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Estatuto da OAB A CF/1988 consagra como integrantes das funções essenciais à justiça o Ministério Público, a Advocacia Pública, a Advocacia e a Defensoria Pública. Além disso, dispõe que o advogado é indispensável à administração da justiça, sendo inviolável por seus atos e manifestações no exercício da profissão, nos limites da lei. O advogado, além de ser indispensável à administração da Justiça, é defensor do Estado Democrático de Direito, dos direitos humanos e garantias fundamentais, da cidadania, da moralidade, da Justiça e da paz social, cumprindo-lhe exercer o seu ministério em consonância com a sua elevada função pública e com os valores que lhe são inerentes. São princípios fundamentais alguns deveres e abstenções impostos ao advogado. O exercício da advocacia é incompatível com qualquer procedimento de mercantilização, sendo vedado o oferecimento de serviços profissionais que implique, direta ou indiretamente, em angariar ou captar clientela. O advogado é inviolável por seus atos e manifestações, nos limites do Estatuto. Todavia, é defeso (PROIBIDO) ao advogado expor os fatos em Juízo ou na via administrativa falseando deliberadamente a verdade e utilizar de má fé. São ATIVIDADES PRIVATIVAS de advocacia: A postulação a órgão do Poder Judiciário e aos juizados especiais; As atividades de consultoria, assessoria e direção jurídicas. Não se inclui na atividade privativa de advocacia a impetração de habeas corpus em qualquer instância ou tribunal. Os atos e contratos constitutivos de pessoas jurídicas, sob pena de nulidade, só podem ser admitidos a registro, nos órgãos competentes, quando visados por advogados. Estão impedidos de exercer o ato de advocacia os advogados que prestem serviços a órgãos ou entidades da Administração Pública direta ou indireta, da unidade federativa a que se vincule a Junta Comercial, ou a quaisquer repartições administrativas competentes para o mencionado registro. Atividade de Advocacia. É vedada a divulgação de advocacia em conjunto com outra atividade. Considera-se efetivo o exercício da atividade de advocacia a participação anual mínima em 5 atos privativos, em causas ou questões distintas. O estagiário de advocacia, se regularmente inscrito, poderá praticar os atos privativos de advogado em conjunto com advogado e sob responsabilidade deste, observado o regimento geral. O exercício da atividade de advocacia no território brasileiro e a denominação de advogado são PRIVATIVOS dos INSCRITOS na OAB. Os atos privativos de advogado praticados por pessoa não inscrita na OAB, bem como os praticados por advogado impedido, no âmbito do seu impedimento, suspenso, licenciado ou que exerça atividade incompatível com a advocacia, SERÃO NULOS. Além da nulidade, serão aplicadas sanções civis, penais, e administrativas, se couber. A atuação do advogado quando postula, em juízo ou fora dele, está vinculada a existência de um mandato (PROCURAÇÃO), que é o documento por meio do qual o cliente confere ao advogado poderes para representá-lo na esfera judicial e/ou extrajudicial. O advogado não deve aceitar procuração de quem já tenha patrono constituído, sem prévio conhecimento deste, SALVO por motivo plenamente justificável ou para adoção de medidas judiciais urgentes e inadiáveis. A procuração para o FORO EM GERAL habilita o advogado a praticar todos os atos judiciais em qualquer juízo ou instância, salvo os que exijam poderes especiais. O mandato se presume cumprido e extinto quando concluída a causa ou arquivado o processo. Atividade de Advocacia. O advogado pode renunciar ao mandato, de acordo com a sua conveniência, sem menção do motivo que determinou a renúncia, exigindo-se apenas que continue representando o mandante durante 10 dias, contados da notificação da renúncia, salvo se for substituído antes do término desse prazo, sendo que cessará, após o decurso desse prazo, a responsabilidade profissional pelo acompanhamento da causa. A renúncia ao mandato não exclui responsabilidade por danos eventualmente causados ao cliente ou a terceiros. Outra forma de encerrar o mandato é mediante a REVOGAÇÃO pela vontade do cliente, que não o desobriga do pagamento das verbas honorárias contratadas, assim como não retira o direito do advogado de receber o quanto lhe seja devido em eventual verba honorária de sucumbência, calculada proporcionalmente em face do serviço efetivamente prestado. O mandado judicial ou extrajudicial não se extingue pelo decurso de tempo, salvo se o contrário for consignado no respectivo instrumento. Os poderes conferidos ao advogado podem ser SUBSTABELECIDOS a outro advogado, que irá sub-rogar-se dos poderes conferidos. O substabelecimento COM RESERVA de poderes é caracterizado como ato pessoal do advogado da causa, devendo o substabelecido ajustar antecipadamente seus honorários com o substabelecente. Já o substabelecimento SEM RESERVA de poderes, é a substituição total e definitiva, que exige o prévio e inequívoco conhecimento do cliente. Atividade de Advocacia. O Código de Ética e Disciplina é expresso ao estabelecer o dever de urbanidade ao advogado, que deverá tratar todos, colegas de profissão, agentes políticos, autoridades, servidores públicos e terceiros em geral, com respeito e consideração, devendo exigir igual tratamento de todos com quem se relacione, preservando seus direitos e prerrogativas. Em caso de ofensa à honra do advogado ou à imagem da instituição, serão adotadas as medidas cabíveis, com a instauração de processo ético-disciplinar e comunicação às autoridades competentes para apuração de eventual ilícito penal. Além disso, quanto aos colegas de profissão, o advogado que se valer do concurso de colegas na prestação de serviços deverá tratá-los de forma adequada, de modo que não os torne subalternos seus nem os deprecie mediante remuneração incompatível com a natureza do trabalho ou inferior ao mínimo fixado pela Tabela de Honorários da OAB. São DEVERES do advogado: I – preservar, em sua conduta, a honra, a nobreza e a dignidade da profissão, zelando pelo caráter de essencialidade e indispensabilidade da advocacia; II – atuar com destemor, independência, honestidade, decoro, veracidade, lealdade, dignidade e boa- fé; III – velar por sua reputação pessoal e profissional; IV – empenhar-se, permanentemente, no aperfeiçoamento pessoal e profissional; V – contribuir para o aprimoramento das instituições, do Direito e das leis; VI – estimular, a qualquer tempo, a conciliação e a mediação entre os litigantes, prevenindo, sempre que possível, a instauração de litígios; Atividade de Advocacia. Atividade de Advocacia. VII – desaconselhar lides temerárias, a partir de um juízo preliminar de viabilidade jurídica; VIII – ABSTER-SE de: a) utilizar de influência indevida, em seu benefício ou do cliente; b) vincular seu nome ou nome social a empreendimentos sabidamente escusos; c) emprestar concurso aos que atentem contra a ética, a moral, a honestidade e a dignidade da pessoa humana; d) entender-se diretamente com a parte adversa que tenha patrono constituído, sem o assentimento deste; e) ingressar ou atuar em pleitos administrativos ou judiciais perante autoridades com as quais tenha vínculos negociais ou familiares; f) contratar honorários advocatícios em valores aviltantes. IX – pugnar pela solução dos problemas da cidadania e pela efetivação dos direitos individuais, coletivos e difusos; X – adotar conduta consentânea com o papel de elemento indispensável à administração da Justiça; XI – cumprir os encargos assumidos no âmbito da Ordem dos Advogados do Brasil ou na representação da classe; XII – zelar pelos valores institucionais da OAB e da advocacia; XIII – ater-se, quando no exercício da função de defensor público, à defesa dos necessitados. Advocacia Pública. Exercem atividade de advocacia, sujeitando-se ao regime desta lei, além do regime próprio a que se subordinem, os integrantes da Advocacia-Geral da União; da Procuradoria da Fazenda Nacional; da Defensoria Pública; das Procuradorias e Consultorias Jurídicasdos Estados, do Distrito Federal, dos Municípios e das respectivas entidades de administração indireta e fundacional. Os integrantes da advocacia pública estão obrigados à inscrição na OAB para o exercício de suas atividades e, ainda, que são elegíveis e podem integrar qualquer órgão da OAB. Exercem a advocacia pública os integrantes da Advocacia-Geral da União, da Defensoria Pública e das Procuradorias e Consultorias Jurídicas dos Estados, do Distrito Federal, dos Municípios, das autarquias e das fundações públicas. Os órgãos de advocacia pública, e advogados públicos, incluindo aqueles que ocupem posição de chefia e direção jurídica devem seguir as disposições do Código, garantindo que o advogado público exercerá suas funções com independência técnica, contribuindo para a solução ou redução de litigiosidade, sempre que possível, bem como que seja observado o dever de urbanidade. O Estatuto traz regulamentação especial referente aos Procuradores Gerais, Advogados Gerais, Defensores Gerais e dirigentes de órgãos jurídicos da Administração Pública direta, indireta e fundacional, estabelecendo que estão exclusivamente legitimados para o exercício da advocacia vinculada à função que exerçam, durante o período da investidura. Os servidores da administração direta, indireta e fundacional são impedidos de exercer a advocacia contra a Fazenda Pública que os remunere ou à qual seja vinculada a entidade empregadora. Diante da essencialidade da advocacia, a fim de garantir lisura e subsidiar o bom desempenho do exercício da advocacia, o legislador conferiu aos advogados uma gama de direitos e prerrogativas, que são necessárias ao desempenho da atividade profissional dotada de múnus público. Não há hierarquia nem subordinação entre advogados, magistrados e membros do Ministério Público, devendo todos tratarem-se com consideração e respeito recíprocos. O advogado deverá receber tratamento compatível com a dignidade da advocacia e receber condições adequadas