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Avaliação das funções e distúrbios renais

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AVALIAÇÃO DA FUNÇÃO E DISTÚRBIOS RENAIS 
ANATOMIA E FISIOLOGIA 
• Unidade funcional: néfron – uma parte fica no córtex e a outra na medula – doenças renais que alteram a parte cortical do rim geram alterações 
diferentes daquelas que acontecem em uma alteração na região medular 
• Cada espécie possui o órgão de um formato diferente 
 
NÉFRON 
• Funções: Responsável por filtração (depurar o plasma sanguíneo de substâncias indesejadas e/ou tóxicas), reabsorção (proteínas de baixo 
peso molecular, água e eletrólitos) e excreção dos produtos finais do metabolismo corporal; manutenção da pressão arterial e do equilíbrio 
hidroeletrolítico e acidobásico pela retenção ou eliminação de água e eletrólitos 
➢ Reabsorção: do lúmen para o sangue. Função de recuperar material útil ao organismo, como proteínas de baixo peso molecular e 
eletrólitos (sódio, potássio, magnésio, cloretos, cálcio) 
➢ Filtração: do sangue para o lúmen. A função é depurar o plasma sanguíneo de substâncias indesejadas e/ou tóxicas (ureia, creatinina, 
ácido úrico, uratos, etc) 
➢ Secreção: recuperação de algo do sangue para o lúmen do néfron 
➢ Excreção: o que realmente faz parte da urina final concentrada. 
➢ Composto por: glomérulo, túbulo contorcido proximal, alça de Henle, túbulo contorcido distal, ducto coletor 
 
GLOMÉRULO 
• Definição: Rede de capilares envolvidos pela cápsula de Bowman, responsáveis pela filtração do plasma (TFG → taxa de filtração glomerular) 
• Função: Responsável pela filtração do plasma – TFG (taxa de filtração glomerular) – se for diminuída, retém muita coisa tóxica, se é maior leva 
coisa importante embora O que não é filtrado vai sair pela arteríola eferente 
• Permeabilidade seletiva: permite a filtração de proteínas de baixo peso molecular, água e solutos dissolvidos no plasma (eletrólitos - sódio, 
potássio, magnésio, cloretos, cálcio, bicarbonato, HPO42- - glicose, creatinina, ureia, ácido úrico, hemoglobina, mioglobina, etc.) 
• Não permite a filtração de proteína de alto peso molecular (albumina), e componentes celulares 
 
 
TÚBULO CONTORCIDO PROXIMAL 
• Função: reabsorção tubular 
➢ Reabsorção de 100% da glicose e aminoácidos que foram filtrados – em condições fisiológicas, a glicose e proteínas não devem ser 
achadas na urina. No entanto, quando a glicose do filtrado é excessiva, ela não é reabsorvida em totalidade, vai ser eliminada 
(glicosúria) 
➢ Reabsorção de 60-80% do Na+, Cl- e HCO3- que foram filtrados – manutenção da volemia e equilíbrio acidobásico 
➢ Reabsorção de > 60% da água filtrada – ureia não é 100% eliminada, mas a creatinina sim 
• Urina extremamente diluída. 99% do filtrado vai ser reabsorvido – proteínas de baixo peso, água e solutos dissolvidos (glicose, eletrólitos*, 
ureia, etc.) 
 
ALÇA DE HENLE 
• Função: reabsorção tubular 
➢ Reabsorção de NA e Cl 
➢ Reabsorção de pequenas quantidades de ureia 
➢ Reabsorção de água 
➢ Manutenção da volemia e equilíbrio ácido-básico 
 
TÚBULO CONTORCIDO DISTAL 
• Impermeável à água. Aqui é o local que define o pH da urina 
• Função: 
➢ Reabsorção de Na+, Cl- e HCO3- e secreção de H+ e K+ (acidificação da urina), devido a influência do sistema renina angiotensina 
aldosterona, que tem como finalidade controlar a pressão arterial 
➢ Manutenção da volemia e pressão sanguínea 
➢ Manutenção do equilíbrio ácido-básico 
 
DUCTO COLETOR 
• Aqui que, de fato, o volume da urina é controlado 
• Função: 
➢ Controle do volume e densidade da urina, além do controle de pressão sanguínea e equilíbrio ácido-básico 
➢ Reabsorção de Na+ e excreção de K+, devido a influência do sistema RAA 
• Hormônio antidiurético (ADH) vai concentrar a urina controlando a permeabilidade do ducto coletor à água 
• Aumento das concentrações sanguíneas de hormônio ADH leva a maior absorção de água, aumentando a concentração e, consequentemente, 
a densidade urinária, ao mesmo tempo que controla a pressão arterial devido ao aumento da volemia 
 
