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Universidade de Brasília - UnB Faculdade UnB Gama - FGA Engenharia Aeroespacial, Engenharia Automotiva, Engenharia Eletrônica, Engenharia de Energia e Engenharia de Software Gama Drone: Drone de Acompanhamento de Usuário Autores: Alisson Louly, Bruno Nunes, Guilherme Sampaio, Hugo Felippe, Hugo Martíns, João Gabriel, João Guilherme, Luiz Eduardo, Matheus Pereira, Paulo Reis, Rafael Schiavon, Rafael Vasconcelos, Rudmar Rodrigues, Vinícius Franco, Yan Rodrigues. Orientadores: Alex Reis, Sebastien R. Joseph, Rhander Viana. Brasília-DF 2016 1 2 Alisson Louly, Bruno Nunes, Guilherme Sampaio, Hugo Felippe, Hugo Martíns, João Gabriel, João Guilherme, Luiz Eduardo, Matheus Pereira, Paulo Reis, Rafael Schiavon, Rafael Vasconcelos, Rudmar Rodrigues, Vinícius Franco, Yan Rodrigues. Gama Drone: Drone de Acompanhamento de Usuário Relatório submetido para disciplina de Projeto Integrador de Engenharia 2 do curso de Engenharias da Universidade de Brasília, como requisito parcial para composição da nota final. Orientadores: Alex Reis, Sebastien R. Marie Joseph Rondineau, Rhander Viana Brasília-DF 2016 3 Disciplina: Projeto Integrador 2 Código: 208175 Curso: Engenharias Semestre/Ano: 02/2016 Professores: Alex Reis Sebastien R. Marie Joseph Rondineau Rhander Viana Integrantes do Grupo: Nome Matrícula Engenharia Hugo Felippe da Silva Lui 10/0104797 Aeroespacial Álisson de Souza Louly 12/0108909 Aeroespacial João Gabriel da Silva Souza 11/0150201 Automotiva Bruno Nunes de Freitas 10/0095143 Eletrônica Guilherme Sampaio 10/0103162 Eletrônica Rafael Schiavon Fortes 10/0120482 Energia Yan Rodrigues de Sousa 10/0127797 Energia Luiz Eduardo Borem 10/0016332 Energia Rafael Andrade de Vasconcelos 11/0019270 Energia Matheus Pereira Gonçalves 10/0115993 Energia Paulo Henrique Alves dos Reis 10/0118640 Energia Hugo Ferreira Martins 13/0028100 Software Rudmar Rodrigues Campos Júnior 15/0147821 Software Vinícius Franco da Cunha Arantes 09/0135032 Software João Guilherme Santana Araruna 09/0118588 Software Tabela 1: Integrantes do Grupo 4 Índice 1. Introdução 2. Escopo 2.1 Objetivo 2.2 Contexto e Justificativa 2.4 Restrições 2.3 Premissas 2.5 Stakeholders 2.6 Estrutura Analítica do Projeto (EAP) 2.7 Lista É/ Não É 2.8 Cronograma Preliminar 2.8.1 Priorização das mudanças de prazo 2.8.2 Controle de tempo na entrega de atividades 2.8.3 Marcos do Projeto 3. Análise de Viabilidade 4. Plano de Gerenciamento de Recursos Humanos 4.1 Detalhamento 4.2 Principais Atribuições e Responsabilidades 4.3 Acompanhamento da Equipe 5. Plano de Gerenciamento de Custos 5.1 Descrição dos processos de gerenciamento de custo 5.2 Custo com Equipe 5.3 Custo com Materiais 6. Plano de Gerenciamento de Riscos 6.1 Descrição dos Processos de Gerenciamento de Riscos 6.2 Estrutura Analítica de Riscos 6.3 Qualificação dos Riscos 6.4 Riscos Identificados 6.5 Planejamento de Respostas aos Riscos 6.6 Outros Assuntos Relacionados ao Gerenciamento de Riscos do Projeto não Previstos neste Plano 7. Desafios Técnicos 7.1 Engenharia Aeroespacial e Automotiva 7.2 Engenharia de Energia: 7.3 Engenharia Eletrônica 7.4 Engenharia de Software 5 8. Referencial Teórico 8.1 Estrutura do drone 8.2 Propriedades mecânicas 8.3 Dinâmica do quadricóptero 9. Descrição do produto do projeto 9.1 Compartimento dos equipamentos eletrônicos 9.2 Câmera 9.3 Braços do quadricóptero 9.4 Trem de pouso 9.5 Suporte para a câmera 9.6 Sistema de Alimentação do Drone 9.6.1 Motores 9.6.2 - Teste do Motor 9.6.3 - Hélices 9.6.4 - Balanceamento das Hélices 9.6.5 - Bateria 9.6.6 - Controlador de Velocidade (ESC) 9.6.7 - Integração do Sistema de Alimentação 9.7 - Projeto do Carregador da Bateria 9.8 Controlador de Voo (ArduPilot) 9.9 Controlador de Sensores (Raspberry Pi) 9.10 Antenas 9.11 Hub 9.12 Algoritmos de Movimentação 9.13 Aplicativo de Comunicação com o Drone 10. Análise Estrutural, Simulações e Montagem 10.1 Pesquisa de Mercado 10.2 Designer 10.3 Esforços na Estrututra 10.4 Materiais Utilizados 10.5 Análise Modal 10.6 Análise Estrutural 10.7 Montagem da Estrutura 11. Considerações finais 12. Conclusão 13. Anexos 13.1 Documento de Visão - aplicativo GamaDrone 6 1. Descrição do Problema 1.1 Sentença de Posição do Produto 2. Descrições dos Envolvidos e dos Usuários 2.1 Resumo dos Envolvidos 2.2 Resumo dos Usuários 2.3 Ambiente do Usuário 2.4 Principais Necessidades dos Usuários e dos Envolvidos 2.5 Alternativas e Concorrência 3. Visão Geral do Produto 3.1 Perspectiva do Produto 3.2 Suposições e Dependências 4. Recursos do Produto 14. Bibliografia 7 8 1. Introdução Os Veículos Aéreos Não Tripulados (VANTs), popularmente também conhecidos por Drones, tiveram seu início na década de 50 pelos Estados Unidos da América (EUA) para fins militares e foram criados com a intenção de substituir os seres humanos em missões muito perigosas de espionagem, o passo seguinte dado pelos EUA foi na década de 90 de usar o VANT com armamento embutido para utilização em combates [1]. No Brasil, o primeiro VANT construído foi o BQM1BR utilizado apenas como alvo aéreo. Outro protótipo que deu origem aos VANTs no Brasil foi o Gralha Azul construído pela Embravant que operava como rádio-controle. Em 1996, o CenPRA (Centro de Pesquisas Renato Archer) iniciou o Projeto Aurora com o objetivo de desenvolver VANTs com utilização em diversas áreas como segurança pública, monitoramento ambiental e de trânsito, levantamentos agrícolas, telecomunicações, etc. A partir do ano 2000 os VANTs para uso civil começaram ganhar força de mercado e em 2005 a Embrapa em conjunto com o Instituto de Ciências Matemáticas e Computação da Universidade de São Paulo (ICMC-USP) desenvolveram o primeiro VANT com tecnologia 100% brasileira, com o decorrer dos anos a tecnologia empregada neles foram cada vez mais aprimoradas sendo que em 2009 o projeto VANT-SAR deu origem a primeira aeronave de propulsão elétrica, em 2012 a Flight Technologies inicia um projeto de desenvolver um VANT de decolagem e pouso automático [1]. Eles podem ser controlados remotamente por um operador, ou serem parcialmente ou totalmente controlados por sistemas embarcados. Dentre as categorias de VANT, existem os de asa fixa e rotativa, como os quadricópteros e helicópteros. O sistema de controle de vôo depende diretamente do tipo de asa. Há diversas formas de propulsão, como motores a combustão interna, turbinas a gás, foguetes e motores elétricos, o uso de uma determinada tecnologia propulsiva depende do tipo de missão ou aplicação do VANT. O projeto propõe desenvolver um Drone autônomo para filmagem e captura de imagens do usuário em atividades de baixa velocidade. O Drone localizará o 9 usuário por meio de três antenas acopladas a ele, que serão empregadas para aferir a distância entre o usuário e o Drone utilizando a variação da potência do sinal recebido de um smartphone conforme o usuário se movimenta, e ainda serão utilizadas para definir a direção em que o VANT irá gravar as imagens. Dos vários tipos de Drones existentes o projeto desenvolverá um sistema do tipo multi rotor, ou seja que divide sua sustentação em diferentesmotores, no caso do presente projeto será um quadricóptero, ou quadrirotor, pois este tipo de aeronave possui 6 graus de liberdade, sendo estes 3 de translação no sistema de referência X, Y, Z e mais de 3 de rotação ao longo dos mesmos eixos, essa configuração do sistema de controle de altitude do Drone possibilita manobras como rotação e até mesmo parar sob um ponto fixo, o que é difícil para um avião comum por exemplo, sendo esta atividade fundamental para cumprir um dos objetivos de projeto que é filmar de um bom ângulo e com boa qualidade de vídeo. Figura 1. Forças e momentos de um quadrirotor 2. Escopo O item abaixo descreve o escopo do projeto, considerando o tempo de execução, custos, riscos, recursos humanos e materiais. 10 2.1 Objetivo Desenvolvimento de um Veículo Aéreo Não Tripulado (VANT) que seja capaz de seguir o usuário. Ele poderá fazer fotografias, em momentos de lazer, práticas esportivas, casamentos entre outros. Poderá atingir até 5 metros de altura, onde tem a opção de não apenas seguir, como também de parar junto com o usuário e girar 360 graus. 