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Direito Civil - Elementos do Negócio Jurídico Esssenciais e Acidentais

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Fonte: https://www.aurum.com.br/blog/escada-ponteana/ 
 
Elementos do Negócio Jurídico – Essenciais e Acidentais 
 
 O negócio jurídico é o fato jurídico que consiste na declaração da vontade 
humana para sua formação e eficácia. Os civilistas Cristiano Chaves, Felipe Braga 
Neto e Nelson Rosenvald, conceituaram o negócios jurídicos como sendo o acordo 
de vontades tendente a adquirir, modificar ou extinguir direitos, por intermédio da livre 
utilização, que os particulares fazem, de sua autonomia da vontade. Ainda segundo 
eles, não é necessário que a pessoa saiba que está praticando um negócio jurídico, 
mas é importante que a pessoa saiba dos efeitos daquilo em que ela está 
manifestando/ declarando (citação do site https://www.aurum.com.br/blog/negocio-
juridico/). 
 O negócio jurídico é capaz de criar, modificar ou extinguir direitos. Pela 
doutrina, mais especificadamente por Pontes de Miranda, foi criada a Escada 
Ponteana que traz os planos de análise do negócio jurídico. 
 
 
 
 
 
 
 
A escada acima é considera uma teoria que apresenta os requisitos, em 
“degraus”, essenciais para a formação e validação dos negócios jurídicos. Se os 
requisitos dos degraus forem bem atendidos e seguidos de forma correta, teremos um 
negócio jurídico bem formado. Caso contrário, estaremos diante de um vício do 
negócio jurídico e por consequência ele será nulo. 
 No primeiro degrau temos a existência que traz os elementos essenciais da 
estrutura do negócio jurídico. Aqui, não há verificação quanto à capacidade, eficácia 
ou validade do negócio jurídico. Há 04 elementos no plano da existência: agente, 
objeto, forma, e vontade. 
1. Agente: está relacionado ao indivíduo ou indivíduos que participaram do 
negócio jurídico. 
2. Objeto: tem relação com o bem jurídico que está a ser buscado durante do 
negócio jurídico. 
3. Forma: é o modo pelo qual as partes irão expressar sua vontade. 
4. Vontade: é uma das partes mais importantes do negócio jurídico e consiste na 
declaração da vontade do agente em firmar o negócio jurídico. 
Indo para o segundo degrau temos a validade, que também está na divisão dos 
elementos essenciais do negócio jurídico. Aqui, são analisados todos os requisitos do 
negócio jurídico para que ele tenha força legal. 
O art. 104 do Código Civil prevê os seguintes requisitos: 
Art. 104. A validade do negócio jurídico requer: 
I - agente capaz; 
II - objeto lícito, possível, determinado ou determinável; 
III - forma prescrita ou não defesa em lei. 
Alguns incisos do art. 104 trazem os requisitos da validade. 
1. Agente capaz: o agente deve estar apto a prestar os atos da vida civil de forma 
autônoma. Em regra, a pessoa com 18 anos já é capaz, exceto se houver algo 
que a impossibilite de prestar os atos da vida civil, sendo assim um agente 
incapaz. Caso o agente seja incapaz, ele poderá ser assistido ou representado 
por alguém que seja capaz e que se responsabilize por ele. 
2. Objeto lícito, possível, determinado ou determinável: 
 Lícito: deve estar de acordo com a lei. 
 Possível: deve haver possibilidade de executar esse objeto. 
 Determinado ou determinável: o objeto determinado é aquele certo. Que 
é descrito pela: “quantidade, gênero, qualidade”. O objeto determinável 
é o incerto, que é descrito pela: “quantidade, gênero, mas falta a 
qualidade”. 
3. Forma prescrita ou não defesa em lei: O negócio jurídico deve obedecer a lei e 
andar de acordo com sua conformidade. Se a lei não determinar uma forma 
específica para a realização do negócio jurídico em questão, ele poderá ser 
realizado de forma livre, porém, não poderá haver desconformidade com a lei. 
4. Vontade livre: não está prevista do art. 104, mas possui relevante participação 
no plano da validade. A vontade do agente deve ser livre. Portanto, o negócio 
jurídico deve ser feito sem nenhum vício do consentimento. De forma que o 
agente não tenha sido coagido ou induzido a fazer tal negócio, sob pena de 
nulidade negócio. 
O art. 112 traz: “Nas declarações de vontade se atenderá mais à intenção nelas 
consubstanciada do que ao sentido literal da linguagem.” 
Essa declaração da vontade pode ser expressa (de forma escrita ou verbal) ou 
tácita (quando o silêncio valer como manifestação da vontade). No nosso 
ordenamento jurídico, quem cala não consente, ou seja, o silêncio, em regra, 
não pode ser interpretado como consentimento. 
O art. 111 traz: “O silêncio importa anuência, quando as circunstâncias ou os 
usos o autorizarem, e não for necessária a declaração de vontade expressa.” 
 
 No terceiro degrau temos a eficácia que faz parte dos elementos acidentais do 
negócio jurídico. Aqui, segundo Flávio Tartuce, temos os efeitos gerados pelo negócio 
em relação às partes e em relação a terceiros, ou seja, as suas consequências 
jurídicas e práticas. Os elementos do plano da eficácia são: condição, termo e 
encargo. Esses elementos não estão entre os requisitos obrigatórios ao negócio, por 
isso, são chamados de acidentais. 
1. Condição: submete o negócio a evento futuro e incerto. Quando houver 
cláusula que impõe uma condição, o negócio irá existir e será válido, porém 
pode não ser eficaz. 
A condição tem as seguintes classificações: 
• Condição suspensiva: o negócio só terá eficácia quando o evento se 
efetivar. Em suma, a condição suspensiva irá suspender a eficácia do 
negócio (evento futuro e incerto) até que ele ocorra. 
• Condição resolutiva: é oposto da suspensiva. O negócio terá eficácia 
plena e deixa de existir quando o evento (futuro e incerto) ocorrer. 
2. Termo: é praticamente o oposto da condição. Aqui, o elemento submete o 
negócio a evento futuro e certo. Não há dúvidas quanto a realização do evento 
futuro. 
• Termo inicial: determina o inicio da eficácia do negócio jurídico que foi 
firmado. 
• Termo final: determina o fim da eficácia do negócio jurídico. 
O tempo entre o termo inicial e final é chamado de prazo. 
3. Encargo: também pode ser chamado de modo e impõe uma obrigação a quem 
foi beneficiado. Não pode ser confundido com uma contraprestação. Ele é 
obrigatório a quem foi contemplado. Também não pode ser confundido com a 
condição, pois no encargo a pessoa escolhe fazer ou não fazer, tendo domínio 
sobre a eficácia do negócio.

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