URINÁLISE 
• Engloba a análise física, química e sedimentoscópica da urina. Com o objetivo de auxiliar no diagnóstico e/ou prognóstico de estados 
patológicos 
• A urinálise pode ser utilizada para estudo de doenças renais e para o estudo de alterações no funcionamento dos outros órgãos também, visto 
que a urina é formada pelos rins como resultado do plasma → Alterações de bexiga, alterações hepáticas (alterações de bilirrubina), alterações 
musculares (mioglobina), diabetes mellitus 
• Deve ser feita com jejum de 8-12h 
• Indicações 
➢ Presença de sinais clínicos de doença renal ou dos órgãos urinários (ureteres, bexiga e uretra) – dor na região posterior ou indícios de 
obstruções ou irritações na uretra; dor ao urinar, posição de cifose 
▪ Dificuldade na micção (disúria), Micção na forma de gotejamento (estrangúria), geralmente lenta e acompanhada de dor, 
Alteração visível da cor da urina, Irregularidades na frequência de micções sem que haja aumento de volume diário 
(policiúria), Irregularidades no volume de urina eliminada (poliúria, oligúria e anúria), Aumento de consumo de água 
(polidipsia) associado a um aumento de volume de urina eliminada (poliúria), Tenesmo – desejo doloroso, contínuo e ineficaz 
de urinar, Enurese – incontinência urinária 
➢ Suspeita de doenças generalizadas e com envolvimento de outros órgãos 
➢ Como exame de triagem nos internamentos, principalmente os cirúrgicos – muda a hemodinâmica, tem perda de sangue 
➢ Acompanhamento após instituição de um protocolo terapêutico – estabelecer prognóstico 
➢ Animal com processo infeccioso generalizado 
• Fatores importantes para uma correta realização de urinálise 
➢ Fatores extraurinários que modificam a urina: alimentação (pode alterar pH), medicação (antibióticos, por exemplo, leva uma 
facilidade na formação de cristais), hidratação, doenças extrarrenais 
➢ Fatores que alteram a amostra e modificam resultados: coleta, conservação, tempo 
 
COLETA DE URINA 
• Micção espontânea 
➢ Mais fácil, porém, método mais demorado. Não são indicados para exame microbiológico. A vantagem é não ser invasivo 
• Compressão manual: 
➢ Massagem na bexiga para induzir o animal a micção. Deve-se sempre descartar a porção inicial da amostra (contém detritos celulares, 
maior quantidade de leucócitos e exsudatos provenientes da uretra, prepúcio e trato genital). Não são indicados para exame 
microbiológico. A vantagem é não ser invasivo 
• Cateterismo vesical: 
➢ Um pouco mais invasivo. Indicado quando tem necessidade rápida de colheita da amostra. Introduz um cateter na uretra para punção. 
Tem risco de contaminação (cistite iatrogênica). Também não é indicado para exames microbiológicos 
• Cistocentese: 
➢ Punção da bexiga para retirada de urina. Indicado quando existe uma necessidade de realização de teste microbiológico. Está sujeito 
a contaminação por hematúria iatrogênica. Deve se certificar de que a bexiga não está vazia, existem riscos de injúria aos órgãos 
abdominais – auxilio do ultrassom é mais seguro 
CONSERVAÇÃO E TEMPO DE ANÁLISE DA URINA 
• Recipiente limpo, estéril e escuro, para evitar a fotodegradação da bilirrubina. Coletar após 8-12h de jejum, para evitar alterações de pH, 
formação de cristais, etc. 
• Se em temperatura ambiente: analisar imediatamente ou em até 40-60 minutos após a coleta. Após esse período, pode ocorrer degradação 
de cilindros e células, formação e dissolução de cristais, multiplicação exagerada de bactérias (altera pH e consome glicose) 
• Se mantido na geladeira, abaixo de 4ºC: analisar em até 12h após coleta. No entanto, não é recomendado refrigerar, visto que pode gerar a 
formação de cristais 
• NUNCA congelar a amostra 
 
DIAGNÓSTICO LABORATORIAL 
 
EXAME FÍSICO 
COR 
• Reflete o grau de concentração da urina, visto que está relacionada com a quantidade de pigmento (urocromo) 
• A urina muito clara pode indicar processo patológico (perda da função de concentrar) e a urina muito escura, se for 
patológica,pode indicar processo de desidratação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
DENSIDADE (DU) 
 
• Estima a concentração de solutos em solução urinária. Os valores são baseados na densidade da água destilada que é igual a 
1,000. A densidade urinária é importante para avaliar a capacidade dos túbulos renais de concentrar ou diluir a urina 
• Hiposternúria: 
➢ Pode indicar a perda de capacidade dos túbulos renais de concentrar urina 
➢ Não patológica (transitória): ingestão excessiva de água, terapia com diuréticos, fluidoterapia, administração de corticoides 
➢ Patológica: diabetes mellitus e insípidus, insuficiência renal aguda ou crônica, hipoplasia renal, pielonefrite, hepatopatias, etc. 
• Hiperstenúria: 
➢ Não patológica (transitória): redução da ingestão de água 
➢ Patológica: desidratação por perda (vômito, diarreia) 
• Medido com o refratômetro. A escala da esquerda mede a concentração de proteína plasmática(soro sanguíneo) e a da direita a densidade 
da urina 
• A densidade pode aumentar discretamente em casos de proteinúria (>3+) e glicosúria (>3+) 
• Proteína: a cada 1g/dL adicionado à urina, aumenta 0,003-0,005 à DU 
• Glicose: a cada 1g/dL adicionado à urina, aumenta 0,004-0,005 à DU 
ASPECTO E CONSISTÊNCIA 
 