a seu desempenho das autoridades, servidores públicos e serventuários da justiça. Os profissionais do direito têm a mesma formação e atuam em nível de igualdade no desempenho de seus distintos e inter-relacionados misteres. É dever do advogado tratar a todos com urbanidade, respeito e consideração, além de exigir igual tratamento de todos com quem se relacione, preservando seus direitos e prerrogativas. Quando há concurso entre colegas na prestação de serviços advocatícios é necessário o tratamento condigno, que não os torne subalternos nem lhes avilte os serviços prestados mediante remuneração incompatível com a natureza do trabalho. É garantido ao advogado o exercício com liberdade da profissão em todo território nacional. É livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão, atendidas as qualificações profissionais que a lei estabelecer (art. 5º, inciso XIII, da CF/88). Uma vez preenchidos os requisitos legais para inscrição como advogado da Ordem, o profissional tem liberdade para atuar em todo o território nacional, sem sofrer qualquer forma de restrição. É conferida a inviolabilidade do escritório do advogado ou do local de trabalho, que abrange também seus instrumentos de trabalho, sejam arquivos, dados, correspondências escritas, eletrônicas, telefônicas ou telemáticas, desde que relativas ao exercício da advocacia. Direitos e Prerrogativas do Advogado. Desagravo Público Presentes indícios de autoria e materialidade da prática de crime por parte de advogado, poderá ser decretar a quebra da inviolabilidade, em decisão motivada, expedindo-se mandado de busca e apreensão, específico e pormenorizado, a ser cumprido na presença de representante da OAB, sendo, em qualquer hipótese, vedada a utilização de documentos, mídias e objetos pertencentes a clientes do advogado averiguado, bem como demais instrumentos de trabalho que contenham informações sobre clientes, salvo quando tratar de clientes que estejam sendo formalmente investigados como partícipes ou coautores pela prática do mesmo crime que deu causa à quebra da inviolabilidade. É conferido ao advogado o contato com seus clientes presos, detidos ou recolhidos, em estabelecimentos civis ou militares, ainda que considerados incomunicáveis, mesmo que sem procuração. A limitação da comunicação fere o direito do advogado, bem como o direito fundamental do preso de ter prestada assistência do advogado. O advogado só poderá ser preso em flagrante, por motivo de exercício da profissão, em caso de crime inafiançável. Caso isso venha a ocorrer, é direito do advogado ter a presença de representante da OAB para lavratura do auto de prisão em flagrante, sob pena de nulidade. Todavia, nos demais casos, não é necessária a presença de representante da OAB, mas sim a comunicação expressa da ocorrência à seccional da OAB, que está relacionada à assistência prestada por representante da OAB nos inquéritos policiais ou nas ações penais em que o advogado figurar como indiciado, acusado ou ofendido, sempre que o fato a ele imputado decorrer do exercício da profissão ou a este vincular-se, sem prejuízo da atuação de seu defensor. Direitos e Prerrogativas do Advogado. Desagravo Público Antes da sentença transitar em julgado, o advogado não será recolhido preso senão em sala de Estado Maior, com instalações e comodidades condignas e, na sua falta, em prisão domiciliar. É direito do advogado ingressar livremente: nas salas de sessões dos tribunais, mesmo além dos cancelos que separam a parte reservada aos magistrados; nas salas e dependências de audiências, secretarias, cartórios, ofícios de justiça, serviços notariais e de registro, e, no caso de delegacias e prisões, mesmo fora da hora de expediente e independentemente da presença de seus titulares; em qualquer edifício ou recinto em que funcione repartição judicial ou outro serviço público onde o advogado deva praticar ato ou colher prova ou informação útil ao exercício da atividade profissional, dentro do expediente ou fora dele, e ser atendido, desde que se ache presente qualquer servidor ou empregado; em qualquer assembleia ou reunião de que participe ou possa participar o seu cliente, ou perante a qual este deva comparecer, desde que munido de poderes especiais; O advogado poderá dirigir-se diretamente aos magistrados nas salas e gabinetes de trabalho, independentemente de horário previamente marcado ou outra condição, observando-se a ordem de chegada. A garantia de livre locomoção do advogado se completa com a liberdade para retirar-se de qualquer um dos locais independentemente de licença, além de lhe ser facultado permanecer nesses locais sentado ou em pé. Direitos e Prerrogativas do Advogado. Desagravo Público Uma das principais formas de atuação do advogado para o exercício da advocacia é através de suas manifestações orais. Assim, é direito do advogado usar da palavra, pela ordem, em qualquer juízo ou tribunal, mediante intervenção sumária, para esclarecer equívoco ou dúvida surgida em relação a fatos, documentos ou afirmações que influam no julgamento, bem como para replicar acusação ou censura que lhe forem feitas; reclamar, verbalmente ou por escrito, perante qualquer juízo, tribunal ou autoridade, contra a inobservância de preceito de lei, regulamento ou regimento; falar, sentado ou em pé, em juízo, tribunal ou órgão de deliberação coletiva da Administração Pública ou do Poder Legislativo; O advogado tem o direito de examinar, em qualquer órgão dos Poderes Judiciário e Legislativo, ou da Administração Pública em geral, autos de processos findos ou em andamento, mesmo sem procuração, quando não estiverem sujeitos a sigilo ou segredo de justiça, assegurada a obtenção de cópias, com possibilidade de tomar apontamentos. Na esfera administrativa, poderá o advogado examinar, em qualquer instituição responsável por conduzir investigação, mesmo sem procuração, autos de flagrante e de investigações de qualquer natureza, findos ou em andamento, ainda que conclusos à autoridade, podendo copiar peças e tomar apontamentos, em meio físicoou digital. A autoridade competente poderá delimitar o acesso do advogado aos elementos de prova relacionados a diligências em andamento e ainda não documentados nos autos, quando houver risco de comprometimento da eficiência, da eficácia ou da finalidade das diligências. Direitos e Prerrogativas do Advogado. Desagravo Público Súmula vinculante n. 14 do STF: JURISPRUDÊNCIA- É direito do defensor, no interesse do representado, ter acesso amplo aos elementos de prova que, já documentados em procedimento investigatório realizado por órgão com competência de polícia judiciária, digam respeito ao exercício do direito de defesa. O advogado poderá ter vista dos processos judiciais ou administrativos de qualquer natureza, em cartório ou na repartição competente, ou retirá-los pelos prazos legais, tendo o direito de retirar autos de processos findos, mesmo sem procuração, pelo prazo de 10 (dez) dias O acesso aos autos do processo e aos procedimentos não é absoluto, já que a lei determina que o livre acesso não se aplica aos processos sob segredo de justiça, quando existirem nos autos documentos originais de difícil restauração ou ocorrer circunstância relevante que justifique a permanência dos autos no cartório, secretaria ou repartição, reconhecida pela autoridade em despacho motivado, proferido de ofício, mediante representação ou a requerimento da parte interessada, até o encerramento do processo, ao advogado que houver deixado de devolver os respectivos autos no prazo legal, e só o fizer depois de intimado. O direito ao exame de processos e de procedimentos de investigação aplica-se integralmente a processos e a procedimentos eletrônicos. O advogado poderá assistir seus clientes investigados durante a apuração de infrações, sob pena de nulidade absoluta do respectivo interrogatório ou depoimento e, subsequentemente, de todos os elementos investigatórios e probatórios dele decorrentes ou derivados, direta ou indiretamente, podendo, inclusive, no curso da respectiva apuração, apresentar razões e quesitos. Ao advogado é conferido o direito de utilizar os símbolos privativos da profissão de advogado. Direitos e Prerrogativas do Advogado. Desagravo Público É direito do advogado se recusar a depor como testemunha em processo no qual funcionou ou deva funcionar, ou sobre fato relacionado a pessoa de quem seja ou foi advogado, mesmo quando autorizado ou solicitado pelo constituinte, bem como sobre fato que constitua sigilo profissional. O Poder Judiciário e o Poder Executivo devem instalar, em todos os juizados, fóruns, tribunais, delegacias de polícia e presídios, salas especiais permanentes para os advogados, com uso assegurado à OAB. O advogado poderá retirar-se do recinto onde se encontre aguardando pregão para ato judicial, após 30 (trinta) minutos do horário designado e ao qual ainda não tenha comparecido a autoridade que deva presidir a ele, mediante comunicação protocolizada em juízo. O advogado tem imunidade profissional, não constituindo injúria ou difamação puníveis qualquer manifestação de sua parte, no exercício de sua atividade, em juízo ou fora dele, sem prejuízo das sanções disciplinares perante a OAB, pelos excessos que cometer. O Estatuto da OAB estabelece direitos específicos à advogada gestante, lactante, adotante ou que der à luz, como a preferência na ordem das sustentações orais e das audiências a serem realizadas a cada dia, mediante comprovação de sua condição. É direito da advogada lactante, adotante ou que der à luz, terá acesso a creche, onde houver, ou a local adequado ao atendimento das necessidades do bebê. A gestante não deve ser submetida a detectores de metais e aparelhos de raios X na entrada de tribunais, devendo, ainda, ser assegurada a reserva de vaga em garagens dos fóruns dos tribunais. Os prazos processuais serão suspensos quando a única patrona da causa for adotante ou advogada que der à luz, desde que haja notificação por escrito ao cliente. Direitos e Prerrogativas do Advogado. Desagravo Público