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Estatuto da OAB

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Estatuto da
OAB
A CF/1988 consagra como integrantes das funções essenciais à justiça o Ministério Público, a Advocacia
Pública, a Advocacia e a Defensoria Pública. Além disso, dispõe que o advogado é indispensável à
administração da justiça, sendo inviolável por seus atos e manifestações no exercício da profissão, nos limites
da lei.
O advogado, além de ser indispensável à administração da Justiça, é defensor do Estado Democrático de
Direito, dos direitos humanos e garantias fundamentais, da cidadania, da moralidade, da Justiça e da paz
social, cumprindo-lhe exercer o seu ministério em consonância com a sua elevada função pública e com os
valores que lhe são inerentes.
São princípios fundamentais alguns deveres e abstenções impostos ao advogado.
O exercício da advocacia é incompatível com qualquer procedimento de mercantilização, sendo vedado o
oferecimento de serviços profissionais que implique, direta ou indiretamente, em angariar ou captar clientela.
O advogado é inviolável por seus atos e manifestações, nos limites do Estatuto. Todavia, é defeso (PROIBIDO)
ao advogado expor os fatos em Juízo ou na via administrativa falseando deliberadamente a verdade e utilizar
de má fé.
São ATIVIDADES PRIVATIVAS de advocacia:
A postulação a órgão do Poder Judiciário e aos juizados especiais;
As atividades de consultoria, assessoria e direção jurídicas.
Não se inclui na atividade privativa de advocacia a impetração de habeas corpus em qualquer instância ou
tribunal.
Os atos e contratos constitutivos de pessoas jurídicas, sob pena de nulidade, só podem ser admitidos a
registro, nos órgãos competentes, quando visados por advogados.
Estão impedidos de exercer o ato de advocacia os advogados que prestem serviços a órgãos ou entidades
da Administração Pública direta ou indireta, da unidade federativa a que se vincule a Junta Comercial, ou a
quaisquer repartições administrativas competentes para o mencionado registro.
Atividade de Advocacia. 
É vedada a divulgação de advocacia em conjunto com outra atividade.
Considera-se efetivo o exercício da atividade de advocacia a participação anual mínima em 5 atos
privativos, em causas ou questões distintas.
O estagiário de advocacia, se regularmente inscrito, poderá praticar os atos privativos de advogado em
conjunto com advogado e sob responsabilidade deste, observado o regimento geral.
O exercício da atividade de advocacia no território brasileiro e a denominação de advogado são
PRIVATIVOS dos INSCRITOS na OAB.
Os atos privativos de advogado praticados por pessoa não inscrita na OAB, bem como os praticados por
advogado impedido, no âmbito do seu impedimento, suspenso, licenciado ou que exerça atividade
incompatível com a advocacia, SERÃO NULOS.
Além da nulidade, serão aplicadas sanções civis, penais, e administrativas, se couber.
A atuação do advogado quando postula, em juízo ou fora dele, está vinculada a existência de um
mandato (PROCURAÇÃO), que é o documento por meio do qual o cliente confere ao advogado poderes
para representá-lo na esfera judicial e/ou extrajudicial.
O advogado não deve aceitar procuração de quem já tenha patrono constituído, sem prévio
conhecimento deste, SALVO por motivo plenamente justificável ou para adoção de medidas judiciais
urgentes e inadiáveis.
A procuração para o FORO EM GERAL habilita o advogado a praticar todos os atos judiciais em
qualquer juízo ou instância, salvo os que exijam poderes especiais.
O mandato se presume cumprido e extinto quando concluída a causa ou arquivado o processo.
Atividade de Advocacia. 
O advogado pode renunciar ao mandato, de acordo com a sua conveniência, sem menção do
motivo que determinou a renúncia, exigindo-se apenas que continue representando o mandante
durante 10 dias, contados da notificação da renúncia, salvo se for substituído antes do término
desse prazo, sendo que cessará, após o decurso desse prazo, a responsabilidade profissional pelo
acompanhamento da causa.
A renúncia ao mandato não exclui responsabilidade por danos eventualmente causados ao cliente
ou a terceiros.
Outra forma de encerrar o mandato é mediante a REVOGAÇÃO pela vontade do cliente, que não
o desobriga do pagamento das verbas honorárias contratadas, assim como não retira o direito do
advogado de receber o quanto lhe seja devido em eventual verba honorária de sucumbência,
calculada proporcionalmente em face do serviço efetivamente prestado.
O mandado judicial ou extrajudicial não se extingue pelo decurso de tempo, salvo se o contrário
for consignado no respectivo instrumento.
Os poderes conferidos ao advogado podem ser SUBSTABELECIDOS a outro advogado, que irá
sub-rogar-se dos poderes conferidos.
O substabelecimento COM RESERVA de poderes é caracterizado como ato pessoal do advogado
da causa, devendo o substabelecido ajustar antecipadamente seus honorários com o
substabelecente. Já o substabelecimento SEM RESERVA de poderes, é a substituição total e
definitiva, que exige o prévio e inequívoco conhecimento do cliente.
Atividade de Advocacia. 
O Código de Ética e Disciplina é expresso ao estabelecer o dever de urbanidade ao advogado, que
deverá tratar todos, colegas de profissão, agentes políticos, autoridades, servidores públicos e
terceiros em geral, com respeito e consideração, devendo exigir igual tratamento de todos com
quem se relacione, preservando seus direitos e prerrogativas.
Em caso de ofensa à honra do advogado ou à imagem da instituição, serão adotadas as medidas
cabíveis, com a instauração de processo ético-disciplinar e comunicação às autoridades
competentes para apuração de eventual ilícito penal.
Além disso, quanto aos colegas de profissão, o advogado que se valer do concurso de colegas na
prestação de serviços deverá tratá-los de forma adequada, de modo que não os torne subalternos
seus nem os deprecie mediante remuneração incompatível com a natureza do trabalho ou inferior
ao mínimo fixado pela Tabela de Honorários da OAB.
São DEVERES do advogado:
I – preservar, em sua conduta, a honra, a nobreza e a dignidade da profissão, zelando pelo caráter de
essencialidade e indispensabilidade da advocacia;
II – atuar com destemor, independência, honestidade, decoro, veracidade, lealdade, dignidade e boa-
fé;
III – velar por sua reputação pessoal e profissional;
IV – empenhar-se, permanentemente, no aperfeiçoamento pessoal e profissional;
V – contribuir para o aprimoramento das instituições, do Direito e das leis;
VI – estimular, a qualquer tempo, a conciliação e a mediação entre os litigantes, prevenindo, sempre
que possível, a instauração de litígios;
Atividade de Advocacia. 
Atividade de Advocacia. 
VII – desaconselhar lides temerárias, a partir de um juízo preliminar de viabilidade jurídica;
VIII – ABSTER-SE de:
a) utilizar de influência indevida, em seu benefício ou do cliente;
b) vincular seu nome ou nome social a empreendimentos sabidamente escusos;
c) emprestar concurso aos que atentem contra a ética, a moral, a honestidade e a dignidade da pessoa
humana;
d) entender-se diretamente com a parte adversa que tenha patrono constituído, sem o assentimento
deste;
e) ingressar ou atuar em pleitos administrativos ou judiciais perante autoridades com as quais tenha
vínculos negociais ou familiares;
f) contratar honorários advocatícios em valores aviltantes.
IX – pugnar pela solução dos problemas da cidadania e pela efetivação dos direitos individuais, coletivos e
difusos;
X – adotar conduta consentânea com o papel de elemento indispensável à administração da Justiça;
XI – cumprir os encargos assumidos no âmbito da Ordem dos Advogados do Brasil ou na representação da
classe;
XII – zelar pelos valores institucionais da OAB e da advocacia;
XIII – ater-se, quando no exercício da função de defensor público, à defesa dos necessitados.
Advocacia Pública.
Exercem atividade de advocacia, sujeitando-se ao regime desta lei, além do regime próprio a que se
subordinem, os integrantes da Advocacia-Geral da União; da Procuradoria da Fazenda Nacional; da
Defensoria Pública; das Procuradorias e Consultorias Jurídicasdos Estados, do Distrito Federal, dos
Municípios e das respectivas entidades de administração indireta e fundacional.
Os integrantes da advocacia pública estão obrigados à inscrição na OAB para o exercício de suas
atividades e, ainda, que são elegíveis e podem integrar qualquer órgão da OAB.
Exercem a advocacia pública os integrantes da Advocacia-Geral da União, da Defensoria Pública e das
Procuradorias e Consultorias Jurídicas dos Estados, do Distrito Federal, dos Municípios, das
autarquias e das fundações públicas.
Os órgãos de advocacia pública, e advogados públicos, incluindo aqueles que ocupem posição de
chefia e direção jurídica devem seguir as disposições do Código, garantindo que o advogado público
exercerá suas funções com independência técnica, contribuindo para a solução ou redução de
litigiosidade, sempre que possível, bem como que seja observado o dever de urbanidade.
O Estatuto traz regulamentação especial referente aos Procuradores Gerais, Advogados Gerais,
Defensores Gerais e dirigentes de órgãos jurídicos da Administração Pública direta, indireta e
fundacional, estabelecendo que estão exclusivamente legitimados para o exercício da advocacia
vinculada à função que exerçam, durante o período da investidura.
Os servidores da administração direta, indireta e fundacional são impedidos de exercer a advocacia
contra a Fazenda Pública que os remunere ou à qual seja vinculada a entidade empregadora.
Diante da essencialidade da advocacia, a fim de garantir lisura e subsidiar o bom desempenho do exercício da
advocacia, o legislador conferiu aos advogados uma gama de direitos e prerrogativas, que são necessárias ao
desempenho da atividade profissional dotada de múnus público.
Não há hierarquia nem subordinação entre advogados, magistrados e membros do Ministério Público, devendo
todos tratarem-se com consideração e respeito recíprocos. 