VOLUME 
• Poliúria 
➢ Não patológica (transitória): ingestão excessiva de água, terapia com diuréticos, fluido, administração de corticoide 
➢ Patológica: diabetes mellitus e insípidos, insuficiência renal aguda ou crônica, hipoplasia renal, pielonefrite, hepatopatias, etc 
➢ Geralmente, esse tipo de urina é menos concentrada (mais clara) 
• Oligúria 
➢ Não patológica (transitória): redução da ingestão de água 
➢ Patológica: desidratação por perda (vômito, diarreia) 
➢ Geralmente, esse tipo de urina é mais concentrada. (mais escura) 
 
ODOR 
 
EXAME QUÍMICO 
• Exame semi-qualitativo que usa tiras reagentes (química seca) 
• Mergulha a tira na urina, até que todos os quadrados estejam dentro da urina. Olhar o resultado comparando com o próprio frasco 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
• As únicas variáveis confiáveis para a veterinária são: pH, proteína, glicose, bilirrubina, sangue, corpos cetônicos. 
PH 
• Ácido 
➢ Os rins são responsáveis pela reabsorção de bicarbonato e secreção de H+ e K+ - manutenção do equilíbrio ácido-base no TCP, TCD e 
ducto coletor 
➢ O pH acidificado da urina pode ser por consequência de uma insuficiência renal crônica, onde ocorre um desequilíbrio no processo de 
reabsorção de bicarbonato e secreção de H+ e K+, prejudicando a manutenção do equilíbrio ácido-base 
➢ Sempre estar atento a dieta, pode interferir 
• Alcalino 
➢ Período pós-randial 
➢ Pode ser por consequência de uma cistite, principalmente acompanhada de retenção urinária vesical devido à obstrução parcial de 
uretra. Nesse caso, se as bactérias presentes na urina forem urease positiva (Staphylococcus spp. E Proteus spp.), estas podem 
transformar a ureia em amônia e alcalinizar a urina. 
 
PROTEÍNAS 
• O normal é encontrar pouquíssima proteína na urina. O glomérulo não permite a filtração de proteína de médio-alto peso molecular 
• A reabsorção de aminoácidos acontece no TCP 
• Proteinúria: aumento das concentrações de proteína na urina 
• Um resultado falso-positivo pode acontecer quando a urina está alcalina 
 
GLICOSE 
• Reabsorção de 100% da glicose filtrada no TCP, portanto não é normal ter glicose na urina 
• A hiperglicemia pós-prandial e hiperglicemia por estresse (importante em gatos) também causam glicosúria e devem ser diferenciados das 3 
causas citadas na tabela – associar o leucograma, ele vai dizer se o animal estava estressado 
• Resultados falso-negativos em tiras reagentes podem ocorrer na presença de vitamina C na urina, que é produzida em grandes quantidades 
em cães diabéticos 
 
CORPOS CETÔNICOS 
• A ausência deles é normal na urina. A cetonuria (presença dos corpos) é consequência do aumento das concentrações de corpos cetônicos no 
sangue. No sangue, a falta de carboidratos disponíveis para suprir as necessidades energéticas do organismo levam o aumento da mobilização 
dos lipídeos do tecido adiposo periférico, tendo como consequência a produção de corpos 
• Causas: caquexia, jejum prolongado, hepatopatias, diabetes mellitus (pequenos animais), cetose (vacas leiteiras) 
BILIRRUBINA 
• A ausência é normal 
• A bilirrubinúria (aumento da concentração de bilirrubina na urina) deixa a urina alaranjada ou esverdeada 
• A bilirrubinúria acontece nas hepatopatias ou devido aos processos de hemólise, onde as concentrações séricas de bilirrubina são aumentadas 
(bilirrubinemia) 
SANGUE OCULTO 
• O teste indica a presença de hemácias, hemoglobina ou mioglobina 
• O normal é a ausência de todos 
• Hematúria pode ocorrer devido a lesões nos néfrons (doenças renais causadas por exemplo pela leptospirose ou plantas tóxicas). Mas lembrar 
que também pode ocorrer devido a processos hemorrágicos no trato urinário inferior (ureteres, bexiga, uretra) 
• Hemoglobinúria pode acontecer devido a processos de hemólise (anemia hemolítica, etc.) 
• Mioglobinúria pode acontecer por lesões de tecido muscular 
• Animais que foram positivos pela fita, mas a centrifugação veio normal, deve associar sinais clínicos, histórico, anamnese, talvez uma US para 
poder investigar de onde vem o sangue 
 
 
EXAME SEDIMENTOSCÓPIO 
• É a avaliação microscópica do sedimento urinário, que deve sempre ser realizado como parte integrante da urinálise. Compeende a 
observação, identificação e quantificação de todo material insolúvel presente na amostra, tais como: 
➢ Elementos celulares: hemácias, leucócitos, células epiteliais tubulares 
➢ Cilindros: hialinos, eritrocitários, leucocitários, bacterianos, cérios, células mistas 
➢ Cristais: oxalato de cálcio, fosfato de cálcio, ácido úrico, cistina, tirosina 
➢ Bactérias, fungos e parasitas. 
• A avaliação microscópica do sedimento urinário deve ser realizada mesmo que não sejam detectadas anormalidades no exame físico e 
químico. Estudos indicam que até 16% das amostras urinárias sem achados clínicos importantes no exame químico podem apresentar achados 
microscópicos positivos. 
 
