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COLECISTOPATIA CALCULOSA E SUAS COMPLICAÇÕES Quando falamos em colecistopatia, falamos em doença da vesícula biliar. De todas as doenças possíveis, a mais comum é a calculose. Essa presença de cálculos pode levar a infecção e é inclusive fator de risco para tumores da vesícula biliar. Os cálculos biliares são de vários tipos e formatos e há vários fatores de risco diferentes. Quem tem cálculos biliares? Como e onde eles se formam? Quais são os termos adequados para descrevê-los? ETIOLOGIA · Componentes da bile: Pigmentos biliares, sais biliares, lecitina, água como principal solvente · Alterações na vesícula biliar: Função de armazenar e concentrar a bile entre as refeições. Assim, a bile na vesícula é mais concentrada que na via biliar principal. Sendo assim, os cálculos sempre serão formados na vesícula, por que a concentração dos solutos vai ser maior. · Infecção · Corpo estranho COLELITÍASE ---> 4 F’s · Mulheres, 40 anos, multíparas com sobrepeso. História familiar? FATORES PREDISPONENTES · Drogas: ceftriaxone, estrogênios na pós-menopausa, ACO, clofibrato, octrotida · Doença, ressecção ou derivação ileal · Cirrose · Anemia hemolítica --> aumenta a quantidade de bilirrubina na bile · Hipertrigliceridemia · Estase da vesícula biliar: DM, nutrição parenteral total, pós-vagotomia, octreotida ou somatostaina, lesão medular. Origem dos cálculos--> na vesícula biliar Tipo de cálculos : · De colesterol: Mais prevalentes na população · Puros · Mistos · Colesterol,sais de cálcio e pigmentos biliares · Pigmentares – esses são radiopacos e aparecem na radiografia · Principal componente,pigmentos biliares · 10% do total · Colelitíase --> cálculos biliares · Colecistolitíase ou colecistopatia --> cálculo na vesícula biliar/ doença na vesícula biliar calculosa · Colecistite aguda e crônica --> inflamação crônica e sintomas · Coledocolitíase --> cálculo na via biliar principal, o colédoco USG é o exame que mostra a presença de cálculos na vesícula biliar. DIAGNÓSTICO ULTRASSONOGRÁFICOS: Imagens brancas, hiperecogênicas com sombra acústica posterior e movéis a mudança de decúbito em uma vesícula de paredes normais e sem distensão. Complicações: · Cólica biliar · Colecistite aguda · Coledocolitíase · Colangite--> é uma complicação mais comum da coledocolitíase · Pancreatite aguda · Outras COLECISTOLITÍASE: CÁLCULO NA VESÍCULA As vezes os cálculos ficam na vesícula biliar por muito tempo, porém sem sintomas. Apresentação clínica: · Assintomática, operar ou não? · TTO: cirúrgico – prós e contras / expectante Tratamento cirúrgico: · Colecistectomia · Vias de acesso · Colangiografia Colangiografia intraoperatória é um raio x contrastado. Avalia anatomia, se é normal ou se há alterações? Forma e calibre? Se há falha de enchimento? Se há o esvaziamento correto ou não de contraste para o duodeno? COLECISTECTOMIA VLP É A MAIS REALIZADA --> DIARRÉIA É MAIS COMUM. COLECISTOLITÍASE SINTOMÁTICA E COLECISTITE Um cálculo acaba se movendo e entope/obstrui a via de saída da vesícula biliar. Isso acontece após prandial, entre 20 e 30 min temos liberação de colecistocinina que vai levar a contração vigorosa da vesícula biliar, que é mais intenso quando temos alimentação rica em gorduras e aí aquele cálculo se move e obstrui. A contração vigorosa da vesícula contra a via de saída obstruída vai levar a uma dor surda, profunda e constante em região epigástrica ou no QSD que pode irradiar para dorso e vir acompanhada de vômitos no período pós-prandial. FISIOPATOLOGIA: Contração da vesícula contra a via de saída CARACTERIZAÇÃO DA DOR: continua em aperto, 15-30 min depois da refeição tipicamente gordura, com irradiação para as costas ou para dorso, epigástrico ou HCD acompanhada de náuseas e vômitos. DIAGNÓSTICO: USG cálculo impactado, ou imóvel a mudança de decúbito ou simplesmente presença de cálculos com quadro clinico sugestivo. TRATAMENTO:Fase aguda --> analgésicos, antiespasmódicos e Antieméticos. E se o paciente sair da crise agendar cirurgia eletiva posterior. TRATAMENTO: COLECISTECTOMIA VLP Quando a dor biliar dura mais que 6 horas ou aparece sintomas inflamatórios locais ou sistêmicos estamos diante de uma COLECISTITE AGUDA COLECISTITE AGUDA: Aquela obstrução leva a alterações importantes. Quando clínico: Cacarterização da dor: semelhante a da cólica biliar, mas com duração maior. Pode estar associada a sinais inflamatórios como dor a percussão. Defesa involuntária, plastrão. Exame físico: sinal de Murphy Exames complementares: Alterações inflamatórias O sinal de Murphy acontece quando o paciente reage em sua respiração de forma rápida à palpação profunda da vesícula biliar. Dessa forma, palpa-se o ponto biliar ou ponto cístico, no hipocôndrio direito e pede-se para o paciente inspirar profundamente PARADA ABRUPTA DA RESPIRAÇÃO USG é o primeiro exame de escolha. TC não é o melhor exame, mas acaba sendo pedida em alguns casos. TRATAMENTO · ATB · Intervenção cirúrgica Laparoscopia Momento da indicação: precoce versus tardia Colangiografia? COLECISTITE AGUDA ALITIÁSICA Pode aparecer em pacientes gravemente enfermos, imunossuprimidos, em jejum prolongado, internação hospitalar, em crianças e em nutrição parenteral ou total. Cintilografia exame de escolha para o diagnóstico. COLECISTITE AGUDA ENFISEMATOSA Há a formação de gás. Aparece em idosos, sexo masculino e diabéticos e constitui-se em uma emergência médica. COLANGITE AGUDA – infecção das vias biliares Fisiopatologia · Fatores predisponentes: Obstrução biliar – estase de bile Fístula biliodigestiva Disfunção hepática Obstrução --> estase--> proliferação bacteriana--> colangite Flora: E. coli, Enterococcus, Klebisiella Formas clínicas: Colangite aguda simples Colangite supurativa aguda (tóxica) TRATAMENTO: · Adequado à forma clínica · ATB · Drenagem da via biliar · Endoscópica ( CPRE) · Punção transparieto-hepática · Cirurgia (VLP ou aberta) · Tratamento da causa COLANGITE TÓXICA · ATB · Drenagem biliar imediata: cirúrgica, endoscópica, por radiologia intervencionista. · Tratamento da causa pode ser postergado FÍSTULA COLECISTOENTÉRICA Colecistoduodenal – cálculo grande – íleo biliar Colecistocólica Colecistogástrica- cálculo grande – síndrome de Bouveret ÍLEO BILIAR- Comunicação entre vesícula e duodeno Apresentação clínica: obstrução com distensão e níveis hidroaéreos do delgado acima. TRÍASE DE RIGLER: Níveis hidroaereos, gás nas vias biliares e uma imagem hipotransparente no quadrante inferior direito. Pode ser visto no RX e na TC. TTO: CIRURGIA SINDROME DE MIRIZZI – Alteração inflamatória da vesícula biliar que vai levar a uma distorção da anatomia da via biliar principal. Pacientes que apresentam icterícia associada. Com fístulas e sem fístulas. Tipo I é o mais comum.
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