O advogado deverá receber tratamento compatível com a dignidade da advocacia e receber condições
adequadas a seu desempenho das autoridades, servidores públicos e serventuários da justiça.
Os profissionais do direito têm a mesma formação e atuam em nível de igualdade no desempenho de seus
distintos e inter-relacionados misteres.
É dever do advogado tratar a todos com urbanidade, respeito e consideração, além de exigir igual tratamento
de todos com quem se relacione, preservando seus direitos e prerrogativas.
Quando há concurso entre colegas na prestação de serviços advocatícios é necessário o tratamento
condigno, que não os torne subalternos nem lhes avilte os serviços prestados mediante remuneração
incompatível com a natureza do trabalho.
É garantido ao advogado o exercício com liberdade da profissão em todo território nacional.
É livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão, atendidas as qualificações profissionais que a lei
estabelecer (art. 5º, inciso XIII, da CF/88). Uma vez preenchidos os requisitos legais para inscrição como
advogado da Ordem, o profissional tem liberdade para atuar em todo o território nacional, sem sofrer qualquer
forma de restrição.
É conferida a inviolabilidade do escritório do advogado ou do local de trabalho, que abrange também seus
instrumentos de trabalho, sejam arquivos, dados, correspondências escritas, eletrônicas, telefônicas ou
telemáticas, desde que relativas ao exercício da advocacia.
Direitos e Prerrogativas do Advogado. Desagravo Público
Presentes indícios de autoria e materialidade da prática de crime por parte de advogado, poderá ser
decretar a quebra da inviolabilidade, em decisão motivada, expedindo-se mandado de busca e apreensão,
específico e pormenorizado, a ser cumprido na presença de representante da OAB, sendo, em qualquer
hipótese, vedada a utilização de documentos, mídias e objetos pertencentes a clientes do advogado
averiguado, bem como demais instrumentos de trabalho que contenham informações sobre clientes, salvo
quando tratar de clientes que estejam sendo formalmente investigados como partícipes ou coautores pela
prática do mesmo crime que deu causa à quebra da inviolabilidade.
É conferido ao advogado o contato com seus clientes presos, detidos ou recolhidos, em estabelecimentos
civis ou militares, ainda que considerados incomunicáveis, mesmo que sem procuração. A limitação da
comunicação fere o direito do advogado, bem como o direito fundamental do preso de ter prestada
assistência do advogado.
O advogado só poderá ser preso em flagrante, por motivo de exercício da profissão, em caso de crime
inafiançável. 
Caso isso venha a ocorrer, é direito do advogado ter a presença de representante da OAB para lavratura do
auto de prisão em flagrante, sob pena de nulidade. Todavia, nos demais casos, não é necessária a presença
de representante da OAB, mas sim a comunicação expressa da ocorrência à seccional da OAB, que está
relacionada à assistência prestada por representante da OAB nos inquéritos policiais ou nas ações penais em
que o advogado figurar como indiciado, acusado ou ofendido, sempre que o fato a ele imputado decorrer do
exercício da profissão ou a este vincular-se, sem prejuízo da atuação de seu defensor.
Direitos e Prerrogativas do Advogado. Desagravo Público
Antes da sentença transitar em julgado, o advogado não será recolhido preso senão em sala de Estado
Maior, com instalações e comodidades condignas e, na sua falta, em prisão domiciliar.
É direito do advogado ingressar livremente:
nas salas de sessões dos tribunais, mesmo além dos cancelos que separam a parte reservada aos
magistrados; 
nas salas e dependências de audiências, secretarias, cartórios, ofícios de justiça, serviços notariais e de
registro, e, 
no caso de delegacias e prisões, mesmo fora da hora de expediente e independentemente da presença de
seus titulares; 
em qualquer edifício ou recinto em que funcione repartição judicial ou outro serviço público onde o advogado
deva praticar ato ou colher prova ou informação útil ao exercício da atividade profissional, dentro do
expediente ou fora dele, e ser atendido, desde que se ache presente qualquer servidor ou empregado;
em qualquer assembleia ou reunião de que participe ou possa participar o seu cliente, ou perante a qual este
deva comparecer, desde que munido de poderes especiais;
O advogado poderá dirigir-se diretamente aos magistrados nas salas e gabinetes de trabalho,
independentemente de horário previamente marcado ou outra condição, observando-se a ordem de
chegada.
A garantia de livre locomoção do advogado se completa com a liberdade para retirar-se de qualquer um dos
locais independentemente de licença, além de lhe ser facultado permanecer nesses locais sentado ou em pé.
Direitos e Prerrogativas do Advogado. Desagravo Público
Uma das principais formas de atuação do advogado para o exercício da advocacia é através de suas
manifestações orais. 
Assim, é direito do advogado usar da palavra, pela ordem, em qualquer juízo ou tribunal, mediante
intervenção sumária, para esclarecer equívoco ou dúvida surgida em relação a fatos, documentos ou
afirmações que influam no julgamento, bem como para replicar acusação ou censura que lhe forem feitas;
reclamar, verbalmente ou por escrito, perante qualquer juízo, tribunal ou autoridade, contra a inobservância
de preceito de lei, regulamento ou regimento; falar, sentado ou em pé, em juízo, tribunal ou órgão de
deliberação coletiva da Administração Pública ou do Poder Legislativo;
O advogado tem o direito de examinar, em qualquer órgão dos Poderes Judiciário e Legislativo, ou da
Administração Pública em geral, autos de processos findos ou em andamento, mesmo sem procuração,
quando não estiverem sujeitos a sigilo ou segredo de justiça, assegurada a obtenção de cópias, com
possibilidade de tomar apontamentos.
Na esfera administrativa, poderá o advogado examinar, em qualquer instituição responsável por conduzir
investigação, mesmo sem procuração, autos de flagrante e de investigações de qualquer natureza, findos
ou em andamento, ainda que conclusos à autoridade, podendo copiar peças e tomar apontamentos, em
meio físicoou digital. 
A autoridade competente poderá delimitar o acesso do advogado aos elementos de prova relacionados a
diligências em andamento e ainda não documentados nos autos, quando houver risco de comprometimento
da eficiência, da eficácia ou da finalidade das diligências.
Direitos e Prerrogativas do Advogado. Desagravo Público
Súmula vinculante n. 14 do STF: JURISPRUDÊNCIA- É direito do defensor, no interesse do representado, ter
acesso amplo aos elementos de prova que, já documentados em procedimento investigatório realizado por
órgão com competência de polícia judiciária, digam respeito ao exercício do direito de defesa. O advogado
poderá ter vista dos processos judiciais ou administrativos de qualquer natureza, em cartório ou na
repartição competente, ou retirá-los pelos prazos legais, tendo o direito de retirar autos de processos findos,
mesmo sem procuração, pelo prazo de 10 (dez) dias
O acesso aos autos do processo e aos procedimentos não é absoluto, já que a lei determina que o livre
acesso não se aplica aos processos sob segredo de justiça, quando existirem nos autos documentos
originais de difícil restauração ou ocorrer circunstância relevante que justifique a permanência dos autos no
cartório, secretaria ou repartição, reconhecida pela autoridade em despacho motivado, proferido de ofício,
mediante representação ou a requerimento da parte interessada, até o encerramento do processo, ao
advogado que houver deixado de devolver os respectivos autos no prazo legal, e só o fizer depois de
intimado.
O direito ao exame de processos e de procedimentos de investigação aplica-se integralmente a processos
e a procedimentos eletrônicos. 
O advogado poderá assistir seus clientes investigados durante a apuração de infrações, sob pena de
nulidade absoluta do respectivo interrogatório ou depoimento e, subsequentemente, de todos os elementos
investigatórios e probatórios dele decorrentes ou derivados, direta ou indiretamente, podendo, inclusive, no
curso da respectiva apuração, apresentar razões e quesitos.
Ao advogado é conferido o direito de utilizar os símbolos privativos da profissão de advogado.
Direitos e Prerrogativas do Advogado. Desagravo Público
É direito do advogado se recusar a depor como testemunha em processo no qual funcionou ou deva
funcionar, ou sobre fato relacionado a pessoa de quem seja ou foi advogado, mesmo quando autorizado
ou solicitado pelo constituinte, bem como sobre fato que constitua sigilo profissional.
O Poder Judiciário e o Poder Executivo devem instalar, em todos os juizados, fóruns, tribunais, delegacias
de polícia e presídios, salas especiais permanentes para os advogados, com uso assegurado à OAB.
O advogado poderá retirar-se do recinto onde se encontre aguardando pregão para ato judicial, após 30
(trinta) minutos do horário designado e ao qual ainda não tenha comparecido a autoridade que deva
presidir a ele, mediante comunicação protocolizada em juízo. 
O advogado tem imunidade profissional, não constituindo injúria ou difamação puníveis qualquer
manifestação de sua parte, no exercício de sua atividade, em juízo ou fora dele, sem prejuízo das
sanções disciplinares perante a OAB, pelos excessos que cometer.
O Estatuto da OAB estabelece direitos específicos à advogada gestante, lactante, adotante ou que der à
luz, como a preferência na ordem das sustentações orais e das audiências a serem realizadas a cada dia,
mediante comprovação de sua condição. 
É direito da advogada lactante, adotante ou que der à luz, terá acesso a creche, onde houver, ou a local
adequado ao atendimento das necessidades do bebê. A gestante não deve ser submetida a detectores de
metais e aparelhos de raios X na entrada de tribunais, devendo, ainda, ser assegurada a reserva de vaga
em garagens dos fóruns dos tribunais. 
Os prazos processuais serão suspensos quando a única patrona da causa for adotante ou advogada que
der à luz, desde que haja notificação por escrito ao cliente.