2.2 Contexto e Justificativa Este projeto tem o intuito de desenvolver um Drone autônomo para sua utilização em momentos de lazer, como prática esportiva, tornando-o viável economicamente para que se torne acessível à todas as pessoas. O projeto insere-se num contexto em que o uso de rede sociais está cada vez mais frequente, e por isso, torna-se imprescindível o registro de atividades diárias em situações diversificadas. Desta forma, o projeto utiliza o amplo campo de aplicações que os Drones possuem para proporcionar comodidade ao usuário em filmar-se enquanto pratica atividades físicas sem a preocupação de segurar seu equipamento de filmagem e garantindo um enquadramento correto. Para o seu desenvolvimento haverá a necessidade de integrar as cinco áreas da engenharia (Aeroespacial, Automotiva, Eletrônica, Energia e Software) da Universidade de Brasília - Faculdade do Gama devido aos diversos sistemas que o integram, como controle, eletrônica, estrutura e potência. 11 2.3 Premissas As premissas são hipóteses ou pressupostos associados ao escopo para fins do projeto que são assumidos como verdadeiros, reais ou certos sem a necessidade de prova ou demonstração. Este item apresenta características que descrevem as premissas nas quais o Drone será projetado, são elas: ● Capaz de integrar todas as engenharias envolvidas no projeto; ● Voar e permanecer assim de maneira estável; ● Deve ser totalmente autônomo; ● Deve conseguir localizar e seguir o usuário; ● Autonomia de pelo menos 5 minutos; ● Capaz de filmar e captar imagens do usuário; ● Capacidade de sempre se localizar e ajustar atrás do usuário; ● Manter altura de segurança pré-estabelecida; ● Estrutura leve e rígida; ● Capacidade de carga de até 2kg; ● Suportar pequenos choques; ● Conectar-se ao usuário por aplicativo móvel; 2.4 Restrições Este item restringe as características do drone por meio de uma listagem com suas principais limitações, são elas: ● O Drone está restrito a seguir o usuário em uma velocidade baixa; ● O aplicativo móvel a ser desenvolvido está restrito a plataforma Android; ● Autonomia reduzida; ● Sem amortecimento no trem de pouso; ● Altura pré-estabelecida e fixa; ● Ângulo da câmera fixo; ● Grau de movimentação reduzido; 12 ● Peso da bateria; ● Tamanho das hélices; ● Tamanho dos Braços do Drone; ● Filmagem apenas durante o dia e em locais abertos; ● Altura estabelecida de 5 metros; 2.5 Stakeholders Para os eventos programados para esse projeto foram identificados como principais stakeholders : ● Docentes da disciplina de Projeto Integrador 2; ● Docentes de matérias relacionadas ao projeto; ● Alunos participantes do projeto; ● Alunos da disciplina de Projeto Integrador 2; ● Profissionais do galpão envolvidos; ● Fornecedores de produtos e serviços para o projeto; ● Servidores envolvidos no projeto; 2.6 Estrutura Analítica do Projeto (EAP) A Estrutura Analítica do Projeto mostra todos os entregáveis do projeto ao longo do tempo de execução do mesmo. A EAP do projeto Gama Drone está dividida em quatro marcos de entregas: Estrutura, Voo, Controle e Perseguição. A EAP pode ser percebida na ilustração abaixo. 13 Figura 2 : Estrutura Analítica do Projeto. 2.7 Lista É/ Não É Neste item será listada uma série de afirmações e negações que buscam definir características, aplicações e limitações do produto: O produto é: ● O produto é um drone quadricóptero que visa seguir o usuário. ● O produto é um sistema que utiliza um conjunto de sensores para identificar a posição e movimentação do usuário. ● O produto é um sistema que utiliza antenas para poder melhor se ajustar a distância do usuário. ● O produto visa filmar o usuário utilizando uma câmera GoPro. ● O produto visa manter uma distância para o usuário de modo que sua movimentação seja integralmente filmada. O produto não é: ● O produto não visa focar o rosto ou qualquer parte específica do usuário alvo. ● O produto não é capaz de fazer acrobacias. ● O produto não é equipado com sistema anti colisão. ● O produto não é capaz de fazer filmagens durante a noite. 14 2.8 Cronograma Preliminar Nas figuras a seguir podem ser observadas o cronograma de cada ponto de controle. Figura 3: Ponto de Controle 1 Figura 4: Ponto de Controle 2 15 Figura 5: Ponto de Controle 3 2.8.1 Priorização das mudanças de prazo Será respeitado a seguinte definição a respeito de prioridades das mudanças nos prazos: Prioridade 0: Mudanças que atacam o projeto de maneira muito agressiva, devem ser tomadas atitudes, juntamente com toda equipe para que seja solucionado o mais rápido possível; Prioridade 1: Mudanças que necessitam de medidas imediatas, porém, não é necessário reuniões extraordinárias, pois a resolução desta é cabível na autonomia do Gerente de Projeto, podendo assim ser encaixada no processo sem grandes alterações; Prioridade 2: Mudanças que não são muito significativas para o andamento do projeto, sendo que qualquer integrante da equipe tem autonomia para fazer esta modificação. A definição das prioridades serão feitas com base no decorrer do projeto, visto que uma mesma mudança, as prioridades podem ser diferentes para cada engenharia. 16 2.8.2 Controle de tempo na entrega de atividades A entrega de todos os artefatos estão definidos no cronograma com um buffer de tempo de 2 dias, para que se possa ter um tempo para validação e sejam feitas alterações, caso seja necessário, dentro do prazo real de entrega. 2.8.3 Marcos do Projeto Abaixo estão listados todos os marcos definidos no projeto e seus devidos entregáveis. Marco 1 - Estrutura do Drone ● Estrutura do Drone ● Estrutura das Hélices ● Estrutura da Bateria ○ Cálculo de Autonomia ○ Dimensão ● Estrutura do Motor ○ Dimensão ● Definição dos Sensores ● Funcionamento dos Componentes Eletrônicos Marco 2 - Voo do Drone ● Acoplamento das Estruturas ● Comunicação via Bluetooth App/Drone ● Recarga da Bateria ● Roteiro de teste de voo do Drone Marco 3 - Controle do Drone ● Automação com Ardupilot ● Módulo de Controle com RaspberryPi ● Algoritmo de Movim ● entação Dronekit ● Análise de Otimização do Sistema de Energia ● Informação dos Sensores no Aplicativo Móvel Marco 4 - Perseguição do Drone ● Aferir Distância com Antenas ● Algoritmo de Validação da Distância 17 ● Sistema de Comunicação entre Módulo Controle ● Controle de Decolagem e Pouso pelo Aplicativo Móvel ● Funcionamento dos Receptores e Transmissores ● Funcionamento da Função Follow Me 3. Análise de Viabilidade A viabilidade do projeto será analisada a partir de dois aspectos inerentes ao projeto. O primeiro deles é custo dos equipamentos utilizados, os quais necessitam ser financiados com recursos dos próprios integrantes do projeto. Para tal, optou-se por criar um banco no qual todos os integrantes do projeto contribuíram com uma quantia inicial. Este montante será utilizado para viabilizar a compra dos dispositivos essenciais para a montagem do drone e assim custear o valor estimado de R$ 2.840,30 explicitado na tabela 4. Outro aspecto definidor no que diz respeito a viabilidade do projeto é o tempo de execução das atividades, dado o curto período de 4 meses para sua realização completa. Desta forma, considerando a necessidade de associação entre os sensores, antenas e sistemas de voo, bem como alimentação, estruturação do "frame" e introdução do aplicativo responsável pela ordem de controle remoto, entra-se nos desafios técnicos a serem enfrentados no projeto. Com isso, os cronogramas apresentados na seção 2.8 precisam ser seguidos com margem mínima de falha, para que o correto funcionamento do Drone ocorra dentro do período letivo do semestre. A fim de facilitar a viabilidade final do produto, marcos foram criados para que em determinado período temporal, um processo específico seja entregue, a fim de simplificar o entendimento e integração por todas as partes envolvidas. Além disso, a infraestrutura da universidade permite que todas as áreas tenham amparo técnico, sem trâmites legais e burocráticos envolvidos, facilitando a possibilidade de entrega dentro do prazo estipulado. 18 4. Plano de Gerenciamento de Recursos Humanos A equipe do projeto será formada por estudantes de engenharia da Faculdade UnB Gama e auxiliada pelos professores responsáveis pela disciplina. 4.1 Detalhamento Para melhor gerenciar a equipe, foi proposto que dentre as engenharias fosse escolhido um gerente de equipe. Sendo assim, haveria um gestor para as equipes de software , energia, eletrônica e aeroespacial/automotiva (pelo fato da equipe de automotiva conter apenas um integrante) totalizando quatro gestores de equipe. 