O desagravo público é o procedimento que deve ser adotado pelo Conselho competente quando o advogado é ofendido no exercício da profissão ou em razão dela e poderá ocorrer de ofício, a pedido do advogado ofendido ou de qualquer pessoa. Ser publicamente desagravado é um direito do advogado e deverá ocorrer sem prejuízo da responsabilidade criminal em que incorrer o infrator. O desagravo público, como instrumento de defesa dos direitos e prerrogativas da advocacia, não depende de concordância do ofendido, que não pode dispensá-lo, devendo ser promovido a critério do Conselho. O Conselho Federal é competente para promover o desagravo público de Conselheiro Federal ou de Presidente de Conselho Seccional, quando ofendidos no exercício das atribuições de seus cargos e, ainda, quando a ofensa a advogado se revestir de relevância e grave violação as prerrogativas profissionais, com repercussão nacional. O Conselho Federal indica seus representantes para a sessão pública de desagravo na sede do Conselho Seccional, salvo no caso de ofensa a Conselheiro Federal. Ao tomar conhecimento de fato que possa causar, ou que já causou, violação de direitos ou prerrogativas da profissão o Presidente do Conselho Federal, do Conselho Seccional ou da Subseção deverá adotar as providências judiciais e extrajudiciais cabíveis para prevenir ou restaurar o império do Estatuto, em sua plenitude, inclusive mediante representação administrativa. Compete ao Presidente do Conselho ou da Subseção representar contra o responsável por abuso de autoridade, quando configurada hipótese de atentado à garantia legal de exercício profissional, prevista na Lei n. 4.898, de 09 de dezembro de 1965, que regula o direito de representação e o processo de responsabilidade administrativa civil e penal, nos casos de abuso de autoridade. Direitos e Prerrogativas do Advogado. Desagravo Público A advocacia integra as funções essenciais à justiça, sendo o advogado indispensável à administração da justiça. Ele atua na defesa do Estado democrático de Direito, dos direitos humanos e das garantias fundamentais, da cidadania, da moralidade, da Justiça e da paz social, exercendo função pública. O exercício da atividade de advocacia no território brasileiro e a denominação de advogado são privativos dos inscritos na OAB. São requisitos para inscrição como advogado: I - capacidade civil; II - diploma ou certidão de graduação em Direito, obtido em instituição de ensino oficialmente autorizada e credenciada; III - título de eleitor e quitação do serviço militar, se brasileiro; IV - aprovação em Exame de Ordem; V - não exercer atividade incompatível com a advocacia; VI - idoneidade moral; VII - prestar compromisso perante o Conselho. A capacidade civil, no caso, é a capacidade civil plena, que decorre da conjugação da capacidade de direito ou de gozo, inerente a todas as pessoas, com a capacidade de fato ou de exercício, adquirida, em regra, quando a pessoa completa dezoito anos. Atente-se ao fato de que a incapacidade poderá cessar para os menores pela colação de grau em curso superior. O diploma é o documento formal emitido pela instituição de ensino conferindo ao formando o grau de bacharel em Direito. O diploma pode ser substituído pela certidão de graduação em Direito, que irá atestar que o aluno concluiu a graduação e é bacharel em Direito, devendo ser acompanhada de cópia autenticada do histórico escolar, segundo o Regimento Interno da OAB. A instituição de ensino deve ser autorizada e credenciada junto ao Ministério da Educação e Cultura (MEC). Caso contrário, o aluno fica impossibilitado de efetuar a inscrição definitiva nos quadros da Ordem. O estrangeiro ou o brasileiro, quando não graduado em Direito no Brasil, além de preencher os demais requisitos, devem fazer prova do título de graduação obtido na instituição estrangeira. A exigência do título de eleitor está associada ao conceito de cidadão e ao pleno gozo dos direitos civis e políticos. Inscrição na Ordem dos Advogados do Brasil. Estágio ProfissionalO serviço militar consiste no exercício de atividades específicas, desempenhadas nas Forças Armadas (Exército, Marinha e Aeronáutica), obrigatório para todos os brasileiros, ficando isentas as mulheres em tempo de paz. Desse modo, apenas os requerentes do sexo masculino devem cumprir a exigência de quitação do serviço militar. A aprovação no Exame de Ordem decorre diretamente do princípio da liberdade profissional condicionada à qualificação (artigo 5º, inciso XIII, da CF/88), pelo qual, ante a relevância da atuação do profissional advogado, faz-se necessária a verificação da qualificação técnica do profissional antes de sua inserção no mercado de trabalho. É necessário que o requerente não exerça atividade incompatível com a advocacia, mesmo que em causa própria, como: chefe do Poder Executivo e membros da Mesa do Poder Legislativo e seus substitutos legais; membros de órgãos do Poder Judiciário, do Ministério Público, dos tribunais e conselhos de contas, dos juizados especiais, da justiça de paz, juízes classistas, bem como de todos os que exerçam função de julgamento em órgãos de deliberação coletiva da administração pública direta e indireta; ocupantes de cargos ou funções de direção em Órgãos da Administração Pública direta ou indireta, em suas fundações e em suas empresas controladas ou concessionárias de serviço público; ocupantes de cargos ou funções vinculados direta ou indiretamente a qualquer órgão do Poder Judiciário e os que exercem serviços notariais e de registro; ocupantes de cargos ou funções vinculados direta ou indiretamente a atividade policial de qualquer natureza; militares de qualquer natureza, na ativa; ocupantes de cargos ou funções que tenham competência de lançamento, arrecadação ou fiscalização de tributos e contribuições parafiscais; ocupantes de funções de direção e gerência em instituições financeiras, inclusive privadas. Inscrição na Ordem dos Advogados do Brasil. Estágio Profissional A idoneidade moral é um conceito jurídico indeterminado, que poderá ser determinável após análise do caso concreto. O conceito de idoneidade é tido como uma “característica de quem aparenta ser honesto; qualidade da pessoa apta a desempenhar funções, cargos ou trabalhos. Qualidade do que é idôneo, que convém de modo perfeito ou é adequado”. O Pleno do Conselho Federal da OAB editou, referente à idoneidade: SÚMULA N. 06/2018/COP - INSCRIÇÃO. IDONEIDADE. Nos processos de inscrição, o Conselho competente poderá suscitar incidente de apuração de idoneidade, quando se tratar de pessoa que de forma grave ou reiterada tenha ofendido as prerrogativas da advocacia, assegurando-se o contraditório e a ampla defesa (DOU, Seção 1, 07.06.2018, p. 129). SÚMULA N. 09/2019/COP - INIDONEIDADE MORAL. VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER. ANÁLISE DO CONSELHO SECCIONAL DA OAB. [...] A prática de violência contra a mulher, assim definida na “Convenção Interamericana para Prevenir, Punir e Erradicar a Violência contra a Mulher – ‘Convenção de Belém do Pará’ (1994)”, constitui fator apto a demonstrar a ausência de idoneidade moral para a inscrição de bacharel em Direito nos quadros da OAB, independente da instância criminal, assegurado ao Conselho Seccional a análise de cada caso concreto (DEOAB, 21/03/2019, p. 3). SÚMULA N. 10/2019/COP - INIDONEIDADE MORAL. VIOLÊNCIA CONTRA CRIANÇAS E ADOLESCENTES, IDOSOS E PESSOAS COM DEFICIÊNCIA FÍSICA OU MENTAL. [...] A prática de violência contra crianças e adolescentes, idosos e pessoas com deficiência física ou mental constitui fator apto a demonstrar a ausência de idoneidade moral para a inscrição de bacharel em Direito nos quadros da OAB, independente da instância criminal, assegurado ao Conselho Seccional a análise de cada caso concreto (DEOAB, 21/03/2019, pp. 3/4). Inscrição na Ordem dos Advogados do Brasil. Estágio Profissional A inidoneidade moral poderá ser suscitada por qualquer pessoa, e deve ser declarada mediante decisão que obtenha no mínimo dois terços dos votos de todos os membros do conselho competente, em procedimento que observe os termos do processo disciplinar. Há presunção legal de inidoneidade quando ocorrer a condenação por crime infamante, salvo reabilitação judicial. Além disso, será avaliada constantemente, não sendo apenas um requisito para a inscrição nos quadros da OAB, uma vez que a sua violação enseja a exclusão do advogado dos quadros da OAB. O compromisso prestado perante o Conselho Seccional, a Diretoria ou o Conselho da Subseção é ato solene e personalíssimo e, portanto, indelegável, no qual o advogado promete exercer a advocacia com dignidade e independência, observando a ética, os deveres e prerrogativas profissionais. Os requisitos não precisam ser preenchidos no momento em que o candidato se inscreve para realizar o Exame da Ordem, mas, sim, após a aprovação no Exame, no momento em que solicita a inscrição definitiva perante os quadros da OAB. A inscrição principal do advogado deve ser feita no Conselho Seccional em cujo território o advogado pretende estabelecer o seu domicílio profissional. Em caso de dúvida, prevalece o domicílio da pessoa física do advogado. A atuação não fica restrita ao território de seu domicílio profissional, podendo atuar em outros territórios; exige-se, apenas, a realização de inscrição suplementar nos Conselhos Seccionais quando a intervenção judicial exceder cinco causas por ano. Inscrição na Ordem dos Advogados do Brasil. Estágio Profissional O advogado fica dispensado de comunicar o exercício eventual da profissão, até o total de cinco causas por ano, acima do qual obriga-se à inscrição suplementar. No caso de mudança efetiva de domicílio profissional, deverá ser requerida a transferência da inscrição para o Conselho Seccional correspondente. A inscrição poderá ser cancelada nas seguintes hipóteses: quando o advogado requerer; quando sofrer penalidade de exclusão; quando falecer; quando passar a exercer, em caráter definitivo, atividade incompatível com a advocacia; quando perder qualquer