Direitos e Prerrogativas do Advogado. Desagravo Público
O desagravo público é o procedimento que deve ser adotado pelo Conselho competente quando o
advogado é ofendido no exercício da profissão ou em razão dela e poderá ocorrer de ofício, a pedido do
advogado ofendido ou de qualquer pessoa. Ser publicamente desagravado é um direito do advogado e
deverá ocorrer sem prejuízo da responsabilidade criminal em que incorrer o infrator.
O desagravo público, como instrumento de defesa dos direitos e prerrogativas da advocacia, não depende
de concordância do ofendido, que não pode dispensá-lo, devendo ser promovido a critério do Conselho.
O Conselho Federal é competente para promover o desagravo público de Conselheiro Federal ou de
Presidente de Conselho Seccional, quando ofendidos no exercício das atribuições de seus cargos e, ainda,
quando a ofensa a advogado se revestir de relevância e grave violação as prerrogativas profissionais, com
repercussão nacional. 
O Conselho Federal indica seus representantes para a sessão pública de desagravo na sede do Conselho
Seccional, salvo no caso de ofensa a Conselheiro Federal.
Ao tomar conhecimento de fato que possa causar, ou que já causou, violação de direitos ou prerrogativas
da profissão o Presidente do Conselho Federal, do Conselho Seccional ou da Subseção deverá adotar as
providências judiciais e extrajudiciais cabíveis para prevenir ou restaurar o império do Estatuto, em sua
plenitude, inclusive mediante representação administrativa.
Compete ao Presidente do Conselho ou da Subseção representar contra o responsável por abuso de
autoridade, quando configurada hipótese de atentado à garantia legal de exercício profissional, prevista na
Lei n. 4.898, de 09 de dezembro de 1965, que regula o direito de representação e o processo de
responsabilidade administrativa civil e penal, nos casos de abuso de autoridade.
Direitos e Prerrogativas do Advogado. Desagravo Público
A advocacia integra as funções essenciais à justiça, sendo o advogado indispensável à administração da justiça.
Ele atua na defesa do Estado democrático de Direito, dos direitos humanos e das garantias fundamentais, da
cidadania, da moralidade, da Justiça e da paz social, exercendo função pública.
O exercício da atividade de advocacia no território brasileiro e a denominação de advogado são privativos dos
inscritos na OAB.
São requisitos para inscrição como advogado: I - capacidade civil; II - diploma ou certidão de graduação em Direito,
obtido em instituição de ensino oficialmente autorizada e credenciada; III - título de eleitor e quitação do serviço
militar, se brasileiro; IV - aprovação em Exame de Ordem; V - não exercer atividade incompatível com a advocacia;
VI - idoneidade moral; VII - prestar compromisso perante o Conselho.
A capacidade civil, no caso, é a capacidade civil plena, que decorre da conjugação da capacidade de direito ou de
gozo, inerente a todas as pessoas, com a capacidade de fato ou de exercício, adquirida, em regra, quando a
pessoa completa dezoito anos. Atente-se ao fato de que a incapacidade poderá cessar para os menores pela
colação de grau em curso superior.
O diploma é o documento formal emitido pela instituição de ensino conferindo ao formando o grau de bacharel em
Direito. O diploma pode ser substituído pela certidão de graduação em Direito, que irá atestar que o aluno concluiu
a graduação e é bacharel em Direito, devendo ser acompanhada de cópia autenticada do histórico escolar, segundo
o Regimento Interno da OAB.
A instituição de ensino deve ser autorizada e credenciada junto ao Ministério da Educação e Cultura (MEC). Caso
contrário, o aluno fica impossibilitado de efetuar a inscrição definitiva nos quadros da Ordem.
O estrangeiro ou o brasileiro, quando não graduado em Direito no Brasil, além de preencher os demais requisitos,
devem fazer prova do título de graduação obtido na instituição estrangeira.
A exigência do título de eleitor está associada ao conceito de cidadão e ao pleno gozo dos direitos civis e políticos.
Inscrição na Ordem dos Advogados do Brasil. Estágio ProfissionalO serviço militar consiste no exercício de atividades específicas, desempenhadas nas Forças Armadas
(Exército, Marinha e Aeronáutica), obrigatório para todos os brasileiros, ficando isentas as mulheres em tempo
de paz. Desse modo, apenas os requerentes do sexo masculino devem cumprir a exigência de quitação do
serviço militar.
A aprovação no Exame de Ordem decorre diretamente do princípio da liberdade profissional condicionada à
qualificação (artigo 5º, inciso XIII, da CF/88), pelo qual, ante a relevância da atuação do profissional advogado,
faz-se necessária a verificação da qualificação técnica do profissional antes de sua inserção no mercado de
trabalho.
É necessário que o requerente não exerça atividade incompatível com a advocacia, mesmo que em causa
própria, como: chefe do Poder Executivo e membros da Mesa do Poder Legislativo e seus substitutos legais;
membros de órgãos do Poder Judiciário, do Ministério Público, dos tribunais e conselhos de contas, dos
juizados especiais, da justiça de paz, juízes classistas, bem como de todos os que exerçam função de
julgamento em órgãos de deliberação coletiva da administração pública direta e indireta; ocupantes de cargos
ou funções de direção em Órgãos da Administração Pública direta ou indireta, em suas fundações e em suas
empresas controladas ou concessionárias de serviço público; ocupantes de cargos ou funções vinculados
direta ou indiretamente a qualquer órgão do Poder Judiciário e os que exercem serviços notariais e de
registro; ocupantes de cargos ou funções vinculados direta ou indiretamente a atividade policial de qualquer
natureza; militares de qualquer natureza, na ativa; ocupantes de cargos ou funções que tenham competência
de lançamento, arrecadação ou fiscalização de tributos e contribuições parafiscais; ocupantes de funções de
direção e gerência em instituições financeiras, inclusive privadas.
Inscrição na Ordem dos Advogados do Brasil. Estágio Profissional
A idoneidade moral é um conceito jurídico indeterminado, que poderá ser determinável após análise do
caso concreto. O conceito de idoneidade é tido como uma “característica de quem aparenta ser
honesto; qualidade da pessoa apta a desempenhar funções, cargos ou trabalhos. Qualidade do que é
idôneo, que convém de modo perfeito ou é adequado”.
O Pleno do Conselho Federal da OAB editou, referente à idoneidade:
SÚMULA N. 06/2018/COP - INSCRIÇÃO. IDONEIDADE. Nos processos de inscrição, o Conselho
competente poderá suscitar incidente de apuração de idoneidade, quando se tratar de pessoa que de
forma grave ou reiterada tenha ofendido as prerrogativas da advocacia, assegurando-se o contraditório
e a ampla defesa (DOU, Seção 1, 07.06.2018, p. 129).
SÚMULA N. 09/2019/COP - INIDONEIDADE MORAL. VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER. ANÁLISE DO
CONSELHO SECCIONAL DA OAB. [...] A prática de violência contra a mulher, assim definida na
“Convenção Interamericana para Prevenir, Punir e Erradicar a Violência contra a Mulher – ‘Convenção
de Belém do Pará’ (1994)”, constitui fator apto a demonstrar a ausência de idoneidade moral para a
inscrição de bacharel em Direito nos quadros da OAB, independente da instância criminal, assegurado
ao Conselho Seccional a análise de cada caso concreto (DEOAB, 21/03/2019, p. 3).
SÚMULA N. 10/2019/COP - INIDONEIDADE MORAL. VIOLÊNCIA CONTRA CRIANÇAS E ADOLESCENTES,
IDOSOS E PESSOAS COM DEFICIÊNCIA FÍSICA OU MENTAL. [...] A prática de violência contra crianças
e adolescentes, idosos e pessoas com deficiência física ou mental constitui fator apto a demonstrar a
ausência de idoneidade moral para a inscrição de bacharel em Direito nos quadros da OAB,
independente da instância criminal, assegurado ao Conselho Seccional a análise de cada caso concreto
(DEOAB, 21/03/2019, pp. 3/4).
Inscrição na Ordem dos Advogados do Brasil. Estágio Profissional
A inidoneidade moral poderá ser suscitada por qualquer pessoa, e deve ser declarada mediante decisão
que obtenha no mínimo dois terços dos votos de todos os membros do conselho competente, em
procedimento que observe os termos do processo disciplinar. Há presunção legal de inidoneidade quando
ocorrer a condenação por crime infamante, salvo reabilitação judicial. Além disso, será avaliada
constantemente, não sendo apenas um requisito para a inscrição nos quadros da OAB, uma vez que a sua
violação enseja a exclusão do advogado dos quadros da OAB.
O compromisso prestado perante o Conselho Seccional, a Diretoria ou o Conselho da Subseção é ato
solene e personalíssimo e, portanto, indelegável, no qual o advogado promete exercer a advocacia com
dignidade e independência, observando a ética, os deveres e prerrogativas profissionais.
Os requisitos não precisam ser preenchidos no momento em que o candidato se inscreve para realizar o
Exame da Ordem, mas, sim, após a aprovação no Exame, no momento em que solicita a inscrição definitiva
perante os quadros da OAB.
A inscrição principal do advogado deve ser feita no Conselho Seccional em cujo território o advogado
pretende estabelecer o seu domicílio profissional. Em caso de dúvida, prevalece o domicílio da pessoa física
do advogado. A atuação não fica restrita ao território de seu domicílio profissional, podendo atuar em
outros territórios; exige-se, apenas, a realização de inscrição suplementar nos Conselhos Seccionais
quando a intervenção judicial exceder cinco causas por ano.
Inscrição na Ordem dos Advogados do Brasil. Estágio Profissional
O advogado fica dispensado de comunicar o exercício eventual da profissão, até o total de cinco causas
por ano, acima do qual obriga-se à inscrição suplementar.
No caso de mudança efetiva de domicílio profissional, deverá ser requerida a transferência da inscrição
para o Conselho Seccional correspondente.
A inscrição poderá ser cancelada nas seguintes hipóteses: quando o advogado requerer; quando sofrer
penalidade de exclusão; quando falecer; quando passar a exercer, em caráter definitivo, atividade
incompatível com a advocacia; quando perder qualquer um dos requisitos necessários para inscrição.
