu 
processo de maturação incorreta vive menos 
tempo no organismo, consequentemente o 
individuo ao longo do tempo tem um menor 
aporte de O2 sendo transportado através do seu 
organismo. 
A absorção da vit.B12 da dieta está intimamente 
relacionada com o fator intrínseco gástrico, uma 
glicoproteína de transporte produzidas pelas 
células parietais gástricas que quando, temos a 
vit. B12 dentro do trato gastrointestinal, o fator 
intrínseco irá se ligar a vit.B12 irá formar um 
complexo para a vit.B12 ser mais facilmente 
absorvida pela mucosa do trato gastrointestinal, 
ao ser absorvido, na circulação sanguínea, o fator 
intrínseco + vit.B12, será transportado pela beta-
globulina, que leva a vit. B12 até os tecidos do 
corpo, inclusive até o fígado, local de maior 
armazenamento de vit.B12. As principais causas 
de carência da cianocobalamina, estão assoadas a 
afecção no trato gastrointestinal, inclusive devido 
ao uso de medicamentos que controlam, 
reduzem a produção de suco gástrico, como os 
bloqueadores de receptores H2 (ranitidina) e 
inibidores da bomba de prótons (omeprazol). 
 
 
O ácido fólico é essencial na síntese de moléculas 
de RNA e DNA, por ser um dos formadores das 
moléculas de purina e pirimidina. A deficiência 
também produz anemia megaloblástica, no 
entanto, não há transtornos neurológicos, é difícil 
diferenciar uma anemia causada pela deficiência 
de B12 ou B9. Mas as reservas de vit. B9 são 
Ferro 
Vitamina B12 
Vitamina B9 
muito mais limitadas que as de vit. B12, a anemia 
causada pela deficiência B9, costuma a aparecer 
mais rapidamente, a evolução clínica é mais 
rápida. É recomendado suplementar 
dieteticamente o indivíduo com anemia 
megaloblástica tanto com vit. B12 quanto vit. B9. 
Anemia: 
Pode ser definida como diminuição do número de 
hemácias circulantes ou diminuição na produção 
de hemácias. A anemia é um sinal clínico de uma 
condição primária e a evolução clínica do quadro 
de anemia vai depender dentre outras coisas de 
qual é essa doença primária que gerou a anemia. 
É necessária uma análise laboratorial para que 
seja avaliado determinados parâmetros do 
sangue do animal, como o total de hemácias, o 
total de hemoglobina e o hematócrito (massa de 
hemácias em relação ao volume total de sangue), 
através disso o MV, analisa outros parâmetros 
VCM (volume corpuscular médio), HCM 
(hemoglobina corpuscular média) e CHCM 
(hemoglobina corpuscular média). Através desses 
parâmetros é possível categorizar a anemia em 
três diferentes. 
Tratamento antianêmico: 
 
 
 Para que o tratamento seja mais acurado para o 
paciente, é necessário definir o tipo de anemia. 
Em linhas gerais, a hemoterapia é indicada em 
todo e qualquer caso de perda aguda, repentina, 
de grande volume de sangue ou em casos de 
choque hemorrágico grave. A maior restrição da 
hemoterapia, se dá na escolha do animal doador, 
devido a possibilidade de reações adversas, como 
febre, reações alérgicas, por conta da tipagem 
sanguínea; gatos normalmente possuem 
problemas maiores tendo em vista, que possuem 
maior número de anticorpos que atuam contra os 
eritrócitos da mesma espécie de indivíduo 
diferentes. Por conta dessas alterações adversas, 
que se preconiza repor apenas o que foi perdido. 
A transfusão de sangue total é indicada para o 
animal que perdeu e está em falta de vários 
elementos do sangue ou para casos que houve 
perda maior que 50% do volume total de sangue. 
E é indicado apenas para animais anêmicos 
sintomáticos, cuja anemia está se manifestando 
clinicamente. 
Quando o hematócrito do animal está reduzido e 
proteína sérica total está normal, recomenda-se a 
transfusão de um concentrado de hemácias. 
Quando o hematócrito e a proteína sérica total 
está reduzida é recomendado a transfusão do 
sangue total. 
A transfusão de sangue deve ser realizada por via 
IV, e de gota a gota lentamente, em acesso 
exclusivo, somente o soro fisiológico pode ser 
administrado ao mesmo tempo. 
Em casos de hipovolemia, uma vez que o sangue 
total e seus derivados são caros, pode-se ser 
administrado o ringer com lactato para reposição 
do volume total de sangue, mas, nas condições 
em que a anemia ainda não está clinicamente 
aparente, quando a perda sanguínea for tal em 
que o maior problema não seja a hipovolemia e 
sim a anemia, o ringer com lactado não serve 
mais, daí faz-se a hemoterapia. 
 