VOLUME DE URINA 
 
• Separar o volume ideal num tubo a parte. 
• Centrifugar a amostra (1500-2500 rpm por 5 minutos). Não rotar em maior velocidade pois pode causar lise celular. 
• Desprezar o sobrenadante e verter a amostra sobre a lâmina e fazer a confecção da lâmina. 
• No microscópio, realizar a contagem de cada tipo celular em campo de grande aumento (objetiva de 40X). Inicialmente, sem corante e, 
posteriormente, corado 
• A importância do volume ideal de urina: 
➢ Menos de 5ml prejudica a análise, porém, esta pode ser feita e deve ser descrito no laudo a quantidade usada. 
➢ Amostras maiores (10ml) possuem o dobro de sedimentos do que amostras menores (5ml), portanto, não é interpretado da mesma 
forma. 
 
 
 
 
 
CÉLULAS EPITELIAIS 
• Podem ser: escamosas, de transição, tubulares e caudadas. 
• Observar em campo de grande aumento: 40X 
 
1) Células tubulares renais 
❖ Células redondas, com núcleo central, arredondado (parecido com leucócitos) 
 
2) Células caudadas 
❖ Apresentam uma cauda citoplasmática 
 
3) Células de transição 
❖ Possuem a forma oval e podem ser vistas isoladamente ou em conjunto. Possuem núcleos centrais. 
 
 
4) Células escamosas 
❖ São células grandes, com margens citoplasmáticas, anguladas e irregulares, com núcleos pequenos. 
❖ Lembrar de despejar os primeiros jatos de urina (coleta por micção espontânea, compressão e cateterismo). Na cistocentese 
não aparecem células escamosas. 
CÉLULAS DE ORIGEM SANGUÍNEA 
• Presença de hemácias normal em um volume de 5mL: < 5 células/campo de grande aumento (objetiva de 40X) 
➢ Aumento na quantidade indica hemorragia associada a: 
❖ Doença renal: doença tubulointersticial ou glomerular, urólitos, traumatismo 
❖ Doença do trato urinário inferior: infecção aguda e crônica, urólitos,neoplasias, cistite hemorrágica 
❖ Contaminação proveniente do trato genital 
 
• Presença de leucócitos: normal num volume de 5mL: < 5 células/campo de grande aumento (objetiva de 40X) 
➢ Aumento na quantidade pode indicar processo inflamatório associado a: 
❖ Doença renal: pielonefrite 
❖ Doença do trato urinário inferior: cistite aguda e crônica, urólitos, neoplasias 
❖ Contaminação proveniente do trato genital 
➢ Aumento na quantidade também pode indicar hemorragia de alguma parte do sistema urogenital 
❖ Proporção de leucócitos/hemácias na urina igual ao do sangue indica hemorragia 
❖ Proporção leucócitos/hemácias na urina maior que a do sangue indica processo inflamatório. 
➢ É comum confundir células epiteliais tubulares renais com leucócitos. Diferencia-se pelo tamanho do citoplasma, que é menor em 
leucócitos 
 
 
 
 
 
 
CILINDROS 
• São constituídos primariamente de mucoproteínas, que nas porções tubulares onde a urina atinge concentração máxima e acidez, 
precipitam e geram ligações entre as células e/ou solutos soltos presentes nos túbulos renais. 
• Se formam em pH ácidos. 
• Portanto, os cilindros presentes na urina sempre se originam nos túbulos renais, e são considerados moldes do lúmen dos túbulos. Quando 
encontrados, refletem doenças tubulares renais ativas. 
• Presença de muitas células/soluto extras, formam os cilindros 
➢ Em condições fisiológicas (ausência ou baixa quantidade de células) não haverá cilindro 
• São relatados como número de cilindros visualizados/campo de pequeno aumento (objetiva de 10X). 
• A urina normal não deve conter cilindros, apenas pouca quantidade de cilindros hialinos (1 a 2/CPA). 
 
TIPO ORIGEM SIGNIFICADO CLÍNICO 
Hialino 
Secreção tubular de proteína de Tamm-Horsfall que se agrega nas 
fibrilas – mucoproteínas 
Glomerulonefrite 
Pielonefrite 
Doença renal crônica 
Insuficiência cardíaca congestiva 
Estresses e exercício físico 
Normal: 0 – 2/cpa 
Hemático 
Hemácias emaranhadas ou ligadas a matriz das proteínas de Tamm-
Horsfall 
Glomerulonefrite 
Exercício físico intenso 
Leucocitário 
Leucócitos emaranhados ou ligados a matriz das proteínas de Tamm-
Horsfall 
Pielonefrite 
Nefrite intersticial aguda 
Bacteriano Bactérias presas a matriz das proteínas de Tamm-Horsfall Pielonefrite 
Epitelial 
Células tubulares que permanecem ligadas as fibrilas da proteína de 
Tamm-Horsfall 
Lesão de túbulo renal 
Granular 
Desintegração de cilindros leucocitários 
Lisossomos das células tubulares 
Agregados proteicos 
Glomerulonefrite 
Pielonefrite 
Estresses e exercício físico 
Céreo Cilindros hialinos e granulares Estase do fluxo urinário 
Adiposo 
Lipiduria 
Corpos adiposos ovais 
Síndrome nefróstica 
ERITROCITÁRIOS 
• Indicam processo hemorrágico renal – acumulo de hemácias → se unem e formam os cilindros 
 
LEUCOCITÁRIOS 
• Indicam processo inflamatório renal 
 
HIALINOS 
• Estruturas proteicas resultantes de maior extravasamento de proteínas pela membrana glomerular. 
• É normal encontrar em pouca quantidade 1 a 2 visualizados/campo de pequeno aumento (objetiva de 10X). 
 