Apesar do cancelamento, poderá ser feito novo pedido de inscrição, que não restaura o número de
inscrição anterior, após a prova dos requisitos da capacidade civil, do não desempenho de atividade
incompatível, de idoneidade moral, além da prestação de novo compromisso perante o Conselho. O
cancelamento será promovido de ofício em caso de aplicação de penalidade de exclusão, falecimento ou
com o desempenho de atividade incompatível.
O profissional advogado poderá licenciar-se, se assim o requerer, por motivo justificado, quando passar a
exercer, em caráter temporário, atividade incompatível com o exercício da advocacia, ou quando sofrer
doença mental considerada curável. Durante o período em que o advogado estiver licenciado, ficará
desobrigado do pagamento das anuidades, se assim expressamente requerer (Súmula n. 3/2012 - COP).
O documento de identidade profissional é de uso obrigatório no exercício da atividade de advogado ou de
estagiário, e constitui prova de identidade civil para todos os fins legais. São considerados documentos de
identidade profissional a carteira e o cartão emitidos pela OAB (o uso do cartão dispensa o da carteira).
Inscrição na Ordem dos Advogados do Brasil. Estágio Profissional
Constarão nos documentos os seguintes dados de identificação do advogado: número da inscrição,
nome, nome social, filiação, naturalidade, data do nascimento, nacionalidade, data da colação de grau,
data do compromisso e data da expedição, e à assinatura do Presidente do Conselho Seccional
O nome social é a designação pela qual a pessoa travesti ou transexual se identifica e é socialmente
reconhecida e será inserido na identificação do advogado mediante requerimento.
Aos Conselhos Seccionais da OAB incumbe alimentar, automaticamente, por via eletrônica, o Cadastro
Nacional dos Advogados – CNA e o Cadastro Nacional das Sociedades de Advogados – CNSA,
mantendo as informações correspondentes constantemente atualizadas.
É exigida a inscrição do estagiário de advocacianos quadros da OAB, sendo que, se o estagiário de
advocacia estiver regularmente inscrito, poderá praticar os atos privativos de advogado em conjunto
com advogado e sob responsabilidade deste.
Os atos de privativos da advocacia podem ser subscritos por estagiário inscrito na OAB, em conjunto
com o advogado ou o defensor público.
O estagiário inscrito na OAB pode praticar isoladamente os seguintes atos, sob a responsabilidade do
advogado: retirar e devolver autos em cartório, assinando a respectiva carga; obter junto aos
escrivães e chefes de secretarias certidões de peças ou autos de processos em curso ou findos;
assinar petições de juntada de documentos a processos judiciais ou administrativos.
Para o exercício de atos extrajudiciais, o estagiário pode comparecer isoladamente, quando receber
autorização ou substabelecimento do advogado.
Inscrição na Ordem dos Advogados do Brasil. Estágio Profissional
A inscrição do estagiário é feita no Conselho Seccional em cujo território se localize seu curso jurídico,
sendo necessário, para a inscrição, o preenchimento dos seguintes requisitos: capacidade civil; título de
eleitor e quitação do serviço militar, se brasileiro; não exercer atividade incompatível com a advocacia;
idoneidade moral; prestar compromisso perante o Conselho; ter sido admitido em estágio profissional
de advocacia.
O estágio profissional de advocacia tem duração de dois anos, sendo realizado nos últimos anos do
curso jurídico, mantido pelas respectivas instituições de ensino superior, pelos Conselhos da OAB, ou
por setores, órgãos jurídicos e escritórios de advocacia credenciados pela OAB, sendo obrigatório o
estudo do Estatuto e do Código de Ética e Disciplina. Caso o aluno exerça atividade incompatível com
a advocacia, pode frequentar o estágio ministrado pela respectiva instituição de ensino superior, para
fins de aprendizagem, vedada a inscrição na OAB (§ 3º).
O estágio profissional poderá ser cumprido por bacharel em Direito que queira se inscrever na Ordem.
O cartão de identidade do estagiário tem o mesmo modelo e conteúdo do cartão de identidade do
advogado, com a indicação de “Identidade de Estagiário”, em destaque, e do prazo de validade, que
não pode ultrapassar três anos nem ser prorrogado. O cartão de identidade do estagiário perde sua
validade imediatamente após a prestação do compromisso como advogado.
Cada Conselho Seccional mantém uma Comissão de Estágio e Exame de Ordem, a quem incumbe
coordenar, fiscalizar e executar as atividades decorrentes do estágio profissional da advocacia, que
pode instituir subcomissões nas Subseções.
Inscrição na Ordem dos Advogados do Brasil. Estágio Profissional
O exercício da atividade de advocacia no território brasileiro e a denominação de advogado são privativos
dos inscritos na Ordem dos Advogados
do Brasil (OAB), sendo que o desempenho das atividades do advogado poderá ocorrer de forma individual ou
por meio de sociedade de advogados.
• Ante o múnus público da atividade da advocacia, a sociedade de advogados não pode ser equiparada às
sociedades privadas, previstas no Código Civil, já que a sociedade de advogados é classificada como
sociedade sui generis.
• São várias as formas de sociedade previstas no Código Civil brasileiro (sociedade limitada, sociedade
anônima, sociedade em nome coletivo, dentre outras). Entretanto, a doutrina classifica as sociedades em dois
grandes grupos: sociedade empresária e sociedade simples. 
A sociedade empresária é aquela pessoa jurídica que exerce atividade econômica própria de empresário,
organizada para a produção ou a circulação de bens ou de serviços, com inscrição no Registro Público de
Empresas Mercantis a cargo das juntas comerciais. 
Por sua vez, a sociedade simples, que também almeja proveito econômico, não desenvolve atividade
mercantil e deve ser registrada no cartório de registro de pessoas jurídicas.
As sociedades de advogados não possuem características próprias de sociedades empresárias, o que é
vedado pelo Estatuto da OAB, inclusive, mas, sim, de sociedades simples. No entanto, devem ser
consideradas como sociedades simples sui generis, o que ocorre em razão do desempenho de função pública
essencial à administração da justiça, que possui finalidade profissional e não de obtenção de lucro. O capital
essencial das sociedades de advogados é a produção intelectual dos advogados que a integram e não as
coisas ou valores financeiros.
Sociedade de Advogados. Advogado Empregado
O Estatuto da OAB veda a constituição de sociedades de advogados que apresentem forma ou
características de sociedade empresária, que adotem denominação de fantasia, que realizem
atividades estranhas à advocacia, que incluam como sócio ou titular de sociedade unipessoal de
advocacia pessoa não inscrita como advogado ou totalmente proibida de advogar.
Os advogados podem reunir-se em sociedade simples de prestação de serviços de advocacia ou
constituir sociedade unipessoal de advocacia, na forma disciplinada no Estatuto da OAB e no
Regulamento Geral da OAB, não sendo aplicáveis as regras do Código Civil, sequer subsidiariamente.
Em que pese a diferença na estrutura e composição das sociedades de advogados, ambas seguem os
mesmos regramentos impostos pelo Estatuto da Ordem, observadas suas especificações.
Tanto a sociedade de advogados como a sociedade unipessoal de advocacia adquirem personalidade
jurídica com o registro aprovado dos seus atos constitutivos no Conselho Seccional da OAB em cuja
base territorial tiver sede. Ademais, é proibido o registro, nos cartórios de registro civil de pessoas
jurídicas e nas juntas comerciais, de sociedade que inclua, entre outras finalidades, a atividade de
advocacia. O ato constitutivo formaliza-se por intermédio do contrato social. Todas as alterações no
contrato social e/ou na estrutura da sociedade deverão ser averbadas no registro da sociedade.
Manter sociedade profissional fora das normas e preceitos estabelecidos no Estatuto da OAB
caracteriza infração disciplinar (34, inciso II, do Estatuto da OAB).
As atividades profissionais privativas dos advogados são exercidas individualmente, ainda que
revertam à sociedade os honorários respectivos.
Sociedade de Advogados. Advogado Empregado
Desse modo, as procurações devem ser outorgadas individualmente aos advogados e indicar a
sociedade de que façam parte. 
Nenhum advogado pode integrar mais de uma sociedade de advogados, constituir mais de uma
sociedade unipessoal de advocacia, ou integrar, simultaneamente, uma sociedade de advogados e
uma sociedade unipessoal de advocacia com sede ou filial na mesma área territorial do respectivo
Conselho Seccional. O ato de constituição de filial deve ser averbado no registro da sociedade e
arquivado no Conselho Seccional onde se instalar, ficando os sócios, inclusive o titular da sociedade
unipessoal de advocacia, obrigados à inscrição suplementar.
A sociedade pode associar-se com advogados, sem vínculo de emprego, para participação nos
resultados, desde que os contratos firmados sejam averbados no registro da sociedade de
advogados.
A denominação das sociedades não é de livre escolha dos associados, o nome deve expressar com
clareza sua finalidade. A razão social deve ter, obrigatoriamente, o nome de, pelo menos, um
advogado responsável pela sociedade, podendo permanecer o de sócio falecido, desde que prevista
tal possibilidade no ato constitutivo. A denominação da sociedade unipessoal de advocacia deve ser
obrigatoriamente formada pelo nome do seu titular, completo ou parcial, com a expressão
‘Sociedade Individual de Advocacia’.
A sociedade unipessoal de advocacia pode resultar da concentração por um advogado das quotas
de uma sociedade de advogados, independentemente das razões que motivaram tal concentração.
Nesse caso, ocorre a conversão da sociedade coletiva para uma sociedade individual de advocacia. 
Sociedade de Advogados. Advogado Empregado
O profissional advogado poderá licenciar-se: se assim o requerer, por motivo justificado, quando passar
a exercer, em carátertemporário, atividade incompatível com o exercício da advocacia, ou quando
sofrer doença mental considerada curável. O licenciamento do sócio para exercer atividade incompatível
com a advocacia em caráter temporário deve ser averbado no registro da sociedade, não alterando sua
constituição.