4.2 Principais Atribuições e Responsabilidades Gerente de equipe - Prover comunicação intra equipe e inter equipes. Projetista Eletrônico - Responsável por projetar a estrutura eletrônica do Drone. Projetista Estrutural - Responsável por projetar o Design do Drone. Desenvolvedor - Responsável pela criação dos algoritmos e aplicações do Drone. Projetistas de Sistemas de Energia - Responsável pelo projeto de alimentação energética do Drone. Tesoureiro - Recolher os investimentos da equipe e adquirir as peças/autorizar uso de recursos. Nome Papel Engenharia Hugo Felippe Projetista Estrutural, Gerente de Equipe Aeroespacial Álisson de Souza Projetista Estrutural Aeroespacial João Gabriel Projetista Estrutural Automotiva 19 Bruno Nunes Projetista Eletrônico Eletrônica Guilherme Sampaio Projetista Eletrônico Eletrônica Paulo Henrique Melo Projetista Eletrônico Eletrônica Rafael Schiavon Projetista de Sistemas de Energia, Gerente de Equipe Energia Yan Rodrigues Projetista de Sistemas de Energia Energia Luiz Eduardo Projetista de Sistemas de Energia, Tesoureiro Energia Rafael Andrade Projetista de Sistemas de Energia Energia Matheus Pereira Projetista de Sistemas de Energia Energia Paulo Henrique Alves Projetista de Sistemas de Energia Energia Hugo Martins Desenvolvedor Software Rudmar Rodrigues Desenvolvedor Software Vinícius Franco Desenvolvedor Software João Guilherme Desenvolvedor Software Tabela 2: Papel de cada integrante do grupo. 4.3 Acompanhamento da Equipe Para alinhar a equipe em termos de comunicação foi criado um grupo no aplicativo Whatsapp para que seja de fácil trâmite as informações cotidianas, foi criado também um grupo para cada uma das engenharias. Além da comunicação via Whatsapp foi criado também um quadro no Trello para alocação de tarefas, onde todos os usuários se cadastraram e estão contribuindo para a conclusão das tarefas alocadas lá. Foi criada também uma pasta no Google Drive para armazenamento de documentos e para facilitar a edição dos mesmos, já que o Google drive permite a edição simultânea dos arquivos. 20 5. Plano de Gerenciamento de Custos No item a seguir está descrito o Plano de Gerenciamento de Custos do projeto, que traz o detalhamento de todos os custos, considerando custos de aquisição de materiais e custos de mão de obra. 5.1 Descrição dos processos de gerenciamento de custo Estimar Custos - Durante essa atividade serão estimados os custos do projeto com relação às horas trabalhadas pela equipe e pelo custo dos materiais a serem utilizados no projeto. Controle de Custos - O controle de custos será feito de acordo com a necessidade de aquisição de produtos apontados na estimativa dos custos, e monitorados através de uma planilha de gastos. 5.2 Custo com Equipe De acordo com Relatório de Gestão da UnB do ano de 2015, o custo de um aluno da Universidade de Brasília é de R$ 11.020,00 anuais. Presumindo que em média um aluno cursa 24 créditos por semestre, totalizando 48 créditos anuais, cada crédito equivale a aproximadamente 15h. Com esses dados pode-se então dizer que o custo por hora de cada aluno é dado por: 11.020,00 / (48 * 15), o que equivale a R$ 15,30 reais aproximadamente. A equipe alocada para esse projeto possui 16 alunos, e cada integrante trabalhará, contando horário de aula e extraclasse, uma média de 8 horas semanais, e que o projeto tem uma estimativa de durar 16 semanas, pode-se assumir que preço da equipe é dado por: 15,30 * 8 * 16 * 16, totalizando um valor de 31.334,40, somente com a equipe de desenvolvimento. 21 5.3 Custo com Materiais Levando em consideração todos os materiais que deverão ser adquiridos para a realização desse projeto, podendo listar entre eles: ● Custo com estrutura. ● Custo com materiais eletrônicos. ● Custo com motores. ● Custo com baterias. A estimativa de custos com materiais é de: R$ 2.960,64 Para definição dos custos, foram levantados diversos preços, nos principais canais onlines de compra do mercado, e selecionado os menores valores, para definição de uma estimativa razoável para o preço dos componentes mencionados Tabela 3: Custo total do projeto. Loja Qt. Valor unitário Valor total Motor DJI E300 2212/920 Kv Mercado Livre 5 R$ 75,00 R$ 375,00 Hélice 9443 - 9450 Mercado Livre 2 pares R$ 59,50 R$ 119,00 Lipo 5200 mAh 30C-40C 4s Lipo Battery Mercado Livre 1 R$ 347,00 R$ 347,00 GoPro Hero 4 22 Mercado Livre 1 R$ 1.399,00 R$ 1.399,00 Americanas 1 R$ 1.407,12 R$ 1.407,12 GoPro 1 R$ 1.137,50 R$ 1.137,50 Placa de Distribuição Mercado Livre1 R$23,90 23,90 ESC (Controle dos Motores) Mercado Livre 5 R$ 36,99 184,95 Conectores Bullets Asas de Águia 4 pares R$ 15,00 R$ 60,00 Power Module Mercado Livre 1 R$ 65,00 R$ 75,00 Compartimento dos Eletrônicos e trem de pouso (Material: Fibra de vidro) Veloztech 1 50,00 50,00 Braços - Material: Balsa Nauticurso 4 22,60 90,30 Suporte para a GoPro Hero 4 Mercado Livre 1 118,99 118,99 Raspberry Pi 23 Mercado Livre 1 250,00 250,00 Ardupilot 2.6 Mercado Livre 1 200,00 200,00 Modulo GPS Ardupilot Mercado Livre 1 179,00 179,00 Antenas Mercado Livre 4 35,00 140,00 Extensores UsB (1,5 m) Mercado Livre 3 12,00 36,00 Extensores UsB (3 m) Mercdo Livre 2 15,00 30,00 Estrutura Marceneiro 1 90,00 90,00 Portanto pode-se estimar que considerando o custo da equipe e o custo de materiais levando em conta os preços mais baixos, o custo total do projeto é de: R$ 34.295,04. 6. Plano de Gerenciamento de Riscos O objetivo desse plano é identificar possíveis riscos que podem levar à falha do projeto, assim como estabelecer meios para mitigação e solução dos mesmos. 24 6.1 Descrição dos Processos de Gerenciamento de Riscos Segundo PMBOK, o Gerenciamento de Riscos possui cinco processos: planejamento, identificação, análise, planejamento de respostas e controle de riscos. O Gerenciamento de Riscos possui processos definidos de seu planejamento, identificação, análise, planejamento de respostas e controle de riscos de um projeto [2]. Para o plano de gerenciamento de riscos do projeto Gama Drone para acompanhar usuário, serão adotados quatro processos que estão descritos abaixo: Identificar os riscos: Processos que identificam os riscos que podem atrapalhar negativamente a execução do projeto. Realizar a análise qualitativa dos riscos: Processo que prioriza os riscos identificados de acordo com a sua probabilidade de ocorrência. Neste processo também analisa-se o impacto de cada risco. Planejar as respostas aos riscos: Processo que visa responder aos riscos caso estes ocorram para diminuir seu impacto e ameaças no desenvolvimento do projeto. Controlar os riscos: Processo que monitora e identifica os riscos, além de avaliar se o Plano de Gerenciamento de Riscos está sendo útil ao projeto. 6.2 Estrutura Analítica de Riscos A figura abaixo ilustra a Estrutura Analítica de Riscos para o projeto (EAR). Ela está dividida em quatro fatores de riscos: Tempo, Tecnológico, Humano e Organizacional. 25 Figura 6: Estrutura Analítica de Riscos 26 6.3 Qualificação dos Riscos A definição em porcentagem das probabilidades está detalhada na tabela 3, a descrição de seus respectivos impactos na tabela 4 e a matriz de Probabilidade x Impacto na tabela 5. Tabela 3: Índice de probabilidade dos riscos. Tabela 4: Descrição do impacto dos riscos. Tabela 5: Matriz de Probabilidade x Impacto. 6.4 Riscos Identificados Na tabela 6, encontram-se os riscos identificados até o momento no projeto. 27 Tabela 6: Riscos identificados. 6.5 Planejamento de Respostas aos Riscos Para cada risco, caso ele ocorra, foi planejada a resposta que será tomada pela equipe. A tabela a seguir traz a estratégia que será tomada pela equipe para cada risco e, logo em seguida, a resposta que será dada a cada um deles. Tabela 7: Estratégia aos riscos. 6.6 Outros Assuntos Relacionados ao Gerenciamento de Riscos do Projeto não Previstos neste Plano Caso um novo risco for identificado, a equipe deve retornar a este documento, mensurar, analisar e adicioná-lo ao plano. 28 7. Desafios Técnicos Este item trata de desafios técnicos que a equipe terá para garantir o perfeito funcionamento do produto desenvolvido no projeto, considerando componentes tecnológicos e conhecimento técnico adquirido para o desenvolvimento do produto. 7.1 Engenharia Aeroespacial e Automotiva ● Materiais comprados de baixa qualidade; ● Erros no dimensionamento dos componentes estruturais do drone; ● Falta de processos de manufaturas adequados ; ● Entrega atrasada da estrutura do drone; ● Danos estruturais durante o voo; ● Problemas de integração com os sistemas eletrônicos, de propulsão e energia. 7.2 Engenharia de Energia: ● Bateria insuficiente para o sistema; ● Motor não gerar empuxo suficiente; ● Massa do drone superar o faixa estimada; . ● Mau funcionamento no balanceamento e recarga da bateria; ● Entrega atrasada de dispositivos; ● Erros na projeção do módulo de distribuição de potência; ● Erros no balanceamento da hélice; ● Defeito em dispositivos durante testes. 7.3 Engenharia Eletrônica ● Comunicação serial entre a Raspberry Pi e o Ardupilot; ● Dimensionamento dos receptores e transmissores; ● Funcionamento do Ardupilot; 29 ● Escolha do microprocessador a ser utilizado, ou seja, caso a Raspberry Pi não consiga realizar todo os requisitos desejados; ● Envio e recebimento de dados do celular; ● Calibração dos receptores e sensores. 