 
 
 
 
 
 
 
TUBULARES 
• Formados de células epiteliais dos túbulos renais, que se desprendem do revestimento do lúmen tubular. Indicam degeneração do túbulo 
renal. 
• Cilindro de células epiteliais → cilindros granulares → cilindros gordurosos 
• Crônico: maior chance de encontrar cilindros granulares e gordurosos 
• Agudo: cilindro de células epiteliais 
• Cilindros de Células Epiteliais: Após a sua formação, o material permaneceu um tempo mínimo nos túbulos. 
 
• Cilindros Granulares: Indicam material envelhecido. Material permaneceu mais tempo nos túbulos. Podem ser de qualquer tipo celular ou 
soluto. Processo degenerativo. 
 
• Cilindros Gordurosos: Período final da degeneração de células tubulares. 
 
CRISTAIS 
• Formam-se a partir da precipitação de substâncias (fosfatos, cálcio, magnésio, medicamentos, bilirrubina, etc.) presentes na urina. 
• Quando os cristais se agrupam, podem levar a formação dos cálculos renais e cálculos urinários. 
• São encontrados em amostras de urina, podendo ser considerados normais (cristais não patológicos) e anormais (cristais patológicos). 
• O tipo de cristal formado sempre tem relação com o pH urinário (formam-se em pH ácido e básico). 
• Fatores que contribuem para a formação de cristais: Infecção urinária, retenção urinária e dieta, entre outros. 
pH alcalino 
Fosfatos (triplo/estruvita, amorfo, cálcico) Carbonato de cálcio, Uratos de 
amônio 
pH ácido Uratos amorfos, Ácido úrico Oxalato de cálcio, Cistina 
pH indiferente Tirosina, Bilirrubina Colesterol, Drogas 
 
Cristais não 
patológicos 
Cães e Gatos: Cristal de Fosfato Amoniomagnesiano, em formato de prisma 
Herbívoros (Bovinos e Equinos): Cristal de Carbonato de Cálcio e Diidrato de Oxalato de Cálcio 
Cristais patológicos 
Cristal de bilirrubina: Hepatopatias ou anemia hemolítica 
Cristal de biurato de amônia: Hepatopatias, onde a amônia não é convertida em ureia 
Cristal de tirosina: Hepatopatias 
Cristal de cistina: Nefropatias 
Cristal de Oxalato de Cálcio em cães e gatos: Intoxicação por Etilenoglicol 
Cristal de Medicamentos: Medicamentos Nefrotóxicos e em Excesso 
 
 
Fosfato Amoniomagnesiano 
 
Carbonato de Cálcio e Diidrato de Oxalato de Cálcio 
 
 
 
Bilirrubina 
 
 
 
 
 biurato de amônia 
 
 
tirosina 
 
 
 Cistina 
 
 
 
 
oxalato de cálcio 
 
medicamentos 
OUTROS ELEMENTOS 
 
 
• Hifas de fungos 
 
 
 
Ovos de Capillaria plica (verme da bexiga 
de cães e gatos) 
 
Presença de bactérias 
 
 
 
 
PROVAS DE FUNÇÃO RENAL 
 
• Creatinina e ureia: alterações ligadas ao glomérulo, filtração. Para que servem? 
➢ Auxiliam no diagnóstico de doenças renais e no entendimento da gravidade da doença renal 
➢ Monitoramento de doenças renais após instituição de um plano terapêutico 
• O que é utilizado? Provas Bioquímicas de Função Renal: 
➢ Determinação de concentrações séricas de creatinina 
➢ Determinação de concentrações séricas de ureia 
➢ Determinação de concentrações séricas de eletrólitos (potássio, fósforo, sódio e cálcio) 
TAXA DE FILTRAÇÃO GLOMERULAR (TFG) 
 
• A taxa de filtração glomerular (TFG) é o volume de líquido que é filtrado 
para dentro da cápsula de Bowman, localizada no glomérulo, por unidade 
de tempo. 
• Arteríola eferente → glomérulo → capsula de Bowman (túbulos)→ 
arteríola aferente 
• TFG = A x (B – C – D) = TFG 
• A – Coeficiente de filtração 
• B – Pressão Hidrostática Intracapilar 
• C – Pressão Hidrostática Intracapsular 
• D – Pressão Oncótica das Proteínas Plasmáticas 
 
 
 