A sociedade não substitui os advogados, mas podem ser praticados pela sociedade de advogados, com
uso da razão social, os atos indispensáveis às suas finalidades, desde que não sejam privativos de
advogado.
O advogado é responsável pelos atos que, no exercício profissional, praticar com dolo ou culpa. Por sua
vez, a sociedade, os sócios, bem como o titular da sociedade individual de advocacia respondem
subsidiária e ilimitadamente pelos danos causados, nas hipóteses de dolo ou culpa e por ação ou
omissão no exercício da advocacia, sem prejuízo das sanções disciplinares.
É nula a cláusula do contrato social que vise limitar a responsabilidade dos sócios.
Outra forma de o advogado desempenhar suas atividades é através da relação de emprego com o
cliente. O vínculo empregatício do advogado exige os mesmos elementos fático-jurídicos estabelecidos
para a constituição da relação de trabalho celetista. Dentre os elementos caraterísticos da relação de
emprego: pessoalidade, onerosidade, não eventualidade, alteridade e subordinação. É importante
destacar que, no caso do advogado empregado, a subordinação não prejudica o direito do advogado à
liberdade de atuação e à isenção técnica, que é inerente ao exercício da advocacia, uma vez que o
advogado deve seguir suas convicções filosóficas e conhecimentos técnicos ao defender os interesses
dos seus clientes.
Sociedade de Advogados. Advogado Empregado
O Código de Ética e Disciplina impede que o advogado funcione no mesmo processo, simultaneamente,
como patrono e preposto do empregador ou cliente. Além disso, o advogado deverá resguardar o sigilo
profissional ao postular, judicial ou extrajudicialmente, em nome de terceiros contra ex-empregador.
A relação estabelecida entre o advogado e o cliente empregador está restrita ao vínculo pré-estabelecido,
de modo que o advogado empregado não está obrigado a prestar serviços profissionais de interesse
pessoal dos empregadores fora da relação de emprego.
O salário mínimo do profissional advogado é fixado em sentença normativa, caso não tenha sido ajustando
em acordo ou convenção coletiva de trabalho. A representação do advogado empregado nas convenções
coletivas celebradas com as entidades sindicais representativas dos empregadores, nos acordos coletivos
celebrados com a empresa empregadora, é de competência do sindicato de advogados e, na sua falta, a
federação ou confederação de advogados.
Nas causas em que for parte o empregador, ou pessoa por esse representada, os honorários de
sucumbência são devidos aos advogados empregados. Caso os honorários de sucumbência sejam
percebidos por advogado empregado de sociedade de advogados, esses serão partilhados entre ele e a
empregadora (art. 21, caput e parágrafo único, do Estatuto da OAB). Na hipótese de honorários por
sucumbência, o juiz, ao proferir a sentença, condenará o vencido a pagar honorários ao advogado do
vencedor, fixados entre o mínimo de 10% (dez por cento) e o máximo de 20% (vinte por cento) sobre o valor
da condenação, do proveito econômico obtido ou, não sendo possível mensurá-lo, sobre o valor atualizado
da causa, seguindo: o grau de zelo do profissional; o lugar de prestação do serviço; a natureza e a
importância da causa; o trabalho realizado pelo advogado e o tempo exigido para o seu serviço.
Sociedade de Advogados. Advogado Empregado
Os honorários advocatícios incluídos na condenação ou destacados do montante principal devido ao credor
consubstanciam-se em verba de natureza alimentar - Súmula Vinculante n. 47 do Supremo Tribunal Federal. Os
honorários pertencem ao advogado, tendo este o direito autônomo para executar a sentença quando os
honorários de sucumbência forem incluídos na condenação. Desse modo, os honorários de sucumbência, por
decorrerem precipuamente do exercício da advocacia e só acidentalmente da relação de emprego, não
integram o salário ou a remuneração, não podendo, assim, ser considerados para efeitos trabalhistas ou
previdenciários, constituindo-se em fundo comum, cuja destinação é decidida pelos profissionais integrantes do
serviço jurídico da empresa ou por seus representantes.
A jornada de trabalho do advogado empregado, salvo acordo ou convenção coletiva, não poderá exceder a
duração diária de quatro horas contínuas e a de vinte horas semanais. Considera-se como período de trabalho
o tempo em que o advogado estiver à disposição do empregador aguardando ou executando ordens, no seu
escritório ou em atividades externas, sendo-lhe reembolsadas as despesas feitas com transporte, hospedagem
e alimentação;
Poderá ser adotado o regime de dedicação exclusiva, que deve estar previsto expressamente no contrato
individual de trabalho, devendo a jornada de trabalho observar o limite de oito horas diárias.
As horas que excederem a jornada normal devem ser remuneradas com um adicional não inferior a 100% sobre
o valor da hora normal, mesmo havendo contrato escrito. Em caso de dedicação exclusiva, serão remuneradas
como extraordinárias as horas trabalhadas que excederem a jornada normal de oito horas diárias.
Quando o desempenho da atividade do advogado ocorrer em horário noturno, entendido como o período das 20
(vinte) horas de um dia até as 5 (cinco) horas do dia seguinte, as horas trabalhadas devem ser remuneradas
com adicional de 25%.
Sociedade de Advogados. Advogado Empregado
Honorários Advocatícios.
São a contraprestação devida aos advogados pela prestação de seus serviços profissionais, os quais
são fixados pelo profissional, observando-se o mínimo estabelecido na tabela de honorários do
respectivo Conselho Seccional da OAB, sob pena de caracterizar-se aviltamento de honorários.
São critérios para auxiliar o profissional na fixação dos honorários:
a relevância, o vulto, a complexidade e a dificuldade das questões versadas;
o trabalho e o tempo a ser empregados;
a possibilidade de ficar o advogado impedido de intervir em outros casos, ou de se desavir com
outros clientes ou terceiros;
o valor da causa, a condição econômica do cliente e o proveito para este resultante do serviço
profissional;
o caráter da intervenção, conforme se trate de serviço a cliente eventual, frequente ou constante;
o lugar da prestação dos serviços, conforme se trate do domicílio do advogado ou de outro;
a competência do profissional;
a praxe do foro sobre trabalhos análogos.
Os honorários advocatícios não podem ser fixados utilizando como parâmetro o salário mínimo,
conforme posicionamento sumulado do STJ (súmula n. 201).
Honorários Advocatícios.
A solução do litígio por qualquer mecanismo adequado de solução extrajudicial não permite, em
qualquer hipótese, a diminuição dos honorários contratados.
Os honorários podem ser fixados sobre a vantagem financeira obtida pelo cliente, sob a adoção da
cláusula quota litis, que se verifica quando o advogado e o cliente acordam, mediante contrato, que os
honorários advocatícios incidirão sobre a vantagem financeira obtida pelo cliente.
Devem ser observados os seguintes parâmetros:
Os honorários devem ser necessariamente representados por pecúnia, ou seja, não podem
incorrer sobre os bens do cliente, exceto se excepcionalmente quando o cliente não dispuser de
condições pecuniárias para satisfazer o débito.
Quando acrescidos dos honorários de sucumbência, a quota do advogado não pode ser superior
às vantagens advindas a favor do cliente;
Quando versar sobre prestações vencidas e vincendas poderão incidir sobre o valor de umas e
outras, atendidos os requisitos da moderação e da razoabilidade.
É possível a compensação de créditos pelo advogado de importâncias devidas ao cliente, desde que
haja autorização no contrato ou quando houver autorização especial do cliente para esse fim.
A prestação de serviço profissional do advogadoinscrito na OAB assegura o direito aos honorários
convencionados, aos fixados por arbitramento judicial e aos honorários de sucumbência.
Honorários Advocatícios.
Os honorários assistenciais devem ser compreendidos como a remuneração devida ao advogado
contratado por uma entidade de classe para ajuizar uma demanda em substituição processual.
Súmula Vinculante n. 47: os honorários advocatícios incluídos na condenação ou destacados do
montante principal devido ao credor consubstanciam-se em verba de natureza alimentar.
O advogado promoverá, preferencialmente, de forma destacada, a execução dos honorários
contratuais ou sucumbenciais.
Se o advogado juntar aos autos o seu contrato de honorários antes da expedição do mandado de
levantamento ou precatório, o juiz deve determinar o pagamento por dedução da quantia a ser
recebida pelo constituinte, salvo se este provar que já os pagou.
Na hipótese de honorários por sucumbência, o juiz, ao proferir a sentença, condenará o vencido a
pagar honorários ao advogado do vencedor, fixados entre o mínimo de 10% e o máximo de 20% sobre
o valor da condenação, do proveito econômico obtido ou, não sendo possível mensurá-lo, sobre o
valor atualizado da causa, seguindo: 
o grau de zelo do profissional; 
o lugar de prestação do serviço; 
a natureza e a importância da causa; 
o trabalho realizado pelo advogado; 
o tempo
O pagamento dos honorários ocorrerá em três etapas, salvo estipulação em contrário, um terço dos
honorários é devido no início do serviço, outro terço até a decisão de primeira instância e o restante
no final. exigido para o seu serviço.
Honorários Advocatícios.
Na falta de estipulação ou de acordo entre cliente e advogado, os honorários serão fixados por
arbitramento judicial, levando em consideração a compatibilidade da remuneração com o trabalho e
o valor econômico da questão, sendo vedado o estabelecimento de valores inferiores aos
estabelecidos na tabela organizada pelo Conselho Seccional da OAB.
Os honorários incluídos na condenação, por arbitramento ou sucumbência, pertencem ao advogado,
tendo este direito autônomo para executar a sentença nesta parte, podendo requerer que o
precatório, quando necessário, seja expedido em seu favor.