7.4 Engenharia de Software ● Falha na integração entre módulo Bluetooth e Raspberry Pi; ● Problemas de comunicação entre aplicativo mobile e Raspberry Pi; ● Incompatibilidade entre Raspberry Pi e MAVLink (ferramenta de comunicação ArduPilot/Raspberry Pi); ● Incompatibilidade ferramenta DroidKit com o Raspberry Pi. 8. Referencial Teórico Este item traz uma revisão de trabalhos já existentes que estão relacionados ao problema proposto neste trabalho para dar um embasamento teórico a toda a equipe. 8.1 Estrutura do drone A estrutura de um drone deve possuir rigidez e resistência devido às mudanças de torque durante o voo e possíveis impactos. Para quadricópteros, dois tipos de estrutura são utilizados tipicamente: “H” e “+”. O desenho em cruz, “+”, possui maior rigidez e leveza em comparação ao desenho em “H”, no entanto este desenho tem a vantagem de possuir um maior espaço para o compartimento dos equipamentos. Para o nosso projeto, demanda-se que a estrutura tenha o menor peso possível, devido ao dimensionamento do conjunto motor-bateria [3]. 30 Figura 7: Desenho das estruturas “H” e “+” [4] A estrutura do quadricóptero é composta pelos seguintes componentes: o compartimento dos equipamentos eletrônicos, os 4 braços, o trem de pouso e o suporte da câmera. A estrutura do drone deve possuir a capacidade de armazenar os componentes eletrônicos, bateria e a câmera; resistir o momento fletor devido a força de sustentação na extremidade dos braços e aguentar pousos forçados. A parte central será conectada com as hastes através de encaixe e depois parafusadas, os motores serão parafusados em seu suporte e este será encaixado e parafusado nas hastes, os fios que vão da parte central até os motores serão fixados com abraçadeiras assim como o trem de pouso, os demais componentes eletrônicos serão fixados com parafusos. O dimensionamento do braço deve levar em conta alguns fatores como: a estabilidade do quadricóptero e a resistência mecânica [3]. Aeronaves com braços curtos possuem maior agilidade, no entanto são menos estáveis que drones com braços longos. Para atender os requisitos do projeto, o quadricóptero deve ser ágil, portanto definiu-se que a aeronave possuirá um curto. O formato da seção transversal do braço tem influência na resistênciamecânica, no custo do processo de fabricação e na disposição do arranjo do ESC (Controlador eletrônico de velocidade), em relação a resistência mecânica, as seções transversais retangulares e circulares possuem característica próximas, mas em relação ao custo de fabricação e na disposição do ESC, a seção transversal retangular é mais viável. 31 O comprimento do braço também depende da distância entre os rotores. Uma distância muito curta provoca uma interação entre os escoamentos dos rotores, logo uma perda de eficiência na performance deles [5]. Figura 8: Magnitude da vorticidade do escoamento dos rotores [5] De acordo com Yoon [5], uma distância de 30% do diâmetro da hélice entre os rotores, faz com que não haja uma interação significante entre os escoamentos dos rotores, como é mostrado na Figura 7. O comprimento dos braços deve atender os seguintes requisitos, deve ser o mais curto possível, no entanto respeitando a distância entre os rotores, que necessita ser maior que 30% do diâmetro da hélice e com espaço para o compartimento da eletrônica entre os quatro rotores, além das restrições estruturais. 32 Figura 9: Esquemático do quadricóptero Baseando-se na figura 9 e por meio de trigonometria, pode-se obter o comprimento mínimo do braço para que atenda os nossos requisitos. (1) L = 4 −2b±√(2b) −8(0.25b −s −2sd − d )2 2 2 2 8.2 Propriedades mecânicas Para que o drone tenha as características necessárias para o projeto, a escolha dos materiais para as peças que os constituem torna-se uma etapa de extrema relevância. Nos drones comerciais, como os multirotores, há certos aspetos a ter em conta na escolha dos materiais utilizados tais como [6]: • Densidade dos materiais • Resistência mecânica • Custos de produção • Facilidade de manutenção 33 Um drone deste gênero deve ser leve, ágil, durável, de fácil manuseamento e ter uma certa resistência a pequenas quedas. Atualmente, impressões 3D, os compósitos e madeiras aeronáuticas são os materiais mais usados na construção de drones como o do nosso projeto [7]. Materiais como os de impressão 3D, como o PLA (ácido polilático) ou ABS (acrilonitrila butadieno estireno), estão sendo muito utilizados na confecção dos drones pelo fato de serem leves (baixa densidade) e terem a resistência necessária. Para o nosso projeto, a impressão seria viável pelo fato de a universidade ter uma impressora 3D disponível para utilização, além de baixo custo, comparado ao custo das impressoras disponíveis no mercado. Os compósitos de fibra, como fibra de carbono e fibra de vidro são ideais para esse tipo de projeto, pelo fato de serem altamente resistentes, leves e alta durabilidade. Porém, seu preço, dependendo do caso, pode ser alto. No caso do nosso projeto, sua utilização é viável pelo fato de o material necessário ser em pouca quantidade. Madeiras do tipo balsa são muito utilizados atualmente em projetos de drones, como o nosso, pois são baratas, terem a resistência necessária e serem muito leves, o que no caso do nosso projeto é essencial. São fáceis de encontrar, o que é importante para nosso projeto, devido ao pouco tempo que um semestre acadêmico dispõe. Na Tabela 8 são comparadas as principais características de materiais que são usados na construção de um drone como o nosso: compósito de fibra de carbono, compósito de fibra de vidro, alumínio, balsa, PLA e ABS [8][9][10]. Tabela 8: Principais materiais utilizados na estrutura de drones Densidade (𝜌 ) (Kg/m3) Resistência a Tração (Mpa) Rigidez (𝐸) (Gpa) Elonga- ção (%) Módulo de elasticid ade (GPa) Módulo de Young (GPa) Coeficient e de Poisson 34 Compósito de Fibra de Carbono 1500 a 1700 827 69 a 150 1,75 a 1,9 230 a 240 70 0,1 Compósito de Fibra de Vidro 1540 a 1700 103 a 344 76 a 98 8 a 9 70 a 80 81,3 0,22 Alumínio 2500 a 2900 550 68 a 80 1 a 20 - 70 0,33 ABS 1000 a 1039 - - 3,5 a 50 1,7 a 2,8 2 a 2,6 - PLA 1300 - - 6 3,5 3,5 - Balsa 130 7 a 32 1,2 3 0,38 8.3 Dinâmica do quadricóptero Nesta parte do trabalho será desenvolvida a teoria referente a dinâmica de voo do quadricóptero, o motivo para tal, é devido a utilização dos vetores velocidade do drone no algoritmo de perseguição. O procedimento a seguir mostra como pode-se o vetor velocidade. O quadricóptero possui seis graus de liberdade; três de translação e três de rotação, como mostra a figura abaixo, portanto precisamos de seis equações para descrever sua dinâmica de voo. As equações são obtidas a partir da segunda Lei de Newton e da conservação do momento angular. Figura 10. Sistemas de coordenadas usados [1] 35 Para retratar a dinâmica do quadricóptero, precisa-se de dois sistemas de coordenadas: um fixo ao drone ( ) e outro fixo ao solo ( ).yzx Y ZX Os vetores posição, velocidade e aceleração no referencial fixo ao quadricóptero são representados por: E no referencial fixo ao solo, temos: Do mesmo modo, para o movimento translacional em cada eixo, tem-se que: Onde, é o ângulo de rolagem (Roll), é o ângulo de arfagem (pitch) e é ϕ θ ψ o ângulo de guinada As forças a serem consideradas são: gravitacional e o empuxo gerado por cada motor-hélice. A força devido ao arrasto aerodinâmico sobre o quadricóptero será desconsiderada a primeiro momento devido à escassez de dados relativos ao coeficiente de arrasto de quadricópteros. Dessa maneira aplicando a segunda lei de Newton no referencial fixo ao solo e fazendo a transformação de coordenadas necessárias, obtemos as equações referentes ao movimento de translação. Onde é a velocidade de rotação do motor, é uma constante de empuxo Ω L da hélice e é a aceleração da gravidade.g 36 Os momentos que atuam na sistema são devido aos propulsores. Podemos dividir esses momentos em três parcelas: a primeira é gerada pelo arrasto aerodinâmico das hélices; a segunda parcela pela direção e distância do empuxo em relação ao centro de gravidade do quadricóptero; a terceira ocorre por meio do momento giroscópio entre as hélices e a estrutura. A partir dessas considerações e aplicando o teorema da quantidade de momento angular no referencial fixo ao drone, obtém-se as equações relativas a movimento de rotação: Onde é a distância no plano do centro de gravidade até o centro das d yx hélices, , e são os momentos de inércia e é o momento de inércia da Jx Jy Jz Jmz hélice e do rotor. Deve-se ressaltar que as velocidades de rotação dos motores depende do tempo, pois estão relacionadas com as entradas do sistema, que é a tensão de entrada em cada motor. Desse modo, podemos achar as equações que descrevem o funcionamento dos motores, analisando o circuito abaixo. Figura YY. Circuito equivalente a um motor brushless Na Fig. YY, temos que: é a tensão de entrada, é a resistência interna, V 0 R é a indutância, é a queda de tensão gerada pelo motor e é o torque gerado.Lem τ 37 Aplicando a lei das tensões de Kirchhoff no circuito acima; utilizando as relações eletromecânicas e o teorema da conservação do momento angular, conseguimos a equação diferencial que descreve o comportamento de cada motor. Finalmente, obtemos todas as equações necessárias para modelar a dinâmica do quadricóptero Eq. (4) até Eq. (10). No total temos 10 equações, onde essas são diferenciais, não lineares e de segunda ordem. Para resolução desse sistemas de EDO’s, utiliza-se o método de Runge-Kutta 4 ordem, no entanto primeiramente devemos escrever as EDO’s de segunda ordem, em um conjunto de EDOs de primeira ordem, isso é feito por meio das relações dinâmicas de posição, velocidade e aceleração. Portanto a solução do sistema é dada por:x, , , , , , , , , ]y = [ y z vx vy vz ϕ θ ψ ϕ, , , , , ,˙ θ̇ ψ̇ Ω1 Ω2 Ω3 Ω4 ˙ Onde são os coeficientes de Runge-Kutta, onde estes dependem da K função. 