um dos requisitos necessários para inscrição. Apesar do cancelamento, poderá ser feito novo pedido de inscrição, que não restaura o número de inscrição anterior, após a prova dos requisitos da capacidade civil, do não desempenho de atividade incompatível, de idoneidade moral, além da prestação de novo compromisso perante o Conselho. O cancelamento será promovido de ofício em caso de aplicação de penalidade de exclusão, falecimento ou com o desempenho de atividade incompatível. O profissional advogado poderá licenciar-se, se assim o requerer, por motivo justificado, quando passar a exercer, em caráter temporário, atividade incompatível com o exercício da advocacia, ou quando sofrer doença mental considerada curável. Durante o período em que o advogado estiver licenciado, ficará desobrigado do pagamento das anuidades, se assim expressamente requerer (Súmula n. 3/2012 - COP). O documento de identidade profissional é de uso obrigatório no exercício da atividade de advogado ou de estagiário, e constitui prova de identidade civil para todos os fins legais. São considerados documentos de identidade profissional a carteira e o cartão emitidos pela OAB (o uso do cartão dispensa o da carteira). Inscrição na Ordem dos Advogados do Brasil. Estágio Profissional Constarão nos documentos os seguintes dados de identificação do advogado: número da inscrição, nome, nome social, filiação, naturalidade, data do nascimento, nacionalidade, data da colação de grau, data do compromisso e data da expedição, e à assinatura do Presidente do Conselho Seccional O nome social é a designação pela qual a pessoa travesti ou transexual se identifica e é socialmente reconhecida e será inserido na identificação do advogado mediante requerimento. Aos Conselhos Seccionais da OAB incumbe alimentar, automaticamente, por via eletrônica, o Cadastro Nacional dos Advogados – CNA e o Cadastro Nacional das Sociedades de Advogados – CNSA, mantendo as informações correspondentes constantemente atualizadas. É exigida a inscrição do estagiário de advocacianos quadros da OAB, sendo que, se o estagiário de advocacia estiver regularmente inscrito, poderá praticar os atos privativos de advogado em conjunto com advogado e sob responsabilidade deste. Os atos de privativos da advocacia podem ser subscritos por estagiário inscrito na OAB, em conjunto com o advogado ou o defensor público. O estagiário inscrito na OAB pode praticar isoladamente os seguintes atos, sob a responsabilidade do advogado: retirar e devolver autos em cartório, assinando a respectiva carga; obter junto aos escrivães e chefes de secretarias certidões de peças ou autos de processos em curso ou findos; assinar petições de juntada de documentos a processos judiciais ou administrativos. Para o exercício de atos extrajudiciais, o estagiário pode comparecer isoladamente, quando receber autorização ou substabelecimento do advogado. Inscrição na Ordem dos Advogados do Brasil. Estágio Profissional A inscrição do estagiário é feita no Conselho Seccional em cujo território se localize seu curso jurídico, sendo necessário, para a inscrição, o preenchimento dos seguintes requisitos: capacidade civil; título de eleitor e quitação do serviço militar, se brasileiro; não exercer atividade incompatível com a advocacia; idoneidade moral; prestar compromisso perante o Conselho; ter sido admitido em estágio profissional de advocacia. O estágio profissional de advocacia tem duração de dois anos, sendo realizado nos últimos anos do curso jurídico, mantido pelas respectivas instituições de ensino superior, pelos Conselhos da OAB, ou por setores, órgãos jurídicos e escritórios de advocacia credenciados pela OAB, sendo obrigatório o estudo do Estatuto e do Código de Ética e Disciplina. Caso o aluno exerça atividade incompatível com a advocacia, pode frequentar o estágio ministrado pela respectiva instituição de ensino superior, para fins de aprendizagem, vedada a inscrição na OAB (§ 3º). O estágio profissional poderá ser cumprido por bacharel em Direito que queira se inscrever na Ordem. O cartão de identidade do estagiário tem o mesmo modelo e conteúdo do cartão de identidade do advogado, com a indicação de “Identidade de Estagiário”, em destaque, e do prazo de validade, que não pode ultrapassar três anos nem ser prorrogado. O cartão de identidade do estagiário perde sua validade imediatamente após a prestação do compromisso como advogado. Cada Conselho Seccional mantém uma Comissão de Estágio e Exame de Ordem, a quem incumbe coordenar, fiscalizar e executar as atividades decorrentes do estágio profissional da advocacia, que pode instituir subcomissões nas Subseções. Inscrição na Ordem dos Advogados do Brasil. Estágio Profissional O exercício da atividade de advocacia no território brasileiro e a denominação de advogado são privativos dos inscritos na Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), sendo que o desempenho das atividades do advogado poderá ocorrer de forma individual ou por meio de sociedade de advogados. • Ante o múnus público da atividade da advocacia, a sociedade de advogados não pode ser equiparada às sociedades privadas, previstas no Código Civil, já que a sociedade de advogados é classificada como sociedade sui generis. • São várias as formas de sociedade previstas no Código Civil brasileiro (sociedade limitada, sociedade anônima, sociedade em nome coletivo, dentre outras). Entretanto, a doutrina classifica as sociedades em dois grandes grupos: sociedade empresária e sociedade simples. A sociedade empresária é aquela pessoa jurídica que exerce atividade econômica própria de empresário, organizada para a produção ou a circulação de bens ou de serviços, com inscrição no Registro Público de Empresas Mercantis a cargo das juntas comerciais. Por sua vez, a sociedade simples, que também almeja proveito econômico, não desenvolve atividade mercantil e deve ser registrada no cartório de registro de pessoas jurídicas. As sociedades de advogados não possuem características próprias de sociedades empresárias, o que é vedado pelo Estatuto da OAB, inclusive, mas, sim, de sociedades simples. No entanto, devem ser consideradas como sociedades simples sui generis, o que ocorre em razão do desempenho de função pública essencial à administração da justiça, que possui finalidade profissional e não de obtenção de lucro. O capital essencial das sociedades de advogados é a produção intelectual dos advogados que a integram e não as coisas ou valores financeiros. Sociedade de Advogados. Advogado Empregado O Estatuto da OAB veda a constituição de sociedades de advogados que apresentem forma ou características de sociedade empresária, que adotem denominação de fantasia, que realizem atividades estranhas à advocacia, que incluam como sócio ou titular de sociedade unipessoal de advocacia pessoa não inscrita como advogado ou totalmente proibida de advogar. Os advogados podem reunir-se em sociedade simples de prestação de serviços de advocacia ou constituir sociedade unipessoal de advocacia, na forma disciplinada no Estatuto da OAB e no Regulamento Geral da OAB, não sendo aplicáveis as regras do Código Civil, sequer subsidiariamente. Em que pese a diferença na estrutura e composição das sociedades de advogados, ambas seguem os mesmos regramentos impostos pelo Estatuto da Ordem, observadas suas especificações. Tanto a sociedade de advogados como a sociedade unipessoal de advocacia adquirem personalidade jurídica com o registro aprovado dos seus atos constitutivos no Conselho Seccional da OAB em cuja base territorial tiver sede. Ademais, é proibido o registro, nos cartórios de registro civil de pessoas jurídicas e nas juntas comerciais, de sociedade que inclua, entre outras finalidades, a atividade de advocacia. O ato constitutivo formaliza-se por intermédio do contrato social. Todas as alterações no contrato social e/ou na estrutura da sociedade deverão ser averbadas no registro da sociedade. Manter sociedade profissional fora das normas e preceitos estabelecidos no Estatuto da OAB caracteriza infração disciplinar (34, inciso II, do Estatuto da OAB). As atividades profissionais privativas dos advogados são exercidas individualmente, ainda que revertam à sociedade os honorários respectivos. Sociedade de Advogados. Advogado Empregado Desse modo, as procurações devem ser outorgadas individualmente aos advogados e indicar a sociedade de que façam parte. Nenhum advogado pode integrar mais de uma sociedade de advogados, constituir mais de uma sociedade unipessoal de advocacia, ou integrar, simultaneamente, uma sociedade de advogados e uma sociedade unipessoal de advocacia com sede ou filial na mesma área territorial do respectivo Conselho Seccional. O ato de constituição de filial deve ser averbado no registro da sociedade e arquivado no Conselho Seccional onde se instalar, ficando os sócios, inclusive o titular da sociedade unipessoal de advocacia, obrigados à inscrição suplementar. A sociedade pode associar-se com advogados, sem vínculo de emprego, para participação nos resultados, desde que os contratos firmados sejam averbados no registro da sociedade de advogados. A denominação das sociedades não é de livre escolha dos associados, o nome deve expressar com clareza sua finalidade. A razão social deve ter, obrigatoriamente, o nome de, pelo menos, um advogado responsável pela sociedade, podendo permanecer o de sócio falecido, desde que prevista tal possibilidade no ato constitutivo. A denominação da sociedade unipessoal de advocacia deve ser obrigatoriamente formada pelo nome do seu titular, completo ou parcial, com a expressão ‘Sociedade Individual de Advocacia’. A sociedade unipessoal de advocacia pode resultar da concentração por um advogado das quotas de uma sociedade de advogados, independentemente das razões que motivaram tal concentração. Nesse caso, ocorre a conversão da sociedade coletiva para uma sociedade individual de advocacia. Sociedade de Advogados. Advogado Empregado O profissional advogado poderá licenciar-se: se assim o requerer, por motivo justificado, quando