A decisão judicial que fixar ou arbitrar honorários e o contrato escrito que os estipular são TÍTULOS
EXECUTIVOS e constituem crédito privilegiado na falência, concordata, concurso de credores,
insolvência civil e liquidação extrajudicial, sendo FACULTADO ao advogado promover nos mesmos
autos da ação a execução dos honorários.
Havendo necessidade de promover arbitramento ou cobrança judicial de honorários, deve o
advogado renunciar previamente ao mandato que recebera do cliente em débito. 
No caso do advogado empregado, os honorários de sucumbência por decorrerem precipuamente do
exercício da advocacia e só acidentalmente da relação de emprego não integram o salário ou a
remuneração, assim, não podem ser considerados para efeitos trabalhistas ou previdenciários,
constituindo-se em fundo comum, cuja destinação é decidida pelos profissionais integrantes do
serviço jurídico da empresa ou por seus representantes.
Honorários Advocatícios.
Nas causas em que for parte o empregador, ou pessoa por este representada, os honorários de
sucumbência são devidos aos advogados empregados. Caso os honorários de sucumbência sejam
percebidos por advogado empregado de sociedade de advogados, esses serão partilhados entre ele e a
empregadora.
O advogado substabelecido, com reserva de poderes, não pode cobrar honorários sem a intervenção
daquele que lhe conferiu o substabelecimento.
Caso o cliente do advogado e a parte contrária firmem ACORDO, salvo aquiescência do profissional, não
serão prejudicados os honorários convencionados ou concedidos por sentença.
Na hipótese de falecimento ou incapacidade civil do advogado, os honorários de sucumbência,
proporcionais ao trabalho realizado, são recebidos por seus sucessores ou representantes legais.
O advogado, quando indicado para patrocinar causa de juridicamente necessitado, no caso de
impossibilidade da Defensoria Pública, tem direito aos honorários fixados pelo juiz, segundo tabela
organizada pelo Conselho Seccional da OAB, e pagos pelo Estado.
PRESCREVE em 5 (cinco) anos a ação de cobrança de honorários de advogado, contando o prazo:
do vencimento do contrato, se houver;
do trânsito em julgado da decisão que os fixar;
da ultimação do serviço extrajudicial;
da desistência ou transação;
da renúncia ou revogação do mandato.
No mesmo prazo de 5 (cinco) anos prescreve a ação de prestação de contas pelas quantias recebidas pelo
advogado de seu cliente, ou de terceiros por conta dele.
A incompatibilidade determina a proibição total do exercício da advocacia, que poderá ser temporária ou
permanente, de acordo com a atividade desenvolvida e a natureza do cargo. Quando o profissional passar a
exercer, em caráter definitivo, atividade incompatível com a advocacia terá sua inscrição cancelada.
A advocacia é INCOMPATÍVEL, mesmo em causa própria:
Chefe do Poder Executivo e membros da Mesa do Poder Legislativo e seus substitutos legais.
A Chefia do Poder Executivo é exercida pelo Presidente da República, com o auxílio dos Ministros
de Estado. A Chefia do Poder Executivo dos Estados é exercida pelos Governadores e a Chefia do
Poder Executivo dos Municípios é exercida pelos Prefeitos. O Poder Legislativo, em âmbito federal,
é bicameral, representado pelo Congresso Nacional e composto de duas Casas Legislativas: Senado
Federal e Câmara dos Deputados. Por sua vez, nos Estados e Municípios o Poder Legislativo é
unicameral, composto pela Assembleia Legislativa e pela Câmara Municipal, respectivamente. Além
disso, o impedimento alcança também os substitutos, ou seja, os Vices (Presidente, Governador e
Prefeito) e os suplentes dos integrantes das mesas do Poder Legislativo.
Membros de órgãos do Poder Judiciário, do Ministério Público, dos tribunais e conselhos de contas, dos
juizados especiais, da justiça de paz, juízes classistas, bem como de todos os que exerçam função de
julgamento em órgãos de deliberação coletiva da Administração Pública direta e indireta.
São órgãos do Poder Judiciário: o Supremo Tribunal Federal; o Conselho Nacional de Justiça; o
Superior Tribunal de Justiça; o Tribunal Superior do Trabalho; os Tribunais Regionais Federais e
Juízes Federais; os Tribunais e Juízes do Trabalho; os Tribunais e Juízes Eleitorais; os Tribunais e
Juízes Militares; os Tribunais e Juízes dos Estados e do Distrito Federal e Territórios.
Incompatibilidades
A Administração Pública indireta é composta pelas autarquias, funções públicas e pelas empresas
estatais (sociedade de economia mista e empresa pública).
O Ministério Público abrange o Ministério Público da União, que compreende: o Ministério Público Federal,
o Ministério Público do Trabalho, o Ministério Público Militar e o Ministério Público do Distrito Federal e
Territórios; bem como os Ministérios Públicos dos Estados. A expressão “membros” compreende todos
os servidores que compõem a instituição.
Ocupantes de cargos ou funções de direção em Órgãos da Administração Pública direta ou indireta, em suas
fundações e em suas empresas controladas ou concessionárias de serviço público;
Não se incluem nessa hipótese os que não detenham poder de decisão relevante sobre interesses de
terceiro, a juízo do conselho competente da OAB, bem como a administração acadêmica diretamente
relacionada ao magistério jurídico.
Ocupantes de cargos ou funções vinculados direta ou indiretamente a qualquer órgão do Poder Judiciário e
os que exercem serviços notariais e de registro;
O Estatuto incompatibiliza a advocacia com as atividades exercidas pelos auxiliares e serventuários da
justiça, que são, além de outros cujas atribuições sejam determinadas pelas normas de organização
judiciária: o escrivão, o chefe de secretaria, o oficial de justiça, o perito, o depositário, o administrador, o
intérprete, o tradutor, o mediador, o conciliador judicial, o partidor,o distribuidor, o contabilista e o
regulador de avarias.
Os serviços notariais e de registro são exercidos em caráter privado, por delegação do Poder Público. A
Lei dos cartórios prevê que o exercício da atividade notarial e de registro é incompatível com o da
advocacia.
Incompatibilidades
Ocupantes de cargos ou funções vinculados direta ou indiretamente a atividade policial de qualquer
natureza;
A segurança pública, dever do Estado, direito e responsabilidade de todos, é exercida para a
preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio, por meio dos seguintes
órgãos: I – polícia federal; II – polícia rodoviária federal; III – polícia ferroviária federal; IV – polícias civis;
V – polícias militares e corpos de bombeiros militares; VI – polícias penais federal, estaduais e distrital.
Não se enquadram no conceito de atividade policial as atividades de polícia administrativa,
desenvolvidas por agentes públicos, sem vínculo com órgãos que integrem as polícias civis e militares.
Militares de qualquer natureza, na ativa;
Os membros das Forças Armadas são denominados militares. As Forças Armadas, constituídas pela
Marinha, pelo Exército e pela Aeronáutica, são instituições nacionais permanentes e regulares,
organizadas com base na hierarquia e na disciplina, sob a autoridade suprema do Presidente da
República, e destinam-se à defesa da Pátria, à garantia dos poderes constitucionais, da lei e da ordem.
Ocupantes de cargos ou funções que tenham competência de lançamento, arrecadação ou fiscalização de
tributos e contribuições parafiscais;
O sistema tributário nacional permite a instituição dos seguintes tributos: impostos, taxas, em razão do
exercício do poder de polícia ou pela utilização, efetiva ou potencial, de serviços públicos específicos e
divisíveis, prestados ao contribuinte ou postos a sua disposição, contribuição de melhoria, decorrente
de obras públicas.
Incompatibilidades
Ocupantes de funções de direção e gerência em instituições financeiras, inclusive privadas;
O impedimento determina a proibição parcial do exercício da advocacia. O profissional que passar a
exercer, em caráter temporário, atividade incompatível poderá licencia-se do exercício da advocacia.
São IMPEDIDOS de exercer a advocacia:
Os servidores da administração direta, indireta e fundacional, contra a Fazenda Pública que os
remunere ou à qual seja vinculada a entidade empregadora;
Não se incluem nessa hipótese os docentes dos cursos jurídicos.
A parcialidade do impedimento é verificada quando a vedação opera apenas em face da Fazenda
Pública que remunera o servidor, que também é advogado.
O impedimento se mantém mesmo após a aposentadoria do servidor, considerando que o vínculo
remuneratório com a Administração Pública permanece.
O impedimento recai sobre a pessoa do advogado, que poderá integrar sociedade de advogados
normalmente sem prejudicar o livre exercício da profissão dos demais sócios.
Os membros do Poder Legislativo, em seus diferentes níveis, contra ou a favor das pessoas jurídicas
de direito público, empresas públicas, sociedades de economia mista, fundações públicas, entidades
paraestatais ou empresas concessionárias ou permissionárias de serviço público.
O impedimento abrange todos os parlamentares, federais, estaduais ou municipais, de modo que
se não forem integrantes das mesas diretoras ou suplentes, estão impedidos de atuar a favor ou
contra qualquer entidade da Administração Pública direta ou indireta, seja ela, do mesmo modo,
municipal, estadual ou federal, enquanto permanecerem no exercício do mandato.
Incompatibilidades
O Estatuto traz regulamentação especial referente aos Procuradores-Gerais, Advogados-Gerais,
Defensores-Gerais e dirigentes de órgãos jurídicos da Administração Pública direta, indireta e
fundacional, estabelecendo que estão exclusivamente legitimados para o exercício da advocacia
vinculada à função que exerçam, durante o período da investidura.
Os Advogados Públicos se sujeitam ao regime jurídico previsto em estatuto próprio e postulam no
exercício de cargo público ao qual foram investidos, mediante aprovação em concurso de provas e
títulos e que, ainda, há na Lei Orgânica da AGU (Lei Complementar n. 73/1993) vedação expressa do
exercício da advocacia fora das atribuições institucionais.