DETERMINAÇÃO DE CONCENTRAÇÕES SÉRICAS DE CREATININA 
• Creatina e fosfocreatina: Armazenamento de energia mediado pela CK 
• A Creatinina (Crn) é produto da degradação de Creatina e Fosfocreatina no processo de metabolismo muscular. 
• A creatinina é 100% eliminada na urina, não sendo reabsorvida nos túbulos. Portanto, reflete a taxa de filtração glomerular (TFG) 
• Os níveis de creatinina no sangue não são afetados pela dieta, idade e sexo 
• Pode estar abaixo de valores de referência em caso de perda de massa muscular (atrofia muscular) 
• Bom indicador de função renal 
• Aumento da creatinina no sangue ocorre devido a 3 situações: 
➢ Fatores Pré-Renais: Diminuição do fluxo sanguíneo glomerular, devido a alterações na pressão sanguínea geral (desidratação, 
hipovolemia, hipotensão, etc.). 
➢ Fatores Pós-Renais: Obstrução do fluxo urinário ou ruptura vesical 
➢ Fatores Renais: Doenças Renais, que levam a lesão glomerular e/ou perda de néfrons, com consequente diminuição da taxa de filtração 
glomerular. 
• As concentrações séricas de creatinina apenas aumentam quando 50 – 75% dos néfrons sofreram perda funcional. O aumento das 
concentrações de creatinina demora para ocorrer devido ao mecanismo de hipertrofia compensatória, onde os néfrons que ainda funcionammelhoram sua capacidade funcional individual. Portanto, a creatinina apenas funciona como indicador de doença renal grave. 
 
 
 
DETERMINAÇÃO DE CONCENTRAÇÕES SÉRICAS DE UREIA 
• A ureia é sintetizada pelo fígado a partir da amônia derivada do catabolismo proteico 
 
• As concentrações de ureia no sangue podem aumentar devido a fatores pré-renais, renais e pós-renais 
• As concentrações de ureia no sangue podem aumentar devido a jejum prolongado e dieta (aumento da ingestão de proteínas), e podem 
diminuir devido a desnutrição (ingestão ou absorção) e devido à queda da produção de ureia pelo fígado (perda de função hepática) 
• Enquanto a creatinina é 100% eliminada na urina, não sendo reabsorvida nos túbulos, a ureia é filtrada nos glomérulos e reabsorvida nos 
túbulos em 50-65%. 
As concentrações séricas de creatinina não estão 
aumentadas, pois os néfrons não sofreram perda 
funcional, e, portanto, a TFG está normal 
As concentrações séricas de creatinina não estão 
aumentadas, pois menos de 50-75% dos néfrons 
sofreram perda funcional, e, portanto o mecanismo 
de hipertrofia compensatória ainda funciona e 
consegue manter a TFG normal 
As concentrações séricas de creatinina começam 
a aumentar, pois mais de 50-75% dos néfrons 
sofreram perda funcional, e neste caso a TFG não 
pode ser mais mantida pelo mecanismo de 
hipertrofia compensatória 
• As concentrações séricas de ureia apenas aumentam quando 50-75% dos néfrons sofreram perda funcional. 
• O aumento das concentrações séricas de ureia, assim como de creatinina, também demora para ocorrer devido ao mecanismo de hipertrofia 
compensatória, onde os néfrons que ainda funcionam melhoram sua capacidade funcional individual. 
• Portanto, a ureia apenas funciona como indicador de doença renal grave. 
RECOMENDAÇÃO – CREATININA E UREIA 
• A creatinina é um indicador de doença renal mais eficaz e seguro que a ureia, visto que a ureia sofre interferência de fatores extra-renais. 
• No entanto, estudos mostram que a ureia, em condições de doenças renais, tende a aumentar de forma mais precoce que a creatinina. 
• Desta forma, recomenda-se, para a avaliação de doenças renais, a utilização em conjunto da dosagem das concentrações séricas de creatinina 
e ureia. 
• Lembrando que as concentrações séricas de creatinina e ureia apenas aumentam quando 50-75% dos néfrons sofreram perda funcional. 
Portanto, apenas funcionam como indicadores de doença renal grave. 
 
