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1 Microbiologia – Samille Donato 
P1 – Microbiologia 
QUESTÃO 1 – 
T.G.F., 33 anos, procura atendimento médico após partida de futebol que provocou um trauma em seu dedo 
há 1 semana. Refere que no local da lesão evoluiu com edema e hematoma. 5 dias após a partida de futebol, 
vem apresentando quadros de intensa dor na região acometida associada a calafrios. Logo após, a febre 
começou a se instalar e ele relata não conseguir mais andar, nem pisar com o pé no chão devido a dor intensa. 
Ao exame o membro encontra-se dolorido à palpação, adenomegalia dolorosa na região inguinal, febril (39 
graus) e com eritema em todo o membro inferior do pé onde ocorreu a lesão, mal delimitado e com bordas 
irregulares. Realizado cultura bacteriana com resultado: gram (+) e coagulase (+). 
JUSTIFIQUE o patógeno encontrado. 
O quadro apresenta uma inflamação decorrente de uma infecção ocasionada por uma bactéria gram positiva: 
Staphylococcus Aureus que é vista apenas microscopicamente. Patógenos gram positivos possuem uma camada 
espessa de peptídeoglicanos que as tornam capazes de reter corante em sua parede celular, se corando de 
roxo nos testes de coloração. Além disso, seus antígenos de superfície podem ser usados para diferenciar os 
tipos de bactéria capazes de sobreviverem a ambientes hostis. Neste paciente, foi possível identificar o 
patógeno (Staphylococcus Aureus) por meio do teste de coagulase que quando positivo identifica que houve a 
formação de um coágulo no plasma decorrente da enzima coagulase produzida por esta bactéria. O 
Staphylococcus Aureus é um dos patógenos de maior relevância do gênero, que possui como principal 
reservatório a região da mucosa nasal. Ele produz enterotoxinas responsáveis pela inflamação que ocasionou 
na febre, dor, adenomegalia dolorosa em região inguinal e o eritema; quando avançado pode ocasionar sepse. 
Suas colônias são caracterizadas por uma coloração amarelo douradas e possui diversos fatores de virulência 
e estratégias de evasão do sistema imune, fazendo com que esta bactéria gram positiva possua uma certa 
resistência à antibióticos. 
QUESTÃO 2 – 
T.P.L, 1 anos, masculino, admitido no Serviço de Pediatria apresentando febre, vomitos, cefaleia intensa, rigidez 
de nuca com sinais de irritação e um episódio de crise convulsiva tônicoclônica generalizada. Ao observar o 
cartão vacinal da criança notou ausência da vacina penta valente. Realizada tomografia computadorizada de 
crânio não evidenciando alterações neurológicas, feita a punção lombar com líquor, posteriormente, foi isolado 
bacilos gram negativos na hemocultura e no líquor. Após 14 dias foi suspenso antibioticoterapia e novos exames 
evidenciaram melhora laboratorial. 
ANALISE o quadro clínico considerando o isolamento do patógeno e o diagnóstico laboratorial do líquor. 
 
2 Microbiologia – Samille Donato 
O caso clínico apresenta um provável quadro de meningite séptica ocasionada pela bactéria Haemophilus 
Influenzae. O patógeno Haemophilus Influenzae consiste em um coco-bacilo gram negativo, dividido em seis 
sorotipos, sendo mais comum na primeira infância, principalmente menores de 2 anos (como é o caso de T.P.L). 
Além disso, a vacina penta valente confere imunidade à todos os sorotipos desta bactéria, o que torna T.P.L 
suscetível a uma infecção, visto que esta criança não foi vacinada. O quadro clínico do paciente ajuda a 
sustentar a hipótese, pois ele apresenta a tríade clássica da infecção por Haemophilus Influenzae: Febre, cefaleia 
e vômitos; sendo a rigidez de nuca o sinal mais relevante. É importante salientar que meningites sépticas são 
doenças de notificação compulsória por apresentarem potenciais de produzir surtos. Quando se há suspeita de 
meningite séptica, deve-se realizar a coleta do líquor e hemocultura (como foi realizado) e antes de chegar o 
resultado, inicia-se uma antibioticoterapia empírica. Quando os resultados chegares, deve-se mudar o tratamento 
para uma antibioticoterapia dirigida, como foi feito. 
 