9. Descrição do produto do projeto Esse tópico tem como objetivo apresentar os produtos que serão utilizados no desenvolvimento do Drone. As especificações, funcionalidades e justificativas de escolha de cada componente são apresentadas, baseando-se em argumentos técnicos, de valor de custo e logística. 9.1 Compartimento dos equipamentos eletrônicos O compartimento dos equipamentos eletrônicos que é a parte central, têm como objetivo armazenar os componentes eletrônicos e a bateria. Ele será feito de 38 fibra de vidro, esta escolha foi feita devido aos requisitos de peso, resistência, custo e principalmente, disponibilidade de aquisição do material. Figura 11: Exemplo de um compartimento dos Equipamentos Eletrônicos 9.2 Câmera De acordo com as especificações fornecidas pela própria empresa fabricante, a câmera “GoPro Hero3 ou Hero4 ” possui estabilização máxima de imagem interna e um campo de visão médio entre 170 graus (FishEye) e um ângulo focal de 127 graus, o que será usado, devido a melhor definição de vídeo de 1080p (HD). Esta se adequou com o proposto do trabalho, logo assumindo-se que a câmera estará, estimadamente, inclinada 16 graus para baixo e que a mesma terá que captar uma distância mínima de 1,5 metros antes da pessoa, a altura inicial estipulada é de 3m (Eixo X), assim, utilizando as relações trigonométricas de tangente, pode-se inferir que uma distância horizontal (eixo Y) de 3 metros atenderá aos requisitos do projeto. A altura de 3 metros atende a intenção de captura de imagem, bem como é suficientemente segura para não acertar nenhuma pessoa em sua zona de ação em local aberto. Caso a intenção seja de conseguir uma maior amplitude de imagem, capturando a paisagem com maior relevância, a distância horizontal (eixo Y) pode ser aumentada significantemente, não prejudicando assim a filmagem do usuário, no entanto esta não pode ser inferior aos 3m, pois não haveria uma captura ideal para o fim destinado. 39 Figura 12: Foto com a GoPro utilizando as especificações de altura e distância 9.3 Braços do quadricóptero As hastes que compõem o braço podem ser construídas de tubos de fibra de carbono ou de vidro, alumínio, plástico e madeira, no entanto, será utilizado neste projeto madeira de Balsa por ser um material leve, resistente, baixo custo e encontrado facilmente nas lojas. As hastes serão quadradas para melhor encaixe das peças onde serão fixados os motores e na parte central. 9.4 Trem de pouso Nos modelos de frames dotados de suporte para filmadoras, como o nosso, é comum utilizar trem de pouso alongado para proteger a câmera. Contudo, um trem pouso mal posicionado pode atrapalhar as filmagens. Para solucionar esse problema alguns modelos contam com um sistema retrátil que recolhe o trem de pouso deixando a imagem de vídeo sem nenhum tipo de obstrução. No nosso projeto, o escopo não inclui trem de pouso retrátil, pois o fixo já atende os requisitos do projeto. O trem de pouso deve suportar pequenas quedas para a proteção dos 40 equipamentos em casos de pousos forçados ou falha nos sistemas de comunicação. O trem de pouso será manufaturado utilizando varetas de fibra de vidro, pois é um material de fácil manuseio, possui boa resistência mecânica, além de ser leve. E novamente, material com boa disponibilidade de aquisição. Figura 13. Exemplo de trem de pouso. 9.5 Suporte para a câmera Alguns frames vêm com o suporte de câmera acoplado na parte central ou no trem de pouso. Os menores modelos têm mecanismos para evitar a vibração, melhorando assim a qualidade da imagem. O suporte denominado Gimbal é um modelo que permite a câmera fazer movimentos suaves enquanto o aeromodelo modifica a sua inclinação diversas vezes [11]. No nosso projeto não será necessário utilizar sistemas de suavização de imagem, pois a câmera utilizada escolhida para o projeto, a GoPro, já vem com esse subsistema acoplado. O suporte será na parte central, devido à melhor distribuição dos esforços na estrutura. 41 9.6 Sistema de Alimentação do Drone O sistema de alimentação do drone é composto por um conjunto que integra a bateria aos motores e, assim, produz a rotação das hélices. Tais estruturas são detalhadas nas seções subsequentes. 9.6.1 Motores De acordo com o estabelecido anteriormente, o drone por ser um quadricóptero, possuirá quatro hélices e quatro motores sendo dois motores rotativos em sentido horário e dois contra rotativos. Assim, para determinação destes motores e hélices, de acordo, utiliza-se o empuxo necessário baseado no peso [12]. Para que um quadricóptero realize todas as operações e tenha margem para manobrabilidade e já considerando um parâmetro de compensação de segurança bastante otimizado, a seguinte equação é utilizada: (12) E 4 2 PT* = px Sendo: PT = Peso Total sem os motores Epx = Empuxo total necessário por motor. Com isso, estima-se que o drone terá massa entre 1500-1700 gramas, levando em consideração que os quadricópteros comercializados no mercado, que possuem a mesma aplicação desse projeto (Lily, Airdog e Phantom 4), possuem uma massa média de 1550g. Aplicando-se a equação para as massas acima, calcula-se um empuxo de cerca de 800 gramas por motor. Além do mais, serão utilizados motores da categoria Brushless, devido à sua maior durabilidade e eficiência, menor perda mecânica e menor necessidade de manutenção. A figura 14 ilustra o motor escolhido. 42 Figura 14: Motor Brushless CC A capacidade de voo que o motor empregará é dada pela unidade KV. Este dado é encontrado nas características do motor. Com isso, para chegarmos à RPM necessária para manter o voo, dois fatores passam a serem primordiais, as hélices e a bateria. O motor, quando comercializado, já vem com todas as características pré-estabelecidas associadas a este projeto. Sendo assim, cada motor possui um conjunto de hélices e uma tensão máxima que será estipulada pela bateria associada. Com estes parâmetros, chega-se ao empuxo, o qual vemtabelado pelo fabricante do motor. Assim, o motor selecionado foi o DJI E300 2212/920Kv (53g/cada). Este motor foi o escolhido pelo fato de possuir uma baixa massa, ser bastante comercializado, garantindo assim a qualidade do produto, além de atender a todas as especificações necessárias, justificadas pela tabela abaixo: Tabela 10: Desempenho Motor x Bateria 43 9.6.2 - Teste do Motor Para o teste de empuxo do motor, utilizou-se uma estrutura conforme o esquemático representado pela figura 15, em que cada motor é testado por vez e alocado na parte superior. Este motor é alimentado por uma bateria Lipo de 5.200 mAh, sendo que a corrente é controlada por um potenciômetro. Em funcionamento, o motor gira a hélice produzindo uma força na horizontal, em que esta força é transmitida por um eixo para produzir uma força vertical contrária a balança. Com isso, torna-se possível medir o empuxo através da massa medida pela balança. Figura 15: Esquemático do teste de empuxo Na figura 16, pode-se observar uma imagem do momento em que os testes estavam sendo realizados. 