DETERMINAÇÃO DE CONCENTRAÇÕES SÉRICAS DE ELETRÓLITOS 
ELETRÓLITO LOCAL PROBLEMA DEFINIÇÃO DO PROBLEMA 
Potássio Glomérulos: Filtração do potássio (K+) Hipercalemia 
Aumento das concentrações séricas de 
potássio devido a perda da função 
excretora renal e consequente 
retenção. 
Fósforo Glomérulos: Filtração do fósforo (P) Hiperfosfatemia 
Aumento das concentrações séricas de 
fósforo devido a perda da função 
excretora renal e consequente 
retenção. 
Sódio 
Túbulo Contorcido Proximal: Reabsorção de 60 – 
80% do Na+ filtrado, junto com a reabsorção de 
>60% da água filtrada. 
Alça de Henle: Reabsorção de Na+ junto com a 
reabsorção de água. 
Túbulo Contorcido Distal e Ducto Coletor: 
Impermeável a água. Reabsorção ativa de Na+. 
Ducto Coletor: Reabsorção controlada de água e de 
Na+ 
Hiponatremia 
Diminuição das concentrações séricas 
de sódio devido a perda da capacidade 
de retenção de água. 
Em situações de doenças renais com lesão tubular, a água não é reabsorvida de forma adequada. Desta forma, o sódio 
(Na) é eliminado junto com água. Esse mecanismo leva a diminuição das concentrações séricas de Na (hiponatremia) 
Cálcio 
Glomérulos: filtração de cálcio (Ca) Hipocalcemia 
Diminuição das concentrações séricas 
de cálcio devido a perda da capacidade 
de retenção. 
Em situações de doenças renais com lesão tubular, os rins perdem a 
capacidade de reabsorver o cálcio filtrado nos glomérulos, levando a 
diminuição das concentrações séricas de cálcio (Hipocalcemia). 
AZOTEMIA 
• Aumento, acima dos valores de referência, das concentrações séricas de compostos nitrogenados não proteicos no sangue (creatinina e ureia). 
No entanto, o paciente ainda não apresenta os sinais clínicos deste acúmulo no sangue. 
• A azotemia pode ser Pré-Renal, Renal e Pós-Renal 
AZOTEMIA 
Pré-renal 
Ocorre devido a diminuição do fluxo sanguíneo glomerular, devido a 
alterações na pressão sanguínea geral (desidratação, hipovolemia, 
hipotensão, etc.), levando a uma menor taxa de filtração glomerular 
TFG, creatinina e ureia diminuídos 
Acumulo de creatinina e ureia no 
sangue 
Renal 
Ocorre devido a doenças renais, que levam a lesão glomerular e/ou perda 
de néfrons, com consequente diminuição da taxa de filtração glomerular. 
Diminuição da TFG 
Diminuição da saída de creatinina e 
ureia 
Pós renal 
Ocorre devido a afecções no trato urinário inferior (obstrução do fluxo 
urinário ou ruptura vesical), ocorrendo difusão retrógrada da urina e 
consequentemente da ureia e creatinina. 
Retorno da urina, creatinina e ureia 
UREMIA 
• Aumento, acima dos valores de referência, das concentrações séricas de compostos nitrogenados não proteicos no sangue (creatinina e 
ureia), onde o paciente já apresenta os sinais clínicos deste acúmulo no sangue. 
• Sinais clínicos 
➢ Hálito urêmico, Úlcera na cavidade bucal e língua (podendo levar a necrose), Diarreia profusa e sanguinolenta, Vômito 
 
PROVAS ESPECIAIS DE FUNÇÃO RENAL 
• Provas de Função renal: Dosagem sérica de Creatinina, Ureia, Potássio (K), Fósforo (P), Sódio (Na) e Cálcio (Ca): Indicadores de função 
glomerular e tubular 
➢ São alterações laboratoriais que não serão observadas até que um número suficiente de néfrons esteja incapacitado de exercer sua 
função (gravidade) e os remanescentes não forem capazes de compensar tal perda. 
➢ Dois Exemplos Importantes: 
❖ 1) A azotemia de origem RENAL só é observada quando aproximadamente 50-75% dos néfrons estão comprometidos. 
❖ 2) A incapacidade de concentrar a urina ocorre quando aproximadamente 66% dos néfrons estão comprometidos. 
• Provas ESPECIAIS de Função renal: 
➢ 1) Clearance de Creatinina Endógena: Exame mais preciso para avaliar a TFG (função glomerular) 
➢ 2) Excreção Fracionada de Sódio: Exame mais preciso para avaliar a função tubular (reabsorção tubular) 
➢ 3) Razão Proteína/Creatinina da Urina 
TAXA DE FILTRAÇÃO GLOMERULAR 
• A taxa de filtração glomerular (TFG) é o volume de líquido que é filtrado para dentro da cápsula de Bowman, localizada no glomérulo, por 
unidade de tempo. 
➢ Cães: 3 a 6 ml de plasma/min/kg 
➢ Gatos: 2 a 4 ml de plasma/min/kg 
• A TFG depende de: 
➢ Fluxo adequado de sangue para os rins 
➢ Número de néfrons funcionais 
• As provas especiais de função renal avaliam de forma mais eficiente e precisa a TFG (função glomerular). A avaliação é comumente realizada 
dosando no sangue e na urina substâncias específicas que são filtradas pelos rins (função glomerular). 
CLEARANCE (DEPURAÇÃO) DE CREATININA ENDÓGENA 
• É um teste que estima a quantidade de creatinina que é eliminada na urina por minuto, levando-se em consideração o peso do animal e as 
concentrações séricas de creatinina 
➢ Cães: 3 a 6 mL de plasma/min/kg 
➢ Gatos: 2 a 4 mL de plasma/min/kg 
• Depuração de Creatinina Endógena: 
➢ Cães e Gatos: 2 a 5 mL/min/kg 
• Clearence (depuração) de Creatinina é útil para pacientes com suspeita de doença renal e que apresentam concentrações séricas normais de 
creatinina e ureia. 
• É uma estimativa confiável da TFG, visto que dosa as concentrações de creatinina no sangue e na urina (avaliação da depuração), sendo que 
a creatinina é 100% eliminada pelos rins, sofrendo pouca interferência externa. 
 