A Lei Complementar n. 80/1994 que organizou a Defensoria Pública determina que a capacidade
postulatória do Defensor Público decorre exclusivamente de sua nomeação e posse no cargo público,
assim como é vedado o exercício da advocacia fora das suas atribuições institucionais. Diferente da
capacidade postulatória do advogado privado, que é adquirida mediante prova de mandato do
constituinte.
Quanto aos demais, é vedada a atuação em face da Fazenda Pública que os remunera, observando-
se, evidentemente, se inexistente vedação expressa em lei especial.
Impedimentos
O Código de Ética e Disciplina da Ordem dos Advogados do Brasil ao estabelecer os princípios fundamentais
da ética do advogado instituiu os seguintes deveres:
São deveres do advogado:
I – preservar, em sua conduta, a honra, a nobreza e a dignidade da profissão, zelando pelo caráter de
essencialidade e indispensabilidade da advocacia;
II – atuar com destemor, independência, honestidade, decoro, veracidade, lealdade, dignidade e boa-fé;
III – velar por sua reputação pessoal e profissional;
IV – empenhar-se, permanentemente, no aperfeiçoamento pessoal e profissional;
V – contribuir para o aprimoramento das instituições, do Direito e das leis;
VI – estimular, a qualquer tempo, a conciliação e a mediação entre os litigantes, prevenindo, sempre que
possível, a instauração de litígios;
VII – desaconselhar lides temerárias, a partir de um juízo preliminar de viabilidade jurídica;
VIII – abster-se de:
a) utilizar de influência indevida, em seu benefício ou do cliente;
b) vincular seu nome ou nome social a empreendimentos sabidamente escusos;
c) emprestar concurso aos que atentem contra a ética, a moral, a honestidade e a dignidade da pessoa
humana;
d) entender-se diretamente com a parte adversa que tenha patrono constituído, sem o assentimento deste;
e) ingressar ou atuar em pleitos administrativos ou judiciais perante autoridades com as quais tenha
vínculos negociais ou familiares;
f) contratar honorários advocatícios em valores aviltantes.
Ética do Advogado. Regras Deontológicas
IX – pugnar pela solução dos problemas da cidadania e pela efetivação dos direitos individuais, coletivos e
difusos;
X – adotar conduta consentânea com o papel de elemento indispensável à administração da Justiça;
XI – cumprir os encargos assumidos no âmbito da Ordem dos Advogados do Brasil ou na representação da
classe;
XII – zelar pelos valores institucionais da OAB e da advocacia;
XIII – ater-se, quando no exercício da função de defensor público, à defesa dos necessitados.
O advogado deve informar o cliente, de modo claro e inequívoco, quanto a eventuais riscos da sua pretensão, e
das consequências que poderão advir da demanda. Deve, igualmente, denunciar, desde logo, a quem lhe solicite
parecer ou patrocínio, qualquer circunstância que possa influir na resolução de submeter-lhe a consulta ou
confiar-lhe a causa.
O exercício da advocacia é incompatível com qualquer procedimento de mercantilização, sendo vedado o
oferecimento de serviços profissionais que impliquem, direta ou indiretamente, em angariar ou captar clientela,
como veremos mais adiante.
No exercício da profissão, o advogado é inviolável por seus atos e manifestações, nos limites da lei, ou seja,
possui imunidade profissional, não constituindo injúria ou difamação puníveis qualquer manifestação de sua
parte, no exercício de sua atividade.
É defeso (PROIBIDO) ao advogado expor os fatos em Juízo ou na via administrativa falseando deliberadamente
a verdade e utilizando de má-fé.
O advogado tem imunidade profissional, não constituindo injúria, difamação puníveis qualquer manifestação de
sua parte, no exercício de sua atividade, em juízo ou fora dele, sem prejuízodas sanções disciplinares perante
a OAB, pelos excessos que cometer.
Ética do Advogado. Regras Deontológicas
O advogado deve proceder de forma que o torne merecedor de respeito e que contribua para o
prestígio da classe e da advocacia, mantendo sua independência em qualquer circunstância, sendo
que nenhum receio de desagradar a magistrado ou a qualquer autoridade, nem de incorrer em
impopularidade, deve deter o advogado no exercício da profissão.
Ao atuar como patrono da parte, no exercício do mandato, o advogado deverá imprimir à causa
orientação que lhe pareça mais adequada, sem se subordinar a intenções contrárias do cliente,
mas, antes, procurando esclarecê-lo quanto à estratégia traçada.
É direito e dever do advogado assumir a defesa criminal, sem considerar sua própria opinião sobre
a culpa do acusado, uma vez que não há causa criminal indigna de defesa, cumprindo ao advogado
agir no sentido de que a todos seja concedido tratamento condizente com a dignidade da pessoa
humana, sob a égide das garantias constitucionais.
O advogado é responsável pelos atos que, no exercício profissional, praticar com dolo ou culpa. Em
caso de lide temerária, o advogado será solidariamente responsável com seu cliente, desde que
coligado com este para lesar a parte contrária, o que será apurado em ação própria.
As relações entre advogado e cliente devem se basear na confiança recíproca. Caso o advogado
sinta que essa confiança lhe falta, o Código de Ética recomenda que externe sua impressão ao seu
cliente e, não se dissipando as dúvidas existentes, promova, em seguida, o substabelecimento do
mandato ou a ele renuncie.
Ética do Advogado. Regras Deontológicas
A conclusão ou desistência da causa, independentemente da extinção do mandato, obriga o advogado
a devolver ao cliente bens, valores e documentos que lhe hajam sido confiados e ainda estejam em
seu poder, bem como a prestar-lhe contas, pormenorizadamente, sem prejuízo de esclarecimentos
complementares que se mostrem pertinentes e necessários, observando-se que a parcela dos
honorários paga pelos serviços até então prestados não se inclui entre os valores a serem devolvidos.
Advogados integrantes da mesma sociedade profissional ou reunidos em caráter permanente para
cooperação recíproca, não podem representar clientes com interesses opostos, em juízo ou fora dele.
Ao advogado que sobrevindo conflito de interesses entre seus constituintes e não conseguindo
harmonizá-los, deverá optar, com prudência e discrição, por um dos mandatos, renunciando aos
demais, resguardado sempre o sigilo profissional.
Ao advogado cumpre abster-se de patrocinar causa contrária à validade ou legitimidade de ato jurídico
em cuja formação haja colaborado ou intervindo de qualquer maneira; da mesma forma, deve declinar
seu impedimento ou o da sociedade que integre quando houver conflito de interesses motivado por
intervenção anterior no trato de assunto que se prenda ao patrocínio solicitado.
É defeso (PROIBIDO) ao advogado funcionar no mesmo processo, simultaneamente, como patrono e
preposto do empregador ou cliente.
Ética do Advogado. Regras Deontológicas
As comunicações de qualquer natureza entre advogado e cliente presumem-se
confidenciais, independendo de solicitação de reserva pelo cliente. Ademais, o advogado,
quando no exercício das funções de mediador, conciliador e árbitro, se submete às regras
de sigilo profissional.
Sobrevindo conflito de interesses entre seus constituintes e não conseguindo o advogado
harmonizá-los, caber-lhe-á optar, com prudência e discrição, por um dos mandatos,
renunciando aos demais, resguardado sempre o sigilo profissional.
O advogado, ao postular em nome de terceiros, contra ex-cliente ou ex-empregador,
judicial e extrajudicialmente, deve resguardar o sigilo profissional.
É direito do advogado recusar-se a depor como testemunha em processo no qual
funcionou ou deva funcionar, ou sobre fato relacionado com pessoa de quem seja ou foi
advogado, mesmo quando autorizado ou solicitado pelo constituinte, bem como sobre fato
que constitua sigilo profissional.
O advogado não é obrigado a depor, em processo ou procedimento judicial, administrativo
ou arbitral, sobre fatos a cujo respeito deva guardar sigilo profissional.
O sigilo profissional cederá em face de circunstâncias excepcionais que configurem justa
causa, como nos casos de grave ameaça ao direito à vida e à honra ou que envolvam
defesa própria do advogado.
Sigilo Profissional
A publicidade profissional se afasta da mercantilização da profissão, da captação de clientela e possui
caráter meramente informativo, devendo primar pela discrição e sobriedade.
São vedados como meio de publicidade profissional:
a veiculação da publicidade por meio de rádio, cinema e televisão;
o uso de outdoors, painéis luminosos ou formas assemelhadas de publicidade;
as inscrições em muros, paredes, veículos, elevadores ou em qualquer espaço público;
a divulgação de serviços de advocacia juntamente com a de outras atividades ou a indicação de vínculos
entre uns e outras;
o fornecimento de dados de contato, como endereço e telefone, em colunas ou artigos literários, culturais,
acadêmicos ou jurídicos, publicados na imprensa, bem assim quando de eventual participação em programas
de rádio ou televisão, ou em veiculação de matérias pela internet, sendo permitida a referência a e-mail;
a utilização de mala direta, a distribuição de panfletos ou formas assemelhadas de publicidade, com o intuito
de captação de clientela.
É vedado ao advogado:
responder com habitualidade a consulta sobre matéria jurídica, nos meios de comunicação social;
debater, em qualquer meio de comunicação, causa sob o patrocínio de outro advogado;
abordar tema de modo a comprometer a dignidade da profissão e da instituição que o congrega;
divulgar ou deixar que sejam divulgadas listas de clientes e demandas;
insinuar-se para reportagens e declarações públicas.
As colunas que o advogado mantiver nos meios de comunicação social ou os textos que por meio deles divulgar
não deverão induzir o leitor a litigar nem promover a captação de clientela.
Publicidade Profissional
O advogado que eventualmente participar de programa de televisão ou de rádio, de entrevista na imprensa, de
reportagem televisionada ou veiculada por qualquer outro meio, para manifestação profissional, deve visar a
objetivos exclusivamente ilustrativos, educacionais e instrutivos, sem propósito de promoção pessoal ou
profissional, vedados pronunciamentos sobre métodos de trabalho usados por seus colegas de profissão.