44 Figura 16: Testes de empuxo Em tais testes, foram obtidos os seguintes valores de empuxo: Motores Anti-horário Empuxo Máximo Motores horário Empuxo Máximo 1 819 g 1 813 g 2 806 g 2 824 g Tabela 11: Resultados experimentais de empuxo máximo Apesar de utilizar as mesmas configurações do conjunto motor, bateria e hélice, obteve-se um empuxo cerca de 20% menor para os motores em relação às tabelas fornecidas pelo fabricante. Desta maneira, acredita-se que houve perdas mecânicas devido às limitações da estrutura de testes montada expressa na figura 16. Outra justificativa para tal discrepância, é o fato de que as extensões dos fios realizadas para integração da distância do sistema elétrico com a estrutura fabricada, podem estar sofrendo perdas significativas. De qualquer maneira, mesmo considerando as perdas, o empuxo gerado pelos motores é capaz de suprir a carga estimada do drone com folga. 45 Durante os testes dos motores, um destes foi danificado. Acredita-se que o fato ocorrido foi resultado do contato indevido entre o dissipador de calor do ESC e os componentes da placa, comprometendo tanto o motor, quanto o ESC, em questão. Para contornar tal problema, optou-se por prontamente substituir tais dispositivos por novos exatamente iguais, visto que tentar recuperá-los geraria mais riscos. 9.6.3 - Hélices Baseado na tabela 10, conclui-se que o motor trabalhando com as hélices convencionais atreladas a estes, da 9443 até 9450, ou seja, 9,4 polegadas de comprimento e 4,3 ou 5,0 de passo, geraria o empuxo necessário para o pleno funcionamento do Drone. A figura 17 exemplifica um par de hélices 9443. Figura 17: Hélices 9443 9.6.4 - Balanceamento das Hélices O balanceamento das hélices faz-se necessário para garantir que a massa da hélice seja simetricamente dividida para cada lado de lâmina. Para isso, montou-se a estrutura da figura 18 em uma superfície plana, visando verificar se algum dos lados de cada hélice está mais pesado do que o outro. O lado que está 46 mais pesado foi delicadamente lixado, até que as massas se igualem e o equilíbrio seja estabelecido conforme a figura abaixo. Figura 18: Balanceamento de hélices sentido horário e anti-horário 9.6.5 - Bateria Para o motor escolhido e de acordo com a tabela fornecida pelo fabricante, nota-se que o empuxo é consideravelmente maior para baterias do tipo 4S, pois estas possuem quatro células, gerando uma maior tensão, e consequentemente um aumento na rotação exercida para cada volt no motor. Por esses motivos, bateria deverá ser desta categoria. Além do número de células, baterias utilizadas em Drones comerciais, tendem a serem do tipo LiPO (Polímeros de Lítio), pois estas garantem características essenciais como baixo peso, alta capacidade de corrente e tensão e alta taxa de descarga. Deste modo, dimensionou-se a bateria necessária para suprir as necessidades do projeto, baseando-se, principalmente, na corrente que os motores solicitam em condições máximas e ao tempo de voo desejado. Desta maneira, a bateria escolhida levou em conta o peso e a capacidade, 495g e 5.2Ah respectivamente, considerando que os motores demandem a máxima corrente de 13.58 A. De acordo com os dados apresentados neste parágrafo, 47 estima-se um voo de aproximadamente cinco minutos, conforme calculado pela expressão abaixo: Tempo de voo = 60 min*Capacidade da Bateria (Ah) / Corrente máxima(A) Tempo de voo = 60 min * 5.2 Ah / 13.58 A * 4=5,74 min Portanto, a bateria Lipo 5200 mAh 30C-40C 4S Lipo Battery Lion Power foi a escolhida, a qual possui 30c de descarga contínua, totalizando 156 A de corrente para alimentar o sistema. A figura 20 apresenta a bateria escolhida. Figura 19: Bateria Lipo 5.200 mAh A bateria foi adquirida com conectores do tipo Dean, porém, a conexão necessária era do tipo XT60. Logo, fez-se um corte, seguido de uma substituição e uma soldagem para que a conexão seja compatível tanto para os testes de empuxo, quanto para a montagem do sistema como um todo, na qual a bateria é conectada ao Power Module. 9.6.6 - Controlador de Velocidade (ESC) Foi escolhido o ESC Simonk para controlar a velocidade do motor, fazendo com que a descarga da bateria seja proporcional a rotação do motor requerida, em outras palavras, quanto maior a velocidade do motor, maior será a liberação de corrente por parte da bateria. Esse ESC possui a capacidade de aguentar uma corrente máxima de 30 A. Este ESC foi determinado em virtude de possuir a maior 48 compatibilidade com o motor selecionado e possuir suporte a corrente exercida pela bateria. Além disso, os ESCs possuem um BEC que limita a tensão para os dispositivos eletrônicos, como o Ardupilot, visto que estes trabalham com no máximo 5V, enquanto os motores podem trabalhar com uma tensão de 14.8 V. A figura 21 ilustra o ESC escolhido. Figura 20: ESC Simonk 30 A 9.6.7 - Integração do Sistema de Alimentação Para integração dos sistemas elétricos e de controle, fez-se necessário o uso de uma placa de distribuição. O objetivo dessa placa de distribuição é fazer com que a corrente vinda da bateria chegue aos motores, e também até os componentes eletrônicos do drone. Para tal, foi selecionado uma placa que possua capacidade de resistir a corrente total do sistema. Portanto, foi adquirida uma placa com 90 Amperes de capacidade. Para a construção da placa foram soldados conectores bullets do tipo fêmea, em que nestes são conectados conectores machos vindos do ESC que, por sua vez, conectam-se aos motores. A placa de distribuição ainda recebe dois fios vindos de um conector XT60, o qual conecta-se ao Módulo de potência do ArduPilot que será descrito em seguida. A figura 22 ilustra a placa de distribuição escolhida. 49 Figura 21: Placa de distribuição Para o sistema de controle, escolheu-seo Controlador Ardupilot Mega 2.5. Este controlador permite que o drone realize operações por meio de radiotelemetria entre 915 e 433mHz, além de acoplar o módulo GPS e realizar operações totalmente autônomas. Para a alimentação do Ardupilot a partir da bateria, utiliza-se um Módulo de Potência (Figura 22), cujo o objetivo deste é alimentar o Ardupilot, informar ao sistema automático de controle de voo (Ardupilot) dados, como por exemplo, a tensão e a corrente que estão sendo consumidas. Para o dimensionamento do power module, considera-se apenas em a tensão máxima e a corrente máxima da bateria e a compatibilidade com a versão do Ardupilot utilizado. Figura 22: Power Module do Ardupilot 50 A ligação de todos os sistemas necessários para o voo, é dado pelo esquemático abaixo: Figura 23: Esquemático do sistema de alimentação do drone Como observado na figura 23, a bateria é ligada ao Power Module, em que esta ligação é feita por conexões padrão XT60. O power Module, por sua vez, é ligado diretamente na placa de distribuição. Nesta mesma placa, ligam-se os ESC de controle, sendo que todos os quatro são conectados simultaneamente. Nos ESCs ligam-se os motores. As hélices são encaixadas nesses motores, sendo que os motores 1 e 2 possuem hélices contra-rotativas, enquanto os motores 3 e 4 possuem hélices que giram no sentido horário. Todos os ESCs possuem entradas de sinal e estão conectados como saídas do Ardupilot, para que o controle de voo possa ser executado. Por outro lado, o power module e os módulos GPS/Rádio possuem entradas específicas no Ardupilot. 51 9.7 - Projeto do Carregador da Bateria A bateria utilizada no Drone, por ser do tipo LiPo e ser composta por quatro células, possui restrições quanto à sua recarga, tendo em vista que suas células devem ser carregadas de forma que a tensão de suas células sejam igualmente balanceadas na medida que as carrega. Visando executar esta função, o circuito é equipado com transistores e resistores, ao modo que quando uma célula está com carga maior do que a outra, os transistores são acionados, fazendo com que a corrente passe por um caminho que possui resistores e o excesso de carga seja descarregado no resistor. O processo é cíclico até que as células estejam completamente carregadas com a mesma tensão. O Conversor CA-CC O fornecimento de energia elétrica na rede se dá por corrente alternada devido à facilidade de se enviar essa energia a longas distâncias e poder ser utilizada no meio urbano. No entanto, o circuito do carregador necessita de corrente contínua, e para isso, é necessário projetar um conversor. Os requisitos do carregador são uma tensão de 18V e uma corrente máxima de 1.5A. Para atingir esses valores serão utilizados diodos retificadores, dois resistores de 1 kohm, um capacitor de 47uF e diodos Zener de 18V e 5W, como será descrito a seguir: Figura 24 - Circuito Conversor completo. 52 Inicialmente o transformador reduz a tensão de entrada de para .