 
MÉTODO 
• 1) A bexiga é completamente esvaziada no início do exame e o animal é pesado. 
• 2) Aguardar 12 ou 24 horas. Ao final do período, coleta-se e mensura-se o volume de urina total produzido. 
• 3) Neste volume total de urina coletado, mensura-se a concentração decreatinina. 
• 4) Ao mesmo tempo que se mensura a concentração de creatinina na urina, mensura-se a concentração sérica de creatinina. 
• 5) Coloca-se os valores na fórmula abaixo. 
 
INTERPRETAÇÃO 
• Depuração de Creatinina Endógena para cães e gatos: 
• Resultado entre 2 a 5 mL de creatinina/min/kg significa que a depuração de creatinina está dentro dos valores de referência, ou seja, a TFG 
está normal 
• Resultados abaixo de 2 mL de creatinina/min/kg significa que a depuração de creatinina está abaixo dos valores de referência, ou seja, a TFG 
está diminuída (comprometida) 
EXCREÇÃO FRACIONADA DE SÓDIO 
• A avaliação da capacidade tubular de reabsorver eletrólitos é de fundamental importância para o entendimento do correto funcionamento 
dos túbulos renais 
• As provas especiais de função renal avaliam de forma mais eficiente e precisa a taxa de reabsorção tubular (função tubular). A avaliação é 
comumente realizada dosando no sangue e na urina substâncias específicas que são reabsorvidas pelos rins (função tubular). 
• Avalia a capacidade tubular de reabsorver o Sódio (Na) 
MÉTODO 
• 1) A bexiga é completamente esvaziada no início do exame e o animal é pesado. 
• 2) Aguardar 24 horas. Ao final do período, coleta-se e mensura-se, no volume total coletado, a concentração de sódio e creatinina. 
• 3) Ao mesmo tempo que se mensura a concentração de sódio e creatinina na urina, mensura-se a concentração sérica de sódio e creatinina. 
• 4) Coloca-se os valores na fórmula abaixo. 
 
• Mais de 99% do sódio que entra no filtrado glomerular normalmente é reabsorvido 
• O aumento da EF de sódio > 1% consiste em disfunção tubular 
RAZÃO PROTEÍNA/CREATININA DA URINA (RPC) 
• Capilares glomerulares possuem permeabilidade seletiva, permitindo a filtração de aminoácidos e proteínas de baixo peso molecular, mas 
não permitindo a filtração de proteínas de médio e alto peso molecular (Exemplo: Albumina). 
• No Túbulo Contorcido Proximal, ocorre reabsorção de praticamente 100% dos aminoácidos e proteínas de baixo peso molecular filtrados. 
• A creatinina é 100% eliminada na urina, não sendo reabsorvida nos túbulos 
• A razão Proteína/Creatinina da urina se eleva a partir do momento que aproximadamente 25% dos néfrons sofreram perda funcional. 
Portanto, é um indicador mais sensível de doença renal. 
• Lembrando que as concentrações séricas de creatinina apenas aumentam quando 50-75% dos néfrons sofreram perda funcional. Portanto, 
apenas funcionam como indicadores de doença renal grave. 
• RPC < 0,5 é considerado NORMAL 
• RPC entre 0,5 e 1,0 é QUESTIONÁVEL 
• RPC > 1,0 é considerado PROTEINÚRIA RENAL – indicador de que existe uma doença renal 
EXAME FÍSICO SITUAÇÃO CAUSAS 
Proteinúria: 
Aumento das 
concentrações de proteínas 
totais na urina 
Pré-renal Hemoglobinúria ou Mioglobinúria 
Renal 
Aumento da permeabilidade dos capilares glomerulares ou doenças tubulares com 
perda funcional (Exemplos: nefrose, nefrite, pielonefrite, glomerulonefrite e 
neoplasias) 
Pós renal Inflamação do trato urinário inferior (cistite, uretrite, etc.), urolitíases, cálculos. 
A RPC pode aumentar devido a condições pré-renais, renais e pós-renais 
Depuração de creatinina = [Cr] na urina x volume de urina/tempo/peso (kg) 
 [Cr] sérica 
Excreção fracionada de Na = Creatinina sérica x Eletrólito na urina x 100 
 Creatinina urinária Eletrólito sérico 
CONCEITOS 
CONCEITO DEFINIÇÃO 
Homeostase Capacidade de manter o equilíbrio hidroeletrolítico e de excretar os resíduos do metabolismo 
Insuficiência renal 
É uma condição na qual o órgão, de modo temporário ou definitivo, apresenta perda parcial de suas funções 
reguladoras da homeostase 
Falência renal 
É uma condição na qual o órgão apresenta perda completa/ definitiva de suas funções reguladoras da 
homeostase. Nesta condição, o animal só pode permanecer vivo se houver terapia de substituição (hemodiálise) 
ou transplante renal 
Insuficiência renal 
aguda 
Condição renal onde ocorre uma diminuição abrupta e persistente da TFG, que pode levar ao aumento 
progressivo das concentrações séricas de ureia e creatinina 
Insuficiência Renal 
Crônica 
Condição renal onde ocorre a diminuição da TFG, sendo que esta condição já é persistente por pelo menos 3 
meses. Também pode levar ao aumento progressivo das concentrações séricas de ureia e creatinina

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