 
 É chamada de anemia ferropriva, para corrigir, 
pode-se optar pelo tratamento oral com sais de 
ferro (PO) que estão disponíveis no mercado 
como o sulfato, que apresenta o Fe na forma 
bivalente (Fe⁺²), mais facilmente absorvido pela 
mucosa gastrointestinal, aumenta a concentração 
de hemoglobina no sangue, e contribui com as 
reservas de Fe no organismo. Pode-se optar pela 
administração parenteral de Fe, na MV está em 
associação com a dextrana (ferro-dextrana) por 
via IM, pode-se fazer um uso complementar com 
a vit. C pela via oral que aumenta a absorção de 
Fe no organismo. O MV pode prescrever uma 
Transfusão de sangue (hemoterapia) 
Deficiência de Fe e vitaminas 
superalimentação com fígado bovino por ser rico 
em Fe. 
Os efeitos colaterais pela administração do uso 
parenteral ou oral de Fe são: náusea, cólica 
abdominal, fezes enegrecidas, constipação 
intestinal e diarreia. 
O excesso de Fe no organismo pode causar no 
organismo intoxicação aguda, nesses casos pode-
se usar como antídoto a deferoxamina (IM) que é 
um quelante de Fe, ou seja, pega o Fe livre na 
circulação sanguínea e torna indisponível. 
O Hemolitan é um complexo mineral e vitamínico 
que dentre os vários componentes possui Fe, B12 
e B9. 
Hemostasia: 
É um conjunto de processos biológicos complexos 
que são uma resposta imediata a lesão de um 
vaso sanguíneo com o objetivo de interromper a 
hemorragia. Ocorre para interromper a perda 
sanguínea em determinado vaso lesado. Está 
dividida em 4 fases: 
➔ Vascular 
➔ Plaquetária 
➔ Coagulação sanguínea 
➔ Fibrinólise 
O papel da hemostasia é cumprindo quando há 
manutenção da fluidez do sangue sem que haja 
extravasamento pelo vaso ou/e obstrução do 
fluxo de trombos. 
 
 
Inicia a hemostasia, nela, ocorre a 
contração/espasmo da parede vascular, a fim de 
retardar a saída de sangue, através da lesão que 
se formou no vaso. A vasoconstrição é local e 
rápida. 
 
 
 
 Ocorre simultaneamente com a fase vascular e é 
caracterizada pela adesão de plaquetas na lesão 
vascular, formando um trombo (tampão 
plaquetário), ao longo do tempo, a manutenção 
desse tampão é estimulada pela agregação e 
liberação de constituintes plaquetários. 
 
 
 
 
 
Quando há uma lesão vascular o endotelio acaba 
sendo destruido, consequentemente o colágeno, da 
região subendotelial, passa a ter contato direto com o 
sangue, como consequencias, as plaquetas entram em 
contato com um fator de adesão chamado vWF, que 
irá promover a aderencia plaquetária na região da 
lesão vascular, apartir da aderencia das plaquetas, ela 
se tornam ativadas e passam a liberar substâncias 
presentes no interior dos granulos citoplasmáticos 
como a adenosina de fosfato (ADP), que atua ativando 
outras plaquetas e apartir dessa agregação, há a 
formação de trombo coeso, para fornecer uma 
superficie boa para o processo de coagulação. 
 
 
Nesta fase, tem-se a atuação de inumeras enzimas 
proteolíticas e cofatores que realizam suas 
respectivas reações de forma sequencial, por isso 
todo processo de coagulação sanguinea é chamado de 
cascata de coagulação, e o objetivo de todos os 
processos envolvidos que compõe a cascata de 
coagulação sanguinea é estabelecer a hemostasia no 
vaso lesado. A cascata de coagulação sedivide em 
duas vias: via intriseca (envolve componentes 
presentes no sangue- ocorre quando há algum tipo de 
alteração, transformação, traumantismo no sangue), 
já a via extrinseca ocorre quando há lesão vascular, ou 
Fase vascular: 
Fase plaquetária 
Fase da coagulação 
seja, quando a destruição do endotélio expõe a 
proteína da membrana celular sobendotelial (fator 
tecidual que terá ação de coagulação sanguínea). A 
maior parte das substâncias envolvidas na cascata de 
coagulação sanguínea são produzidas no fígado, e 
essa produção são intimamente ligada a vitamina K. 
As via intrinsecas e extrinsecas, em determinado 
momento se encontram em uma via comum, sendo 
ela a converção do fator de coagualação protrombina 
em trombina. A trombina transforma o fibrinogênio, 
que é uma molécula solúvel em fibrina, que é uma 
molécula insolúvel, o papel da fibrina é criar uma rede 
de fibras elasticas, tornando o agregado de plaquetas 
uma estrutura mais resistente- tampão hemostático 
(fecha por completo o local lesionado). 
 