Quando convidado para manifestação pública, por qualquer modo e forma, visando ao esclarecimento de tema
jurídico de interesse geral, deve o advogado EVITAR insinuações com o sentido de promoção pessoal ou
profissional, bem como o debate de caráter sensacionalista.
Na publicidade profissional que promover ou nos cartões e material de escritório de que se utilizar, o advogado
fará constar seu nome, nome social ou o da sociedade de advogados, o número ou os números de inscrição na
OAB.
Poderão ser referidos apenas os títulos acadêmicos do advogado e as distinções honoríficas relacionadas à
vida profissional, bem como as instituições jurídicas de que faça parte, e as especialidades a que se dedicar, o
endereço, e-mail, site, página eletrônica, QR code, logotipo e a fotografia do escritório, o horário de
atendimento e os idiomas em que o cliente poderá ser atendido.
É vedada a inclusão de fotografias pessoais ou de terceiros nos cartões de visitas do advogado, bem como
menção a qualquer emprego, cargo ou função ocupado, atual ou pretérito, em qualquer órgão ou instituição,
salvo o de professor universitário.
São admissíveis como formas de publicidade o patrocínio de eventos ou publicações de caráter científico ou
cultural, assim como a divulgação de boletins, por meio físico ou eletrônico, sobre matéria cultural de interesse
dos advogados, desde que sua circulação fique adstrita a clientes e a interessados do meio jurídico.
Publicidade Profissional
Considera-seadvocacia pro bono a prestação gratuita, eventual e voluntária dos serviços jurídicos em favor
de instituições sociais sem fins econômicos e aos seus assistidos, sempre que os beneficiários não
dispuserem de recursos para a contratação de profissional.
A advocacia pro bono pode ser exercida em favor de pessoas naturais que, igualmente, não dispuserem de
recursos para, sem prejuízo do próprio sustento, contratar advogado.
Todavia, o advogado não pode se utilizar da advocacia pro bono para fins político-partidários ou eleitorais,
nem beneficiar instituições que visem a tais objetivos, ou como instrumento de publicidade para captação de
clientela.
O artigo 47-A do CED-OAB, incluído pela Resolução n. 4/2020, de 03/11/2020, estabelece que será admissível
a celebração de TERMO DE AJUSTAMENTO DE CONDUTA – TAC para fazer cessar a publicidade irregular
praticada por advogados e estagiários. 
No mesmo sentido, o artigo 58-A prevê que será admitida a celebração de TAC no âmbito dos Conselhos
Seccionais e do Conselho Federal nos casos de infração ético-disciplinar punível com censura, se o fato
apurado não tiver gerado repercussão negativa à advocacia.
Advocacia Pro Bono
Infrações Disciplinares
Constitui INFRAÇÃO DISCIPLINAR:
Exercer a profissão, quando impedido de fazê-lo, ou facilitar, por qualquer meio, o seu exercício aos não inscritos,
proibidos ou impedidos (inciso I);
Manter sociedade profissional fora das normas e preceitos estabelecidos nesta lei (inciso II);
Valer-se de agenciador de causas, mediante participação nos honorários a receber (inciso III);
Angariar ou captar causas, com ou sem a intervenção de terceiros (inciso IV);
Assinar qualquer escrito destinado a processo judicial ou para fim extrajudicial que não tenha feito, ou em que não tenha
colaborado (inciso V);
Advogar contra literal disposição de lei, presumindo-se a boa-fé quando fundamentado na inconstitucionalidade, na
injustiça da lei ou em pronunciamento judicial anterior (inciso VI);
Violar, sem justa causa, sigilo profissional (inciso VII);
Estabelecer entendimento com a parte adversa sem autorização do cliente ou ciência do advogado contrário (inciso VIII);
Prejudicar, por culpa grave, interesse confiado ao seu patrocínio (inciso IX);
Acarretar, conscientemente, por ato próprio, a anulação ou a nulidade do processo em que funcione (inciso X);
Abandonar a causa sem justo motivo ou antes de decorridos dez dias da comunicação da renúncia (inciso XI);
Recusar-se a prestar, sem justo motivo, assistência jurídica, quando nomeado em virtude de impossibilidade da
Defensoria Pública (inciso XII);
Fazer publicar na imprensa, desnecessária e habitualmente, alegações forenses ou relativas a causas pendentes (inciso
XIII);
Deturpar o teor de dispositivo de lei, de citação doutrinária ou de julgado, bem como de depoimentos, documentos e
alegações da parte contrária, para confundir o adversário ou iludir o juiz da causa (inciso XIV);
Fazer, em nome do constituinte, sem autorização escrita deste, imputação a terceiro de fato definido como crime (inciso
XV);
Deixar de cumprir, no prazo estabelecido, determinação emanada do órgão ou de autoridade da Ordem, em matéria
da competência desta, depois de regularmente notificado (inciso XVI);
Prestar concurso a clientes ou a terceiros para realização de ato contrário à lei ou destinado a fraudá-la (inciso
XVII);
Solicitar ou receber de constituinte qualquer importância para aplicação ilícita ou desonesta (inciso XVIII);
Receber valores, da parte contrária ou de terceiro, relacionados com o objeto do mandato, sem expressa
autorização do constituinte (inciso XIX);
Locupletar-se, por qualquer forma, à custa do cliente ou da parte adversa, por si ou interposta pessoa (inciso XX);
Recusar-se, injustificadamente, a prestar contas ao cliente de quantias recebidas dele ou de terceiros por conta
dele (inciso XXI);
Reter, abusivamente, ou extraviar autos recebidos com vista ou em confiança (inciso XXII);
Deixar de pagar as contribuições, multas e preços de serviços devidos à OAB, depois de regularmente notificado a
fazê-lo (inciso XXIII);
Incidir em erros reiterados que evidenciem inépcia profissional (inciso XXIV);
Manter conduta incompatível com a advocacia (inciso XXV);
Fazer falsa prova de qualquer dos requisitos para inscrição na OAB (inciso XXVI);
Tornar-se moralmente inidôneo para o exercício da advocacia (inciso XXVII);
Praticar crime infamante (inciso XXVIII);
Praticar, o estagiário, ato excedente de sua habilitação (inciso XXIX);
Infrações Disciplinares
Sanções Disciplinares
São quatro espécies de sanções disciplinares: censura, suspensão, exclusão e multa, que variam conforme a
gravidade da conduta praticada.
As sanções devem constar no assentamento do advogado inscrito, após o trânsito em julgado da decisão,
não podendo ser objeto de publicidade a de censura.
A censura será aplicada nos casos de violação a preceito do Código de Ética e Disciplina, bem como
violação a preceito do Estatuto da OAB, quando não se tenha estabelecido sanção mais grave para a
infração.
Além disso, é aplicável no caso infrações definidas nos incisos I a XVI e XXIX do art. 34, quais sejam:
I – exercer a profissão, quando impedido de fazê-lo, ou facilitar, por qualquer meio, o seu exercício aos não
inscritos, proibidos ou impedidos;
II – manter sociedade profissional fora das normas e preceitos estabelecidos nesta lei;
III – valer-se de agenciador de causas, mediante participação nos honorários a receber;
IV – angariar ou captar causas, com ou sem a intervenção de terceiros;
V – assinar qualquer escrito destinado a processo judicial ou para fim extrajudicial que não tenha feito, ou em
que não tenha colaborado;
VI – advogar contra literal disposição de lei, presumindo-se a boa-fé quando fundamentado na
inconstitucionalidade, na injustiça da lei ou em pronunciamento judicial anterior;
VII – violar, sem justa causa, sigilo profissional;
VIII – estabelecer entendimento com a parte adversa sem autorização do cliente ou ciência do advogado
contrário;
IX – prejudicar, por culpa grave, interesse confiado ao seu patrocínio;
X – acarretar, conscientemente, por ato próprio, a anulação ou a nulidade do processo em que funcione;
XI – abandonar a causa sem justo motivo ou antes de decorridos dez dias da comunicação da renúncia;
XII – recusar-se a prestar, sem justo motivo, assistência jurídica, quando nomeado em virtude de
impossibilidade da Defensoria Pública;
XIII – fazer publicar na imprensa, desnecessária e habitualmente, alegações forenses ou relativas a causas
pendentes;
XIV – deturpar o teor de dispositivo de lei, de citação doutrinária ou de julgado, bem como de depoimentos,
documentos e alegações da parte contrária, para confundir o adversário ou iludir o juiz da causa;
XV – fazer, em nome do constituinte, sem autorização escrita deste, imputação a terceiro de fato definido
como crime;
XVI – deixar de cumprir, no prazo estabelecido, determinação emanada do órgão ou de autoridade da
Ordem, em matéria da competência desta, depois de regularmente notificado;
[...]
XXIX – praticar, o estagiário, ato excedente de sua habilitação.
A censura pode ser convertida em advertência, em ofício reservado, sem registro nos assentamentos do
inscrito, quando presente circunstância atenuante.
Será admissível a celebração de TERMO DE AJUSTAMENTO DE CONDUTA - TAC, nos casos de infração
ético-disciplinar punível com censura, se o fato apurado não tiver gerado repercussão negativa à advocacia.
Do mesmo modo, será admitida a celebração de TAC no âmbito dos Conselhos Seccionais e do Conselho
Federal para fazer cessar a publicidade irregular praticada por advogados e estagiários.
Sanções Disciplinares
A suspensão será aplicada nos casos de reincidência em infração disciplinar, bem como no caso das
infrações definidas nos incisos XVII a XXV do art. 34, quais sejam:
XVII – prestar concurso a clientes ou a terceiros para realização de ato contrário à lei ou destinado a fraudá-
la;
XVIII – solicitar ou receber de constituinte qualquer importância

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