passar a exercer, em carátertemporário, atividade incompatível com o exercício da advocacia, ou quando sofrer doença mental considerada curável. O licenciamento do sócio para exercer atividade incompatível com a advocacia em caráter temporário deve ser averbado no registro da sociedade, não alterando sua constituição. A sociedade não substitui os advogados, mas podem ser praticados pela sociedade de advogados, com uso da razão social, os atos indispensáveis às suas finalidades, desde que não sejam privativos de advogado. O advogado é responsável pelos atos que, no exercício profissional, praticar com dolo ou culpa. Por sua vez, a sociedade, os sócios, bem como o titular da sociedade individual de advocacia respondem subsidiária e ilimitadamente pelos danos causados, nas hipóteses de dolo ou culpa e por ação ou omissão no exercício da advocacia, sem prejuízo das sanções disciplinares. É nula a cláusula do contrato social que vise limitar a responsabilidade dos sócios. Outra forma de o advogado desempenhar suas atividades é através da relação de emprego com o cliente. O vínculo empregatício do advogado exige os mesmos elementos fático-jurídicos estabelecidos para a constituição da relação de trabalho celetista. Dentre os elementos caraterísticos da relação de emprego: pessoalidade, onerosidade, não eventualidade, alteridade e subordinação. É importante destacar que, no caso do advogado empregado, a subordinação não prejudica o direito do advogado à liberdade de atuação e à isenção técnica, que é inerente ao exercício da advocacia, uma vez que o advogado deve seguir suas convicções filosóficas e conhecimentos técnicos ao defender os interesses dos seus clientes. Sociedade de Advogados. Advogado Empregado O Código de Ética e Disciplina impede que o advogado funcione no mesmo processo, simultaneamente, como patrono e preposto do empregador ou cliente. Além disso, o advogado deverá resguardar o sigilo profissional ao postular, judicial ou extrajudicialmente, em nome de terceiros contra ex-empregador. A relação estabelecida entre o advogado e o cliente empregador está restrita ao vínculo pré-estabelecido, de modo que o advogado empregado não está obrigado a prestar serviços profissionais de interesse pessoal dos empregadores fora da relação de emprego. O salário mínimo do profissional advogado é fixado em sentença normativa, caso não tenha sido ajustando em acordo ou convenção coletiva de trabalho. A representação do advogado empregado nas convenções coletivas celebradas com as entidades sindicais representativas dos empregadores, nos acordos coletivos celebrados com a empresa empregadora, é de competência do sindicato de advogados e, na sua falta, a federação ou confederação de advogados. Nas causas em que for parte o empregador, ou pessoa por esse representada, os honorários de sucumbência são devidos aos advogados empregados. Caso os honorários de sucumbência sejam percebidos por advogado empregado de sociedade de advogados, esses serão partilhados entre ele e a empregadora (art. 21, caput e parágrafo único, do Estatuto da OAB). Na hipótese de honorários por sucumbência, o juiz, ao proferir a sentença, condenará o vencido a pagar honorários ao advogado do vencedor, fixados entre o mínimo de 10% (dez por cento) e o máximo de 20% (vinte por cento) sobre o valor da condenação, do proveito econômico obtido ou, não sendo possível mensurá-lo, sobre o valor atualizado da causa, seguindo: o grau de zelo do profissional; o lugar de prestação do serviço; a natureza e a importância da causa; o trabalho realizado pelo advogado e o tempo exigido para o seu serviço. Sociedade de Advogados. Advogado Empregado Os honorários advocatícios incluídos na condenação ou destacados do montante principal devido ao credor consubstanciam-se em verba de natureza alimentar - Súmula Vinculante n. 47 do Supremo Tribunal Federal. Os honorários pertencem ao advogado, tendo este o direito autônomo para executar a sentença quando os honorários de sucumbência forem incluídos na condenação. Desse modo, os honorários de sucumbência, por decorrerem precipuamente do exercício da advocacia e só acidentalmente da relação de emprego, não integram o salário ou a remuneração, não podendo, assim, ser considerados para efeitos trabalhistas ou previdenciários, constituindo-se em fundo comum, cuja destinação é decidida pelos profissionais integrantes do serviço jurídico da empresa ou por seus representantes. A jornada de trabalho do advogado empregado, salvo acordo ou convenção coletiva, não poderá exceder a duração diária de quatro horas contínuas e a de vinte horas semanais. Considera-se como período de trabalho o tempo em que o advogado estiver à disposição do empregador aguardando ou executando ordens, no seu escritório ou em atividades externas, sendo-lhe reembolsadas as despesas feitas com transporte, hospedagem e alimentação; Poderá ser adotado o regime de dedicação exclusiva, que deve estar previsto expressamente no contrato individual de trabalho, devendo a jornada de trabalho observar o limite de oito horas diárias. As horas que excederem a jornada normal devem ser remuneradas com um adicional não inferior a 100% sobre o valor da hora normal, mesmo havendo contrato escrito. Em caso de dedicação exclusiva, serão remuneradas como extraordinárias as horas trabalhadas que excederem a jornada normal de oito horas diárias. Quando o desempenho da atividade do advogado ocorrer em horário noturno, entendido como o período das 20 (vinte) horas de um dia até as 5 (cinco) horas do dia seguinte, as horas trabalhadas devem ser remuneradas com adicional de 25%. Sociedade de Advogados. Advogado Empregado Honorários Advocatícios. São a contraprestação devida aos advogados pela prestação de seus serviços profissionais, os quais são fixados pelo profissional, observando-se o mínimo estabelecido na tabela de honorários do respectivo Conselho Seccional da OAB, sob pena de caracterizar-se aviltamento de honorários. São critérios para auxiliar o profissional na fixação dos honorários: a relevância, o vulto, a complexidade e a dificuldade das questões versadas; o trabalho e o tempo a ser empregados; a possibilidade de ficar o advogado impedido de intervir em outros casos, ou de se desavir com outros clientes ou terceiros; o valor da causa, a condição econômica do cliente e o proveito para este resultante do serviço profissional; o caráter da intervenção, conforme se trate de serviço a cliente eventual, frequente ou constante; o lugar da prestação dos serviços, conforme se trate do domicílio do advogado ou de outro; a competência do profissional; a praxe do foro sobre trabalhos análogos. Os honorários advocatícios não podem ser fixados utilizando como parâmetro o salário mínimo, conforme posicionamento sumulado do STJ (súmula n. 201). Honorários Advocatícios. A solução do litígio por qualquer mecanismo adequado de solução extrajudicial não permite, em qualquer hipótese, a diminuição dos honorários contratados. Os honorários podem ser fixados sobre a vantagem financeira obtida pelo cliente, sob a adoção da cláusula quota litis, que se verifica quando o advogado e o cliente acordam, mediante contrato, que os honorários advocatícios incidirão sobre a vantagem financeira obtida pelo cliente. Devem ser observados os seguintes parâmetros: Os honorários devem ser necessariamente representados por pecúnia, ou seja, não podem incorrer sobre os bens do cliente, exceto se excepcionalmente quando o cliente não dispuser de condições pecuniárias para satisfazer o débito. Quando acrescidos dos honorários de sucumbência, a quota do advogado não pode ser superior às vantagens advindas a favor do cliente; Quando versar sobre prestações vencidas e vincendas poderão incidir sobre o valor de umas e outras, atendidos os requisitos da moderação e da razoabilidade. É possível a compensação de créditos pelo advogado de importâncias devidas ao cliente, desde que haja autorização no contrato ou quando houver autorização especial do cliente para esse fim. A prestação de serviço profissional do advogadoinscrito na OAB assegura o direito aos honorários convencionados, aos fixados por arbitramento judicial e aos honorários de sucumbência. Honorários Advocatícios. Os honorários assistenciais devem ser compreendidos como a remuneração devida ao advogado contratado por uma entidade de classe para ajuizar uma demanda em substituição processual. Súmula Vinculante n. 47: os honorários advocatícios incluídos na condenação ou destacados do montante principal devido ao credor consubstanciam-se em verba de natureza alimentar. O advogado promoverá, preferencialmente, de forma destacada, a execução dos honorários contratuais ou sucumbenciais. Se o advogado juntar aos autos o seu contrato de honorários antes da expedição do mandado de levantamento ou precatório, o juiz deve determinar o pagamento por dedução da quantia a ser recebida pelo constituinte, salvo se este provar que já os pagou. Na hipótese de honorários por sucumbência, o juiz, ao proferir a sentença, condenará o vencido a pagar honorários ao advogado do vencedor, fixados entre o mínimo de 10% e o máximo de 20% sobre o valor da condenação, do proveito econômico obtido ou, não sendo possível mensurá-lo, sobre o valor atualizado da causa, seguindo: o grau de zelo do profissional; o lugar de prestação do serviço; a natureza e a importância da causa; o trabalho realizado pelo advogado; o tempo O pagamento dos honorários ocorrerá em três etapas, salvo estipulação em contrário, um terço dos honorários é devido no início do serviço, outro terço até a decisão de primeira instância e o restante no final. exigido para o seu serviço. Honorários Advocatícios. Na falta de estipulação ou de acordo entre cliente e advogado, os honorários serão fixados por arbitramento judicial, levando em consideração a compatibilidade da remuneração com o trabalho e o valor econômico da questão, sendo vedado o estabelecimento de valores inferiores aos estabelecidos na tabela organizada pelo Conselho Seccional da OAB. Os honorários