 
 
 
 
 
Tem como objetivo conter e inibir o sistema de 
coagulação, é o mecanismo de defesa do próprio 
organismo contra a formação de coágulos 
sanguíneos, para que não forme trombose. 
Ocorre mediante da presença de anticoagulantes 
específicos, como a antitrombina. A antitrombina 
é a principal substância de inibição dos fatores de 
coagulação. Em condições normais, coagulação e 
fibrinólise estão em equilíbrio e ocorrem ao 
mesmo tempo. 
O plasminogênio é ativado pelas substâncias 
ativadoras do plasminogênio, presente no 
endotélio vascular, a partir da ação desse fator, o 
plasminogênio é ativado e se transforma em 
plasmina, que é responsável pela destruição do 
excesso de fibrina, a essa destruição dá origem 
aos produtos da degradação de fibrinas (PDFs). 
Tratamento dos distúrbios da hemostasia: 
 
 
Há diversas etiologias; o animal pode ter uma 
baixa produção de plaquetas, baixa concentração 
dos fatores de coagulação, deficiência de 
vitamina K, doenças hepáticas, acidentes. Para 
estes e muitos casos, pode-se fazer o uso de 
agentes hemostáticos, medicamentos uteis para 
o estancamento do sangramento do foco de 
hemorragia, podem ser locais ou sistêmicos (mais 
usados na MV). 
➔ Sistêmicos: sangue e derivados (casos que 
precisam de hemoterapia), vitamina K 
injetável, para casos de intoxicações de 
cães e gatos por agentes cumarínicos 
(raticidas anticoagulantes), além de casos 
de distúrbios intestinais, que alteram a 
absorção da vitamina K e alterações 
hepática, que impedem a boa utilização 
no fígado da vitamina K. 
➔ Locais (tópicos): só devem ser utilizados, 
depois que o mecanismo de coagulação 
sanguínea já estiver normalizado, são 
aplicados nos capilares, nos quais está 
havendo uma hemorragia localizada. 
Utiliza-se a trombina, fibrinogênio, fibrina, 
gelatina e celulose. 
Há algumas formulações veterinárias que há o 
ácido tranexâmico é um agente antifibrinolítico, 
ou seja, não permite com que haja a destruição 
da rede de fibrina do coágulo sanguíneo. É 
utilizado para o controle de hemorragias, 
controle de hemostasia em processos 
traumáticos, cirúrgicos e manipulações 
obstétricas e na profilaxia hemorrágica pré, trans 
e pós-cirúrgica. 
Tratamento dos distúrbios da coagulação 
sanguínea 
 
 
 Os agentes anticoagulantes podem ser dois: 
➔ Ação local in vitro: são utilizados para 
coleta de amostras de sangue ou 
conservação de sangue e derivados que 
Fase da fibrinólise 
Hemorragias 
Agentes anticoagulantes 
serão utilizados na hemoterapia, como é o 
caso da EDTA, que está impregnado no 
interior do tubo roxo de coleta de sangue, 
para que o sangue não se coagule. 
➔ Ação sistêmica in vivo: são utilizados para 
impedir formação e desenvolvimento de 
trombos e coágulo sanguíneos, o principal 
medicamento utilizado é a heparina 
sódica, especialmente em casos de 
anemia hemolítica imunomediada, 
coagulação intravascular disseminada e 
tromboembolismo aórtico, tanto em cães 
como em gatos. Em casos de 
tromboembolismo agudo, deve ser 
utilizados agentes anticoagulantes de 
ação rápida e/ou de meio vida longa, para 
que os efeitos do anticoagulante sejam 
prolongados, pode ser utilizada a heparina 
não fracionada ou de baixo peso 
molecular, pois tem maior 
biodisponibilidade e maior meia vida 
plasmática; ou pentassacarídeos 
sintéticos, que muitas vezes são análogos 
da heparina e costumam inibir 
seletivamente determinados fatores da 
coagulação sanguínea. Para os casos de 
trombose, tromboembolismo arterial, 
vasoespasmo coronariano, aterosclerose, 
e prevenção de infarto agudo do 
miocárdio e AVC isquêmico, utiliza-se 
agentes antiagregantes plaquetários. O 
ácido acetilsalicílico- aspirina, por meio da 
inibição das ciclo-oxigenase inibe a 
produção e liberação do tromboxano A2, 
que é um importante indutor da 
agregação plaquetária e vasoconstritor. A 
aspirina pode ser utilizada como agente 
antitrombótico, para cães- 0,5-1mg/kg 
(VO) de 12/12h por 7dias; gatos 10mg/kg 
(VO) 72h, pelo menor tempo necessário 
possível . 
Agentes trombolíticos ou fibrinolíticos atuam 
de forma direta ou indiretamente, na 
conversão de plasminogênio em plasmina, a 
plasmina por sua vez, atua quebrando a rede 
de fibrina dos trombos. Um dos mais usados é 
a estreptoquinase, especialmente em caos de 
embolismo pulmonar e infarto agudo do 
miocárdio, em pacientes sensíveis a 
estreptoquinase, pode-se utilizar a 
uroquinase.

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