QUESTÃO 3 – 
 
O gráfico apresenta o desenvolvimento bacteriano durante a administração de antibiótico. A fase B é iniciada 
a partir do momento que houve o uso do fármado, onde pode ser visto uma drástica redução no crescimento 
do número de bactérias. A letra C representa um período estagnação, consistindo na fase lag, decorrente de 
uma certa resistência das bactérias ao medicamento. A letra D demonstra a fase Log, onde é visível o aumento 
no número de bactérias, pois houve a seleção dos patógenos mais resistentes que conseguiram se proliferar, 
tendo novamente aumento do crescimento bacteriano. Por último na fase E, há a demonstração um período 
estacionário, onde há um equilíbrio entre o número de bactérias mortas e bactérias em crescimento, decorrente 
do esgotamento de nutrientes. 
QUESTÃO 4 – 
O.H.D., 21 anos, estudante de medicina, devido sua rotina intensa de estudos tem se alimentado mal com dieta 
pobre em fibras. Ao chegar em casa queixa-se com a mãe que têm sentido muito cansaço, queda de cabelo, 
 
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unhas fracas, distensão abdominal, e relata ter ocorrido períodos alternados de diarreia e prisão de ventre. A 
mãe preocupada, leva O.H.D. ao gastroenterolosgista que solicita exames de fezes e de urina. 
EXPLIQUE a suspeita diagnóstica. 
O paciente apresenta um caso sugestivo de disbiose que consiste no desequilíbrio da microbiota normal que 
colonizam o intestino do ser humano. Este desequilíbrio foi provavelmente ocasionado pela má alimentação que 
quando associada à rotina intensa do estudante e provável estresse, pode ter acarretado em uma redução 
da imunidade do paciente. A disbiose altera a flora intestinal, podendo modificar a distribuição de bactérias no 
intestino, diminuindo microbiota benéfica que é responsável por digerir e absorver nutrientes como vitamina K, 
tiamina, vitamina B12 e riboflavina; tendo como consequência os sintomas de queda de cabelo, cansaço, unhas 
fracas. Além disso, pode haver o comprometimento da permeabilidade da mucosa intestinal, facilitando a ação 
de bactérias e toxinas, piorado ainda mais pelo trânsito intestinal lentificado. Em função dos tipos de bactérias 
que foram afetadas pelo desequilíbrio há um processo de fermentação, gerando a diarreia alternada com 
constipação e a produção excessiva de gases que ocasionou a distensão abdominal. Essa deformação na 
mucosa intestinal leva a um processo de hipersensibilidade que ativa o sistema imunológico, favorecendo o 
posterior surgimento de patologias. 
QUESTÃO 5 – 
R.T.U. masculino, 48 anos, com suspeita de pneumonia, foi encaminhada a um laboratório de microbiologia para 
realização da cultura microbiana a fim de confirmar o diagnóstico de sua doença. O material clínico coletado, 
foi semeado no meio de cultura e pela suspeita de uma infecção por bactéria. Para o crescimento das colônias 
houve resultados: gram (+), catalase (-) e α-hemólise. 
ANALISE o caso, considerando o patógeno isolado. 
O caso clínico apresenta um quadro de suspeita de pneumonia ocasionado pelo patógeno Streptococcus 
pneumoniae. Este patógeno é caracterizado por serem gram positivos ao se corarem de roxo no teste de 
coloração. Devido este achado é indicado realizar o teste de catalase, que teve resultado negativo indicando 
que não são bactérias produtoras desta enzima, sendo sugestivo de Streptococcus pneumoniae. 
Posteriormente, realiza-se o teste de crescimento em agar sangue no qual se mostrou resistente, visto então 
uma hemólise parcial: α-hemólise; tais exames de crescimento de colônia ajudam a diferenciar este patógeno 
de outras espécies. Além disso, esta bactéria é anaeróbica facultativa, não móveis e fermentáveis; sendo grande 
causador de pneumonia, visto que seu sítio de preferência é o sistema respiratório, pois ela segrega proteases 
que inativam os anticorpos do hospedeiro, facilitando a aderência à faringe.