incluídos na condenação, por arbitramento ou sucumbência, pertencem ao advogado, tendo este direito autônomo para executar a sentença nesta parte, podendo requerer que o precatório, quando necessário, seja expedido em seu favor. A decisão judicial que fixar ou arbitrar honorários e o contrato escrito que os estipular são TÍTULOS EXECUTIVOS e constituem crédito privilegiado na falência, concordata, concurso de credores, insolvência civil e liquidação extrajudicial, sendo FACULTADO ao advogado promover nos mesmos autos da ação a execução dos honorários. Havendo necessidade de promover arbitramento ou cobrança judicial de honorários, deve o advogado renunciar previamente ao mandato que recebera do cliente em débito. No caso do advogado empregado, os honorários de sucumbência por decorrerem precipuamente do exercício da advocacia e só acidentalmente da relação de emprego não integram o salário ou a remuneração, assim, não podem ser considerados para efeitos trabalhistas ou previdenciários, constituindo-se em fundo comum, cuja destinação é decidida pelos profissionais integrantes do serviço jurídico da empresa ou por seus representantes. Honorários Advocatícios. Nas causas em que for parte o empregador, ou pessoa por este representada, os honorários de sucumbência são devidos aos advogados empregados. Caso os honorários de sucumbência sejam percebidos por advogado empregado de sociedade de advogados, esses serão partilhados entre ele e a empregadora. O advogado substabelecido, com reserva de poderes, não pode cobrar honorários sem a intervenção daquele que lhe conferiu o substabelecimento. Caso o cliente do advogado e a parte contrária firmem ACORDO, salvo aquiescência do profissional, não serão prejudicados os honorários convencionados ou concedidos por sentença. Na hipótese de falecimento ou incapacidade civil do advogado, os honorários de sucumbência, proporcionais ao trabalho realizado, são recebidos por seus sucessores ou representantes legais. O advogado, quando indicado para patrocinar causa de juridicamente necessitado, no caso de impossibilidade da Defensoria Pública, tem direito aos honorários fixados pelo juiz, segundo tabela organizada pelo Conselho Seccional da OAB, e pagos pelo Estado. PRESCREVE em 5 (cinco) anos a ação de cobrança de honorários de advogado, contando o prazo: do vencimento do contrato, se houver; do trânsito em julgado da decisão que os fixar; da ultimação do serviço extrajudicial; da desistência ou transação; da renúncia ou revogação do mandato. No mesmo prazo de 5 (cinco) anos prescreve a ação de prestação de contas pelas quantias recebidas pelo advogado de seu cliente, ou de terceiros por conta dele. A incompatibilidade determina a proibição total do exercício da advocacia, que poderá ser temporária ou permanente, de acordo com a atividade desenvolvida e a natureza do cargo. Quando o profissional passar a exercer, em caráter definitivo, atividade incompatível com a advocacia terá sua inscrição cancelada. A advocacia é INCOMPATÍVEL, mesmo em causa própria: Chefe do Poder Executivo e membros da Mesa do Poder Legislativo e seus substitutos legais. A Chefia do Poder Executivo é exercida pelo Presidente da República, com o auxílio dos Ministros de Estado. A Chefia do Poder Executivo dos Estados é exercida pelos Governadores e a Chefia do Poder Executivo dos Municípios é exercida pelos Prefeitos. O Poder Legislativo, em âmbito federal, é bicameral, representado pelo Congresso Nacional e composto de duas Casas Legislativas: Senado Federal e Câmara dos Deputados. Por sua vez, nos Estados e Municípios o Poder Legislativo é unicameral, composto pela Assembleia Legislativa e pela Câmara Municipal, respectivamente. Além disso, o impedimento alcança também os substitutos, ou seja, os Vices (Presidente, Governador e Prefeito) e os suplentes dos integrantes das mesas do Poder Legislativo. Membros de órgãos do Poder Judiciário, do Ministério Público, dos tribunais e conselhos de contas, dos juizados especiais, da justiça de paz, juízes classistas, bem como de todos os que exerçam função de julgamento em órgãos de deliberação coletiva da Administração Pública direta e indireta. São órgãos do Poder Judiciário: o Supremo Tribunal Federal; o Conselho Nacional de Justiça; o Superior Tribunal de Justiça; o Tribunal Superior do Trabalho; os Tribunais Regionais Federais e Juízes Federais; os Tribunais e Juízes do Trabalho; os Tribunais e Juízes Eleitorais; os Tribunais e Juízes Militares; os Tribunais e Juízes dos Estados e do Distrito Federal e Territórios. Incompatibilidades A Administração Pública indireta é composta pelas autarquias, funções públicas e pelas empresas estatais (sociedade de economia mista e empresa pública). O Ministério Público abrange o Ministério Público da União, que compreende: o Ministério Público Federal, o Ministério Público do Trabalho, o Ministério Público Militar e o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios; bem como os Ministérios Públicos dos Estados. A expressão “membros” compreende todos os servidores que compõem a instituição. Ocupantes de cargos ou funções de direção em Órgãos da Administração Pública direta ou indireta, em suas fundações e em suas empresas controladas ou concessionárias de serviço público; Não se incluem nessa hipótese os que não detenham poder de decisão relevante sobre interesses de terceiro, a juízo do conselho competente da OAB, bem como a administração acadêmica diretamente relacionada ao magistério jurídico. Ocupantes de cargos ou funções vinculados direta ou indiretamente a qualquer órgão do Poder Judiciário e os que exercem serviços notariais e de registro; O Estatuto incompatibiliza a advocacia com as atividades exercidas pelos auxiliares e serventuários da justiça, que são, além de outros cujas atribuições sejam determinadas pelas normas de organização judiciária: o escrivão, o chefe de secretaria, o oficial de justiça, o perito, o depositário, o administrador, o intérprete, o tradutor, o mediador, o conciliador judicial, o partidor,o distribuidor, o contabilista e o regulador de avarias. Os serviços notariais e de registro são exercidos em caráter privado, por delegação do Poder Público. A Lei dos cartórios prevê que o exercício da atividade notarial e de registro é incompatível com o da advocacia. Incompatibilidades Ocupantes de cargos ou funções vinculados direta ou indiretamente a atividade policial de qualquer natureza; A segurança pública, dever do Estado, direito e responsabilidade de todos, é exercida para a preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio, por meio dos seguintes órgãos: I – polícia federal; II – polícia rodoviária federal; III – polícia ferroviária federal; IV – polícias civis; V – polícias militares e corpos de bombeiros militares; VI – polícias penais federal, estaduais e distrital. Não se enquadram no conceito de atividade policial as atividades de polícia administrativa, desenvolvidas por agentes públicos, sem vínculo com órgãos que integrem as polícias civis e militares. Militares de qualquer natureza, na ativa; Os membros das Forças Armadas são denominados militares. As Forças Armadas, constituídas pela Marinha, pelo Exército e pela Aeronáutica, são instituições nacionais permanentes e regulares, organizadas com base na hierarquia e na disciplina, sob a autoridade suprema do Presidente da República, e destinam-se à defesa da Pátria, à garantia dos poderes constitucionais, da lei e da ordem. Ocupantes de cargos ou funções que tenham competência de lançamento, arrecadação ou fiscalização de tributos e contribuições parafiscais; O sistema tributário nacional permite a instituição dos seguintes tributos: impostos, taxas, em razão do exercício do poder de polícia ou pela utilização, efetiva ou potencial, de serviços públicos específicos e divisíveis, prestados ao contribuinte ou postos a sua disposição, contribuição de melhoria, decorrente de obras públicas. Incompatibilidades Ocupantes de funções de direção e gerência em instituições financeiras, inclusive privadas; O impedimento determina a proibição parcial do exercício da advocacia. O profissional que passar a exercer, em caráter temporário, atividade incompatível poderá licencia-se do exercício da advocacia. São IMPEDIDOS de exercer a advocacia: Os servidores da administração direta, indireta e fundacional, contra a Fazenda Pública que os remunere ou à qual seja vinculada a entidade empregadora; Não se incluem nessa hipótese os docentes dos cursos jurídicos. A parcialidade do impedimento é verificada quando a vedação opera apenas em face da Fazenda Pública que remunera o servidor, que também é advogado. O impedimento se mantém mesmo após a aposentadoria do servidor, considerando que o vínculo remuneratório com a Administração Pública permanece. O impedimento recai sobre a pessoa do advogado, que poderá integrar sociedade de advogados normalmente sem prejudicar o livre exercício da profissão dos demais sócios. Os membros do Poder Legislativo, em seus diferentes níveis, contra ou a favor das pessoas jurídicas de direito público, empresas públicas, sociedades de economia mista, fundações públicas, entidades paraestatais ou empresas concessionárias ou permissionárias de serviço público. O impedimento abrange todos os parlamentares, federais, estaduais ou municipais, de modo que se não forem integrantes das mesas diretoras ou suplentes, estão impedidos de atuar a favor ou contra qualquer entidade da Administração Pública direta ou indireta, seja ela, do mesmo modo, municipal, estadual ou federal, enquanto permanecerem no exercício do mandato. Incompatibilidades O Estatuto traz regulamentação especial referente aos Procuradores-Gerais, Advogados-Gerais, Defensores-Gerais e dirigentes de órgãos jurídicos da Administração Pública direta, indireta e fundacional, estabelecendo que estão exclusivamente legitimados para o exercício da advocacia vinculada à função que exerçam, durante o período da investidura. Os Advogados Públicos se sujeitam ao regime jurídico previsto em estatuto próprio