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Aula 6 - Atenção Domiciliar

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Definição: 
Provisão de serviços de saúde com objetivo de 
promover, restaurar e manter o conforto e saúde 
Médico fazendo a visita ao domicílio quando há 
impossibilidade do paciente ir até o local de atendimento 
Um pouco de história: 
Dispensário de Boston – 1796: onde se deu a 
primeira organização do tipo home CARE 
A carência de recursos terapêuticos antigamente 
demandava uma boa escuta e compressão por parte 
do médico 
No Brasil: 
Primeiro serviço foi o SAMDU: 
Serviço de assistência médica domiciliar de urgência em 
1949 
FSESP (fundação de serviço especial de 
saúde pública – 1960-1990: 
• Atendimento integral da família na unidade, no 
domicílio e na comunidade 
• Visita domiciliar era feita por visitador sanitário e 
auxiliar de saneamento 
• 1970 - Atenção domiciliar mais profissionalizada e 
treinada 
• 1990 – Home CARE (grandes centros, empresas 
privadas) 
• Outro marco de 1990 é o surgimento dos agentes 
comunitários de saúde (ACS) 
Estratégia Saúde da família e PACS 
• O PACS revolucionou o SUS 
• Promoveu competências, habilidades e mudanças 
no fazer e pensar a atenção básica e também 
ampliou o que era atendido no domicílio 
• 2006 - Regulamentação dos serviços (portaria 
ministerial) 
Domicílio: 
 
 
• Espaço mais pessoal que existe, onde é possível 
integralidade do cuidado 
• Lar é onde há afeto, ele traz informações sobre 
formas de viver, de dividir espaços, circular e 
respeitar os limites de privacidade. 
• É o verdadeiro centro de uma rede de cuidados, o 
espaço para onde a pessoa sempre volta 
• As habilidades de comunicação são essenciais nesse 
processo pois despertam o sentimento de 
confiança, proporcionando um diálogo aberto e 
profundo, em que o “saber ouvir” é garantia de que 
os esforços de uma equipe podem ser 
recompensados. 
Atencao Domiciliar: 
As 3 modalidades de cuidado em relação a atenção 
domiciliar: 
AD2 e AD3 ➜ rede de atenção à saúde 
complementar; composta por visitas somente por ACS 
instruída pela equipe multiprofissional de apoio 
• Afecções agudas e crônicas agudizadas com 
necessidade de cuidado intensificado e sequencial 
(reabilitação e tratamentos parenterais) 
• Afecções crônico degenerativas que demandem 
atendimento semana 
• Necessidade de cuidados paliativos 
• Cuidado de maior complexidade 
• Prematuridade e baixo peso em bebês com 
necessidade de ganho ponderal 
AD1 ➜ mais utilizada, onde se avaliam situações 
crônicas controladas/compensadas; incluem mais a 
equipe e não somente as ACS 
• Cuidado de menor complexidade 
• Menor necessidade de recursos 
Na visita domiciliar, tem-se: 
• Diagnostico da realidade 
• Ações educativas 
• Internamento domiciliar 
• Uso de aparato tecnológico 
• Não substitui internação hospitalar 
• Cuidado multiprofissional (psicólogo, nutricionista, 
fisioterapeuta) 
• Atenção mais pontual (situações agudas) 
Aula 6 - IESC 
Atenção Domiciliar 
 
 
• Acompanhamento domiciliar 
• Pessoas que necessitam de contato frequente e 
programável 
• Membro da equipe vai até o domicílio e promove 
prevenção, educação e busca ativa 
Ex: visita em puérperas e RN, busca ativa de 
programas prioritários, abordagem familiar para 
diagnóstico e tratamento. 
O cuidador: 
Quem promove o cuidado, seja temporário ou permanente 
Pode ser formal ou informal (apenas um familiar) 
Muitas vezes pode gerar intriga familiar (quando não há 
consenso de quem será o cuidador) 
Mulher geralmente é a detentora do cuidado (seja por 
vontade própria ou não) 
Saúde do cuidador: 
• Pode ser tão fragilizada quanto a do paciente acamado 
• Pode haver perda da função pessoal e até mesmo 
sofrimento excessivo pelas sensações conscientes 
vivenciadas 
• A família e a rede: atenção domiciliar é um complexo 
não limitado a idade ou patologia 
• A equipe deve avaliar o local e a forma do cuidado 
• Equipe deve apoiar na definição de tarefas, respeitando 
limitações 
Quando há situação adversa de algum acamado 
que necessita de cuidados: 
• Primeiro movimento: união (movimento centrípeto 
ao redor do enfermo, início dos cuidados) 
• Segundo movimento: designação de um cuidador 
(movimento centrifugo) 
• Ponto relevante: qual a relação da pessoa doente 
com a sua família anos antes da doença? 
Lembrar que outros instrumentos sociais também podem 
auxiliar (igrejas, clubes, associação de moradores, ONGs) 
A pessoa: 
→ É o foco da atenção 
→ Aquele que recebe cuidado 
→ Deve-se garantir uma abordagem adequada mantendo 
aspectos éticos 
→ Avaliar as condições de comunicação 
→ Destinar um tempo para uma conversa com mais 
privacidade 
→ Evitar aglomerações 
Atenção domiciliar na APS: 
→ Demanda uma reorganização do processo de trabalho 
→ Articulação com outros níveis de atenção 
→ Integração dos cuidados 
→ Melhorar a qualidade de vida 
→ Equipe deve atender o propósito da atenção domiciliar 
Organização da Visita: 
→ Definir qual o objetivo da visita (assistencial, educativo, 
vigilância, busca ativa) 
→ Revisar o prontuário do paciente 
Quem e quando visitar: 
• Pessoas restritas ao domicílio 
• Criação de vínculos 
• Não é uma ação exclusiva da APS 
• Crianças em risco, famílias com múltiplos problemas e 
casos de violência 
Quem e quando visitar: 
→ Definir membros que irão participar da visita 
→ Abordagem sistêmica e ecológica 
→ Identificação de potencialidades 
→ Periodicidade 
→ Capacidade de adaptação frente a eventos adversos

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