(t) 220 sen(2πft) Vv = √2 (t) 24 sen(2πft) Vv = √2 Figura 25 - Diferença de tensão no primário e secundário. Na figura acima o sinal com amplitude maior representa a tensão no primário, e o sinal de menor amplitude representa a tensão no secundário. Em seguida, os diodos retificam a tensão alternada para uma tensão pulsante com o dobro da frequência e um valor de pico 1.4V menor devido à queda de tensão nos diodos. A figura a seguir exemplifica isso. 53 Figura 26 - Diferença entre a tensão de saída do transformador e saída dos retificadores. Na figura 26, o sinal com amplitude maior representa a tensão no secundário do transformador, e o sinal de menor amplitude representa a tensão após o retificador de onda completa. O próximo passo é adicionar um capacitor que terá a função de reduzir as oscilações da corrente pulsante. Essa oscilação é chamada de riple. Figura 27- Saída do conversor após o capacitor Por fim, adiciona-se um resistor limitador de corrente em série com um diodo Zener na saída, para obter uma corrente contínua totalmente linear. 54 Figura 28- Tensão após o diodo Zener. Circuito Carregador e Balanceador Desta forma, o ponto de partida para o projeto do carregador foi obtido e devidamente adaptado do site DIY eletronics, para que o carregador opere com quatro células, ao invés de três, como mostrado na figura 24. Além do mais, o circuito foi validado por meio de simulação no software NI Multisim. As figuras abaixo demonstram o circuito original e o adaptado, respectivamente. 55 Figura 29: Carregador e balanceador de 3 células No circuito representado na figura 30, as fontes de corrente funcionam como baterias para simular as correntes de carregamento. Os LED’s ligam enquanto houver corrente na bateria indicando que está carregando. 56 Figura 30 - Circuito Carregador e balanceador de 4 células. Na figura 31, é possível perceber que quando a corrente é nula, o LED apaga indicando que a célula está carregada e balanceada. Figura 31 - Circuito do Carregador e balanceador com corrente de bateria nula em duas células. 57 Dimensionamentos Nesta parte será considerado a influência da temperatura do meio, da solda e trilha a fim de evitar seu mau funcionamento devido aquecimento excessivo, além disso serão dimensionados alguns dos parâmetros da placa de circuito impresso. Corrente de entrada e ajuste do Trimpot Na entrada do circuito mostrado na figura 25 existe o circuito integrado LM 317, tal componente corresponde segundo seu datasheet uma configuração de regulador de corrente, e além disso possui proteção contra sobrecarga térmica. Figura 32 – LM 317 em configuração de regulador de corrente [2]. Sua corrente de saída é definida como . 1, 5/Ri = 2 Figura 33 – Regulador de corrente U11. Como ele possui proteção contra sobrecarga térmica, pretende-se usar corrente máxima de 1.5 A para um carregamento mais rápido da bateria, para que isso ocorra devemos ajustar o Trimpot de forma: 58 .5 .25/Reqi = 1 = 1 eq .25/1.5 .833 ΩR = 1 = 0 eq 1 2 3) rimpot)/((R1 2 3) rimpot) 3 rimpot)/(3 rimpot)R = R + R + R * T + R + R + T = ( * T + T .25(3 rimpot) .5Trimpot1 + T = 4 rimpot .15ΩT = 1 Variação da Temperatura de operação dos componentes Componente Temperatura (° C) 2SC9013 -55-150 TL 431 -40-125 BD 140 -65-150 LM 317 -40-85 Resistores -45-125 Tabela 12- Temperaturas de operação para cada componente. De acordo com a temperatura dos componentes na tabela 2 temos que a máxima temperatura para que não ocorra falha é de 85°C do componente LM 317, no entanto nessa temperatura considerando a tolerância dos componentes é possível que eles queimem, diminuam drasticamente seu desempenho ou tenham um comportamento inesperado, sendo assim considera-se um fator de risco de 10% de modo a evitar problemas, reduzindo a temperatura máxima que os componentes devem atingir para 76.5°C. Temperatura da Solda 59 A temperatura de fusão de uma solda de circuito impresso depende da relaçãoestanho (Sn) e chumbo (Pb), a tabela a seguir mostra as faixas de temperaturas de fusão para cada proporção de estanho-chumbo. Tabela 13 – Propriedades da liga estanho-chumbo para intervalos de temperatura [4]. A solda a ser utilizada será a sn/pb=63/37 devido ter um ponto de fusão menor e necessitar de um ferro de solda menos potente na fabricação, essa solda possui um ponto de fusão de 183°C, como a temperatura em nenhum dos componentes deverá chegar a essa temperatura em condições de operação temos que ela não oferece risco de fundir e comprometer o projeto. Temperatura de fusão da trilha A trilha de cobre pode aquecer devido uma potência elétrica, com isso deve-se verificar se essa potência elétrica pode provocar sua fusão. A temperatura de fusão do cobre é de 1084 °C, sendo assim, considerando a primeira e segunda lei de Ohm e a equação da resistividade para uma variação de temperatura, será determinado a largura necessária para que ocorra a fusão da trilha. iP = V = Ri2 60 R = ρA L ρ = 1σ iP = 1σA L 2 A/iLρ = V iσ = LPA 2 Cálculo da resistividade de um material (0°C)(1 t T )ρ = ρ + α (0°C) esistividade para zero graus celsiusρ = r t oeficiente de temperatura da resistividadeα = c emperaturaT = t (0°C)( para o cobre) .6 0¯ 8 Ωmρ = 1 * 1 ˆ Considerando a potência máxima do circuito que ocorre para uma tensão de V=18V e uma corrente de i=1.5A determina-se a resistividade do cobre, e ainda considerando sua espessura de 18um, tem-se rea (A) argura(L) spessura(E)Á = L * E A/iL 18 A )/(1.5 .1)ρ = V = ( * * 0 20 A Ωmρ = 1 Substituindo na equação da resistividade com a temperatura de fusão do cobre, temos 20 A .6 0¯ 8 (1 .0039 084)1 = 1 * 1 ˆ + 0 * 1 .97 0¯¹⁰mA = 6 * 1 .97 0¯¹⁰ 8 0¯ 66 * 1 = 1 * 1 ˆ * L 61 .87 0¯ 5 mL = 3 * 1 ˆ Com isso considerando a potência máxima possível na trilha para espessura considerada temos a largura será significamente maior que a largura de fusão e com isso o aquecimento devido à potência elétrica não irá fundi-la. A largura da trilha De acordo com a tabela a seguir podemos definir a espessura da trilha em circuito impresso considerando uma variação de temperatura nas condições Brasileiras de 10°C a 50°C, e ainda considerando que a temperatura nos componentes podem chegar no máximo até 76°C, tendo uma variação de 56°C em relação a ambiente, por fim sabendo a espessura de cobre de 18um e a corrente já calculada. Figura 34 – Ábaco para dimensionamento de trilha e corrente [1]. Assim chegamos à conclusão que a largura da trilha deverá ser de no minimo 0.4 mm. Distâncias entre as trilhas O dimensionamento das trilhas é realizado tomando a diferença de potencial entre as trilhas, tais diferenças de potenciais podem ser obtidas através da simulação. 62 Figura 35– Tensões nos componentes. 63 Figura 36 – Tensões nos componentes. De acordo com a tabela a seguir é possível determinar a distância mínima entre as trilhas. Figura 37 – Tensão entre as trilhas e suas respectivas distâncias [3]. De acordo com a figura 37 nenhuma das tensões entre os componentes ou trilhas supera uma tensão de 30 V, sendo assim a distância entre as trilhas não deverá ser menor a 0.1 mm. Para uma melhor confecção do circuito impresso será utilizado uma trilha de 2 mm devido utilizar um processo manual de fabricação. A partir da simulação do carregador e todas a variáveis de projeto, foi realizado o projeto do circuito impresso. As figuras 38 e 99 ilustram, respectivamente, o PCB do circuito do carregador e uma imagem em 3D do mesmo circuito. 64 Figura 38 - PCB do circuito do carregador de bateria. Figura 39 – Visualização em 3D do circuito do carregador e balanceador da bateria. 65 9.7.1 - Projeto da Placa de Alimentação do HUB O HUB consiste em um dispositivo alimentado por uma fonte de alimentação externa conectado à rede elétrica capaz de fornecer 4 saídas USB, tal dispositivo foi utilizado no projeto temporariamente para alimentar as antenas e fazer o algoritmo de perseguição do drone, no entanto o ele necessita de um HUB que seja capaz de alimentar as antenas utilizando a energia da bateria, sendo assim o projeto do HUB consiste em utilizar reguladores de tensão para reduzir o nível de tensão e corrente da bateria a nível de uma porta USB. O circuito foi feito utilizando um LM 317 na configuração de regulador de corrente, configurado para uma corrente de 500mA e um LM 317 na configuração de regulador de tensão configurado para uma tensão de 5V. Figura 40 – Simulação do Circuito do HUB No circuito acima a corrente após o primeiro LM 317 é , onde R é a , 5/Ri = 1 2 resistência equivalente entre R12=4.7Ohm e R122=5.6Ohm resultando em 66 R=2.55Ohm, com isso calcula-se uma corrente de aproximadamente 500mA. A tensão de saída é configurada pelos resistores R22=1kohm e Trimpot1=3.3kohm, ajustando o Trimpot1 para uma resistência de 2.9kohm, através da equação do regulador de tensão obtemos uma tensão de 5V 1, 5 x (1 Trimpot1/1kohm)V = 2 + na porta USB. O projeto foi realizado considerando os mesmos resultados do carregador, já que seus componentes, níveis de tensão e corrente são semelhantes ou menores, obtendo no máximo a mesma espessura de trilha e sendo desprezíveis