e postulam no exercício de cargo público ao qual foram investidos, mediante aprovação em concurso de provas e títulos e que, ainda, há na Lei Orgânica da AGU (Lei Complementar n. 73/1993) vedação expressa do exercício da advocacia fora das atribuições institucionais. A Lei Complementar n. 80/1994 que organizou a Defensoria Pública determina que a capacidade postulatória do Defensor Público decorre exclusivamente de sua nomeação e posse no cargo público, assim como é vedado o exercício da advocacia fora das suas atribuições institucionais. Diferente da capacidade postulatória do advogado privado, que é adquirida mediante prova de mandato do constituinte. Quanto aos demais, é vedada a atuação em face da Fazenda Pública que os remunera, observando- se, evidentemente, se inexistente vedação expressa em lei especial. Impedimentos O Código de Ética e Disciplina da Ordem dos Advogados do Brasil ao estabelecer os princípios fundamentais da ética do advogado instituiu os seguintes deveres: São deveres do advogado: I – preservar, em sua conduta, a honra, a nobreza e a dignidade da profissão, zelando pelo caráter de essencialidade e indispensabilidade da advocacia; II – atuar com destemor, independência, honestidade, decoro, veracidade, lealdade, dignidade e boa-fé; III – velar por sua reputação pessoal e profissional; IV – empenhar-se, permanentemente, no aperfeiçoamento pessoal e profissional; V – contribuir para o aprimoramento das instituições, do Direito e das leis; VI – estimular, a qualquer tempo, a conciliação e a mediação entre os litigantes, prevenindo, sempre que possível, a instauração de litígios; VII – desaconselhar lides temerárias, a partir de um juízo preliminar de viabilidade jurídica; VIII – abster-se de: a) utilizar de influência indevida, em seu benefício ou do cliente; b) vincular seu nome ou nome social a empreendimentos sabidamente escusos; c) emprestar concurso aos que atentem contra a ética, a moral, a honestidade e a dignidade da pessoa humana; d) entender-se diretamente com a parte adversa que tenha patrono constituído, sem o assentimento deste; e) ingressar ou atuar em pleitos administrativos ou judiciais perante autoridades com as quais tenha vínculos negociais ou familiares; f) contratar honorários advocatícios em valores aviltantes. Ética do Advogado. Regras Deontológicas IX – pugnar pela solução dos problemas da cidadania e pela efetivação dos direitos individuais, coletivos e difusos; X – adotar conduta consentânea com o papel de elemento indispensável à administração da Justiça; XI – cumprir os encargos assumidos no âmbito da Ordem dos Advogados do Brasil ou na representação da classe; XII – zelar pelos valores institucionais da OAB e da advocacia; XIII – ater-se, quando no exercício da função de defensor público, à defesa dos necessitados. O advogado deve informar o cliente, de modo claro e inequívoco, quanto a eventuais riscos da sua pretensão, e das consequências que poderão advir da demanda. Deve, igualmente, denunciar, desde logo, a quem lhe solicite parecer ou patrocínio, qualquer circunstância que possa influir na resolução de submeter-lhe a consulta ou confiar-lhe a causa. O exercício da advocacia é incompatível com qualquer procedimento de mercantilização, sendo vedado o oferecimento de serviços profissionais que impliquem, direta ou indiretamente, em angariar ou captar clientela, como veremos mais adiante. No exercício da profissão, o advogado é inviolável por seus atos e manifestações, nos limites da lei, ou seja, possui imunidade profissional, não constituindo injúria ou difamação puníveis qualquer manifestação de sua parte, no exercício de sua atividade. É defeso (PROIBIDO) ao advogado expor os fatos em Juízo ou na via administrativa falseando deliberadamente a verdade e utilizando de má-fé. O advogado tem imunidade profissional, não constituindo injúria, difamação puníveis qualquer manifestação de sua parte, no exercício de sua atividade, em juízo ou fora dele, sem prejuízodas sanções disciplinares perante a OAB, pelos excessos que cometer. Ética do Advogado. Regras Deontológicas O advogado deve proceder de forma que o torne merecedor de respeito e que contribua para o prestígio da classe e da advocacia, mantendo sua independência em qualquer circunstância, sendo que nenhum receio de desagradar a magistrado ou a qualquer autoridade, nem de incorrer em impopularidade, deve deter o advogado no exercício da profissão. Ao atuar como patrono da parte, no exercício do mandato, o advogado deverá imprimir à causa orientação que lhe pareça mais adequada, sem se subordinar a intenções contrárias do cliente, mas, antes, procurando esclarecê-lo quanto à estratégia traçada. É direito e dever do advogado assumir a defesa criminal, sem considerar sua própria opinião sobre a culpa do acusado, uma vez que não há causa criminal indigna de defesa, cumprindo ao advogado agir no sentido de que a todos seja concedido tratamento condizente com a dignidade da pessoa humana, sob a égide das garantias constitucionais. O advogado é responsável pelos atos que, no exercício profissional, praticar com dolo ou culpa. Em caso de lide temerária, o advogado será solidariamente responsável com seu cliente, desde que coligado com este para lesar a parte contrária, o que será apurado em ação própria. As relações entre advogado e cliente devem se basear na confiança recíproca. Caso o advogado sinta que essa confiança lhe falta, o Código de Ética recomenda que externe sua impressão ao seu cliente e, não se dissipando as dúvidas existentes, promova, em seguida, o substabelecimento do mandato ou a ele renuncie. Ética do Advogado. Regras Deontológicas A conclusão ou desistência da causa, independentemente da extinção do mandato, obriga o advogado a devolver ao cliente bens, valores e documentos que lhe hajam sido confiados e ainda estejam em seu poder, bem como a prestar-lhe contas, pormenorizadamente, sem prejuízo de esclarecimentos complementares que se mostrem pertinentes e necessários, observando-se que a parcela dos honorários paga pelos serviços até então prestados não se inclui entre os valores a serem devolvidos. Advogados integrantes da mesma sociedade profissional ou reunidos em caráter permanente para cooperação recíproca, não podem representar clientes com interesses opostos, em juízo ou fora dele. Ao advogado que sobrevindo conflito de interesses entre seus constituintes e não conseguindo harmonizá-los, deverá optar, com prudência e discrição, por um dos mandatos, renunciando aos demais, resguardado sempre o sigilo profissional. Ao advogado cumpre abster-se de patrocinar causa contrária à validade ou legitimidade de ato jurídico em cuja formação haja colaborado ou intervindo de qualquer maneira; da mesma forma, deve declinar seu impedimento ou o da sociedade que integre quando houver conflito de interesses motivado por intervenção anterior no trato de assunto que se prenda ao patrocínio solicitado. É defeso (PROIBIDO) ao advogado funcionar no mesmo processo, simultaneamente, como patrono e preposto do empregador ou cliente. Ética do Advogado. Regras Deontológicas As comunicações de qualquer natureza entre advogado e cliente presumem-se confidenciais, independendo de solicitação de reserva pelo cliente. Ademais, o advogado, quando no exercício das funções de mediador, conciliador e árbitro, se submete às regras de sigilo profissional. Sobrevindo conflito de interesses entre seus constituintes e não conseguindo o advogado harmonizá-los, caber-lhe-á optar, com prudência e discrição, por um dos mandatos, renunciando aos demais, resguardado sempre o sigilo profissional. O advogado, ao postular em nome de terceiros, contra ex-cliente ou ex-empregador, judicial e extrajudicialmente, deve resguardar o sigilo profissional. É direito do advogado recusar-se a depor como testemunha em processo no qual funcionou ou deva funcionar, ou sobre fato relacionado com pessoa de quem seja ou foi advogado, mesmo quando autorizado ou solicitado pelo constituinte, bem como sobre fato que constitua sigilo profissional. O advogado não é obrigado a depor, em processo ou procedimento judicial, administrativo ou arbitral, sobre fatos a cujo respeito deva guardar sigilo profissional. O sigilo profissional cederá em face de circunstâncias excepcionais que configurem justa causa, como nos casos de grave ameaça ao direito à vida e à honra ou que envolvam defesa própria do advogado. Sigilo Profissional A publicidade profissional se afasta da mercantilização da profissão, da captação de clientela e possui caráter meramente informativo, devendo primar pela discrição e sobriedade. São vedados como meio de publicidade profissional: a veiculação da publicidade por meio de rádio, cinema e televisão; o uso de outdoors, painéis luminosos ou formas assemelhadas de publicidade; as inscrições em muros, paredes, veículos, elevadores ou em qualquer espaço público; a divulgação de serviços de advocacia juntamente com a de outras atividades ou a indicação de vínculos entre uns e outras; o fornecimento de dados de contato, como endereço e telefone, em colunas ou artigos literários, culturais, acadêmicos ou jurídicos, publicados na imprensa, bem assim quando de eventual participação em programas de rádio ou televisão, ou em veiculação de matérias pela internet, sendo permitida a referência a e-mail; a utilização de mala direta, a distribuição de panfletos ou formas assemelhadas de publicidade, com o intuito de captação de clientela. É vedado ao advogado: responder com habitualidade a consulta sobre matéria jurídica, nos meios de comunicação social; debater, em qualquer meio de comunicação, causa sob o patrocínio de outro advogado; abordar tema de modo a comprometer a dignidade da profissão e da instituição que o congrega; divulgar ou deixar que sejam divulgadas listas de clientes e demandas; insinuar-se para reportagens e declarações públicas. As colunas que o advogado mantiver nos meios de comunicação social ou os textos que por meio deles divulgar não deverão induzir o leitor a litigar nem promover a captação de clientela. Publicidade Profissional O advogado que eventualmente participar de programa de televisão ou de rádio, de entrevista na imprensa, de reportagem televisionada ou veiculada por qualquer outro meio, para manifestação profissional, deve visar a objetivos exclusivamente ilustrativos, educacionais e instrutivos, sem propósito de promoção pessoal ou profissional, vedados pronunciamentos sobre métodos de trabalho usados por seus colegas de profissão. Quando convidado para manifestação pública, por qualquer modo e forma, visando ao esclarecimento de tema jurídico de interesse geral, deve o advogado EVITAR insinuações com o sentido de promoção pessoal ou profissional, bem como o debate de caráter sensacionalista. Na publicidade profissional que promover ou nos cartões e material de escritório de que se utilizar, o advogado fará constar seu nome, nome social ou o da sociedade de advogados, o número ou os números de inscrição na OAB. Poderão ser referidos apenas os títulos acadêmicos do advogado e as distinções honoríficas relacionadas à vida profissional, bem como as instituições jurídicas de que faça parte, e as especialidades a que se dedicar, o endereço, e-mail, site, página eletrônica, QR code, logotipo e a fotografia do escritório, o horário de atendimento e os idiomas em que o cliente poderá ser atendido. É vedada a inclusão de fotografias pessoais ou de terceiros nos cartões de visitas do advogado, bem como menção a qualquer emprego, cargo ou função ocupado, atual ou pretérito, em qualquer órgão ou instituição, salvo o de professor universitário. São admissíveis como formas de publicidade o patrocínio de eventos ou publicações de caráter científico ou cultural, assim como a divulgação de boletins, por meio físico ou eletrônico, sobre matéria cultural de interesse dos advogados, desde que sua circulação fique adstrita a clientes e a interessados do meio jurídico. Publicidade Profissional Considera-seadvocacia pro bono a prestação gratuita, eventual e voluntária dos serviços jurídicos em favor de instituições sociais sem fins econômicos e aos seus assistidos, sempre que os beneficiários não dispuserem de recursos para a contratação de profissional. A advocacia pro bono pode ser exercida em favor de pessoas naturais que, igualmente, não dispuserem de recursos para, sem prejuízo do próprio sustento, contratar advogado. Todavia, o advogado não pode se utilizar da advocacia pro bono para fins político-partidários ou eleitorais, nem beneficiar instituições que visem a tais objetivos, ou como instrumento de publicidade para captação de clientela. O artigo 47-A do CED-OAB, incluído pela Resolução n. 4/2020, de 03/11/2020, estabelece que será admissível a celebração de TERMO DE AJUSTAMENTO DE CONDUTA – TAC para fazer cessar a publicidade irregular praticada por advogados e estagiários. No mesmo sentido, o artigo 58-A prevê que será admitida a celebração de TAC no âmbito dos Conselhos Seccionais e do Conselho Federal nos casos de infração ético-disciplinar punível com censura, se o fato apurado não tiver gerado repercussão negativa à advocacia. Advocacia Pro Bono Infrações Disciplinares Constitui INFRAÇÃO DISCIPLINAR: Exercer a profissão, quando impedido de fazê-lo, ou facilitar, por qualquer meio, o seu exercício aos não inscritos, proibidos ou impedidos (inciso I); Manter sociedade profissional fora das normas e preceitos estabelecidos nesta lei (inciso II); Valer-se de agenciador de causas, mediante participação nos honorários a receber (inciso III); Angariar ou captar causas, com ou sem a intervenção de terceiros (inciso IV); Assinar qualquer escrito destinado a processo judicial ou para fim extrajudicial que não tenha feito, ou em que não tenha colaborado (inciso V); Advogar contra literal disposição de lei, presumindo-se a boa-fé quando fundamentado na inconstitucionalidade, na injustiça da lei ou em pronunciamento judicial anterior (inciso VI); Violar, sem justa causa, sigilo profissional (inciso VII); Estabelecer entendimento com a parte adversa sem autorização do cliente ou ciência do advogado contrário (inciso VIII); Prejudicar, por culpa grave, interesse confiado ao seu patrocínio (inciso IX); Acarretar, conscientemente, por ato próprio, a anulação ou a nulidade do processo em que funcione (inciso X); Abandonar a causa sem justo motivo ou antes de decorridos dez dias da comunicação da renúncia (inciso XI); Recusar-se a prestar, sem justo motivo, assistência jurídica, quando nomeado em virtude de impossibilidade da Defensoria Pública (inciso XII); Fazer publicar na imprensa, desnecessária e habitualmente, alegações forenses ou relativas a causas pendentes (inciso XIII); Deturpar o teor de dispositivo de lei, de citação doutrinária ou de julgado, bem como de depoimentos, documentos e alegações da parte contrária, para confundir o adversário ou iludir o juiz da causa (inciso XIV); Fazer, em nome do constituinte, sem autorização escrita deste, imputação a terceiro de fato definido como crime (inciso XV); Deixar de cumprir, no prazo estabelecido, determinação emanada do órgão ou de autoridade da Ordem, em matéria da competência desta, depois de regularmente notificado (inciso XVI); Prestar concurso a clientes ou a terceiros para realização de ato contrário à lei ou destinado a fraudá-la (inciso XVII); Solicitar ou receber de constituinte qualquer importância para aplicação ilícita ou desonesta (inciso XVIII); Receber valores, da parte contrária ou de terceiro, relacionados com o objeto do mandato, sem expressa autorização do constituinte (inciso XIX); Locupletar-se, por qualquer forma, à custa do cliente ou da parte adversa, por si ou interposta pessoa (inciso XX); Recusar-se, injustificadamente, a prestar contas ao cliente de quantias recebidas dele ou de terceiros por conta dele (inciso XXI); Reter, abusivamente, ou extraviar autos recebidos com vista ou em confiança (inciso XXII); Deixar de pagar as contribuições, multas e preços de serviços devidos à OAB, depois de regularmente notificado a fazê-lo (inciso XXIII); Incidir em erros reiterados que evidenciem inépcia profissional (inciso XXIV); Manter conduta incompatível com a advocacia (inciso XXV); Fazer falsa prova de qualquer dos requisitos para inscrição na OAB (inciso XXVI); Tornar-se moralmente inidôneo para o exercício da advocacia (inciso XXVII); Praticar crime infamante (inciso XXVIII); Praticar, o estagiário, ato excedente de sua habilitação (inciso XXIX); Infrações Disciplinares Sanções Disciplinares São quatro espécies de sanções disciplinares: censura, suspensão, exclusão e multa, que variam conforme a gravidade da conduta praticada. As sanções devem constar no assentamento do advogado inscrito, após o trânsito em julgado da decisão, não podendo ser objeto de publicidade a de censura. A censura será aplicada nos casos de violação a preceito do Código de Ética e Disciplina, bem como violação a preceito do Estatuto da OAB, quando não se tenha estabelecido sanção mais grave para a infração. Além disso, é aplicável no caso infrações definidas nos incisos I a XVI e XXIX do art. 34, quais sejam: I – exercer a profissão, quando impedido de fazê-lo, ou facilitar, por qualquer meio, o seu exercício aos não inscritos, proibidos ou impedidos; II – manter sociedade profissional fora das normas e preceitos estabelecidos nesta lei; III – valer-se de agenciador de causas, mediante participação nos honorários a receber; IV – angariar ou captar causas, com ou sem a intervenção de terceiros; V – assinar qualquer escrito destinado a processo judicial ou para fim extrajudicial que não tenha feito, ou em que não tenha colaborado; VI – advogar contra literal disposição de lei, presumindo-se a boa-fé quando fundamentado na inconstitucionalidade, na injustiça da lei ou em pronunciamento judicial anterior; VII – violar, sem justa causa, sigilo profissional; VIII – estabelecer entendimento com a parte adversa sem autorização do cliente ou ciência do advogado contrário; IX – prejudicar, por culpa grave, interesse confiado ao seu patrocínio; X – acarretar, conscientemente, por ato próprio, a anulação ou a nulidade do processo em que funcione; XI – abandonar a causa sem justo motivo ou antes de decorridos dez dias da comunicação da renúncia; XII – recusar-se a prestar, sem justo motivo, assistência jurídica, quando nomeado em virtude de impossibilidade da Defensoria Pública; XIII – fazer publicar na imprensa, desnecessária e habitualmente, alegações forenses ou relativas a causas pendentes; XIV – deturpar o teor de dispositivo de lei, de citação doutrinária ou de julgado, bem como de depoimentos, documentos e alegações da parte contrária, para confundir o adversário ou iludir o juiz da causa; XV – fazer, em nome do constituinte, sem autorização escrita deste, imputação a terceiro de fato definido como crime; XVI – deixar de cumprir, no prazo estabelecido, determinação emanada do órgão ou de autoridade da Ordem, em matéria da competência desta, depois de regularmente notificado; [...] XXIX – praticar, o estagiário, ato excedente de sua habilitação. A censura pode ser convertida em advertência, em ofício reservado, sem registro nos assentamentos do inscrito, quando presente circunstância atenuante. Será admissível a celebração de TERMO DE AJUSTAMENTO DE CONDUTA - TAC, nos casos de infração ético-disciplinar punível com censura, se o fato apurado não tiver gerado repercussão negativa à advocacia. Do mesmo modo, será admitida a celebração de TAC no âmbito dos Conselhos Seccionais e do Conselho Federal para fazer cessar a publicidade irregular praticada por advogados e estagiários. Sanções Disciplinares A suspensão será aplicada nos casos de reincidência em infração disciplinar, bem como no caso das infrações definidas nos incisos XVII a XXV do art. 34, quais sejam: XVII – prestar concurso a clientes ou a terceiros para realização de ato contrário à lei ou destinado a fraudá- la; XVIII – solicitar ou receber de constituinte qualquer importância
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