os efeitos eletromagnéticos entre as trilhas, foi confeccionado o projeto de circuito impresso para confecção do dispositivo. Para melhor fabricação foi utilizado uma trilha com espessura de 1mm. Figura 41 – Projeto para circuito impresso do HUB. 67 Figura 42 – Visualização em 3D do circuito do HUB. Figura 43 - Circuito montado HUB. 68 Figura 44 - Circuito montado HUB. 9.8 Controlador de Voo (ArduPilot) O sistema de controle do Drone, será realizado por meio da plataforma para VANTs ArduPilot, que é um projeto aberto (software livre) desenvolvido por Chris Anderson and Jordi Munoz, em 2007, com contribuições posteriores de uma ampla comunidade de aeromodelistas, universitários e programadores interessados em VANTs DIY, do Inglês Do It Yourself, em Português faça você mesmo. O ArduPilot, também referido com APM (ArduPilot Mega) é utilizado para o controle autônomo de VANTs dos mais variados tipos, como os de asa fixa, multirotores, tail sitter e os helicópteros tradicionais. Seu nome tem origem do Arduino, uma plataforma computacional de código aberto baseada no microcontrolador ATMEGA, com capacidade de adquirir informações de sensores, e controlar atividades de acordo com o Software nele programado, já que a primeira versão da placa APM autopilot teve como base o ambiente de desenvolvimento do Arduíno (“Introduction to Arduino”, http://arduino.cc/en/Guide/Introduction ). A versão utilizada neste Projeto é a 2.5 do ArduPilot, figura 18. Esta versão conta com sensores e componentes que proporcionam a estabilização autônoma, navegação por waypoints (coordenadas GPS) e telemetria (envia dados úteis para a estação em terra, como status da bateria) e consiste, em suma, de um processador 69 http://arduino.cc/en/Guide/Introduction principal e uma IMU- Inertial Measurement Unit. Pode ser observado na placa ArduPilot 2.5 o seguinte: ● Microcontrolador ATMega2560 com clock de 16MHz; ● Circuito de segurança para o caso que ocorra falhas utilizando um circuito contendo um chip multiplexador e um processador ATMega32U2; ● Suporta 8 (oito) canais RC, de controle de Rádio, incluindo a opção de ligar e desligar o piloto automático; ● Conectores para adesão de novos sensores e GPS; ● Giroscópio para 3 (três) eixos; ● Sensor de pressão barométrica para altitude; Figura 45: Placa ArduPilot Versão 2.5 Após realizar todo o tratamento das informações dos receptores e calcular a posição do usuário em relação ao drone serão enviados comandos via comunicação serial da raspberry pi para o ardupilot. Utilizando o sistema de controle de vôo alt hold e Stabilized onde o Drone será estabilizado em uma determinada altura. Dessa forma os comandos serão simples como para frente, para trás, esquerda ou direita. 9.8.1 Alimentação do Ardupilot 2.5 70 Durante a integração do sistema de energia, foi constatado que havia a necessidade de remover os fios vermelhos das ESCs, cuja função seria alimentar o Ardupilot. Isto ocorreu após a decisão de utilizar o Power Module para alimentar o Ardupilot. Além de utilizar a energia proveniente da bateria, o Power Module também possui como vantagem o fato de ter um limitador de corrente e tensão acoplado e possuir a capacidade de manter a estabilidade dos parâmetros elétricos, minimizando assim, as chances de danificar a placa. Em resumo, a bateria irá alimentar, tanto os motores, quanto os periféricos ligados ao Ardupilot. 9.8.2 Calibragem do Ardupilot O Sistema do Arupilot precisa ser ajustado e calibrado. A calibragem do Ardupilot foi feita por meio do sistema anexado ao software de voo Mission Planner®. Para ocorrer a calibração, os três eixos devem entrar em sincronia com o sistema de voo. Primeiramente, calibra-se o horizonte artificial para que o Ardupilot crie um “lock” e consiga travar esta posição, visando a estabilidade do drone. Tal estabilidade é necessária para regular o eixo Y ou eixo horizontal, tendo como consequência uma maior nitidez de imagem. Para a calibragem do eixo X e Z, referentes a movimentos laterais e de subida e descida, utilizou-se uma calibragem por meio de bússolas e GPS (Fig.46), uma vez que a integração de ambos permite uma melhor determinação do sistema de voo com relação a sua real posição no espaço. 71 Figura 46: Calibragem do horizonte artificial Entretanto, foi constatado, durante a calibragem, que seria necessário o uso de um rádio transmissor para realizar a calibragem dos motores, ESCs e dos canais do próprio rádio, de modo a fazer com que os motores partam simultaneamente. Logo, foi utilizado um Rádio de 6 canais da marca FUTUBA, em que este, era ligado via onda de rádio a um receptor universal de 8 canais e 2 antenas da marca OrangeX. Assim, foi possível calibrar os comandos (Fig.47) e atribuir dois modos de voo (Fig.48) para o Rádio Controle, sendo que um deles era o modo Stabilize, o qual permite o voo manual controlado por meio do comando de roll e pitch. O outro modo de voo configurado, foi o AltHold , o qual permite fixar uma altitude e tornar manual os comandos de roll e pitch. 72 Figura 47: Tela de ajuste dos modos de voo. Figura 48: Calibragem do rádio controle Durante a integração entre a área Energia e Estrutura, foi constatado que precisaria haver um maior equilíbrio, assim como a centralização da massa e ajuste no software de voo, pois um dos motores do drone tentava compensar este desequilíbrio, dificultando que estabilidade fosse atingida de maneira plena. 73 9.9 Controlador de Sensores (Raspberry Pi) A Raspberry pi, que será utilizada para o tratamento dos sinais captados, é um pequeno computador, que servirá como o núcleo do processamento de sinais e cálculos necessários para a orientação do Drone. Para isto, será utilizada a operação em tempo real, que consiste na realização de múltiplas tarefas simultaneamente, de forma que o tempo de resposta aos eventos é pré-definido. Figura 49: Placa Raspberry pi 2 9.10 Antenas As antenas utilizadas no drone tem especificamente a função de receber o sinal que está sendo transmitido por uma fonte de sinal wireless conectados a elas. A comunicação é feita na frequência de 2.4 GHz, sendo que a antena opera segundo a norma IEEE 802.11n. A antena suporta sinais modulados por diversos métodos, mas para o caso do rastreamento via RSSI, é necessário apenas que se estabeleça uma conexão entre fonte e antena. O algoritmo de rastreamento usa apenas o valor da potência recebida pela antena. Sua interface é feita através da conexão USB 2.0 ou 1.1 (mais antiga). 74 O dispositivo é plug-and-play, não há necessidade da instalação de drivers adicionais. A conexão é geralmente é criptografada via WPA. Isso permite que, uma vez estabelecida a conexão, não haverá possibilidade de as antenas retornarem dados de outra conexão que não seja com a fonte de interesse. Figura 50: Módulo Wireless 9.11 Hub O HUB utilizado possui a função de economizar as portas USB presentes no microcontrolador, funcionando como uma interface concentradora dos dados obtidos pelas antenas. Suporta conexões USB 1.1, 2.0 e 3.0 e permite o "hot swap", que é a capacidade de que se conecte/desconecte dispositivos atrelados enquanto o dispositivo está operando. Além disso, possui capacidade de transmitir dados a uma taxa de até 5Gbps, o que abrange a operação desenvolvida no projeto do VANT. Possui alimentação externa, permitindo que as conexões USB sejam utilizadas somente para o tráfego de dados. 75 Figura 51: Hub 9.12 Algoritmos de Movimentação 9.12.1 Criar rotina para levantar voo e de pouso para o Drone Para que o Drone possa ser utilizado devem ser criadas rotinas para que ele levante voo e pouse. Essas rotinas devem levar em consideração a presença do usuário, que poderá ser verificada através do uso de sensores para que seja possível detectá-lo. A partir de então ele deverá ser capaz de levantar voo, localizar o usuário e então começar a traçar rotas para acompanhá-lo. Na rotina de pouso, ele deverá conseguir pousar por conta própria em uma superfície. O projeto em si não leva em consideração pouso em terrenos com objetos que possam atrapalhar ou danificar o Drone. Essa funcionalidade como um todo será auxiliada pelo uso do ArduPilot, que será responsável por boa parte da movimentação do Drone através de sua API. 9.12.2 Algoritmo para mapeamento e perseguição Para resolver esse problema, foi utilizada a conhecida fórmula da distância entre dois pontos no eixo cartesiano entre antena e o usuário para a realização do mapeamento. . 76 Figura 52: Configuração das Antenas Na figura é possível verificar que temos 3 antenas, que ficarão posicionadas nos extremos dos braços. O algoritmo utilizado para verificar a posição do
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